CAPÍTULO 21
Concepções de política
INTRODUÇÃO O que é o poder, sua legitimidade, seus limites e
fundamentos. Como se dá a conquista do poder? Muitas são as explicações sobre o poder: mitológicas e
religiosas (antiguidade oriental e idade média), filosóficas (Grécia e Roma ) e científicas (Idade Moderna e Contemporânea).
As idéias políticas são reflexos da cultura e provocam ações e modificam a prática da vida das pessoas no seu dia a dia.
1 – A CONCEPCÇÃO GREGA DE CIDADANIA: - nos tempos Homéricos o poder estava nas mãos da
aristocracia guerreira e sofria influência dos deuses. - com a formação da Pólis , do comércio, da moeda
surgiram a escrita e as reflexões filosóficas. - em Atenas surgiram ideias de cidadania, igualdade
política e democracia.
O conceito de igualdade perante a lei e direito à palavra leva à democracia direta: uma nova concepção de poder.
Os sofistas desenvolveram a arte de se falar na praça pública nas Assembléias e as teorias do ideal democrático da nova classe de comerciantes.
2- A POLÍTICA NORMATIVA - A concepção grega cria normas de ação para os
governantes virtuosos. - Platão na obra “A República” dizia que a cidade ideal
deveria ser governada por filósofos. - Aristóteles classificou as formas de governos em:
monarquia, aristocracia e politéia. Valorizava a educação da juventude como necessária para a formação do bom cidadão.
- Nestas concepções há uma ligação íntima entre ética e política.
OBS. A corrupção política do Império Romano destruirá estas concepções.
3. A IDADE MÉDIA (450 – 1450) : - Supremacia do poder espiritual (Igreja Católica)
sobre o temporal ( os Reis); - Conflitos entre a classe sacerdotal (Papa) e os
Estados Nacionais ( Reis); 4. MAQUIAVEL: autonomia política (séc.XVI): - Revolução política anti-feudalismo; - Urbanização da Europa: Renascimento e
Absolutismo; - A Política e a força para moldar a realidade; - A Política acima da Moral. 5. O FORTALECIMENTO DO ESTADO (SÉC.XVI E XVII) - As teorias absolutistas defendem o Estado europeu
centralizando o poder nas mãos do Rei; - Centralização do território, habitantes, leis, impostos,
exércitos, moedas, burocracia, etc; - Estado interventor da economia: Mercantilismo.
6. AS TEORIAS CONTRATUALISTAS ( séc. XVIII) - Fortalecimento econômico da burguesia leva à necessidade
de ocupar o poder político,por causa da Revolução Industrial. - Fundamento racional do poder: a origem do Estado é um
contrato entre governantes e governados. - Hobbes: para garantir a Paz o poder deve ser absoluto. - Locke: o Parlamento, como expressão da vontade popular,
deve limitar o absolutismo. O povo tem o direito de rebelião. - Rousseau: no “Contrato Social” defende a soberania do
povo, a democracia direta e o respeito à vontade geral. 7. O LIBERALISMO (séc. XIX e XX) - Consequências das teorias iluministas
criadaspelasrevoluções burguesas do séc.XVIII. - Não intervenção do Estado na economia: economia de
mercado (leis da oferta e procura, proteção ao lucro, livre iniciativa e concorrência, propriedade privada etc.)
- Fortalecimento do Parlamento, igualdade perante a lei, habeas corpus.
- O Liberalismo Democrático e a Revolução Industrial: grandes metrópoles e crescimento das massas operárias.
- Estado de Bem Estar Social: crise de 1929, quebra da Bolsa de Valores de NY, plano New Deal (Novo Tratamento) do presidente Roosevelt, controle da economia pelo estado de acordo com as teorias de Keynes (1930-1980).
- O Neoliberalismo (1980 – hoje): pós Guerra Fria, decadência do comunismo soviético, revolução tecnológica, privatização de amplos setores da economia. Estado mínimo atual.
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