SERGIO DE MELLO QUEIROZ
SER PARAQUEDISTA MILITAR
BRASIL
2015
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INTRODUÇÃO
Tropas paraquedistas não era um conceito novo na Segunda Guerra
Mundial, nem a blitzkrieg que já tinha sido usada por Napoleão.
Quando Napoleão era adolescente, Benjamim Franklin previa o uso de
balões para levar tropas na retaguarda inimiga. Em 1783, Napoleão
pensou em usar balonetes para invadir o Reino Unido.
Em 1709, data em que o padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão
(1685-1724) nascido em Santos-SP conseguiu em Lisboa, que o seu balão ou
“passarola” como foi chamado pelo povo, se elevasse a quatro metros de altura na
terceira tentativa e diante do rei D. João V e toda sua corte.
Como na primeira tentativa a “passarola” havia pegado fogo, foi destruída por
dois guardas, receosos de que o padre voador provocasse um incêndio no palácio.
O experimento de Bartolomeu de Gusmão ficaria para a história como o primeiro
vôo promovido pela engenharia humana.
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Antes dele a teoria mais aceita é a de que os índios Nazca do Peru teriam feito
um balão com fibras vegetais existentes naquela região, e que teriam sobrevoado o
deserto de Nazca.
As provas desse feito estão em peças de cerâmica datadas do ano 500 que
estão hoje em um Museu na cidade de Lima.
É no entanto geralmente aceito que o primeiro vôo efetivo em balão foi o
realizado pelos irmãos franceses Joseph e Jacques Montgolfier, primeiramente ao
fazerem subir um engenho em 1783, meses mais tarde lançaram outro tripulado por
um carneiro, um pato e um galo que retornaram ao solo em perfeitas condições.
O primeiro era na verdade um grande saco de linho com ar aquecido, que eles
soltaram na praça de sua cidade natal,
Vidalon-les-Annonay na França, este balão
subiu a 45 metros de altura e percorreu
cerca de 2,4 quilometros em 10 minutos.
Já o segundo era feito a base de culose
e fibras vegetais, o curioso é que encheram
o balão de fumaça acreditando que esse
fluído fazia o balão se elevar, quando na
verdade era o ar quente.
Finalmente em 21 de novembro de 1783,
o Marquês François d’Arlandes e o físico François de Rozier eleveram-se ao céu na
cela do balão projetado pelos Irmãos Montgolfier, o feito foi assistido pelo rei da
França Luis XVI, pela Rainha Maria Antonieta, Benjamin Franklin e pelo público
parisiense estimado em 300.000 pessoas.
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O vôo durou 25 minutos, enquanto os dois inventores alimentavam a fonte de
calor com palha úmida e lã de carneiro, ao mesmo tempo tentavam se proteger dos
vapores e do mau cheiro da combustão e cuidavam para que nenhuma fagulha
pudesse tudo a perder.
Antes de todos esses acontecimentos uma das mais importantes descobertas
para o mundo dos aerostatos já havia ocorrido: a do hidrogênio ou ar inflamável,
como o chamava aquele que estudou suas propriedades, o físico inglês Henry
Cavendish (nome hidrogênio, só foi inventado anos depois pelo físico francês
Lavoisier). Correspondendo a apenas 1/14 da densidade do ar e de alta
inflamabilidade, o gás era tudo com que os aeronautas sonhavam, o problema era
encontrar um invólucro capaz de reter as pequenas moléculas do elemento.
Então ainda em 1783, o professor e membro da Academia Francesa Jacques
A.Charles descobriu um novo tecido, a base de seda e borracha capaz de conter o
gás. Ele então voou por duas horas e meia a uma altura de mais de 250 metros, por
cerca de 40 km em um balão de gás hidrogênio.
No ano seguinte em 1784 Joseph Montgolfier voava no maior balão tripulado até
então construído, com capacidade de 20.000 m³. Apartir desse ano a conquista dos
céus começara.
Em 1784 também foi registrada a primeira mulher á bordo de um balão, Madame
Thible, passageira de M. Fleurant.
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O primeiro vôo na Inglaterra foi nesse mesmo ano e foi capitaneado pelo italiano
Vicente Lunardi, que ficou no ar durante 1 hora e 40 minutos e foi recebido como
herói pelo Rei George III.
Em 1785 um balão atravessava o Canal da Mancha com o francês Jean-Pierre
Blanchard e o americano John Jeffries á bordo. Blanchard se encarregaria de
divulgar o novo meio de transporte pela Europa.
Oito anos depois o francês Jean Pierre Blanchard vôou pela primeira vez de
balão em território americano, foi na Filadélfia na presença de George Washington.
Em 1786 foi realizado o primeiro vôo noturno de balão, na França de Paris à
Breteuil.
Em 1798 foi realizada a primeira ascenção exclusivamente feminina de balão, por
Mlle. Labrosse e Mlle. Henry em Paris, França.
Em 1850 o francês Giffard tentou acoplar ao seu aparelho um motor com hélices
para impulsioná-lo e torná-lo independente do vento, mas não deu certo.
Em 1867 ocorria o primeiro vôo de balão no Brasil por dois americanos, J. e E. Allen.
Nesse mesmo ano aqui no Brasil um balão foi utilizado na Guerra do Paraguai pelo exército Imperial para observar as linhas paraguaias no dia 24 de junho.
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Em 1870 foi registrado o primeiro serviço postal aéreo, entre Paris e La Província, constituído por 66 balões postais.
Em 1884, o brasileiro Júlio Cezar Ribeiro de Souza (1843-1887) patenteou em Paris o dirigível Victória (subvencionado pela Assembléia de sua província, região que corresponde ao atual Estado do Pará), que vôou contra o vento e em linha reta.
A primeira ascenção do Victória ocorreu em 8 de novembro de 1881. O brasileiro escreveu um livro “Memórias do novo sistema de navegação aérea” que estabeleu as bases da aerodinâmica.
Mais tarde por problemas financeiros não pode continuar seus projetos, mas as leis que descobriu foram aplicadas por Alberto Santos Dumond 20 anos mais tarde,
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na mesma Paris.
Em 1893 Augusto Severo de Albuquerque Maranhão construiu em Paris um dirigível com o nome de "Bartholomeu de Gusmão".
Em 1898 Alberto Santos Dumont (1873-1932) no dia 4 de julho, elevou-se aos céus em um balão, chamado de Brasil com 6 metros de diâmetro, invólucro de seda japonesa envernizada e capacidade de 113 m³ de gás e um peso de apenas 14 quilos.
Em 1900 houve a primeira ascenção de um Zeppelin, dirigível rígido.
Em 1901 na França, Alberto Santos Dumont (1873-1932), com seu dirigível número 3 partiu de Vaugirard e foi em direção ao campo de Marte, já fazendo de tudo e indo aonde queria.
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Com o número 6 deu a volta na Torre Eiffel no dia 19 de outubro do mesmo ano, o que fez com que ganhasse o Prêmio Deutsch de La Meurthe, de 125 mil francos.
Santos Dumond, com seu aprendizado de construção de aeronaves fez vários dirigíveis, até que acabou de construir uma aeronave mais pesada que o ar. A construção por Dumont de um balão de 186 m³ com hélice serviu de base para o famoso 14 BIS.
Não podemos esquecer que Santos Dumond voou primeiro num balão comum, tão livremente como fazem os balonistas atuais.
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PARAQUEDAS
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um paraquedas é um dispositivo que permite diminuir a velocidade de uma pessoa
na atmosfera usando um arrasto que é criado.
Normalmente um paraquedas é feito de tecido leve e forte de nylon, originalmente
de seda.
Dependendo da situação, paraquedas são usados com uma variedade de cargas,
incluindo as pessoas, alimentos, equipamentos, cápsulas espaciais e bombas.
A palavra "paraquedas" vem do prefixo francês "paracete", originalmente do grego,
significando para proteger contra, e do substantivo "chute", a palavra francesa para
"queda", e foi cunhada originalmente como palavra híbrida, que significava
literalmente "aquele que protege contra uma queda", pelo aeronauta
francêsFrançois Blanchard (1753-1809) em 1785.
HISTÓRIA
A história do paraquedas[
A mais antiga descrição de um
paraquedas de um autor anônimo, British
Museum Add. MSS 34,113, fol. 200v
Segundo a literatura, o paraquedismo
começou na China, há 2000 anos.1
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A primeira tentativa foi a construção de um tipo de guarda-chuva que usavam para
pular de torres e penhascos.
Em 852 d.c. em Córdova, na Andaluzia, um muçulmano chamado Armen Firman,
construiu asas para planar, pulando de uma torre. Armen pousou com pequenos
ferimentos, graças à sustentação que a sua asa lhe conseguiu dar.2
O primeiro indício para o paraquedas no mundo ocidental remonta ao período
da Renascença.
O projeto mais antigo paraquedas aparece em um manuscrito anônimo da década
de 1470 da Itália Renascentista, mostrando um homem livre pendurado segurando
um quadro de barra transversal conectado a uma cobertura cónica.
Como medida de segurança, quatro cintas descem a partir das extremidades das
hastes com um cinto. O design é uma melhoria acentuada em detrimento de outro
folio que retrata um homem que tenta quebrar a força de sua queda por meio de
duas fitas de pano longa presa a duas barras que ele agarra com as mãos.
Embora a área de superfície do desenho do paraquedas parece ser pequeno
demais para oferecer resistência eficaz ao atrito do ar e a base de madeira é
supérfluo e, potencialmente, prejudicando, o caráter revolucionário do novo conceito
é óbvio.
Apenas um pouco mais tarde, um paraquedas mais sofisticado foi esboçado pelo
sábio Leonardo da Vinci datado de 1485.
Aqui, a escala do paraquedas está em uma proporção mais favorável para o peso
do saltador.
A cobertura de Leonardo foi mantida aberta pela uma moldura quadrada de
madeira, que altera a forma do paraquedas de cônica a piramidal.
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Não se sabe se o inventor italiano foi influenciado pelo projeto anterior, mas ele
pode ter aprendido sobre a ideia através da comunicação intensiva oral
entreengenheiros-artistas da época.
A viabilidade do projeto piramidal de Leonardo foi testada com sucesso em 2000
pelo inglês Adrian Nicholas e novamente em 2008 por outro paraquedista.
Segundo o historiador da tecnologia Lynn White, estes projetos cônicos e
piramidais, muito mais elaborados do início saltos artísticos com guarda-sóis rígida
na Ásia, marca a origem de "paraquedas como a conhecemos".
O inventor Fausto Veranzio (1551-1617), da República de Veneza, examinou um
esboço de paraquedas de Da Vinci, e partiu para programar um de seus próprios.
Manteve a moldura quadrada, mas substituiu a cobertura de com um pedaço
saliente de algo semelhante à vela de pano que ele veio a perceber a desacelerar a
queda de forma mais eficaz.
A representação agora famosa de um paraquedas que ele apelidou de Homo
Volans (homem voador) apareceu em seu livro sobre mecânica em 1595, ao lado de
uma série de outros dispositivos e conceitos técnicos.
Em 1617, Veranzio programou o seu projeto e testou o paraquedas, saltando de
uma torre em Veneza.
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Paraquedas modernos[
Meados do Século XVIII e XIX
Louis-Sébastien Lenormand salta da torre do observatório Montpellier, 1783.
Ilustração do final do século XIX
Representação esquemática do paraquedas de Garnerin, de uma ilustração início
do século XIX
O paraquedas moderno foi inventado pelo francês Louis-Sébastien Lenormand, que fez um salto pela primeira vez em público em 1783.
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Lenormand também esboçou o seu dispositivo de antemão.
Dois anos depois, Lenormand inventou a palavra "paraquedas" por hibridação.
Também em 1785, Jean-Pierre Blanchard demonstrou como um meio seguro de
desembarcar de um balão de ar quente.
Enquanto primeiras demonstrações de Blanchard de paraquedas foram realizadas
com um cachorro como o passageiro, mais tarde ele teve a oportunidade de
experimentá-lo nele mesmo em 1793 quando seu balão de ar quente rompeu e ele
usou um paraquedas para escapar.
Um desenvolvimento posterior do paraquedas focado nisso tornando-se mais
compacto.
Enquanto o paraquedas no início era feito de linho esticado sobre uma moldura de
madeira, no final da década de 1790, Blanchard começou a fazer paraquedas de
seda dobrada, aproveitando a força de seda e peso leve. Garnerin também inventou
o paraquedas ventilado, o que melhorou a estabilidade da queda.
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PARAQUEDISMO MILITAR NA PRIMEIRA
GUERRA
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VÉSPERAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL]
Em 1911, um teste bem sucedido foi feito com um boneco na Torre Eiffel, em Paris.
O peso do boneco era de 75 kg, e o peso do paraquedas era 21 kg.
Os cabos entre a marioneta e o paraquedas tinham 9 m de comprimento. No ano
seguinte, Franz Reicheltsaltou da torre demonstrando seu paraquedas, mas faleceu
na queda.
Também no mesmo ano, Grant de Morton deu o seu primeiro salto de paraquedas
de um avião, um Wright Modelo B, em Venice, na Califórnia. O piloto do avião foi
Phil Parmalee.
Paraquedas de Morton era do tipo "jogar fora", onde ocupou a calha em seus braços
quando ele saiu da aeronave.
No mesmo ano, um russo Gleb Kotelnikov inventor inventou o paraquedas-mochila,
embora Hermann Lattemann e sua esposa Käthe Paulus foram saltar com
paraquedas ensacado na última década do século 19.
Em 1912, numa estrada perto de Tsarskoye Selo, São Petersburgo, Kotelnikov
demonstrra com sucesso os efeitos de travagem de paraquedas ao acelerar um
automóvel à velocidade máxima, e em seguida, abrindo um paraquedas anexado ao
banco de trás, assim inventando também o paraquedas que atualmente é usado
para travar veículos a jato.
Štefan Banič, na Eslováquia, inventou o paraquedas usado ativamente, patenteado
em 1913. Em 21 de junho de 1913, Georgia Broadwick tornou-se a primeira mulher
a saltar de paraquedas de uma aeronave em movimento, em Los Angeles.
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PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
O primeiro uso militar para o paraquedas foi para uso de detetores de artilharia
amarrados em balões de observação na Primeira Guerra Mundial.
Estes foram alvos tentadores para os aviões de combate do inimigo, embora difícil
de destruir, devido às suas pesadas defesas antiaéreas.
Porque eles eram difíceis de escapar, e perigoso quando em chamas devido a sua
inflação de hidrogênio, observadores os abandonam e descem de paraquedas, logo
que aeronaves inimigas foram vistos.
A equipe de terra, então, tentar recuperar e desinflar o balão o mais rápido possível.
A parte principal do paraquedas foi em um saco suspenso a partir do balão com o
piloto vestindo apenas um cinto simples na cintura, que foi anexado ao paraquedas
principal.
Quando a equipe do balão saltou a parte principal do paraquedas foi retirado do
saco de aproveitar a tripulação da cintura, primeiro as linhas de mortalha, seguido
do velame principal.
Este tipo de paraquedas foi adotado pela primeira vez em larga escala pelos
alemães para as suas tripulações balão de observação, e depois pelo. Britânicos e
franceses para as suas tripulações balão de observação.
Embora este tipo de unidade funcionasse bem de balões tinha resultados mistos
quando usado em aeronaves de asa fixa pelos alemães onde o saco foi
armazenado em um compartimento atrás do piloto.
Em muitos casos em que não funcionaram as linhas mortalha tornou-se enredado
com a aeronave girando. Embora um número de famosos pilotos de caça alemães
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tivessem sido salvos por esse tipo de paraquedas, incluindo Hermann Göring, sem
paraquedas foram emitidos para aliados "mais pesado que o ar" da tripulação, já
que foi pensado na altura que, se um piloto tinha um paraquedas, ele iria saltar do
avião, quando bateu em vez de tentar salvar o avião.
Como resultado, o piloto de um avião com deficiência só tinha três opções:. Tente
montar a sua máquina para o solo, muitas vezes queimadas vivas com ele, salto de
vários milhares de pés, ou cometer suicídio utilizando um revólver padrão emitido.
Evolução]
Paraquedista dos Marines com um paraquedas militar.
Com a formação de unidades especializadas em salto (paraquedistas) a Força
Aérea de quase todos os países dispõe assim de uma possibilidade de colocar
tropas no solo a partir do céu, possibilitando-as de serem transportadas mais
rapidamente.
Com novas opções de utilização do paraquedismo, começaram a aparecer várias
modalidades desportivas, e o paraquedas evoluiu em vários sentidos: de abertura
automática (tipicamente para uso militar)
Tipos de paraquedas
Militares a usar o paraquedas de abertura automática, lançados a partir de
um Hércules C-130.
Abertura automática
Este tipo de paraquedas está preparado para ser engatilhado por um gancho que,
amarrado a um cabo resistente, irá abrir o paraquedas depois do salto com a tensão
no cabo resultante do afastamento do paraquedista em relação ao avião. Este tipo
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de paraquedas permite, assim, saltos de baixa altitude, já que o paraquedas é
aberto quase instantaneamente.
Este tipo não é muito manobrável e é utilizado especialmente para a largada de
militares em alvos bem específicos.
Para uma maior segurança do paraquedista, existe um dispositivo de abertura
automática do paraquedas (DAA ou Automatic Activation Device - AAD em inglês),
existindo em diversos modelos (Cypress, FXC e Vigil entre outros) de diferentes
fabricantes. É um altímetrodigital e velocímetro que, em queda livre, estabelece uma
relação entre altitude e velocidade e estipula uma altura mínima para abertura do
paraquedas, ou seja, se por acaso o paraquedista enfrentar problemas no salto, tal
como desmaios ou um Twist muito intenso, ao chegar a altitude pré-determinada o
paraquedas reserva é acionado automaticamente.
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ASSALTO AEROTERRESTRE
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ASSALTO AEROTERRESTRE
Esta ideologia de operações aeroterrestres foi praticada inicialmente
pelos soviéticos, mas foram os alemães que colocaram em pratica.
O desenvolvimento das aeronaves, planadores e dos pára-quedas
fizeram o sonho do assalto aéreo, ou operações aeroterrestres, se
tornarem uma realidade.
As táticas variavam de uma nação para outra e nos teatros de
operação. Inicialmente era esperado o uso apenas em incursões devido
a limitação das aeronaves e dificuldade de comando & controle e
logística de grandes operações.
Operações de reconhecimento de longo alcance era uma opção
estudada mas na época não havia bons radio leves de longo alcance.
A opções de uso se tornaram mais ambiciosas com uso de tropas em
nível de batalhão para tomar pontos chaves com pontes,
entroncamentos, bases áreas para apoiar o avanço e atrapalhar o
reforço inimigo.
Os aliados atuaram assim na Europa em uma grande frente.
Operações desta escala deveriam durar 3-5 dias e atuar de forma
independente.
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Usariam apoio aéreo aproximado no lugar de artilharia.
O Alemães atuaram assim na Noruega e Creta para tomar bases aéreas
até o chegar reforços.
Os aliados realizaram este tipo de missão no Pacífico em Nadzab em
1943.
O assalto no forte de Eben Emael foi uma das melhores operações do
tipo e todas as operações na Segunda Guerra tiveram sucesso e incluía
o uso de aerobarcos em assaltos com pouso em rios.
O Reino Unido realizou incursões com tropas pára-quedistas na França
com sucesso.
Os russos usaram unidades maiores em operações na Finlândia
também com sucesso.
A experiência pratica mostrou que as tropas do tipo Comandos eram
melhores para realizar incursões enquanto os pára-quedistas eram
melhores para operações decisivas de larga escala com tamanho de
pelo menos um batalhão para tomar objetivos chaves até chegada de
tropas convencionais.
Tropas em pequeno número não podem cumprir estas missões que
precisam de muito poder de fogo.
Os alemães estudaram vários conceitos de uso de pára-quedistas. Um
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era atuar atrás das linhas, "cortando a cabeça para enfraquecer o
corpo".
Esta doutrina foi usada na Holanda e Dinamarca em 1940 com sucesso.
Na função de seqüestro foi usado com Mussolini e contra Tito.
Foi pensado no uso de pára-quedistas para tomar objetivos chave como
pontes para as unidades Panzer passar antes de serem demolidas.
Foi usado na Holanda, Bélgica e com sucesso parcial na Grécia.
A quarta doutrina seria tomar bases para uso da Luftwaffe para
aumentar o alcance e levar tropas para aumentar a cabeça de ponte
aérea.
Foi usado na Noruega, Dinamarca, Holanda e Creta.
Outra função seria criar uma frente não esperada pelo inimigo sendo
usada em Creta mas os aliados sabiam onde e como seria esta
operação.
Os aliados aplicaram esta última doutrina na Normandia.
Os russos dividem as missões aerotransportadas em profundidade e
importância do objetivo.
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As operações estratégicas ocorrem a mais de 500km, para
demonstração de força, atacar centros políticos e industriais, portos,
bases aéreas ou isolar um membro de coalizão.
As operacionais ocorrem a até 50km como liberação nuclear, atacar
quartéis, pontes, desfiladeiros e bloquear a fuga inimiga.
As operações especiais ocorrem entre 50 a 500km como liberação
nuclear, demonstração de força, fogo premeditado e apreensão de
meios.
O uso de tropas aerotransportadas tem muita vantagens.
Pode ultrapassar rápido a frente de batalha podendo ser posicionado
em áreas não acessíveis por terra; pode atravessar obstáculos como
rios e até oceanos; podem evadir fortificações para prevenir ataque de
uma direção especifica; tem capacidade de profundidade, velocidade e
surpresa, principalmente operando na retaguarda que é difícil de
defender.
A retaguarda inimiga tem uma grande área, com as tropas dispersas,
com tropas de reserva menos treinadas, pouca defesa aérea, e as
forças de reação são poucas, com muitas oportunidades de explorar
fraquezas do inimigo.
O inimigo fica sempre forçado a espalhar suas defesas para proteger
áreas normalmente seguras pela geografia.
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A ameaça de um assalto aéreo tem efeito devastador no inimigo
levando a dispersão de defesas na retaguarda e aliviando as tropas de
frente, já sendo uma justificativa para a sua existência.
É a vantagem de poder ser inseridas atrás das linhas em qualquer lugar
e sem muito aviso.
O tamanho da formação é limitado apenas pelo núumero e tamanho das
aeronaves.
Uma unidade pára-quedista pode aparecer em qualquer lugar em
minutos (envolvimento vertical).
Um cargueiro C-17 auxiliado por reabastecimento em vôo permite atingir
qualquer lugar do mundo.
As tropas aerotransportadas podem ser usadas na defesa para reforçar,
realizar ataques divisionários em uma operação maior, inquietação de
retaguarda e ajudar em um contra-ataque.
Os britânicos citam a opção de reforçar o sucesso ao invés de só apoiar
tropas com problemas.
As operações pára-quedistas têm muitos pontos negativos.
As tropas ficam muito vulneráveis quando estão descendo; depois do
pouso ainda estão muito desorganizadas levando tempo para se
reagruparem; só tem mobilidade a pé após o salto apesar de serem
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muito móveis no ar; para apoio de fogo praticamente só tem o apoio
aéreo aproximado e é difícil de serem reforçadas ou ressupridas.
Atuando junto com operações terrestres as operações
aerotransportadas são muito difíceis de coordenar com o avanço pois
precisam de muito planejamento antecipado.
A necessidade da missão pode deixar de existir antes de ficar pronta
para ser levada adiante.
As tropas aerotransportadas podem ser apoiadas pelo ar com apoio
aéreo, reforço e munição. Isto é importante pois a duração e
profundidade da ação são outra limitação dos pára-quedistas.
Os pára-quedistas não levam suprimentos e equipamentos para
operações de combate prolongadas, usando a cabeça ponte aérea para
receber reforços e realizar a ocupação de longo termo.
As aeronaves atuais são muito mais capazes podendo lançar cargas
mais pesadas como canhões, veículos, suprimentos e blindados
superando os problemas das primeira aeronaves usadas nas operações
aeroterrestres.
As tropas pára-quedistas são pouco capazes em mobilidade e poder de
fogo e tem muito pouca capacidade contra uma divisão blindada.
São poucas as armas para esta contingência, mas é um problema para
toda divisão de infantaria leve.
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Desde a Segunda Guerra Mundial que as tropas pára-quedistas tem
melhor valor quando usadas contra um inimigo já debilitado ou
operações periféricas.
Os alemães só tiveram sucesso com pára-quedistas na Holanda e
Bélgica em 1940. Depois falharam ou sem impacto decisivo.
O sucesso inicial foi contra inimigos fracos ou sem interesse.
Em Arnhein os britânicos fracassaram devido a presença de uma
divisão Panzer no local que não era conhecida.
As forças pára-quedistas russas, ou VDV (Vozdushno-Desantnye
Vojska), foram pensadas para a função de operações em profundidade
como tomar uma cabeça de ponte aérea para a chegada de uma coluna
mecanizada.
Na realidade não se esperava que realizessem este tipo de missão em
um cenário como o da Guerra Fria.
A VDV é pensada mais guerra fora da Europa e não contra a OTAN.
Em 1968 tomaram o aeroporto na Tchecoslováquia e sua liderança
local.
Em 1979 foram a força de frente na invasão do Afeganistão e depois
eram o eram centro da força antiguerrilha local.
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Os problemas internos na Rússia também eram resolvidos com a VDV
se as forças locais não derem conta.
Como outras unidades de infantaria leve a VDV era pensada para
conflito de baixa intensidade.
As tropas de assalto aéreo russas VDV é uma força semi-independente
do Exército Russo. Atualmente são cinco divisões pára-quedistas e oito
brigadas de assalto aéreo.
São formadas pelos recrutas de melhor desempenho em termos de
preparo físico e liderança.
O tamanho das unidades é menor que as forças motorizadas ou
blindadas e mais parecidas com as tropas mecanizadas americanas.
São tropas de infantaria leve, capazes de operar como força
mecanizadas com seus BMD.
Poucas nações que tem unidades pára-quedistas esperam usar em
assalto aeroterrestre, mas para cumprir missões que outras unidades
não conseguem realizar como citado anteriormente.
Os pára-quedistas são questionados como um tipo de tropa absoleta
com o aparecimento do helicóptero, mas ainda tem a capacidade de
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voar meio mundo e nem precisa de bases avançadas frente de
combate.
Os EUA passaram a usar suas tropas pára-quedistas como força de
resposta rápida, apoio a ONU, e conflitos de média e baixa intensidade.
As tropas blindadas e mecanizadas se concentram em conflitos de alta
intensidade.
TÁTICAS
As tropas aerotransportadas devem ser muito bem treinadas, bem
equipadas e bem lideradas. Os alemães treinavam muito a iniciativa e
trabalho em equipe. A iniciativa era necessária pois podem estar
espalhados e provavelmente superados e devem se juntar para não
serem massacrados.
O treinamento físico era necessário para ter velocidade e conseguir
sustentar a luta até o reforço chegar.
As missões dependem de muito planejamento e inteligência do objetivo,
terreno, inimigo e meteorologia.
A força deve ter superioridade local pelo menos, e depois devem ter
garantia de receber ressuprimento, reforço e apoio aéreo aproximado.
Uma operação aeromóvel (helicópteros) ou aeroterrestre (pára-
quedista) de vulto sempre exige a superioridade aérea no local e no
itinerário.
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As tropas alemães eram brifadas sobre todas as características da
missão para poder continuar a missão se o líder for morto ou ferido.
A mentalidade do "need to know" ocidental leva a tropa a esperar se o
líder for morto e perdem a vontade de lutar.
Os alemães ficam mais ligados a missão que a unidade. Não se
importam se ficam isolados ou se algo der errado.
Os oficiais não consideram um problemas se as tropas pensam por si
ou se desobedecem ordens. A mentalidade do "need to know" favorecia
os prisioneiros americanos que não sabiam informar nada.
A execução do salto é complicada.
Precisa de treino, ensaio, saltos de pratica, coordenação com transporte
aéreo, planejamento de rota, coleta de inteligência, seleção da zona de
desembarque e área de reagrupar, planos táticos, preparação do
equipamento, movimento para o aeroporto, meios de despistamento,
estudo da meteorologia, atualização constante do plano, e
carregamento nas aeronaves.
Geralmente estes passos são os mesmo desde pequena até grandes
unidades.
A meteorologia é importante pois um nevoeiro não deixa encontrar a
zona de salto e com ventos acima de 25km/h não é seguro saltar.
Ventos a grande altitude atrapalhava a navegação da aeronave.
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Os pára-quedistas usam a surpresa para conseguir superioridade local
e temporária sendo muito necessária por só terem armamento leve.
Conseguir surpresa é relativamente fácil com as tropas pára-quedistas
pois o inimigo não tem condições de proteger todos os alvos em
potencial ou ter reservas móveis para contra-ataque.
Despistamento pode ser feito com ataque em alvo próximo por
aeronaves de ataque. As operações alemãs em 1940 tiveram sucesso
mais devido a surpresa pois as tropas estavam muito espalhadas ou
muito fracas.
Onde a oposição estava alerta tiveram muitas baixas e com sucesso
marginal.
O mau tempo atrapalhou mas só podiam rezar a respeito.
As aeronaves de transporte têm que voar próximas para não dispersar
as tropas e facilitar a navegação.
O lançamento tem que ser feito em uma velocidade e altitude correta.
O tipo de formação vai depender do tamanho da zona de salto. Na
formação em "V" fica fácil não atingir avião do lado que fica 15 metros
mais alto quando mais próxima.
Os alemães lançavam seus pára-quedistas a cerca de 90 metros para
ficar pouco tempo no ar.
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Com uma aeronave voando a 6 metros por segundo e com um salto a
cada segundo, os pára-quedistas ficavam 15m separados no ar.
Um grupo de combate de12 tropas ficava separado em uma faixa de
200 metros ao chegar no solo.
No assalto ao canal de Suez em 1956 os Noratlas franceses permitiam
lançar 17 pára-quedistas em dez segundos ficando dispersos em
800metros enquanto os Hastings britânicos levava vinte segundos para
lançar quinze tropas e dispersos no dobro da distância.
O salto a baixa altitude e abertura a baixa atitude (LALO - Low Altitude
Low Opening) e o salto enganchado convencional (Low Level Static
Line - LLSL ou MAMO - Medium Altitude Medium-Open) são realizados
entre 250-400 metros.
O pára-quedas abre logo após o salto automaticamente. A aeronave
voa em uma altitude vulnerável ao radar e a maioria das armas no
MAMO.
O método Low Altitude Low Opening ou LALO é muito perigoso com o
salto sendo realizado a cerca de 160-200 metros. É uma variação do
MAMO mas com a aeronave voando mais baixo.
Não é possível usar o pára-quedas reserva se o principal falhar.
33
O LALO é usado em locais onde as defesas locais são intensas com
risco da aeronave e dos pára-quedistas serem atingidos.
Novos pára-quedas tipo Low Level Parachute permite salto enganchado
a 85 metros.
O lançamento operacional é feito geralmente entre 150-200 metros para
diminuir a exposição e dispersão.
As tropas no solo são proibidas de disparar contra os pára-quedistas no
ar, mas caem relativamente rápido e são um alvo pequeno e móvel
difícil de acertar.
As baixas são relativamente poucas. Levam cerca de 20-30s para cair
de uma altitude de 150-200m. A maior preocupação são arvores, fios de
alta tensão e prédios.
As tropas recebem flutuadores para o caso de caírem em água
profunda.
A zona de salto é ditada pelo alto comando com o planejamento no
objetivo feito pela unidade, mas coordenado com o avanço da tropa em
terra em avanço.
Os pára-quedistas não podem explodir qualquer ponte que depois deve
ser usada pelas forças amigas.
34
A escolha da zona de salto depende do tamanho das áreas disponíveis,
obstáculos no local, proximidade do inimigo, defesas e bases aéreas
próximas, proximidade com cidades, facilidade de identificação,
distância do objetivo, proximidade de cobertura e proteção, áreas para
reagrupar, estradas que podem ser usadas por forças em terra.
O alvo pode ser atacado diretamente (overhead assault) ou com os
pára-quedistas sendo lançados próximos e atacam por terra.
A distância do objetivo, obstáculos e terreno são importante pois as
tropas pára-quedistas avançam a pé após o salto.
As vezes é melhor saltar direto no alvo, mas geralmente é feito em
incursões contra alvos pouco defendidos.
Próximo do alvo e fora do alcance das armas leves é mais desejado.
A experiência de saltos longe do alvo sempre leva o inimigo a bloquear
o avanço ou atrasando a operação.
As vezes é melhor ter perdas maiores perto do alvo que saltar longe do
alvo.
No chão as tropas se juntam e seguem qualquer oficial. Não há tempo
para se organizar e por isso devem saber o objetivo próprio e dos outros
de cor.
35
Os postos de comando na Alemanha era ditada mais pela capacidade
que pelo tempo pois os alemães sempre consideravam na possibilidade
dos oficiais serem feridos e substituídos por outros.
Os comandantes também ficam bem na frente de batalha pois não há
retaguarda.
No assalto a ilha de Creta os alemães usaram o conceito de "ink spot"
lançando pequenas unidades do tamanho de pelotão, compania ou
batalhão em uma grande área para tomar vários objetivos ao mesmo
tempo, ao contrario das tropas convencionais que sempre concentram
unidades.
Funcionou na Holanda e Bélgica onde havia pouca oposição.
Primeiro foi pensado em concentrar o assalto na capital e garantir
reforço e concentrando o apoio aéreo aproximado, depois varrendo o
resto da ilha, mas os britânicos podiam retomar a outra ponta da ilha e
reconquistar.
Na Normandia os pára-quedistas foram lançados primeiro para cobrir os
flancos e tomar pontes para evitar reforços e deixar as tropas amigas
avançarem.
As tropas ficaram muito dispersas e não cumpriram todos os objetivos,
mas criou muita confusão nos alemães.
36
Achavam que era um ataque divisionário ou tropas muito superiores por
estarem espelhadas em uma grande área.
Uma lição dos ataques a Normandia e Sicília é que ao invés de atacar
tudo que encontra, principalmente forças superiores, as tropas podem ir
para um objetivo pré-planejado e encontrar companheiros para
completar um objetivo principal ao invés de ter perdas com alvos sem
sentido, mas com opção de pequenos grupos atacar tropas pequenas,
cortar cabos telefônicos, e emboscar mensageiros para atrapalhar as
comunicações.
Os saltos podem ser noturnos ou diurnos. Na Segunda Guerra Mundial
os saltos noturnos mostraram ser problemáticos.
Em 1940 uma aeronave podia se desviar 7km a cada 100km de vôo
durante a noite.
A precisão era mais importante que a segurança que a noite oferecia
contra a artilharia antiaérea e as baixas são maiores quando as tropas
atingem o solo.
As tropas também se reagrupam mais facilmente.
O risco de lançamento diurno mostrou ser menos arriscado, sendo mais
fácil localizar a zona de salto e evitar acidentes com os planadores.
Um salto no sul da França foi diurno com 90% das tropas caindo no
objetivo contra poucos na Normandia.
37
A operação Market Garden também teve sucesso por ser de dia, mas
uma Divisão Panzer estava no meio do caminho entre as tropas de
reforço e os pára-quedistas.
Por outro lado o ataque noturno na Normandia atrapalhou a linha de
comando alemã e fez pensarem que era uma força muito mais
numerosa que o real.
As incursões continuaram sendo a noite, mas os saltos de grandes
formações passou a ser só de dia.
Atualmente o GPS e os óculos de visão noturna tornaram o salto
noturno a melhor opção a não ser que seja realmente desnecessário.
Os japoneses só saltavam de dia.
Após o salto na Sicília os EUA e Reino Unido criaram os precursores
para marcar as zonas de salto.
Eram lançados por pilotos muito bem treinados em navegação para
lançar no local certo. O salto em Creta mostrou que o reconhecimento
da zona de salto também era muito importante. Os alemães saltavam
sempre "cegos" sem o uso de precursores.
38
Uma equipe de Combat Controller Team (CCT) fazendo aquisição de
alvos para aeronaves de combate que é outra função dos precursores.
As táticas de engajamento são iguais as da infantaria comum quando
chegam ao chão, mas os pára-quedistas compensam a falta de armas
pesadas de apoio com agressividade.
Sempre esperam lutar contra forças superiores e cercadas.
Sempre se preocupam com os flancos e retaguarda mais que a
infantaria comum com as tropas de reservas e posto de comando
cuidando da retaguarda e flancos.
39
Apos atingir um objeto as tropas se deslocam para outro ou preparam
defesas até chegar tropas convencionais de reforço.
As vezes fazem patrulhas agressivas como meio de defesa.
As operações aeroterrestres têm algumas regras para funcionar direito.
As operações precisam de reforço rápido, pelo ar, terra ou mar.
O salto em Creta quase falhou pois o reforço pelo mar não chegou pois
lutaram contra força muito superior, estimada ser inferior.
A operação Market Garden falho por isso. Logo foi observado a
necessidade de uma artilharia pára-quedista.
Com baixas de 20% só em mortos em Creta os alemães só realizaram
seis operações pequenas de incursões com no máximo um batalhão.
Os Aliados tiveram conclusões contrárias e prepararam saltos maiores
como o Dia D.
As operações aeroterrestres geralmente dão certo e quando bem
empregadas e são muito eficientes, com as falhas relacionadas com
inteligência insuficiente, como inimigo mais forte que o esperado, ou
sem conseguir surpresa, mau tempo, navegação ruim, e falha nos
rádios.
O uso de pára-quedas pode ser custoso em perdas, e duvidoso com a
opção de usar helicópteros.
40
As vezes é usado apenas como rito de passagem ou símbolo de
prestigio.
A Divisão pára-quedista alemã sabe que nunca vai ser usada nesta
função sendo apenas uma unidade anti-blindada transportada por
helicópteros.
Salta mais para operações independente de pequenas unidades.
O risco de morte nos saltos de pára-quedas é de cerca de 1% e de
ferimento de 4%. O risco é pior a noite, pouso em florestas e montanha.
Na selva é levada uma corda extra para descer das árvores e roupa
especial para evitar ferimento.
Na invasão da ilha de Creta os britânicos descobriram o plano e tinham
tropas esperando nas zonas de alto.
Mesmo assim os alemães conseguiram vitória mas as grandes perda
inibiu operações semelhantes pelos alemães pensando que os aliados
sabiam como se defender, mas não pelos aliados que se
impressionaram com o feito e não sabiam das grandes baixas (mas
sabiam o motivo das baixas), estimulando o desenvolvimento de
grandes forças de tropas pára-quedistas e planadores.
Na Segunda Guerra Mundial os pára-quedistas deveriam ser retirados
de combate depois de atingir seus objetivos, ou ser substituídos por
tropas convencionais, e se preparar para outras missões.
41
Porém, esta regra raramente era seguida, com as tropas continuando a
campanha como uma unidade convencional.
Por isso passaram a ter armas e equipamentos de infantaria comum
incluindo blindados, e até atuam como força anfíbia.
Depois da Normandia os pára-quedistas americanos passaram a
realizar missões secundárias como tomar aeroportos, ataques
diversionários, reforçar tropas cercadas ou em perigo, tomar ilhas não
acessíveis por outros meios e dispersar tropas inimigas pela presença.
Os pilotos das aeronaves de transporte devem ser muito bem treinados
para operações aeroterrestres (lançamento de tropas e suprimentos).
É a mesma dificuldade das aeronaves de ataque, mas operam em
aeronaves bem maiores e mais lentas.
42
Os primeiros pára-quedas eram brancos e chamavam a atenção de
aeronaves no ar, dando indicação do tamanho das tropas ou atacavam
o local.
Passaram a ser verde ou mais escuros. Os pára-quedas brancos ainda
são usados em treinamento.
Outras cores são usadas para identificar lançamento de cargas como
armas e suprimentos.
Os pára-quedas redondos são difíceis de controlar enquanto os
retangulares tipo "ram-ar" são muito manobráveis, mas os
convencionais são mantidos pois não se quer que as tropas se
espalhem ainda mais.
43
ARMAS E EQUIPAMENTOS
As armas das tropas pára-quedistas tem que ser leves, mas para uma
força pequena não compensa desenvolver uma arma própria.
Geralmente são modificações como cano mais curto e/ou coronha
dobrável.
As armas pesadas são desmontadas e as vezes são difíceis de
remontar e danificadas facilmente.
As peças ficam dispersas e podem ser difíceis de encontrar.
As tropas pára-quedistas são muito móveis no ar, mas lentas em terra.
Levam mais carga que a infantaria convencional e não tem cauda
logística nem unidade de transporte orgânica, sendo inadequadas para
operações convencionais.
São unidades menores, menos armadas, com menos apoio de fogo e
menos equipamentos de transporte.
Como as unidades se movem rapidamente os rádios tem que ser leves
para enviar a posição continuamente ao posto de comando.
A operação Market-Garden teve vários problemas devido a falha dos
rádios durante o salto que se quebraram. Os alemães foram os
primeiros a equipar a infantaria com rádio.
44
Antes só equipavam os blindados. Isto facilitou que a infantaria
acompanhasse os blindados e podiam chamar artilharia em 15-20
minutos.
Os blindados das tropas pára-quedistas estão disponíveis sempre em
pequeno número e por isso são de uso discutível.
Custa caro desenvolver um blindado leve que vai ser produzido em
pequena quantidade.
Exemplos de veículos modernos lançados do ar são o M-113
americano, o BMD russo, o Wiesel 1 alemão e o Bv206 sueco, usados
pelas unidades aeroterrestres mecanizadas para dar mobilidade no
solo.
O país que mais usa blindados nas tropas pára-quedistas são os
russos. Os pára-quedistas russos iniciaram suas operações com o ASU-
76 e depois o ASU-57 na década de 1950.
Cada regimento pára-quedista tinha nove blindados. Durante o salto
usavam retrofoguetes para desacelerar no fim da queda que era
iniciado por contato com sonda.
O ASU-85 era um caça-carros que entrou em serviço em 1960. Era
lançado de aeronaves AN-12.
45
Depois surgiu o transporte blindado BMD em 1970 que era uma versão
leve do BMP e passou a equipar todas as divisões pára-quedistas com
320 blindados BMD cada.
O BMD tomou o lugar do ASU-57. Era muito apertado, tinha um canhão
automático de 73mm de baixa pressão com 40 tiros e dois mísseis AT-3
acima do canhão. O BMD dava muitos problemas mecânicos.
Já o BMD-1M da década de 1980 tinha um canhão de 30mm e lança
mísseis AT-4 (não é o lança foguete AT-4) e pode ser levado pelo
helicóptero pesado Mi-6 e Mi-26.
Cada Divisão de Assalto Aéreo Mecanizada russa tinha 6.500 homens e
precisa de 639 saídas de aeronaves IL-76, sendo que apenas 60% era
para lançar as tropas e o resto para lançar 17 blindados BMD e outros
oito blindados e veículos motorizados.
Os pára-quedistas russos podem operar sem equipamento pesado em
algumas situações.
A divisão tinha duas Brigadas com 4 batalhão cada, sendo que apenas
dois batalhões eram equipados com o BMD.
Além de pára-quedistas podiam ser transportados de helicópteros
sendo necessário 40 saídas de Mi-8 e 125 de Mi-6 ou Mi-26 para
transportar cada batalhão.
46
Sem usar blindados precisa de 75 saídas de Mi-8 e 35 de Mi-26.
Um lançamento de um BMD chinês a partir de um IL-76.
47
OPERAÇÕES
Os pára-quedistas britânicos, ou PARAs, foram criados na Segunda
Guerra Mundial e iniciaram suas operações com pequenas incursões.
A incursão contra o aqueduto de Trajano na Itália em 1941 foi realizada
por seis bombardeiros Whitley com exfiltração planejada por submarino.
As tropas levariam quatro dias a pé para cruzar a distância de 80km no
terreno montanhoso até a praia.
Todos foram detectados por civis e capturados. Mesmo se
conseguissem chegar a praia não encontrariam o submarino que fugiu
após uma aeronave cair próximo.
O efeito militar foi pequeno, mas efeito moral foi alto, e baixou o moral
dos italianos.
Na incursão a estação de radar em Bruneval em 1942 por uma
compania dos Paras tinham a missão de desmantelar um radar e levar
de volta ao Reino Unido.
A Royan Navy faria a extração com a RAF dando cobertura.
48
A operação obteve sucesso levando partes e fotografando o resto. Um
"stick" pousou 2km fora do alvo o que mostrou a necessidade de
navegação precisa.
Na incursão contra a hidroelétrica de Norsk na Noruega em 1942, 30
sapadores foram lançados de planadores.
Dois planadores caíram ferindo a maioria e não tiveram sucesso.
Nesta missão usaram um beacon solo pela primeira vez plantado por
colaboradores locais.
Na Operação Husky na Sicília foram usadas quatro unidades em um
pouso noturno com tropas britânicas e americanas.
O vento desviou as aeronaves da rota e muitas tropas ficaram
espelhadas.
Metade tropas não atingiu o ponto de encontro.
Os planadores britânicos tiveram mais sucesso.
Depois mais 5 mil tropas foram lançadas para reforçar a cabeça de
praia após um contra-ataque alemão.
A operação Market-Garden em 1944 teve o lançamento de 35 mil tropas
pára-quedistas lançados 150 km atrás das linhas para capturar pontes
na Holanda.
49
A operação foi mal planejada e mal executada, com planejamento muito
rápido.
O salto foi diurno com pouca oposição inicial.
Não sabiam da presença de uma Divisão Panzer no local que levou ao
fracasso da missão.
Depois da Segunda Guerra Mundial foi cobrado que todos os oficiais do
US Army fossem qualificado em pára-quedismo.
Queriam até que todas as Divisões fossem pára-quedistas, mas era
impraticável.
Em 1954 a vila de Diem Bien Phu no Vietnã foi tomada por um assalto
pára-quedistas por três batalhões de franceses.
Depois foi reforçado com 16 mil tropas que seriam apoiadas por ar com
reforço, suprimentos e apoio aéreo aproximado.
Ho Chi Min entrou no jogo enviando 50 mil tropas para cercar o local.
Era o que os franceses queriam concentrando as forças inimigas em
uma grande batalha.
O problema é que os vietnamitas conseguiram transportar artilharia na
selva e colocar ao redor.
50
Destruíram as pistas e posições francesas mal preparadas para esta
ameaça.
Os franceses acabaram vencidos.
Preparo para o saldo de pára-quedistas franceses a partir de um C-160.
Em 1956 a brigada pára-quedistas israelense 202 saltou no Passo de
Mitla com 16 Dakota lançando 356 pára-quedistas.
O resto da Brigada chegou ao local por terra.
O objetivo era cortar um dos pontos de avanço das tropas Egípcias e
evitar que comandos inimigos tomassem o local.
A Guerra do Vietnã variou de guerra de guerrilha a combates
convencionais de alta intensidade, luta por cidades, e combates multi-
divisão.
51
A 82a Divisão Pára-quedistas foi deslocada para o país atuando na
maioria das vezes como tropas convencionais atuando como força de
resposta rápida após contato de outras tropas com o inimigo e
emboscadas com grupos de combate e pelotão.
Outras subunidades faziam reconhecimento e ação direta.
Os pára-quedistas mostraram ser agressivos, e pela natureza das
operações, com altas perdas por isso.
Realizaram um salto operacional, mas algumas fontes citam que foi
mesmo para falar que fizeram, pois podiam ir de helicópteros, apesar de
poucos disponíveis.
A Divisão responde que os helicópteros estavam ajudando outro
batalhão e a velocidade era necessária para cercar o inimigo.
O salto foi na operação Juncion City em 1967 com 20 C-130 lançando
845 pára-quedistas.
Outro salto operacional foi realizado com mais de oito batalhões.
O pára-quedas é o principal método de inserção dos Ranger.
Seus membros têm que saltar pelo menos a cada três meses.
52
As unidades ficam espalhadas em várias aeronaves. Depois se
reagrupam em local determinado. Se uma aeronave for derrubada a
missão não é comprometida.
Ao chegarem ao chão leva cerca de 30 minutos até as tropas se
reagruparem e iniciar o movimento até o alvo.
As mochilas dos Rangers são mais pesadas que a das tropas pára-
quedistas e saltam das duas portas dos C-130 (técnica shotgun).
Se pousar em cima de arvore o Ranger só tem granadas para se
defender pois as armas ficam em containers separados.
O mestre de salto é responsável por brifar sobre a zona de
desembarque (DZ), vento etc.
Em 1983, durante a invasão da ilha de Granada, os Rangers foram
destacados para tomar o aeroporto de Point Salinas no sul da ilha.
Os Seals não conseguiram fazer reconhecimento da pista de pouso e
das defesas para saber se era possível um pouso de assalto.
Um AC-130 fez reconhecimento e percebeu que a pista estava
bloqueada.
Apenas uma compania iria saltar de pára-quedas, mas acabou que
todos saltaram.
53
Os 250 Rangers, que levavam apenas água e munições, estavam
espalhados em 10 MC-130 apoiados por três AC-130 Spectre.
Os AC-130 limparam as defesas que eram maiores que os esperado.
Os canhões antiaéreos no local estavam em posição elevada e como
não podiam atirar para baixo, ou a 200 metros no local, o lançamento
seria então a 150 metros de altura.
Em um lançamento a baixíssima altitude nem adiantaria levar o pára-
quedas reserva.
No preparo da missão era esperado tempo bom e pouca oposição.
Tiveram que tirar o pára-quedas, depois recolocar o que atrasou o salto,
que deveria ser noturno mas acabou sendo diurno.
A zona de salto era ruim por ser estreita e com água dos dois lados,
além do vento estar forte.
Mesmo assim apenas um Ranger quebrou a perna e outro caiu na água
e salvou o equipamento.
Depois do salto usaram buldozers para limpar a pista. Snipers
mantinham os morteiros inimigos abaixados a 600-1000m.
A pista foi usada depois pelos MC-130 para deixar Jeeps e pegar
feridos.
54
Os Rangers tiveram mais oportunidades de realizar saltos de combate
na invasão do Panamá em 1989.
Dois batalhões formam lançados próximos a base panamenha de Rio
Rato.
Foram levados em 15 C-130 e lançados a menos de 200m a noite
sofrendo 35 baixas por ferimentos no salto devido ao vento forte.
Os primeiros C-130 tinham 65 Rangers em cada aeronave e por isso
nem tinham espaço para ir no banheiro na viagem de sete horas até o
salto.
Junto foram levados quatro Jeeps e quatro motos.
Apenas duas aeronaves não foram atingidas por fogo antiaéreo leve.
Nos treinamentos o salto é realizado a cerca de 400m mas pode chegar
a 200m.
Os Rangers foram apoiados por helicópteros AH-6, AH-64 e aeronaves
AC-130. Blindados CG-150 que estavam próximos foram logo
destruídos com LAW.
Um Ranger foi arrastado por um caminhão que fugiu e agarrou seu
pára-quedas. Foi parado com um LAW a 150m.
55
O comandante do regimento foi responsável por cortar a energia da
base ao cair em cima das linhas de energia sem se ferir, mas no meio
da base inimiga.
Para abrir a porta de uma das casas de praia de Noriega também
usaram um LAW.
Outro batalhão Ranger (Terceiro Batalhão), durante a invasão do
Panamá, tomou a base aérea de Tocumen para desembarque posterior
da 82a Divisão.
Tiveram apoio de helicópteros AH-64 e aeronaves AC-130.
O salto dos 700 Rangers foi a menos de 200 metros com 19 feridos por
atingir a pista dura.
Junto foram lançados 12 Jeeps e 12 motos.
Um batalhão costuma ter 2-3 feridos a noite com equipamento completo
durante os treinamentos.
Já a 82a Divisão tomou a base aérea de Torrijos com 2200 pára-
quedistas levados por 20 aeronaves C-141 junto com o lançamento de
oito carros de combate leve Sheridan. Foram 50 feridos no salto.
Depois receberam helicópteros UH-60 para realizar assalto aéreo pelo
país.
56
As operações aeroterrestres mais recentes foram no Afeganistão e
Iraque.
Em 2001 o Terceiro Batalhão dos Rangers foi usado para tomar uma
base aére no Afeganistão com apoio dos CCTs da USAF.
Em 2003 a 173a Brigada Aeromóvel fez um salto no norte Iraque para
tomar uma base aérea logo no inicio das operações bem a frente do
avanço em terra.
O salto foi realizado devido a falta de bases que foram negadas pela
Turquia.
O Exército Brasileiro tem uma Brigada de Infantaria Pára-quedista,
chamada de "a brigada", formada por três batalhões de infantaria pára-
quedista, um esquadrão de cavalaria pára-quedista, um grupo de
artilharia pára-quedista, duas companias de engenharia pára-quedista e
1 batalhão logístico.
As tropas são todas voluntárias com 10% passando pela seleção inicial.
A Brigada de Infantaria Pára-quedista tem uma compania de
precursores com 134 tropas.
Sua missão é localizar, reconhecer e balizar a zona de lançamento (ZL),
e depois auxiliar a organização das tropas em terra após o salto.
57
Também são responsáveis por operar zona de pouso (ZP) e zona
pouso de helicóptero (ZPH); auxiliar na navegação; lançar, desembarcar
e reorganizar tropas e material lançado; realizar patrulhas apos a
conquista da cabeça de ponte aérea; levantamento meteorológico; e
controlador aéreo avançado.
Os precursores são treinados em infiltração aquática e aérea como
técnicas de HALO, HALO e mergulho.
Tropas da Brigada Pára-quedista se preparando para um salto. Um
grupo de pára-quedistas a ser lançados é chamado de "stick", enquanto
as tropas para o movimento aéreo são chamados de "chalk".
58
Uma equipe de precursores da Brigada Pára-quedista durante uma
missão. Notar os óculos para salto tipo HAHO/HALO.
TROPAS PÁRA-QUEDISTAS NO OFP
O OFP é um bom jogo para uso de tropas pára-quedistas.
Tropas e veiculos para os saltos são o que não falta como Rangers,
tropas do VDV russos e aeronaves como o C-130.
Alguns addons e scripts permitem lançar veículos e blindados.
Os BMD russos já estão disponíveis no OFP.
Alguns MODs com a invasão 44 tem ilhas e tropas para simular missões
na invasão da Normandia.
59
Na verdade todas as tropas lançadas das aeronaves abrem seu pára-
quedas automaticamente e não precisam "vestir" um.
O OFP aceita salto seguro a até 120m e já testei a 90 metros. É
possível mandar as aeronaves voarem mais baixo forçando o salto tipo
LALO.
Um bom exemplo de missão é colocar artilharia bem alto para não atirar
para baixo e forçar a aeronave a voar baixo para simular uma missão
como o salto na ilha de Granada pelos Rangers em 1983.
A maioria das missões no OFP são contra forças pouco potentes tipo
operações periféricas e não ataques a linha de frente. As tropas pára-
quedistas são ideais nestas missões mesmo já começando do solo. As
tropas reais geralmente fazem salto um pouco longe do e evitam atacar
diretamente (overhead assault) apesar de possível.
Com altas perdas previstas em um overhead assault é bom ter AI no
squad para poder continuar a missão devido a grande chance de morrer
logo ao chegar no solo.
No OFP as tropa atiram nos pára-quedistas caindo mas não conseguem
atingir ou matar nunca.
Addons com o Support Pack permite chamar caças para conseguir
superioridade aérea ou para supressão de defesas.
60
Depois pode chamar mais pára-quedistas para reforçar as tropas em
terra e segurar o objetivo.
Missões para tomar bases aéreas ou pontes já estão disponíveis e
algumas usam tropas lançadas de pára-quedas.
Também existem missões como seqüestro e assassinato onde é
possível usar tropas pára-quedistas.
Para usar tropas pára-quedistas para criar uma frente de combate ou
cabeça ponte aérea precisa de forcas mais numerosas e com muitos
AIs.
Como na vida real os precursores devem estar presentes no local de
salto com marcadores de fumaça.
A missão pode até ser o uso de precursores lançados com método
HALO para marcar a área de operação.
O Armed Assault deve permitir iniciar a operação como uma marcação
de zona de salto com precursores e depois continuar a missão com
tropas pára-quedistas com o uso do "change caracter" com o jogador
podendo trocar de tropa durante o jogo (no OFP só é possível com o
respawn no grupo após morrer).
Aqui no site tem tropas tipo Comandos e pára-quedistas para estas
61
missões junto com aeronaves para o saldo como o C-130, C-95
Bandeirante e helicópteros de todas as nossas Forças Armadas.
As pequenas operações do OFP lembram mais incursões onde as
tropas deveriam ser do tipo Comandos.
Estas tropas pára-quedistas podem ser usadas como infantaria
convencional e não só no salto como na vida real.
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