GRANDES, MÉDIAS E PEQUENAS EMPRESAS EM APLS: O TAMANHO DA FIRMA IMPORTA?
HETEROGENEIDADE DE TAMANHO DAS FIRMAS NOS APLS
• Modelo de APL com estrutura predominante de grandes empresas:
- Presença de uma empresa “mãe” que hierarquiza as relações locais (assimetria);- Estrutura produtiva local organizada através da empresa predominante;- Grau de utilização ou não das estruturas econômicas, tecnológicas, sociais locais pela grande empresa predominante.
• Modelo de APL com estrutura predominante de médias e pequenas empresas:
- Pulverização de empresas de diversos portes (simetria);- Dificuldade de organização das estruturas econômicas locais do aglomerado;- Dificuldade das estruturações em redes devido as relações entre concorrentes;- Utilização das estruturas econômicas, tecnológicas/educacionais, sociais da localidade.
CLASSIFICAÇÃO EM DOIS TIPOS DE REDES “REDUCIONISMO “
Nota:perfil empresarial predominante
Rede Vertical – Top DownSetores mais comuns: Petróleo e gás, automotivo e aéreo espacial
Rede Horizontal – FlexívelSetores mais comuns: Confecção,
calçado, móveis e etc
CADEIA PRODUTIVA: relações entre grandes, médias e pequenas empresas a jusante e montante – heterogeneidade no território e ao longo da cadeia
ProduçãoInsumos
MProdução Matéria Prima(Fornecedor)
M MIndústria (Processador) Distribuição
ClienteFinal
Governos
Organizaçõesempresariais
Organizaçõestecnológicas
APL
Empresas
MPE
Organizaçõesfinanceiras
OutrasOrganizações
MPEMPE
MPEMPE
Reciclagem, Reutilização, Reaproveitamento (aumentar o ciclo de vida)
MPE
MPE
POLÍTICA INDUSTRIAL
• Onde se pretende chegar?Em uma estrutura produtiva competitiva e integrada com o
desenvolvimento econômico, tecnológico, educacional, ambiental, cultural e social de um território.
• Qual o Modelo?Desenvolvimento através da organização produtiva em clusters(APLs) de
grande dinamismo econômico e/ou de interesse social/regional.
• Qual Modelo Ideal com Foco nos APLs? Sistema Produtivo Local
SISTEMAS PRODUTIVOS LOCAIS - INOVAÇÃO
“Arranjos produtivos cuja interdependência, articulação e vínculos consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem, possibilitando inovações de produtos, processos e formatos organizacionais, gerando maior competitividade empresarial e capital social, em determinados territórios geográficos e ao longo
da cadeia produtiva”.
DIFICULDADES
• Empresas de diversos portes não se relacionam devidamente;
• Adensamento da cadeia produtiva;
• Hierarquização das relações;
• Integração com as estruturas educacionais e tecnológicas;
• Integração com as estruturas sociais e ambientais;
• Infraestrutura;
• Transbordamento do “vetor econômico principal” para os demais setores econômicos no território;
• Sinergia entre o planejamento federal, estadual e municipal em todas as esferas de poder (integração entre autarquias - horizontal e vertical)
• Gestor público empreendedor e capacitado.
ESTRATÉGIA
• Articular com grandes empresas locais a estratégia de dinamização dos APLs ,“Top-Down”, com vista a inserção competitiva das MPEs;
• Desenvolver projetos corporativos com grandes empresas nacionais e multinacionais com vista a inserção competitiva das MPEs nas cadeias produtivas nacionais com priorização do entorno da grande unidade produtiva(território);
• “Poder de compras” como indutor da dinamização dos APLs – 2 ª geração;
• Promover a criação de redes de fornecedores (verticais ou horizontais) nos APLs para fornecer as grandes empresas e aos grandes investimentos (PAC);
• Vincular incentivos governamentais as compras locais;
• Valorização do produto nacional – “Made in Brazil” (marketing territorial);
• Incentivos a feiras, encontros empresariais e rodadas de negócios com vista a aproximar as ofertas e demandas (inteligência competitiva - marketing);
• Incentivos a inovação com foco nas demandas de grandes empresas e dos grandes investimentos nacionais.
MODELO DE SUCESSO
Convênio Petrobras/Sebrae de inserção competitiva das micros e pequenas empresas na cadeia produtiva de óleo e gás:
- Metodologia sistematizada baseada nas melhores práticas (parceria Prominp);
- 15 estados participantes;
- 16 “Redes Petro” (se tornaram players no setor das grandes corporações) 2000 associados;
- Desenvolvimento da RedePetro Brasil;
- 6500 empresas capacitadas;
- Mais de 100 casos de sucesso;
- Aproximadamente 1,4 bilhões em negócios paras as MPEs em 3 anos;
- Investimento de 48 milhões em 7 anos (50% Petrobras, 50% Sebrae);
- Caso de sucesso - APL da Bacia de Campos.
Pólo de Inovação Tecnológica do Setor de Petróleo, Gás e Energia do Rio de Janeiro
Fortalecimento do APL de Petróleo, Gás e Energia de Duque de Caxias
APL Petróleo, Gás e Energia da Bacia de Campos
APL Naval Offshore do Leste Fluminense
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
1997
2003
2004
2005 2007 2009
2010
2011
Programa de Capacitação de Fornecedores
Fundação de Rede Petro-BC 1º Convênio Petrobras Sebrae 2º Convênio Petrobras Sebrae
Fonte: Sebrae
Assinatura Convênio
Bacia de Campos
CASO “BACIA DE CAMPOS/RJ” – LINHA DO TEMPO
VOLUME DE NEGÓCIOS EM MACAÉ 2008 2010 %
MACAÉ / SERVIÇOS (em bilhões de Reais) 2,22 3,36 51,71%
MACAÉ / BENS (em bilhões de Reais) 0,55 1,37 149,80%
TOTAL (em bilhões de Reais) 2,77 4,73 71,14%
TOTAL (em bilhões de US$) 1,50 2,68 *
REPRESENTATIVIDADE 12,74% 19,64%
Fonte: Banco Central Brasileiro - média do dólar comercial 2008 e 2010
RESULTADOS - BC
Fonte: Petrobras
Realização Encontros de Desenvolvimento de Fornecedores com
Itens Críticos da Petrobras.
2007 2008 2009 2010 TOTALTotal de Itens Trabalhados 42 101 38 32 213Empresas Participantes 91 37 187 120 435Potenciais Fornecedores 66 27 129 42 264Empresas Cadastradas 40 12 17 10 79
33 empresas foram vencedoras de 42 licitações
70.08%
29.92%
EMPRESAS
Potencial FornecedorEmpresas Cadastradas
RESULTADOS - BC
Fonte: Petrobras
Escritório de apoio ao cadastramento
Atendimento para orientação nos cadastros Petrobras e ONIP
Resultado: 66% das empresas do projeto possuem ao menos um dos cadastros
Fonte: Sebrae
RESULTADOS - BC
CADASTROCORPORATIVO
(CRCC)
REGISTRO LOCAL
ATRIBUTOS TÉCNICOS
ATRIBUTOS LEGAIS
ATRIBUTOS ECONÔMICOS
ATRIBUTOS SMS
ATRIBUTOS GERENCIAIS /
RESPONSABILIDADESOCIAL
ATRIBUTO LEGAL
ATRIBUTOS TÉCNICOS
Com a implementação de todas essas ações, o projeto, ao longo de 2010/2011 contou com:
Empresas atendidas
Atendimentos realizados
886
2.884
Fonte: Sebrae
RESULTADOS - BC
2008 20100
1
2
3
4
5
6
7
3.65
6.19
VENDAS BRUTAS MÉDIA
Milh
ões
de R
eais
2008 201020
25
30
35
40
31
35
POSTOS DE TRABALHO MÉDIO N
úm
ero
de
Tra
bal
had
ore
s
CRESCIMENTO DE
12,9%
CRESCIMENTO DE
69,6%
INDICADORES DO PROJETO 2008 2010 %
VENDAS BRUTA (em milhões de Reais) 215,35 328,07
VENDAS BRUTA (em milhões de US$) 117,43 186,02 *
Fonte: Pesquisa Sebrae em 53 empresas do projeto na Bacia de Campos
* Banco Central Brasileiro - média do dólar comercial 2008 e 2010
RESULTADOS - BC
Fonte: Petrobras
“Sugestão de Melhoria”: utilização da análise de “conjuntos” para aprimorar o modelo proposto (teoria dos conjuntos).
Fonte: Regazzi
AVALIAÇÃO
• Os resultados são de grande impacto para o APL;
• O modelo da “Bacia de Campos” pode ser replicado (usado como referência);
• A participação dos gestores da Petrobras (envolvimento) é “fator crítico de sucesso” desta abordagem;
• Exemplo bem sucedido de integração entre oferta e demanda com viés de “política industrial”;
• O modelo pode ser melhorado com técnicas de transbordamento para outros setores no território que não estão vinculados diretamente com o setor vetor econômico principal;
TEORIA DOS CONJUNTOS - INTERSEÇÃO
SISTEMA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E CULTURAL
(CONVERGÊNCIA)
Setor tradicional
Setor Economia Criativa
Setor TI
APL DE TI
APL DE PETRÓLEO E GÁS
APL CONFECÇÃOEconomia Criativa
APLTURISMO
APLMETAL MECÂNICO
APLMÓVEIS
(moveis de escritório, embarcados)
COVENÇÕES
SOFTWARE DE PCP, PETRONET E-COMERCE,WEB, 3D
UNIFORMES,
TURISMO DE NEGÓCIOS
AUTOMAÇÃOROBÓTICALABORATÓRIOS DE TESTE
MUSEU DO PETRÓLEO
MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
INOVAÇÃO ATRAVÉS DA CONVERGÊNCIA(TRANSBORDAMENTO)
FONTE: REGAZZI
EPI
MERCADO
SOCIAL/SEGURANÇA
APL(VETOR ECONÔMICO)
MEIO AMBIENTE
INFRAESTRUTURAPOLÍTICO
TRANSBORDAMENTO NO TERRITÓRIOINTEGRAÇÃO DO VERTOR ECONÔMICO COM O
SOCIAL, POLÍTICO E AMBIENTAL - Sustentabilidade
Fonte: Regazzi 2011
MERCADO
PROPOSTA DE NOVAS POLÍTICAS DE DINAMIZAÇÃO DOS APLS 2ª geração de políticas
- Articular o “uso do poder de compras” das grandes empresas e dos grandes investimentos como indutor de novo dinamismos dos APLs brasileiros;
- Utilização do “convênio Petrobras/Sebrae” como exemplo de uma boa política de inserção competitiva das MPEs em cadeia produtivas e estruturação de APL Top-Down;
- Inserir o modelo da “teoria dos conjuntos” como técnica de transbordamento do vetor econômico principal do APL trabalhado com foco no desenvolvimento do território;
- Capacitação de gestores públicos com foco em novos modelos de políticas industrial/desenvolvimento;
- Utilizar o “poder de compras” das MPEs do APL como estratégia de dinamização de novos empreendimentos em área de baixa renda e comunidade em “risco”;
- Estratégia de comunicação e marketing do APL/território – reputação.
1 Camada
2 Camada MPEs
Arranjos Econômicos/Sociais(EI,Cooperativas, prestadoresde serviços) - comunidades
Pod
er d
e C
ompr
asna
cad
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pro
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a
Fonte: Regazzi
REFLEXÃO
• Encadeamento produtivos econômicos/sociais.
• Uso do poder de compras como indutor do desenvolvimento econômico e social.
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