“Intensificação sustentável em sistemas de produção”
Guia da excursão pedológica
26 e 27 de julho de 2019
Cuiabá
Julho de 2019
Organizadores
Virlei Álvaro de Oliveira – Pesquisador aposentado
Eduardo Guimarães Couto - UFMT
Milson Evaldo Serafin – IFMT/Cáceres
Juberto Babilônia de Souza – IFMT/Cáceres
Maria Aparecida Pereira Pierangeli – IFMT/Pontes e Lacerda
Milton Ferreira de Moraes – UFMT/Barra do Garças
João Benedito Pereira Leite Sobrinho – SEPLAM/MT
REALIZAÇÃO
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Instituto Federal de Mato Grosso – Campus Cáceres
Instituto Federal de Mato Grosso – Campus Pontes e Lacerda
Embrapa Solos – CNPS
PROMOÇÃO
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo - SBCS Núcleo Centro-Oeste
COLABORADORES E EXECUTORES
Virlei Álvaro de Oliveira
Eduardo Guimarães Couto
Milson Evaldo Serafin
Juberto Babilônia de Souza
Maria Aparecida Pereira Pierangeli
João Benedito Pereira Leite Sobrinho
Jean Pierre Moreira de Almeida
Jose Francisco Lumbreras
DESCRIÇÃO E COLETA DOS SOLOS
Perfis do XXXVII CBCS (2019) (perfis 1, 2 e 3)
Virlei Álvaro de Oliveira,
Milson Evaldo Serafin
Juberto Babilônia de Souza
Maria Aparecida Pereira Pierangeli
João Benedito Pereira Leite Sobrinho – SEPLAM/MT
Perfis da XIV RBMCS (2002) (perfis 4, 5 e 6)
Paulo Klinger Tito Jacomine
Eduardo Guimarães Couto
Fábio Alvares de Oliveira
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E MINERALÓGICAS
Embrapa Solos
MINERALÓGIA DA FRAÇÃO ARGILA – DRX
Sebastião Barreiros Caldeirano
Gilson Gregoris
ELABORAÇÃO DOS MAPAS
Luis Augusto Di Loreto Di Raimo
SUMÁRIO
1 – PERÍODO, ROTEIRO E LOCALIZAÇÃO DOS PERFIS DO PERCURSO............................................................................................................................................................................7
2 – PROPÓSITOS DA EXCURSÃO PEDOLÓGICA............................................................................8
3 – AMBIENTES E LOCALIZAÇÂO DOS SOLOS A SEREM VISITADOS..................................................................................................................................................................8
3.1 – Depressão Cuiabana ....................................................................................... 15
3.2 – Planalto dos Guimarães ................................................................................... 15
3.3 – Pantanal Mato-grossense ................................................................................ 16
3.3.1 - Planícies Fluviais ........................................................................................ 16
3.3.2 - Pantanais ................................................................................................... 17
4. DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DOS SOLOS DO ROTEIRO PEDOLÓGICO DO XXXVII CBCS................................................................................................................................................................18
4.1 – Perfil no 01 ........................................................................................................ 18
4.1.1 – Descrição ................................................................................................... 18
4.1.2 - Análises físico-químicas ............................................................................. 20
4.2 – Perfil no 02 ........................................................................................................ 21
4.2.1 – Descrição ................................................................................................... 21
4.2.2 - Análises Físico-Químicas ........................................................................... 24
4.3 – Perfil no 03 ........................................................................................................ 25
4.3.1 – Descrição ................................................................................................... 25
4.3.2 - Análises físico-químicas ............................................................................. 27
4.4 – Perfil no 04 ........................................................................................................ 28
4.4.1 – Descrição ................................................................................................... 28
4.4.2 – Análises Físico -Químicas ......................................................................... 30
4.4.3 - Análise mineralógica das frações areia e cascalho ................................... 30
(Amostra 0040 – Horizonte Btf2) ............................................................................... 30
4.4.4 - Análise mineralógica da fração argila - DRX .............................................. 31
(Amostra 0040 – Horizonte Btf2) ............................................................................... 31
4.5 – Perfil no 05 ........................................................................................................ 33
4.5.1 – Descrição ................................................................................................... 33
4.5.2 – Análises Físico -Químicas ......................................................................... 35
4.5.3 - Análise mineralógica da fração areia ......................................................... 35
Amostra 0051 – Horizonte Btgv2 .............................................................................. 35
4.5.4 - Análise mineralógica da fração argila - DRX .............................................. 36
Amostra 0051 – Horizonte Btgv2 .............................................................................. 36
4.6 – Perfil no 06 ........................................................................................................ 38
4.6.1 – Descrição ................................................................................................... 38
4.6.2 – Análises Físico-Químicas .......................................................................... 40
4.6.3 - Análise mineralógica da fração areia ......................................................... 40
Amostra 0061 – Horizonte Btg3 ................................................................................ 40
4.6.4 - Análise mineralógica da fração argila - DRX .............................................. 41
5 - REFERÊNCIAS................................................................................................................................43
6 – ANEXOS..........................................................................................................................................44
6.1 - Metodologia das análises físico-químicas da tfsa e mineralógica das frações areia e cascalho ........................................................................................................ 44
6.1.1 - Metodologia das análises físico-químicas da tfsa ...................................... 44
6.1.2 - Metodologia para as analises mineralógicas das frações areia e cascalho............................................................................................................................... 44
6.2 - Metodologia da determinação da mineralogia de argila – DRX ........................ 45
6.2.1 – Considerações sobre as análises de DRX ................................................ 45
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Mapa político-administrativo e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: IBGE (2018). 7
Figura 2. Mapa pedológico e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: SEPLAN (2008). ............... 10
Figura 3. Mapa geológico e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: SEPLAN (2008). ........................... 11
Figura 4. Mapa geomorfológico e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: SEPLAN (2008). ............... 12
Figura 5. Mapa de uso da terra e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: SEPLAN (2008). ............... 13
Figura 6. Mapa hipsométrico e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo - FONTE: TOPODATA (2008). ....... 14
FICHA CATALOGRÁFICA
C749i Congresso Brasileiro de Ciência do Solo(37. : 2019 : Cuiabá, MT) Intensificação sustentável em sistemas de produção: guia da excursão pedológica / Organizadores: Virlei Álvaro de Oliveira ... [et al.] - Cuiabá: SBCS, 2019. XXXVII CBCS: de 21 a 26 de julho de 2019 – Cuiabá/MT – Brasil (Centro de Eventos do Pantanal). ISBN: 1.Ciência do solo. 2. Pedologia. 3. Minerologia. 4. Ensino – Pesquisa e Extensão. I. Congresso. II. Título. CDU: 631.4(063)
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1 – PERÍODO, ROTEIRO E LOCALIZAÇÃO DOS PERFIS DO PERCURSO
A excursão técnica Pós – Congresso ocorrerá nos dias 26/07/2002 e 27/07/2019, e obedecerá ao roteiro destacado na figura 1.
Figura 1. Mapa político-administrativo e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: IBGE (2018).
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O percurso será realizado em ônibus com ar condicionado, partindo de Cuiabá no dia 26/07 às 7:00 horas, com destino à Porto Cercado (Pantanal Mato-grossense) retornando para Cuiabá às 19:00 horas do mesmo dia. Haverá uma parada para almoço ou lanche na cidade de Poconé.
No segundo dia (27/07/2019), o ônibus sairá às 7:00 horas de Cuiabá, com destino a Chapada dos Guimarães observando uma série de paradas até o fim da tarde, com retorno neste mesmo dia para Cuiabá. Haverá uma parada para almoço ou lanche na cidade de Cuiabá.
2 – PROPÓSITOS DA EXCURSÃO PEDOLÓGICA
A Comissão Organizadora, juntamente com a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e com a colaboração da Embrapa Solos informam que a Excursão Pedológica tem como principais propósitos a visita a alguns solos de três importantes compartimentos geomorfológicos do Estado de Mato Grosso, as Planícies e Pantanais Mato-grossenses, a Depressão Cuiabana e a Chapada dos Guimarães. Serão abordados também aspectos de uso agrícola, geologia e geomorfologia.
A visita a perfis de solos previamente caracterizados possibilita aos participantes conhecer “in loco” os principais solos dos ambientes visitados, discutir com alguns dos maiores cientistas da área aspectos importantes de sua gênese, de suas características físicas, químicas e mineralógicas, bem como, conhecer a forma de utilização a que estão sendo submetidos na região e ainda, discutir aspectos de seu enquadramento em sistemas taxonômicos para solos, além de possibilitar estabelecer as suas relações com outros componentes ambientais da região, como vegetação e geologia por exemplo.
3 – AMBIENTES E LOCALIZAÇÂO DOS SOLOS A SEREM VISITADOS
No primeiro dia da viagem (26/7/19) o roteiro será direcionado a alguns dos solos e ambientes característicos da porção norte do Pantanal Mato-grossense. Os participantes se deslocarão até a cidade de Poconé, considerada a porta de entrada norte do Pantanal e desta adentrarão ao ambiente do Pantanal, se deslocando em direção sudeste até a planície do rio Cuiabá, onde serão visitados os perfis 5 e 6 nas cercanias do Hotel SESC Pantanal, arredores da localidade de Porto Cercado. As Figuras 2, 3, 4 e 5 representam respectivamente os mapas pedológico, geológico, geomorfológico e de uso da terra na área da excursão.
Os perfis escolhidos são bem característicos deste ambiente de planície de rio. São formados pela alteração de sedimentos mais “ricos” provindos das partes altas da Bacia, geralmente argilosos ou argiloarenosos, devido ao processo de deposição mais atual e, em consequência de deposição por águas mais lentas. Os solos a serem visitados são das classes dos Planossolos e Gleissolos com alta fertilidade natural e argila de atividade alta, ocorrendo o primeiro em pequena cordilheira sob vegetação de Mata (perfil 5), e o segundo (perfil 6), na planície propriamente dita, sob vegetação de mata secundária.
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Todavia, os maiores destaques serão os atributos morfológicos e a possível gênese destes solos, quase sempre fortemente influenciada pelas condições de drenagem restrita.
Iniciando o retorno para a cidade de Cuiabá será observado o perfil de número 4, que se trata de um Plintossolo Argilúvico ocorrendo sob Cerrado em área de murundus, que é uma situação muito comum principalmente nesta porção norte do Pantanal Mato-grossense. Tratam-se de solos bem mais pobres do ponto de vista de fertilidade natural, o que se deve à natureza dos sedimentos que o formaram neste ambiente de Pantanal.
No segundo dia da viagem (27/7/19) o roteiro será direcionado primeiramente a solos ocorrentes nas proximidades da cidade de Cuiabá, dentro do ambiente geomorfológico Depressão Cuiabana. O primeiro perfil a ser visitado será o de número 3, situado em dique marginal ao rio Cuiabá. Neste caso, além dos aspectos bem interessantes relacionados à sua classificação, à sua natureza, gênese e ao seu ambiente de ocorrência, ressalta-se a situação da existência de solos com considerável potencial agrícola ocorrendo em ambiente localizado, inteiramente circundado por solos de potencialidade agrícola muito limitada, como são praticamente todos os solos circunvizinhos ocorrentes na Depressão Cuiabana.
No momento seguinte, será visitado o perfil de número 2, que se trata de um legítimo representante dos solos da Depressão Cuiabana. O solo foi classificado como um Plintossolo Pétrico Concrecionário cambissólico conforme o SiBCS (Embrapa, 2018), originado de filitos do Grupo Cuiabá, com grande ocorrência de fragmentos de quartzo, originalmente de veios, junto ao material concrecionário. Tem a vegetação de Cerrado Tropical Subcaducifólio como cobertura vegetal natural e tem como aspecto interessante a ser observado, a situação de baixíssima potencialidade agrícola condicionada pela presença excessiva de concreções ferruginosas e por muito baixa fertilidade natural. Tais fatos fazem com que sua utilização seja basicamente com atividade pastoril, aproveitando-se as espécies nativas (pasto natural) e/ou com pastagens plantadas com espécies forrageiras bem rústicas e, neste caso, com severas restrições. A exploração do material concrecionário para a construção civil, particularmente construção de estradas parece ser a utilização mais bem-sucedida destes solos.
Por fim a excursão irá visitar um perfil de Latossolo Vermelho de textura muito argilosa (perfil 1) na Fazenda Buriti (Grupo Bom Futuro) na Chapada dos Guimarães, utilizado com cultivo de algodão, soja e milho. O perfil está localizado em meio ao cultivo de algodão, e possibilitará aos participantes conhecer alguns dos principais solos brasileiros que suportam utilização intensiva, sob cultivos com tecnologia de última geração, e que constitui atividade de altíssimo rendimento. Fatos que contribuem para tornar o Brasil um dos maiores do Agronegócio no mundo. Nesta oportunidade, ouvirão técnicos da Fazenda discorrerem sobre assuntos diversos relacionados com as atividades desenvolvidas.
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Figura 2. Mapa pedológico e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: SEPLAN (2008).
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Figura 3. Mapa geológico e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: SEPLAN (2008).
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Figura 4. Mapa geomorfológico e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: SEPLAN (2008).
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Figura 5. Mapa de uso da terra e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Fonte: SEPLAN (2008).
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Figura 6. Mapa hipsométrico e roteiros planejados para a excursão pedológica do XXXVII Congresso Brasileiro de Ciência do Solo - FONTE: TOPODATA (2008).
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A seguir são apresentadas informações sucintas sobre os grandes ambientes (unidades geomorfológicas) abrangidos no âmbito da excursão.
3.1 – Depressão Cuiabana
Também conhecida como Baixada Cuiabana, compõe uma extensa superfície delimitada à oeste e norte pelo conjunto de Serras da Província Serrana, pelas escarpas dos Planaltos e Chapadas dos Guimarães e Planalto de São Vicente à leste e, ao sul, se limita com as Planícies e Pantanais do rio Paraguai (Pantanal). Caracteriza-se como uma área topograficamente baixa, inclinada de norte para sul. O seu substrato é composto de rochas pré-Cambrianas de baixo grau metamórfico pertencentes ao Grupo Cuiabá, representadas principalmente por filitos, metarenitos, metadiamictitos, calcários e margas, originando diferentes modelados com predomínio de colinas, morros e morrotes. A rede de drenagem, constituída principalmente pelo rio Cuiabá e seus formadores, apresenta um forte controle estrutural. Predominam os Plintossolos Pétricos Concrecionários com aptidão regular para pastagem natural e/ou plantada. A predisposição à erosão é moderada a forte. A cobertura vegetal dominante é de Savana Arbórea Aberta, ocorrendo áreas com Floresta Estacional e contato Savana /Floresta estacional.
A planície atual do rio Cuiabá é constituída por uma sucessão de planícies e terraços, formados pela acumulação de sedimentos aluvionares provenientes da parte alta da Bacia que originam solos com características mineralógicas e químicas muito distintas dos solos autóctones da região circunvizinha.
Nos limites desta unidade estão localizados os perfis de número 2 e 3 do roteiro, sendo o de número 2 localizado dentro da planície aluvionar do rio Cuiabá, mais especificamente sobre o dique marginal e o de número 3 em posição mais centrada na Depressão, característico e representativo dos solos e do ambiente da mesma.
3.2 – Planalto dos Guimarães
Extenso compartimento com topos planos, com altitudes entre 450 e 850m sustentado por rochas sedimentares areno-conglomeráticas, arenitos calcíferos da Formação Bauru e arenitos, siltitos e folhelhos das Formações Aquidauana, Ponta Grossa e Furnas. Recoberto por espessa camada de sedimentos detrítico-lateríticos, a Chapada dos Guimarães constitui o seu topo, dividindo águas de tributários das bacias dos rios Paraná, Araguaia e Alto Paraguai. Nas áreas mais dissecadas fora da Chapada, em vertentes de alguns vales profundos ocorrem Neossolos Litólicos e alguns Argissolos, dependendo do material originário.
A Chapada dos Guimarães compreende o plano de cimeira do Planalto dos Guimarães. Tem altitudes de até 850m., delimitada por escarpas. Predominam nos topos Latossolos Vermelhos e Vermelho–Amarelos de textura argilosa e muito argilosa, dotados de boa aptidão para lavoura mecanizada, nos tempos atuais intensivamente utilizados com cultivos diversos, principalmente algodão, soja e milho, e Neossolos Quartzarênicos nas rampas, estes com limitações ao uso com agricultura. Plintossolos Pétricos Concrecionários costumam ocorrer também nestas altitudes,
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principalmente em situação de bordos e de pequenos vales. São comuns também áreas de acumulação inundáveis, em trechos dos topos onde características de solos e baixas declividades levam à indefinição do escoamento superficial. A cobertura vegetal natural corresponde a Savana Arbórea Aberta e ocorrências do contato Savana/ Floresta Estacional de Floresta Aluvial e Savana Arbórea Densa, com espécies animais características das formações abertas, encontram-se muito alteradas. Região importante para conservação dos recursos hídricos, tanto pela existência de fontes de água mineral, quanto por ser área de recarga do Aquífero Guarani. A rede de drenagem é comandada principalmente por afluentes da bacia do Rio das Mortes.
Sobre a Chapada dos Guimarães, em área de cultivo de algodão em rotação com soja, se encontra o perfil de número 1.
3.3 – Pantanal Mato-grossense
Constitui uma extensa superfície originada pela acumulação de sedimentos do Cenozóico, compostos pelas Aluviões Recentes, e por depósitos semi-consolidados de antigos terraços fluviais correspondentes à Formação Pantanal, conformando planos nivelados entre 80 e 150m. Delimita-se ao norte com a Depressão do Alto Paraguai e a Depressão Cuiabana, estendendo-se à oeste até o território da Bolívia e ao sul até o estado do Mato Grosso do Sul. As declividades quase nulas, principalmente no sentido norte-sul (eixo da bacia), dificultam o escoamento das águas do Rio Paraguai durante as cheias, provocando um barramento natural dos seus afluentes e, consequentemente, o alagamento de uma grande área. De acordo com as diferenças altimétricas e dos solos, o tempo de permanência das águas no terreno varia, originando diferentes padrões de alagamento. A cobertura vegetal natural predominante é a Savana, variando sua composição em função das condições de umidade e propriedades dos solos, com ocorrências de espécies animais características de formações abertas. Duas Sub-Unidades Naturais podem ser distinguidas: as planícies fluviais e os pantanais.
3.3.1 - Planícies Fluviais
São faixas marginais aos cursos d’água, formadas por sedimentos aluviais inconsolidados, sujeitas à inundações periódicas, onde são também diferenciadas feições como diques marginais e ilhas. Nesta condição, ocorrem principalmente solos das classes de Neossolos Flúvicos, Planossolos, Gleissolos e Vertissolos. A cobertura vegetal predominante é a Savana Gramíneo Lenhosa, ocorrendo áreas com Savana Arbórea Densa, Savana Parque e contatos Savana Parque/Floresta Estacional/Savana. O regime hídrico condiciona a ocorrência de habitats específicos, aquáticos e paludículas, áreas de procriação e rotas de migração. O aproveitamento agrícola dos solos é restrito, devido a saturação hídrica, sendo os mesmos utilizados para o pastoreio.
Neste ambiente serão visitados os perfis de número 5 e 6.
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3.3.2 - Pantanais
Os pantanais compõem um conjunto de planos altimetricamente baixos, com altitudes entre 100 e 150m e declividades inexpressivas, contendo áreas planas e abaciadas, sujeitas a inundações periódicas. Formados por sedimentos arenosos, siltico-arenosos, argilo-arenosos e areno-conglomeráticos semiconsolidados a inconsolidados, da Formação Pantanal, podendo ter impregnações salinas localizadas. Pode-se observar a ocorrência de feições variadas, destacando-se desde macro feições como os leques aluviais (Leque do Taquari), a pequenas feições como áreas alongadas e ligeiramente convexas, com forma de cordões arenosos, que recebem a denominação de “cordilheiras”; áreas deprimidas conhecidas como “campos limpos” se aplainadas e como “vazantes” se côncavas e contínuas, ou como “baías”, se em forma de pequenas lagoas, com água doce ou salobra, evidenciando um relevo relativamente movimentado.
Em síntese, o grande mosaico de feições presentes na paisagem do Pantanal Mato-grossense condiciona uma heterogeneidade espacial de feições geomórficas. Estas, comandadas pelos tipos de inundação e tipos de solos, geram uma grande variedade de habitats: sendo que Cordilheiras, Diques marginais, Capões e Murunduns, constituem as formas positivas de relevo, não inundáveis anualmente, enquanto que, Baías, Corixos, Landis e Vazantes, constituem as formas negativas, com inundações sazonais e/ou com água permanente.
Na planície, as diferenças de relevo, mesmo em poucos centímetros de altura, têm grandes efeitos em termos ecológicos, porque a posição num determinado local, no gradiente de elevação, determina seu período de inundação e seca. Por isso, estes biótopos suportam uma grande variedade de animais e plantas com diferentes habilidades para tolerar períodos prolongados de inundação e seca do solo.
No Pantanal as inundações são, até certo ponto, previsíveis e possibilitam adaptações dos organismos às mudanças sazonais dos habitats. Por isso deve ser considerado como uma grande área inundável, com uma fase pronunciadamente terrestre e outra aquática.
A complexidade de fatores que envolvem o Pantanal, como as histórias geológica e geomorfológica, a localização às margens de três grandes domínios fitogeográficos, em especial o Cerrado, a Floresta Amazônica e o Chaco, levaram ao reconhecimento de vários pantanais, em vez de um único. A região a ser visitada é denominada Pantanal de Poconé e a vegetação de savana (cerrado) é a dominante. Neste ambiente será visitado o perfil de número 4.
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4. DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DOS SOLOS DO ROTEIRO PEDOLÓGICO DO XXXVII CBCS
4.1 – Perfil no 01
4.1.1 – Descrição DESCRIÇÃO GERAL
DATA – 26/02/2019 CLASSIFICAÇÃO – LATOSSOLO
VERMELHO Ácrico típico, textura muito argilosa, A moderado, epieutrófico mesodistrófico, caulinítico-oxídico, atividade muito baixa, mesoférrico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano
LOCALIZAÇÃO – Fazenda Buriti (Grupo Agro União). Rodovia BR - 251, a 14 km da cidade de Chapada dos Guimarães (sentido Campo Verde). Coordenadas: 15º 27’ 34,3” S e 55º 38’ 07,3” WGr (datum WGS 84).
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL – Local plano de topo (divisor de águas) com 1-2% de declive sob lavoura de algodão
ALTITUDE – 779 metros. LITOLOGIA, UNIDADE
LITOESTRATIGRÁFICA E CRONOLOGIA – Cobertura Detrito-Laterítica Neogênica (IBGE, 2009).
MATERIAL ORIGINÁRIO – Sedimentos argiloarenosos da Cobertura Detrito-Laterítica Neogênica.
PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE – Não rochosa. RELEVO LOCAL – Plano. RELEVO REGIONAL – Plano e suave ondulado. EROSÃO – Ligeira. DRENAGEM – Bem drenado a excessivamente drenado. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Cerrado tropical subcaducifólio. USO ATUAL – Lavoura de algodão (em rotação com soja). CLIMA – Aw’, segundo a classificação de Köppen. DESCRITO E COLETADO POR – Virlei Álvaro de Oliveira, Milson Evaldo Serafim, Maria Aparecida Pereira Pierangeli, Juberto Babilonia de Souza, Joao Benedito Pereira Leite Sobrinho
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
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Ap1 0 – 12 cm; bruno avermelhado-escuro (5YR 3/3,5, úmida); muito argilosa; moderada pequena granular e fraca, pequena, blocos subangulares; ligeiramente dura, friável, plástica e pegajosa; transição plana e gradual.
Ap2 12 – 20 cm; bruno avermelhado-escuro (5YR 3/4, úmida), mosqueados comum, médio e distinto vermelho (2,5YR4/8, úmida); muito argilosa; moderada pequena granular e fraca pequena blocos subangulares; ligeiramente dura, friável, plástica e pegajosa; transição plana e clara.
Bw1 20 – 42 cm; vermelho-acinzentado a bruno-avermelhado (2,5YR4/3, úmida); muito argilosa; moderada, pequena, blocos subangulares; macia a ligeiramente dura, friável, plástica e pegajosa; transição plana e difusa.
Bw2 42 – 73 cm; vermelho (2,5YR 4/7, úmida); muito argilosa; moderada a forte, muito pequena e pequena granular; macia, friável, plástica e pegajosa; transição plana e difusa.
Bw3 73 – 112 cm; vermelho (2,5YR 4,5/7, úmida); muito argilosa; moderada a forte, muito pequena e pequena granular; macia, muito friável a friável, plástica e pegajosa; transição plana e difusa.
Bw4 112 – 150 cm+; vermelho (2,5YR 4,5/8, úmida); muito argilosa; moderada a forte, muito pequena e pequena granular; macia, muito friável a friável, plástica e pegajosa.
RAIZES: muito finas e finas comuns em Ap1; muito finas poucas e finas raras em Ap2; muito finas poucas no Bw
OBSERVAÇÕES:
- Solo muito molhado de modo que a consistência seca foi inferida e a cor em amostra seca não foi descrita;
- Mosqueado no Ap2 devido à mistura de materiais pela ação de implementos;
- Foi realizada subsolagem em 2018 a mais ou menos 55 cm com implemento de haste simples, sem abas. A subsolagem é realizada a cada três anos dependendo do sistema radicular da soja, cuja planta é arrancada com a mão para avaliação.
- Para efeito de classificação foi levada em conta a saturação por bases elevada do horizonte Ap1, por se tratar de uma consequência da adição de calcário.
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4.1.2 - Análises físico-químicas Número de laboratório: 19.0115-19.01120
Horizonte Frações da amostra
total g kg-1
Composição granulométrica da terra fina
g kg-1 Argila
dispersa em
água g k g-1
Grau de flocul.
%
Relação silte/ argila
Densidade kg dm-3
Porosidadedm3 100
dm-3 Símbolo
Profund. cm
Calh. >20 mm
Casc. 20-2 mm
Terra fina <2 mm
Areia gross
a 2-0,2 mm
Areiafina 0,2-0,05 mm
Silte 0,05-0,002mm
Argila<0,002 mm
Solo Partíc.
Ap1 0-12 0 0 1000 58 83 217 642 414 36 0,34 Ap2 -20 0 0 1000 54 79 103 764 537 30 0,13 Bw1 -42 0 0 1000 43 72 82 803 0 100 0,10 Bw2 -73 0 0 1000 43 70 85 802 0 100 0,11 Bw3 Bw4
-112 -150+
0 0
0 0
1000 1000
41 31
80 82
98 148
781 739
0 0
100 100
0,13 0,20
Símbolo
pH (1:2,5) Complexo sortivo
cmolc kg-1 Valor V
%
Saturação por Alumíni
o %
P Assimilá
vel mg kg-1 Água
KCl 1 N
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S Al3+ H+ Valor T
Ap1 6,2 5,7 6,8 1,6 0,39 0,12 8,9 0 4,7 13,6 65 0 97 Ap2 5,7 5,2 3,2
1,2 1,1
0,7 0,3 0,3
0,22 0,02 4,1 0 5,6 9,7 42 0 5 Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
5,7 5,9 6,3 5,7
5,4 5,7 6,3 6,7
0,14 0,10 0,07 0,08
0,02 0,01 0,01 0,01
1,7 1,5 0,8 0,2
0 0 0 0
3,6 2,7 1,0 0,3
5,3 4,2 1,8 0,5
32 36 44 40
0 0 0 0
<1 <1 <1 <1
0,7 0,1
Símbolo
C (orgânic
o) g kg-1
N g kg-1
Relação
C/N
Ataque sulfúrico g kg-1
Relações moleculares Fe2O3
livre g kg-1
Equivalente de
CaCO3 g kg-1
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3 Al2O3/
Fe2O3 SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) Ap1 26,6 2,2 12 137 288 111 11,0 0,5 0,1 0,81 0,65 4,07 Ap2 19,3 1,5 13 140 285 216 12,2 0,4 0,1 0,84 0,56 2,07 Bw1 Bw2 Bw3 Bw4
10,8 8,9 6,6 4,6
0,8 0,6 0,5 0,3
13 15 13 15
138 143 139 140
286 295 368 307
120 117 120 121
13,313,013,413.0
0,3 1,1 0,9 0,5
0,1 0,1 0,1 0,1
0,82 0,82 0,64 0,78
0,65 0,66 0,53 0,62
3,74 3,96 4,81 3,98
Símbolo
Saturação
por sódio
%
Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5)
cmolc kg-1 Constantes hídricas
dm3 100 dm-3 C. E.
do extrato
mS cm-1 25ºC
Água %
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3- CO3
2- Cl - SO42-
Retenção de água Água
disponível 0,01 MPa
1,5 MPa
<1 <1 <1
<1 <1 <1 2
Relação textural: 1,11
21
4.2 – Perfil no 02
4.2.1 – Descrição DESCRIÇÃO GERAL
DATA DA DESCRIÇÃO – 26/02/2019 CLASSIFICAÇÃO –
CAMBISSOLO FLUVICO Ta Eutrófico solódico, textura argilosa/média/arenosa, A moderado, Tmoa (argila da atividade moderadamente alta), fase floresta higrófila de várzea com carandá, relevo plano
LOCALIZAÇÃO – Trincheira aberta junto à sede social da Marina Matrinxã, situada próximo à ponte sobre o rio Cuiabá, na rodovia dos Imigrantes (perimetral). Coordenadas: 15° 42’ 06,2” S e 56° 068’ 25,6” WGr (datum WGS 84).
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL – Área plana baixa, com 0 a 1% de declive, na planície de inundação do rio, junto ao dique aluvial, sob capoeira.
ALTITUDE – 143 metros. LITOLOGIA, UNIDADE LITOESTRATIGRÁFICA E CRONOLOGIA – Sedimentos argiloarenosos aluvionares.
Aluviões Holocênicos (IBGE, 2009). MATERIAL ORIGINÁRIO – Sedimentos argiloarenosos. PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE – Não rochosa. RELEVO LOCAL – Plano. RELEVO REGIONAL – Plano. EROSÃO – Ligeira. DRENAGEM – Bem drenado. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Floresta higrófila de várzea com carandá. USO ATUAL – Sem uso agrícola (capoeira no local e exploração de argila nas
redondezas). CLIMA – Aw’, segundo a classificação de Köppen. DESCRITO E COLETADO POR – Virlei Álvaro de Oliveira, Milson Evaldo Serafim, Maria Aparecida Pereira Pierangeli, Juberto Babilonia de Souza, Joao Benedito Pereira Leite Sobrinho
Ap
AB
2Bi
3C1
4C2
5C3
6C4
Ap
AB
2Bi
3C1
4C25C36C4
22
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
Ap 0 – 11 cm; bruno-escuro (7,5YR 3/2, úmida); franco-argilossiltosa; moderada, média, grande/muito grande, granular e média blocos subangulares; dura a muito dura, firme a muito firme, plástica a muito plástica e pegajosa; transição plana e gradual.
AB 11 – 38 cm; bruno-escuro (7,5YR 3/3, úmida), argilossiltosa; moderada a forte, pequena e média, blocos angulares e subangulares; muito dura, firme a muito firme, plástica a muito plástica e pegajosa; transição plana e gradual.
2Bi 38 – 85 cm; bruno-avermelhado (5YR 4/3, úmida); francoargilosa; moderada a forte, pequena e média, blocos angulares e subangulares; cerosidade pouca a comum e fraca a moderada; muito dura, firme a muito firme, plástica a muito plástica e pegajosa; transição plana e abrupta.
3C1 85 – 118 cm; cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2, úmida); mosqueado comum a abundante, médio e grande, distinto, cinzento-avermelhado-escuro (5YR 3/3, úmida); francoarenosa; moderada, pequena, granular e grãos simples; macia, ligeiramente dura, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
4C2 118 – 140 cm; bruno-avermelhado a bruno-avermelhado-claro (5YR 5,5/4, úmida); mosqueado comum a abundante, médio e grande, distinto bruno-avermelhado (5YR 5/4, úmida); francoarenosa; fraca, pequena, blocos subangulares e grãos simples; macia, muito friável, ligeiramente plástica e não pegajosa a pegajosa; transição plana e abrupta.
5C3 140 – 154 (158-160) cm; vermelho-amarelado (5YR 5/6, úmida); mosqueado abundante, médio e grande, distinto, bruno-avermelhado (5YR 5/4 úmido); areia franca; fraca pequena blocos subangulares e grãos simples; macia, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e clara.
6C4 154 – 176 (160-192) cm; bruno-avermelhado (5YR 5/4, úmida); mosqueado pouco, médio, médio, distinto, bruno-avermelhado (5YR 4/4 úmido); francoarenosa; grãos simples e fraca pequena blocos subangulares; macia, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
7C5 176 -195 cm +; coloração variegada composta de vermelho-amarelado (5YR 4/6, úmida), bruno-avermelhado (5YR 4/4, úmida) e bruno forte (7,5YR 5/6, úmida); franca; maciça que se desfaz em fraca pequena blocos subangulares; muito dura a extremamente dura, muito firme, ligeiramente plástica a plástica e ligeiramente pegajosa a pegajosa.
RAIZES: Muito finas, poucas e comuns em todos os horizontes; finas comuns nos três primeiros horizontes e grossas comuns no Ap.
OBSERVAÇÕES:
- Barranco não totalmente seco;
- Presença de manchas/veios de Mn no último horizonte;
23
- Barrancos em escavações para retirada de argila para cerâmica, no entorno da trincheira, apresentam estruturas colunares bem características, não observadas na trincheira aberta devido à umidade da mesma;
- Mata com palmeira carandá e cactáceas.
24
4.2.2 - Análises Físico-Químicas Número de laboratório: 19.0121-19.0128
Horizonte Frações da amostra
total g kg-1
Composição granulométrica da terra fina
g kg-1 Argila
dispersa em água g k g-1
Grau de flocul.
%
Relação silte/ argila
Densidade kg dm-3
Porosidadedm3 100
dm-3 Símbolo
Profund. cm
Calh. >20 mm
Casc. 20-2 mm
Terra fina <2 mm
Areia gross
a 2-0,2 mm
Areiafina 0,2-0,05 mm
Silte 0,05-0,002mm
Argila<0,002 mm
Solo Partíc.
Ap AB 2Bi 3C1
0-11 -38 -85
-118
0 0 0 0
0 0 0 0
1000 1000 1000 1000
31 29 18 6
152 91
322 712
468 467 353 161
349 413 307 121
267 351 266 101
23 15 13 17
1,34 1,13 1,15 1,33
4C2 -140 0 0 1000 12 698 148 142 121 15 1,04 5C3 -154 0 0 1000 12 854 54 80 60 25 0,67 6C4 7C5
-176 -195+
0 0
0 0
1000 1000
12 14
769 385
118 355
101 246
81 225
20 9
1,17 1,44
Símbolo pH (1:2,5)
Complexo sortivo cmolc kg-1 Valor V
%
Saturação por
Alumínio %
P Assimilá
vel mg kg-1 Água
KCl 1 N
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S Al3+ H+ Valor T
Ap AB 2Bi 3C1 4C2 5C3 6C4 7C5
5,8 5,7 5,5 6,0 6,0 6,3 6,6 6,0
4,1 3,6 3,6 4,0 4,0 4,2 4,2 4,0
4,2 2,6 2,5 1,4 1,4 0,6 0,6 0,9
2,8 3,0 3,2 1,6 1,7 0,7 0,9 1,6
O,17 0,09 0,08 0,06 0,06 0,04 0,03 0,12
0,81 0,57 0,47 0,19 0,23 0,20 0,92 5,09
8,0 6,3 6,2 3,2 3,4 1,5 2,4 7,7
0,4 2,9 1,6 0,3 0,3 0,1 0,1 0,2
5,0 4,1 2,6 1,2 1,2 0,6 0,4 1,8
13,4 13,3 10,4 4,7 4,9 2,2 2,9 9,7
60 47 60 68 69 68 83 79
5 32 21 9 8 6 4 3
5 5 4
10 10 11 11 6
Símbolo
C (orgânic
o) g kg-1
N g kg-1
Relação
C/N
Ataque sulfúrico g kg-1
Relações moleculares Fe2O3
livre g kg-1
Equivalente de
CaCO3 g kg-1
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3 Al2O3/
Fe2O3 SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) Ap 11,3 1,6 7 197 108 45 4,1 0,4 0,9 3,10 2,45 3,77 AB 3,7 0,9 4 230 137 61 4,3 0,5 0,7 2,85 2,22 3,53 2Bi 1,8 0,6 3 173 105 44 2,8 0,2 0,4 2,80 2,41 3,75 3C1 4C2 5C3 6C4 7C5
0,5 1,0 0,3 0,6 1,6
0,3 0,3 0,2 0,2 0,4
2 3 1 3 4
96 104 63 80
151
43 49 23 31 78
19 24 13 18 49
3,6 2,6 1,6 1,9 3,3
0,3 0,6 0,2 0,1 0,0
0,2 0,3 0,1 0,1 0,3
3,80 3,61 4,66 4,39 3,29
2,96 2,75 3,42 3,20 2,35
3,55 3,21 2,78 2,70 2,50
Símbolo
Saturação
por sódio
%
Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5)
cmolc kg-1 Constantes hídricas
dm3 100 dm-3 C. E.
do extrato
mS cm-1 25ºC
Água %
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3- CO3
2- Cl - SO42-
Retenção de água Água
disponível 0,01 MPa
1,5 MPa
Ap 6 - - - - AB 4 - - - - 2Bi 5 - - - - 3C1 4C2 5C3 6C4 7C5
4 5 9
32 52
- - -
0,14 1,01
- -
100 100
- -
0,040,01
- -
0,090,84
Relação textural:
25
4.3 – Perfil no 03
4.3.1 – Descrição DESCRIÇÃO GERAL
DATA – 27/02/2019
CLASSIFICAÇÃO – PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário cambissólico, textura média muito cascalhenta/argilosa cascalhenta, A proeminente, endoálico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo suave ondulado.
LOCALIZAÇÃO – Barranco situado no lado direito da estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, ao lado do posto da Polícia Rodoviária Estadual. Coordenadas: 15° 26’ 10,2” S e 56° 018’ 31,8” WGr (datum WGS 84).
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL – Depressão Cuiabana. Terço inferior de pendente curta com 7 a 8% de declive, sob capoeira.
ALTITUDE – 212 metros. LITOLOGIA, UNIDADE
LITOESTRATIGRÁFICA E CRONOLOGIA – Metaconglomerados, metassiltitos, metarcósios, metassiltitos, filitos... Neoproterozóico. (IBGE, 2009).
MATERIAL ORIGINÁRIO – Filito. PEDREGOSIDADE – Não pedregosa. ROCHOSIDADE – Não rochosa. RELEVO LOCAL – Suave ondulado. RELEVO REGIONAL – Suave ondulado e plano. EROSÃO – Moderada. DRENAGEM – Imperfeitamente drenado. VEGETAÇÃO PRIMÁRIA – Cerrado tropical subcaducifólio. USO ATUAL – Sem uso (capoeira). CLIMA – Aw’, segundo a classificação de Köppen. DESCRITO E COLETADO POR – Virlei Álvaro de Oliveira, Milson Evaldo Serafim, Maria Aparecida Pereira Pierangeli, Juberto Babilonia de Souza, Joao Benedito Pereira Leite Sobrinho
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
Apc 0 – 20 cm; preto (5YR 2,5/1, úmida) e cinzento-escuro (5YR 4/1, seca); francoarenosa muito cascalhenta; moderada a forte pequena granular; macia, friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e gradual.
Ac 20 – 45 cm; preto (5YR 2,5/1, úmida) e cinzento muito escuro (5YR 3/1, seca); francoarenosa muito cascalhenta; fraca a moderada, pequena, granular; macia,
26
friável, não plástica a ligeiramente plástica e não pegajosa a ligeiramente pegajosa; transição plana e gradual.
BAc 45 – 70 cm; vermelho-amarelado (5YR 5/6, úmida); francoarenosa muito cascalhenta; fraca, pequena e média, blocos subangulares e média granular; ligeiramente dura, friável, plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.
Bi 70 – 83 cm; vermelho-amarelado (5YR 5/8, úmida); franco-argiloarenosa, cascalhenta; moderada, pequena, blocos angulares e subangulares; dura, friável, plástica e pegajosa; transição plana e clara.
BC 83 – 94 cm; vermelho (2,5YR 5/6, úmida); franco-argilosa pouco cascalhenta; fraca, pequena, blocos subangulares; ligeiramente dura a dura, friável, plástica e pegajosa; transição plana e clara.
C 94 – 120 cm; vermelho (2,5YR 5/6, úmida), mosqueado comum, pequeno, proeminente (10R 4/8, úmida) e abundante, médio e grande, proeminente, amarelo-avermelhado (7,5YR 6/6, úmida); franco-argilosa; fraca, pequena, blocos subangulares; dura, firme, plástica e ligeiramente pegajosa a pegajosa; transição plana e clara.
Cr 120 – 145 cm +; rocha (filito) em decomposição. Coloração variegada composta de vermelho (10R 5/8, úmida), vermelho (10R 4/8, úmida), rosado (7,5YR 7/4, úmida) e vermelho claro (2,5YR 6/8, úmida).
RAIZES: Muito finas e finas abundantes até o BAc, comuns no Bi e BC e raras nos demais horizontes; finas e médias poucas no Ap; grossas raras no Ap.
OBESERVAÇÕES:
-Presença de quartzo no tamanho de calhaus e cascalhos angulosos, herdados de veios, em quantidade considerável até 70 cm.
- Nos horizontes Apc, A2c e BAc, há predomínio de concreções ferruginosas de 1 - 2 cm de diâmetro, subarredondadas.
- Horizonte Cr constituído de filito em decomposição, apresentando estrutura herdada da rocha (laminações e lineações típicas), consistência mole ou branda, cortável com pá.
- Descrição da estrutura dos horizontes concrecionários dificultada devido à grande quantidade de concreções presentes.
27
4.3.2 - Análises físico-químicas Número de laboratório: 19.0129-19.0135
Horizonte Frações da amostra
total g kg-1
Composição granulométrica da terra fina
g kg-1 Argila dispersa em água g kg-1
Grau de flocul.
%
Relação silte/ argila
Densidade kg dm-3
Porosidadedm3 100
dm-3 Símbolo
Profund. cm
Calh. >20 mm
Casc. 20-2 mm
Terra fina <2 mm
Areia gross
a 2-0,2 mm
Areiafina 0,2-0,05 mm
Silte 0,05-0,002mm
Argila<0,002 mm
Solo Partíc.
Apc Ac
0 – 20 - 45
55 24
701 697
244 279
281 245
410 471
188 164
121 120
61 61
50 50
1,55 1,37
BAc - 70 35 37 328 189 401 249 161 0 100 1,55 Bi - 83 4 275 721 140 320 256 284 0 100 0,90 BC - 94 0 88 912 130 260 264 346 0 100 0,76 C - 120 0 7 993 106 211 317 366 0 100 0,87 Cr - 145+ 0 2 998 113 180 342 365 0 100 0,94
Símbolo pH (1:2,5)
Complexo sortivo cmolc kg-1 Valor V
%
Saturação por
alumínio %
P assimiláv
el mg kg-1 Água
KCl 1 N
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S Al3+ H+ Valor T
Apc Ac
5,9 5,7
4,8 4,4
1,5 0,8 0,13 0,07
0,02 0,02
2,4 0,9
0 0,2
2,8 1,3
5,2 2,4
46 37
0 18
3 2 0,8
0,6 0,5 0,6 0,6 0,6
BAc 5,1 4,1 0,11 0,02 0,7 0,6 0,9 2,2 32 46 1 Bi 5,1 3,9 0,11 0,02 0,6 1,7 1,6 3,9 15 74 <1 BC 5,1 3,9 0,12 0,02 0,7 2,2 1,8 4,7 15 76 <1 C Cr
5,1 5,1
3,9 3,9
0,10 0,08
0,02 0,01
0,7 0,7
2,7 2,8
1,8 1,2
5,2 4,7
13 15
79 80
<1 <1
Símbolo
C (orgânic
o) g kg-1
N g kg-1
Relação
C/N
Ataque sulfúrico g kg-1
Relações moleculares Fe2O3
livre g kg-1
Equivalente de
CaCO3 g kg-1
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3 Al2O3/
Fe2O3 SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) Apc 8,8 0,7 13 72 28 19 0,3 0,1 0,5 4,37 3,05 2,31 Ac 4,3 0,5 9 62 24 14 0,8 0,1 0,3 4,39 3,20 2,69
BAc 1,7 0,3 6 84 40 27 1,5 0,1 0,2 3,57 2,49 2,33 Bi 1,3 0,3 4 140 84 45 2,7 0,0 0,1 2,83 2,11 2,93 BC 1,1 0,3 4 159 107 71 3,3 0,0 0,1 2,53 1,77 2,37 C 0,7 0,3 2 200 127 56 3,6 0,0 0,1 2,68 2,09 2,56 Cr 0,5 0,3 2 211 127 57 3,8 0,0 0,1 2,82 2,19 3,50
Símbolo
Saturação por
sódio %
Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5)
cmolc kg-1 Constantes hídricas
dm3 100 dm-3 C. E.
do extrato
mS cm-1 25ºC
Água %
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3- CO3
2- Cl - SO42-
Retenção de água Água
disponível 0,01 MPa
1,5 MPa
Apc Ac
<1 <1
BAc <1 Bi <1 BC <1 C <1 Cr <1
28
4.4 – Perfil no 04
4.4.1 – Descrição DESCRIÇÃO GERAL
Fonte: Reunião, ... 2002. (Perfil 02 XIV RBMCSA)
Data de coleta: 06/11/2001
Classificação: PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Alumínico típico, textura média, A moderado, epidistrófico, hipoférrico, fase campo, relevo plano
Localização: Rodovia Poconé- Porto Cercado, a 23 km de Poconé no sentido do Hotel Sesc Pantanal, no lado esquerdo da estrada. Coordenadas 16 22’ 44,3’’S e 56 27’ 02,3’’ WGr.
Altitude: 152 metros.
Situação, declive e cobertura vegetal: Área plana em campo inundável, com 1 a 2% de declividade, sob pastagem natural.
Litologia e Formação geológica: Sedimentos argilo-arenosos não consolidados da Formação Pantanal com muita areia fina
Material originário: Produtos de decomposição das litologias supracitadas
Pedregosidade: Não pedregosa.
Rochosidade: Não rochosa.
Relevo local: Plano
Relevo regional: Plano
Erosão: Não aparente
Drenagem: imperfeitamente drenado
Vegetação primária: Campo de várzea com murundus (ver observações)
Uso à época: Pastagem Natural (parece que a área foi arada e a gramínea plantada)
Clima: Aw
Responsáveis pela descrição: Paulo Klinger Tito Jacomine, Eduardo Guimarães Couto, Fábio Alvares de Oliveira
29
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A 10 – 10 cm; bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2, úmida); mosqueado pouco, pequeno e distinto amarelo-avermelhado em torno dos canais de raízes; franco-arenosa; fraca, pequena, blocos subangulares; macia, firme, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa; transição clara e plana.
E 10 – 27cm; bruno (10YR 5/3, úmida); mosqueado abundante, muito pequeno e proeminente, bruno-avermelhado (5 YR 5/4, úmida); franco-argilo-arenosa fino; maciça com tendência de formação de blocos subangulares; friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa; transição abrupta e plana.
Btf127 - 52 cm; cinzento-brunado-claro (10 YR 6/2, úmida); mosqueado comum, médio e proeminente, bruno-avermelhado (5 YR 4/4, úmida); franco-argilo-arenosa; fraca, pequena a média, blocos subangulares; muito dura, firme, plástica, pegajosa; transição gradual e plana.
Btf252 - 73 cm; coloração variegada constituída das cores vermelho-amarelado (5 YR 4/6, úmida) e cinzento-brunado-claro (10 YR 6/2); franco-argilosa; moderada, pequena a média, blocos subangulares; muito dura, muito firme, plástica, pegajosa; transição gradual e plana.
Btf373- 103cm+; coloração variegada constituída das cores vermelho-amarelado (5 YR 4/6, úmida) e cinzento-brunado-claro (10 YR 6/2) e com pontos de manganês de cor preta (10 YR 2/1) no topo do horizonte; franco-argilosa; moderada, média, blocos subangulares com parte maciça correspondente aos nódulos de manganês; firme com pontos muito duros correspondente às áreas com manganês, plástica, pegajosa.
Raízes: Muitas, finas, fasciculares de 0,5 a 1 mm de diâmetro no A1; comuns, finas, fasciculares de 0,5 a 1 mm de diâmetro no E; raras, dominantemente finas no Btf1 e Btf2, “ausentes” no Btf3.
Poros: Poros comuns, muito pequenos e pequenos no A1 e E. Poucos poros, pequenos e médios em Btf1, Btf2 e Btf3.
Observações:
1 - Perfil descrito após chuva. Presença de nódulos de manganês com maior concentração no topo do Btf3.
2 - Os campos de murunduns estão distribuídos em quase toda a periferia do Pantanal de Poconé. São formações com padrões regulares do tipo “ilhas de cerrado”, e denominado por alguns pantaneiros de “lixeiro”. Apresentam-se como pequenas elevações de terreno, denominados regionalmente por “cucurutos”, “morrotes”, covós, ou “murunduns”, sobre os quais árvores ficam agrupadas, formando um pequeno capão, dispersos na planície sazonalmente inundável.
A sua origem tem intrigado muitos. Alguns autores os associam à atividade de cupins, enquanto outros, os associam a fatores como incidência de processos erosivos, por exemplo. Sua composição florística está intimamente relacionada com a flora do cerrado e as espécies mais arbustivas e arbóreas comuns são: Curatella americana L. (Lixeira), Andira cuyabensis Benth. (Angelim), Simarouba versicolor St. Hil (Mata-
30
cachorro, mata-vaqueiro, azeitona-brava, pau-de-perdiz), Tabebuia aurea (Manso) B.& H. ex. S. Moore (paratudo ou ipê amarelo), entre outras. No campo ao redor dos murundus, inundável sazonalmente ocorre vegetação graminosa, com espécies como Paratheria prostrata Griseb. (Capim Mimoso) e Setaria geniculata (Lam.) Beauv.
4.4.2 – Análises Físico -Químicas Número de laboratório: 02.0037-02.0041
Horizonte Frações da amostra
total g kg-1
Composição granulométrica da terra fina
g kg-1 Argila
dispersa em
água g k g-1
Grau de flocul.
%
Relação silte/ argila
Densidade kg dm-3
Porosidadedm3 100
dm-3 Símbolo
Profund. cm
Calh. >20 mm
Casc. 20-2 mm
Terra fina <2 mm
Areia gross
a 2-0,2 mm
Areiafina 0,2-0,05 mm
Silte 0,05-0,002mm
Argila<0,002 mm
Solo Partíc.
A1 0-10 0 0 1000 168 374 276 182 162 11 1,52 1,69 2,56 34 E 10-27 0 23 977 142 378 278 202 0 100 1,36 1,51 2,60 42
Btf1 27-52 0 53 947 134 329 270 267 0 100 1,01 1,40 2,63 47 Btf2 52-73 0 59 941 63 311 299 327 0 100 0,91 1,52 2,70 44 Btf3 73-
103+ 0 170 830 92 276 305 327 0 100 0,93
1,50 2,70
44
Símbolo pH (1:2,5)
Complexo sortivo cmolc kg-1 Valor V
%
Saturação por
Alumínio %
P Assimilá
vel mg kg-1 Água
KCl 1 N
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S Al3+ H+ Valor T
A1 4,3 3,8 0,5 0,6 0,17 0,03 1,3 1,2 4,8 7,3 18 48 2 E 4,6 3,8 0,3
0,2 0,3 0,8
0,07 0,02 0,4 2,3 2,6 5,3 8 65 1 Btf1 4,9 3,8 0,07 0,03 0,3 3,6 3,8 7,1 4 93 1 Btf2 5,6 3,8 0,07 0,04 0,4 4,9 4,9 8,8 5 92 1 Btf3 5,3 3,8 0,08 0,05 0,9 4,4 4,4 6,7 10 83 1
Símbolo
C (orgânic
o) g kg-1
N g kg-1
Relação
C/N
Ataque sulfúrico g kg-1
Relações moleculares Fe2O3
livre g kg-1
Equivalente de
CaCO3 g kg-1
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3 Al2O3/
Fe2O3 SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) A1 13,1 1,6 8 64 41 8 3,8 0,6 0,1 2,65 2,36 8,05 E 3,9 0,8 6 73 86 33 4,2 0,4 0 1,44 1,16 4,09
Btf1 3,2 0,5 6 98 80 31 2,6 0,5 0 2,08 1,67 4.05 Btf2 2,1 0,4 5 119 108 45 2,6 0,4 0,1 1,87 1,48 3,77 Btf3 1,1 0,3 4 133 108 61 5,6 0,4 0,3 2,09 1,54 2,78
Símbolo
Saturação por
sódio %
Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5)
cmolc kg-1 Constantes hídricas
dm3 100 dm-3 C. E.
do extrato
mS cm-1 25ºC
Água %
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3- CO3
2- Cl - SO42-
Retenção de água Água
disponível 0,01 MPa
1,5 MPa
A1 <1 0,37 37 E <1 0,10 33
Btf1 <1 0,05 39 Btf2 <1 0,02 43 Btf3 <1 0,03 46
Relação textural: 1,6
4.4.3 - Análise mineralógica das frações areia e cascalho
(Amostra 0040 – Horizonte Btf2)
31
CASCALHO 100% - Fragmentos de Petroplintita (nódulos/concreções ferruginosas) avermelhados, amarelados ou ambas as cores, aspecto terroso.
AREIA GROSSA 60% - Quartzo + raros Quartzitos
35% - Fragmentos de Petroplintita (nódulos/concreções ferruginosas), como acima.
02% - Biotita alterada e pouco alterada + Muscovita
02 % - Calcedônia e/ou fragmentos crostas silicosas.
Traços - Turmalina, Magnetita, Ilmenita, Epidoto, Estaurolita, Zircão e concreções de Manganês.
AREIA FINA 70% - Quartzo
25% - Fragmentos de petroplintita (nódulos/concreções ferruginosas), como acima.
02% - Biotita alterada e pouco alterada + Muscovita
01% - Calcedônia + fragmentos crostas silicosas
01% - Turmalina + Ilmenita
Traços – Rutilo, Sillimanita, Estaurolita, Epidoto, Magnetita e Zircão.
4.4.4 - Análise mineralógica da fração argila - DRX
(Amostra 0040 – Horizonte Btf2)
Nos Difratogramas abaixo:
Caulinita (Ca), Esmectita(E), Interestratificado do tipo Illita-Esmectita (I/E), Illita(Il) e indícios de Goethita(Gt).
Am. total – Amostra não tratada.
Mg e Mg Gl – Amostra desferrificada e saturada com Mg e posteriormente solvatada em Etileno Glicol, com varreduras executadas em ambas as condições.
K25ºC, K110ºC, K350ºC e K550ºC – Amostra desferrificada e saturada com K, com varreduras executadas à temperatura ambiente (25ºC) e após aquecimento nas temperaturas assinaladas
RESULTADO: Caulinita, Esmectita, Interestratificado do tipo Illita-Esmecftita, Illita e indícios de Goethita.
32
33
4.5 – Perfil no 05
4.5.1 – Descrição DESCRIÇÃO GERAL
Fonte: Reunião, ... 2002. (04 XIV RBMCSA)
Data de coleta: 07/11/2001
Classificação: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico vertissólico, textura média/argilosa, A moderado, hipoférrico, fase floresta, relevo plano
Localização: Estrada vicinal que liga a rodovia Poconé- Porto Cercado à pista de pouso do Hotel Sesc Pantanal, distando 2,0 km no lado esquerdo da referida estrada, a partir do km 43 da rodovia acima citada no sentido do Hotel Sesc Pantanal. Coordenadas 16 30’ 13,6’’ S e 56 24’ 18,7’’ WGr.
Altitude: 144 metros.
Situação, declive e cobertura vegetal: Área plana em topo de cordilheira, com 1 a 2% de declividade, sob Bacurizal.
Litologia e Formação geológica: Sedimentos argilosos não consolidados da Formação Pantanal
Material originário: Produtos de decomposição das litologias supracitadas
Pedregosidade: Não pedregosa
Rochosidade: Não rochosa
Relevo local: Plano
Relevo regional: Plano
Erosão: Não aparente
Drenagem: imperfeitamente a mal drenado.
Vegetação primária: Mata com predominância de Palmeiras de Bacuri com ocorrência de Angico e Piúva.
Uso à época: Pastagem natural
Clima: Aw
Responsáveis pela descrição: Paulo Klinger Tito Jacomine, Eduardo Guimarães Couto, Fábio Alvares de Oliveira
34
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A 0 – 14 cm; bruno-acinzentado muito escuro (10YR 3/2, úmida); franco; moderada, pequena, blocos subangulares e pequena, média, granular; firme, plástica, ligeiramente pegajosa; transição abrupta e plana.
Btgv1 14 – 50 cm; bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2, úmida); mosqueado pouco, pequeno e médio, distinto de coloração amarelo-avermelhado (7,5 YR 6/8); franco-argilosa; moderada, grande, prismática, composta de moderada, grande, blocos subangulares; extremamente dura, extremamente firme, muito plástica, muito pegajosa; transição gradual e plana.
Btgv2 50- 93 cm; bruno (10 YR 4/3, úmida); mosqueado pouco, pequeno e médio, distinto, bruno-forte (7,5 YR 5/6, úmida); franco-argilosa; grande, prismática, composta de moderada, média/grande, blocos angulares; pouca presença de superfície de fricção (“slickenside”) médio e fraco; extremamente dura, extremamente firme, muito plástica e muito pegajosa; transição difusa e plana.
Btgv3 93 - 103 cm+; bruno-escuro (10 YR 3/3, úmida); mosqueado comum, pequeno e médio, distinto, bruno-forte (7,5 YR 4/6, úmida); franco-argilo-arenosa; grande, prismática, composta de moderada, média/grande, blocos angulares; pouca presença de superfície de fricção (“slickenside”), médio e fraco; extremamente dura, extremamente firme, muito plástica, muito pegajosa.
Raízes: Muitas, finas, fasciculares de 1 a 3 mm de diâmetro no A; comuns, finas, fasciculares de 5,0 mm de diâmetro, penetrando principalmente pelas fendas no Btgv1; poucas no Btgv2, raras com distribuição horizontal no topo do Btgv3.
Poros: Poros comuns, pequenos e médios no A. Poucos poros, muito pequenos e pequenos no restante do perfil.
Observações:
1 - Identificação de um horizonte E no topo do B, pouco espesso. Não separado.
2 - Penetração de material claro pelas fendas do Btgv11 atingindo o Btgv2. Presença de concreções de manganês com cerca de 3,0 mm de diâmetro nos horizontes Btgv1, Btgv2 e topo do Btgv3.
35
4.5.2 – Análises Físico -Químicas Número de laboratório: 02.0049-02.0052
Horizonte Frações da amostra
total g kg-1
Composição granulométrica da terra fina
g kg-1 Argila
dispersa em
água g k g-1
Grau de flocul.
%
Relação silte/ argila
Densidade kg dm-3
Porosidadedm3 100
dm-3 Símbolo
Profund. cm
Calh. >20 mm
Casc. 20-2 mm
Terra fina <2 mm
Areia gross
a 2-0,2 mm
Areiafina 0,2-0,05 mm
Silte 0,05-0,002mm
Argila<0,002 mm
Solo Partíc.
A1 0-14 0 0 1000 18 453 346 183 183 0 1,89 1,69 2,15 32 Btgv1 14-50 0 0 1000 14 278 317 391 371 5 0,81 1,81 2,67 32 Btgv2 50-93 0 0 1000 14 339 319 328 328 0 0,97 1,81 2,70 33 Btgv3 93-103 0 0 1000 14 571 191 224 224 0 0,85 1,80 2,60 31
Símbolo pH (1:2,5)
Complexo sortivo cmolc kg-1 Valor V
%
Saturação por
Alumínio %
P Assimilá
vel mg kg-1 Água
KCl 1 N
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S Al3+ H+ Valor T
A1 5,3 4,5 4,7 2,3 0,21 0,06 7,3 0,1 4,4 11,8 62 1 3 Btgv1 6,1 4,1 7,2
5,8 4,1
8,1 7,7 5,9
0,23 0,46 16,0 0,2 3,0 19,2 83 1 1 Btgv2 6,8 4,8 0,17 0,56 14,2 0,1 1,5 15,8 90 1 1 Btgv3 8,1 6,1 0,10 0,49 10,6 0 0,5 11,1 95 0 2
Símbolo
C (orgânic
o) g kg-1
N g kg-1
Relação
C/N
Ataque sulfúrico g kg-1
Relações moleculares Fe2O3
livre g kg-1
Equivalente de
CaCO3 g kg-1
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3 Al2O3/
Fe2O3 SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) A1 13,8 1,5 9 72 38 17 2,6 0,8 0,2 3,22 2,50 3,51
Btgv1 3,7 0,6 6 152 100 46 3,7 0,9 0,3 2,58 2,00 3,41 Btgv2 2,6 0,4 6 142 89 44 3,7 0,8 0,4 2,71 2,06 3,18 Btgv3 1,1 0,3 4 98 57 32 2,9 0,7 0,5 2,92 2,15 2,80
Símbolo
Saturação
por sódio
%
Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5)
cmolc kg-1 Constantes hídricas
dm3 100 dm-3 C. E.
do extrato
mS cm-1 25ºC
Água %
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3- CO3
2- Cl - SO42-
Retenção de água Água
disponível 0,01 MPa
1,5 MPa
A1 <1 0,29 42 Btgv1 2 0,09 100 Btgv2 4 0,30 37 Btgv3 4 0,38 29
Relação textural: 1,68
4.5.3 - Análise mineralógica da fração areia Amostra 0051 – Horizonte Btgv2
AREIA GROSSA 75% - Nódulos/concreções ferruginosas e de Manganês, marrom amareladas e pretas.
20% - Quartzo + raros Quartzitos
04 % - Detritos.
01% - Biotita alterada e pouco alterada + Muscovita
AREIA FINA 80% - Quartzo
36
15% - Nódulos/concreções ferruginosas e de Manganês, marroam amareladas e pretas.
02% - Biotita alterada e pouco alterada + Muscovita
04 % - Detritos.
Traços – Turmalina, Epidoto, Ilmenita, Rutilo, Sillimanita e Zircão.
4.5.4 - Análise mineralógica da fração argila - DRX Amostra 0051 – Horizonte Btgv2
Interestratificado do tipo Illita-Esmecftita (I/E), Caulinita (Ca), Esmectita (E) e Illita(Il).
Nos difratogramas abaixo:
Am.total – Amostra não tratada.
Mg e Mg Gl – Amostra desferrificada e saturada com Mg e posteriormente solvatada em Etileno Glicol, com varreduras executadas em ambas as condições.
K25ºC, K110ºC, K350ºC e K550ºC – Amostra desferrificada e saturada com K, com varreduras executadas à temperatura ambiente (25ºC) e após aquecimento nas temperaturas assinaladas.
RESULTADO: Interestratificado do tipo Illita-Esmecftita, Caulinita, Esmectita e Illita.
37
38
4.6 – Perfil no 06
4.6.1 – Descrição DESCRIÇÃO GERAL
Fonte: Reunião, ... 2002. (06 XIV RBMCSA)
Data de coleta: 08/11/2001
Classificação: Gleissolo Háplico Tb Alumínico argissólico, textura argilosa, A moderado, hipoférrico, fase floresta, relevo plano
Localização: Estrada vicinal que liga a rodovia Poconé- Porto Cercado à pista de pouso do Hotel Sesc Pantanal, distando 3,0 km no lado esquerdo da referida estrada, a partir do km 43 da rodovia acima citada no sentido do Hotel Sesc Pantanal. Coordenadas 16 30’ 07,0’’ S e 56 24’ 51,1’’ W.
Altitude: 151 metros.
Situação, declive e cobertura vegetal: Área plana com 1 a 2% de declividade, sob vegetação de Paratudal.
Litologia e Formação geológica: Sedimentos argilosos da Formação Pantanal
Material originário: Produtos de decomposição das litologias supracitadas
Pedregosidade: Não pedregosa.
Rochosidade: Não rochosa.
Relevo local: Plano
Relevo regional: Plano
Erosão: Não aparente
Drenagem: Imperfeitamente/mal drenado
Vegetação primária: Floresta secundária com Paratudo, Lixeira, Espinheiro e substrato de capim Sapé.
Uso à época: Pastagem natural.
Clima: Aw
Responsáveis pela descrição: Paulo Klinger Tito Jacomine, Eduardo Guimarães Couto, Fábio Alvares de Oliveira
39
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A 0 - 9 cinzento muito escuro (10YR 3/1, úmida); franco-argilosa; moderada, pequena, blocos subangulares; firme, plástica, pegajosa; transição abrupta e plana.
Btg1 9- 21 cinzento (10 YR 6/1, úmida); mosqueado comum, pequeno e distinto, bruno-amarelado-escuro (10 YR 4/4, úmida); argila; moderada, pequena a média, blocos angulares e subangulares, firme, plástica, pegajosa; transição clara e plana.
Btg2 21– 47 cinzento (10 YR 5/1, úmida) na face externa dos agregados; mosqueado pouco, pequeno e proeminente, vermelho (2,5 YR 4/8, úmida); argila; forte, média, prismática, composta de forte, média, blocos angulares; muito firme, plástica, pegajosa; transição gradual e plana.
Btg3 47– 73 cinzento-escuro (10 YR 4/1, úmida) na face externa dos agregados; mosqueado pouco, pequeno e proeminente, vermelho (2,5 YR 4/8, úmida); muito argilosa; forte, média, prismática, composta de forte, média, blocos angulares; muito firme, plástica, pegajosa; transição clara e plana.
BC 73– 100 cm+ cinzento-escuro (10 YR 4,5/1) na face externa dos agregados; coloração interna dos agregados variegada, constituída das cores cinzento-escuro (10 YR 4,5/1, úmida) e vermelho (2,5 YR 5/8, úmida); argilossiltosa; moderada, média, prismática, composta de moderada, média, blocos angulares; muito firme, plástica, pegajosa.
Raízes: Muitas, finas, fasciculares de 1 a 4 mm de diâmetro no A, poucas, finas, fasciculares no Btg1, penetrando pelas fendas até o Btg2 e raras, penetrando pelas fendas no Btg3, atingindo o topo do BC.
Poros: Poucos poros, muito pequenos e pequenos ao longo de todo perfil.
Observações:
1 - Presença de superfícies de fricção (“slickensides”), muitos, pequenos e moderados no Btg2 e Btg3.
2 - Paratudal designa formação vegetal mono específica de Tabebuia áurea (Manso) B.& H. ex S. Moore (paratudo ou ipê amarelo), que aparece nesta faixa de transição com maior influência dos aluviões do rio Cuiabá. Apresenta indivíduos isolados, distantes uns dos outros entre 5,0 e 6,0 m.
40
4.6.2 – Análises Físico-Químicas Número de laboratório: 02.0058-02.0062
Horizonte Frações da amostra
total g kg-1
Composição granulométrica da terra fina
g kg-1 Argila
dispersa em
água g k g-1
Grau de flocul.
%
Relação silte/ argila
Densidade kg dm-3
Porosidadedm3 100
dm-3 Símbolo
Profund. cm
Calh. >20 mm
Casc. 20-2 mm
Terra fina <2 mm
Areia gross
a 2-0,2 mm
Areiafina 0,2-0,05 mm
Silte 0,05-0,002mm
Argila<0,002 mm
Solo Partíc.
A1 0-9 0 0 1000 12 250 412 326 265 19 1,26 1,55 2,56 39 Btg1 9-21 0 0 1000 6 178 346 470 0 100 0,74 1,43 2,63 46 Btg2 21-47 0 0 1000 4 87 310 599 0 100 0,52 1,66 2,67 38 Btg3 47-73 0 0 1000 2 54 325 619 0 100 0,52 1,69 2,67 37 BC 73-100 0 0 1000 2 37 469 482 0 100 0,95 1,72 2,67 38
Símbolo pH (1:2,5)
Complexo sortivo cmolc kg-1 Valor V
%
Saturação por
Alumínio %
P Assimilá
vel mg kg-1 Água
KCl 1 N
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S Al3+ H+ Valor T
A1 5,1 3,9 2,0 1,7 0,20 0,12 4,0 1,1 6,6 11,7 34 22 3 Btg1 5,3 3,8 2,1
2,2 2,3
1,3 2,5 2,8
0,12 0,15 3,7 1,7 5,2 10,6 35 31 1 Btg2 5,4 3,7 0,12 0,36 5,2 4,6 6,4 16,2 32 47 1 Btg3 5,6 3,7 0,13 0,49 5,7 5,2 5,6 16,5 35 48 1 BC 5,8 3,7 3,6 4,5 0,14 0,62 8,9 2,4 4,6 15,9 56 21 1
Símbolo
C (orgânic
o) g kg-1
N g kg-1
Relação
C/N
Ataque sulfúrico g kg-1
Relações moleculares Fe2O3
livre g kg-1
Equivalente de
CaCO3 g kg-1
SiO2/ Al2O3
SiO2/ R2O3 Al2O3/
Fe2O3 SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO (Ki) (Kr) A1 12,3 1,4 9 122 81 25 4,5 0,9 0,1 2,56 2,14 5,09
Btg1 6,8 0,9 8 159 123 48 5,1 0,9 0,1 2,20 1,77 4,20 Btg2 6,7 1,0 7 239 194 61 5,7 0,9 0,1 2,09 1,74 4,99 Btg3 6,6 1,0 7 249 196 57 5,8 0,9 0,1 2,16 1,82 5,40 BC 2,9 0,5 6 197 148 63 5,3 0,8 0,1 2,26 1,78 3,69
Símbolo
Saturação
por sódio
%
Pasta saturada Sais solúveis (extrato 1:5)
cmolc kg-1 Constantes hídricas
dm3 100 dm-3 C. E.
do extrato
mS cm-1 25ºC
Água %
Ca2+ Mg2+ K+ Na+ HCO3- CO3
2- Cl - SO42-
Retenção de água Água
disponível 0,01 MPa
1,5 MPa
A1 1 0,23 45 Btg1 1 0,10 50 Btg2 2 0,08 69 Btg3 3 0,08 67 BC 4 0,08 56
Relação textural: 1,73
4.6.3 - Análise mineralógica da fração areia
Amostra 0061 – Horizonte Btg3
AREIA GROSSA 55% - Agregados argilosos e argilo-arenosos, cor cinza. Alguns também
avermelhados.
20% - Nódulos/concreções ferruginosas, aspecto terroso, avermelhados e amarelados.
15% - Quartzo + raros Quartzitos
41
10% - Detritos.
Traços – Muscovita, Magnetita e Biotita.
AREIA FINA 75% - Quartzo
15% - Fragmentos de nódulos/concreções ferruginosas, como acima.
05% - Agregados argilosos de cor cinza. Alguns também avermelhados.
02% - Muscovita + Biotita alterada e pouco alterada + Sericita.
02% - Detritos
Traços – Turmalina, Magnetita, Ilmenita, Epidoto, Rutilo e Zircão.
4.6.4 - Análise mineralógica da fração argila - DRX
Amostra 0061 – Horizonte Btg3
Nos difratogramas abaixo:
Am. total – Amostra não tratada.
Mg e Mg Gl – Amostra desferrificada e saturada com Mg e posteriormente solvatada em Etileno Glicol, com varreduras executadas em ambas as condições.
K25ºC, K110ºC, K350ºC e K550ºC – Amostra desferrificada e saturada com K, com varreduras executadas à temperatura ambiente (25ºC) e após aquecimento nas temperaturas assinaladas.
RESULTADO: Caulinita, Illita, Esmectita e indícios de Interestratificado do tipo Illita-Esmectita.
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5 - REFERÊNCIAS
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COSTA, M. S. da. Estudo da alteração de qualidade natural da água de subsuperfície em Primavera do Leste-MT. Dissertação de Mestrado em Ciências Biológicas- Curso de Ecologia e Conservação de Biodiversidade.
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COUTO, E.G., OLIVEIRA, V.A.; BEIRIGO, R.M., CALDERARI JUNIOR, J.O.; NASCIMENTO A.F.; VIDAL-TORRADO P. Solos do Pantanal Matogrossense. In: N. Curi, J. C. Ker, R. F. Novais, P. Vidal-Torrado and C. E. G. R. Schaefer, eds. 1 Edição ed. Viçosa, SBCS, 2017. p. 303-352.
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EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 5a ed. revista e ampliada. 356p. Brasília, DF: Embrapa, 2018. 1v.
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6 – ANEXOS
6.1 - Metodologia das análises físico-químicas da tfsa e mineralógica das frações areia e cascalho
6.1.1 - Metodologia das análises físico-químicas da tfsa No laboratório da Embrapa Solos as amostras de solo foram secas ao ar,
destorroadas com um martelo de borracha e passadas em peneira no.10 (malha de
2mm), obtendo-se a fração terra fina seca ao ar (TFSA), onde foram realizadas as
análises físicas e químicas (Claessen, 1997; Teixeira et al., 2017). As análises físico-
hídricas foram realizadas em amostras indeformadas (cilindros metálicos de 100 cm3),
em triplicata, nos laboratórios da Embrapa Solos (perfis RO-01 a RO-10) e na
Embrapa Amazônia Ocidental (perfis RO-11 a RO-15).
A análise granulométrica foi realizada pelo método do densímetro, utilizando
hidróxido de sódio 0,1 mol L-1 como agente dispersante. As seguintes análises
químicas e procedimentos analíticos utilizados foram: o pH foi determinado em água
(potenciômetro) utilizando relação solo:solução 1:2,5 após agitação e repouso de 1
hora; o carbono orgânico (C) foi determinado por oxidação com dicromato de potássio.
Os cátions Ca2+, Mg2+ e Al3+ foram extraídos com solução KCl 1 mol L-1. A extração do
H+ + Al3+ foi realizada com solução de acetato de cálcio 0,5 mol L-1 a pH 7,0. Os
elementos Na+ e K+ foram extraídos com solução de H2SO4 0,0125 mol L-1 + HCl 0,05
mol L-1. Os teores de Ca2+ e Mg2+ foram determinados por espectroscopia de absorção
atômica; K+ e Na+ por fotometria de chama; Al3+ e H+ + Al3+ por titulometria. Os
conteúdos de SiO2, Al2O3, Fe2O3, TiO2, P2O5 e MnO foram determinados após abertura
das amostras com ácido sulfúrico 1:1, sendo os três primeiros utilizados no cálculo das
relações moleculares Ki e Kr. Dissoluções seletivas com os reagentes ditionito citrato
bicarbonato e oxalato ácido de amônio foram utilizados para extração de Fe e Al. O
carbono orgânico total foi determinado por via seca segundo procedimentos
preconizados por Nelson e Sommers (1996). (?)
6.1.2 - Metodologia para as analises mineralógicas das frações areia e cascalho Após separadas as frações calhaus (20cm – 2cm) e cascalhos (2cm – 2mm) e as
frações areia grossa (2 – 0,2mm) e areia fina (0,2 – 0,05mm) por separação
granulométrica (Embrapa, 1997), são empregados o microscópio estereoscópio (lupa),
microscópio petrográfico e ocasionalmente difração de raios X. Microtestes químicos
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costumam ser empregados para verificar ou confirmar presença de manganês e
carbonatos.
6.2 - Metodologia da determinação da mineralogia de argila – DRX As amostras foram analisadas em condições naturais e sob tratamento completo, ou seja: desferrificação por DCB, de acordo com Mehra e Jackson, 1960; saturação com K e aquecimento, em forno mufla, por duas horas, nas seguintes temperaturas: 110o, 350o e 550o C; saturação com Mg e solvatação em etileno glicol (EMBRAPA/CNPS, 1997). As lâminas foram preparadas, de forma orientada, pelo método do esfregaço e os difratogramas foram interpretados segundo as tabelas de Thorez (1976), Brindley & Brown (1980), Moore & Reynolds (1989) e Fontes (1990).
6.2.1 – Considerações sobre as análises de DRX Todas as amostras são constituídas por Caulinita, Esmectita, Illita e
Interestratificado do tipo Illita-Esmectita. Apesar da constituição idêntica, a quantidade de cada mineral e sua relação com os outros minerais presentes é que varia de uma amostra para outra. A ordem de apresentação dos minerais, em cada perfil, exprime uma idéia (não exata) de predominância.
São apresentados alguns difratogramas em montagens, que ilustram a presença dos minerais e alguns dos critérios para sua interpretação. É também apresentado o difratograma da amostra total para melhor ilustrar a presença ou não dos óxidos de ferro na amostra. Nas montagens consta o intervalo de varredura como de 3,3º a 50º (2), apenas por razões de apresentação gráfica. O intervalo real de execução da análise é de 2º a 45º (2).
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