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Daniel Xavier

A assistência oncológica no Brasil

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História do Câncer no Brasil 1920 – Política anti-câncer

1922 – “mal universal” – problema de saúde pública

1934 - Centro de cancerologia – embrião INCA

1951 – Construção do INCA

1988 – Constituição federal – Inca como agente diretivo na política nacional de controle ao câncer

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Características da assistência oncológica no Brasil

Política nacional de controle do câncer:

Conscientização da população sobre os riscos de câncer e como evitar a exposição;

Expandir o acesso à assistência oncológica integrada em todo o Brasil;

Agregar qualidade às ações de prevenção ao câncer e assistência oncológica.

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Adapted from Greenlee RT, et al. CA Cancer J Clin. 2000;50:16.

IncidênciaIncidência MortalidadeMortalidade

Melanoma

Cabeça e Pescoço

Pulmão e Brônquios

Pâncreas

Rim

Cólon e reto

Próstata

Bexiga

Leucemia

Linfoma não Hodgkin

Todos os outros

4%

3%

14%

2%

3%

10%

29%

6%

3%

5%

19%

Esôfago

Pulmão e brônquios

Pâncreas

Fígado e vias biliares

Estômago

Cólon e Reto

Próstata

Bexiga

Leucemia

Linfoma não Hodgkin

Todos os outros

3%

31%

5%

3%

3%

10%

11%

3%

4%

5%

22%

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Adapted from Greenlee RT, et al. CA Cancer J Clin. 2000;50:16.Adapted from Greenlee RT, et al. CA Cancer J Clin. 2000;50:16.

2%

15%

25%

5%

2%

11%

5%

2%

5%

4%

21%

Melanoma

Tireóide

Mama

Pulmão e Brônquios

Pâncreas

Cólon e Reto

Ovário

Útero

Bexiga

Linfoma não Hodgkin

Todos os outros

3%

2%

30%

12%

2%

11%

4%

6%

2%

4%

22%

Sistema Nervoso Central

Mama

Pulmão e Brônquios

Pâncreas

Estômago

Cólon e Reto

Ovário

Útero

Leucemia

Mieloma múltiplo

Todos os outros

IncidênciaIncidência MortalidadeMortalidade

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Características da assistência oncológica no Brasil

Recursos do SUS:

60 Serviços Isolados de Quimioterapia

38 Serviços Isolados de Radioterapia

85 Centros de Alta Complexidade em Oncologia sem radioterapia (CACON sRT)

81 Centros de Alta Complexidade em Oncologia com radioterapia (CACON cRT)

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Centros de Alta Complexidade em Oncologia CACON

Unidades hospitalares públicas ou filantrópicas, que caracterizam-se por dispor de todos os recursos humanos e tecnológicos necessários à assistência integral ao paciente com câncer, em uma mesma estrutura organizacional e prestar assistência de forma multiprofissional integrada

No mínimo devem dispor dos serviços de: diagnóstico, cirurgia oncológica, oncologia clínica, radioterapia, pronto atendimento para as emergências oncológicas, hemoterapia, psicologia, serviço social, nutrição, terapia ocupacional, farmácia, reabilitação e cuidados paliativos

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•Laboratório de Patologia Clínica•Serviço de Imagenologia (Raio X, Ultra-som, Tomograf ia Computadorizada)•Serviço de Endoscopias (Digestiva, Respiratória, etc.)•Laboratório de Anatomia Patológica

•Leitos e Ambulatório nas diversas especial idades cl ínicas e cirúrgicas•Hemoterapia•Pronto Atendimento

ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

SERVIÇOS

•Radioterapia•Oncologia Clínica•Cirurgia Oncológica•Cuidados Paliativos

ÁREAS ESPECÍFICAS

•Serviço Social•Psicologia Clínica•Farmácia•Pronto Atendimento (urgências e emergências oncológicas) •Fis ioterapia

SUPORTE

CACON

HOSPITAL GERAL

O QUE É CACON?

Arquivo MédicoInformática

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0%

20%

40%

60%

80%

100%

N NE CO SE S BRASIL

SEM

ACEIT

BOA

REGIÃOPOPULAÇÃO

2000CACON NECES

CACON I, II E III

QT RTCACON I SEM RT

NORTE 12.893.561 18 2 4 1 1NORDESTE 47.693.253 67 16 21 8 13C. OESTE 11.616.745 16 6 10 2 5SUDESTE 72.297.351 101 41 20 22 39SUL 25.089.783 35 10 19 8 23TOTAL BRASIL 75 74 41 81TOTAL BRASIL 237 271

169.590.693

Fonte: Inca, 2008.

COBERTURA ASSISTENCIAL BRASIL E REGIÕES

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Treinamento e qualificação profissional

Clientela (médicos,enfermagem, farmacêutico, ps icólogo, nutric ionista, informática, f i s ioterapia, cuidados pal iat ivos )

Objetivos ( capacitação nos conhecimentos técnico-cientí f icos em oncologia)

Especial ização (enfermagem, nutrição, f is ioterapia, e serviço social)

Estágio de Treinamento Profiss ional ( farmácia, nutr ição, enfermagem, f i s ioterapia, serviço social, ps icologia,f í s ica médica)

Visita de Observação (dir igida aos gestores) Conteúdo Programático ( teórico e prát ico)

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Daniel Xavier

Fisioterapia oncológica

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Fisioterapia Oncológica

A fisioterapia em oncologia é uma especialidade que tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico.

A reinserção do paciente em suas atividades de vida diária restaura o senso de dignidade e auto-estima.

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Indicações

As indicações para assistência fisioterapêutica são determinadas pelas disfunções causadas pela neoplasia no paciente, assim como pelos tipos de tratamento adotados.

A radioterapia, indicada tanto para o tratamento exclusivo da doença quanto para complementação dos outros tratamentos, pode acarretar fibrose, levando à restrição de movimento, edemas e disfunções ventilatórias.

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Indicações

Diversos tipos de quimioterápicos podem causar neuropatias periféricas, fibrose pulmonar e miocardiopatias. O uso prolongado de corticóides pode resultar em quadros de miopatia e osteoporose.

A cirurgia visa não apenas a remoção do tumor, mas também dos tecidos sadios adjacentes, a fim de evitar a permanência de doença residual macro ou microscópica. Tal fato acarreta seqüelas sensitivas, motoras, vasculares e respiratórias, dependendo da área afetada.

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TOXICIDADES

Mucosite

Nausea/vômitos

Diarréia

Cistite

Esterelidade

Mialgia

Neuropatia

Alopecia

Fibrose Pulmonar

Cardiotoxicidade

Reação local

Insuficiência renal

Mielosupressão

Flebite

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Indicações

A assistência fisioterapêutica ao paciente oncológico tem início no pré-operatório, visando o preparo para o procedimento e redução de complicações. Durante o período de internação o enfoque é global, prevenindo, minimizando e tratando complicações respiratórias, motoras e circulatórias.

A dor é uma das principais e mais freqüentes queixas do paciente oncológico, devendo por isto ser valorizada, controlada e tratada em todas as etapas da doença. As diversas técnicas para analgesia são um ponto forte da Fis ioterapia em Oncologia.

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Fisioterapia oncológica respiratória

O paciente oncológico diferencia-se em vários aspectos, desde as particularidades inerentes a condição clínica até os fatores relacionados com o câncer:

Mielossupressão (anemia, plaquetopenia e leucopenia) – aumenta o risco infeccioso e de sangramento;

distúrbios de coagulação;

dor.

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Fisioterapia oncológica respiratória É fundamental usar o bom senso na escolha das técnicas a

serem aplicadas, respeitando os limites da dor, momentos de indisposição, exames laboratoriais e de imagem, assim como as indicações e contra-indicações de cada técnica e o quadro clínico do paciente.

O conhecimento das características e evolução da doença oncológica (tipo de neoplasia, evolução da doença, localização, presença de metástases, prognóstico e suas possíveis complicações) ajuda o profissional na elaboração de suas condutas.

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Recomendações para FR

Manobras de higiene brônquica como drenagem postural, tapotagem, vibração, compressão expiratória, aceleração do fluxo expiratório entre outras, assim como manobras de reexpansão pulmonar, podem ser realizadas respeitando os valores das plaquetas, coagulograma e limiar da dor.

Page 21: Fisioterapia OncolóGica Uninorte

Recomendações para FR

Técnica de respiração forçada, Huffing, drenagem autogênica, freno labial e tosse assistida, assim como padrões ventilatórios voluntários, inspirômetros de incentivo, flutter e a Ventilação mecânica não invasiva intermitente, podem ser realizadas independente do nível de plaquetas.

Page 22: Fisioterapia OncolóGica Uninorte

A fisioterapia Respiratória

Número de plaquetas Manobra f i s ioterapêutica

Plaquetas > 50.000 Percussão e vibração

Plaquetas entre 20 e 50.000 Vibração e Drenagem Postural

Plaquetas abaixo de 20.000 Apenas Drenagem Postural

Tabela . Plaquetopenia e condutas terapêuticas. Fonte: Schultz et AL,2000

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Síndrome do imobilismo – Alterações músculoesqueléticas, circulatórias (TVP), cutâneas, respiratórias, urinárias , intestinais e psicológicas.

Síndrome do imobilismo

Pacientes oncológicos

Quimioterapia Radioterapia Metástase óssea Alterações nutricionais

Prescrição da fisioterapia

Fisioterapia Motora em Oncologia

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Objetivos : melhorar a função cardiopulmonar Fortalecimento Manutenção de ADM Prevenir osteoporose

Estudos recentes demonstram que a atividade física reduz o crescimento de tumores primários e o aparecimento de metástase, além de melhorar a função imune do paciente ( Sarmento,2008).

Fisioterapia Motora em Oncologia

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Problemas clínicos Valores laboratoriais Recomendações

TrombocitopeniaValores normais de plaquetas

150.000 – 450.000/m3

30.00 a 50.000/m3

20.000 a 30.000/m3

< 20.000/m3

Exercícios ativos livres, máxima ADM, Resistência leve e deambulação.

Exercícios passivos ou ativos livres; deambulação e assistência para auto-ajuda.

Mínimo de exercícios, atividade cautelosa; movimentos passivos e atividade de vida diária

Anemia

Valores normais

Hematócrito: 37 a 47%

Hemoglobina:12-16 g/dl

Ht < 25% - Hb< 8 g/dl

Ht 25%-35% - Hb< 8-10 g/dl

Ht acima de 35% e Hb>10

Exercícios leves, isométricos; ativos livres de ADM máxima; AVD e evitar programas aeróbios.

Exercícios aeróbios com resistência leve, pesos leves e deambulação.

Exercícios resistidos; deambulação; auto-ajuda, conforme tolerância

Alterações eletrolíticasK Na

< 3,0< 130 mmd/L> 6,0(frequentemente associada com arritmias e fraqueza muscular

Não realizar exercícios