FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA
CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA
OSCAR HERBERT AGUIAR KRUPP
VICTORIA REGINA PEREIRA RAUPP
KIT DE AUXÍLIO PARA DESENHO TÉCNICO - KADT
Orientador: Sandro Auler
Novo Hamburgo
2016
OSCAR HERBERT AGUIAR KRUPP
VICTORIA REGINA PEREIRA RAUPP
KIT AUXÍLIO PARA DESENHO TÉCNICO - KADT
Relatório do projeto KADT do curso de Mecânica
da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano
Vieira da Cunha, das turmas 3312 e 3411 para
requisito do Projeto de Integração Disciplinar -
PID.
Orientador: Sandro Auler
Novo Hamburgo, setembro de 2016.
FOLHA DE APROVAÇÃO
OSCAR HERBERT AGUIAR KRUPP
VICTORIA PEREIRA REGINA RAUPP
KIT AUXÍLIO PARA DESENHO TÉCNICO - KADT
FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA
CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA
Novo Hamburgo, agosto de 2016.
____________________________
Oscar Herbert Aguiar Krupp
____________________________
Victoria Regina Pereira Raupp
____________________________
Sandro Auler
Professor Orientador
____________________________
Josimar Dias da Silva
Professor Coorientador
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por ter nos dado sabedoria, ferramentas e pessoas que
estavam interessados em nos ajudar.
Agradecemos ao nosso Orientador Sandro Auler que desde o início tem
sonhado conosco e deu todo o apoio.
Também ao nosso coorientador que na finaleira do projeto nos abriu os olhos para o
que era preciso mudar.
De coração queremos lembrar quem proporcionou que a pesquisa fosse aplicada,
que é o querido do Cícero Teixeira, que mesmo sendo de outro curso foi o nosso
orientador pedagógico e emprestou sua coleção de LEGOS, confiando a nós um
material tão importante.
E por fim aos familiares, equipe escolar, as turmas 3111 e 3124 e a professora Maria
Cristina e a orientadora educacional Cláudia Klinski.
“Como base de qualquer projeto, o desenho técnico,
(...) pode ser considerado como a matéria mais
importante de uma escola técnica. Será tido como
ignorante o engenheiro que desconhecer esta
linguagem” (Thomas E.French)
RESUMO
Este projeto tem como propósito auxiliar alunos iniciantes no Curso Técnico de
Mecânica na disciplina de Desenho Técnico, a proposta é incumbir um kit que dê ao
aluno a percepção do tridimensional, ressalta-se que é importante que o aluno
desenvolva a percepção espacial e o kit é o primeiro passo para compreender a
interpretação inicial do desenho. Para desenvolver o kit foi usado peças de LEGO
que são fáceis de manusear e que proporcionam uma gama de exercícios. O
método usado para colher os dados foi por meio de questionários e aplicações em
sala de aula com o kit, através de dois módulos pode-se avaliar os diferentes perfis
de aluno existentes, para a analise de dados foi dividido em duas seções, a primeira
contendo dois diferentes grupos: com e sem dificuldade. O segundo grupo contendo
a relação de notas, abaixo, média e acima da média. O comportamento dos alunos
em relação a didática foi um dos elementos estudados, pois notou-se que a turma
que suas médias eram altas o nível de interesse foi maior e isso trouxe melhores
resultados do que a outra turma que foi pouco participativa. Os resultados da
aplicação mostram que usar uma atividade lúdica em sala de aula proporciona ao
aluno, principalmente o que tem dificuldade uma tentativa de incentivá-lo a aprender
de outra forma e assim sanar suas dúvidas.
Palavras-chave: Desenho técnico. Dificuldade. LEGO. Comportamento.
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 9
1.1-Tema .............................................................................................................................. 10
1.2- Problema ...................................................................................................................... 10
1.3- Justificativa.................................................................................................................. 10
1.4- Hipótese ....................................................................................................................... 12
1.5- Objetivo Geral .............................................................................................................. 12
1.5.1- Objetivos Específicos ...................................................................................................... 12
2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 14
2.1- Didática ........................................................................................................................ 14
2.2- LEGO ............................................................................................................................ 16
2.3- Desenvolvimento cognitivo ....................................................................................... 16
2.4- Outros projetos ........................................................................................................... 17
2.5- Índices de reprovação ................................................................................................ 19
3- METODOLOGIA .............................................................................................................. 21
3.1- Montando o Kit ............................................................................................................ 25
3.2 – Manual de instruções ................................................................................................ 26
3.3 – Módulo dos exercícios .............................................................................................. 27
3.4 – Aplicações .................................................................................................................. 27
4- ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................................. 31
4.1 – Análise dos custos .................................................................................................... 47
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 50
APÊNDICES ............................................................................................................................. 52
APÊNDICE A – Manual de instruções .................................................................................. 53
APÊNDICE B – Módulo I. ....................................................................................................... 54
APÊNDICE C – Módulo II. ...................................................................................................... 56
APÊNDICE D – Demais valores para formar gráficos. ....................................................... 58
APÊNDICE E – Restante dos gráficos por turma. .............................................................. 59
APÊNDICE F – Restante dos valores dos LEGOS. ............................................................. 67
9
1- INTRODUÇÃO
Todos os anos no curso Técnico de Mecânica da Fundação Escola Técnica
Liberato Salzano Vieira da Cunha é proposto o Projeto de Integração Disciplinar –
PID, em que alunos dos terceiros e quartos anos são desafiados a fazer. Em função
disso, o grupo ao se deparar com a realidade existente dos alunos que estão
iniciando no primeiro ano do curso, buscou um meio para auxiliar no ensino da
matéria de desenho técnico.
O projeto visa oferecer um kit de auxílio para desenho técnico, baseado nos
estudos de que o aluno necessita despertar o interesse pela matéria e que o lúdico é
uma ferramenta importante para o aprendizado. Entende-se que o professor tem
dificuldades ao atender uma turma com uma média de trinta alunos, e isso acarreta
consequências, tanto para aquele que está entendendo o conteúdo, quanto ao aluno
que está com complicação em relação a matéria – pois muitas vezes o aluno que
tem problemas em aprender, vai esperar pelo professor, enquanto ele está tirando
dúvidas daqueles que estão finalizando seus trabalhos e precisam de algumas
informações-. Desenho técnico é fundamental no curso de mecânica, pois ela é pré-
requisito para matérias como: usinagem, desenho assistido por computados-CAD,
controle numérico computadorizado-CAM. Compreende-se então que toda aula
necessitaria de alguma forma lúdica para o conteúdo ser apresentado, mas nem
sempre a didática que está sendo utilizada sana todas as dificuldades dos alunos.
Foi em base disso que o projeto em questão foi desenvolvido.
O primeiro capítulo deste projeto é esta introdução, que contém o tema da
pesquisa, o problema, a justificativa, a hipótese, os objetivos gerais e específicos. O
segundo capítulo é formado pela revisão bibliográfica em que trata assuntos que
envolveram o projeto como: didática, desenvolvimento cognitivo, desempenho dos
alunos e índices de reprovação, entre outros. O capítulo três é a metodologia, que
desencadeia o passo a passo usado para realizar a pesquisa, esta parte envolve
questionários usados, tabelas para gráficos, exercícios desenvolvidos para aplicação
junto ao kit, elaboração de um manual de apoio ao kit, falhas e erros encontrados ao
longo do processo. O quarto capítulo consta a análise dos dados encontrados no
10
passo da metodologia, encontra-se lá as observações realizada em cada prática,
como também em cada um dos diferentes questionários e comparações.
1.1-Tema
Dificuldade dos alunos das primeiras séries em compreender as
interpretações das projeções de Desenho Técnico.
1.2- Problema
É possível desenvolver um kit de auxílio educativo com material concreto
para a disciplina de desenho técnico, para alunos de primeiras séries?
1.3- Justificativa
Entender o desenho técnico em prancheta na atualidade tem sido levado
como insignificante, pois no mercado já existem ótimos Softwares de CAD –
Desenho Assistido por Computador. Na própria Fundação Liberato já tem sido
aplicado à matéria para os terceiros e quartos anos da mecânica, pela perda de tal
significância, ocorreu que a carga horária da matéria já não é tão requisitada e
completa (RIBEIRO,FRANÇA,IZIDORO, 2001). Não que isso seja prejudicial, mas
acarreta negligência em aprender normas e o desenvolvimento de realizar desenhos
a mão. Wilson Flório (2007) afirma que:
O maior desafio consiste em formar um profissional que seja capaz de entender claramente tanto as sucessivas etapas de concepção, desenvolvimento e execução de projetos, como saber empregar os melhores recursos para expressar e comunicar as suas ideias sem perder a criatividade e a competência técnica. É fundamental para a formação do aluno, desenvolver competências e habilidades criativas, intuitivas, lógicas, racional e técnico.
Trocar o desenho instrumental para desenho assistido pelo computador pode
resultar em um prejuízo na formação da visão espacial e no raciocínio do aluno pela
falta do manuseio, da prática e do tempo gasto no desenho feito a mão segundo
Dezen-Kempter et al (2012, p. 6).
11
Sabe-se que dos cinco sentidos a visão é um dos mais apurados e para
essa matéria a percepção espacial é a habilidade de trabalhar com geometria e a
partir desse conhecimento envolver a sensibilidade para linhas, formas e dimensões.
A visão está relacionada a conhecer um objeto e depois criar imagens, o que
acontece com profissionais na área técnica, segundo Souza (2003), “[…] para os
profissionais da área técnica a percepção espacial é, portanto, uma das habilidades
mais importantes, pois, no dia a dia o técnico necessita raciocinar espacialmente
durante as atividades de projetos, montagens, construção de protótipos de máquinas
ou instalações. [...]”. Fazer o uso do desenho técnico é além de rabiscos, é observar,
interpretar e desenvolver aquilo que é pedido.
Segundo o professor Sandro Auler, a dificuldade dos alunos encontra-se no
primeiro trimestre do primeiro ano, quando é passada a projeção ortogonal, em que
o aluno precisa enxergar no plano o que é preciso fazer e imaginar o que aquilo
significa no papel, a professora Maria Cristina concorda com isso e inclui: “É difícil
para o aluno que está vindo de um ensino normal que enxerga tudo no concreto ter
que realizar uma projeção agora em duas dimensões, sem forma palpável”. Sandro
também aponta que na hora de realizar um corte na peça faz de igual forma com
que o aluno não entenda e isso acaba refletindo na hora de entrar na oficina e usinar
uma peça. Cotamento também é um problema, pois segundo o professor, o aluno
quer cotar tudo o que tem no desenho e acaba não fazendo o essencial, pois ele
ainda não compreende o que é desenho propriamente dito. “Ele não tem uma lógica
no processo de fabricação, falta o entendimento básico do desenho de olhar o que
tem e processar como seria a construção dessa peça. ”
Cores e efeitos têm resultado para o aprendizado, isso porque o nosso
cérebro trabalha com imagens sensoriais e com conexões adequadas e associações
que delas se irradiam e quando usado cores, faz com que o processo de capitação
para o tridimensional se acelere. (BUZZAN, 2002), outra forma de atrair o aluno é
através da participação ativa dele, em que a descoberta é a forma com que ele
aprende. De acordo com Bruner (2002 apud Campos, 1998) ele afirma que:
O desenvolvimento cognitivo depende do domínio de certas técnicas e não pode ser compreendido isoladamente, portanto estabeleceu três estágios de desenvolvimento mental que se relacionam com a forma de representar o mundo: inativa, a informação é representada em eventos passados através de respostas motoras apropriadas; icônica a informação é representada através de uma organização seletiva de percepções e imagens por meio de estruturas espaciais, temporais e conotativas com as quais a criança percebeu o ambiente e o transformou em imagens, e, simbólica a
12
informação é representada internamente incluindo a historicidade e arbitrariedade, isto é os elementos do ambiente do indivíduo não precisam estar presentes no tempo e em ordem.
Deveria ser avaliado o processo de um aluno até ele chegar ao Liberato,
pois a criação motora, o contato com peças de LEGO, com jogos que o induzem ao
pensamento lógico, faz com que ele desenvolva mais tarde essa percepção da
mudança do concreto para o bidimensional. Porém esse não é o campo de estudo
deste projeto, mas levar em conta que se um aluno desenvolveu bem a sua
capacidade cognitiva na infância, o processo hoje de aprendizado de matérias como
a de desenho técnico será mais fácil. Não se torna uma regra, os estudos só dizem
que isso pode ocorrer, como diz Castro (2016) a falta de preparação dos alunos, ou
seja, aqueles que nunca viram desenho técnico e quando entram na realidade
técnica não criaram a prática na idade certa, que pode contribuir para um
desenvolvimento pouco sustentado na capacidade do raciocínio e visualização
espacial. Ele ainda afirma que essas lacunas podem ser tiradas com o empenho e
dedicação do aluno, mas é mais eficiente que ele tenha ferramentas e meios de
chegar ao conhecimento de forma que seja o mais eficiente possível.
1.4- Hipótese
É possível desenvolver um kit de auxílio para Desenho Técnico, em que o
aluno com suas próprias mãos monte e visualize o seu exercício de modo a
enxergar se as projeções estão corretas ou não, tirando assim a prova real.
1.5- Objetivo Geral
Construir um kit de auxílio para desenho técnico, que disponibilize ao aluno
a prova real da sua peça, tendo em vista a projeção ortogonal e/ou isométrica.
1.5.1- Objetivos Específicos
-Através de peças de LEGO desenvolver um kit que seja eficiente e prático
para aplicar dentro dos desenhos usados nas atividades em aula.
-Com o kit proporcionar uma forma que possibilite um melhor rendimento a
alunos que tem dificuldades na matéria técnica de desenho.
13
-Observar como os alunos reagem diante uma proposta didática.
-Avaliar quantitativamente os dados coletados mediante a aplicação do kit
em decorrer do trabalho.
14
2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Assim como o trabalho Um Objeto de Aprendizagem para o ensino de
Desenho Técnico, (realizado por Ademir Stefano Piechnicki – Especialista em
Engenharia de Manutenção Prof. do IFPR/TB, João Luiz Kovaleski Doutor em
Instrumentação Industrial Prof. da UTFPR/PG, Mestre em Ensino de Ciência e
Tecnologia) diz: “Na disciplina de Desenho Técnico o método de ensino mais
adotado, nas escolas e universidades, é através de aulas expositivas em quadro de
giz e/ou aulas práticas com apoio de pranchetas apropriadas (TRINDADE, 2002). O
problema é que o método de ensino convencional de desenho técnico nem sempre
atende os alunos com baixo nível de aptidão espacial”. Pode ser observado o
mesmo na Fundação Liberato. Assim como esse trabalho e outros abordam o
mesmo problema: a didática convencional empregada não é a melhor escolha a se
utilizar para uma aprendizagem satisfatória muitas vezes. Este capítulo é formado
por toda a pesquisa que foi usada como base ou fundamento para este presente
projeto.
2.1- Didática
Novas didáticas precisam ser desenvolvidas para acompanhar o mesmo ritmo
que o conhecimento é exigido. As novas tecnologias junto com os novos Softwares
trazem ideias de usá-los dentro dessa matéria. Todo tipo de recurso é bem-vindo
nessa etapa para desenvolver novas técnicas de ensino. Os softwares, como já
mencionados a cima, estão em alta nessa questão.
As didáticas operantes atualmente são criticadas pelo fato de cada aluno
aprender de seu jeito e no seu tempo, e cada matéria ser entendida de uma forma.
Sendo assim o método que algo é ensinado tem grande valor para o aprendiz.
Segundo o professor Howard Hendricks em seu livro ensinando para transformar
vidas, existem sete passos para uma didática de aula: A lei do professor onde o que
é ensinado em aula também é o que o próprio profissional da educação realizará; A
lei do ensino, o professor deve dominar a matéria; A lei da atividade, desenvolver
uma atividade onde os alunos consigam desenvolver o que foi ensinado, “Ouço, e
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esqueço, vejo, e guardo na memória, faço e compreendo”; A lei da comunicação é
preciso haver uma ponte entre o aluno e o que está sendo ensinado; A lei do
coração, atingir o aluno como um todo, seu intelecto, sentimentos e vontade, “É
preciso, então, estabelecer com eles um relacionamento genuíno, uma comunicação
de alma para alma, para que possam ‘entrar’ plenamente no assunto que estamos
lecionando”; A lei da motivação, todos funcionamos e agimos perante as motivações
que temos e essas motivações devem ser usadas dentro da sala de aula; A lei da
preparação prévia, preparar tanto o professor para ensinar quanto o aluno para
aprender, “Há muitos professores que vão para a sala de aula totalmente
despreparados ou preparados apenas em parte. São como mensageiros sem
mensagem. Falta-lhes a energia e o entusiasmo necessário para produzirem os
resultados que, centralizado por direito, devemos esperar de seu trabalho. ” – John
Milton Gregory em colaboração no livro de Howard Hendricks.
“A tarefa do professor é despertar a mente do aluno, é estimular ideias, através do exemplo, da simpatia pessoal, e de todos os meios que puder utilizar para isso, isto é, fornecendo-lhe lições objetivas para os sentidos e fatos para a inteligência… O maior dos mestres disse: ‘A semente é a palavra. ’ O verdadeiro professor é o que devolve a terra e planta a semente. ” – John Milton Gregory.
Hendricks em seu outro livro, Vivendo na palavra, descreve um método de
ensino também interessante. O chamado O.I.A (Observação, Interpretação e
Aplicação) podendo ser aplicado de diversas maneiras, e em qualquer matéria por
qualquer professor. Essa didática possui três passos assim como o seu nome. O
passo da observação tem por objetivo analisar o que você está estudando, não
simplesmente algo superficial, mas sim olhar para todos os detalhes observáveis
para poder abranger o máximo do conteúdo em seus menores detalhes.
Interpretação é a verificação do que significa aquilo que você acaba de analisar, o
aluno precisa agora entender o significado do que ele viu, para poder entender como
tudo funciona. E o último passo é aplicação, após terem sido feitos os anteriores
esse deve ser o último, mas não menos importante, com tudo que você aprendeu e
entendeu colocar em prática, passar para o papel. Nesse passo vê-se claramente
que se as outras etapas foram defeituosas a aplicação mostrará os seus erros, logo
a aplicação é importante, mas depende totalmente dos anteriores. Vivendo na
palavra não é um livro sobre didáticas e nem sobre desenho técnico, mas sim um
livro com o objetivo de auxiliar o leitor a um novo método de estudo, e isso sim pode
ser utilizado nas classes de aulas.
16
2.2- LEGO
A empresa LEGO, criou a serie LEGO Education, em que os blocos se tornam
meios para a criatividade e aprendizagem. A brincadeira agora pode se transformar
em conhecimento. A robótica é a área que essa ferramenta é mais consumida, mas
não se resumi a isso. A série ZOOM, dentro da LEGO Education, já implanta
métodos de ensino para várias áreas com o plano de contextualizar, construir,
analisar e continuar. Mas não existe uma série desenvolvida para desenho técnico,
mesmo essa sendo a de mais fácil desenvolvimento analisando que as peças
precisariam apenas de poucos recursos, nada muito complexo. O necessário seria
formatos geométricos comuns, quadrados, retângulos, “rampas”, triângulos, e
algumas peças com furos, chanfros e rebaixos.
2.3- Desenvolvimento cognitivo
O desenvolvimento cognitivo é outro ponto a ser analisado. “Cognição
refere‑se a um conjunto de habilidades cerebrais/mentais necessárias para a
obtenção de conhecimento sobre o mundo. Tais habilidades envolvem pensamento,
raciocínio, abstração, linguagem, memória, atenção, criatividade, capacidade de
resolução de problemas, entre outras funções. ” (SIMONETTI, 2012). Simonetti cita
Jean Piaget, que foi o primeiro a estudar esse desenvolvimento. Piaget realizou seus
estudos em cima de seus próprios filhos. As pessoas (crianças) precisam ter contato
com certos materiais para desenvolver certas percepções, certas visões, certas
capacidades. A adaptação é um dos fatores usados por Piaget nos seus estudos,
essa adaptação é adquirida por intermédio do meio ambiente, que é de total
importância. Esse desenvolvimento cognitivo abrange uma grande área de função, e
a percepção visual é uma delas. Segundo os estudos de Piaget essa percepção
deve ser praticada e “forçada” para ser adquirida. Para Piaget as crianças são mais
aptas para desenvolverem novas habilidades, e é nos primeiros anos que se adquire
melhor novas capacidades. E é aí que os brinquedos entram. O LEGO é um ótimo
instrumento, pois as crianças precisam analisar os encaixes e as formas e então
criam as primeiras análises de dimensões de espaço.
17
2.4- Outros projetos
Assim como citados anteriormente vários trabalhos na mesma área já foram
desenvolvidos, mas alguns em questão destacaram em suas ideias.
Marcelo Pereira Bergamaschi e Ismar Frango Silveira do Instituto de
Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo e Universidade Cruzeiro do Sul em
seu trabalho: “O uso de Realidade Aumentada como apoio ao ensino de Desenho
Técnico para o curso de Engenharia: um Estudo de Caso” relataram essa dificuldade
dos alunos em desenho técnico. Vejamos que essa dificuldade é algo preocupante,
pois não são alunos de ensino médio e sim de nível superior, isso significa que é
preciso algo para quebrar essa realidade dentro dessa matéria relata o autor. A ideia
deles foi como o próprio título do trabalho diz usar realidade aumentada para auxiliar
as aulas. Eles buscaram sair do básico quadro da sala de aula, e utilizar novas
ferramentas. Foram feitos marcadores (os marcadores são peças desenhadas em
um pequeno pedaço de papel quadrado com duas margens: uma em preto e outro
em branco) como na figura abaixo:
Figura 1 Marcadores fiduciários para RA
Fonte: Bergamaschi e Silveira (2010, p.2).
Esses marcadores ao serem colocados em frente a webcam do computador
que os lia com o auxílio da RA, “é uma tecnologia que acrescenta elementos virtuais
à percepção do mundo real pelo usuário através da combinação (ou sobreposição)
da cena do mundo real com elementos virtuais” (BERGAMASCHI e SILVEIRA).
18
Fazendo assim automaticamente aquela peça em 3D (desenhada no marcador) na
tela do computar e o aluno podendo a ver em qualquer ângulo e vista, pois o
programa permite a rotação. A análise dos dados deste projeto foi que a didática
facilitou a forma de ensinar a matéria. Porém por ser uma novidade em sala de
aula, acabou que a interação foi tanta que os alunos acabaram deixando de lado o
desenho técnico para poder interagir com o programa. Como na figura abaixo o
aluno interagindo com as placas em frente a webcam e visualizando a peça na tela
do computador.
Figura 2 - Alunos estudando com o programa
Fonte: Bergamaschi e Silveira (2010, p.9).
As vistas de planta e lateral foram exploradas de forma que no quadro ou na
apostila não era possível ter uma visualização completa, mas o aluno necessitava
imaginar para distinguir. A principal contribuição do trabalho está ligada na área da
educação, em que a nova maneira de ensinar e de aprender melhora de maneira
significante o desempenho dos alunos e assim diminuindo o índice de reprovação da
disciplina de desenho técnico no curso de Engenharia da Computação, local que foi
aplicado o experimento.
Outro projeto bem relevante é “Experiência de apoio ao ensino de desenho
técnico e à visualização: uma avaliação”. Um trabalho feito por Edison Pratini da
Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia. Dentro do curso de Engenharia
Civil e outros que possuem a matéria em questão, foi visto que existia uma
dificuldade na visualização. E esse trabalho é um relato de todas as modificações e
tentativas de mudança para auxiliar nessa dificuldade dos alunos. A primeira
tentativa foi adicionar o programa CAD. No início o programa foi muito bem recebido,
porém com o tempo os alunos deixaram de aprender desenho técnico e apenas
estavam aprendendo como utilizar o programa, então se voltou a ter aulas de
desenho técnico. A segunda tentativa foi disponibilizar um Website com o conteúdo
19
da matéria com animações explicativas. Acabou que os alunos não utilizavam muito
o Web site, então eles disponibilizaram todo material da Web site em um CD-ROM.
Esse também não teve um bom resultado pois mesmo os alunos comprando o
material eles não usavam, porque não achavam importante. O trabalho continua em
desenvolvimento, para novas tentativas.
Mais um projeto é “Avaliação de estratégia para o ensino de desenho
técnico”. Projeto realizado por Max Lira Veras Xavier de Andrade, do Departamento
de Desenho Técnico da Universidade Federal de Pernambuco. Dentro da
universidade havia uma dificuldade espalhada entre os alunos dentro da matéria de
desenho de projetos: não conseguir enxergar alguns detalhes importantes nos
projetos. Para auxiliar essa dificuldade foi utilizado recursos digitais. O projeto tentou
esclarecer para os alunos o significado dos símbolos. Esse projeto, até o ponto que
diz na avaliação dele, ele vem sendo empregado nos últimos semestres letivos no
recurso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco.
O uso do material concreto, dentro de uma disciplina foi o tema de um grupo
de estudantes do Paraná. Eles fizeram um Teodolito para ensinar conceitos de
trigonometria, no primeiro encontro eles apresentaram para os alunos o ciclo
trigonométrico, no segundo encontro eles realizaram o “bingo da trigonometria”, no
terceiro encontro passou-se o conceito de tangente e no último encontro realizou-se
então a construção do Teodolito, que é uma forma de ensino utilizado para realizar
medidas de ângulos. A conclusão que Mendes chegou é que ter um material
concreto é uma forma de passar o conhecimento para aqueles que não conseguem
aprender da forma tradicional e tornando a disciplina uma forma divertida e
prazerosa de aprender.
2.5- Índices de reprovação
Segundo o processo nº 0934/16, de 26 de abril de 2016 informou-se os
índices de reprovação final da disciplina de Desenho, do curso técnico em Mecânica,
nos anos de 2002, 2008 e 2013. (Esses foram os anos que mudaram a matriz
curricular da disciplina) como segue:
2002 – 1ªsérie – aprovados: 110, reprovados: 12, afastados (transferidos,
cancelados e evadidos): 6
20
2º série – Aprovados: 72, reprovados: 3, afastados (transferidos, cancelados e
evadidos): 5
2008 – 1ª série – Aprovados: 113, reprovados: 14, afastados (transferidos,
cancelados e evadidos):1
2ª série – Aprovados: 79, reprovados: 6, afastados (transferidos, cancelados e
evadidos): 4
2013 – 1ª série – aprovados: 103, reprovados: 24, afastados (transferidos,
cancelados e evadidos): 1
2ª série – Aprovados: 84, reprovados: 15, afastados (transferidos, cancelados
e evadidos): 6.
2015 - 1ª série – Aprovados: 90, reprovados: 22, afastados (transferidos, cancelados e evadidos): 15. Nota-se que através dos anos este índice de reprovação tem aumentando de
forma significante.
21
3- METODOLOGIA
A pesquisa classifica-se como uma pesquisa mista –quantitativa e qualitativa-
e aplicada.
A razão para que este projeto fosse realizado seguiu uma ordem de fatos. O
primeiro deles foi ao acompanhar o fim de uma aula de desenho em que os alunos
não conseguiam visualizar no quadro e nem na apostila o que eles precisavam fazer
e mesmo o professor repetindo a explicação, a dificuldade de interpretar o desenho
continuava sendo grande. Foi então que surgiu a ideia de montar um kit que
pudesse auxiliar os alunos nessa disciplina, de forma que eles tivessem em mãos o
concreto para formar o desenho, estruturá-lo e em forma tridimensional poder de
todas as vistas visualizar o que é pedido. Para que fosse possível realizar o modelo
imaginado, foi necessária uma fundamentação teórica dentro das seguintes áreas:
técnica de Desenho, desenvolvimento cognitivo, métodos de ensino, processos
pedagógicos para aplicar uma metodologia em sala de aula, auxílios usados em
aulas de desenho para aprimorar a forma de ensinar a matéria, o que autores falam
sobre o uso do lúdico na aprendizagem e melhores formas de desenvolver uma
pesquisa com humanos de forma que se obtenham resultados sólidos e estatísticos.
O tempo de duração da pesquisa teórica foi de cinco meses, sendo que enquanto
estava sendo realizados testes, outros conteúdos foi necessários recorrer,
prolongando assim o tempo de pesquisa.
A pesquisa foi realizada por amostragem, em que é mais fácil se obter
resultados do que usando toda a população, neste caso a população das primeiras
séries do curso Técnico de Mecânica. Foi selecionada duas turmas, uma da manhã
e outra da tarde, sugestão proposta pela professora que leciona Desenho Técnico.
O intuito não é compará-las pelo motivo de estarem em turnos contrários e nem pelo
fato de terem o rendimento diferenciado, pois o perfil da turma foi elaborado após a
escolha delas.
Após a escolha das turmas partiu-se para elaboração de um questionário
contendo cinco perguntas conexas à vida pessoal do aluno relacionando o ensino de
desenho técnico e suas dificuldades. A segunda pergunta era sobre a didática usada
em aula, se ela necessitaria de um auxílio, a terceira questão partiu para o âmbito da
22
infância, se os alunos tiveram brinquedos do tipo LEGO. A quarta questão era sobre
brinquedos de construção, do tipo quebra-cabeça, dominó, ou brinquedos
encaixáveis e a última questão era para responder se o aluno estava interessado em
participar do experimento. O questionário é objetivo com respostas fechadas em sim
ou não. O questionário foi aplicado nas turmas 3111 do turno da manhã e 3124 do
turno da tarde.
Com as respostas do questionário avaliadas, o grupo obteve dois gráficos
relacionando as questões com o total de respostas, o gráfico contém os números de
1 a 5, que são referentes ao número de cada questão, como mostra na figura
abaixo:
Figura 3 Gráfico da turma 3111 que relaciona as questões de 1 a 5.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 4 Gráfico turma 3124 que relaciona as questões de 1 a 5.
Fonte: Os autores (2016).
1 2 3 4 5
Total de SIM 5 10 20 27 26
Total de Não 23 18 8 1 2
0
5
10
15
20
25
30
Alu
no
s
Turma 3111
1 2 3 4 5
Total de SIM 10 15 17 24 25
Total de Não 17 12 10 3 2
0
5
10
15
20
25
30
Alu
no
s
Turma 3124
23
Perguntas usadas no questionário:
1) Você tem dificuldade em Desenho técnico?
2) Você acha que a didática da aula precisa de um auxílio?
3) Você teve LEGO na infância?
4) Você teve brinquedos de construção (dominó, quebra-cabeça, construção de
cidade, etc.)?
5) Gostaria de participar da experimentação?
Os questionários foram aplicados nas turmas nos dias 28 e 29 de junho de
2016, com um total de 53 alunos. No momento de realizar o formulário, foi entregue
junto uma explicação de como funcionaria o projeto e a ideia central, para que as
turmas pudessem entender o que elas estavam respondendo e para criarem um
contato com o futuro kit. Assim como Castro (2016) afirma que o Desenho Técnico é
essencial para a comunicação dentro da área técnica industrial, este conceito foi
explicado para os alunos. Junto do questionário foi uma cláusula em que os alunos
permitiam o acesso as suas notas para futuras comparações.
No início do segundo trimestre as turmas passaram pela primeira prova do
conteúdo de projeção ortogonal e a partir das notas tiradas nesta prova foi realizada
uma nova comparação entre o questionário e as notas. Salienta-se, pois que usar as
notas só foi uma forma de ter uma variável para comparação do questionário, pois a
pesquisa não tem como objetivo final comprovar que alunos que tiveram acesso ao
brinquedo LEGO hoje tem maior facilidade, mas o projeto sim visa observar se os
estudos na área pedagógica que afirmam que alunos com maior rendimento tiveram
na infância o contato maior com jogos e o ambiente lúdico hoje tem um melhor
desempenho. Segundo Piaget, as pessoas (crianças) precisam ter contato com
certos materiais para desenvolver certas percepções, certas visões, certas
capacidades. Os gráficos a seguir constam a comparação entre as notas tiradas na
primeira prova do conteúdo e as respostas do questionário especificamente da
questão 3 e 4. Importante salientar que se relacionaram as questões mencionadas
em uma só, pois após analisar elas, notou-se que são afins, isso por que no início da
pesquisa se diferenciariam os alunos que tiveram LEGO e aqueles que tiveram
outros brinquedos característicos de lógica, mas pelo fato deste jogo estar ligado na
lógica e os outros brinquedos que caracterizam construção estarem na mesma área,
os associou. Não é característico de esse projeto apontar os alunos com maior
bonança, pois a marca LEGO é de alto padrão com valores muito significativos
24
então é provável que nem todos tiveram condição de adquirir quando criança, porém
o fato de existir essa diferença não descaracteriza os objetivos do projeto.
Figura 5 Gráfico comparativo de notas versus brinquedos construtivos na infância na turma 3111.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 6 Gráfico comparativo de notas versus brinquedos construtivos na infância na turma 3124.
Fonte: Os autores (2016).
Criou-se o perfil dos alunos para realizar a análise. A proposta de dividir a
amostragem em grupos é um conselho dado pelo pedagogo. Eles são compostos
pela tabela abaixo:
0% 4%
23%
73%
Turma 3111 - Notas x brinquedos
Não teve lego ou brinquedo construção/abaixo da média
Não teve lego ou brinquedo construção/acima da média
Teve lego ou brinquedo construção/Abaixo da média
Teve lego ou brinquedo construção/Acima da média
4%
11%
33%
52%
Turma 3124 - Notas x brinquedos
Não teve lego ou brinquedo construção/abaixo da média
Não teve lego ou brinquedo construção/acima da média
Teve lego ou brinquedo construção/Abaixo da média
Teve lego ou brinquedo construção/Acima da média
25
GRUPOS QUANTIDADE DE ALUNOS
Alunos que tem dificuldade em Desenho
Técnico.
10
Alunos que não tem dificuldade em
Desenho Técnico.
22
Alunos que estão abaixo da média. 15
Alunos que estão na média 8
Alunos que estão acima da média 9
Tabela 1 – Relação de alunos por grupo.
3.1- Montando o Kit
A ideia inicial era obter diferentes materiais para formar o kit, foi sugerido peças em
madeira, peças impressas em 3D, e o próprio LEGO. Porém, em sala de aula já é usado
pela professora Maria Cristina Capra, um cubo que é feito de madeira, ela também usa um
diedro para observar as vistas e uma escada feita de papelão como na figura a seguir.
Figura 7 Diedro e escada usada para auxiliar no ensino de projeções
Fonte: Os autores (2016).
Como o material em madeira já é utilizado e tendo uma vez feito sua forma ele não é
mudável, e a proposta do KADT é de que o aluno tenha em mãos um material que
ele monte e desmonte quando for necessário, madeira acabou sendo descartada
das possibilidades. A impressão em 3D proporcionaria peças que não contém em
LEGO, aumentando a gama de possibilidade ao realizar montagens mais
26
específicas. Não foi realizada nenhuma impressão, pois o projeto se deteve em usar
apenas o material existente na variedade de peças.
As peças para efetuar o projeto foram emprestadas pelo professor Orientador
Educacional Cícero Teixeira do curso de Eletrotécnica, ele também foi o pedagogo
que orientou e direcionou os melhores meios de desenvolver e aplicar um projeto
dentro da área pedagógica.
Para formar o kit, foi selecionado sessenta diferentes peças com diferentes
formatos e tamanhos. Em cada pacote foi colocado peças preferencialmente da
mesma cor, com exceção das rampas que tem cores aleatórias, porém os restantes
em todos os kits se assemelhavam. Foi importante usar a cor, pois como já
mencionado na justificativa, cores têm resultado para o aprendizado, pois o nosso
cérebro trabalha com imagens sensoriais e com conexões adequadas e associações
que delas se irradiam e quando usado cores, faz com que o processo de capitação
para o tridimensional se acelere BUZZAN (2002). A relação de peças por quantidade
está na tabela abaixo:
Peça Quantidade
Retangular 4x1 11
Retangular 6x1 3
Retangular 3x1 6
Retangular (furo) 2x1
1
Retangular 2x1 18
Retangular 4x2 5
Retangular 3x2 3
Rampa 2x2 1
Rampa 1x3 1
Rampa 1x2 2
Quadrado 2x2 9
Tabela 2- Relação de peças com quantidade.
3.2 – Manual de instruções
Foi elaborado um manual básico de instruções para o kit. O manual contém
um resumo rápido do projeto, para que o usuário entenda qual a finalidade do kit, a
lista de materiais que abrange tudo que existe no Kit, as sessenta peças, o próprio
manual e a caixa, também tem as instruções de uso, quanto aos encaixes e a
finalidade de usar LEGO no desenho técnico. O manual informa sobre o cuidado que
deve ter ao analisar o desenho, pois as circunferências que fica sobre a base não
27
devem ser representadas, o papel dela serve exclusivamente para o encaixe. A
última parte é proteção e cuidados, pois o material fornecido necessita de um
ambiente adequado para o seu uso, deve-se evitar usar as peças sobre mesas
sujas, perto de colas e materiais aderentes, também é alertado sobre o cuidado de
usar em um local que tenha boa luminosidade, porque as peças são pequenas e
fáceis de serem perdidas.
A primeira edição do manual foi descartada, pois faltavam dados importantes
como os criadores dele, a questão da não representação dos encaixes e uma
remodelagem do design. A versão atualizada do manual está no apêndice A.
3.3 – Módulo dos exercícios
Para fins de comprovar e validar o projeto, foi realizado dois módulos de
exercícios. No primeiro módulo, foi proposto peças na projeção ortogonal, em que os
alunos precisavam conferir a construção das vistas frontal, superior ou planta e vista
lateral esquerda, apenas foi abordado linhas visíveis, rampas e rebaixos. Os
exercícios necessitavam completar o desenho, e assinalar o que condizia com a
vista fornecida no enunciado. Os exercícios do primeiro módulo constam no
apêndice B.
A proposta do segundo módulo foi linhas tracejadas e furos, passante e cego.
Este módulo foi composto somente com três questões, pois o nível de complexidade
era maior e para que os alunos tivessem mais tempo para elaborar as peças no
LEGO, foi então designado que tivesse apenas três peças que fossem mais
detalhadas e que eles se empenhassem em montar. O segundo módulo está no
apêndice C.
3.4 – Aplicações
Para fins de levantamento de dados para análise foi usado questionários de
respostas fechadas e com comentários nas que se faziam necessárias. As análises
e valores estão no capitulo a seguir nas análises de dados.
A proposta era realizar o experimento somente com os alunos que
apresentaram ter um perfil que possui dificuldades em desenho técnico e que tem
notas abaixo ou na média no segundo trimestre. As aplicações ocorreriam nos
28
períodos de reforço da disciplina, porém nas duas primeiras aulas marcadas de
reforço os alunos selecionados não compareceram, acarretando a não aplicação.
Surgiu então à oportunidade de aplicar o kit nos períodos de Orientação Educacional
em que os alunos estariam em seus horários de aula e assim não necessitaria
comparecer no horário contrário para participar do projeto.
A aplicação teste funcionou como um carro guia para as aplicações oficiais.
Foi realizado como teste na turma 3111, observou-se que era necessário remodelar
as questões, pois elas se mostraram complicadas e não explicativas, os alunos
demoraram mais que o tempo estimado para responder as questões e poucos
usaram os LEGOs para realizar os exercícios. Após esse teste, foi necessário alterar
algumas questões por estarem sem concordância no enunciado e uma das questões
foi anulada por não ser possível montar com as peças de LEGO.
A primeira aplicação oficial foi realizada na mesma turma teste com exercícios
melhor redigidos. Para iniciar o ensaio, foi necessário explicar novamente o intuito
do projeto, os objetivos em aplicar em uma turma de primeiro ano, a proposta do
Projeto de Integração Disciplinar – PID e como manusear o LEGO.
Figura 8 Experiência em sala de aula.
Fonte: Os autores (2016).
O kit foi aplicado nas turmas 3111 e 3124, as mesmas turmas que responderam ao
questionário.
Na turma 3111, vinte alunos se dispuseram a participar dez a mais do que os
selecionados depois de estimado o perfil da turma. Essa turma tem como média nas
notas dentro do conteúdo de projeção ortogonal em 8,51 pontos, considerando que
a média em cima da prova aplicada era de 7 pontos, com um percentual de
aproveitamento de 71%. O primeiro módulo como mencionado no item 3.3, foi
29
aplicado para a turma e no fim do exercício foi feito um novo questionário, com as
seguintes perguntas: 1- você usou o LEGO em todos os exercícios? () sim () não, se
não por quê? (Seja sincero). 2- Você teve dificuldade para montar as peças? Se sim
em que parte do exercício foi? 3- O kit te ajudou a ver melhor o desenho? 4 -Você
ficou com dúvida em relação ao projeto? 5- Depois da correção, você percebeu onde
errou? A última questão pedia-se que respondesse apenas depois da correção
realizada em aula para que os alunos compreendessem o seu erro e assim
pudessem usar melhor o kit.
Ensaio na turma 3124 do módulo I. A turma que tem um perfil diferenciado
teve pouca participação, onze alunos foram destinados a participar do experimento
por não terem um bom rendimento nas notas, um aluno a mais apenas se
disponibilizou a participar. Essa turma tem como média das notas dentro do
conteúdo de projeção ortogonal em 7,48 pontos, considerando que a média em cima
da prova aplicada era de 7 pontos, com um percentual de aproveitamento de 62%.
No fim do exercício foi repetido as perguntas que foram usadas na comparação dos
gráficos. A figura abaixo é da primeira aplicação em sala de aula.
Figura 9 Aluno manuseando o kit.
Fonte: Os autores (2016).
O módulo dois foi aplicado nas duas turmas, seguido de um questionário final
para coletar os seguintes dados: 1- Você usou o kit para responder todas as
questões? 2- Você teve dificuldade para montar as peças? Se sim em qual parte do
exercício foi? 3- Você acha que o kit te ajudou? Justifique. 4- As linhas tracejadas
(linhas pontilhadas) ficaram mais fáceis de serem entendidas com o kit? 5-
Sugestões. 6- Você permite que usemos sua imagem (a filmagem que fizemos) em
30
algumas apresentações do projeto? 7- Após a correção você conseguiu ver em que
errou? Explique. As questões eram dissertativas.
No segundo módulo, foi feito uma abordagem diferente com os alunos, foi
explicado o PID, também foi realizada uma explicação no quadro de como fazer, o
que é visto com o LEGO, as linhas tracejadas, foi demonstrado o passo a passo
para realizar as atividades.
31
4- ANÁLISE DOS DADOS
Para realizar a melhor analise possível dos dados adquiridos na pesquisa foi
feito gráficos com as respostas das perguntas do questionário realizado aos alunos
após as aplicações em cada módulo de exercícios. A análise foi realizada em cima
dos gráficos finais, uma vez que para cada turma gerou muitos gráficos e ficaria
maçante a leitura de todos. Os resultados foram divididos em grupos, conforme a
tabela 1 mencionada na metodologia. Os demais dados encontram-se no apêndice
D.
Para o primeiro módulo, as respostas colocadas em análise foi a questão 1 do
questionário “O kit te ajudou? ”; “Você teve dificuldade para montar as peças com o
kit”; e “Você usou o kit para responder todas as questões? ” Como já mencionado foi
dividido as respostas em grupos de alunos e a primeira analise está baseada nos
grupos de alunos que tem dificuldade em Desenho Técnico e os alunos que não tem
dificuldade em Desenho Técnico. Todos os alunos que relataram ter dificuldade
ficaram com notas abaixo da média na primeira prova do segundo trimestre, já os
que relataram não ter dificuldades, nem todos estão com as notas na média ou
acima dela.
Durante as aplicações notou-se que muito dos alunos, em especial aqueles
que apontaram no primeiro questionário ter dificuldade, não tiveram total interesse
em participar da experimentação, com isso pode-se presumir que as notas abaixo da
média daqueles que não possuem dificuldade pode ser a falta de interesse e
comprometimento.
O primeiro gráfico da análise é da questão “O kit te ajudou? ”, comparando os
alunos que tem dificuldade, teve um resultado dentro do esperado conforme o
gráfico a seguir.
32
Figura 10 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
A mesma questão, porém, com o grupo que não tem dificuldade teve como
resposta a porcentagem do gráfico abaixo.
Figura 11 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
É perceptível que em ambos os grupos o kit teve um resultado benéfico. As
respostas negativas podem ser pelo fato que alguns alunos não estavam levando a
sério a pesquisa, porém uma nova variável entra na percepção, que alguns alunos
não conseguem trabalhar com materiais lúdicos, pois a forma de aprendizado é
diferente, cada um tem um jeito de aprender.
Na segunda pergunta “Você teve dificuldade para montar as peças com o kit?
” Teve o resultado dentro do grupo com dificuldade a metade apontou não ter
problemas em montar as peças com o LEGO, neste gráfico aparece à opção de
mais ou menos, em que 10% dos alunos responderam.
100%
0%
O KIT AJUDOU?(com dificuldade)
SIM NÃO
86%
14%
O KIT AJUDOU?(sem dificuldade)
SIM NÃO
33
Figura 12 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
O grupo que não tem dificuldade em Desenho Técnico apontou somente 19%
não conseguir montar as peças ou apresentou ter essa dificuldade. Conforme o
gráfico.
Figura 13 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores. (2016)
Nessa pergunta esperava-se que os alunos não relatariam grandes
dificuldades, porém um número alto de alunos relatou ter dificuldade em montar as
peças dos exercícios, com o kit. Analisando as respostas com as questões do
exercício, notou-se que o problema estava em um exercício especifico. No exercício
dois, os alunos precisavam montar por si só uma parte da peça proposta, era pedido
que montasse três possibilidades para a mesma peça e com a correção pode-se
perceber que a dificuldade maior não estava em não enxergar a peça, mas a falta de
interesse, pois muitos dos alunos não queriam ter que permanecer por muito tempo
50% 40%
10%
TEVE DIFICULDADE PARA MONTAR?(com dificuldade)
NÃO SIM MAIS OU MENOS
76%
19%
5%
TEVE DIFICULDADE PARA MONTAR?(sem dificuldade)
NÃO SIM MAIS OU MENOS
34
na sala, e essa questão para responder era necessário gastar mais tempo
analisando e montando as possibilidades. Alguns alunos relataram que não
possuem muito habilidade com peças de LEGO, e isso foi perceptível que com um
tempo de prática já melhora, porque durante o segundo módulo muitos alunos, que
antes levavam mais tempo para montar uma simples peça, estavam manuseando
melhor e mais rápido o kit.
A terceira pergunta “Você usou o kit para responder todas as questões? ” Foi
colocada com o propósito de saber quantos alunos realmente estavam usando o kit
durante a aplicação. Para o grupo que falou ter dificuldade o resultado foi positivo,
70% deles responderam ter usado o kit em todas as questões como mostra o
gráfico.
Figura 14 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
O grupo dos sem dificuldade teve um aproveitamento maior do que os alunos
que tem dificuldade, pois 90% deles usaram em todo o primeiro módulo o kit.
Figura 15 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
70%
30%
USOU KIT?(com dificuldade)
SIM NÃO
90%
10%
USOU KIT?(sem dificuldade)
SIM NÃO
35
Perante isso é visível que o simples fato de disponibilizar um material não faz
com que os alunos o utilizem, a falta de comprometimento pode ser um dos
problemas, pois o aluno precisa ter o interesse em utilizar as ferramentas para o seu
benefício.
Para o segundo módulo foram feitas as mesmas analises, porém com uma
pergunta a mais: “As linhas tracejadas ficaram mais fáceis de ser entendida com o
kit” Essa pergunta foi adicionada porque no módulo 2 todas as questões possuíam
linhas tracejadas. Notou-se que durante as duas aplicações desse módulo houve um
pouco mais de colaboração de ambas as turmas, algumas mudanças foram feitas
em como abordar a turma. Foi explicado para os alunos o peso que esse projeto
possui no último trimestre e parece que o fato de envolver nota torna-se mais
importante.
Na primeira pergunta “O kit te ajudou” os resultados foram diferentes em
ambos os grupos. Para os alunos que responderam ter dificuldade na matéria houve
90% de respostas positivas e 10% negativas como aponta o gráfico.
Figura 16 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
Para o segundo grupo as respostas positivas foram 77%, ou seja, o kit ajudou
ele a responderem as questões do segundo módulo.
90%
10%
O KIT AJUDOU?(com dificuldade)
SIM NÃO
36
Figura 17 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
Mais uma vez os alunos relatam ter dificuldade em desenho técnico apontam
que o kit os ajuda mais do que aqueles alunos que não possuem essa dificuldade,
porém mesmo para os grupos que não possui dificuldade o percentual de respostas
“sim” foi alto. Essas respostas tiveram como justificativa de que em alguns casos o
kit não ajudou apontando assim que essas respostas não são exatamente um não e
estão bem mais perto de um sim. As respostas mostram que a dificuldade não foi
com o kit e sim na interpretação, pois durante a aplicação alguns alunos não sabiam
como começar a construir a peça, mostrando assim que o problema estava na
interpretação para entender o desenho.
Na segunda pergunta “Você teve dificuldade para montar as peças com o kit?
” O primeiro grupo (com dificuldade) respondeu 20% “não” e 80% “sim” como no
gráfico da figura 18, já o segundo grupo (sem dificuldade) respondeu 45% não e
55% sim, gráfico da figura 19.
Figura 18 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
77%
9% 14%
O KIT AJUDOU?(sem dificuldade)
SIM NÃO MAIS OU MENOS
20%
80%
TEVE DIFICULDADE PARA MONTAR?(com dificuldade)
NÃO SIM
37
Figura 19 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
Essa dificuldade apontada pelos alunos teve como justificativa, na maioria
dos casos, o exercício três. Nesse exercício os alunos possuíam o desenho de uma
peça apenas na vista frontal e eles precisavam marcar a alternativa que possui a
vista lateral esquerda e vista de planta correta. Durante a aplicação, os alunos
pediram ajuda para responder à questão pois eles não conseguiam interpretar, nota-
se então que a dificuldade não era conseguir imaginar as vistas que faltavam, mas
sim interpretar a vista que eles possuíam, porém quando eram incentivados a
construir a peça com o kit, os alunos conseguiam chegar em um resultado.
Na terceira pergunta “Você usou o kit para responder todas as questões? ” O
primeiro grupo (com dificuldade) teve bons resultados, pois a maioria deles usou o
kit em todas as peças. O segundo grupo (sem dificuldade) a maioria também usou o
kit conforme os gráficos abaixo.
Figura 20 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
45%
55%
TEVE DIFICULDADE PARA MONTAR?(sem dificuldade)
NÃO SIM
38
Figura 21 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
Na quarta pergunta “As linhas tracejadas ficaram mais fáceis de serem
entendidas com o kit? ” O primeiro grupo (com dificuldade), teve como respostas
conforme o gráfico da figura 26; o segundo grupo (sem dificuldade) teve resultado de
55% sim, 32% não e 14% mais ou menos.
Figura 22 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 23 Gráfico da relação dos questionários.
Fonte: Os autores (2016).
86%
14%
USOU KIT?(sem dificuldade)
SIM NÃO
45%
22%
33%
LINHAS TRACEJADAS FICARAM MAIS FACEIS?(com dificuldade)
SIM NÃO MAIS OU MENOS
54% 32%
14%
LINHAS TRACEJADAS FICARAM MAIS FACEIS?(sem dificuldade)
SIM NÃO MAIS OU MENOS
39
Com essas respostas, nota-se que o kit também auxilia para os alunos conseguirem
ver as linhas tracejadas do desenho, e isso é uma grande parte das dificuldades
apontadas pelo professor de desenho Sandro Auler.
Por fim foi feito um gráfico da primeira pergunta “O kit te ajudou” com as
respostas dos dois grupos nos dois módulos, totalizando 62 respostas. Como no
gráfico.
Figura 24 Gráfico com o total de respostas Módulo 1 e 2.
Fonte: Os autores (2016).
Pelo ponto de vista dos alunos, o kit sim pode auxiliar.
Para uma segunda análise, os alunos foram divididos em outros três grupos:
abaixo da média (notas até 7,1. 59% da nota total), os que ficaram na média (notas
de 7,2 até 9,48, 60% até 79% de aproveitamento) e os que estão a cima da média
(notas de 9,49 até 12, 80% até 100% de aproveitamento). A relação de alunos
consta na metodologia.
Os resultados adquiridos com esses grupos para o primeiro módulo estão
presentes nos gráficos a seguir. Para a pergunta um os gráficos abaixo mostram os
resultados para os grupos abaixo da média, na média e a cima da média,
respectivamente.
Figura 25 Relação do questionário com notas abaixo da média.
Fonte: Os autores (2016).
85%
10% 5%
O KIT AJUDOU?(total)
AJUDOU NÃO AJUDOU MAIS OU MENOS
Total de respostas: 62
100%
0%
O KIT AJUDOU?(abaixo)
SIM NÃO
40
Figura 26 Relação do questionário com notas na média.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 27 Relação do questionário com notas acima da média.
Fonte: Os autores (2016).
Para a pergunta dois os gráficos abaixo mostram os resultados para os
grupos abaixo da média, na média e a cima da média, respectivamente.
Figura 28 Relação do questionário com notas abaixo da média.
Fonte: Os autores (2016).
62%
38%
O KIT AJUDOU?(na média)
SIM NÃO
100%
0%
O KIT AJUDOU? (acima)
SIM NÃO
43%
43%
14%
TEVE DIFICULDADE EM MONTAR?(abaixo)
NÃO SIM MAIS OU MENOS
41
Figura 29 Relação do questionário com notas na média.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 30 Relação do questionário com notas na média.
Fonte: Os autores (2016).
Para a pergunta três os gráficos abaixo mostram os resultados para os grupos
abaixo da média, na média e a cima da média, respectivamente.
Figura 31 Relação do questionário com notas abaixo da média.
Fonte: Os autores (2016).
75%
25%
TEVE DIFICULDADE EM MONTAR?(na média)
NÃO SIM
100%
0%
TEVE DIFICULDADE EM MONTAR?(a cima)
NÃO SIM
86%
14%
USOU O KIT?(abaixo)
SIM NÃO
42
Figura 32 Relação do questionário com notas na média.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 33 Relação do questionário com notas acima da média.
Fonte: Os autores (2016).
Os resultados do segundo módulo estão presentes nos gráficos seguintes:
Para a pergunta um os gráficos a seguir mostram os resultados para os
grupos abaixo da média, na média e a cima da média, respectivamente.
Figura 34 Relação do questionário com notas abaixo da média.
Fonte: Os autores (2016).
87%
13%
USOU O KIT?(na média)
SIM NÃO
100%
0%
USOU O KIT?(a cima)
SIM NÃO
93%
7%
O KIT AJUDOU?(abaixo)
SIM NÃO MAIS OU MENOS
43
Figura 35 Relação do questionário com notas na média.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 36 Relação do questionário com notas acima da média.
Fonte: Os autores (2016).
Para a pergunta dois os gráficos em seguida mostram os resultados para os
grupos abaixo da média, na média e a cima da média, respectivamente.
Figura 37 Relação do questionário com notas abaixo da média.
Fonte: Os autores (2016).
62% 13%
25%
O KIT AJUDOU?(na média)
SIM NÃO MAIS OU MENOS
67% 11%
22%
O KIT AJUDOU?(acima)
SIM NÃO MAIS OU MENOS
33%
67%
TEVE DIFICULDAE PARA MONTAR?(abaixo)
NÃO SIM
44
Figura 38 Relação do questionário com notas na média.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 39 Relação do questionário com notas acima da média.
Fonte: Os autores (2016).
Para a pergunta três os gráficos mostram os resultados para os grupos
abaixo da média, na média e a cima da média, respectivamente.
Figura 40 Relação do questionário com notas abaixo da média.
Fonte: Os autores (2016).
50% 50%
TEVE DIFICULDAE PARA MONTAR?(na média)
NÃO SIM
33%
67%
TEVE DIFICULDAE EM MONTAR?(a cima)
NÃO SIM
73%
27%
USOU O KIT?(abaixo)
SIM NÃO
45
Figura 41 Relação do questionário com notas na média.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 42 Relação do questionário com notas acima da média.
Fonte: Os autores (2016)
Para a pergunta quatro os gráficos a seguir mostram os resultados para os
grupos abaixo da média, na média e a cima da média, respectivamente.
Figura 43 Relação do questionário com notas abaixo da média.
Fonte: Os autores (2016).
75%
25%
USOU O KIT?(na média)
SIM NÃO
100%
0%
USOU O KIT?(acima)
SIM NÃO
47%
33%
20%
FICOU MAIS FÁCIL AS LINHAS TRACEJADAS?(abaixo)
SIM NÃO MAIS OU MENOS
46
Figura 44 Relação do questionário com notas na média.
Fonte: Os autores (2016).
Figura 45 Relação do questionário com notas acima da média.
Fonte: Os autores (2016).
Em ambos os módulos é possível notar que os alunos que estão abaixo da
média tiveram um melhor rendimento usando o kit, pois segundo os alunos os
LEGOs os ajudaram a entender o desenho, os outros dois grupos também tiveram
uma boa resposta quanto ao kit.
Já na segunda pergunta “Você teve dificuldade para montar as peças com o
kit” o que se nota é que o grupo na média deu um melhor retorno no módulo 2, e no
módulo 1 o grupo que está acima da média respondeu positivamente. Um forte
indício para esse resultado ficou na quantidade de indivíduos em cada grupo, pois o
grupo abaixo possuía o dobro de participantes do que os outros dois grupos. E o
segundo fato foi as linhas tracejadas, pois o módulo 2 todos os três grupos tiveram
um grande percentual de respostas negativas.
62% 25%
13%
FICOU MAIS FÁCIL AS LINHAS TRACEJADAS?(na média)
SIM NÃO MAIS OU MENOS
67% 22%
11%
FICOU MAIS FACIL LINHAS TRACEJADAS?(a cima)
SIM NÃO MAIS OU MENOS
47
Na pergunta três “Você usou o kit para responder todas as questões? ”
Mostrou que o grupo acima nas duas aplicações teve 100% de uso do kit. Esse
grupo era propício a não usar o kit, já que estão bem na matéria. Por último aqueles
alunos do grupo abaixo da média, mostrou-se pouco dedicado e interessado,
revelando assim mais uma vez o problema dos alunos não usarem as ferramentas
disponibilizadas.
Na pergunta quatro, que só foi realizada no segundo módulo “As linhas
tracejadas ficaram mais fáceis de ser entendidas com o kit”, os resultados não
mostraram muita diferença entre o grupo na média e o acima da média. Para o
grupo abaixo da média, a grande dificuldade está nas linhas tracejadas, porém as
respostas positivas obtiveram um bom percentual mostrando assim que o kit ajuda
sim nesse “passo” do desenho técnico.
Os gráficos separados por turma constam na lista de apêndice, os
documentos referentes aos gráficos constam no apêndice E.
4.1 – Análise dos custos
Para fins de construir um Kit de Auxílio para Desenho Técnico, foram
analisados os valores das peças individuais e das peças em caixas fechadas,
também em diferentes sites e países. Os sites de venda pesquisados foram: LEGO
(site americano), BrickLink, Techbricks, Blocosparamontar e Mercado Livre. Para
jogos fechados foi pesquisado nas Americanas e Superlegal brinquedos.
O melhor custo/benefício foi adquirido no site Blocosparaconstruir. Esse site é
de uma empresa. Essa empresa não possui muita quantidade de peças, mas ela
tem todas as variedades que precisa pra. As peças ficaram entre 80 centavos e
R$1,70. O valor total para o kit ficou em R$58,44.
48
LEGOS avulsos Blocosparamontar
4X1 = 11 R$ 10,78
6X1 = 3 R$ 5,10
3X1 = 6 R$ 5,16
2X1 (furo) = 1 R$ 1,50
2X1 = 18 R$ 14,40
4X2 = 5 R$ 5,70
3X2 = 3 R$ 3,18
2X2 (rampa) = 1 R$ 1,28
1x3 (rampa) = 1 R$ 1,02
1x2 (rampa) = 2 R$ 2,04
2x2 = 9 R$ 8,28
TOTAL R$ 58,44
Tabela 3- Relação de peças e valores unitários.
Foram também analisados os valores das caixas prontas, que vem com várias
peças de LEGO. Essas são vendidas no site das Lojas Americanas. O valor da caixa
grande é de R$ 299,94, vem com 790 peças, podendo assim fazer 13 kits no valor
de R$ 23,00 aproximadamente, e a caixa média tem o valor de R$ 187,42, com 484
peças, podendo ser feitos 8 kits pelo valor de R$ 23,50 aproximadamente. Esses
valores não são concretos pois é necessário analisar as peças que cada caixa
disponibiliza, algumas não seriam usadas para o kit, então o número de kits que
poderiam ser feitos com cada caixa seria menor e então o valor de cada um
aumentaria, porém, o kit poderia ser repensado para o maior número de peças
serem utilizadas.
Há também o valor da caixa para guardar as peças nas dimensões
16x11x3cm encontra-se por R$1,50 na Livraria Dienstmann de Novo Hamburgo, e
por último a impressão do manual. Os demais valores pesquisados encontram-se no
apêndice de letra F.
49
5- CONCLUSÃO
Concluímos que um kit de auxílio para Desenho Técnico é eficiente para os
alunos que estão iniciando sua trajetória de técnicos em mecânica, as peças de
LEGO ajudou em 85% dos alunos, isso significa que quando usado o lúdico
incentiva o aluno a aprender o novo e ainda mais aprender uma matéria que antes
do ensino médio não é aprendida. Os alunos responderam que para visualizar as
linhas tracejadas o kit auxiliou de forma que a maioria conseguisse enxergar o que
era pedido nos módulos, o que é um dos maiores problemas para quem está
iniciando.
O kit deve ser um auxílio na iniciação da matéria, isso é, deve ser aplicado no
início do ano, pois ele não deve excluir a capacidade de desenvolver a visão
espacial dos alunos, mas sim deve auxiliar nessa primeira fase do Desenho Técnico.
Notou-se que é necessário remodelar o kit quanto à quantidade e variedade
de peças, pois para esse projeto foi usado o que se tinha, porque os LEGOS eram
emprestados e foi trabalhado com as variedades e quantidades que se tinha. Para o
kit ser feito pode-se trabalhar com outros formatos e com mais ou menos peças de
cada tipo.
Usar um material em sala de aula requer o incentivo e estímulo, pois nota-se
que o comportamento dos alunos em relação ao kit foi de curiosidade, mas também
de recusa, por ter que mexer com um material que para muitos é novo. É necessário
criar o vínculo entre o jogo e o aluno, porque é preciso que o aluno se interesse e se
esforce em aprender e usar as ferramentas que lhe é dada.
Os custos para montar um kit não são elevados e remodelando é possível
que o valor baixe, uma vez que o mais importante é o aprendizado do aluno. Muitos
alunos disseram ter LEGOs, isso faz com que aqueles que já têm se motivem a usar
os seus próprios brinquedos nas suas tarefas de Desenho Técnico.
50
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Max Lira Veras Xavier de. Avaliação de estratégia para o ensino de
desenho de projeto. Estrategias y Experiencias Pedagógicas. Pernambuco.
AULER, Sandro. Dificuldades em desenho técnico com consequências na oficina. Novo Hamburgo, LIBERATO, 26 abr. 2016. Registro sobre as dificuldades dos alunos. Entrevista cedida à Victória Raupp. BERGAMASCHI e SILVEIRA. O uso de Realidade Aumentada como apoio ao ensino de Desenho Técnico para o curso de Engenharia: um Estudo de Caso. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo e Universidade Cruzeiro Sul, São Paulo, 2010. BUZAN, Tony. Mapas mentais e sua elaboração. 2. ed. São Paulo: Culttrix, 2005. CASTRO, Nuno Alexandre Macedo de. Desenvolvimento de uma ferramenta de apoio ao ensino de desenho técnico básico, 2009. 106 p. (Tese de mestrado). Mestrado em multimédia da Universidade do Porto, Porto, 2006. HENDRICKS, Howard. Ensinando para transformar vidas. Portland,Oregon: Betânia, 1991. HENDRICKS, Howard. Vivendo na palavra. Portland,Oregon: Betânia, 1991. LEGO, Caixa grande de peças criativas. Disponível em: >http://www.americanas.com.br/produto/122597554/lego-caixa-grande-de-pecas-criativas#productdetails<Acesso em: 01 set. 2016. LEGOS, Peças avulsas. Disponível em: >http://lista.mercadolivre.com.br/brinquedos-lego-blocos-montar/lego-peca-avulsa< Acesso em: 01 set. 2016. Mendes, Patrícia Wyse et al. Uso do material concreto no ensino da trigonometria. IX congresso Nacional de educação – EDUCERE III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia, 26-29 de out. 2009. Paraná.
51
Peças de Lego. Disponível em: >http://shop.lego.com/en-US/Pick-A-Brick-ByTheme< Acesso em: 01 set. 2016. PIECHNICKI, Ademir Stefano et al. Um Objeto de Aprendizagem para o ensino de Desenho Técnico. ESOCIT.BR. 05 mar. 2015. Acesso em: 20 mar. 2016.
PRATINI, Edison. Experiências de apoio ao ensino de desenho técnico e à visualização: Uma avaliação. Universidade de Brasília, 2005. SIMONETTI, Luciane. O que é desenvolvimento cognitivo? A Neuropsicologia e a Neurociência de mãos dadas. 05 set. de 2012. Disponível em: >https://cienciadocerebro.wordpress.com/2012/09/05/o-que-e-desenvolvimento-cognitivo/< Acesso em: 04 ago. 2016. SOUZA, Gilson Jandir. A percepção Espacial e o ensino de desenho técnico. Upload 27 mar, 2013 Centro Federal de Educação Tecnológico de Santa Catarina (Artigo de opinião). TRINDADE, Bernadete. Ambiente híbrido para a aprendizagem dos fundamentos de desenho técnico para as engenharias. 2002. 188 p. ( Tese de pós-graduação) Faculdade de Engenharia de produção.Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
54
APÊNDICE B – Módulo I.
FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA
KIT AUXÍLIO PARA DESENHO TÉCNICO - KADT
Nome:_________________________________________________N°:____Turma:__________
Data:__________________
EXERCICIOS PARA PROJETO KADT.
ORIENTAÇÕES:
Para a realização dos exercícios a seguir cada participante do projeto receberá um Kit
auxiliar com peças de lego e um manual. O Kit deve ser usado para responder todas as questão
aqui presentes. Os exercícios devem ser realizados individualmente.
Os resultados dos exercícios serão usados no projeto para elaboração de gráficos e na
análise de dados.
1- Abaixo há um desenho de um peça na vista FRONTAL, para essa vista há três possibilidades
de vista de planta, marque a alternativa que possui essas três possibilidades:
a)
b)
c)
2- Abaixo há o desenho de uma peça, mas apenas a vista frontal e de planta estão completas a
vista lateral esquerda não está concluída. A parte que possui um contorno mais grosso é o
que precisa ser desenhado na vista lateral, porém não há apenas uma possibilidade para a
vista lateral e sim três, faça as possibilidades que você conseguir COM O LEGO. Complete as
vistas laterais A, B e C com as possibilidades:
VISTA FRONTAL
VISTA FRONTAL
VISTA DE PLANTA COMPLETE ESSAS VISTAS LATERAIS.
A- B- C-
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3- Abaixo há duas peças, peça A e peça B, ambas estão desenhadas na vista de planta. Ao lado
dessas peças há alternativas para possíveis vistas laterais esquerdas. Apenas uma dessas
opções está errada para cada peça. Construa as alternativas com o LEGO e veja qual delas
que é a opção que deve ser marcada. Observe atentamente, pois é apenas uma a errada.
A-
B-
4- Abaixo há duas peças, a peça A e a peça B. Ambas estão desenhadas na vista de planta, e
ambas possuem alguma diferença em uma ou mais vistas. Faça essa peça COM OS LEGOS e
veja em quais vistas elas possuem diferenças. Após essa analise marque a alternativa correta
abaixo:
A- B-
( )Apenas a vista de planta possuirá diferenças;
( )Apenas a vista frontal possuirá diferenças;
( )Apenas a vista lateral possuirá diferenças;
( )A vista frontal e lateral possuirão diferenças;
( )A vista de planta e frontal possuirão diferenças;
( )Todas as vistas serão diferentes;
VISTA DE PLANTA
VISTA DE PLANTA
VISTA DE PLANTA VISTA DE PLANTA
A - B - C - D -
A - B - C - D -
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APÊNDICE C – Módulo II.
FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA
KIT AUXÍLIO PARA DESENHO TÉCNICO - KADT
Nome:_________________________________________________N°:____Turma:__________
Data:__________________
EXERCICIOS PARA PROJETO KADT.
ORIENTAÇÕES:
Para a realização dos exercícios a seguir cada participante do projeto receberá um Kit
auxiliar com peças de lego e um manual. O Kit deve ser usado para responder as questões aqui
presentes. Os exercícios devem ser realizados individualmente.
Os resultados dos exercícios serão usados no projeto para elaboração de gráficos e na
análise de dados.
TODAS AS QUESTÕES DEVEM SER RESPONDIDAS A CANETA!
1- Abaixo a duas fileiras, a da esquerda possui desenhos de vistas frontais, e a da direita vistas
laterais. Relacione cada vista frontal com a sua vista lateral correspondente:
(A) ( )
(B) ( )
(C) ( )
2- Abaixo há uma peça na vista de planta. Essa peça possui um furo passante. Abaixo da peça
há alternativas para quais vistas o furo será visível (não será feito com linha pontilha e sim
com linha continua). Marque a alternativa correta:
VISTA DE PLANTA
VISTA
FRONTAL
VISTA
LATERAL
ESQUERDA
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( ) Na vista lateral esquerda;
( ) Na vista frontal e lateral esquerda;
( ) Na vista frontal;
( ) Em todas as vistas;
( ) Em nem uma vista;
3- Abaixo há a vista frontal de uma peça. Ao lado há 4 alternativas da vista de planta e lateral
para a vista frontal, marque a alternativa corresponde a vista frontal:
A- B-
C- D-
VISTA FRONTAL PLANTA LATERAL PLANTA LATERAL
PLANTA LATERAL PLANTA LATERAL
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APÊNDICE D – Demais valores para formar gráficos.
RESPOSTAS 3111_MODULO1 RESPOSTAS 3124_MODULO1
ABAIXO NA MÉDIA A CIMA ABAIXO NA MÉDIA A CIMA
KIT AJUDOU KIT AJUDOU
SIM 5 SIM 5 SIM 8 SIM 9 SIM 0 SIM 1
NÃO 0 NÃO 1 NÃO 0 NÃO 0 NÃO 2 NÃO 0
MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0
DIFICULDADE DIFICULDADE
NÃO 3 NÃO 6 NÃO 8 NÃO 3 NÃO 0 NÃO 1
SIM 1 SIM 0 SIM 0 SIM 5 SIM 2 SIM 0
MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0
USOU KIT USOU KIT
SIM 5 SIM 5 SIM 8 SIM 7 SIM 2 SIM 1
NÃO 0 NÃO 1 NÃO 0 NÃO 2 NÃO 0 NÃO 0
RESPOSTAS 3111_MODULO2 RESPOSTAS 3124_MODULO2
ABAIXO NA MÉDIA A CIMA ABAIXO NA MÉDIA A CIMA
KIT AJUDOU KIT AJUDOU
SIM 6 SIM 5 SIM 6 SIM 8 SIM 0 SIM 0
NÃO 0 NÃO 0 NÃO 1 NÃO 0 NÃO 1 NÃO 0
MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 1
DIFICULDADE DIFICULDADE
NÃO 2 NÃO 4 NÃO 3 NÃO 3 NÃO 0 NÃO 0
SIM 4 SIM 2 SIM 5 SIM 6 SIM 2 SIM 1
MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0
USOU KIT USOU KIT
SIM 5 SIM 5 SIM 8 SIM 6 SIM 1 SIM 1
NÃO 1 NÃO 1 NÃO 0 NÃO 3 NÃO 1 NÃO 0
LINHAS TRACEJADAS LINHAS TRACEJADAS
SIM 2 SIM 5 SIM 5 SIM 5 SIM 0 SIM 1
NÃO 3 NÃO 1 NÃO 2 NÃO 2 NÃO 1 NÃO 0
MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 2 MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 0
RESPOTAS TOTAIS_MODULO1 RESPOSTAS TOTAIS_MODULO2
ABAIXO NA MÉDIA A CIMA ABAIXO NA MÉDIA A CIMA
KIT AJUDOU KIT AJUDOU
SIM 14 SIM 5 SIM 9 SIM 14 SIM 5 SIM 6
NÃO 0 NÃO 3 NÃO 0 NÃO 0 NÃO 1 NÃO 1
MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 2 MAIS OU MENOS 2
DIFICULDADE DIFICULDADE
NÃO 6 NÃO 6 NÃO 9 NÃO 5 NÃO 4 NÃO 3
SIM 6 SIM 2 SIM 0 SIM 10 SIM 4 SIM 6
MAIS OU MENOS 2 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0 MAIS OU MENOS 0
USOU KIT USOU KIT
SIM 12 SIM 7 SIM 9 SIM 11 SIM 6 SIM 9
NÃO 2 NÃO 1 NÃO 0 NÃO 4 NÃO 2 NÃO 0
LINHAS TRACEJADAS
FORAM APLICADOS SIM 7 SIM 5 SIM 6
MODULO_1 NÃO 5 NÃO 2 NÃO 2
MODULO_2 MAIS OU MENOS 3 MAIS OU MENOS 1 MAIS OU MENOS 1
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APÊNDICE E – Restante dos gráficos por turma.
Gráficos relacionados em três grupos: Abaixo da média, na média, a cima da média.
MODULO 1
Turma 3111
83%
17%
1-O KIT AJUDOU? (na média)
SIM NÃO
100%
0%
1-O KIT AJUDOU?(acima)
SIM NÃO
60% 20%
20%
2-TEVE DIFICULDADE EM
MONTAR?(abaixo)
NÃO SIM MAIS OU MENOS
100%
0%
2-TEVE DIFICULDADE EM
MONTAR? (na média)
NÃO SIM
100%
0%
2-TEVE DIFICULDADE EM MONTAR?(acima)
NÃO SIM
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APÊNDICE F – Restante dos valores dos LEGOS.
LEGOS avulsos Loja americana LEGO
4X1 = 11 U$ 2,20
6X1 = 3 U$ 1,05
3X1 = 6 U$ 1,20
2X1 (furo) = 1 U$ 0,35
2X1 = 18 U$ 2,70
4X2 = 5 U$ 1,50
3X2 = 3 U$ 0,75
2X2 (rampa) = 1 U$ 0,20
1x3 (rampa) = 1 U$ 0,15
1x2 (rampa) = 2 U$ 0,30
2x2 = 9 U$ 1,80
TOTAL U$ 12,20
LEGOS avulsos BrickLink
4X1 = 11 R$ 0,33
6X1 = 3 R$ 0,12
3X1 = 6 R$ 0,18
2X1 (furo) = 1 R$ 0,02
2X1 = 18 R$ 0,36
4X2 = 5 R$ 0,15
3X2 = 3 R$ 0,09
2X2 (rampa) = 1 R$ 0,02
1x3 (rampa) = 1 R$ 0,02
1x2 (rampa) = 2 R$ 0,04
2x2 = 9 R$ 0,18
TOTAL R$ 1,51
68
LEGOS avulsos Techbrincks
4X1 = 11 -------
6X1 = 3 -------
3X1 = 6 R$ 9,00
2X1 (furo) = 1 R$ 1,00
2X1 = 18 -------
4X2 = 5 -------
3X2 = 3 -------
2X2 (rampa) = 1 -------
1x3 (rampa) = 1 R$ 1,90
1x2 (rampa) = 2 R$ 3,00
2x2 = 9 R$ 13,50
TOTAL R$ 28,40
LEGOS avulsos Blocosparamontar
4X1 = 11 R$ 10,78
6X1 = 3 R$ 5,10
3X1 = 6 R$ 5,16
2X1 (furo) = 1 R$ 1,50
2X1 = 18 R$ 14,40
4X2 = 5 R$ 5,70
3X2 = 3 R$ 3,18
2X2 (rampa) = 1 R$ 1,28
1x3 (rampa) = 1 R$ 1,02
1x2 (rampa) = 2 R$ 2,04
2x2 = 9 R$ 8,28
TOTAL R$ 58,44
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