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Ruína da capela do Hotel Figueiroa em Peso, Melgaço

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Guia “ Alto Minho Romântico”

O Alto Minho foi baluarte da nacionalidade, com as fronteiras naturais e as outras

construídas por bravos homens e mulheres.

Estes ecos perduram ainda hoje e mantêm-se intactas nas receitas da gastronomia

que nos servem à mesa, nas histórias e lendas que provêm do umbigo da terra, essa anterior

mesmo à noção de nacionalidade. Das serranias da Peneda, Arga ou Amarela sopram

ainda ventos que contam resquícios do galaico-português que partilhamos com a naçom galega.

Uma imagem que serve de mote ao "Guia Alto Minho Romântico": o "Pai Minho" em Monção visto

ao nascer do sol. ( Foto de Jone-m)

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Porventura encontrar uma combinação tão simbiótica entre ancestralidade e modernidade

rústica será difícil no território a que hoje chamamos Portugal. Desde o Minho Pitoresco de

José Augusto Viana dos finais do século XIX até hoje muito mudou, mas a essência do

Romantismo do Sturm und Drang alemão de Goethe e Schiller mantém-se intocável.

O país de Camilo, Herculano e Garrett tem, no Alto Minho, expressão no esplendor na

natureza e nos valores intrínsecos ao próprio território que nos compõe: desde as paisagens

selvagens passando pelas ruínas de outros tempos felizes, percorrendo estórias do

sobrenatural que se cruzam com os heróis e heroínas que construíram esta identidade, o

Alto Minho é um território romântico.

Vivê-lo neste espírito é o que este guia propõe a quem o queira sentir. Espaços recônditos

que se podem alcançar apenas se muito se desejar.

Nelson Azevedo

“Adega Velha”, algures no Alto Minho, por Jone-m

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Aos Olhos De Um Turista

"Quem gosta vem, Quem ama fica"... Pelas minhas revitalizantes viagens pela região,

qual me apaixonei, sintetizo em algumas palavras o que sinto ao passear pelo distrito:

Melgaço e Monção são terras de EnCantos recônditos e genuínos, outrora

defendidos por valentes mulheres que tomaram a coragem e a astúcia nas suas mãos

e defenderam o destino dos portugueses.

De igual forma Valença, baluarte da nacionalidade, ostenta um ímpar monumento

nacional. Mas se de valentia histórica nos podemos orgulhar, o que dizer da

inovação no Alto-Minho?

Cerveira é hoje expoente de expressão artística ímpar no país e, confluindo com a

capital Viana para um forte porto de quem procura atividades náuticas, combinada

com ancestralidade e modernidade rústica.

Continuo o meu passeio. Caminha, entre a serra e o pescador, entre a leira e a

praia, a que se juntam Coura musical, Arcos da Peneda dos santuários da alma

humana e da natureza intacta, Ponte da Barca do Lindoso, imponente, altaneira e …

iluminadora!

Termino noutra Ponte, a dos Jardins, do Cavalo e do Sarrabulho. De estômago

cheio e de alma lavada olho para trás. Vi, senti, cheirei, toquei, abracei. Pessoas,

olhares, manjares, lugares. No Alto Minho reencontro sentimentos que se

universais: o receber de braços abertos, não importa quem! Vivermos uma Europa

cada vez mais de costas voltadas à sua história. E aqui voltamos atrás.

Ao tempo da generosidade.”

Nelson Azevedo

“Aos olhos de um turista”,

Revista Vale Mais, Agosto 2014

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TEMAS O nosso guia propõe sete temas que enquadram a riqueza do território dos 10

concelhos que compõem o Alto Minho. Cenários para contemplar de carro, mota,

bicicleta ou a pé, histórias para ouvir enquanto se bebe um Loureiro, Vinhão ou

Alvarinho, fotografar fauna e flora únicas, mergulhar nas águas do Lima jamais

esquecer a experiência chamada Alto Minho Romântico.

Palácio da Brejoeira, Monção, por Jone-m

Formigos, receita tradicional

feita com leite, pão trigo,

canela e açúcar

Cardenhas em Entrada do Castelo

Santo António Val de Poldros, do Lindoso,

Monção Ponte da Barca

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Em breve mais

pedaladas…