Estudos do EvangelhoCapítulo 5 – Bem aventurados os aflitos - Instruções
dos Espíritos
Leonardo Pereira
IV – Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras V - Um Homem de Bem Teria Morrido
Onde está, ó morte, a tua
vitória? Onde está, ó morte, o teu
aguilhãoPaulo - 1 Coríntios 15:55
O evangelho e o Livro dos Espíritos
21 – Quando a morte vem ceifar em vossas famílias,
levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos,
dizeis frequentemente:
SANSÃOAntigo membro da Sociedade Espírita de Paris, 1863
Deus não é Justo?
Deus tem a necessidade de se ocupar de cada um dos nossos atos para nos recompensar ou nos punir? A
maioria desses atos não são para ele insignificantes?
964.- LE
— Deus tem as suas leis, que regulam todas as vossas ações. Se as violardes, a culpa é vossa. Sem dúvida, quando o homem comete um excesso, Deus não estende um julgamento para ele, dizendo-lhe, por exemplo: Tu és um glutão e eu
te vou punir.
Mas ele traçou um limite; as doenças e por vezes a morte são
consequências dos excessos:
eis a punição; ela resulta da infração da lei.
Assim se passa em tudo.
...pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela
frente, para conservar os que já viveram longos anos,
carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que
não servem para nada mais;
fere um coração de mãe, privando-o da inocente
criatura que era toda a sua alegria”.
Em que se transforma a alma no instante da morte?
149. - LE
— Volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao
mundo dos Espíritos que ela havia deixado temporariamente.
....semeado corpo animal, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo animal, também há um espiritual.1 Coríntios 15:44
A alma conserva a sua individualidade após a morte?
150 - LE
— Sim, não a perde jamais.
O que seria ela se não a conservasse?
Como a alma constata a sua individualidade, se não tem mais o corpo
material?
150 – a) LE
— Tem um fluido que lhe é próprio, que tira da atmosfera do seu planeta
e que representa a aparência da sua última
encarnação: seu períspirito.
Espírito Períspirito Corpo
A alma não leva nada deste mundo?
150 – b) LE
— Nada mais que a lembrança e o desejo de ir para
um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou
de amargor, segundo o emprego que tenha dado à
vida. Quanto mais pura para ela for, mais compreenderá a
futilidade daquilo que deixou na Terra.
....Criaturas humanas, são nisto
que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o
bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade.
Por que medir a justiça divina pela medida da vossa?
Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples
capricho, infligir vos penas cruéis?
Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece
tem a sua razão de ser.
Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina,
razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas
considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano.
De onde procede a crença, que se encontra em todos os povos, nas penas e
recompensas futuras?
960.LE
— E sempre a mesma coisa: pressentimento da realidade,
dado ao homem pelo seu Espírito. Porque, ficai sabendo, não é em vão que uma voz interior vos fala e vosso mal está em não escutá-la sempre. Se pensásseis bem nisso,
com a devida freqüência, vos tornaríeis melhores.
No momento da morte, qual o sentimento que domina a maioria dos homens: a dúvida,
o medo ou a esperança?
961.LE
— A dúvida para os
céticos endurecidos;
o medo para os culpados;
a esperança para os homens de bem.
Uma enfermeira australiana, chamada Bronnie Ware, trabalha tomando conta de pacientes em suas últimas
semanas de vida. Inspirada pelas histórias que acompanhou, ela criou um blog em que registra
suas conversas com quem estava em seu leito da morte.
O site fez tanto sucesso que virou um livro chamado The Top Five Regrets of the Dying (Os cinco maiores arrependimentos de quem está morrendo),
• 1. Queria ter aproveitado a vida do meu jeito e não da forma que os
outros queriam.
O arrependimento mais comum de todos. Segundo Bronnie, quando as pessoas
percebem que sua vida chegou ao fim, fica mais fácil ver quantos sonhos elas deixaram para trás. “A saúde traz uma liberdade que poucos percebem que possuem, até que a
perdem”.
2. Queria não ter trabalhado tanto.Bronnie conta que esse desejo era comum
a todos os homens que ela atendeu. Eles falam sobre sentir falta de ver as
crianças crescendo ou da companhia de sua esposa.
Isso não quer dizer que as mulheres não apresentem a mesma queixa – mas como a
maior parte das pacientes da enfermeira são de uma geração mais antiga, nem
todas precisavam trabalhar para sustentar a família.
3. Queria ter falado mais sobre meus sentimentos.
Para viver em paz com outras pessoas, muita gente acaba suprimindo seus
próprios sentimentos.De acordo com a enfermeira, alguns
de seus pacientes até desenvolveram doenças por carregar esse rancor e
esse ressentimento e nunca falar sobre o assunto.
4. Não queria ter perdido contato com meus amigos.
“Todos sentem falta dos amigos quando estão morrendo”, afirma
Bronnie. Segundo ela, muitas pessoas não percebem que sentem
saudades dos amigos até as semanas que precedem sua
morte.
5. Queria ter me permitido ser feliz.
De acordo com Bronnie, muitas pessoas só percebem no fim que a felicidade é, na
verdade, uma questão de escolha. “O medo de mudar fez com que eles
fingissem para os outros e para eles mesmos que eles estavam satisfeitos quando, no fundo, tudo o que eles
queriam era rir e ter mais momentos alegres”, conclui.
Comentário de Kardec:
A consequência da vida futura se traduz na responsabilidade dos
nossos atos. A razão e a justiça nos dizem que, na distribuição da
felicidade a que todos os homens aspiram, os bons e os maus não
poderiam ser confundidos.
Deus não pode querer que uns gozem dos bens sem trabalho e
outros só o alcancem com esforço e perseverança.
A ideia que Deus nos dá de sua justiça e de sua bondade, pela
sabedoria de suas leis,
...não nos permite crer que o justo e o mau estejam aos seus olhos no mesmo plano, nem duvidar de que
não recebam, algum dia, um a recompensa e outro o castigo pelo bem e pelo mal que tiverem feito.
É por isso que o sentimento inato da justiça nos dá a intuição das
penas e das recompensas futuras.
Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa
encarnação de vinte anos, a esses desregramentos
vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um
coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os
cabelos dos pais.
A morte prematura é quase sempre um grande benefício, que Deus
concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-
lo à perdição.
Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois
Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra.
É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que
esperanças querem falar? Das esperanças da Terra onde aquele
que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna?
Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! Sabeis qual teria sido a
sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis?
Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras?
Considerais como nada as esperanças da vida futura,
preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? Pensais, então,
que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-
aventurados?
As penas e os gozos da alma após a morte têm alguma coisa de material?
965.- LE
— Não podem ser materiais, desde que a alma não é de
matéria. O próprio bom senso o diz. Essas penas e esses gozos nada têm de carnal e por isso
mesmo são mil vezes mais vivos do que os da Terra. O Espírito, uma vez desprendido, é mais impressionável: a matéria não
mais lhe enfraquece as sensações.
Por que o homem faz ideias tão grosseiras e absurdas das penas e dos gozos da vida
futura?
966. - LE
— Inteligência ainda não suficientemente desenvolvida. A criança compreende da mesma
maneira que o adulto ? Aliás, isso depende também do que se lhe tenha ensinado: é nesse ponto
que há necessidade de uma reforma. Vossa linguagem é muito
imperfeita para exprimir o que existe além do vosso alcance.
Por isso, foi necessário fazer comparações, sendo essas imagens e figuras tomadas como a própria realidade.
Mas à medida que o homem se esclarece, seu pensamento compreende as coisas que a
sua linguagem não pode traduzir.
Regozijai-vos em vez de chorar,
quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias.
Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe entre os que
não tem fé, e que veem na morte a separação eterna.
Mas vós, espíritas, sabeis que a
alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal.
Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto:
seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem,
vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as
vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e
constituem uma revolta contra a vontade de Deus.
Em que consistem os sofrimentos dos Espíritos inferiores?
970. - LE
— São tão variados quanto
as causas que os produzem e proporcionais ao grau de
inferioridade, como os gozos são proporcionais ao grau de
superioridade. Podemos resumi-los assim:
cobiçar tudo o que lhes falta para serem felizes, mas não poder obtê-lo; ver a felicidade e não poder atingi-la;
mágoa, ciúme, raiva, desespero, decorrentes de tudo o que os impede
de ser felizes, remorsos e uma ansiedade moral
indefinível. Desejam todos o gozos e não podem satisfazê-los. É isso o que os tortura.
Comentário de Kardec: A crença no Espiritismo ajuda o homem a se
melhorar ao lhe fixar as ideias sobre determinados pontos do
futuro; ela apressa o adiantamento dos indivíduos e das massas
porque permite considerarmos o que seremos um dia: é, pois, um ponto de apoio, uma luz que nos
guia.
O Espiritismo ensina a suportar as provas com paciência e
resignação, desvia o homem da prática dos atos que podem
retardar lhe a felicidade futura, e é assim que contribui para a sua felicidade. Mas nunca se
disse que sem ele não se possa atingi-la.
V – Um Homem de Bem Teria Morrido
22 – Dizeis frequentemente, ao falar de um malvado que
escapa a um perigo: Se fosse um homem de bem, teria morrido. ..
... ao dizer isso, estais com a verdade, porque, efetivamente, Deus concede muitas vezes, a um espírito ainda jovem na senda do progresso,
uma prova mais longa que a um bom, que receberá, em recompensa ao seu
mérito, o favor de uma prova tão curta quanto possível. Assim, pois,
quando empregais este axioma, não duvideis de que estais cometendo
uma blasfêmia.
Se morrer um homem de bem, vizinho de um malvado, apressai-vos a dizer: Seria bem melhor se
tivesse morrido aquele. ..
Cometeis então um grande erro, porque aquele que parte terminou
a sua tarefa, e o que ficou talvez nem a tenha começado.
Por que, então, quereis que o mau não tenha tempo de acabá-la, e
que o outro continue preso à gleba terrena?
Que diríeis de um prisioneiro que, tendo concluído a sua pena,
continuasse na prisão, enquanto se desse à liberdade a outro que não tinha direito? Ficai sabendo, pois,
que a verdadeira liberdade está no desprendimento dos laços
corporais, e que enquanto estais na Terra, estais em cativeiro.
Habitue-vos a não censurar o que não podeis compreender, e crede
que Deus é justo em todas as coisas. Frequentemente, o que vos parece um mal é um bem. Mas as
vossas faculdades são tão limitadas, que o conjunto do
grande todo escapa aos vossos sentidos obtusos.
Esforçai-vos por superar, pelo pensamento, a vossa estreita
esfera, e à medida que vos elevardes, a importância da vida
terrena diminuirá aos vossos olhos. Porque, então, ela vos aparecerá como um simples incidente, na
infinita duração da vossa existência espiritual, a única verdadeira
existência.
Tomes de uma nova era!
“Nascer, viver, morrer, renascer ainda e
progredir sempre, esta é a Lei.”
Allan Kardec
Uma linda noite e uma Feliz Semana!
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