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Henri-Charles Manguin
1874-1949
Henri-Charles Manguin, nascido em Paris no dia 23 de março de 1874 e
falecido em Saint-Tropez, Côte d'Azur, ao Sudeste da França, no dia 25 de
setembro de 1949, foi um pintor francês, iniciado no Impressionismo e depois
ativo no Fauvismo, havendo estudado na Escola de Belas Artes de Paris,
juntamente com Henri Matisse e Charles Camoin, dos quais se tornou grande
amigo, sob orientação do mestre do Simbolismo, Gustave Moreau.
Todos eles desenvolveram seu aprendizado fazendo cópias da arte da
Renascença, da qual o Museu do Louvre tinha um amplo repertório. Como outros
de sua época, deixou-se levar pelo Impressionismo, usando cores claras e
matizes brilhantes em pastel.
Ele casou-se em 1899 com Jeanne Manguin, que, assim como outros
familiares, passou a ser um modelo constante de suas obras.
Manguin fez sua primeira exibição no Salão dos Independentes e no Salão
de Outono e muitas de suas pinturas tiveram como foco as paisagens da
orla mediterrânea francesa, que caracterizaram o auge de sua carreira,
sendo sintomático que tenha trocado o charme de Paris para passar os
últimos momentos de sua carreira em Saint-Tropez, um dos mais belos
cenários do litoral francês, preferido de artistas e turistas de todo o mundo.
Com efeito, após viajar por todo o Sul da Europa, na companhia inseparável
de outro fauvista, Albert Marquet, em 1949, Manguin deixou definitivamente
Paris para residir em Saint Tropez, no extremo Sudeste da França, e a 900
quilômetros da capital francesa.
O Fauvismo, de curta duração, teve poucos e selecionados seguidores e,
entre eles, Henri-Charles Manguin foi um dos mais ardorosos apoiadores do
movimento, ao qual se manteve fiel mesmo quando alguns de seus
companheiros aderiam ao Cubismo do ex-fauvista Georges Braque e do
irrequieto inovador Pablo Picasso. (Traduzido da Wikipedia em inglês, com apoio
de outras fontes)
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Henri-Charles Manguin
Le Rocher (La Naïade, Cavalière), 1906 (Commons)
“Les Gravures” (1905) Museo Thyssen-Bornemisza
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Henri-Charles Manguin “Jeune femme à la coiffe rouge” (1911-circa),
http://catalogue.drouot.com/
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Henri Émile Benoît Matisse (1869-1954)
A arte do pintor francês Matisse baseia-se num método que, segundo ele
próprio, consiste em abordar separadamente cada elemento da obra -- desenho, cor, composição -- e em juntá-los numa síntese, "sem que a
eloquência de um deles seja diminuída pela presença dos outros". Abandonou assim a perspectiva, as técnicas do desenho e o efeito de
claro-escuro para tratar a cor como valor em si mesma.
Henri-Émile-Benoît Matisse nasceu em Le Cateau, Picardia, em 31 de dezembro de 1869. Mudou-se para Paris em 1891 e estudou na École des Arts Décoratifs e no ateliê de Gustave Moreau. No período entre 1900 e 1905 participou do Salão dos Independentes e do Salão de Outono. Causou sensação ao incluir-se, com Albert Marquet e André Derain, entre os primeiros fauvistas.
Sua arte conheceu depois grande divulgação. Fundou uma academia, frequentada por alunos do mundo inteiro. Em 1909 abriu-se uma exposição sua em Moscou e, em 1910, uma retrospectiva em Paris. As viagens que fez ao Marrocos e a Tanger, entre 1910 e 1912, influenciaram sua obra. Em 1913 expôs no Armory Show, em Nova York, e em 1920 colaborou com a companhia russa de balé de Diaghilev.
Em 1904-1905, "Luxo, calma e volúpia" ainda revelava a influência dos pós-impressionistas, mas já demonstrava grande simplificação da cor, do traço e dos volumes. Em 1908, a euforia decorativa de "O aparador, harmonia vermelha" atestava que Matisse já tinha estilo próprio.
Dos pintores fauvistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade.
Ao explorar ora o ritmo das curvas, como em "A música" (1909) e "A dança" (1933), ora o contraste entre linhas e chapadas, como em "Grande natureza-morta com berinjelas" (1911-1912), Matisse procurou uma composição livre, sem outra ligação que não o senso de harmonia plástica. Sua cor não se dissolvia em matizes, mas era delimitada pelo traço.
Já liberto do fauvismo, o pintor mostrou, às vezes, tendência a reduzir as linhas à essência, como em "A lição de piano" (1916), mas não se interessou pela pura abstração. O amor pela exuberância decorativa aparece em "Blusa romena" e na série "Odaliscas", de 1918.
Em sua fase final, Matisse voltou-se para a esquematização das figuras, de que são exemplos a decoração mural "A dança", para a Barnes Foundation, em Merion, nos Estados Unidos, e os papiers collés ou gouaches découpées (técnica que chamou de "desenho com tesoura") que ilustram Jazz (1947), livro com suas impressões sobre a arte e a vida.
Foi também escultor e ilustrador. Em 1944, como desenhista, ilustrou as Fleurs du mal (Flores do mal), de Baudelaire, e, como litógrafo, as Lettres portugaises (1946; Cartas portuguesas), atribuídas a soror Mariana Alcoforado, e Les Amours, de Pierre Ronsard.
Entre 1948 e 1951 dedicou-se à concepção arquitetônica e à decoração interior da capela do Rosário em Saint-Paul, perto de Vence, no Sul da França. O autor considerava essa sua melhor obra, e nela concebeu todos os detalhes, dos vitrais ao mobiliário, voltado para uma concepção mais ascética das formas, embora nos arabescos florais predomine uma linha sinuosa.
Henri Matisse morreu em Nice, França, em 3 de novembro de 1954.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
MATISSE E O FAUVISMO
O Fauvismo (feras selvagens) foi um movimento de curta duração, na passagem do Século 19 para o Século 20 e teve como líder incontestável Henri Matisse, contando também com a participação de outros grandes artistas, entre eles, André Derain, Maurice de Vlaminck, Raoul Dufy, Georges Braque, Henri Manguin, Albert Marquet, Jean Puy, Emile Othon Friesz.
Partindo do colorido vibrante e agressivo de Van Gogh e Gauguin (pós impressionistas), os fauvistas rejeitaram não só o império da forma, ditado pela academia, como também o conceito de luminosidade dos impressionistas, passando a usar a cor como fator primordial da pintura e levando-a às últimas conseqüências, resultando daí quadros tão bonitos quanto artificiais.
O fauvismo foi se esvaziando e perdendo sua força na medida em que seus precursores amadureceram e evoluiram para outros estilos, dentre os muitos que proliferaram na primeira metade do Século 20. Na Europa, Matisse tornou-se o símbolo máximo do fauvismo. No Brasil, um dos seus grandes expoentes foi o pintor mineiro Inimá de Paula. (Paulo Victorino - Pitoresco)
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Matisse em transição
“Joie de Vivre”, (Pontilhista) 1905-1906
“Joie de Vivre”, (Fauvista) 1905-1906
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Matisse quando impressionista > “A mesa de jantar”, 1897
Com um toque ainda impressionista, os primeiros sinais do Fauve
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Retrato de “Delectorskaya del Lydia” (1947), o
Matisse amadurecido, já aos 78 anos
Lydia Nikolaevna Délectorskaya (1910-1998),foi uma artista plástica russa,
refugiada na França e amparada por Henri Matisse de quem, a partir de 1932,
se tornou a principal modelo e assistente
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Matisse e as colagens
A partir de 1941, com uma doença incurável e progressiva que vai
incapacita-lo cada dia mais, Matisse, numa cadeira de rodas, passa a
pintar tiras de papel, que recorta e cola, formando novas telas. A colagem
não foi uma escolha pessoal, mas uma opção que o destino lhe concedeu
como derradeira chance como artista. E soube aproveitar bem... Uma
assistente o ajudava na colagem das tiras nas telas.
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