I
Ficha Técnica
Discente: Anabela Ribeiro dos Santos Fernandes
Nº de matrícula: 5006857
Estabelecimento de ensino: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Instituto Politécnico da Guarda
Licenciatura: Comunicação e Relações Públicas
Docente Orientador: Regina Gouveia
Local de estágio: SIC – Sociedade Independente de Comunicação
Morada: Av. Dr. Francisco Sá Carneiro
Nº 50, 6300 - 559 Guarda
Telefone: 271230046
Orientador do estágio na Organização: Madalena Ferreira
Duração: 3 meses
Início: 11 de julho de 2012
Conclusão: 11 de outubro 2012
II
Agradecimentos
À equipa da SIC na Guarda, pelo importante contributo formativo, conhecimento e
experiência, e pelas amizades criadas.
A todos os docentes da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, por
terem sido fundamentais na minha vida académica e pessoal. Particularmente, à minha
orientadora, Professora Regina Gouveia, que me acompanhou e orientou enquanto
estagiária, e ao Professor Carlos Canelas, pela preocupação e disponibilidade.
MUITO OBRIGADA!
III
Resumo
Este relatório é relativo ao estágio realizado na Delegação da SIC na Guarda, no âmbito
da licenciatura em Comunicação e Relações Públicas, da Escola Superior de Educação,
Comunicação e Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda. Decorreu ao longo de três
meses, de 11 de julho a 11 de outubro de 2012.
O estágio permitiu desenvolver, aplicar e consolidar conhecimentos e competências na
área do jornalismo televisivo de proximidade, nomeadamente, no âmbito da captação e
edição de imagem, através do programa EDIUS. Participar, ou observar, as diferentes
fases do trabalho jornalístico, desde a preparação, à recolha de imagens e à montagem e
edição das peças, obrigou à realização de pesquisas sobre conteúdos teóricos e técnicos,
necessários à compreensão dos processos.
A estrutura deste relatório comporta dois capítulos: um primeiro de enquadramento, ao
nível da televisão de proximidade e à entidade que me acolheu como estagiária; um
segundo centrado no estágio propriamente dito, apresentando as atividades
desenvolvidas. Termina com uma reflexão final, em que exponho algumas sugestões
relativamente às condições proporcionadas aos estagiários.
Palavras-chave: Jornalismo Televisivo; televisão de proximidade; captação de
imagem; reportagem noticiosa; comunicação de massas.
III
Índice Geral
Introdução ..................................................................................................................... 1
Capítulo 1 - Enquadramento ..................................................................................... 3
1.1. Televisão de Proximidade ...................................................................................... 4
1.2. A SIC – Sociedade Independente de Comunicação ............................................... 5
1.2.1. Historial ........................................................................................................ 7
1.2.2. Missão, Valores e Visão ............................................................................... 7
1.2.3. Estrutura Orgânica ........................................................................................ 8
1.2.4. Imagem Corporativa ..................................................................................... 9
1.2.5. Perfil de audiência ...................................................................................... 12
1.2.6. Outros canais SIC ....................................................................................... 13
1.2.7. Entidades associadas ................................................................................... 16
1.3. Espaços e Equipamentos ...................................................................................... 17
1.4. A Delegação da SIC na Guarda ........................................................................... 19
1.4.1. Análise SWOT ............................................................................................ 20
Capítulo 2 - Estágio ................................................................................................... 23
2.1. Jornalismo Televisivo .......................................................................................... 24
2.1.1. Captação de imagem ................................................................................. 24
2.1.2. Géneros Jornalísticos ................................................................................ 28
2.2. Atividades desenvolvidas .................................................................................... 29
2.2.1. Ética e metodologia de trabalho................................................................ 31
2.2.2. Reportagens de curta duração ................................................................... 33
2.2.3. Grande Reportagem .................................................................................. 37
2.2.4. Projeto ....................................................................................................... 37
Reflexão Final ............................................................................................................. 39
Bibliografia ................................................................................................................. 41
Sitiografia .................................................................................................................... 42
III
IV
Índice de Figuras
Figura 1 – Organograma da SIC ...................................................................................... 8
Figura 2 – Gráfico de share de audiências em Agosto de 2012 .................................... 12
Figura 3 – Gráfico de perfil de audiências da SIC em 2011.......................................... 13
Figura 4 – Foto da Delegação da SIC na Guarda ........................................................... 19
Figura 5 – Foto da sala de Edição de Vídeos ................................................................. 20
Figura 6 – Foto da sala de Diretos da delegação da SIC na Guarda............................... 20
Figura 7 – Sala de Diretos da Delegação da SIC na Covilhã ......................................... 20
Figura 8 – Representação esquemática dos planos de captação de imagem .................. 27
Índice de Quadros
Quadro 1 – Evolução do Logótipo da SIC ..................................................................... 11
Quadro 2 – Evolução do Logótipo da SIC Radical ........................................................ 15
Quadro 3 – Análise Swot da Delegação da SIC na Guarda............................................ 21
Quadro 4 – Cronogramas das atividades desenvolvidas ................................................ 29
Quadro 5 – Divisão das notícias por temas e caracterização das mesmas segundo os
critérios de noticiabilidade.............................................................................................. 35
1
Introdução
O presente relatório surge na fase de conclusão da licenciatura em Comunicação e
Relações Públicas, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, do
Instituto Politécnico da Guarda. Representa, por isso, o culminar de três anos de
aprendizagem.
Como registo de um primeiro contacto com a realidade profissional na área do
jornalismo televisivo, no formato de estágio curricular, este documento deverá permitir
a avaliação do trabalho realizado enquanto estagiária, efetuar a ligação entre a prática e
a teoria e relacionar objetivos, meios e ações das atividades desenvolvidas com os
resultados.
A delegação da SIC na cidade da Guarda foi a entidade que escolhi para realizar o
estágio. O desejo de descobrir este mundo que tanto me fascinava, aliado à
proximidade, justificou tal opção.
Durante o estágio naquela Delegação, tive a oportunidade de compreender e consolidar
técnicas, ferramentas e formas de atuação na área jornalística, nomeadamente: o direto,
falso direto, talking head1 e grande reportagem. A familiarização com o papel do
repórter de imagem, com a câmara e o programa de edição EDIUS possibilitou uma
aprendizagem ainda mais completa. Ademais, o acompanhamento da equipa
possibilitou a aquisição de conhecimentos técnicos que permitiram a produção de uma
peça de televisão, que retrata o trabalho feito pela jornalista e pelo repórter de imagem.
De acordo com o Regulamento em vigor2, este relatório está dividido em dois capítulos
distintos: o primeiro pretende ser de enquadramento, ao nível da televisão de
proximidade e da entidade que me acolheu como estagiária; o segundo capítulo centra-
se no estágio propriamente dito.
1 Na impossibilidade de ter boas imagens ou quando não é permitido filmar num dado local, apenas se
gravam pequenos testemunhos (informação cedida pela jornalista, Madalena Ferreira).
2 Regulamento de Estágio/Projeto da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, do Instituto
Politécnico da Guarda, aprovado pelo Conselho Técnico- Científico em 20 de outubro de 2010.
2
No âmbito da televisão de proximidade, saliento a importância dos órgãos de
comunicação social de âmbito local e regional. Já na caraterização organizacional,
apresento sucintamente o historial da SIC, a estrutura orgânica, a missão, os valores e a
visão, bem como a imagem corporativa, os canais e empresas associadas, os espaços e
equipamentos da sede, em contraponto com a realidade das delegações. Termino com
uma análise SWOT, básica, da delegação da SIC na Guarda.
No segundo capítulo, a apresentação dos conteúdos do estágio é antecedida do devido
enquadramento teórico ao nível de conceitos do jornalismo televisivo e da captação de
imagem, por terem sido fundamentais no desenvolvimento e observação de atividades
práticas. Relaciono ainda essas atividades com os critérios de noticiabilidade apontados
por alguns autores.
A pesquisa documental, baseada em livros e sítios como fontes, foi a principal
metodologia de investigação que adotei ao longo do estágio, para clarificação e
aprofundamento de termos técnicos, e durante a elaboração deste relatório,
nomeadamente na área da televisão de proximidade e dos critérios de noticiabilidade
com que relaciono as reportagens em cuja produção participei.
3
Capítulo I
Enquadramento
Relatório de Estágio | 2012
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A delegação da SIC na Guarda foi a entidade que me acolheu como estagiária. A
Guarda, sendo uma cidade do Interior, necessita sobremaneira de meios e ações que a
abram ao exterior e promovam o seu desenvolvimento. Como salienta o jornalista da
SIC Pedro Coelho, na obra A TV de Proximidade e os Novos Desafios do Espaço
Público (2005), a televisão de proximidade assenta na ideia de que a comunidade não
passa apenas pelas caraterísticas particulares do espaço público, de menor dimensão e,
por isso, porventura mais coeso e forte, mas, também, pela partilha de interesses.
1.1. Televisão de Proximidade
Os meios de comunicação social abrangem toda a humanidade, difundindo mensagens à
escala global e alterando a opinião pública, aumentando as discussões e o debate.
Contudo, a relação que estabelecem com o público é apenas formal, um meio para
atingir um fim: as audiências que pretendem conquistar. A maximização do lucro, e das
audiências, está, também, por detrás da criação dos grandes impérios empresarias
mediáticos transnacionais (Coelho, 2005: 72).
Com a transnacionalização dos meios de comunicação social, o Estado vai perdendo
prioridade e, por consequência, a influência na sua gestão, acabando, porém, por
ficarem reféns do mercado. Aproveitando o mesmo contexto, mas num sentido
contrário, os media locais vão-se desenvolvendo, intentando criar e aumentar a sua
ligação às comunidades.
Ainda assim, como refere Pedro Coelho, o movimento de interação social que permite a
progressão da comunidade não tem sido suficientemente motivado em Portugal,
sobretudo no interior (2005: 139). Por outro lado, o subdesenvolvimento do Interior
leva ao despovoamento e ao abandono dos campos, gerando marginalidade social e
económica, e nenhuma política nacional foi capaz de inverter esta situação. As
assimetrias regionais entre o Interior e o Litoral do país aumentam. O Alentejo, a Beira
Interior e Trás-os-Montes destacam-se como territórios excluídos.
Os meios de comunicação social regionais e locais são considerados meios de
comunicação social de proximidade, uma vez que são compartilhadas experiências
entre os meios e os destinatários. Segundo Moragas, entende-se por meios de
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comunicação social de proximidade todos os que se dirigem a uma comunidade humana
de tamanho médio ou pequeno, delimitada territorialmente, com conteúdos relativos à
sua experiência quotidiana, às suas preocupações e aos seus problemas, ao seu
património linguístico, artístico e cultural e à sua memória histórica (2000: 26).
Pedro Coelho defende a necessidade dos meios de comunicação social de proximidade
nas regiões mais pobres, para assim dinamizar esse espaço público. Uma comunidade
regional, ou local, evolui e recria-se por ação da comunicação, projetando-se para o
exterior, promovendo a comunicação e reforçando a sua identidade.
Para o mesmo autor e jornalista, é necessária uma televisão que se adapte à cultura e à
estrutura económica de cada região. A televisão de proximidade poderia quebrar o ciclo
depressivo das regiões pobres, ou em desenvolvimento, sobretudo por ser um elemento
de fomento regional e um agente impulsionador da identidade, sendo também um
agente cultural, político e económico. É preciso que exista uma televisão que sirva os
cidadãos, contribuindo para a sua cidadania e, em simultâneo, para a sua progressão
social (Coelho, 2005: 203).
Em suma, a televisão (anexo I) de proximidade, elo de ligação dos membros da
comunidade, meio de fortalecimento da identidade, potenciador da atividade local e
palco de debate e discussão, deve ser considerada como um motor de progresso para
cada região.
A SIC, o primeiro canal independente de televisão em Portugal, criado em 1992, tem
vindo a afirmar-se no mercado, nomeadamente, através da criação de várias delegações
regionais, num total de catorze3, de que a da Guarda é exemplo, com o objetivo de
conseguir uma relação de proximidade com os seus telespectadores.
1.2. A SIC – Sociedade Independente de Comunicação
A SIC é atualmente um universo televisivo, de que fazem parte vários canais e que
ganhou relevância no meio audiovisual português. A sua dimensão atual foi o resultado
3 Informação cedida pela jornalista, Madalena Ferreira.
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de um percurso já longo, cuja história só é possível traçar neste relatório de forma muito
sinóptica.
1.2.1 Historial
Francisco Pinto Balsemão cria em 1972 a Sojornal/Expresso, com o sonho de
«combater a censura e conceber um semanário de qualidade». Este foi o ponto de
partida para a criação do grupo de comunicação social IMPRESA.
Em abril de 1988, é constituída a Controljornal, a empresa Holding de todo o grupo de
comunicação social chefiado por Francisco Pinto Balsemão.
Um empreendimento conjunto com o grupo brasileiro concretiza-se em abril de 1989,
originando a primeira revista de negócios em Portugal, a Exame, que marca a entrada do
Grupo na área das revistas.
O capital social da Controljornal expande-se a investidores externos em março de 1991,
gerando uma super holding – a IMPRESA - uma das acionistas fundadoras da SIC,
Sociedade Independente de Comunicação.
Em outubro de 1992, arrancam as emissões da SIC, o primeiro canal de televisão
privado em Portugal. A SIC torna-se líder das audiências em 1995, devido à aposta em
programas de informação, entretenimento, documentários e programas de ficção (anexo
II).
Procurando a inovação, a SIC integra em 2000 o universo dos canais por cabo e, em
2007, entra em plena era digital, realidades que ainda marcam o seu presente e a sua
missão4.
4 Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).
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1.2.2. Missão, Valores e Visão
A missão deve responder ao que a organização se propõe fazer e para quem orienta a
sua atividade, ou seja, é a razão pela qual a organização existe ou foi criada e sobre a
função ou tarefa fundamental que dela se espera (Daychoum, 2007: 35).
A informação institucional disponível no sítio da SIC permite concluir que a sua
missão, ainda que não se encontre formulada, reside em fornecer uma informação
inovadora, verdadeira e de qualidade ao seu público. Além da qualidade, verdade e
inovação, a sua atividade baseia-se num conjunto de outros valores.
Os valores são princípios ou crenças que servem de ajuda à organização no exercício
das suas responsabilidades, guiando comportamentos, atitudes e decisões. Segundo
Gagliardi (1986), o surgimento e a consolidação de um sistema de valores resultam da
complexidade e distribuição diferenciada de informações e poder dentro da própria
estrutura.
Criatividade, humor e surpresas; credibilidade, verdade absoluta e solidez na
informação; qualidade, perfecionismo e qualidade de entretenimento; modernidade,
abertura a novas tendências; diversidade, variedade de programas; dinamismo em todos
os valores; proximidade, simpatia e boa disposição para que o público se sinta próximo,
são os valores que norteiam a SIC, determinando o seu agir presente e a sua visão para o
futuro5.
O modo como a SIC tem vindo a desenvolver a sua missão, sustentada nos valores
definidos, e dado o contexto em que atua, permite depreender que tenha como visão
tornar-se líder de audiências, ainda que não a tenha também encontrado explicitamente
formulada. Entende-se por visão o que proporciona à organização [logo, à SIC] um
sentido e uma orientação consistente ao futuro (Daychoum, 2007: 35).
5 Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).
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1.2.3. Estrutura Orgânica
Para que uma organização funcione corretamente, prosseguindo a sua missão, é
necessário que as tarefas sejam divididas, coordenadas e organizadas. A gestão das
tarefas tem por base a estrutura orgânica ou organizacional, definida genericamente
como os padrões de trabalho e disposições hierárquicas que servem para controlar ou
distinguir as partes que compõem uma organização (Buono, 2004: 167).
A estrutura orgânica da SIC, ao nível da gestão de topo, encontra-se esquematizada no
organograma respetivo (Figura 1). Tal como o nome indica, o organograma é o gráfico
que representa a organização formal de uma empresa, ou seja, a sua estrutura
organizacional (Marques, 2003: 301).
Estrutura Orgânica
Conselho de
Administração
Assembleia Geral
Presidente
Presidente
Dr. Francisco José
Pereira Pinto Balsemão Dr. Luis Sáragga Leal
Vice-Presidente
Vice-Presidente
Dr. Pedro Norton
Dr. José Manuel
Pessoa de Amorim
Durão
Vogais
Secretário
Dr. José Alberto Belém
de Bastos e Silva
Dr. Vasco Marques
Correia
Dr. Rogério Paulo de
Saldanha Pereira Vieira
Eng.º Francisco Maria
Supico Pinto Balsemão
Eng.º José Manuel
Gonçalves Pereira
Dr. Luís Marques
Figura 1 - Organograma da SIC
Fonte: Elaborado pela estagiária
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Como se observa no organograma, os órgãos de gestão de topo da SIC são o Conselho
de Administração e a Assembleia Geral.
Integra o Conselho de Administração o Dr. Francisco José Pereira Pinto Balsemão,
como presidente, e o Dr. Pedro Norton, como vice-presidente. O Dr. José Alberto
Belém de Bastos e Silva, o Dr. Rogério Paulo de Saldanha Pereira Vieira, o Eng.º
Francisco Maria Supico Pinto Balsemão, o Eng.º José Manuel Gonçalves Pereira e o Dr.
Luís Marques são os vogais do Conselho de Administração. Cabe a este Conselho
supervisionar as atividades da organização.
O Dr. Luis Sáragga Leal é o presidente da Assembleia Geral, tendo como vice-
presidente o Dr. José Manuel Pessoa de Amorim Durão e secretário o Dr. Vasco
Marques Correia. Este é o órgão que delibera sobre as políticas a seguir, nomeadamente,
no âmbito da imagem corporativa e da comunicação.
1.2.4. Imagem Corporativa
Um dos grandes desafios para as organizações consiste em compatibilizar a sua
identidade com a sua visibilidade. A visibilidade compreende o conjunto de
manifestações externas que tornam uma empresa visível e percetível aos olhos e
sentimentos da opinião pública. Uma boa imagem não é definitiva, evolui com o tempo,
e também não é universal, variando em função do público.
A imagem da empresa depende daquilo que é e do que parece ser. Uma imagem positiva
é criada a partir da forma como a empresa enfrenta as crises e da transparência que
demonstra quando é necessário.
Segundo Villafañe (1998: 56), a imagem corporativa ou institucional é o resultado do
conjunto de imagens integradas que a empresa projeta para o exterior e que ficam na
mente dos públicos com os quais a empresa se relaciona. Já para Joan Costa, a imagem
de empresa é a representação mental, no imaginário coletivo, de um conjunto de
atributos e valores que funcionam como um estereótipo e determinam a conduta e
opiniões desta coletividade (2001: 58).
A imagem corporativa ou institucional é influenciada por vários elementos: o humano, o
físico, o material, o psicossociológico, o de qualidade e o da identidade visual.
Relatório de Estágio | 2012
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O elemento humano engloba todas as pessoas que integram a organização e as suas
relações interpessoais com outros indivíduos no interior ou exterior da mesma. Os
colaboradores são um dos elementos mais preciosos na construção da imagem da
empresa e, quando convenientemente envolvidos nos projetos, podem ser o melhor
espelho da empresa face à opinião pública.
O elemento físico inclui o património visível e percetível pelos outros, incluindo as
instalações, assim como, todo o equipamento, maquinaria e mobiliário. Este elemento
está diretamente relacionado com a forma como os colaboradores se sentem no seu local
de trabalho. O espaço de atendimento ao público, a receção e as salas de reuniões
constituem uma primeira imagem da empresa.
O elemento psicossociológico é fundamental para a formação e consolidação da
imagem da empresa, pois influencia e determina a opinião pública. As políticas de
recrutamento e de formação assumem uma importância vital na edificação da imagem
da empresa.
O elemento qualidade reside na associação entre as características técnicas e
psicológicas, que permitem ao público classificar diretamente a empresa e formar a sua
opinião quanto aos seus produtos e serviços. A prestação de um bom serviço ou a
produção de um bem de qualidade são cruciais para a formação de uma imagem
favorável da empresa. Se a qualidade percecionada for duvidosa, dificilmente se criará e
manterá uma imagem empresarial saudável na comunidade onde se insere.
A identidade visual engloba os elementos que direta ou indiretamente identificam a
organização, sendo os mais básicos o nome, o logótipo e o slogan.
A marca de um produto ou o nome de uma empresa tem de ser um fator de rápida
identificação, pelo que a sua construção é um processo complexo. Os nomes de
empresa, ou corporativos, podem ser de vários tipos: nome individual, normalmente
referente ao fundador da empresa, podendo ser acoplado com outros nomes (exemplo:
João Russo & Filhos); associação de nomes em função das pessoas que integram a
sociedade inicialmente constituída (exemplo: Viúva Monteiro); nome descritivo, onde a
atividade da empresa é logo deduzida (exemplo: Air France); nome abreviado, de que
são exemplos as siglas como SIC; nome fabricado, mais usual em marcas que se
impõem como nomes de produto (exemplo: Kodak); e nome por analogia, onde se
Relatório de Estágio | 2012
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consideram aspetos ou atributos semelhantes entre coisas associadas (exemplo: Jaguar).
Os nomes podem mudar ao longo da vida de uma empresa, por várias razões (Lampreia,
1998).
O logótipo simples (logo) corresponde ao nome da empresa, do produto ou do serviço
desenhado e colorido de forma única e específica. Um bom logótipo deve ser de fácil
perceção, de grande clareza e rapidamente associado à marca e ao produto, podendo ser
constituído pelos seguintes elementos: nome, código gráfico, isto é, tipo de letra, cores e
símbolo. O logótipo da SIC foi inicialmente desenvolvido por Hans Donner da TV
Globo, tendo vindo a evoluir ao longo dos anos.
Quadro 1 – Evolução do Logótipo da SIC
De 1992 a 1998
De 1998 a 2002
De 2002 a 2006
2007
2008
Atual
Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012)
As cores predominantes do logótipo da SIC são o branco, o azul, o vermelho, o laranja e
o amarelo. O branco remete-nos para a paz, a sinceridade, a pureza e a verdade. O
Relatório de Estágio | 2012
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branco traz todas as cores, ilumina e transforma, estimulando a humildade, a limpeza e a
claridade. O azul é a cor do espírito e do pensamento, simboliza a lealdade, a fidelidade
e a personalidade; favorece as atividades intelectuais e a meditação; é a cor do bem-
estar e do raciocínio lógico. O vermelho fortalece o corpo e dá mais energia física, força
de vontade, conquista, liderança e senso de autoestima. O laranja é a cor do sucesso, da
agilidade mental, da prosperidade, da comunicação, do calor afetivo, do equilíbrio, da
segurança e da confiança. O amarelo expressa leveza, descontração, otimismo;
simboliza criatividade, jovialidade e alegria. Todas estas cores simbolizam,
prioritariamente, os valores que a SIC quer transmitir ao público telespectador. Com
uma forte comunicação visual, sustentada pela sua tridimensionalidade, o logótipo da
SIC pretende sobretudo transmitir criatividade, movimento e dinamismo6.
O slogan é uma espécie de grito de guerra destinado a incentivar os guerreiros ao ataque
e à vitória. Transformado num estímulo à compra, o slogan é uma frase curta, positiva,
clara, concisa e de fácil memorização, que permite uma relação rápida com o produto ou
com a empresa. Os logótipos da SIC são reforçados, desde o ano 2002, por um slogan
que tem vindo a acompanhar as suas estratégias de marketing e comunicação: «Veja
com os seus próprios olhos» ► «Mais do que uma televisão» ► Estamos juntos!» ►
«Crescemos juntos!».
Para além destes elementos básicos, a SIC possui ainda um hino. Com letra de Carlos
Paulo Simões e música de Zé da Ponte, o hino da SIC (anexo III) assinalou o início das
emissões no dia 6 de outubro de 1992.
1.2.5. Perfil de audiência
Desde a data em que iniciou as suas emissões, a SIC tem
procurado conquistar audiências, visando tornar-se líder
entre os canais generalistas de sinal aberto, em
conformidade com a sua visão.
6 Fontes: http://www.significadodascores.com.br/ http://vilamulher.terra.com.br/as-cores-e-os-seus-
significados12-1-3209-17.html (acedido em 23 outubro de 2012)
Figura 2 – Gráfico do share de
audiências em Agosto de 2012
Fonte:http://www.marktest.com/
wap/a/n/id~1a21.aspx
Relatório de Estágio | 2012
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Segundo os dados da Marktest, relativos ao mês de Agosto do presente ano, a TVI
deteve a liderança, com 25.3% de share de audiência, enquanto a SIC alcançou 19.2%,
a RTP1 18.3%, a RTP2 5.1% e canais por cabo e outros canais 32.0%.
No ano de 2011, foi
analisado o perfil de
audiências da SIC, tal
como podemos
verificar nos gráficos
2. Estes permitem
constatar que este canal
generalista era mais
visto por mulheres
(61.9%), prevalecendo
nestas as que não são
donas de casa (54.4%).
As pessoas
pertencentes à classe D
(35.4%) viam mais a
SIC em 2011, bem
como as que tinham
idades compreendidas
entre os 45 e os 54
anos (13.7%). A nível geográfico, contava com mais telespetadores no Interior (23.8%).
1.2.6. Outros canais SIC
A SIC possui diversos canais7, com uma vasta grelha de programas, permitindo ao
telespetador escolher segundo as suas necessidades e interesses.
7 A informação que serviu de base a esta parte, bem como os logótipos inseridos, foi retirada da seguinte
fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).
Figura 3 – Gráfico do perfil de audiências da SIC em 2011
Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de
2012)
Relatório de Estágio | 2012
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A SIC Internacional é um canal dedicado aos portugueses
espalhados pelo mundo chegando a ter mais de 4,5 milhões de
telespetadores (anexo IV).
Atualmente está presente em França, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, Estados Unidos,
Canadá, Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil e Austrália e é distribuída através
dos sistemas de cabo, satélite e IPTV8.
Trata-se de um canal generalista, com uma grelha de programas de informação,
entretenimento e desporto.
O logótipo da SIC Internacional é o atual logotipo da SIC. Por baixo do logótipo, tem
em letras brancas “INTERNACIONAL”, com preenchimento a vermelho. As letras
reforçam a ideia de que é um canal da SIC que divulga notícias sobre o mundo, daí a
palavra “internacional”. O preenchimento vermelho reforça os conceitos de força,
agitação, conquista e liderança. A cor branca das letras revela sinceridade e verdade.
A SIC Notícias, um canal vocacionado para a informação,
está disponível para os assinantes da televisão por cabo.
Procurando responder ao público que pretende estar
informado, oferece edições especiais e programas temáticos
acerca de Economia, Saúde, Espetáculo, Moda e Desporto.
Os dez anos de atividade, completados em janeiro de 2011, motivaram a inauguração de
um novo estúdio e o lançamento de uma campanha de comunicação inovadora.
O logótipo da SIC Notícias cinge-se ao desenho do nome do canal a cinzento, cor que
simboliza estabilidade, sucesso e qualidade. No lado direito da palavra SIC, está um
globo dourado, sobre um fundo vermelho escuro, dado que o canal transmite notícias de
todo o mundo.
8 Abreviatura de Televisão por Protocolo de Internet (do inglês Internet Protocol Television). Esta é uma
tecnologia de transmissão de sinais televisivos para aparelhos de televisão digitais e outros meios.
Transmite o seu conteúdo através do protocolo de internet, conhecido também como IP (internet
protocol). Fonte: http://www.tecmundo.com.br/conexao/1529-o-que-e-iptv-.htm (acedido de 10 de
dezembro de 2012).
Relatório de Estágio | 2012
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A SIC Radical mostra alternativas, diversas perspetivas, e pretende que o seu público
decida por si, critique e defenda os seus próprios ideais. O canal tem vindo a apoiar
festivais de verão, nomeadamente, Rock in Rio, Sumol Summer Fest, Optimus Alive,
Super Bock Super Rock, Sudoeste e Super Bock Surf Fest.
Em 2011, no seu 10º aniversário, a SIC Radical surgiu com um novo grafismo, que
arrisca na ousadia e no risco.
Quadro 2 – Evolução do Logótipo da SIC Radical
2001
2008
Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012)
O atual logótipo da SIC Radical é desenhado com as letras do
canal “SIC Radical”, em cor verde, associado às energias da
natureza e da vida, conotando segurança, esperança e confiança.
A 8 de março de 2003, Dia Internacional da
Mulher, nasceu a SIC Mulher, o primeiro
canal temático português destinado à mulher.
Emitindo 24 horas por dia, pretende informar,
entreter, divertir e ajudar a mulher a aprender
mais sobre si mesma.
Possui uma grelha variada, baseada em ficção nacional e estrangeira, magazines,
talksows, séries e filmes. O ano 2011 foi o melhor da SIC Mulher em termos de
audiências.
Sendo um canal dedicado à mulher, o seu logótipo é cor-de-rosa, que significa romance,
sensualidade e beleza feminina. Transmite delicadeza e feminilidade. Entre o nome
Relatório de Estágio | 2012
16
“SIC” e o nome “mulher”, está uma flor cor-de-rosa, que representa a sensibilidade da
mulher.
Nascida a 18 de dezembro de 2009, a SIC K foi o
primeiro canal pensado exclusivamente para jovens
entre os sete e os catorze anos. Sendo um canal de
entretenimento, privilegia a componente social para com o público a que se destina,
pretendendo ser um companheiro e um aliado do seu público.
O logótipo é desenhado com as letras do canal “SIC K”, a vermelho, uma cor quente,
ativa e estimulante, que remete para força e dinamismo.
1.2.7. Entidades associadas
A SIC tem várias entidades associadas9, duas delas relacionadas com a sua atividade
comercial, enquanto a terceira o está com a sua responsabilidade social10
.
A Global Media Technology Solutions – Serviços
Técnicos e Produção Multimédia (GMTS) criada
em 2002, tem como principal objetivo a prestação
de serviços de conceção, produção e distribuição
de conteúdos multimédia e a integração de
sistemas técnicos. A GMTS substituiu a SIC Serviços como prestadora de serviços
técnicos.
A Bloom Graphics é uma empresa da
GMTS criada em 2003, experiente na área
da criatividade e produção de cenografia
9 A informação que serviu de base a esta parte, bem como os logótipos inseridos, foi retirada da seguinte
fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).
10 A responsabilidade social é um conceito segundo o qual as empresas decidem, numa base voluntária,
contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_social (acedido em 10 de dezembro de 2012).
Relatório de Estágio | 2012
17
virtual. Apostando em novos mercado, tais como a produção de anúncios publicitários,
videoclips e web design, tornou-se uma referência no mercado audiovisual.
Em 2003, a SIC decidiu expandir a sua responsabilidade
social para o projeto de solidariedade SIC Esperança.
Ao longo do seu percurso, a SIC Esperança angariou
3.337.017,00 €, estabeleceu parcerias com 73 empresas, trabalhou com 69 instituições e
beneficiou mais de 24.200 pessoas.
No ano 2011, dedicado à Pobreza e Exclusão Social, a SIC Esperança desenvolveu
vários projetos, ajudando mais de 5300 pessoas com perto de 1.200.000,00 euros
angariados. Ainda neste ano, na sequência da catástrofe ambiental da Madeira, levou a
cabo a ação Uma Flor para a Madeira. Angariando 890.309,16€ para aplicar na ilha, a
SIC Esperança tornou-se, assim, a protagonista da maior ação de solidariedade nacional
dos últimos anos.
A SIC Esperança afirma-se como um motor de responsabilidade social, estimulando a
solidariedade em Portugal.
1.3. Espaços e Equipamentos
A sede da SIC possui diversos espaços e equipamentos, inerentes ao trabalho
jornalístico, nas suas diversas vertentes.
Estúdio e Régie
Na sede principal da SIC, em Lisboa, existem dois estúdios: o estúdio A (SIC) e o
estúdio B (SIC Notícias). Cada um deles possui uma régie própria que pode funcionar
em paralelo.
O estúdio A é composto por duas zonas e por um cenário onde se realizam o Primeiro
Jornal e o Jornal da Noite. Este estúdio possui cinquenta projetores e ar acondicionado.
Relatório de Estágio | 2012
18
O estúdio B tem uma zona que possui a redação da SIC Notícias como pano de fundo,
estando preparado para emissões em direto. Possui 55 projetores.
No meio da redação da SIC, está localizada uma área destinada à emissão do programa
Edição da Manhã.
Nas régies, podemos encontrar todos os recursos necessários para a realização de um
bom trabalho, nomeadamente os programas de edição, uma mesa de mistura de vídeo, o
controlo de imagem, cinco câmaras, uma mesa para controlar projetores, gerador de
carateres, informática para alinhamento e coordenação de programas e uma sala de
áudio.
Maquilhagem e caraterização
Qualquer interveniente num programa de televisão tem de passar pela sala de
maquilhagem e caraterização, de modo a retirar brilhos e sombras do rosto.
Nos blocos informativos, os apresentadores são denominados de pivots. Estes são
apoiados pelo Teleponto, um monitor associado a uma câmara. Este sistema de
teleponto é controlado por um computador onde inicialmente são inseridos os textos das
notícias, podendo ser mudados pelos jornalistas caso seja necessário.
Caso o teleponto avarie, o pivot dispõe de outros recursos: uma impressora silenciosa
que se encontra por baixo da mesa, um monitor embutido no tampo da mesa,
alinhamento impresso, auricular e microfone para receber informações e contactar com
a régie.
Redação
A redação da SIC conta com a presença de profissionais que definem os assuntos/temas
que deverão ser tratados e a ordem de trabalhos.
Relatório de Estágio | 2012
19
Apesar de ser tudo controlado ao mínimo pormenor com a antecedência de, pelo menos,
24 horas, na informação lida-se diariamente com o imprevisto, sendo necessário que
toda a equipa responda com a maior rapidez e eficácia.
A SIC, a SIC Notícias e a SIC Online são abastecidas pela única redação da SIC.
Os jornalistas da redação são coordenados por editores-executivos, incumbidos da
função de escolher as notícias que devem ser tratadas pelo jornalista. Em reuniões de
planeamento, os editores aconselham e orientam os editores-executivos na seleção das
notícias.
Na SIC Online, há um coordenador que tem como função alinhar as notícias segundo o
critério de importância, atualidade e relevância.
Esta é a realidade da sede da SIC. No entanto, a realidade das delegações é diferente,
existindo também desigualdades entre as delegações.
1.4. A Delegação da SIC na Guarda
A delegação da SIC na Guarda foi criada em
outubro de 2007. O espaço está situado no edifício
dos serviços centrais do Instituto Politécnico da
Guarda, tendo por base um protocolo entre as duas
entidades.
A equipa da delegação da SIC na Guarda é
composta pela jornalista, Madalena Ferreira, e pelo
repórter de imagem, Filipe Barbosa.
A equipa usufrui de um espaço pequeno e de poucos equipamentos. No início, como
referiu Filipe Barbosa, o espaço não tinha sequer mesas. Tal situação impossibilitava a
realização de um trabalho de qualidade por parte da equipa.
Figura 4 – Foto da Delegação da SIC na
Guarda
Fonte: Elaborada pela estagiária
Relatório de Estágio | 2012
20
Durante as folgas ou as férias de algum dos meus
tutores, tive a oportunidade de cooperar com a
equipa da Delegação da Covilhã (Patrícia
Figueiredo, como jornalista, e Paulo Gabriel, como
repórter de imagem). A equipa da Covilhã dispõe
de espaço e equipamentos muito diferentes, em
quantidade e qualidade. Estando integrados na
Universidade da Beira Interior, não determinam
substancialmente os métodos e processos de
trabalho dos profissionais desta equipa, à exceção da passagem dos registos de imagens
das câmaras para os computadores. Enquanto na Covilhã este processo demora breves
minutos, por disporem de uma câmara com disco externo, na Delegação da Guarda
realiza-se em «tempo real», ou seja, o equivalente ao tempo de gravação, porque esta é
feita em cassete (BETACAM SX).
1.4.1. Análise SWOT
A análise SWOT consiste no levantamento rigoroso das características internas da
empresa e do contexto em que está inserida, em dado momento. A pesquisa tem por
base quatro vetores, traduzidos pelas palavras Strenghts (forças), Weaknesses
(fraquezas), Opportunities (fraquezas) e Threats (ameaças).
Figura 5 – Foto da sala de Edições de
Vídeo
Fonte: Elaborada pela estagiária
Figura 6 – Foto do interior da
delegação da SIC na Guarda (Sala de
diretos)
Fonte: Elaborada pela estagiária
Figura 7 – Foto da sala de Diretos da
delegação da SIC na Covilhã
Fonte: Elaborada pela estagiária
Relatório de Estágio | 2012
21
Segundo Públio (2008), a análise SWOT foi criada por dois professores da Harvard
Business School: Kenneth Andrews e Roland Christensen. Por outro lado, Tarapanoff
(2001) considera que a análise SWOT já existia há mais de dois mil anos e cita um
conselho de Sun Tzu11
: concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre
as oportunidades e proteja-se contra as ameaças.
A análise SWOT consiste, pois, na identificação dos pontos fortes e fracos, como das
principais oportunidades e ameaças, permitindo assim uma previsão de acontecimentos
futuros, negativos ou não, orientando a sua posição estratégica.
Quadro 3 – Análise Swot da Delegação da SIC na Guarda
Análise Swot
Pontos Fortes Pontos Fracos
- Equipa qualificada
- Cobertura de notícias sobre diversos
temas
- Maior facilidade em conhecer as fontes
- Falta de qualidade das infraestruturas
- Possíveis falhas do sistema informático
Oportunidades Ameaças
- Uso das novas tecnologias
- Progressão social da cidade
- Diminuição das assimetrias regionais do
país
- Concorrência dos outros canais
televisivos
- A crise do país
Fonte: Elaborado pela estagiária
Após o levantamento das caraterísticas da Delegação da SIC na Guarda, consegui
identificar os seus pontos fortes e fracos, bem como as principais oportunidades e
ameaças que a sua envolvente lhe coloca.
Como pontos fortes, que correspondem aos recursos e capacidades da organização,
podendo ser combinadas para gerar vantagens, destacam-se: uma equipa qualificada e
11
Sun Tzu foi um general chinês que viveu no século IV A.C. enquanto comandava o exército real de
Wu acumulou diversas vitórias. Escreveu A Arte da Guerra, um livro sobre estratégias de combate e
táticas de guerra. Fonte: http://www.suntzu.com.br/cap0a.htm (acedido em 15 de outubro de 2012).
Relatório de Estágio | 2012
22
ambiciosa; a cobertura de notícias sobre diversos temas e a maior facilidade em
conhecer as fontes, dado que é uma cidade pequena.
Os pontos fracos representam aspetos mais vulneráveis da organização, salientando-se:
a falta de qualidade das infraestruturas, o que por vezes pode afetar o trabalho da equipa
e as possíveis falhas do sistema informático.
O uso das novas tecnologias; a progressão social da cidade e a diminuição das
assimetrias regionais do país poderão ser aproveitadas como oportunidades para a
evolução e fortalecimento da organização. A Delegação deverá proteger-se contra a
concorrência dos outros canais televisivos, mormente da TVI e da RTP, que também
têm uma delegação na Guarda, e mudanças no ambiente socioeconómico que a crise do
país poderá determinar, ameaçando a sobrevivência organizacional (Daychoum, 2007).
Relatório de Estágio | 2012
23
Capítulo II
Estágio
Relatório de Estágio | 2012
24
Enquanto estagiária da delegação da SIC na Guarda, aprendi diversos conceitos
relativos ao jornalismo televisivo e à captação de imagem, que pude pôr em prática
enquanto acompanhava os meus mentores.
2.1. Jornalismo Televisivo
Segundo o Manual de Jornalismo Televisivo – UTAD TV (Universidade de Trás-os-
Montes e Alto Douro), a televisão engloba som e imagem, daí ser o mais poderoso meio
de comunicação de massas. Este seu poder exige também mais competências, mormente
ao nível da captação de imagem.
2.1.1. Captação de imagem
Uma notícia forte prende a atenção do telespectador e uma boa imagem deve ser
compreendida sem palavras. Tal como num filme sem som, se as imagens forem
realmente boas, não precisamos de ouvir as palavras para perceber o filme.
No entanto, no jornalismo televisivo, a imagem deve acompanhar as palavras, pelo que
é necessário um trabalho em equipa, para que o jornalista ao chegar à redação tenha as
imagens que pretende para formar o texto. O jornalista deve acompanhar o repórter de
imagem na hora das filmagens e na edição de cada peça, de modo a indicar-lhe o que
pretende e discutir ideias.
O jornalista não deve utilizar os primeiros nem os últimos três ou quatro segundos do
plano que pretende, pois existem movimentos ou respirações do repórter de imagem.
Por outro lado, na recolha de imagens para «pintar» a peça, o jornalista e o repórter de
imagem devem evitar estar perto da câmara para não estragarem o som ambiente.
Uma peça deve ter uma imagem forte, que permita agarrar e surpreender. O trabalho de
campo deve ser feito consoante a Pirâmide Invertida, no entanto, no fim, a peça é
construída com picos de interesse.
Relatório de Estágio | 2012
25
É fundamental que exista uma coordenação da equipa, sendo dever do jornalista
explicar o local e as razões para se efetuar aquele trabalho. Assim, ambos possuem já
uma ideia inicial e não se sentem perdidos ao chegar ao local. O jornalista terá as
imagens que pretende para formar o texto quando voltar à redação.
O texto deve ser claro. Um bom texto é feito com frases pequenas e concisas. Não se
deve colocar demasiada informação no texto, pois torna-o massudo e sem interesse; não
se deve dar ordens, usar frases negativas e a voz passiva, nem tão pouco usar frases
feitas, tais como «onde há fumo há fogo», «mais vale tarde do que nunca».
O jornalista deve pronunciar todas as sílabas e atender à pontuação, pois facilita a
leitura do texto. A leitura frente à câmara deve ser feita num tom familiar, com um rosto
agradável, olhando nos olhos do telespetador. O jornalista deve fazer silêncio antes das
citações e acentuar as palavras-chave. O pivot deve estar sentado de costas, ligeiramente
oblíquas, devendo ter em atenção o barulho das folhas nos microfones, além de que não
deve gesticular demasiado, pois pode confundir o telespetador12
.
No momento da edição, o texto e a imagem não podem ser contraditórios e não pode
haver falta de raccord13
.
Iluminação
É necessário encontrar pontos de luz no momento da gravação. Uma imagem bonita
depende do momento em que é tomada (Cunha, 1930: 63).
A câmara de filmar possui quatro tipos de filtro, variando com as condições de
gravação. Sempre que muda o local de filmagem, o repórter de imagem deve fazer o
12
Fonte: http://cadernos.comunicamos.org/wp-content/plugins/downloads-manager/upload/UTADTV-
MANUAL3.pdf (acedido em 15 de outubro de 2012).
13 Raccord serve para designar os efeitos visuais, sonoros ou de linguagem cinematográfica utilizados
para garantir a coerência entre dois planos ou duas cenas subsequentes num filme ou vídeo. Fonte:
http://d1tempo.com/wiki/index.php?title=Raccord (acedido em 15 de janeiro de 2013).
Relatório de Estágio | 2012
26
balanço dos brancos, utilizando uma folha branca ligeiramente inclinada, uma parede
branca ou, até mesmo, uma peça de roupa branca.
Na hora de gravarem os vivos ou os diretos, os jornalistas devem estar sempre com a
cara virada para o sol e nunca devem usar óculos de sol. Existem também vários
cuidados a ter com o posicionamento da câmara: a luz deve estar nas costas do repórter
de imagem, nunca se deve filmar contra o sol; não se deve ter como fundo um espelho
nem uma superfície branca; o entrevistado nunca deve estar debaixo de uma lâmpada;
deve-se evitar os sítios com pouca luz.
A câmara não deve apanhar chuva, pó ou qualquer outra substância. Antes da filmagem,
deve-se verificar se a objetiva está limpa e se o tripé está trancado, de modo a evitar
quedas. O uso do tripé é sempre aconselhável, para garantir a qualidade das imagens14
.
Enquadramentos, planos e contra planos
O enquadramento é o campo visual capturado pela objetiva da câmara. Ao elemento
capturado damos o nome de plano. Por outras palavras, o enquadramento significa
harmonizar, combinar, condizer, quadrar, abrangendo a posição do sujeito da ação em
relação às margens da imagem e à sua consequente escolha de ponto de vista (Cunha,
1930: 119).
Os planos de corte são essenciais na construção de uma peça, dado que permitem a
mudança de planos, locais e momentos. Devem ser utilizados planos abertos e fechados
ou o plano e contra plano do jornalista e do entrevistado.
Nos contra planos, capta-se o entrevistado calado, enquanto o jornalista lhe coloca a
questão. No caso do jornalista, este olha para o entrevistado, ouvindo-o numa atitude
neutra. Nestas situações, se o jornalista usar microfone de mão, deve colocar o
microfone sempre à mesma distância que usou para colocar a questão.
14
Fonte: http://cadernos.comunicamos.org/wp-content/plugins/downloads-manager/upload/UTADTV-
MANUAL3.pdf (acedido em 15 de outubro de 2012).
Relatório de Estágio | 2012
27
Os planos são agrupados em ambiente, ação e expressão. Os planos de ambiente podem
ser: PMG – plano muito geral; plano bastante geral, que contém essencialmente o
ambiente e o elemento humano quase não é visível; e PG – plano geral, que também se
centra no ambiente, mas contém alguma ação, pois já se vê o elemento humano.
Os planos de ação podem ser: PGM – plano geral médio, em que a figura humana surge
sempre completa, dando para perceber as ações executadas; PA – plano americano,
quando o limite inferior corta a figura humana pela coxa, sendo o conteúdo principal a
ação das pessoas; e PM – plano médio, se é cortado
pela cintura. Este plano é caracterizado pela ação da
parte superior do corpo.
Os planos de expressão podem ser: PP – plano
próximo, cortado um pouco abaixo das axilas,
privilegiando a expressão facial; GP – grande plano,
cortado pela parte superior dos ombros, sendo
primordial a expressão facial, enquanto se retiram a
ação e o ambiente; MGP – muito grande plano,
cortado pelo queixo e pela testa, permitindo a carga
emocional da imagem; e PD – plano de detalhe, que
permite aumentar a carga emotiva da imagem, por
exemplo, através de uns olhos a chorar ou um
sorriso. Podemos criar outros tipos de planos ao
criar movimento na câmara, por exemplo: o foca–desfoca, ao focar-se o primeiro
elemento, desfoca-se o segundo elemento e vice-versa; o zoom, aproximação ou
distanciamento de um determinado objeto; as panorâmicas, um movimento feito de
acordo com a nossa leitura, isto é, da esquerda para a direita, podendo ser feito no
sentido contrário; os tilts, movimento feito de acordo com a nossa leitura, ou seja, de
cima para baixo, podendo ser feito ao contrário; o travelling, quando a câmara efetua
um determinado percurso, de modo a explicar uma certa situação; e, por último, o
tracking, movimento que segue uma personagem ou um objeto.
Um dos erros habituais é o entrevistado ficar de lado para a câmara e metade do visor
ficar vazio. Para solucionar este erro, o jornalista tem de se colocar sempre do lado da
Figura 8 – Representação esquemática
dos planos de captação
Fonte:http://cadernos.comunicamos.org/
wp-content/plugins/downloads-
manager/upload/UTADTV-
MANUAL3.pdf (acedido em 15 de
outubro de 2012)
Relatório de Estágio | 2012
28
câmara, pois, assim, o entrevistado olha nos olhos do jornalista e fica bem enquadrado.
Não se deve filmar um entrevistado de cima para baixo (picado) ou de baixo para cima
(contra picado), já que o olhar da pessoa deve estar sempre ao nível da câmara.
O jornalista deve ficar num dos lados do cenário em fundo, para que o ponto de fuga
possa ser aproveitado. Para que exista qualidade no trabalho realizado, os movimentos
do repórter de imagem e do jornalista devem ser sincronizados15
.
2.1.2. Géneros Jornalísticos
Os diferentes géneros jornalísticos enriquecem a comunicação, combatem a monotonia
e melhoram o ritmo das produções televisivas. Os principais géneros jornalísticos
televisivos são: peça de telejornal; reportagem de telejornal ou de curta duração;
documentário ou grande reportagem; entrevista; debate; e apresentação16
..
Uma pequena peça não tem uma duração superior a 1’20”. O tema nem sempre é o mais
importante e não exige muita investigação e trabalho exterior, pois assume fundamental
importância a rapidez na sua produção, de modo a encaixar-se na cobertura de uma
atualidade muito presente. Os meios utilizados são rudimentares, pois não implica
diretos nem pós-produção de vídeo ou áudio.
A duração de uma reportagem de telejornal ou de curta duração varia entre os 1’20” e os
1’50”, sendo geralmente sobre temas de grande importância.
O documentário e a grande reportagem são trabalhos de longa duração. Não são sobre
temas urgentes, mas que se ligam à atualidade. É necessária uma investigação profunda
e demorada.
15
Fonte: http://cadernos.comunicamos.org/wp-content/plugins/downloads-manager/upload/UTADTV-
MANUAL3.pdf (acedido em 15de outubro de 2012).
16 Fonte: http://opac.iefp.pt:8080/images/winlibimg.exe?key=&doc=73220&img=458 (acedido em 15 de
outubro de 2012)
Relatório de Estágio | 2012
29
A entrevista resulta da relação entre um entrevistador e um ou mais entrevistados,
podendo ser transmitida em direto ou gravada.
O debate carateriza-se pela relação entre um entrevistador e vários convidados, com ou
sem público, e pode também ser apresentado em direto ou gravado.
A apresentação baseia-se na relação entre o jornalista e a câmara de televisão. Pode ser
gravada ou em direto, no estúdio ou no exterior17
. Quando transmitida a partir do
estúdio, a apresentação cabe ao pivot.
Durante o estágio, tive a oportunidade de participar na produção de 22 reportagens
curtas e uma reportagem de longa duração, para além de ter desenvolvido um projeto
próprio.
T Q Q S S D
JULHO 1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30 31
S T Q Q S S D
AGOSTO
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 14 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31
S T Q Q S S D
SETEMBRO
1 2
3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
S T Q Q S S D
OUTUBRO
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
Preparação e tratamento de conteúdos
Projeto
Reportagens de curta duração
17
Fonte: http://opac.iefp.pt:8080/images/winlibimg.exe?key=&doc=73220&img=458 (acedido em 15 de
outubro de 2012).
Relatório de Estágio | 2012
30
Reportagem de longa duração
Folgas
Quadro 4 - Cronogramas das atividades desenvolvidas
Fonte: Elaborado pela própria
2.2. Atividades desenvolvidas
O meu estágio começou no dia 11 de julho de 2012. Decorreu na delegação da SIC, na
Guarda, com mais uma colega de curso. Esta situação, que se deveu ao fato de ambas
termos escolhido o mesmo local para estagiar, revelou-se positiva, pois era necessário
despendermos dinheiro para a gasolina, dado que nos foi solicitada a carta de condução
e viatura própria para a realização deste estágio.
No meu primeiro dia de estágio, conforme o combinado, apresentei-me às 9:00 horas na
consulta externa do Hospital Sousa Martins. O principal objetivo era medir o impacto
da greve na vida dos utentes e no normal funcionamento do hospital. Uma vez que as
razões da greve já tinham sido divulgadas, foram feitas perguntas diretas para que as
respostas fossem breves e precisas.
Acompanhei a jornalista e o repórter de imagem em todo o processo. Enquanto
esperava, o repórter de imagem ensinou-me algumas noções sobre a utilização da
câmara de vídeo. Em primeiro lugar, como atrás referi, é necessário encontrar um ponto
branco para fazer o equilíbrio dos brancos, dado que as gravações são feitas a preto e
branco. Quanto à escolha dos filtros: os filtros 1 (interiores com pouca luz) e 3
(interiores que tenham janelas com luz) são para interiores, e os filtros 2 (exteriores com
pouca luz) e 4 (exteriores com muita luz) são adequados para exteriores.
Depois da recolha das imagens e das entrevistas, fomos para a Delegação para
prepararmos a peça e editarmos as imagens.
Este dia foi longo e com muita informação para assimilar, nomeadamente, no âmbito da
preparação da peça e ao funcionamento do sistema de edição de imagem – EDIUS
versão 4.6 (anexo V).
Relatório de Estágio | 2012
31
Para a preparação da peça, é necessário conceber o texto lido pelo pivot no telejornal;
definir o local e a situação temporal; estabelecer a ordem das entrevistas; preparar as
legendas com o tema e a informação mais importante; por último, é preciso preparar o
esqueleto da peça, ou seja, a estrutura da peça, para posteriormente proceder à edição de
vídeo. Para a realização da estrutura devemos fazer um script, isto é, passar para o papel
o que o vivo (entrevista retirada do vídeo em bruto) diz, para uma futura construção do
texto e posterior voz off.
Quanto ao funcionamento do sistema de edição, o formato de imagem utilizado é
BETACAM SX e o conversor de imagem é CANOPUS; para capturar as imagens através
do programa, é necessário ir ao menu principal e desenvolver o seguinte processo:
Capture - generic OHCI input - input settings – DV 50I 4:3; as teclas I (in) e O (out),
servem para selecionar onde queremos que o nosso vivo comece (in) e acabe (out). Para
mudar o volume, clicamos no botão direito do rato – Scale all (a escala ambiente fica
em 7, passando a 4 quando entra no vivo). Os efeitos permitidos são: White balance
(correção de cor), dissolve e linear out áudio. Para que a imagem permaneça sempre no
mesmo sítio, é necessário ativar o botão Over write mode. Exportar a peça implica fazer
in/out na peça completa - file – print – print file – DV AVI ou MPEG e guardar a peça
com o nome da delegação e o tema da peça, sem assentos, por exemplo:
GUARDA_greve dos médicos. O sistema de envio de reportagens é o Filezilla: abrimos
o servidor da SIC – Nacionais (secção da peça) – delegações – SIC Guarda. Para
contactar a produção da SIC, basta ligar para o número 800204944.
Durante as folgas ou as férias de algum dos meus tutores, tive a oportunidade de
cooperar com a equipa da Delegação da Covilhã (Patrícia Figueiredo, como jornalista, e
Paulo Gabriel, como repórter de imagem). Foi enriquecedor, dado que lidei com
profissionais com pontos de vista e táticas de trabalho diferentes.
2.2.1. Ética e metodologia de trabalho
Ao longo da produção jornalística, os profissionais devem, de acordo com Kovach e
Rosentiel, reger-se por diversos princípios, de que se destacam os da verdade, lealdade,
verificação e independência. Devem apurar a verdade dos factos, pois as notícias devem
Relatório de Estágio | 2012
32
ser utilizáveis e fiáveis. Devem manter-se leais, acima de tudo, aos cidadãos, para quem
trabalham. A essência do trabalho jornalístico deve assentar numa disciplina de
verificação, para que venha a ser relatado o que realmente aconteceu. Devem manter a
independência em relação às pessoas que cobrem, preservando a liberdade de espirito e
de pensamento (2004: 10).
Os jornalistas devem também servir como controlo independente do poder, respeitando
o princípio da vigilância, facultar informação que as pessoas precisam para
compreender o mundo que as rodeia e servir de fórum para a crítica e compromisso
públicos, promovendo o debate público e servindo de árbitros e intermediários honestos.
Devem lutar para tornar interessante e relevante aquilo que é significativo, garantindo
notícias abrangentes e equilibradas, pois o valor do jornalismo depende do facto de ser
completo e proporcionado. Aqueles que o exercem devem ser livres de seguir a sua
própria consciência, com responsabilidade e orientação moral (Kovach e Rosentiel,
2004: 170).
Descobrir a verdade implica que os jornalistas se desloquem até aos locais onde os
factos acontecem ou as fontes a privilegiar se encontram, trabalhando no terreno. Muitas
vezes, não sabia qual a atualidade que íamos cobrir, sendo informada já no terreno do
acontecimento sobre o tema e os objetivos da reportagem. Sempre que tinha tempo,
ligava a rádio ou acedia à internet para saber se algo de importante se passava.
No local da cobertura, a rotina consistia em: localizar as autoridades, questionar os
presentes procurando conseguir testemunhos credíveis. Sem fontes de informação, sem
testemunhas, não há jornalismo, cabendo ao jornalista perceber se as fontes estão a
servir o interesse geral dos cidadãos ou a servir-se dele em proveito próprio. Quando se
tratava de fontes oficiais, a jornalista fazia um telefonema prévio para se informar do
sucedido e, assim, preparar-se para a cobertura. Estando a trabalhar numa comunidade
pequena, era-lhe mais fácil conhecer as fontes e saber se eram fidedignas.
O bloco de notas e a caneta tornaram-se os meus melhores amigos, dado que tinha de
anotar as ideias principais, os nomes das fontes e, caso fosse preciso, os respetivos
contactos. Apesar de apenas estar a acompanhar os meus mentores, tinha de ser bem
educada e mostrar-me aberta a ajudar sempre que necessário. Em casos de perdas
Relatório de Estágio | 2012
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humanas ou de bens, tinha de me mostrar solidária. No âmbito de assuntos que
implicassem entidades públicas, tinha de ser atenciosa e fazer boa figura, dado que a
jornalista me apresentava sempre como a nossa estagiária da SIC. A SIC tem uma
imagem a defender e eu queria transmitir que era capaz de a honrar.
Com a câmara de vídeo da ESECD, tentava filmar tudo o que o repórter de imagem
filmava e questionava o porquê. Neste trabalho, foi importante a presença da minha
colega de curso - enquanto eu realizava uma tarefa, ela realizava outra. Assim, nunca
perdíamos nada que os nossos mentores faziam, seguindo todos os seus passos.
Ao estar no terreno, percebi que há sempre uma grande concorrência entre os
jornalistas. Todos procuram algo novo, diferente e insólito. Lutam para serem os
melhores e para terem a melhor notícia. Foi muito gratificante estar entre outros
jornalistas e ouvir os comentários.
Já os repórteres de imagem «são todos amigos». Ajudam-se uns aos outros, não
existindo qualquer tipo de rivalidade entre eles.
2.2.2. Reportagens de curta duração
As reportagens de curta duração aproximam-se das notícias em termos concetuais, dos
tipos de assuntos ou temas que têm por objeto, dada a sua relação com a atualidade. Tal
como a notícia, a reportagem breve versa sobre a função essencial de assinalar os
acontecimentos, ou seja, tornar público um fato (Sodré e Ferrari, 1986: 16).
Dada esta relação da reportagem de curta duração com a atualidade, a seleção dos temas
ou assuntos obedece a critérios de noticiabilidade. Nelson Traquina (2002: 186- 201)
elaborou uma lista de valores-notícia, que divide em duas categorias diferentes: os
valores-notícia de seleção e os valores-notícia de construção. Estes valores estão
presentes na produção jornalística, desde a seleção dos acontecimentos até à construção
das notícias.
Os valores-notícia de seleção são: morte, porque a negatividade é um critério
fundamental no jornalismo; notoriedade, pois o envolvimento de uma celebridade tem
Relatório de Estágio | 2012
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valor numa notícia; proximidade, já que quanto mais próximo o acontecimento, mais
possibilidade de ser selecionado; relevância, acontecimentos relevantes causam
impacto na vida das pessoas, das regiões e dos países; novidade, os acontecimentos têm
de ter algo de novo, de diferente; tempo, que pode ter três interpretações - atualidade,
efemeridade e continuidade; notabilidade, a qualidade de ser visível; inesperado,
relativa a um acontecimento que surpreende; conflito/controvérsia, porque a violência
chama a atenção.
Os critérios contextuais indicam como poderá ser abordado o acontecimento:
disponibilidade, relativa à facilidade de cobertura em termos de logística; equilíbrio,
respeitante à quantidade de notícias que já existe ou existiu em relação a um
determinado acontecimento; visualidade, já que é necessário haver bom material visual
para que o acontecimento seja noticiável; concorrência, podendo ser necessária a
exclusividade de um acontecimento; dia noticioso, pois uma boa notícia depende da
quantidade e importância das notícias de momento.
Finalmente, Traquina considera como valores-notícia de construção os seguintes:
amplificação, respeitante à dimensão do acontecimento; relevância, relativa à
importância e impacto do acontecimento; personalização, quanto mais personalizado,
mais possibilidades de um facto ser noticiado; dramatização, pois o acontecimento
deve despertar o lado emocional do público; consonância, já que a notícia deve ser
interpretada num contexto conhecido.
Para Bill Kovach e Tom Rosentiel (2004: 10), são critérios de noticiabilidade:
atualidade ou proximidade temporal, uma vez que são factos noticiáveis os atuais
próximos no tempo; notoriedade ou celebridade, pois quando uma pessoa, um animal
ou uma coisa tem fama, um acontecimento torna-se mais interessante para constituir
notícia; importância ou transcendência, já que uma notícia pode gerar outra notícia,
por exemplo, a realização de um evento pode gerar novos postos de emprego; raridade,
novidade, porque o sucesso insólito, o extraordinário, o bom ou mau inesperado, pode
constituir uma novidade por ser original; interesse humano, respeitante a factos
capazes de aumentar o dinamismo humano, com objetivo de entreter; conflito, ação,
luta, pois as polémicas e os enfrentamentos suscitam a curiosidade e o interesse do
público; entretenimento, porque a diversão alimenta os sonhos e as ambições;
Relatório de Estágio | 2012
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mistério, já que notícias que criam suspense tornam o público curioso e interessado;
amor, romance ou sexo, pois pode desenvolver casamentos, adultérios, separações,
raptos, violações, sendo que, quando alguém conhecido está relacionado com a notícia,
o público fica ainda mais interessado.
Tendo por base as tipologias anteriores, apresento no Quadro 5 a síntese
esquemática das reportagens curtas em que tive a oportunidade de participar,
relacionadas com os respetivos temas18
e critérios de noticiabilidade.
Quadro 5 – Divisão das notícias por temas e caracterização das mesmas segundo os critérios de noticiabilidade
Temas Reportagens curtas Critérios de noticiabilidade
Política Visita do Ministro da Defesa Nacional,
Aguiar Branco, a Gouveia.
Notoriedade, relevância,
Partidos
O Partido Socialista visitou o novo
hospital da Guarda.
O Partido Social Democrata da Covilhã
não pagava renda da sede há mais de um
ano.
- Personalização, notoriedade,
inesperado.
Economia
Os portugueses aproveitam as praias
fluviais para descasar e ir a banhos,
sendo Valhelhas uma das mais
frequentadas em tempo de crise.
Segundo o observador da Cetelem
constatou-se através de inquéritos que
os pais gastam mais dinheiro em
vestuário do que me material escolar.
Ideias Low Cost para vencer a crise.
Restaurante e cabeleireiro, no Fundão,
praticam preços mais em conta para a
combater a crise e estimular o
consumidor.
- Dramatização, proximidade,
amplificação, relevância,
novidade.
Problemas Sociais
Em abril uma idosa foi assaltada na
Mizarela. Em agosto, a SIC volta à
aldeia, para tentar perceber se os idosos
se sentem inseguros.
- Inesperado, dramatização,
continuidade.
Sociedade
Cobertura de um protesto em frente à
Câmara Municipal da Guarda, contra as
medidas de austeridade.
- Conflito, proximidade,
dramatização, ação.
Ambiente Incêndio em Vide, Seia.
Realização de um falso direto – Vídeo
- Proximidade, relevância,
amplificação, dramatização.
18
As categorias temáticas utilizadas foram adoptadas da pesquisa feita por Felisbela Lopes (1999: 179-
184) Fonte: http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/813/2/MONOGRAFIAJOANADIAS.pdf (acedido em
15 de novembro de 2012).
Relatório de Estágio | 2012
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on Tape.
Incêndios varrem culturas: fomos cobrir
a área ardida em Mangualde da Serra,
Gouveia.
Desporto
Cerca de setenta parapentistas
despediram-se dos céus de Sameiro, em
plena serra da Estrela.
- Personalização,
entretenimento, continuidade.
Festividades
Cobertura da festa Medieval de
Belmonte, tal como o nome indica em
pleno largo histórico foi retratada esta
época remota.
- Novidade, proximidade,
personalização; amplificação,
ação.
Cultura
XXII ACANAC – Acampamento
Nacional de Escuteiros em Idanha-a-
Nova, de dia 5 a dia 10 de agosto
Mais de dezassete mil escuteiros que
acamparam no ACANAC pretendem
ultrapassar o recorde do maior abraço
do mundo e entrar para o Guiness.
- Notoriedade, proximidade,
relevância, notabilidade,
personalização, amplificação,
inesperado, ação.
Vida
Entrevista a avós com filhos e netos
emigrantes.
- Personalização, proximidade
e dramatização,
entretenimento.
Religião Falta de padres em Ade - Proximidade, inesperado e
dramatização.
Fonte: Elaborado pela estagiária
País
O Call Center da segurança social de
Castelo Branco reabre com 50
trabalhadores.
Queijo de Castelo Branco ganha
medalha de ouro em Londres.
Acompanhamento da GNR até à
fronteira de Vilar Formoso.
Testes a cães da Serra
- Notoriedade, proximidade,
novidade, inesperado,
amplificação e relevância,
entretenimento.
Saúde Greve no Hospital Sousa Martins
- Proximidade, amplificação,
dramatização.
Relatório de Estágio | 2012
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2.2.3. Grande Reportagem
As grandes reportagens requerem uma investigação prévia mais profunda. A única que
os meus mentores produziram durante o estágio, e em que pude participar, intitulou-se
Paixão pela Escrita.
Os protagonistas foram dois profissionais da área da saúde que decidiram mostrar a sua
veia literária, publicando livros. Natural de Matas de Lobos, Álvaro Carvalho Figueira,
que já foi diretor do Hospital Garcia de Orta em Almada, publicou o livro Oito menos
um quarto, sobre o surto da migração como única forma de sobrevivência. Por seu lado,
João Lopes, técnico de radiologia, escreveu Porta da Baía, um romance que levou
quatro anos a concluir. Este livro fala da herança de um segredo que atravessa três
gerações da mesma família.
Os dois autores já estão a escrever novos títulos. A escrita desperta emoções e preenche
grandes vazios, porque a vida não pode ser apenas trabalho. Daí que esta grande
reportagem tenha sido proposta pela equipa da Delegação à direção da SIC, vindo a ser
aceite e a concretizar-se com sucesso.
Nesta grande reportagem, foi fácil encontrar as fontes. No caso particular do Dr. João
Lopes, este já tinha trabalhado com a jornalista Madalena Ferreira, na rádio Altitude, da
cidade da Guarda. Conheciam-se há muitos anos, mantendo uma relação de amizade.
Ainda assim, as filmagens com ambos os autores como protagonistas demoraram dois
dias, por todos, incluindo os jornalistas da SIC, terem vidas muito ocupadas, em
horários com algumas incompatibilidades.
2.2.4. Projeto
Depois de observarmos os nossos tutores, de aprendermos toda a teoria necessária à
realização de um bom trabalho, e de termos à nossa disposição uma câmara de filmar
facultada pela ESECD, desenvolvi com a minha colega de curso e de estágio um projeto
Relatório de Estágio | 2012
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que visava a aplicação de conhecimentos e o confronto com a necessidade de criar.
Decidimos, em conjunto, produzir uma peça sobre o regresso dos estudantes à Cidade e
ao Instituto Politécnico da Guarda, relacionando-o com a crise económica em que o país
se encontra. Coube-me fazer o trabalho de repórter de imagem.
Em termos de imagem, filmámos os caloiros enquanto efetuavam as suas matrículas, o
convívio dos alunos do curso de Comunicação e Relações Públicas e, por último, as
entrevistas que realizámos aos proprietários dos cafés mais frequentados por estudantes.
O nosso principal objetivo residiu em relacionar o aumento do lucro dos cafés com o
regresso dos estudantes à cidade. Importa referir que a crise influenciou a escolha dos
caloiros, na sua vinda para a Guarda, tal como consta no vídeo em anexo.
Ambas elaborámos o texto da voz off, mas a gravação coube à minha colega, dado que o
seu papel foi o de jornalista. A escolha dos vivos e a edição resultaram do trabalho de
ambas (anexo VI).
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Reflexão Final
O estágio, de três meses, foi o primeiro contacto com o mundo real do trabalho na
minha área de formação. Representou a oportunidade de aplicar conteúdos que aprendi
ao longo dos três anos curriculares. Sempre pensei que o meu curso era muito teórico,
mas, de fato, a teoria foi muito importante na prática que desenvolvi na Delegação da
SIC na Guarda.
Do estágio, trouxe comigo experiências, amigos e conhecimentos. Pude sentir de perto a
emoção e a ambição dos profissionais com quem trabalhei. Trazem com eles a paixão e
a força de vontade de singrar na vida, apesar de estarem numa cidade do Interior.
Sempre gostei muito de jornalismo, no entanto, ao longo dos três meses de estágio, senti
uma grande curiosidade pela imagem e a respetiva edição. Tive de efetuar a voz off para
a minha apresentação final, o que me foi bastante difícil.
Foi um desafio que me tornou muito mais responsável e convicta de que talvez a
carreira jornalística não seja aquela por que quero enveredar como futuro profissional,
para toda a vida.
Irritei-me várias vezes, porque houve muitos dias em que não fiz nada e desesperava por
um telefonema dos meus tutores pois desejava muito sair de casa, rumo à aventura e
fazer novas descobertas.
Descobri como funciona a SIC e, mais importante, descobri que sou capaz de integrar as
rotinas do jornalismo televisivo. Neste, como em tantas outras áreas da vida humana e
profissional, basta uma dose certa de esforço e dedicação. Porque a experiência que tive
enquanto estagiária poderá ajudar a que as de outros possam ser ainda mais plenas e
gratificantes, termino esta reflexão com algumas sugestões:
Seguro para alunos estagiários
Todos os estagiários deveriam ter um seguro financiado pela Escola ou pela entidade
que os acolhe. Ao estagiar num canal de televisão, e ao dispor do meu carro, tive de me
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deslocar para vários locais, onde, por alguma razão, algo poderia correr mal, tanto mais
quando fazíamos a cobertura de um incêndio ou de um conflito político.
Maior disponibilidade no empréstimo de equipamentos
A Escola tem o dever de nos facultar meios para que possamos realizar um bom
trabalho. Foi-nos emprestada uma câmara de filmar e um tripé, no entanto, inicialmente,
o pedido havia sido negado. Depois de insistência, por parte da tutora, o equipamento
foi emprestado com algumas condições. Uma delas obrigava a que o material tivesse de
ser entregue todos os dias ao responsável pelos audiovisuais da Escola, o que foi
impossível, porque um jornalista nunca tem horários.
Pagamento de um subsídio de alimentação
Os meios económicos são poucos, contudo, se fosse pago pelo menos o subsídio de
alimentação pela entidade que acolhe o estagiário, daria para cobrir os gastos com
deslocações.
Melhoria das instalações
As instalações da Delegação da SIC na Guarda são bastantes diminutas. Um espaço
maior seria importante do ponto de vista funcional, mas, também, para que a equipa se
sentisse mais motivada. As condições de trabalho determinam o empenho e a qualidade
dos resultados a obter, ainda que, como escreveu Antoine de Saint-Exupéry:
O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo19
.
19
Fonte: http://pensador.uol.com.br/motivacao/2/ (acedido em 10 de dezembro de 2012).
Relatório de Estágio | 2012
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Relatório de Estágio | 2012
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http://d1tempo.com/wiki/index.php?title=Raccord (acedido em 15 de janeiro de 2013).
Lista de Anexos
Anexo I – Texto sobre o aparecimento da TV
Anexo II – Cronologia: Historial da SIC
Anexo III – Hino da SIC
Anexo IV – Mapa da cobertura atual da SIC Internacional
Anexo V – Janela do programa de edição EDIUS
Anexo VI – Texto da voz off do Projeto
Anexo VII – Texto da voz off da apresentação das atividades
Anexo VIII – DVD com Reportagens e Projeto
Anexo I
Aparecimento da TV
O aparecimento da caixa mágica surgiu nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, em
finais dos anos 20, início dos anos 30, em 1927 nos Estados Unidos com a Bell
Telephone Company e a RCA e, dois anos mais tarde, com John Baird, na Grã-
Bretanha (Coelho, Pedro, 1966:64).
Segundo Abercrombie, em 1936 estão registados três mil aparelhos de televisão em
Londres e 50 mil em Nova Iorque (1996:74).
A Segunda Guerra Mundial provoca principalmente na Grã-Bretanha uma quebra nesta
evolução, mas acabado o conflito, só na Grã-Bretanha o número de aparelhos
aproximava-se dos 100 mil.
Em 1953 é introduzida a cor na televisão norte americana, em 1955, existem mais de
100 estações de televisão nos Estados Unidos.
A aglomeração dos telespetadores frente à televisão, no final do dia depois do trabalho
ou ao jantar, convencionou-se chamar a esse período, o prime time televisivo.
Em Portugal, só em 1953, Salazar encarrega, Francisco Bordalo Machado, de formar os
primeiros projetos que levavam à criação de uma estação televisiva no país. No final de
1955, os estatutos da RTP assumem a concessão do serviço público de televisão.
Marcello Caetano luta contra as resistências de Salazar e, em 1957, o governo autoriza a
compra dos primeiros emissores e dos terrenos para a instalação da RTP. Finalmente no
dia 7 de Março de 1957, as emissões regulares iniciam-se. Salazar continua afastado
deste novo meio.
Após a queda de Salazar, a 7 de Setembro de 1968, Marcello Caetano ascende ao poder.
Em 1969, a informação era centrada em Marcello Caetano, iniciando-se nesse ano as
Conversas de Família, para assim ele conversar directamente com o público.
O tempo passa e a televisão torna-se parte do quotidiano das pessoas, transformando-se
num meio doméstico e, simultaneamente, familiar. A televisão promove o divertimento
e a informação às famílias portuguesas, permitindo o diálogo entre os membros da
família, quebrando barreiras entre os mesmos, pois temas tabus, como o consumo de
drogas, a sexualidade e os problemas na juventude são mais facilmente falados perante
programas que tratem esses temas.
A televisão torna-se um veículo de convívio e de rotina da vida doméstica, facilitando a
vida dos pais perante os filhos1.
1 Informação retirada da seguinte fonte: Coelho, Pedro (2005). A TV de proximidade e os novos desafios
do espaço público: um estudo sobre a situação portuguesa. Lisboa: Livros Horizonte e CIMJ.
Anexo II
Cronologia: Historial da SIC
1992 - Início de emissões como a primeira estação de televisão privada em Portugal.
1995 – A SIC ultrapassa as audiências da RTP.
1997 - A SIC Internacional iniciou as suas emissões com o objetivo de chegar à
comunidade portuguesa espalhada pelo mundo.
1998 - Criação da SIC Filmes.
2000 - Início das transmissões da SIC Gold.
2001 - Nasceram os canais temáticos: SIC Notícias, SIC Radical e surge na
internet com a SIC ONLINE
2003 - A 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, nasceu o canal temático
SIC Mulher; a 6 de maio tiveram início as transmissões da SIC Indoor ; 6 de outubro
nasceu o projeto de solidariedade da SIC, SIC Esperança.
2004 - A 18 de outubro nasceu a SIC Comédia, em substituição da SIC Gold. A
transmissão deste canal terminou a 31 de dezembro de 2006.
2006 – A GMTS (Global Media Technology Solution) substituiu a SIC Serviços
como prestadora de serviços técnicos.
2006 - A 3 de agosto de 2006, a SIC entrou no capital da ADTECH (Advertising
Technologies Comunicação, Multimédia S.A), que entretanto foi vendida.
2007 – Em janeiro, a SIC Esperança é reconhecida como IPSS (Instituições
Particulares de Solidariedade Social).
2007 – A SIC adquiriu 90% da Dialectus, empresa que presta serviços de
tradução, dobragem e legendagem. Em março, a SIC alienou a sua participação na
Dialectus.
2009 – A SIC assumiu a totalidade do capital da SIC Notícias.
2009 - A 11 de setembro, a SIC inaugurou novos estúdios no Parque Holanda.
2009 – A 18 de dezembro, a SIC lançou um canal novo, SIC K, dedicado aos
mais novos.
2011 – A 8 de janeiro, a SIC Notícias celebrou o seu 10º aniversário com um
novo estúdio, nova identidade visual e sonora2.
2 Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).
Anexo III
Hino da Sic
Nós nascemos juntos
Pudemos sorrir e chorar
Ai crescemos juntos
Soubemos perder e ganhar
Porque o tempo passa, passa a correr
O amanhã é o que hoje vamos fazer
Sempre juntos, juntos, numa só voz,
O futuro és tu e eu
Somos nós!
Quebrámos barreiras
Percorremos mundos sem fim
Cruzámos fronteiras
Por dentro de ti e de mim
E o tempo voa, voa, bem vês
O presente é nosso, é certo, outra vez
Sempre juntos, juntos numa só voz
O futuro és tu e eu
Porque o tempo passa, passa a correr
O amanhã é o que hoje vamos fazer
Sempre juntos, juntos, numa só voz
O futuro és tu e eu
Somos nós!
Sic sic sic
Letra e música de Augusto Madureira
Arranjos de Fernando Martin3
3 Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).
Anexo IV
Mapa da cobertura atual da SIC
Internacional
Fonte: http://sic.sapo.pt/NR/rdonlyres/C57BFE6D-F073-469B-939F-
891B8D87D1E6/1039648/HistorialSIC20112.pdf (acedido em 20 de setembro de 2012).
Anexo V
Janela do programa de edição –
EDIUS
Anexo VI
Texto da voz off do Projeto
Oráculos:
Diogo Seco – Presidente da Associação Académica da Guarda
Ana Lopes – Caloira Relações Públicas
Regina Santos – mãe de caloira Farmácia
Sara Oliveira, Caloira Educação Básica
Fátima Oliveira, Mae de caloira de Educação Básica
António Fonseca, Proprietário de café
Marco Loureiro, Coproprietário de Bar
Rui Ramos, Coproprietário de café
REGRESSO ÀS AULAS
Alunos para o ensino superior escolhem cidades mais baratas
REGRESSO ÀS AULAS
Para evitar despesas, pais aconselham filhos a estudarem na cidade onde residem
REGRESSO ÀS AULAS
Por causa da crise, residências têm mais procura do que oferta
REGRESSO ÀS AULAS
Pais apertam o cinto e têm que trabalhar mais pagar estudos dos filhos
REGRESSO ÀS AULAS
Cafés inovam imagem e fazem promoções para atração dos consumidores.
Voz Off:
Respiro: Hino de curso... mas estudar para quê??
Na receção aos caloiros, a pergunta ainda não tem resposta, mas em todo o caso, o Politécnico
da Guarda recebeu quase 300 novos alunos. Um número idêntico ao do ano passado.
Vivo Diogo Seco
Estudar no interior do país é mais barato e para muitos o fator é decisivo na hora de preencher
as candidaturas.
Vivo, Regina Santos/ Fátima Oliveira
Os alunos preocupam-se com o desemprego e na hora da decisão procuram o curso com mais
saídas profissionais.
Vivo Ana Lopes
Todos fazem contas e muitos esperam uma vaga nas residências onde o alojamento é mais
barato, mas há quem não chegue a tempo.
Vivo Sara Oliveira
Com o regresso às aulas, a cidade ganha vida e os cafés agradecem.
Vivo, António Fonseca/ Marco Loureiro/ Rui Ramos
Para atrair mais alunos, os comerciantes apostam na inovação e nas promoções. A receita é
repetida de ano para ano e os negócios não parecem ter razão de queixa.
Anexo VII
Texto da voz off da apresentação
das atividades
- Ao longo do meu estágio, idosos viviam com receio de serem assaltados ou agredidos nas suas
próprias casas.
- As famílias portuguesas preparavam-se para gastar uma boa parte do orçamento mensal na
compra de material escolar, o regresso às aulas eliminava outras intenções de compra.
- O queijo de Castelo Branco ganhava a medalha de ouro em Londres.
- Acompanhamos a GNR no patrulhamento até à fronteira de Vilar Formoso de modo a
resguardar a segurança de quem saía do país.
- A falta de padres levava a que um único sacerdote ficasse responsável por dez paróquias,
mesmo assim, arranjava tempo para celebrar a missa em cada uma delas.
- Foi avaliado o comportamento dos cães da Serra perante as ovelhas.
- O fogo rodeava várias aldeias do concelho de Seia. Na hora do rescaldo já se falava em
reflorestar a área ardida.
- Organizou-se um desfile de moda de modo a estimular as vendas dos comerciantes da Guarda.
- Aprendi que a SIC tem uma imagem a defender e com muito esforço e dedicação, o trabalho
resulta positivamente.
Anexo VIII
DVD com Reportagens e Projeto
Reportagens |
Hospital da Guarda Parado
O Grupo parlamentar do Partido Socialista visitou hoje o novo hospital da Guarda. As
obras estão concluídas mas o edifício não abre por falta de pagamento de quase nove
milhões de euros ao empreiteiro.
[Segue TH]
António Serrano, Deputado PS
HOSPITAL DA GUARDA PARADO
Deputados do PS exigem que Governo pague ao consórcio e resolva impasse
HOSPITAL DA GUARDA PARADO
Empreiteiro exige pagamento de 8,8 milhões de euros relativos à primeira fase da
empreitada
A visita dos deputados socialistas foi ainda aproveitada para reiterar o desacordo quanto
ao encerramento de maternidades e serviço de urgências.
[Segue TH]
António Serrano, Deputado PS
Combate à invasão fiscal
De uma maneira geral, a medida agrada aos contribuintes, mas os comerciantes já falam
em aumentar os preços para manterem as margens de lucro.
[Segue clip]
[Notes] Guarda, Hoje
Jorge Carvalho, Proprietário de restaurante
Repete Jorge Carvalho
Voxpop
Micael Oliveira, Cabeleireiro
Voxpop
COMBATE À INVASÃO FISCAL
Governo aprova dedução de 5% de IVA em despesas de alojamento, refeições,
cabeleireiros ou oficinas
COMBATE À INVASÃO FISCAL
A dedução aprovada em Conselho de Ministros prevê teto máximo de 250 euros por
família
COMBATE À EVASÃO FISCAL
Emissão de faturas passa a ser obrigatória em 2013 e as infracções podem ascender a
3750 euros cada
Despesas diárias e gestos simples como dormir ou comer fora passam a ser
compensados em sede de IRS. O Governo admite deduções globais de 5% e um teto
máximo de 250 euros por família.
Vivo, Jorge Carvalho
Não acontece e o fisco sabe disso. Daí que a emissão de faturas passe a ser obrigatória
já partir do ano que vem.
Vivo, Jorge Carvalho
Com a medida anunciada no final do conselho de ministros, os consumidores passam à
condição de fiscais e ajudam as Finanças a combate a evasão fiscal.
Vivo, Voxpop
Novas regras? Nada a opor responde quem garante pagar impostos sem fugas.
Micael Oliveira
As reparações automóveis estão também entre as despesas elegíveis pela dedução de 5
% no IRS.
Vivo, Voxpop
No futuro a percentagem da dedução pode ser ajustada. O aumento do teto máximo e o
alargamento da medida a outras despesas não estão postos de parte.
TH António Aguiar Branco, Ministro da Defesa
O Ministro da Defesa, António Aguiar Branco reitera a ideia de que o Ministro Miguel
Relvas está disposto a prestar todos os esclarecimentos no parlamento. Declarações
feitas esta tarde em Trancoso, à margem das comemorações da batalha de São Marcos.
[Segue th]
António Aguiar Branco, Ministro da Defesa
MIGUEL RELVAS VAI AO PARLAMENTO
António Aguiar Branco reitera que o colega do governo está disposto a prestar
esclarecimentos no Parlamento
Regresso às aulas
Frequentar o 7º ano de escolaridade vai implicar o gasto de pelo menos 300 euros em
manuais escolares. É apenas um exemplo da nova fatura do regresso às aulas que
eliminam outras intenções de compra das famílias portuguesas.
[Segue clip]
[Notes] Guarda, Esta manhã
Guida Martins, Vendedora de Papelaria
Ricardo Rocha, Encarregado de Educação
Repete Guida Martins
Sandra Gonçalves, Operadora Hipermercado
Repete Ricardo Rocha
Telmo Ferreira, Vendedor loja de desporto
REGRESSO ÀS AULAS
Aquisição de manuais e material escolar monopoliza cabaz de compras das famílias
REGRESSO ÀS AULAS
Alunos que vão frequentar o 7º ano vão gastar mais 300 euros só em manuais escolares
REGRESSO ÀS AULAS
Inquérito ao consumo revela que além dos manuais, o vestuário e calçado dominam
intenções de compra
(Respiro)
Em final de férias e a poucos dias do regresso às aulas, as famílias portuguesas
preparam-se para gastar uma boa parte do orçamento mensal na compra de material
escolar. Encomendas não faltam.
Vivo, Guida Martins
Com um filho de 10 anos, este pai procura já o essencial para o novo ano lectivo. O
essencial mesmo porque o regresso à escola implica gastos que interferem com o já
precário equilíbrio mensal.
Vivo, Ricardo Rocha
Esta sala de livros escolares mostra que, embora a maioria das reservas tenha sido feita
antes da partida para férias, as entregas podem demorar um pouco mais porque há
contas de muitas centenas de euros
Vivo, Guida Martins
Nesta papelaria do centro da cidade, pais e encarregados de educação compram os livros
escolares e ganham 5% do valor global da fatura em material escolar. Uma opção que
não dispensa no entanto uma ida aos hipermercados onde, regra geral, os preços são
mais baixos.
Vivo, Sandra Gonçalves
Ao material didáctico juntam-se ainda as compras de vestuário e calçado, setor em que é
cada vez mais difícil conciliar o interesse de pais e filhos.
Vivo, Ricardo Rocha
E, o decréscimo de poder de compra nota-se também na aquisição de equipamento
desportivo
Vivo, Telmo Ferreira
O contexto económico é de contenção e os gastos inerentes ao regresso às aulas
eliminam outras intenções de compra.
Acampamento Nacional de Escuteiros
Milhares de escuteiros estão reunidos no acampamento nacional, em Idanha-a-Nova.
Até sexta-feira, o movimento escutista português explora a natureza e vive novas
experiências.
[Segue clip]
[Notes] Idanha-a-Nova
Voxpop
Carlos Pereira, Chefe nacional do acampamento
Voxpop
Repete Carlos Pereira
Adrian Didier, Delegação francesa
Sérgio Mota, diretor de comunicação do Acanac
ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS
Entre escuteiros e voluntários, estão reunidas 17.100 pessoas no Monte Trigo, em
Idanha-a-Nova
ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS
As atividades na barragem concentram três mil e quinhentos escuteiros por dia
ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS
Cada escuteiro pagou oitenta euros para participar no mega acampamento
ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS
A anterior edição realizou-se no mesmo local há cinco anos e reuniu quase dez mil
pessoas
ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS
Estão representados os 18 distritos do país e as duas regiões autónomas da Madeira e
Açores
ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS
Além da participação de Macau, as comitivas internacionais abrangem delegações de
doze países
ACAMPMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS
Até sexta-feira, o corpo nacional de escutas estima servir cerca de 306 mil refeições
ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS
Movimento escutista de orientação católica nasceu há 89 anos em Braga
ACAMPAMENTO NACIONAL DE ESCUTEIROS
Www.acanac2012.org
(Respiro)
E a aventura já começou. Os setenta e nove hectares do Monte Trigo ganharam vida e
até sexta-feira o movimento escutista é aprofundado a muitas vozes. Pronúncia do norte
incluída.
Vivo, Voxpop
De Braga para Idanha. A viagem valeu pela estreia em mega acampamentos e pelo
retorno da experiência.
Vivo, Voxpop (2 entradas)
Entre escuteiros e adultos voluntários, são 17 mil e cem pessoas em convívio e
atividades que também se estendem à barragem de Idanha.
Vivo, Carlos Pereira
A natação, a canoagem ou um simples passeio de barco. Tudo é possível no espelho de
tanta diversão.
Vivo, Voxpop (3 entradas)
Dos 6 aos 22 anos, os escuteiros portugueses fazem a festa e trocam experiências com
quem vem de fora.
Vivo, Carlos Pereira/ Adrian Didier
Milhares de tendas e de participantes dão trabalho a cerca de 2600 voluntários e a uma
equipa de comunicação que monitoriza o acampamento e faz a ligação entre pais e
filhos.
Vivo, Sérgio Moita
Tudo disponível na internet.
Vivo, Sérgio Mota
O acampamento nacional de escuteiros prolonga-se até à próxima sexta-feira.
Desfile de moda na Guarda
Os comerciantes da Guarda também se queixam da quebra de poder de compra e do
consumo. A organização de um desfile de moda foi a primeira de várias iniciativas para
estimular as vendas.
[Segue clip]
[Notes] Guarda, ontem
Sandra Brízio, Agência Space Milan
Isabel Guerra, Cabeleireira
Rita Pires, Comerciante
Repete Sandra Brízio
Hugo Pinheiro, Comerciante
Voxpop
Voxpop
Voxpop
DESFILE DE MODA NA GUARDA
Comerciantes da cidade associaram-se para promover artigos das suas lojas
DESFILE DE MODA NA GUARDA
Desfile de moda teve como objectivo estimular o consumo no comércio tradicional
DESFILE DE MODA NA GUARDA
Cláudio Ramos da SIC apresentou o desfile na emblemática praça velha
Por uma vez, o centro comercial instalou-se a céu aberto. A Associação de comerciantes
e uma agência da especialidade prepararam um desfile com propostas para este
outono/Inverno e com manequins recrutados na cidade.
Vivo, Sandra Brízio
Na antecâmara da passerelle, os comerciantes mostravam ânimo, contagiados pelo
entusiasmo das crianças e adolescentes e pela exigência de estimular o comércio local.
Vivo, Isabel Guerra
Cá fora, a população concentrava-se enquanto os lojistas reafirmavam o interesse em
animar o centro histórico da Guarda.
Vivo, Rita Pires
O dia estava ameaçado pela chuva mas em tempo de crise e quebra de vendas os
comerciantes da Guarda arriscaram o desfile na rua.
(Respiro)
Vivo, Hugo Pinheiro
(Respiro)
Vivo, João Belo
Embora amadores, os pequenos manequins arrancavam grandes aplausos da assistência
que não ficou indiferente a uma iniciativa pouco vulgar na Praça Velha.
Vivo, Elizabete Batista/Patrícia Custódio
Vencer as quebras no consumo é tudo o que precisa o comércio da Guarda afetado
também pela falta de clientes e pela quebra geral de confiança.
(Respiro)
Dia dos avós
A poucos dias da chegada do mês de Agosto, as aldeias portuguesas começam a estar
apinhadas de emigrantes. As famílias reencontram-se e matam saudades como acontece
na Guarda. Avós e netos trocam os mimos que faltaram no resto do ano.
[Segue clip]
[Notes] Fernão Joanes, Guarda
Gracinda Sousa Tavares, Avó
Repete Gracinda Sousa Tavares
Repete Gracinda Sousa Tavares
Aline Vendeiro, Neta
Virgínia Gaspar, Avó
Altino Gaspar, Avô
Repete Virgínia Gaspar
Cíntia Lopes
Repete Virgínia Gaspar
Repete Altino Gaspar
Repete Gracinda Sousa Tavares
DIA DOS AVÓS
Os avós rezam para que os filhos e netos emigrantes regressem em segurança
DIA DOS AVÓS
A avó Gracinda de 83 anos só não gosta que alguns netos residentes em França não
falem português
DIA DOS AVÓS
Os pais dos pais confessam que têm mais paciência com os netos e que condicionam a
vida por eles
A espera anual é feita no largo das varandinhas. A avó Gracinda reúne sete filhos e 13
netos e bisnetos mas para muitos a viagem é longa e, por esta altura, a mulher de fé,
ergue as mãos para o céu.
Vivo, Gracinda Sousa Tavares
Aos 83 anos ainda se sente capaz de fazer o almoço para os vinte e oito que pode reunir
à mesa. O mais difícil é comunicar com os netos que vêm de França e da Suíça.
Vivo, Gracinda Sousa Tavares
Ainda assim, a comunicação acontece porque a avó preocupa-se, insiste e faz perguntas.
Vivo, Gracinda Sousa Tavares/ Aline Vendeiro
O parque da Senhora do Soito também reúne avós e netos. Por enquanto, as brincadeiras
ao ar livre reúnem quatro irmãos, mas m poucos dias vão ser mais. Todos, filhos de
emigrantes em França.
Vivo, Virgínia Gaspar
As férias em Portugal não mudam no entanto o papel dos avós. Aqui como no país de
acolhimento, são o grande apoio dos pais.
Vivo, Altino Gaspar/Virgínia Gaspar/ Cíntia Lopes
Os miúdos não largam os avós porque os pais ralham e avós estragam as crianças com
mimos.
Vivo, Virgínia Gaspar/Altino Gaspar
São a alegria de quem tem uma idade maior. Emocionam-se e, como se diz por estas
aldeias, reinventam o papel de pais a dobrar.
Vivo final, Gracinda Sousa Tavares
Feira Medieval de Belmonte
Centenas de pessoas assistiram ao arranque da nona feira medieval de Belmonte. O
centro histórico e o largo do castelo foram o palco privilegiado de um evento que vale
pela recriação de uma época remota.
[Segue clip]
[Notes] Belmonte
Paulo Martinho, Falcoeiro
João Ferreira, Monitor
Voxpop
Lurdes Cariano, Artesã
Voxpop
Voxpop
Voxpop
FEIRA MEDIEVAL EM BELMONTE
O cortejo real abriu a feira que vai prolongar-se até ao final do dia de domingo
FEIRA MEDIEVAL EM BELMONTE
O centro histórico e o largo do castelo estão povoados de tendas de comes e bebes e
algum artesanato
FEIRA MEDIEVAL EM BELMONTE
Fim-de-semana vai ser animado por diversos espetáculos de recriação medieval
(Respiro)
O rei, a rainha, os músicos, os artesãos e os bobos da corte. Todos desfilaram pelas ruas
de Belmonte em sinal de abertura da nona edição da feira medieval.
(Respiro)
Entre tendas de comes e bebes e artesanato de vários pontos do país, os figurantes
rumaram ao largo do castelo onde a falcoaria improvisada recolhe boa parte das
atenções.
Vivo, Paulo Martinho
Aves de rapina para os nobres e outros jogos param o povo. Miúdos e graúdos
experimentam os mais tradicionais.
Vivo, João Ferreira
(Respiro)
Vivo, Voxpop (espanhol)
Tudo enquadrado em ambiente medieval onde os comerciantes e artesãos também
recuam no tempo e vivem à época.
Vivo, Lurdes Cariano
(respiro)
Vivo, Voxpop
Aproxima-se a hora do jantar e os cheiros gastronómicos misturam-se nas ruas de
Belmonte. O difícil é escolher.
Vivo, Voxpop
As temperaturas dos verões à moda antiga convidam a sair à rua e a experimentar o
tempo de festa.
Vivo, Voxpop
A feira medieval é atração de todo o fim-de-semana em Belmonte. Animação de rua e
espetáculos musicais estão assegurados.
(Respiro)
Férias em tempo de crise
Longe do mar, os portugueses aproveitam as praias fluviais para descasar e ir a banhos.
Valhelhas a meio caminho entre a Guarda e a Serra da Estrela é uma das mais
frequentadas e em tempo de crise, ganha especial importância.
[segue clip]
[Notes] Praia fluvial de Valhelhas, Guarda, Esta manhã
Voxpop
Voxpop
Voxpop
Voxpop
Voxpop
Michel Florêncio, Empresário
Voxpop
FÉRIAS EM TEMPO DE CRISE
Centenas de pessoas escolhem a praia fluvial de Valhelhas para descansar
FÉRIAS EM TEMPO DE CRISE
Várias famílias convivem, fazem refeições e partilham as merendas
FEIRAS EM TEMPO DE CRISE
Em cada época balnear são esperadas 50 a 60 mil pessoas mas este ano podem ser mais
(Respiro)
Com o país mergulhado em dificuldades, a água doce de Valhelhas descansa os cortes
no orçamento e sublima a crise.
Vivo, Voxpop
A paisagem é de montanha e cativa centenas de pessoas por dia. Longe da areia e da
água salgada, a alternativa passa pelo rio Zêzere.
Vivo, Voxpop
(RESPIRO)
Vivo, Voxpop
Chamam-lhe a praia do garrafão. A maioria dos frequentadores traz o farnel e come por
ali mesmo.
Vivo, Voxpop
(RESPIRO)
Ao fim de semana, a lotação esgota na praia como no parque de campismo, mas a opção
ganha adeptos e não escolhe dia certo.
Vivo, Voxpop
Além dos banhos, breves ou nem tanto, o sol, a relva e as esplanadas convidam ao
repouso em férias tranquilas e mais baratas.
Vivo, Voxpop/ Michel Florêncio/Voxpop
Aberta como tal desde 95, Valhelhas é a praia fluvial do concelho da Guarda com
bandeira azul.
Em cada época balnear, passam por ali 50 a 60 mil pessoas, mas este ano, são esperados
mais banhistas por causa dos cortes nos orçamentos familiares.
Idosos com medo dos assaltos
Os idosos vivem com receio de serem assaltados ou agredidos. A conclusão é de um
estudo da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima que aponta o medo como causa
direta da perda de qualidade de vida.
[Segue clip]
[Notes] Misarela, Guarda
Lurdes Veloso, Vítima de assalto
Voxpop
Voxpop
Voxpop
Voxpop
IDOSOS COM MEDO DE ASSALTOS
Estudo da APAV revela que os idosos vivem com medo de serem vítimas de assaltos
IDOSOS COM MEDO DE ASSALTOS
O receio é mais vincado entre as mulheres dos 45 aos 64 anos e na região do Algarve
IDOSOS COM MEDO DE ASSALTOS
Assaltos a residências aumentam o sentimento de insegurança entre os mais idosos
A viver sozinha e quase isolada numa quinta da aldeia de Pero Soares, esta idosa foi
assaltada em casa enquanto dormia. Os ladrões encapuzados levaram o dinheiro e o
ouro que tinha em casa. Aconteceu há quatro meses, mas o medo persiste.
Vivo, Lurdes Veloso
Casos como este passam de boca e boca. Na aldeia vizinha de Misarela o assalto ainda
está presente na memória da população e houve até quem logo tomasse precauções.
Vivo, Voxpop
O receio de ser vítima de assaltos e agressões está expresso num estudo recente da
APAV especialmente entre as mulheres dos 45 aos 64 anos de idade.
Vivo, Voxpop
Com os resultados do barómetro, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima conclui
que o assalto a residência tem uma relação direta com o aumento do clima de
insegurança entre os mais idosos.
Vivo, Voxpop
Dispara a criminalidade e a qualidade de vida dos mais velhos é afetada pelo receio de
ser assaltado ou agredido.
Vivo, Voxpop
A GNR tem feito acções de sensibilização e de alerta para os perigos dos idosos abrirem
a casa a estranhos ou de acreditarem no conto do vigário, mas os perigos e os receios
mantêm-se.
Incêndio em Seia
Ainda por dominar, o fogo que começou ontem em Seia já rodeou várias aldeias do
concelho e continuar a queimar floresta protegida do parque natural da Serra da Estrela.
[Segue clip]
[Notes] Seia, Hoje
INCÊNDIO EM SEIA
O fogo lavra há pelo menos vinte horas e três bombeiros sentiram-se mal devido ao
cansaço
INCÊNDIO EM SEIA
Fogo rodeou várias aldeias do concelho de Seia e as populações temeram pela
segurança das casas
INCÊNDIO EM SEIA
No terreno estão centena e meia de bombeiros apoiados por um helicóptero
Há várias horas no terreno, os bombeiros começam a ser vencidos pelo cansaço e pelo
menos três homens sentiram-se mal e abandonaram a zona de fogo. Empurradas pelo
vento, as chamas já percorreram muitos quilómetros no parque natural da Serra da
Estrela.
Vivo, Voxpop
O incêndio começou na noite de Domingo em Carragosela. Logo depois rodeou a aldeia
de Torroselo e caminhou em direção a Furtado, de onde alguns idosos chegaram a ser
evacuados pela GNR.
Vivo, Voxpop
A falta de limpeza das matas associada ao vento forte têm dificultado o combate deste
incêndio que por agora corre na direcção da povoação de Corgas e não tem hora para ser
dominado.
Incêndios varrem culturas
Na hora do rescaldo dos incêndios de Seia e Gouveia já se fala em reflorestar a área
ardida. Agricultores e povoadores florestais queixam-se que os apoios financeiros são
apenas canalizados para o combate e não para a prevenção dos fogos florestais.
[Segue clip]
[Notes] Mangualde da Serra, Gouveia
Voxpop
António Machado, Pres. Associação Distrital de Agricultores
Voxpop
Repete António Machado
José Mota, Pres. Associação Florestal “Urze”
Repete José Mota
Repete António Machado
INCÊNDIOS VARREM CULTURAS
Estima-se que os fogos de Seia e Gouveia tenham queimado cerca de cinco mil hectares
INCÊNDIOS VARREM CULTURAS
Os prejuízos de correm da destruição de pinhal, acácias, carvalhos, castanheiros e
terrenos agrícolas
INCÊNDIOS VARREM CULTURAS
Associação Distrital de Agricultores lamenta falta de apoios para construção de charcas
INCÊNDIOS VARREM CULTURAS
Impõem-se reflorestar aa zona ardida mas ouvem-se protestos por causa da falta de
apoios financeiros
Ainda em sobressalto, as mulheres de Mangualde da Serra espreitavam o fumo que
ontem ao final do dia escalava a serra.
(Respiro)
Bombeiros andavam acima e abaixo em vigilância porque a noite tinha sido traiçoeira.
O fogo aproximou-se da aldeia e ainda chamuscou algumas culturas.
Vivo, Voxpop/António Machado
Os meios aéreos são os mais eficazes para chegar a pontos íngremes mas para a
associação de agricultores podiam ser mais se a água estivesse mais à mão.
Vivo, António Machado
Arderam essencialmente vinhas e oliveiras que ainda são importantes para a economia
local.
Vivo, Voxpop/António Machado
Em pleno parque natural da Serra da Estrela arderam grandes extensões de mato e
floresta. O próximo passo será a reflorestação da área ardida, mas as queixas de falta de
apoios são recorrentes.
Vivo, José Mota
Em Gouveia as três equipas de sapadores florestais estão reduzidas a apenas uma pelo
que o trabalho de prevenção parece comprometido de ano para ano.
Vivo, José Mota
Os números ainda são provisórios, mas estima-se que nestes dias tenham ardido cerca
de 5 mil hectares de mato, floresta, castanheiros, acácias e carvalhos.
O maior abraço do mundo
O vigésimo segundo acampamento nacional de escuteiros encerrou ontem à noite de
forma inédita. Mais de dezassete mil pessoas deram um abraço que pretendeu ser o
maior do mundo.
[Notes] Idanha-a-Nova, Ontem
[Segue clip]
Voxpop
Voxpop
Duarte Pico, Co- Autor da ideia do recorde
Voxpop
Diogo Rodrigues, Co-autor ideia do recorde
O MAIOR ABRAÇO DO MUNDO
Mais de 17 mil pessoas deram um abraço para obter o recorde do maior abraço do
mundo
O MAIOR ABRAÇO DO MUNDO
O apresentador da SIC João Manzarra, conduziu a festa escutista em Idanha-a-Nova
O MAIOR ABRAÇO DO MUNDO
O próximo acampamento nacional realiza-se em 2016 mas a localização ainda não está
decidida
(Respiro)
Levaram horas a organizar-se em redor do palco improvisado para a grande noite. Eram
afinal milhares, os escuteiros que queriam ficar na história do maior abraço do mundo.
Vivo, Voxpop
(Respiro)
De pé, sentados, aos gritos e a cantar. Todos pareciam encantados com a forma que a
moldura humana ía tomando e com as histórias vividas na última semana.
Vivo, Voxpop
Em compasso de espera para o mega abraço, o encerramento da festa escutista subiu ao
palco.
(Respiro)
Vivo, Duarte Pico
Contagiada pela ternura, toda a comunidade se abraçou para memória futura.
(respiro)
Vivo, Voxpop
O primeiro abraço da noite durou dez segundos mas o recorde pedia um minuto. A
proeza foi repetida na esperança de ser aceite como grande.
Vivo, Diogo Rodrigues
O próximo acampamento nacional está previsto para daqui a quatro anos, mas onde
ainda não se sabe.
Paixão pela escrita
Será a saúde fonte de inspiração para a escrita de romances? Vem a questão a propósito
de dois profissionais da área que, decidiram mostrar a veia literária e publicar livros. Do
casamento entre as ciências e as letras, podem, afinal, nascer novos escritores, como
está a acontecer na Guarda.
[Segue clip]
[Notes] Mata de Lobos, Figueira de Castelo Rodrigo
Álvaro Carvalho, Escritor
Repete Álvaro Carvalho
Repete Álvaro Carvalho
João Lopes, Escritor
Repete João Lopes
Repete João Lopes
Repete Álvaro Carvalho
Repete João Lopes
Madalena Ferreira
PAIXÃO PELA ESCRITA
Natural de Matas de Lobos, Figueira, Álvaro Carvalho já foi diretor do Hospital Garcia
da Orta
PAIXÃO PELA ESCRITA
O médico publicou o livro “Oito menos um quarto” sobre o surto de emigração na terra
natal
PAIXÃO PELA ESCRITA
O escritor defende o SNS e critica a contratação de profissionais de saúde a baixo custo
PAIXÃO PELA ESCRITA
João Lopes, técnico de radiologia de 53 anos diz que a escrita é uma forma de libertação
PAIXÃO PELA ESCRITA
Porta da Baía fala da herança de um segredo que atravessa três gerações da mesma
família
PAIXÃO PELA ESCRITA
Os dois livros são assinados por beirões que não resistem em colocar a Guarda no mapa
São oito menos um quarto, e, tal como década de 50 do século passado, a carreira chega
à aldeia de Mata de Lobos.
(Respiro)
O ritual de cada partida remete o médico Álvaro Carvalho de 63 anos para a drama da
emigração, descrito no livro que acaba de publicar. Fala a experiência porque Lisboa
também foi a cidade onde fez carreira.
Vivo, Álvaro Carvalho
Volta, porque os afetos falam alto e a reflexão entre a emigração de ontem e de hoje
também se diz.
Vivo, Álvaro Carvalho
Pensamentos cruzados levam o autor a usar o bisturi e a dissecar o serviço nacional de
saúde.
Vivo, Álvaro Carvalho
[Notes] Guarda
(Respiro)
Também é no Hospital Distrital da Guarda que João Lopes absorve experiências e
recolhe histórias, mas para este técnico de radiologia, a vida não é só trabalho.
Vivo, João Lopes
Vivências e muita imaginação deram à estampa Porta da Baía, um romance que levou
quatro anos a concluir. As primeiras ideiam é que, confessa o autor, têm mais de 20.
Vivo, João Lopes
E, nem de propósito porque o livro também fala de heranças.
Vivo, João Lopes
Primeiro estranha-se e depois entranha-se. A escrita desperta novas emoções e preenche
os vazios.
Vivo, Álvaro Carvalho/João Lopes
Cresceu e vai multiplicar-se porque ambos escrevem já novos títulos.
Vivo final, Madalena Ferreira
Parapente na Serra da Estrela
Cerca de setenta parapentistas despediram-se hoje dos céus de Sameiro, em plena serra
da Estrela.
Nem todos entraram na competição internacional, mas a alegria de voar em pleno vale
do Zêzere, foi geral.
[Segue clip]
[Notes] Sameiro, Manteigas, Hoje
[Notes] É PRECISO LEGENDAR OS VIVOS
Vítor Baía, Organização
James, Piloto Britânico
Repete Vítor Baía
Alberto Rania, Pres. Federação de parapente da Venezuela
Pedro Moreira, Campeão Nacional de Parapente
Luíz Gomes, Piloto
Emma Casanova, Federação Inglesa de Parapente
PARAPENTE NA SERRA DA ESTRELA
Durante cinco dias o Open juntou 70 parapentistas e mais dez praticantes de Asa Delta
PARAPENTE NA SERRA DA ESTRELA
Sameiro recebeu pilotos portugueses, australianos, ingleses, venezuelanos e finlandeses
PARAPENTE NA SERRA DA ESTRELA
O venezuelano Luíz Gomes ganhou a manga mas o vencedor do Open foi Pedro
Moreira
Vivo, Vítor Baía
O último briefing do Open de parapente trazia boas notícias. Céu azul e vento fraco
antecipavam duas boas horas de voo e maior reputação para o lugar da asinha em
Sameiro na Serra da Estrela.
Vivo, James
Este inglês preferiu o lazer à competição mas as duas opções são bem-vindas no Open
que junta pilotos do mundo inteiro.
Vivo, Vítor Baía
Participantes que já tinham cruzado os céus da Serra da Estrela, planaram ao lado de
quem fez a estreia e ficou deslumbrado.
Vivo, Alberto Rania/Pedro Moreira/Luíz Gomes
Sameiro já foi palco do Open nórdico há dois anos e em 2013 pode receber o
campeonato britânico.
Vivo, Emma Casanova
Para o ano há mais emoções e de muitas cores no cimo do mundo.
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