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2009 Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.Todos os direitos reservados. Permitida a reproduo desde que citada a fonte.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra do autor.
1 edio.Ano 2009Tiragem: 3.000exemplares
Elaborao, distribuio, informaes:MINISTRIO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTOSecretaria de Defesa AgropecuriaCoordenao Geral de Apoio LaboratorialEsplanada dos Ministrios, Bloco D, Anexo B, 4 andar, sala 430CEP: 70043-900, Braslia - DFTel.: (61) 3225-5098Fax.: (61) 3218-2697www.agricultura.gov.br
e-mail: [email protected] de Relacionamento: 0800 704 1995Coordenao Editorial:Assessoria de Comunicao Social
Impresso no Brasil / Printed in BrazilTiragem 3000
Catalogao na Fonte
Biblioteca Nacional de Agricultura BINAGRI
Brasil. Ministrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoGlossrio ilustrado de morfologia / Ministrio da
Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Secretaria deDefesa Agropecuria. Braslia : Mapa/ACS, 2009.
406 p. : il. color. ; 21 cm.
ISBN 978-85-99851-74-6
1. Morfologia. 2. Taxonomia. I. Secretaria de DefesaAgropecuria. II. Ttulo.
AGRIS C30CDU 57.018.2(038)
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MINISTRIO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTOSECRETARIA DE DEFESA AGROPECURIA
Glossrio Ilustrado de Morfologia
Braslia 2009
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AGRADECIMENTOS
`A Dr Doris, professor titular da UNICAMP, pela dedicao na elaborao deste Glossrio Ilustrado de Morfologiae pelas relevantes informaes tcnicas cedidas ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.
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APRESENTAO
A Coordenao Geral de Apoio Laboratorial CGAL, da Secretaria de Defesa Agropecuria SDA, do Ministrio daAgricultura, Pecuria e Abastecimento Mapa o rgo responsvel pela Rede Nacional de Laboratrios Agropecurios doSistema Unificado de Ateno Sanidade Agropecuria e possui dentre suas atribuies estabelecer, uniformizar e oficializarmtodos para a realizao de anlises. As presentes Regras para Anlise de Sementes RAS tem a finalidade de disponibilizar mtodos para anlise desementes, sendo estes de uso obrigatrio nos Laboratrios de Anlise de Sementes credenciados no MAPA, objetivando ocumprimento da Lei n 10.711, de 5 de agosto de 2003, publicada no Dirio Oficial da Unio de 6 de agosto de 2003 e Decreto
n 5.153, de 23 de julho de 2004, publicado no Dirio Oficial da Unio de 26 de julho de 2004.As RAS tiveram sua 1 edio pelo Ministrio da Agricultura, em 1967 e a partir de ento foram publicadas outrasatualizaes. A presente edio atualiza e substitui a edio de 1992 e composta de trs volumes: Regras para Anlise deSementes, Manual de Anlise Sanitria de Sementes (anexo ao Captulo 9 Teste de Sanidade de Sementes) e o GlossrioIlustrado de Morfologia.
Estas regras foram atualizadas de acordo com as regras internacionais prescritas pela International Seed TestingAssociation ISTA e incorpora a experincia e os avanos nacionais em anlise de sementes.
A CGAL pretende atualizar estas publicaes medida que novos mtodos forem validados e de acordo com a exignciado mercado nacional e internacional.
.
Abraho BuchatskyCoordenador da CGAL
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SUMRIO
Apresentao ........................................................................................................................................ 6
Introduo ............................................................................................................................................. 9
Abreviaturas usadas nas guras para designar as estruturas morfolgicas....................................... 11
A .......................................................................................................................................................... 17
B .......................................................................................................................................................... 49
C .......................................................................................................................................................... 75
D ........................................................................................................................................................ 125
E ........................................................................................................................................................ 137
F ........................................................................................................................................................ 173
G ....................................................................................................................................................... 193
H ........................................................................................................................................................ 203
I ......................................................................................................................................................... 215K ........................................................................................................................................................ 231
L ........................................................................................................................................................ 233
M ....................................................................................................................................................... 249
N ........................................................................................................................................................ 263
O ....................................................................................................................................................... 271
P ........................................................................................................................................................ 279
Q ....................................................................................................................................................... 313
R ........................................................................................................................................................ 315
S ........................................................................................................................................................ 333
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T .............................................................................................................................................................365
U .............................................................................................................................................................375
V .............................................................................................................................................................381
X .............................................................................................................................................................393
Z .............................................................................................................................................................397Bibliograa consultada...........................................................................................................................401
SUMRIO
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INTRODUO
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O objetivo deste Glossrio Ilustrado de Morfologia suprir o analista de laboratrio com informaes sobre deniesde termos utilizados na morfologia das espcies botnicas (plantas, frutos, sementes e plntulas).
Trata-se de uma publicao que, anteriormente, fazia parte do Apndice 3 das Regras para Anlise de Sementes,
edio 1992 e que nesta edio foi ampliado e aprofundado tornando-se o Glossrio Ilustrado de Morfologia, um dos volumesintegrantes das Regras para Anlise de Sementes.
Sob a responsabilidade da Coordenao Geral de Apoio Laboratorial (CGAL/SDA/MAPA), este trabalho foi desenvolvidopela professora titular da UNICAMP, Dr Doris Groth, especialista na rea, cujo material permanece sob o controle legal depropriedade da autora, o que faz com que a sua utilizao para quaisquer outras nalidades, seja permitido somente medianteautorizao expressa da mesma.
A preocupao foi, portanto, disponibilizar ao sistema de controle de qualidade de sementes no pas, um guia deconsulta referencial, por ocasio das anlises de rotina.
As descries de espcies botnicas permitem o reconhecimento das estruturas morfolgicas e assim facilita oenquadramento nas denies de Semente Pura.
Este Glossrio contempla situaes importantes como, por exemplo:- desenhos e descries de espcies cultivadas que pertencem ao mesmo gnero, para facilitar a identicao /
separao dessas espcies nos trabalhos da Anlise de Pureza, como por exemplo, de espcies deAvena,Brachiaria, Bromus, Elytrigia, Festuca, Lolium, Sorghum, etc.;
- desenhos e descries de algumas espcies invasoras e / ou quarentenrias que pertencem ao mesmognero de uma espcie cultivada, como por exemplo, de espcies de Avena, Bromus, Elytrigia, Lolium,Sorghum, etc.
Foram introduzidas descries de frutos visando atender a descrio das espcies orestais nativas, que se encontramem estudo pelo MAPA; Foram introduzidas, tambm, as descries dos embries com os respectivos desenhos. A posio do embrio permiteo posicionamento das espcies em um grupo de famlias ou em uma determinada famlia botnica e at fazer a separao dealgumas espcies do mesmo gnero. Nas Figuras as estruturas morfolgicas esto, na maioria das vezes, apontadas por abreviaturas (letras). Para facilitaro imediato entendimento dessas abreviaturas organizou-se, por ordem alfabtica: a abreviatura e a designao da estruturamorfolgica. Muitas vezes essas abreviaturas encontram-se tambm no texto.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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ABREVIATURAS USADAS NAS
FIGURAS PARA DESIGNAR ASESTRUTURAS MORFOLGICAS
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GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
ABREVIATURAS USADAS NAS FIGURAS PARA DESIGNAR AS ESTRUTURAS MORFOLGICASA
ac acleoae antcio estrilafantcio frtilan antpodasani antcio inferiorans antcio superirant anteraap apndiceaq aqunioar artculoare arolaari ariloarl arilideas aristaasg arista geniculada
au aurculaB
b bulboba bacceobai bainhabr brcteabres brctea comespinhosbv broto vegetativo
Cc catfilo
ca carpelocal clicecali- calculocap cariopsecarcarpdiocau caulecd costela dorsalce cerdascf coifach chalazaci costela intermediriacl costela lateral
co cotildone(s)col coluna seminferacop coleptilocor coleorrizacos costela
Ccp cpsulacr carpforocrn cornculocru carncula
Dde disco epgenodru drupa
Ee - escapoege espigueta estrileh estolo hipogeueixo eixo embrionrio ou
eixo principal; florej ejaculadorem embrioen endospermaend endocarpoent entalheepi epictiloepu estpulaes estigmaesc escuteloesd espdiceesp espataespi espinhosest estilete
et estilopdioetr estrofoloeun espinhos uncinadosex integumento externo
Ff funculofc folha carpelarfi filetefl florfli folculofo folhafol fololofp folha primriafr frutofrc fruto compostofrm fruto mltiplo
Ffru frutculosfse falso septofv feixes vasculares
Gg glomrulogaf gametfito femininogan ganchosge gemagea gema apicalgi ginforogin gineceugl glumasgle gluma estrilgli gluma inferiorgls gluma superior
gp gro de plengpg gro de plen germinado
Hhi hipantohip hipoctilohpo hipginohr eixo hipoctilo-radcula
Iin integumento internois istmo
Lla lacnialab lbiolb lobosle lema estril ouestaminadalf lema frtilli linha de deiscncialo lculolod lodculal limbo
M
m micrpilame mericarpomes mesocarpoms mesoctilo
Nn nucelanm - nervura mediananm nervura mediana do
carpelo
no nnp ncleos polaresnse ncleo seminferonu nculanv nervuras anastomosadas
Oo oosferaoc creaop oprculoor orifciosov vulo
ova ovrioP
p poropa papuspal pecolo aladopcap posio da cariopsepd pedcnculope pecoloped pediceloper periantopes plea estril
pet ptalapf plea frtilpin ponto de insero dos
cotildonespir pirniopis pistilopj ponto de juno dos
carpelospl plmulaple pleurogramapor posio da radculapr pericarpo
prg perigniopri primrdios foliarespt pericarpo+tegumento
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ABREVIATURAS USADAS NAS FIGURAS PARA DESIGNAR AS ESTRUTURAS MORFOLGICAS
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Q
q quilha
Rr raizra raquerad raizes adventcia
rap raiz primriaras raizes adventcias seminaisrc raiz contrtilrd radculare receptculo
R
rep replumrf raferl raiz lateralro rostrorp raiz principal
rs raiz secundriaruruptura
Ss sementesa saco embrionriosc saco polnico
S
se septoseg segmento da rquilasgm segmentosi sinrgidassm smara
sp spalasspe spalasexternasspi spalasinternas
su suturasul sulcoda comissura
T
t tecatb tubos de leote tpalateg tegumentotp tubo polnico
tu tubrculo
Vva valvaval valcula
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GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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ABAXIAL se refere a superfcie inferior de um rgo ou a superfcie que
est mais afastado do eixo sobre o qual se insere; antnimo de adaxial.
ABCISOou
ABSCISO um tipo de
desarticulao, como a separao
dos antcios das espiguetas; um carterimportante na distino das
espcies deAvenae de Sorghum (Poaceae =Gramineae). Ver articulada
e desarticulao[Fig.327].
Abciso emAvena segundo MUSIL (1977) pode ser (mais detalhes
na descrio deAvena e de Sorghum):
Abciso completa na base (ponto de insero) do antcio se
forma uma camada engrossada, quando maduro, o antcio se
separa com calo liso e bem desenvolvido, ao redor da cavidade
basal. Este tipo de abciso encontrado nas aveias selvagens;
Abciso parcial na base do antcio no se forma uma camada
engrossada ao redor de toda a cavidade, assim o calo s se
apresenta engrossado lateralmente. O antcio no se separa
facilmente, pois uma pequena poro na frente e atrs
permanecem unidos. Este tipo de abciso encontrado nas
aveias fatuides heterozigotas;
Ruptura os pontos de articulao permanecem unidos ao
redor de toda a cavidade basal. O antcio pode se separar
mais ou menos regularmente ao redor da linha onde a
camada de abciso normalmente deveria se desenvolver,
sem o calo espessado (abciso completa), ou o segmento da
rquila pode se romper ou lascar em algum ponto. A cavidade
A
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basal frequentemente muito reduzida em tamanho. Este
tipo de abciso encontrado nas aveias cultivadas Avena
byzantinaK. Koch, Avena sativaL. eAvena strigosaSchreb.
[Fig.30, 31, 32].
Abrus precatoriusL. semente de largo-ovide a globosa, com pice e
base arredondada, vermelho-escarlate e com mancha preta oblqua
no pice, em torno do hilo e que ocupa cerca de a da superfcie
[Fig. 1]. VerRhynchosiaphaseoloides.
Acanthospermum australe (Loef.) Kuntze invlucro-de-brcteas elipside-
comprimido, com cerdas uncinados que se inserem irregularmente sobre
8-10 costelas longitudinais; pice e base arredondados e com uma
extremidade voltada para um lado e a outra para o outro [Fig.206A].
A unidade-semente formada pelo invlucro-de-brcteas.
Acanthospermum hispidum DC. invlucro-de-brcteas obtriangular-
comprimido, sem costelas e com cerdas inseridas irregularmente
sobre a superfcie; base cuneiforme; pice largo-truncado, levemente
inclinado, com dois rostros divergentes, mais grossos do que as
cerdas, com um reto e outro uncinado [Fig.206B]. A unidade-semente
formada pelo invlucro-de-brcteas.
ACAULE desprovido de caule; onde as folhas (fo) se apresentam dispostas
em roseta sobre a superfcie do solo e no centro surge o escapo(e)
que sustenta a inorescncia [Fig.2].
ACICULAR diz-se quando um rgo (folha, fruto ou semente)tem contorno
de agulha, linear e rgida; como as folhas de Pinus[Fig.103L].
FIGURA 2 Acaule.
FIGURA 1 Abrus precatorius(A-B) e Rhyncho- sia phaseoloides (C-D): semente.
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GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
ACICULADA diz-se da superfcie de um rgo (folha, fruto ou semente)que
se apresenta marcada com estrias muito nas, irregulares, como se
tivessem sido produzidas com a ponta de uma agulha [Fig.295H].
ACRESCENTE que se desenvolve ou que continua a se desenvolver
aps a fruticao. Ver clice.
ACULEADA(O) diz-se da superfcie [Fig.203B] ou da margem [Fig.110G]
de um rgo (caule, folha, fruto ou semente)provida de acleos; como
o caule das roseiras ou a margem de uma folha, como a do abacaxi.
ACLEO formao epidrmica rgida, alada, com aspecto de espinho,
encontra-se em caules de roseiras, em folhas de abacaxi e de jo (Solanum
aculeatissimum Jacq.) e nos frutos (craspdios) de Mimosapudica L.
[Fig.107-ac]; distinguem-se dos espinhos por no ter uma posio denida
no rgo, por ser de fcil remoo e por no possuir elementos condutores.
ACUMINADO(A) diz-se quando o pice de um rgo (folha, fruto ou semente)
se ala para um ngulo obtuso e abruptamente para um ngulo agudo
(ponta dura) [Fig.16K-K-K].
ADAXIAL se refere a superfcie superior de um rgo ou a superfcie que
est mais prxima do eixo sobre o qual se insere; antnimo de abaxial.
ADERENTE que adere; o mesmo que adnato.
ADNATO diz-se quando estruturas esto naturalmente concrescidas ou
aderidas; quando estruturas diferentes, como ptalas + estames, esto
fundidas; o mesmo que aderente, concrescente, conato.
A
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A
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ADPRESSO diz-se quando uma determinada estrutura cresce em contato
ntimo com outra estrutura, mas no se encontra fundida com ela.
ADUNCO diz-se quando uma estrutura vegetal se apresenta curvada,
para baixo, como um gancho.
ADVENTCIO diz-se de um rgo que nasce em lugar indevido; a raiz
ou as razes que se originam de outras estruturas que no da radcula
ou da raiz primria; pode ser a partir do hipoctilo, do colo, de caules
ou de ramos.
FILO diz-se quando caules ou plantas no possuem folhas de tipo
algum, como em plantas parasitas (Cuscutasp.).
Agrostissp. espiguetas pediceladas, comprimidas lateralmente, dasarti-
culadas acima das glumas e formadas por um antcio frtil; glumas
(inferior e superior) lanceoladas, glabras, agudas ou aristadas, com
1-nervura, frequentemente escabrosa na carena, subiguais e mais
longas do que o antcio frtil; calo glabro ou com anel de plos;
segmento da rquila (rquis)estril glabra, curtssima ou ausente; lema
frtil membrancea, com 3-5 nervuras, glabra, aguda ou truncada, com
arista dorsal ou ausente; plea frtil ausente ou bicarenada e muito
menor do que a lema [Fig.3, 4].A unidade-semente o antcio-frtil.
Seguem as caractersticas diferenciais das espcies deAgrostis:
Agrostis caninaL. antcio frtil de fusiforme a estreito-elptico; lema
frtil (lf) na, hialina, com 1,5mm ou mais de comprimento por
menos de 0,5mm de largura, namente granular, com dobras entre
as nervuras escabrosas e nas na extremidade, com arista (as)
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longa, torcida, geniculada e inserida na poro mediana ou pouco
abaixo, ou com nervuras e sem arista, em certas variedades; plea
frtil to reduzida que parece estar ausente; plos basais rombudos
e curtos nas extremidades do calo, s vezes ausentes [Fig.3A, 4A].
Agrostis capillaris L. (=Agrostis tenuis Sibth.) glumas de estreito-
oblongas a lanceoladas e a inferior escabrosa na carena; antcio
frtil (lf) fusiforme, acinzentado, fosco ou ligeiramente lustroso; lema
frtilde fusiforme a estreito-elptica, lisa, dura, com - do compri-
mento das glumas ou com 1,8-2,0mm de comprimento por 0,5mm de
largura; arista (as), se presente, torcida, geniculda ou, s vezes, curta
e reta, inserida entre prximo base e a poro mediana da lema;
plea frtil (pf) aderente a cariopse, longa ou curta, dependendo da
cultivar, alando-se uniformemente da base para um estreito entalhe
apical em forma de V; plos basais em geral ausentes, se presentes,
mais ou menos longos e estendido [Fig.3E, 4E].
Agrostis gigantea Roth (=Agrostis alba L.) glumas lanceoladas,
agudas, escabrosas na carena e de resto lisas; antcio frtil oblongo
ou estreito-elptico, liso, lustroso e de colorao plea a amarelada;
lema frtil (lf) com dorso arredondado ou levemente achatado
e no carenado, lustrosa, com 2,0mm ou mais de comprimento
por 0,5mm de largura e pice geralmente com 3-nervuras; arista
(as), se presente, curta, reta, nunca torcida e geniculada, inserida
acima da poro mediana da lema; plea frtil (pf) cerca da do
comprimento da lema frtil e pice truncado ou com largo entalhe
raso e encoberto pelos bordos da lema; plos basais longos e
adpressos, ou estendidos, curtos e grossos ou ausentes; calo
arredondado e espessado verticalmente [Fig.3B, 4B].
FIGURA 4 Agrostis(antcio frtil lado ventral): A-A. canina ; B-A. gigantea; C- A. palustris; D-A. stoloni fera; E- A. capillaris.
FIGURA 3 Agrostis (antcio frtil lado dorsal):A-A. canina; B-A. gigantea; C-
A. palustris; D-A. stolonifera; E- A. capillaris.
A
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Agrostis palustrisHuds.(includa emAgrostis stoloniferaL.) antcio
frtil ovado-lanceolado ou elptico, liso, de amarelo-plea lustroso a
cinza-prateado e levemente lustroso; lema frtil (lf) vezes fosca,
geralmente com 5-nervuras no pice (raramente 3-nervuras), com
1,8-2,0mm de comprimento por 0,5mm de largura, dorso carenado
acima da base e com conspcua constrio acima do espesso
calo obtusamente anguloso; arista (as), se presente, curta e reta,
inserida acima da poro mediana da lema; plea frtil (pf) larga
na poro mediana e alando-se abruptamente para um pice
diminutamente arredondado ou formando uma espcie de ombro
e variavelmente entalhado; plos basais em geral curtos e grossos,
algumas vezes maiores e esparsos ou ausentes [Fig.3C, 4C].
Agrostis stolonifera L. antcio frtil geralmente curto, rolio e
liso; lema frtil (lf) lisa, lustrosa, de colorao palha e com pice
truncado; arista (as), se presente, curta, reta e inserida entre
a poro mediana e prximo ao pice da lema; plea frtil (pf)
abruptamente mais estreita em direo ao pice, que muito
varivel, mas no apresenta entalhe em forma de Ve com cerca
de do comprimento da lema; plos basais em geral ausentes,
mas se presentes curtos e grossos; calo cnico e protuberante
[Fig.3D, 4D].
AGUDO(A) diz-se quando o pice de um rgo (folha, fruto ou semente)
termina gradativamente em um ngulo menor do que 90; como o pice
da folha lanceolada [Fig.16J-J].
ALA qualquer expanso em forma de asa (laminar, folicea ou membra-
ncea) e que se prolonga da superfcie de diversos rgos; no fruto
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formada exclusivamente pelo pericarpo e na semente formada
apenas pelo tegumento. Como fruto alado cita-se a smara (ver
descrio) que ocorre em:Pterogyne nitensTul.(Fabaceae-Caesalpi-
noideae), Tipuana tipu (Benth.) Kuntze (Fabaceae-Papilionoideae). Em
sementes pode-se encontrar:
FIGURA 5 Alas deAspidosperma ramiorum(A) e Tabebuia: B- T. avelanedae; C-T. chrysotricha;D- T. impetiginosa; E- T. roseo-alba.
Ala apical Aspidosperma polyneuron Mll. Arg. (Apocynaceae -Fig.313E-E), Cedrela ssilisVell. e Swietenia macrophyllaKing
(Meliaceae), Luehea(Tiliaceae) e Qualea(Vochysiaceae).
Ala bilateral gnero Tabebuia (T. avelanedae Lor. ex Griseb.;
T. chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl.; T. impetiginosa (Mart.)
Standl.; T. roseo-alba(Rindl.) Standl. -Bignoniaceae -Fig.5].
Ala circular em Allamanda sp. [Fig.313D] e Aspidosperma ma-
crocarponMart. e Aspidosperma ramiorumMll. Arg. -Fig.5A
(Apocynaceae), nos gneros Jacaranda (Bignoniaceae), Carda-
A
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mine (Brassicaceae =Cruciferae),Spergula e Spergularia (Caryo-
phylla-ceae -Fig.305G-H), Dimorphoteca(Asteraceae =Composi-
tae) eGrevillea[Fig.313C)e Roupala (Proteaceae).
ALADO(A) provido de alas; pecolos alados; fruto ou semente alada.
ALBUME ou ALBMEN tecido nutritivo da semente; o mesmo que
endosperma(termo preferido).
ALBUMINOSA diz-se da semente que contm albmen no tecido de reserva.
ALEURONA camada vital mais externa do endosperma de certas
cariopses; sementes que contm reservas de protena so milho,
trigo, cevada, centeio (Poaceae =Gramineae) e mamona (Euphorbiaceae).
Alopecurus pratensis L. espigueta uniora (antcio frtil), fortemente
comprimida, de 5-6mm de comprimento por 1,8-2,0mm de largura, que
se desarticula abaixo das glumas; glumas (gl) agudas, nas, iguais ou
subiguais entre s, presas na base, superando e ocultando o antcio,
com longos clios na carena e nas nervuras laterais; lemas frteis (lf)
lisas, translcidas, arredondadas ou achatadas no dorso, com 3-5 ner-
vuras, envolvem a cariopse e com as margens unidas na metade infe-
rior; arista (as) geniculada, torcida, inserida prximo base da lema e
5-7mm mais longa do que as glumas; plea frtil ausente; calo pequeno
e imperceptvel; cariopse comprimida, com 1,5-3,0mm de comprimento,
glabra, sulcada, amarelo-dourada ou castanho-clara, diminutamente en-
rugada ou microscopicamente estriada e hilo basal punctiforme [Fig. 6].
A unidade-semente a espigueta, mas s vezes, nas sementes bene-
ciadas encontrada sem as glumas (apenas a lema frtil com a cariopse).
FIGURA 6 Alopecurus pratensis:A- espigueta; B- lema
frtil.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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ALTERNA(O) diz-se quando as folhas (fo) esto inseridas no epictilo ou
no caule (cau) isoladamente e no em posio oposta [Fig.7]; como a
insero das folhas do brinco-de-princesa (Hibiscus rosa-siensisL.).
Utilizado tambm quando os verticlios orais se organizam em duas
sries; ou quando sementes se inserem alternadamente no fruto. Ver
Rumex acetoselaL. onde a de uma spala externa se sobrepem
ao bordo de duas spalas internas [Fig.240A].
ALTERNNCIA DE TEMPERATURA quando no teste de germinao a
temperatura mais baixa utilizada durante 16 horas no perodo noturno
e a temperatura mais alta por oito horas no perodo diurno.
ALVEOLADA(O) diz-se da superfcie que apresenta alvolos (cavidades
rasas e hexagonais-Fig 295C.); o mesmo que faveoladae faviforme.
Ambrosia artemisiifolia L. (=Ambrosia elatiorL.) invlucro-gamlomais
largo entre a poro mediana e o pice, alando gradativamente para
a base, pice com rostro grosso e circundado por uma coroa de 5-8
projees delgadas e que formam costelas longitudinais em direo a
base; superfcie fracamente transverso-rugosa, s vezes, com grande
reticulado de veias, levemente mais escuras entre as costelas, e com
longos plos alvo-hialinos, mais densos perto do pice [Fig.208A].
A unidade-semente o invlucro-gamlo.
Ambrosia polystachyaDC. invlucro-gamlomais largo prximo ao pice
ou em torno da poro mediana, faces com costelas longitudinais lisas,
pice rostrado e no circundado por uma coroa de projees; superfcie
glabra e entre as costelas fortemente transverso-rugosa [Fig.208B].
A unidade-semente o invlucro-gamlo.
FIGURA 7 Alterna.
A
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Ambrosia tridaL. invlucro-gamlode aredondado a 5-angular, mais
largo prximo ao pice ou em torno da poro mediana (5,6-6,5mm
de comprimento), ala gradativamente para a base, pice com rostro
grosso, circundado por uma coroa de cinco projees e que formam
costelas longitudinais em direo a base; s vezes com 1-3 projees
menores podem ocorrer entre a coroa externa e o rostro central.
A unidade-semente o invlucro-gamlo.
AMNDOA termo utilizado por alguns autores para indicar a parte que
contm o embrio.
Ammi sp. cremocarpo formado por dois carpdios monosprmicos, com
base arredondada e pice com estilopdio; carpdio com lado dorsal
convexo com cinco ntidas costelas longitudinais, lisas e amarelo-
claras; lado ventral (da comissura)em geral plano, com sulco mediano
e que envolve o carpforo [Fig.109A-B-C-D-E]. A unidade-semente
o cremocarpo eo carpdio.Seguem as caractersticas diferenciais
das espcies deAmmi:
Ammi majus L. cremocarpo largo-elptico; carpdio de estreito-
ovalado a elptico e pice agudo, com 1,8-2,5mm de comprimento
por 0,8-1,0mm de largura e 0,8mm de espessura; lado ventral
com profundo sulco, limitado por duas estrias longitudinais muito
prximas [Fig.109A-B-C].
Ammi visnaga (L.) Lam. cremocarpo ovide e comprimido
lateralmente; carpdio ovado-oblongo e pice obtuso, com 2,0-
2,5mm de comprimento por 0,8-1,0mm de largura e 0,8 mm de
espessura; lado dorsalcom na listra, pouco mais escura, dividindo
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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as costelas; lado ventral com dois sulcos longitudinais em ambos
os lados da linha mediana, mas nunca um sulco como emAmmi
majusL. [Fig.109D-E].
AMPLEXICAULE diz-se quando a base de uma folha (fo) sssil abraa
(envolve) parcial ou totalmente o caule (cau) [Fig.8].
ANASTOMOSADO conuncia ou ramicao de duas clulas, vasos,
canais, nervuras, etc.; unido de tal maneira que forma uma rede de
malhas; como em Brachiaria plantaginea(Link) Hitchc. onde as 10-11
nervuras na gluma inferior (ou primeira gluma)se apresentam nitidamente
anastomosadas no pice [Fig.47A].
ANTROPO ver vulo antropo[Fig.246].
ANDROCEU conjunto dos rgos masculinos da or, isto , dos
estames; constitui o terceiro verticilio oral numa or hermafrodita
das Dicotiledneas [Fig. 12,13A, 171].
Andropogon gerardiiVitman espiguetas aos pares, que se formam no
mesmo n; uma espigueta do par sssil e frtil, a outra pedicelada
e pode ser estril ou estaminada, ambas esto unidas pelo segmento
da rquila (rquis); a espcie produz uma poro varivel de espiguetas
pediceladas frteis, que diferem das espiguetas ssseis; glumas
da espigueta frtil coriceas, com (5-)7-9mm de comprimento por
1,5mm de largura, sem arista, opacas e acastanhadas; gluma inferior
2-carenada e com largo sulco no dorso; gluma superior lanceolada e
unicarecada; lema e plea frtil hialinas e pouco menores do que as
glumas; lema frtil com largo sulco longitudinal no dorso, com arista
FIGURA 8 Amplexicaule.
A
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torcida, geniculada e que emerge do pice; segmento da rquila e
pedicelo denso-vilosos, achatados na base e pice expandido, em forma
de taa [Fig.155]. Arista geralmente quebrada nas sementes comerciais.
A unidade-semente a espigueta sssil e frtil, com segmento da
rquila e pedicelo de uma segunda espigueta, s vezes, se encontra
ainda, preso no pedicelo, a espigueta estril ou estaminada.
ANEMOCORIA diz-se quando a disperso de disporos ocorre pelo vento;
como nas sementes aladas, smaras, samardio, aqunios com papus;
em ocial-de-sala (Asclepias curassavica L. Asclepiadaceae), na
paineira (Chorisia speciosaA. St.-Hil. Malvaceae), etc. Ver antropo-
coria, autocoria, hidrocoria, ornitocoriae zoocoria.
ANFISSARCDIO fruto de origem placentar, pericarpo carnoso, com uma
cavidade central, sem lculos individualizados e cheia de sementes (s),
envoltas por polpa (endocarpo) carnosa (suculenta); como em Kigeliae
Crescentia (Bignoniaceae -Fig.9A-B), Crataeva (Capparaceae -Fig.9D),
CouroupitaguianensisAubl. (Lecythidaceae-Fig.10C-D),Amaioua-Fig.9C
e Genipa(Rubiaceae) e TheobromacacaoL. (Sterculiaceae) [Fig.10A-B].
ANFTROPO ver vulo anftropo; semelhante a antropo[Fig.247].
ANGIOSPERMA diviso do reino vegetal que compreende uma planta ou
um grupo de plantas, cujas sementes cam encerradas no interior de
um ovrio transformado em fruto, como as de Eucalyptus. Como grupo
ope-se ao das Gimnospermas.
ANGULAR que forma ngulos, com pronunciados ngulos longitudinais
[Fig.100L] ou quando um rgo apresenta ngulos salientes na
FIGURA 9 Anfissarcdios: A- Kigeliasp.;
B- Crescentiasp.; C-Amaioua sp.; D- Crataevasp.
FIGURA 10 Anssarcdios: A-B- Theobroma cacao; C-D- Couroupita guianensis; A- seo longitudinal e B- seo transversal.
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margem [Fig.110E]; como a folha de Datura stramoniumL. e o caule
de SalviapratensisL.
Angular-angular quando os ngulos so pronunciados.
Obtuso-angular quando os ngulos so arredondados.
ANOMOCARPO o mesmo que heterocarpo.
ANORMALIDADE APARENTE anormalidade de plntulas devido a
condies inadequadas para o teste de germinao em laboratrio.
ANTCIO cada urna das ores que compem a espigueta das Cyperaceae
e Poaceae (=Gramineae). Compe-se de duas bractolas (glumelas)
secas, na base de cada or; a inferior ou externa (lema -lf) envolve a
cariopse pelo lado dorsal e a superior ou interna (plea -pf) envolve a
cariopse pelo lado ventral [Fig.11].
Antcio estril nas Poaceae (=Gramineae)compe-se exclusivamente
das glumelas e incapaz de produzir sementes [Fig.156-ae].
Antcio frtil nas Poaceae (=Gramineae)compe-se das glumelas
(lema -lfe plea -pf) e dos dois rgos orferos reprodutivos
(pistilo -pise estame) ou da cariopsemadura, com ou sem lemas
estreis adicionais [Fig.11, 155].
ANTERA parte mais intumescida do estame, localizada na extremidade
apical do lamento (lete - ); divide-se em tecas (t) que esto
unidas pelo conectivo [Fig.12]. Nas tecas encontram-se os
FIGURA 11 Antcio frtil: A-B- lado ventral; cariop-se: C- lado dorsal com embrio; D- ladoventral com hilo.
FIGURA 12 Antera.
FIGURA 13 Antera e ovrio (seotransversal): A- antera;B- ovrio tricarpelar etrilocular.
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microsporngiosou sacos polnicos (sc),que so em nmero de
quatro, sendo duas para cada teca e que contm os gros de plen
(gp) ou micrsporos[Fig.13A].
Anthoxanthum odoratum L. espigueta curto-pedicelada, comprimida
lateralmente, com duas glumas, um nico antcio frtil terminal e duas
lemas estreis aristadas por baixo; o segmento da rquila se desarticula
acima das glumas naviculares, apiculadas, desiguais, escabrosas,
com dorso laxo-piloso; lemas estreis (le) bilobadas, subiguais, cerca
de 3mm de comprimento, castanho-avermelhadas e amareladas no
pice, pubescentes, com longos plos fulvos e margens denso-ciliadas;
lema estril (inferior) com curta arista que se insere perto da regio
mediana; lema estril (superior) com arista dura, torcida, geniculada e
que se insere no dorso perto da base; a inexo da arista geniculada
(asg) geralmente ocorre na altura do pice da lema ou pouco acima;
lema frtil (lf) largo-ovada, aguda, com cerca de 2mm de comprimento,
no aristada, catanho-avermelhada-escura, lustrosa, glabra e envolve a
cariopse e a plea frtil (pf) [Fig.14]. A unidade-semente a espigueta
+ as lemas estreis ou, s vezes, apenas o antcio frtil. Nas
sementes comerciais pode(m) faltar a(s) lema(s) estril(eis), devido ao
beneciamento.
ANTPODA no vulo das Angiospermas cada uma das trs clulas (an)
que se encontram na base do saco embrionrio (sa), na extremidade da
chalaza(ch), portanto em posio oposta oosfera (o) [Fig.171A, 297].
ANTOCARPO formado pelo gineceu inteiro ou por parte dele (hipanto),
participa na formao da parede do fruto, como na parede da ncula de
Guapira(Nyctaginaceae); ou formado pela poro inferior persistente do
FIGURA 14 Anthoxanthum odoratum: A-espigueta; B-C- antcio frtil.
FIGURA 15 Antocarpo de Boerhavia difusa(A-B-C) e Mirabilis jalapa(D-E).
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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perignio, que aumenta de tamanho durante o desenvolvimento do fruto,
torna-se mais rme, circunda e protege o fruto (ncula), como em Boerhavia
difusaL. [Fig.15A-B-C] eMirabilis jalapaL. (Nyctaginaceae) [Fig.15D-E].
ANTOCIANINA pigmento que d a colorao vermelha, azul ou violcea
a vrias partes da planta.
ANTFITOS plantas que produzem ores. O mesmo que Espermtas
e sinnimo de Fanergamase que se opem as Criptgamas.
ANTROPOCORIA quando a disperso de disporos feita pelo homem,
acidental ou espontaneamente. Ver anemocoria, autocoria, hidrocoria,
ornitocoriae zoocoria.
ANTRORSO dirigido para frente, para o pice. Oposto de retrorso.
ANUAL diz-se da planta que completa seu ciclo vegetativo e reprodutivo
em alguns meses.
AOVADO(A) diz-se quando um rgo (folha, fruto ou semente)tem contorno
de ovo, com a parte mais larga na base [Fig.103E]; como a folha de
Stellaria media(L.) Vill. O mesmo que ovadoe ovide.
APNDICE designao de qualquer parte saliente, quase sempre curta,
estreita e muitas vezes de importncia secundria, de um rgo vegetal;
como no samardio de Banisteriopsislucida (Malpighiaceae) [Fig.300K].
APIACEAE nome vlido da famlia Umbelliferae.
FIGURA 16 pice (quanto a ponta): A- aristado; B-mucronado; C- cuspidado; D- cirroso;
E- pungente; F- setoso; G- apiculado; H- uncinado; I- rostrado; J-J- agudo; K-KK- acuminado; L- obtuso; M- obtuso com acmen; N- retuso; O- emarginado; P- truncado; Q- obcorda-
do; R-R- capitado; S- rodo; T- exisa.
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APICAL ouTERMINAL relativo ao pice.
PICE extremo ou ponto terminal de qualquer rgo, que pode ter
diversas formas [Fig.16].
pice da parte area ouSistema apical poro terminal da parte
superior da plntula, que contm o ponto principal de crescimento
(meristema ou gema apical)e as folhas iniciais. Estas folhas envolvem
e protegem o ponto de crescimento, formando assim a gema apical.
APICULADO diz-se quando o pice de um rgo (folha, fruto ou semente)
termina abruptamente em curta projeo (ponta)dura e aguda no centro[Fig.16G]; como o fruto de CordiasuperbaCham. (Boraginaceae). Em
rgos foliceos frequentemente usado como sinnimo de mcron,
provido de apculo.
APCULO pequena ponta aguda e curta, mas pouco consistente.
APOCRPICO diz-se do gineceu e depois do fruto onde os carpelos nose fundiram [Fig.17].
APODRECIMENTO destruio da semente ou das estruturas da plntula,
geralmente associada presena de microorga nismos patognicos.
APOMIXIA quando a reproduo ocorre sem fecundao.
AQUNIO fruto nucide simples, seco, indeiscente, unilocular, unisse-
minado, originado de um ovrio bicarpelar e nfero, com semente presa na
parede do fruto (pericarpo) em um s ponto, na base; pericarpo no soldado
ao tegumento, liso ou com excrescncias; pode apresentar estruturas
FIGURA 17 Apocrpico.
FIGURA 18 Aqunios alados: A- Synedrella nodiflora (raio do captulo); B-
Soliva pterosperma; C-D- Syne- drellopsis grisebachii (com dois tipos do centro do captulo) e
C-D- seo transversal.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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acessrias (invlucro) na base ou apresentar o clice modicado em
papus; fruto das Asteraceae (=Compositae-Fig. 18-19-20-21-22-23-24-25),
Cyperaceae, Dipsacaceae e Valerianaceae.
Aqunio alado em Soliva pterosperma (Juss.) Less. ala bilobada e
recortada; Synedrella nodiora(L.) Gaertn. aqunios da periferia, do
captulo, alados e com cerdas ascendentes, de diferentes tamanhos
e com diminutos clios esparsos branco-amarelados na margem; Sy-
nedrellopsis grisebachiiHieron & Kuntze dois tipos de aqunios no
centro do captulo, um com ala estreita virada para o lado ventral e
outro com ala estendida e laciniada nas margens [Fig.18].
Aqunio heterocarpo com dois ou mais tipos de aqunios na mesma
inorescncia; em Asteraceae (=Compositae) os frutos originados na
periferia (raio) do captulo podem apresentar caractersticas morfo-
lgicas diferentes daqueles que se formam no centro do captulo. Em
Hypochaeris radicataL. aqunios do centro, do captulo, rostrados
e os da periferia no rostrados [Fig.23A-A]; em Synedrella nodiora
(L.) Gaertn. aqunios do centro, do captulo, no alados e os daperiferia alados, com cerdas ascendentes de diferentes tamanhos e
com diminutos e esparsos clios branco-amarelados na margem
Fig. 18A); emSynedrellopsis grisebachiiHieron & Kuntze aqunios
da periferia, do captulo, no alados e os do centro com dois tipos,
um com estreita-ala virada para o lado ventral e outro com ala esten-
dida e laciniada nas margens Fig.18C-C-D); em Picris echioidesL.
aqunios pilosos na periferia e os do centro glabros Fig.23B-B).
Aqunio rostrado prolongamento apical do aqunio, onde no pice
se insere o papus, como em Hypochaeris brasiliensis Griseb.,
H. grisebachiiCabr., H.glabraL. e H. radicataL.[Fig.23A].
FIGURA 19 Aqunio com papus bisseriado: Vernonia
scorpioides.
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FIGURA 20 Aqunio com papus aristado ou cerdoso: A-A- Bidens pilosa; B- Bidens subalternans, C- Blainvillea biaristata;
D- Eclipta alba; E- Elephantopus mollis; F- Jaegeria hirta.
FIGURA 21 Aqunio com papus ausente: A- Elvira biora; B- Siegesbeckia orientalis; C-
Picris hieracioides.
FIGURA 22 Aqunios com papus multisseriado:
A- Centaurea melitensis; B- Centau- rea solstitialis.
FIGURA 23 Aqunios heterocarpos: A-A-Hypochaeris
radicata; B-B- Picris echioides; A-B- aqu- nios que se inserem no centro do captulo; A- B- aqunios que se inserem na perife- ria do captulo.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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FIGURA 25 Aqunio com papus paleceo: A-Ageratum conyzoi-des; B- Galinsoga parviora; C- Parthenium hystero-
phorus; D- Tagetes minuta.
FIGURA 24 Aqunios com papus piloso unisseriado: A-Conyza bonariensis; B- Emilia sonchifolia;C- Erechtiteshieracifolia; D- Eupatoriumsqualidum; E- Gochnatia velutina;F- Son-
chus asper; G- Sonchus oleraceus.
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ARACNIDE diz-se da superfcie de um rgo (folha, fruto ou semente) que
se apresenta revestida por plos nos, soltos, brancos e emaranhados
[Fig.204A].
ARBREA quando a planta se aproxima do tamanho de uma rvore.
ARBUSTO planta com caule lenhoso que se ramica desde a base,
portanto no forma um tronco (fuste) denido; a altura da planta no
a dene como arbusto ou rvore; mas alguns autores consideram
quando a altura no superior a 4m.
ARECACEAE nome vlido para a famlia Palmae.
AROLA pequena rea; pequeno crculo deprimido, em torno do ponto de
insero de alguns samardios de Malpighiaceae (comoBanisteriopsis
basixa e Banisteriopsismegaphylla) e dos espinhos em certas plantas
espinhosas [Fig.300D-J-M]; linha pontilhada, em forma de semicrculo,
na base da lema frtil das espcies de Brachiaria [Fig.46].
ARGNTEO de colorao prateada.
ARILADO(A) que possui arilo.
ARILO excrescncia carnosa da semente; que pode ser de dois tipos: es-
trofolo(etr-formado pelo funculo - f) e carncula(cru-formada pelo
tegumento e prximo da micrpila); os dois tipos somente se diferenciam
em funo do lugar onde iniciam seu desenvolvimento, do tamanho que
alcanam, pela morfologia e pela colorao. O arilo (ari) s vezes cobre
todo o tegumento da semente (sarcotesta) ou forma apenas um apn-
FIGURA 27 Arilos: A- Acacia molissi ma ; B- Acacialongifolia; C- Turnera ulmifolia; D- Cleo-mesp.; E- Polygalasp.; F- Connarussp.;G- Glinussp.; H-H- Eriosemasp.; I- Cheli-donium majus.
FIGURA 26 Arilo da semente de Connarussp.
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dice de tamanho varivel. Ex: Connarussp. (Connaraceae Fig.26, 27F),
teixo (TaxusbaccataL.), noz-moscada (MyristiacafragansHoutt.), mara-
cuj (Passiorasp.), Talauma ovataA. St.-Hil. (Magnoliaceae). Nas Faba-
ceaePapilionoideae apresenta-se como um anel ou um arco carnoso, ou
como uma faixa ao lado do hilo, como em labe-labe (Lablab purpureus(L.)
Sweet.), Mucuna, Eriosema arilo membranceo Fig.27H-H e Ulex (Fa-
baceaePapilionoideae);Acacia molissima(Andrews) Willd. (FabaceaeMi-
mosoideae Fig.27A);Turnera ulmifoliaL (Turneraceae) arilo funicular
(f), unilateral, branco, membranceo, inteiro ou lacerado, ao redor do pice
do funculo, exceto do lado da micrpila Fig.27C; Cleomesp. (Cappara-
ceae) sem ou com arilo vesiculoso Fig.27D. Ver arilide, carncula,
estrofolo, funculo, micrpilae sarcotesta.
ARILIDE termo usado para designar as estruturas carnosas formadas em
torno do exostoma da micrpila; falso arilo; ocorre emXylopia(Annonaceae),
evnimo-da-Europa (Euonymus europaeus L. Celastraceae), Clusia
(Clusiaceae =Guttiferae), Swartziae Copaifera(FabaceaePapilionoideae),
Maytenuse Celastrus(Celastraceae), Polygala (Polygalaceae -Fig.27E),
Dodonaeae Paullinia (Sapindaceae). Em Cucurbitaceae o arilide pode
ser broso ou piloso e mais abundante prximo regio dos bordos,
como em Cucurbitae Lagenaria; ou pode ser como uma cobertura de
plos, recobrindo toda a superfcie, comoemCucumis eMelothria; ou
pode ser carnoso-mucilaginoso, recobrindo toda a semente e formando
um falso arilo vermelho, como em Momordica; ou pode ser um envoltrio
membranoso-hialino e ligado extremidade hilar, como em Cucumis.
ARISTA prolongamento ou apndice, mais ou menos rgido, delgado,
reto, curvo ou geniculado, encontrado freqentemente no pice ou no
dorso das glumas ou glumelas, das espiguetas ou dos antcios estreis
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das Poaceae (=Gramineae)ou de frutos de outras famlias botnicas,
como nos aqunios de algumas espcies de Asteraceae (=Compositae
ex: Bidens pilosaL. Fig.19A-A). Em Poaceae (=Gramineae) a arista
geralmente a continuao da nervura mediana de glumas ou lemas,
como nos gnerosArrhenatherum eAvena [Fig.27-30-31].
ARISTADO(A) provido de arista; quando o pice de um rgo (folha, fruto
ou semente)termina abruptamente em ponta longa, delgada, dura, reta
e subulada [Fig.16A].
ARREDONDADO(A) diz-se quando um rgo (folha, fruto ou semente)
apresentam-se quase como um crculo.
Arrhenatherum elatius(L.) P. Beauv. ex J. Presl & C. Presl espiguetas
comprimidas lateralmente, pediceladas, com dois antcios, com o
inferior estaminado (ani) e o superior frtil (ans), que se desarticulam
acima das glumas;segmento da rquila se prolongada acima do antcio
superior; glumas namente escabrosas, a inferior (gli) com 1-nervura,
mais curta do que os antcios e gluma superior (gls) com 3-nervuras
e subigualando-se aos antcios;lemas com 5-7 nervuras, de colorao
palha-clara, com (8,0-)9,0-10,0mm de comprimento, diminutamente
escabrosas na metade superior e frequentemente com esparsos e longos
plos esbranquiados na metade inferior; antcio inferior (ani) com longa
arista (asg) torcida, geniculada, que se insere no dorso da lema (le) perto
da base e listrada de castanho e amerelo-bronzeado; antcio superior
(frtil) com curta arista reta e subapical, inserida no dorso da lema frtil
(lf) e com antcio inferior aderido; pleas (pf) hialinas, estreitas, que
tendem a ser mais longas do que as lemas e nervuras da carena bem
juntas; calo com abundantes plos longos, estendidos e de colorao
FIGURA 28 Arrhenatherum elat ius: A- espigueta;B- antcio superior; C- antcio inferior;C- continuao da arista; D- cariopse.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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clara; cariopse subcilndica, com cerca de 4-5mm de comprimento,
amarelada ou castanho-clara, em vista latersal o lado dorsal quase
reto e o ventral convexo [Fig.28]. Arista geralmente quebrada nas
sementes comerciais, devido ao beneciamento. A unidade-semente
formada pela espigueta inteira (antcio frtil + antcio estaminado)
e sem as glumas, oupelo antcio frtil, oupela cariopse.
ARTICULADO(A) que se articula; provido de regies predeterminadas
onde podem ocorrer fragmentaes, como em Sorghum (Poaceae
=Gramineae) [Fig.327]. Ver abcisoe desarticulao.
ARTCULO cada um uma das pores (ar-segmentos)destacveis ou dasfragmentaes transversais, unisseminados, deiscentes ou indeiscentes,
de um craspdio, tpico de Fabaceae (=Leguminosae)Mimosoideae
como do gnero Mimosa e de algumas espcies de Desmodium e
Stylosanthes; ou de um lomento, tpico de FabaceaeCaesalpinioideae;
ou de FabaceaePapilionoideae, como emAeschynomenee Ornithopus
sativusBrot. -Fig.29) ou sliqua lomentceaque ocorre em Brassica-
ceae =Cruciferae, comoRaphanus raphanistrum[Fig.321A-A-A].
RVORE planta lenhosa com crescimento monopodial, com fuste principal
denido e na parte superior uma copa ramicada; s se ramica depois
de 2m de altura.
ARVORETA planta lenhosa com tronco principal denido e com uma copa
ramicada; alguns autores consideram que a altura varia entre 3-4m.
ASCENDENTE que cresce obliquamente para cima; como plos,
espinhos dirigidos para o pice, formando com o eixo um ngulo
menor do que 90.
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SPERA diz-se da superfcie de um rgo revestida com curtas pontas
duras e irregulares.
ASSIMTRICO sem simetria.
ASTERACEAE nome vlido para a famlia Compositae.
ATENUADO(A) diz-se quando o pice ou a base de um rgo (folha, fruto
ou semente)se ala lentamente para um ngulo agudo [Fig.102P].
Folha com pice atenuado Eucaliptus salignaSm.
ATROAVERMELHADO(A) colorao que varia do vermelho-preto ao
preto. Colorao das sementes deAmaranthuse Chenopodium.
TROPO ver vulo orttropo.
ATROPURPREO(A) colorao que varia de prpura ao negro.
AURCULA pequena projeo (lobo - au) na base de uma folha
[Fig.102 E]. Ver auriculado.
AURICULADO(A) que tem aurcula, lobo ou prolongamento em forma de
orelha na base [Fig.102E].
AUTOCORIA quando a disperso de disporos feita pela prpria planta,
isto , os frutos se abrem por presso e lanam as sementes a distncia;
como no beijo-de-frade (Impatiens balsamina L. Balsaminaceae),
Acystacia, Justiciae Ruellia(Acanthaceae). Ver anemocoria, antropo-
coria, hidrocoria, ornitocoriae zoocoria.
FIGURA 29 Artculo de Ornithopus sativus.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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Avena sp. espigueta com 1-6 antcios, que se desarticulam acima das
glumas e entre os antcios; o tipo da abciso um carter impor-
tante na distino das espcies de aveia (abciso da espigueta do seu
pedicelo, dos antcios e entre os antcios); duas glumas iguais ou su-
biguais, alongadas, agudas, membranceas e persistentes na ino-
rescncia (pancula). Ver abciso emAvena. Algumas caractersticas
importantes podem estar presentes no antcio basal e ausentes nos
antcios superiores; antcios aristados, arista geniculada (asg); le-
mas endurecidas quando maduras, com dorso arredondado, mais
curtas do que as glumas; plea com duas carenas ciliadas, de com-
primento igual ou pouco menor do que a lema; cariopsermemente
envolta pela lema e plea endurescida [Fig.30, 31, 32]. A unidade-
semente o antcio-frtil, dicilmente a cariopse nua. Seguem
as caractersticas diferenciais das espcies deAvena:
Todos os antcios se desarticulam por abciso completa:
Lema (lf) com dois diminutos dentes ou duas aristas terminais,
segmento da rquila (seg-rquis) pilosa; cariopse delgada ou
ligeiramente engrossada.
Avena barbata Pott. ex Link espigueta com 2-3 antcios,
geralmente com um antcio rudimentar adicional, na
extremidade alongada da rquila; glumas quase iguais no
tamanho e geralmente 9-nervadas; antcio frtil estreito-
elptico, em vista lateral no evidentemente mais largo na
poro mediana (na base da arista); lema (lf) com duas aristas
apicais, geralmente 7-nervadas, de colorao parda (quando
maduras), com longos e abundantes plos amarelados no
lado dorsal, com escabrosidade antrorsa sobre as nervuras,
A
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43
na poro superior e sobre as duas aristas apicais; arista
torcida, geniculada (asg), de colorao mais clara e inserida
pouco abaixo da poro mediana da lema; plea (pf)
bicarenadas, denso ciliada nas carenas, pice 2-denticulada
(que correspondem as terminaes das nervuras das carenas);calo
estreito-elptico e circundado por um anel incompleto de plos;
segmento da rquila (seg) avermelhada, se desarticula na
base de cada antcio e com longos e duros plos estendidos;
cariopse com escutelo conspcuo [Fig.30G, 31G, 32E ].
Avena fatua L. espigueta com 2-3 antcios, geralmente com
um antcio rudimentar adicional aristado e com segmento da
rquila piloso e alongado; glumas quase iguais no tamanho e
geralmente 9-nervadas; antcio frtil estreito-elptico, em vista
lateral somente mais largo na poro mediana (na base da arista);
lema (lf) com dois curtos dentes no pice hialino, geralmente
7-nervadas, castanho-escura (quando madura), com esparsos
e longos plos duros e castanhos na face dorsal (abaixo da
insero da arista)ou glabra, com escabrosidade antrorsa sobre
as nervuras, com arista torcida, geniculada (asg), inserida ao
redor da poro mediana; plea (pf) bicarenada, denso-ciliada
nas carenas, pice bidenticulado (que corresponde s terminaes
das nervuras das carenas);calo arredondado ou oval, circundado
por um anel de plos castanhos, longos e estendidos ou curtos
e compactos (densos); segmento da rquila (seg) se desarticula
na base de cada antcio e com longos e duros plos castanhos
na parte externa; cariopse oblonga, levemente mais larga na
poro mediana, com escutelo ausente ou reduzido fraca
linha branca [Fig.30E, 31E, 32C].
FIGURA 30 Avena(antcio frtil lado ventral): A-
A. strigosa, B-C-D-A. byzantina, E- A. fatua , F- A. sativa, G- A.barbata.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
T d t i d ti l f t
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Todos os antcios se desarticulam por fratura:
Lema (lf) aguda e com dois diminutos dentes terminais; arista
quando presente reta ou geniculada, torcida na parte inferior
e em geral com inexo abaixo do pice da lema; segmento da
rquila (seg) glabro; cariopse no conspicuamente espessado na
metade inferior e escutelo largo e evidente.
Avena byzantina K. Koch (includa emAvena sativa L.) com
caractersticas morfolgicas iguais as de Avena sativa L.,
pode-se armar que, s vezes, o segmento da rquila
partido na base do antcio basal ou prximo dela [Fig.30B-
C-D, 31B-C-D, 32B].Segundo DILLENBERG (1984) o material
que deu origem primeira descrio (o holotipo), que se
encontra no Herbrio de Berlim, na realidade corresponde a
Avena sativaL., portanto esta espcie deve ser considerada
como sinnimo deA. sativa, o que comunga tambm com a
opinio de outros autores.
Avena sativa L. espigueta com 1-3 antcios e com um antcio
rudimentar adicional, na extremidade alongada do segmento
da rquila; glumas quase iguais no tamanho, geralmente
9-nervadas; lema (lf) com pice inteiro ou bidentado, em
geral 7-nervadas, de lisa a namente granulosa, amarelada,
glabra ou com tufo de plos (lateralmente sobre o calo), mais
raro alguns plos longos no lado dorsal, abaixo da insero
da arista, com escabrosidade antrorsa sobre as nervuras, naporo apical da lema; aristada ou no (o que pode ocorrer na
mesma inorescncia); arista reta, s vezes semi-geniculada
e semi-torcida, inserida na poro mediana ou pouco acima;
FIGURA 31 Avena(antcio frtil lado dorsal): A-A. strigosa, B-C-D-A. byzantina, E-A.
fatua, F-A. sativa, G-A. barbata.
A
l ( f) bid ti l d ( d t i d
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plea (pf) bidenticulado (que corresponde as terminaes das
nervuras das carenas)e com densos clios sobre as carenas;
segmento da rquila (seg) glabro ou s vezes com alguns
plos e sem desarticulao (os antcios no se separam, quando
maduros)[Fig. 30F, 31F, 32D].
Lema linear, com duas longas aristas, com arista geniculada e com
inexo abaixo do pice da lema; segmento da rquila piloso; cariopse
levemente mais larga na poro mediana, escutelo largo e evidente.
Avena strigosa Schreb. espiguetas com 1-2 antcios, geral-
mente com um antcio rudimentar adicional, este frequente-
mente aristado e com arstulas; glumas quase iguais tamanho e
geralmente 9-nervadas; lema (lf) acuminada, com duas longas
aristas duras, geralmente 7-nervadas, de colorao escura
(quando maduras) e nervuras mais claras,com escabrosidade
antrorsa sobre a poro terminal da lema e as aristas apicais;
arista torcida, geniculada (asg), de colorao mais clara e
inserida pouco acima da poro mediana da lema; plea (pf)com pice bidenticulado (que corresponde as terminaes das
nervuras das carenas), bicarenada, ciliada na poro terminal
das carenas e nos dentculos apicais; segmento da rquila
(seg) sem desarticulao (antcios no se desprendem quando
maduros), glabra ou com tufo de longos plos restritos aos
bordos da poro superior; cariopse estreito-oblonga, com
escutelo largo e evidente[Fig.30A, 31A, 32A].
AXIAL relativo ao eixo; diz-se do embrio quando ele se encontra no
centro (no eixo)da semente [Fig.33], ou do fruto (cpsula septfraga)
FIGURA 32 Avena(antcio frtil vista lateral): A-A. stri- gosa, B-A. byzantina, C-A. fatua, D-A.
sativa, E-A. barbata.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
quando as sementes esto presas no eixo central (columela) como
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46
quando as sementes esto presas no eixo central (columela), como
nas Convolvulaceae, nos gneros Convolvulus,Ipomoeae Merremia.
Ver placentao axial.
AXILA ngulo formado entre a insero de um rgo com o eixo no qual est
inserido, geralmente se refere a folha e ao caule ou a folha e o pictilo.
AXILAR que ca na axila, ngulo formado pelo encontro de dois rgos ou
partes da planta (axila da folha ngulo formado pelo pecolo no ponto onde
ele se prende ao caule); ou no caso da placentao quando, num gineceu
sincrpico, plurilocular, os vulos se inserem nos bordos de cada carpelo,
na poro central, onde ocorre a fuso dos carpelos [Fig. 33].
Axonopus sp. espiguetas com dois antcios, que se desarticulam
abaixo da gluma superior, de 2,0-3,0mm de comprimento e com
esparsos plos longos nas margens; gluma inferior ausente; gluma
superior (gls) e lema estril membranceas, iguais no comprimento
e localizadas por cima da lema frtil; antcio inferior reduzido apenas
a lema estril (plea estril ausente); antcio frtil (lema e plea)papirceo, liso e glabro; lema frtil (lf) de glabra a alguns plos no
pice e com as margens recurvadas sobre a plea (pf). A unidade-
semente o antcio frtil, com agluma superior e lema estril .
Raramente se encontra o antcio frtil, sem gluma superior e sem lema
estril, misturada as sementes beneciadas. Seguem as caractersticas
diferenciais das espcies deAxonopus:
Axonopus compressus (Sw.) P. Beauv. espiguetas de ovalado-
lanceoladas a elptico-lanceoladas, plano-convexas e acuminadas;
gluma superior (gls) e lema estril de agudas a sub-agudas, ao
FIGURA 33 Axial (A); Axilar (B).
FIGURA 34 Axonopus compressus(A-C-D) e A. ssifolius(B): A-B- espigueta;
C- antcio frtil; D- cariopse.
A
longo das nervuras externas esparso-pubescentes ou glabras
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longo das nervuras externas esparso-pubescentes ou glabras,
com 4-5-nervuras, se 5-nervada com a mediana s vezes apagada
(vestigial); antcio frtil de colorao palha; lema frtil (lf) de obtusa
a subaguda e menor do que a gluma superior e a lema estril
[Fig. 34A-C-D].
Axonopus ssifolius (Raddi) Kuhlm. (=Axonopus afnis Chase)
espiguetas de oblongas a ovaladas, obtusas ou subagudas; gluma
superior (gls) e lema estril linear-elpticas, sub-obtusas ou agudas,
de esverdeadas a violceas, com 2-4 nervuras, com a central
apagada, glabra ou com pubescncia adpressa ao longo das
nervuras; antcio frtil branco-amarelado; lema frtil (lf) do mesmotamanho da gluma superior ou um pouco menor [Fig.34B].
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GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
BACCEO fruto bacide, indeiscente, origindo de um ovrio nfero ou
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semi-nfero, com mesocarpo carnoso e endocarpo membranceo,
com espao central dividido ou no por septos, com uma semente
como no fruto do abacate (Persea americanaMill. -Fig.35), ou com
poucas sementes, que no se encontram envoltas por polpa. Bacceo(ba) ocorre em Melastomataceae, nos gneros Cinnamodendron
(Canella-ceae - Fig.36A), Cayaponia e Fevillea (Cucurbitaceae -
Fig. 36E), Mezilaurus(Lauraceae -Fig.36B),Adenaria(Lythraceae -
Fig. 36D), Eugenia, Gomidesiae Myrcia (Myrtaceae), Coccocypselum
(Rubiaceae -Fig.36C), Brunfelsiae Cestrum(Solanaceae).
BACDIO fruto bacide, indeiscente, originado de um ovrio nfero ousemi-nfero, com epicarpo geralmente no e mesocarpo carnoso ou
sucoso, uni- ou multisseminado, no h ntida distino entre os lculos
(lo). Sementes (s) envoltas por polpa sulcosa; como em Mutingia
calaburaL. (Tiliaceae) e nos gneros Miconia, Mouriri ePlatycentrum
(Melastomataceae), Myrciaria(Myrtaceae), Vitise Cissus (Vitaceae) e
Phytolacca(Phytolaccaceae) [Fig.37A-B-C-D].
BACIDE incluem os frutos indeiscentes, carnosos, com pericarpo de
pouco a muito espessado e endocarpo constitudo apenas pela
epiderme interna, no diferenciada, mas no lenhosa, esclereicada
ou coricea; geralmente com um grande nmero de sementes, mas
no so raros osoligospemos e at mesmo os unisseminados. Ocorre
em Potaliasp. (Loganiaceae -Fig.38A) e Schlegelia(Bignoniaceae -
Fig. 38B-C]. O fruto bacide se classica em: anssarcdio, bacceo,bacdio, balastio, campomanesodeo, hesperdio, melandio,
solandioe teofrastdio. Ver a descrio de cada um deles.
FIGURA 35 Bacceo (seo longitudinal)do abacate.
FIGURA 36 Bacceos: A- Cinnamodendronsp.; B-Mezilaurussp.; C- Coccocypselumsp.;D-Adenariasp.; E- Fevilleasp. Fonte:A-C-D-E: Barroso et al. (1999).
FIGURA 37 Bacdios: A- Phytolaccasp.; B- Platy- centrumsp.; Mouririsp.: C- fruto inteiro
e D- seo transversal, mostrando ainvaginao da placenta no lculo.
Fonte B-C-D: Barroso et al. (1999).
B
BACTRIA vegetal unicelular, sem ncleo diferenciado e sem clorola,
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com membrana pectnica, raramente celulsica e em geral com menos
de dois micras.
BAGA termo genrico, muito usado como sinnimo de solandio.
BAINHA parte basal ou achatada da folha, que a prende ao caule [Fig.39-
bai, 172D-bai].
BAINHA COTILEDONAR poro basal do tecido cotiledonar que aparece
nas plntulas de Monocotiledneas, como uma pequena protuberncia,
em geral membrancea, que se rompe no pice e libera a primeirafolha (elo) ou a plmula (pl); o mesmo que coleptilo (cop) [Fig.78
B, 187]. Difere da IguIa por no ter vasos condutores.
BALAUSTA ou BALASTIO fruto bacide carnoso, indeiscente,
multisseminado, originado de um ovrio nfero, com carpelos
dispostos em dois estratos; com pericarpo carnoso-coriceo, amarelo-
avermelhado; internamente dividido em cavidades, com endocarpono, onde se alojam as numerosas sementes, com sarcotesta
translcida, mesotesta esclertica e tegumento formado por clulas
polposas; com funculo (f) longo e endosperma ausente; como o fruto
da rom (Punica granatumL. Punicaceae) [Fig.40].
BARBADA diz-se da superfcie de um rgo (folha, fruto ou semente)
que se apresenta revestida por longos plos macios, que crescemem tufos e em diferentes partes da superfcie, mais freqentes no
pice [Fig.204B].
FIGURA 38 Bacides: A- Potaliasp.; Schlegeliasp.: B- fruto inteiro; C- corte longitu-dinal mostrando as sementes. Fonte:Barroso et al. (1999).
FIGURA 39 Bainha
FIGURA 40 Balausta de rom.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
BAROCORIA quando a disperso de disporos feita pela ao da
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gravidade; como no abacate e manga. Ver anemocoria, antropocoria,
autocoria, hidrocoria, ornitocoriae zoocoria.
BASAL relativo base; parte de uma estrutura perto do ponto de unio oude origem, podem ocorrer excees; refere-se tambm extremidade
da radcula da semente.
BASE parte de um rgo que est mais prximo ao ponto de insero.
BASINMIO em taxonomia: o primeiro nome dado (reconhecidamente
conferido) a um txon. (em ingls: basionym).
BERTOLONDIO fruto capsuldio e que ocorre no gnero Bertolonia
(Melastomataceae), que segundo BARROSO et al. (1999) apresenta
trs deiscncias loculicidas somente na poro superior, o que s
pode ser visto de cima, de onde tem um aspecto radial.
BETULDIO designao dada aos frutos nucides, originados de umovrio nfero e provido de alas derivadas de expanses do hipanto.
O pericarpo pode ser lenhoso ou coriceo, com duas ou mais alas;
como nos gneros Combretum, Terminalia e Thiloa(Combretaceae) e
Pteropegon(Cucurbitaceae)[Fig.41A-B-C].
BIANUAL diz-se da planta que completa seu ciclo vegetativo em dois anos,
no primeiro ano desenvolve a parte vegetativa e no segundo, orescee frutica; o mesmo que bienal.
BICARENADO estrutura com duas quilhas (carenas).
FIGURA 41 Betuldios: A- Pteropegonsp.; B-C- Thiloasp. Fonte B-C-:
Barroso et al. (1999).
B
BICO prolongamento longo e pontudo de um rgo (fruto ou semente).
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Encontra-se nos frutos dos gnerosAdonis, Anemone, Ranunculus (Ra-
nunculaceae), Erodiume Geranium(Geraniaceae) e Geum(Rosaceae).
BICRENADA(O) diz-se quando a margem de umafolha apresenta dentesarredondados que por sua vez tambm esto crenados [Fig.110A].
BIENAL o mesmo que bianual.
BFIDO(A) rgo fendido em duas partes, em geral na poro superior e
que no ultrapassa a metade do comprimento do referido rgo; como
as folhas de BauhiniaforcataLink e folhas cotiledonares de Ipomoeacarnea Jacq.,Ipomoea hederacea(L.) Jacq. e Ipomoea invisa (Vell.)
Hallier (Convolvulaceae).
BILABIADO(A) que tem dois lbios (lb); diz-se da corola gamoptala e
zigomorpha, onde as ptalas se distribuem nitidamente em dois lbios
superpostos, como a corola da boca-de-leo(Antirrhinum majusL.
Scrophulariaceae -Fig.42).
BILOCULAR diz-se do ovrio ou do fruto com dois lculos. Fruto
(solandio) de CapsicumchinenseL. (Solanaceae).
BILOMENTO sliqua lomentcea, indeiscente, que se divide transversal-
mente em dois artculos superpostos, o superior globoso e frtil, como
nos frutos do gnero Rapistrum (Brassicaceae) [Fig.322].
BINMIO em taxonomia: nome cientco dado a uma espcie botnica,
formado por dois vocbulos latinos (gnero e espcie).
FIGURA 42 Bilabiado: lb- lbio.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
BIPARTIDO(A) qualquer rgo com inciso apical que se extende por quase
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todo o comprimento, dividindo-o em duas partes, mas que permanece
unido pela base como as folhas cotiledonares de Ipomoea asarifolia
(Desr.) Roem. & Schult., Ipomoea cairica (L.) Sweet., Ipomoea nil (L.)
Roth, Ipomoearamosissima(Poir.) Choisy e Ipomoea trilobaL. [Fig.176].
BIPINADA quando a folha composta est duplamente pinada ou dividida,
ou as divises primrias tambm esto divididas [Fig.43]. Folha de
Delonixregia(Bojer ex Hook.) Raf. (Fabaceae-Caesalpinioideae).
BIPINATFIDA que tem folha composta bipinada.
BISPRMICO diz-se do fruto que contm duas sementes.
BISERREADA(O) ouDUPLOSERREADA(O) diz-se quando os dentes de
uma margem serreada tambm esto serreados [Fig.110B].
BISSEXUAL diz-se da or que tem rgos masculinos (estames) e
femininos (pistio).
BLASTOCRPICO diz-se da semente que germina no interior do fruto;
como as das plantas do mangue, que ao cair j trazem o embrio em
desenvolvimento.
BLASTOCARPO diz-se do fruto cuja semente germina antes de sair do
pericarpo.
Boerhavia diffusa L. antocarpo obcnico, reto ou longitudinalmente
curvado, com (2,5-)3,7-4,1mm de comprimento (var. diffusa) ou
FIGURA 43 Bipinada:fol- fololo; ra- raque.
B
cerca de 2,1mm de comprimento (var. leiocarpa) por 1,0-1,1mm de
l i d d d d b
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largura, com pice arredondado e atenuando-se para uma base
estreita, superfcie castanho-amarelada ou acinzentada, fosca,
na var. diffusa: com plos glandulosos e brancos entre as cinco
nervuras longitudinais conspcuas, mais claras e espessas; na var.leiocarpa: glabra, tuberculada e com cinco sulcos longitudinais;
ncula globosa com pericarpo reduzido a fina pelcula e que
internamente se justapem ao tegumento membranceo e
externamente ao espesso antocarpo [Fig.15A-B-C]. A unidade-
semente o antocarpo.
BOLBILHOo mesmo que bulbilho.
BOLOTA tipo de ncula envolta na base pela cpula, formada pelo
receptculo ou pelo clice persistente; fruto do carvalho (Quercus
roburL. Fagaceae Fig.44).
BORDO o mesmo que margem.
Bowlesia incanaRuiz & Pav. cremocarpo formado por dois carpdios
piriformes, de contorno ovalado e em seo transversal estreito-
elptico, com 1,6-2,0mm de comprimento, com base arredondada
e atenuando gradativamente para um pice agudo-obtuso; lado
ventral (da comissura) cncavo e muito estreito, porque o lado
ventral fortemente convexo, com cinco costelas longitudinais
inconspcuas e com as laterais viradas para o lado ventral, decolorao castanho-amarelado-clara, fosco e com esparsos plos
estelados [Fig.109F-G-H]. A unidade-semente o cremocarpo
ouo carpdio.
FIGURA 44 Bolota.
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
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Brachiariasp. espigueta com dois antcios, de ovada a oblonga, mais
ou menos plano-convexa ou biconvexa; 2-glumas de textura papircea
e desiguais na forma e no tamanho; primeira gluma ou gluma inferior
(gli) voltada para o rquis e geralmente menor ou, raramente, to
longa quanto a espigueta; segunda gluma ou gluma superior (gls)
mais ou menos do mesmo comprimento da lema estril, com 5-7(-9)
nervuras relativamente prximas; segmento da rquila entre a gluma
inferior e a superior; antcio basal estril ou estaminado (masculino)
membranceo, formado pela lema estril (le) com 5-9(-11) nevuras
e as laterais um pouco mais afastadas da nervura mediana e pela
plea estril hialina, binervada, to longa quanto a lema estril, ou
s vezes, reduzida ou rudimentar; antcio superior (apical) frtil ou
bisexual crustceo, plano-convexo, formado pela lema frtil (lf) com
5-nervuras inconspcuas, geralmente papilosa-rugosa ou estriada,
pice incospicuamente apiculada ou mucronado (ponta aguda e curta),
com linha de ruptura conspcua e arola (are) deprimida, mais ou
FIGURA 45 Brachiaria(espiqueta): A-B- B. brizantha; C-D-E-F-G-H- B. decumbens; I-J-K- B.humidicola; L-M-N- B. dictyoneura; O-P- B. ruziziensis: A-C-F-I-L-O- lado dorsal,B-D-G-J-M-P- lado ventral; E-H- gluma inferior; K-N- lema estril ou estaminada.
B
menos lustrosa, hipocrepiforme-arredondada perto da base, como um
desenho conspicuamente estriado; plea frtil (pf) to longa quanto a
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desenho conspicuamente estriado; plea frtil (pf) to longa quanto a
lema frtil, com duas conspcuas carenas espessadas, margens lisas,
lustrosas, de textura mais na e conspicuamente convexo-encurvados
sobre a cariopse; esta achatada, de contorno ovalado ou arredondado,com hilo sub-basal-ventral e punctiforme; rea do embrio dorsal e cerca
da a comprimento da cariopse [Fig.45, 46]. A unidade-semente
a espigueta, raras vezes o antcio frtil. Seguem as caractersticas
diferenciais das espcies de Brachiaria:
FIGURA 46 Brachiaria (antcio frtil): A-B- B. brizantha; C-D-E-F- B. decumbens;G-H- B. humidicola; I-J- B. dictyoneura; K-L- B. ruziziensis; A-C-E-I-
K-lado dorsal, B-D-F-H-J-L- lado ventral.
Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf espigueta
oblonga ou elptico-oblonga, com cerca de 6,0mm de comprimentopor 2,0-2,5mm de largura, pice levemente obtuso ou subagudo,
superfcie glabra ou esparso-pilosa no pice, de colorao palha
e frequentemente com pigmentaes prpuras ou tingida de
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
prpura, base atenuada e com conspcuo e grosso pednculo;
gluma inferior (gli) largo-ovada abraa a base da espigueta com
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gluma inferior (gli) largo-ovada, abraa a base da espigueta, com
mais de do comprimento da espigueta, com 7-11 nervuras,
glabra, s vezes, com extremidades das nervuras anastomosadas
(unidas); gluma superior (gls) ovada, ligeiramente mais curta doque a lema estril, pice esparso-piloso ou glabro, com 7-nervuras
e com agumas nervuras transversais perto do pice; lema estril
(le) semelhante gluma superior, achatada no dorso, com pice
curto-encurvado, glabrescente ou pilosa, com 5-nervuras e com
agumas nervuras transversais perto do pice; antcio frtil oblongo
ou elptico-oblongo e de colorao palha; lema frtil (lf) elptico-
ovada, namente estriada e com curto pice obtuso e encurvado;plea frtil (pf) menos convexa no dorso, ligeiramente menor do que
a lema [Fig.45A-B, 46A-B].
Brachiaria decumbens Stapf espigueta obovada-elptica, acuminada,
com 4-5mm de comprimento por cerca de 2mm de largura, esparso-
pilosa no pice; gluma inferior (gli) largo-ovada, pice agudo, abraa
a base da espigueta, com mais de do comprimento da espigueta,com 9-11 nervuras, glabras, s vezes, com extremidades das
nervuras anastomosadas (unidas)e algumas nervuras transversais
na poro superior; gluma superior (gls) ovada, ligeiramente mais
curta do que a lema estril, glabrescente ou esparso-hirsuta no
pice, com 7-nervuras e com agumas nervuras transversais perto
do pice; lema estril (le) semelhante gluma superior, to longa
quanto a espigueta, poucos plos ou glabrescente, com 5-nervurase com agumas nervuras transversais anastomosadas (unidas);
plea estril to longa quanto a lema; antcio frtil ovado, com
cerca de 4mm de comprimento por 2mm de largura e de colorao
B
amarelo-clara; lema frtil (lf) ovada, acuminada e namente
estriada longitudinalmente; plea frtil (pf) plana; cariopse ovada
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estriada longitudinalmente; plea frtil (pf) plana; cariopse ovada
ou obovada, com cerca de 3,0mm de comprimento por 1,7mm de
largura e de colorao palha [Fig.45C-D-E-F-G-H, 46C-D-E-F].
Brachiaria dictyoneura (Fig. & De Not.) Stapf espigueta obovada
ou largo-oblonga, pice obtuso, com 6-7mm de comprimento por
cerca de 2,5mm de largura; gluma inferior (gli) largo-oblonga, to
longa quanto a espigueta, com as margens se encontrando na
base da espigueta, membrancea, glabra, opaca, geralmente de
colorao prpura-escura ou verde, com 9-11 nervuras, plicada
e nervuras namente reticuladas no pice; gluma superior (gls)oblonga, menos larga do que a gluma inferior, membrancea,
de colorao verde-clara, 7-9 nervuras, com densas nervuras
transversais anastomosadas (unidas), pilosa, com longos plos
brancos, adpressos e mais longos na poro superior; lema
estril (le) largo-ovada, semelhante a gluma superior em textura,
colorao e pilosidade, com 5-nervuras e com densas e longas
nervuras transversais anastomosadas (unidas), quase glabra nocentro; plea estril largo-elptica, to longa quanto a lema estril;
antcio frtil de colorao palha ou amerelo-escura, com 4-5mm
de comprimento, muito menos longa do que as glumas e a lema
estril; lema frtil (lf) obovada, mucronada, namente transverso-
rugosa; plea frtil (pf) levemente convexa no dorso, ligeiramente
mais curta, margens terminam em na membrana; cariopse ovada
e de colorao palha [Fig.45L-M-N, 46I-J].
Brachiaria humidicola (Rendle) Schweick. espigueta ovado-
elptica, com cerca de 5mm de comprimento por 2mm de
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
largura, amarelada-clara, quase branca ou parcialmente prpura,
com aparncia arredondada e mais aberta, do que as outras
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p , q
espcies do gnero, devido ao tamanho da gluma inferior e da
lema frtil; gluma inferior (gli) largo-ovada, to longa quanto a
espigueta, margens se encontram na base da espigueta, glabra,levemente plicada, de colorao amarelada ou prpura-escura
ou com aparncia prpura, 9-11 nervuras, com 1-2 nervuras
transversais no pice; gluma superior (gls) ovide, menos larga
do que a gluma inferior, membrancea, de colorao verde-clara,
com esparsos plos longos, duros e grossos, 7-9 nervuras e com
nervuras transversais anastomosadas (unidas); lema estril (le)
ovide, semelhante a gluma superior em textura e colorao, com5-nervuras, com longas nervuras transversais anastomosadas
(unidas)e quase glabra no centro; plea estril largo-ovada, to
longa quanto a lema estril e com carenas endurescidas; antcio
frtil de colorao palha ou branca (na maturao) com cerca
de 3,5mm de comprimento por 2,0mm de largura; lema frtil (lf)
obovada, apiculada, namente transverso-rugosa e com 5-nervuras
conspcuas; plea frtil (pf) levemente convexa no dorso, ligeira-mente mais curta, margens terminam em na; cariopse obovada e
de colorao palha [Fig. 45I-J-K, 46G-H].
Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc. espigueta ovada-elptica
ou ovalada, de plano-convexa a achatada, com 4-5mm de com-
pri-mento por 2,0-2,5mm de largura e 0,9-1,0(-1,1)mm de espes-
sura, glabra, estramnea, biseriada e inseridas alternadamentenum rquis ligeiramente alado; guma inferior (gli) largo-ovalada,
pice subagudo, glabra, no-membrancea, cerca de do com-
primento da espigueta, abraa a base da espigueta, 10-11-ner-
FIGURA 47 Brachiaria plantaginea-espigueta:A- lado dorsal; B- lado ventral; C-plea estril; antcio frtil: D- ladodorsal; E-lado ventral.
B
vada, com conspcuas nervuras anastomosadas (unidas) no
pice; gluma superior (gls) de ovalada a ovalada-elptica, acu-
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p g p (g ) p
minada, glabra, do mesmo comprimento do antcio frtil, com
9-nervuras e com nervuras transversais anastomosadas (unidas)
ausentes ou inconspcuas perto do pice; antcio estril comlema estril (le) 5-nervada e muito semelhante a gluma superior
em forma, tamanho e textura; plea estril largo-elptica e to
longa quanto a lema estril; antcio frtil ovalado, com dorso
plano, glabro, amarelado, com (3,0-)3,2-3,6(-4,0)mm de com-
primento por 2,0-2,2mm de largura e 0,7-0,8mm de espessura;
lema frtil (lf) obovada ou elptica, crustcea, com na rugosida-
de transversal (45X)e nervuras fracamente visveis; plea frtil(pf) com dorso convexo, ligeiramente menor do que a lema frtil;
cariopse ovalada-arredondada, achatada e amarelada; embrio
cerca da do comprimento da cariopse; mancha hilar punctifor-
me e sub-basal [Fig.47].
Brachiaria ruziziensisR. Germ. & C.M. Evrardespigueta ovada,
apiculada, com cerca de 5mm de comprimento por 2mm de largura,com longos plos brancos no pice e nas margens; gluma inferior
(gli) largo-ovada, pice subagudo, abraa a base da espigueta,
cerca da do comprimento da espigueta, glabra, 11-nervuras,
com extremidades das nervuras e algumas nervuras transversais
anastomosadas (unidas)perto do pice; gluma superior (gls) ovada,
pice apiculado, com plos longos e brancos na poro superior
e nas margens, com 7-nervuras; lema estril (le) semelhante agluma superior em forma, tamanho e textura, 5-nervada, plana ou
levemente deprimida no dorso; plea estril largo-elptica e to
longa quanto a lema estril; antcio frtil ovado-elptica; lema frtil
GLOSSARIO ILUSTRADO DE MORFOLOGIA
(lf) obovada, pice com curto mucro, namente estr iada, quase lisa
e com 5-nervuras conspcuas; plea frtil (pf) levemente convexa
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no dorso, ligeiramente mais curta [Fig.45O-P, Fig.46K-L].
BRCTEA folha reduzida, geralmente modicada ou semelhante aescama, que no eixo das Poaceae (=Gramineae)se estende por baixo
de uma or ou de uma espigueta; como em Poaceae (=Gramineae) nos
gneros Oryza [Fig.157] e Phalaris [Fig.269]. diferente das folhas
normais pela forma, tamanho, textura, colorao, etc.
Brcteas involucrais ou Invlucro-de-brcteas cada uma das
brcteas internas da or feminina, que na maturao se tornamrijas e formam um invlucro que envolve o aqunio, como em
Acanthospermum(Asteraceae =Compositae) [Fig.206].
BRACTOLA brctea de segunda ordem (secundria) ou glumela,
geralmente bem menor do que a brctea.
Bractola frtil ou lema frtil ouplea frtil.
BRADIACARPO que frutica depois do inverno, um ano aps a orao.
BRASSICACEAE nome vlido para a famlia Cruciferae.
Brizasp. espiguetasmultioras (unidade-semente mltipla)que se desarti-
culam acima das glumas (inferior-glie superior
-gls)herbceas; antcio
frtil com lema (lf) largo-cordiforme, com dorso giboso (ncleo seminfero
em forma de carncula), sem carena e com ala lateral ou lema lanceolada,
mucronada ou aristada, plurinervada, glabra ou pilosa; plea frtil (pf)
FIGURA 48 Briza: A-B- B. minor; C-D-E-F- B.
subaristata; G- B. poaeompha; A-
espigueta; antcio frtil: B-D- vista
lateral da lema; C-E- vista dorsal da
lema; G- vista ventral; F- plea frtil.
B
bicarenada, de orbicular ou elptica a lanceolada, muito menor do que
a lema, glabra ou pilosa; cariopse com hilo punctiforme, elptico ou
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linear [Fig.48]. A unidade-semente a espiguetaou o antcio frtil.
Seguem as caractersticas diferenciais das espcies de Briza:
Briza maxima L. antcio frtil escavado-ovalado, de 8-10mm de
comprimento por 5mm de largura e 0,3-0,5mm de espessura; lema
frtil (lf) cncava, sem giba, base cordiforme, pice subagudo, de
colorao amarelo-avermelhada, esparso-pilosa no dorso, margem
alada, membrancea, de colorao palha e com 7-nervuras castanho-
avermelhadas; segmento da rquila pequena, divergente -encurvada;
plea frtil (pf) plana, suborbicular, adpressa a lema f