Didáctica do Atletismo
Docente:
Professor Ramiro Rolim
Discentes:
Bruno Moscoso
Hernâni Silva
Sandra Barbosa
Porto, Março de 2011
História do Atletismo
A História do Atletismo
Os acontecimentos desportivos vêm sendo organizados desde há quase três mil anos. O
Atletismo é a forma mais antiga de um desporto organizado. Na realidade, trata-se de
uma mistura de vários desportos, que engloba as corridas, os saltos e os lançamentos,
vem dos tempos de outrora em que correr, saltar e lançar eram encarados como uma
aprendizagem vital na caça e na guerra. Nos originários antigos jogos em Olímpia, os
corredores usavam elmo e escudo. Nos primeiros jogos de que há registo efectuados na
Grécia, em 776 a.C., existiu apenas uma prova, a corrida no estádio. O número de
modalidades e a extensão dos jogos foi aumentando gradualmente. Hoje, a corrida, o
salto e os lançamentos têm uma posição destacada no mundo do desporto. O atletismo é
um desporto de alta competição que continua a dar imenso prazer a quem o pratica.
No início da corrida, os corredores costumavam cavar uns orifícios no chão para terem
algo que os impulsionasse no começo da corrida. Hoje, os adeptos dos 100 m , 200 m e
400 m servem-se de blocos de partida, para terem uma base mais sólida que lhes
permita fazer força no arranque. Os blocos têm de estar presos à pista e estão providos
de bicos pequenos nas arestas para se ter a certeza de que não danificarão a superfície
daquela. Os blocos podem estar ligados a um aparelho que detecta se um pé largou o
bloco antes do tiro de partida, em menos de 0,1 segundos, o que serve para concluir se
algum atleta fez uma partida falsa.
A posição das mãos, ao aviso “ todos aos seus lugares “ devem estar atrás da linha de
partida, a formar uma ponte entre o polegar e os restantes dedos
da mão - não se deve apoiar a palma da mão na pista.
Na preparação para a corrida o estado psicológico de um atleta é tão importante
como a sua condição física.
Um estádio de atletismo
Um estádio é concebido de modo a que possam ocorrer ao mesmo tempo provas de
corrida (ou pista), bem como de saltos e lançamentos (ou campo).
A pista moderna é oval, mede 400 m de perímetro, e possui seis a dez faixas. A
superfície da pista é geralmente de plástico ou borracha, o que a torna tanto resistente ao
tempo como ao atrito. As modalidades de campo realizam-se no centro da pista, área
essa que se designa por centro do campo.
Modalidades
O atletismo engloba várias modalidades, tais como: modalidades de sprints - 100 m,
200 m e 400 m; meio fundo - 800 m, 1500 m, 3000 m, 5000 m e 10000 m; corrida de
estafetas; barreiras; triplo salto; salto em comprimento; salto em altura; lançamento do
disco; lançamento do dardo; lançamento do peso; salto à vara; as provas combinadas e a
maratona.
Corrida de estafetas
Uma das modalidades atléticas mais excitantes é a corrida de estafetas, constituindo,
com frequência, o ponto alto das competições importantes, como os Jogos Olímpicos, e
sendo, habitualmente, a última das provas. Ao contrário da maioria das outras, esta é
uma prova de equipa, em que quatro corredores fazem um determinado trajecto. Cada
corredor é escolhido por ter um mérito especial. O mais rápido actua na primeira
posição, os mais potentes ocupam a segunda e a última, e o melhor a descrever curvas
actua em terceira. O primeiro passa ao segundo um testemunho, e assim
sucessivamente. As principais provas são 4x100 m e 4x400 m.
O testemunho é um tubo macio e oco, com cerca de 30
cm de comprimento e 12 cm de perímetro. Pode ser feito
de madeira, metal ou plástico, e pesa 50 g apenas. Em
geral, os testemunhos têm uma cor viva, para se verem
com facilidade. Uma boa passagem do testemunho pode
poupar preciosos segundos numa corrida. Na prova dos 4x100 m, o corredor que parte
não olha para trás ao receber o testemunho, mas na dos 4x400 m, que é muito fatigante,
o corredor que parte olha para trás na passagem do testemunho.
Passagem por cima - Das duas passagens de testemunho, esta é a mais fácil de
aprender e a mais segura de utilizar. O corredor da frente mantém o braço baixo, o que
facilita a entrega do testemunho.
1- Quando o corredor da frente ouve o de trás gritar-lhe, estica a mão esquerda, com a
palma virada para baixo. O polegar e o indicador devem formar um V.
2- O portador do testemunho levanta-o até ao V formado pela mão do corredor da
frente. O corredor nº 1 deve agarrar o testemunho pelo seu primeiro quarto, o nº 2
pelo segundo, etc.
3- O portador do testemunho larga-o quando vê que o corredor da frente o agarrou. O
testemunho é transportado na mão direita desse corredor e transferido para a mão
esquerda do corredor seguinte.
Passagem por baixo - Quando se faz correctamente, esta passagem torna-se a mais
rápida. Contudo, é a mais difícil, porque o corredor da frente eleva mais o braço para
receber o testemunho.
1- O portador do testemunho agarra a extremidade deste, enquanto o corredor da frente
leva a mão direita atrás, com a palma virada para cima.
2- O portador entrega o testemunho baixando-o para a mão esticada do outro. Este deve
ter os dedos a formar um V.
3- O corredor da frente pega no testemunho coma mão direita, pronto a passá-lo para a
mão esquerda do próximo corredor.
Barreiras
Nos Jogos Olímpicos de 1896, a primeira destas corridas executou-se numa distância
de 100 m. Nessas primeiras competições as barreiras eram, na realidade, barreiras para
carneiros, pregadas à pista, portanto, muitíssimo pesadas e capazes de magoar
gravemente um atleta que derrubasse uma delas. Hoje, esta prova pratica-se em
distâncias de 100 m (mulheres), 110 m (homens) e 400 m (homens e mulheres). As
barreiras actuais são uma barra de madeira apoiada em dois postes de metal ajustáveis.
Não estão presas à pista, mas têm de pesar o suficiente para que seja precisa uma força
de 3,6 kg para as derrubar. A altura da barreira varia consoante a idade e o sexo.
Abaixo dos 14 anos (A-14) dos rapazes e dos 17 anos (A-17) das raparigas, emprega-se
a barreira de 76 cm; os rapazes A-15, as raparigas A-20 e as mulheres mais velhas
saltam uma barreira de 84 cm; os rapazes A-17 transpõem uma altura de 91,4 cm, e os
homens mais velhos uma de 106,7cm. Quando os atletas estão a saltar barreiras,
esforçam-se por executar uma corrida suave e contínua, apenas ligeiramente
interrompida cada vez que passam sobre uma barreira, a isso chama-se técnica de
barreiras.
Triplo salto
O Triplo Salto é um dos tipos de salto mais complicados e exigentes. As suas origens
remontam tão longe quanto os antigos Jogos Olímpicos dos Gregos, quando não
existiam quaisquer regras e os atletas podiam dar dois pulos e um salto, ou três passos e
um salto. Ainda nos primeiros Jogos Modernos, James Conolly, o vencedor, ganhou
com dois pulos e um salto. Hoje as regras obrigam os atletas a “um pulo, um passo e um
salto”, enquanto tentam cobrir a maior distância possível. Para esta modalidade os
atletas precisam de ser ágeis e ter pernas muito fortes. O ritmo também é importante, já
que necessitaram de tornar os voos de cada fase tão iguais quanto possível e devem ter
noção da sincronização ao aterrarem.
Pulo, passo e salto.
1- O atleta esforça-se por ganhar velocidade na corrida de balanço, por causa da rapidez
e da distância que irão perder cada vez que fizerem a chamada.
2- O pulo de chamada deve ser rápido e enérgico. Batem na tábua de chamada com o pé
todo e avançam com essa perna, atirando-a para cima, de forma a que a sua coxa
fique paralela à pista.
3- Arremessam a perna esquerda para uma posição horizontal, de maneira a ficar
paralela ao chão e lhes impulsionar o joelho direito para trás. Nesta fase de contacto
intermédio tentam “cravar” o pé esquerdo no chão, da frente para trás, atirando,
assim, o corpo para a frente.
4- Ao caírem, os seus pés devem estar um pouco à frente dos joelhos e das ancas. Serão
impulsionados para a frente pelo pé em que caem, “cravado” no chão, bem como
pela oscilação do joelho direito.
5- Aproveitando ainda o movimento oscilatório de um só braço, entram na fase do
passo. O voo é semelhante ao do pulo. Com as pernas bem afastadas, levantam a
perna direita e arremessam-na para a frente.
6- Este passo de contacto intermédio é o mais difícil do triplo salto porque é executado
com a perna mais fraca e porque já terão perdido imensa velocidade e ímpeto nas
duas chamadas anteriores. Quando, caírem, lançam os braços para a frente
preparando, assim, a sua próxima chamada.
7- Partem imediatamente com a perna do contacto intermédio. A chamada do salto é
mais elevada do que a do pulo e do passo, e faz um ângulo de 20-24º.
8- Quando levarem o joelho direito ao encontro do esquerdo, pareceram suspensos no
ar, por instantes, até dobrarem o corpo para a frente, pronto a aterrar. A este
movimento chama-se “salto pairante”.
9- Quando tocarem na areia, projectam os braços para a frente e deixam que os joelhos
se dobrem um pouco - impedindo que o corpo caia para trás ao aterrarem.
As medidas de distância do triplo salto, bem como do salto em comprimento, são
medidas a partir da tábua de chamada até à marca mais próxima que existir na areia. Por
conseguinte, devem sempre tentar cair para a frente, na aterragem e afastarem-se pela
frente do buraco. Se caírem ou andarem para trás, o seus saltos serão medidos a partir da
distância mais curta.
Salto em comprimento
De todas as provas de salto, o salto em comprimento é talvez o mais natural de executar
e o mais simples de aprender. O objectivo é fazer a chamada atrás de uma determinada
linha e tentar cobrir a maior distância possível, antes de aterrar na caixa de areia. A
modalidade torna-se mais difícil devido às velocidades fantásticas que o corredor tem de
alcançar na corrida de balanço, porque isso afecta directamente o comprimento do salto.
Os saltadores com mais sucesso nesta modalidade muitas vezes têm a constituição dos
sprinters - altos, com pernas compridas e uma boa capacidade de arranque. Nos treinos
devem esforçar-se por desenvolver a sua força, um bom sentido rítmico e a capacidade
de avaliar distâncias com rigor. Há quatro fases distintas no salto em comprimento: a
corrida de balanço, a chamada, o voo e a queda ou aterragem.
1- Batem na tábua de chamada com o pé todo, e depois, avançam rapidamente com a
perna livre, lançando-a para cima e para a frente. Estendem a outra perna e
conservam o corpo direito enquanto se impulsionam.
2- Durante o voo tentam dar uma ou duas passadas, o que os ajudará a impulsionar o
corpo para diante, enquanto estão no ar.
3- Quando se preparam para aterrar juntam as pernas e balançam-nas para a frente.
Conservam os pés elevados e fazem oscilar os braços para trás, enquanto o corpo
avança.
4- No momento em que tocam com os pés na areia, dobram ligeiramente os joelhos e
tentam impulsionar-se para além da marca feita pelos pés.
Salto em altura
Um dos factores mais importantes no salto em altura é o material em que os atletas têm
que aterrar. Até princípios da década de 60, caíam sobre areia e, por conseguinte eram
forçados a servir-se de uma técnica de salto que lhes garantisse uma queda incólume. O
aparecimento de uma área de espuma, permitiu aos atletas concentrarem-se na passagem
sobre a fasquia. Tal como o salto em comprimento e o triplo salto, o salto em altura tem
quatro fases: corrida de balanço, chamada, passagem da fasquia e queda ou aterragem.
Os dois tipos principais de salto em altura são o Fosbury e a tesoura. O estilo Fosbury
foi usado pela primeira vez no México, quando um atleta americano, nos Jogos
Olímpicos, em 1968. Em vez de executar o habitual salto em tesoura, Fosbury espantou
a multidão ao passar a fasquia de costas e cair sobre estas. Embora seja uma técnica
ligeiramente mais difícil de aprender do que a da tesoura, vai permitir um salto muito
mais elevado.
1- A corrida de balanço deve consistir em 8 a 10 passadas. As primeiras 4 e 5 serão
lineares e vão permitir ganhar velocidade, enquanto as últimas 4 e 5 serão
curvilíneas, para os fazer elevar sobre a fasquia.
2- Enquanto se aproximam da fasquia, dão as últimas passadas mais curtas e mais
rápidas. Tentam cair sobre os calcanhares, porque isso fará com que consigam baixar
as ancas e flectir a perna da chamada, aprontando-se para o salto.
3- O seu pé de chamada deve estar agora a apontar na direcção que pretendem. Mantêm
dobrada a perna interior, enquanto fazem avançar a coxa e a levantam.
4- Em consequência da corrida de balanço curvilínea, o seu corpo irá virar-se enquanto
saltam, e serão impulsionados sobre a fasquia, de cabeça para a frente.
5- Enquanto passam a fasquia, levantam a cabeça e os ombros, para verem os pés.
Mantêm as costas direitas, empurram os ombros para trás e os calcanhares para
dentro. Isso irá evitar-lhes que as ancas caiam e irá elevar-lhes as pernas sobre a
fasquia. Esforçam-se por cair sobre as costas e os ombros.
Lançamento do disco
O praticante desta modalidade roda em torno de um círculo antes de arremessar um
objecto plano e redondo, designado por disco. O disco remonta ao século VIII a.C. Até
1912, o disco era lançado de uma plataforma inclinada. Hoje, os atletas são obrigados a
lançá-lo de dentro de um círculo com 2,5 m de diâmetro. Têm de dar uma volta e meia
ao círculo, antes de largarem o disco - o que significa que a acção é mais parecida com
um arremesso de uma funda do que com um lançamento.
O disco é feito de madeira e contornado por um aro de metal. A parte central pode ser
de madeira, metal ou borracha. Para segurar o disco, ele deve estar folgado na palma da
mão lançadora, com a beira apoiada nas pontas dos dedos. Podem abrir os dedos a
intervalos regulares, ou manter juntos o indicador e o médio. Em ambas as preensões,
servem-se do polegar para manterem o disco numa posição firme. Uma das melhores
maneiras de aprender a lançar o disco é parado. Isso vai ensinar os elementos básicos da
modalidade e também irá auxiliar o treino futuro. Usar esta técnica aumenta
gradualmente a velocidade, fazendo girar os braços e o tronco a partir das ancas.
1- Parados, com os pés afastados à mesma largura dos ombros, seguram o disco na mão
que lhes der mais jeito. Viram um pouco o corpo, enquanto estendem o braço para
trás.
2- Fazem girar o disco para a frente, virando também o corpo, enquanto o fazem.
3- Levam o disco até ao ponto mais alto do seu rodopio. Agora devem ter o peso
apoiado no pé esquerdo. Viram-no de frente para a posição em que vão lançar.
4- Voltam à posição de partida e recomeça a sequência. Flectem os joelhos, enquanto
giram o corpo e, gradualmente, vão acumulando velocidade.
A Volta
Desde que tenham controlado o balanço, tentam virar-se, enquanto lançam. Começam
na parte de trás do círculo, mantendo as pernas flectidas e ligeiramente afastadas, e os
braços abertos. Desviam o seu peso para o pé oposto ao braço lançador, e giram nesse
pé. Dão uma volta ao corpo, e aterram sobre o outro pé. Quando se virarem de novo
para as traseiras do círculo, começam a endireitar o corpo e a levar para a frente o braço
lançador, num gesto largo e balanceado. Lançam o disco e atravessam o seu braço
direito, em frente do corpo, à altura do peito, levando o pé direito para diante, o que lhes
evitará uma queda. Um peso normal tem 7,257 kg, sendo fabricado em aço. O peso para
as mulheres tem 4 kg.
Lançamento do dardo
Ao contrário de outras provas de lançamento, esta é praticada com corrida de balanço e
não num círculo.
Evoluiu a partir do arremesso de dardos usados pelos nossos antepassados na caça e na
guerra, mas as distâncias são agora muito superiores ao que se poderia imaginar,
resultando de melhorias na concepção do dardo e na própria técnica de lançamento. De
facto, em 1984 o dardo teve de ser novamente desenhado porque estava a cair para lá do
campo e sobre a pista - uma distância de mais de 100 metros! O dardo é composto a
partir de um cabo de madeira ou metal, com uma ponteira de metal e uma braçadeira de
cordão.
No lançamento do dardo são precisas as seguintes etapas:
1- Ganhar velocidade na corrida de balanço. Segurar o dardo alto, com a palma da mão
voltada para cima.
2- Nas últimas passadas da corrida, esticar o braço que vai lançar, para que o dardo ficar
atrás de si, e também levantar o joelho direito, na última passada. A isso chama-se
passada cruzada.
3- Devido à passada cruzada, aterram no pé direito, com o corpo inclinado para trás e as
ancas para a frente, posição essa destinada a facilitar o arremesso do dardo, que
seguraram alto e atrás de si.
4- Atirar a perna esquerda para a frente, na última passada, com o braço direito e o
dardo atrás si. Flectir a perna direita, para as ancas avançarem, e o corpo se arquear
ligeiramente. Arremessar para fora o braço esquerdo, para ajudar no equilíbrio.
5- Inclinar para a frente o peito e os ombros, para atirar o dardo. Ver se tem o cotovelo
elevado, nesse momento, o que fará com que o dardo voe bem acima do ombro e da
cabeça, ajudando a evitar lesões na articulação do cotovelo.
6- Depois de largar o dardo, a sua perna direita continuará a avançar para a próxima
passada. Flectir para abrandar a marcha e evitar ultrapassar a linha limite. Permanecer
atrás dessa linha até a distância ter sido medida, ou o lançamento será invalidado.
Lançamento do peso
Esta modalidade nasceu nos Jogos das Terras Altas da Escócia provavelmente no século
XIV. Os pesos eram pedras grandes, demasiado pesadas para serem atiradas, mas
passíveis de serem arremessadas, a partir do ombro, com uma das mãos. Hoje, em vez
de uma pedra, usa-se uma bola de metal pesada, chamada peso mas a técnica permanece
a mesma. Utiliza-se a base do indicador, do médio e do anelar para aguentar o peso;
com o polegar e o mínimo podemos estabilizá-lo. Deve-se segurar o peso debaixo do
queixo até ao momento de o arremessar sem nunca tocar a palma da mão. O peso, de
bronze ou ferro, varia entre 3,25 kg para raparigas A-13, 7,26 kg para homens e 4 kg
para mulheres. No lançamento do peso são necessárias as seguintes etapas:
1- Afastar os pés cerca de 60 cm. Segurar o peso debaixo do queixo, mantendo alto o
cotovelo desse braço.
2- Juntar os pés enquanto se salta, ou deslizar para a esquerda.
3- Apoiar-se no pé direito, enquanto se aterra, e avançar com a perna esquerda. Flectir
os joelhos e preparar-se para empurrar o peso a partir do ombro.
4- Fazer oscilar a anca direita, para lançar o corpo para a frente. Retirar o peso debaixo
do queixo, como preparação para o largar.
5- Tentar impulsionar o peso para cima e em frente, a partir do queixo e tão depressa
quanto possível. O peso irá tanto longe quanto mais alto e mais depressa for
arremessado.
6- Para seguir o movimento do peso depois do arremesso, avançar com a perna direita e
dobrá-la, para evitar passar sobre a barra de madeira em frente do círculo.
Provas combinadas
Duas das provas que mais testam os atletas são o decatlo e o heptatlo que se destinam a
descobrir o atleta masculino e feminino que seja polivalente. O decatlo que é para
homens consiste em dez provas em dois dias: os 100 e 400 m, o salto em altura, o salto
em comprimento, o lançamento do peso, os 1500 m, os 110 m barreiras, o salto à vara, o
lançamento do dardo e o lançamento do disco. O primeiro decatlo moderno foi levado a
cabo na Alemanha, em 1911, e todas as provas se deram no mesmo dia. Surgiu nas
Olimpíadas em 1912, e, tal como actualmente, demorou dois dias. O heptatlo que é para
mulheres consiste em sete provas em dois dias também: os 100 m barreiras, o salto em
altura, o lançamento do peso, os 200 m, os 800 m, o salto em comprimento e o
lançamento do dardo. O heptatlo (para as mulheres), foi introduzido em 1981 para
substituir o pentatlo, que abrangia cinco provas. Acrescentou-se-lhe o lançamento do
dardo e os 800 metros, para acentuar a força, bem como a velocidade. Em cada conjunto
de provas o vencedor é escolhido por um sistema de pontuação, no qual os
competidores obtêm pontos pelo tempo, distância e velocidade demonstrados em cada
prova. Ganha o atleta com a pontuação mais alta.
Heptatlo
Primeiro Dia
100 metros Barreiras
As provas no heptatlo têm 30 minutos de intervalo entre si. O conjunto de modalidades
põe à prova a velocidade, a força, a agilidade e a resistência de uma atleta. O treino para
esta primeira prova - os 100 m barreiras - também beneficia os 200 m.
Salto em Altura
Neste salto a técnica e a agilidade são postas à prova. As regras são as mesmas que na
modalidade individual, mas as atletas são divididas em grupos com padrões
semelhantes. As atletas comem alimentos energéticos ao longo do dia.
Lançamento do Peso
Serve para pôr à prova a força de uma atleta. As distâncias alcançadas no heptatlo são
frequentemente mais baixas do que nas provas individuais, porque a atleta é muito mais
leve, e aumentar-lhe o peso corporal para esta prova poderia prejudicar a sua actuação
nas outras. Nos lançamentos, as atletas dispõem apenas de três tentativas.
200 metros
Esta prova é praticada no fim do primeiro dia, quando a atleta começa a sentir-se
cansada. Por isso, é tanto uma prova de resistência como de velocidade.
Segundo Dia
Salto em Comprimento
As atletas só fazem três tentativas neste salto. A velocidade é também vital, para
assegurar uma boa corrida de balanço.
Lançamento do Dardo
A capacidade técnica bem como a força do tronco são vitais no arremesso do dardo. Nas
provas individuais, as lançadoras do dardo são baixas e leves. A maior parte das atletas
do heptatlo são constituição semelhante e, muitas vezes, conseguem pontuar bastante
nesta prova.
800 metros
O segredo é mais a resistência do que a velocidade. Nesta fase, a atleta devia
concentrar-se na marcação dos pontos de que necessita para estabelecer o resultado final
e devia ter por objectivo regular a sua passada.
Decatlo
Primeiro Dia
100 metros
Esta é a primeira prova do primeiro dia. Nas modalidades de pista, permite-se aos
atletas três falsas partidas, em contraste com as duas habituais.
Salto em Comprimento
Depois da velocidade dos 100 m, este salto põe à prova a capacidade técnica do atleta.
Os atletas que praticam provas combinadas devem iniciar cada uma delas, ou serão
desqualificados. No entanto, se não completarem a prova por falha de um salto, por
exemplo, nesse caso não marcaram pontos, o que pode ser desastroso para o resultado
final.
Lançamento do Peso
Como no heptatlo, um físico avultado pode beneficiar esta e outras provas de arremesso,
mas talvez façam abrandar o atleta do decatlo nas corridas de velocidade e nos 1500
metros.
Salto em Altura
Os atletas praticantes de provas combinadas têm de aproveitar ao máximo o seu tempo
de treino, e, muitas vezes, treinarem ao mesmo tempo o salto em comprimento, o salto
em altura e o salto com vara.
400 metros
É importante beber durante o dia, principalmente em climas quentes e depois de provas
de esforço, como os 400 m. Esta é a que encerra o primeiro dia, e os atletas terão de
pensar em descansar antes das provas do dia seguinte.
Segundo Dia
110 metros
As pontuações do segundo dia são frequentemente mais baixas, visto os atletas poderem
ter os músculos rígidos e estar cansados depois da véspera.
Lançamento do Disco
É uma prova difícil porque exige um equilíbrio e coordenação perfeitos, e uma técnica
mais apurada do que outras provas de arremesso.
Salto com Vara
Os saltadores devem ser rápidos, fortes e maleáveis, para executarem todos os
movimentos exigidos ao catapultar-se sobre a barra apoiando-se numa vara de fibra de
vidro.
Lançamento do Dardo
Nesta altura da competição, o atleta do decatlo estará cansado, e deverá concentrar-se
em arremessar o dardo com rigor para ter a certeza de que marca pontos. No seu
primeiro arremesso “válido”, deve ter por alvo o meio da área de aterragem. O segundo
e o terceiro arremessos podem ser usados, depois, para melhorar a distância atingida.
1500 metros
A última e a mais difícil de todas as provas. Como nos 800 m femininos, a táctica é
mais importante que a velocidade.
Olimpíadas dos Deficientes
Nestas competem atletas com vários tipos de deficiências. Tal como os Jogos
convencionais, as Olimpíadas dos deficientes têm lugar de quatro em quatro anos e,
sempre que possível, no mesmo país que os Jogos Olímpicos.
As primeiras Olimpíadas deste tipo, completas, foram em Roma, no ano de 1960 e,
desde 1976, também tem havido as Olimpíadas de Deficientes de Inverno, que incluem
bicicleta e judo.
Maratona
A maratona é uma corrida de longa distância cujo trajecto é de cerca de 42 km, o que
exige um esforço extraordinário do atleta.
Tem sido corrida nos Jogos Olímpicos desde 1896. Foi assim chamada devido à corrida
efectuada por um soldado grego, desde a cidade de Maratona até Atenas para trazer
notícias da vitória dos Gregos sobre os Persas.
Atletas portugueses
Carlos Lopes
Nos 5000 m foi campeão nacional absoluto em 1968 e 1983, tendo batido por nove
vezes o recorde nacional.
Nos 10.000 m tornou-se campeão nacional em 1970 e em 1978, tendo superado o
recorde nacional por oito vezes. Em 1976, em Montreal, conquistou nesta modalidade
uma medalha olímpica, classificando-se no segundo lugar.
Em corta-mato foi campeão nacional 10 vezes, vice-campeão mundial em 1977 e 1983
e campeão mundial em 1976, 1984 e 1985.
Em 1976 foi campeão nacional dos 3000 m obstáculos.
Na maratona, em 1982 e 1984 venceu a corrida de S. Silvestre (Brasil) e em Roterdão
tornou-se recordista mundial.
Em 1984 sagrou-se campeão olímpico em Los Angeles, obtendo para Portugal a sua
primeira medalha de ouro alcançada em Jogos Olímpicos.
Rosa Mota
Nos 1500 m em 1974 e 1975 sagrou-se campeã nacional, tendo sido recordista nacional
por cinco vezes.
Nos 300 m em 1974 e 1975 alcançou o título nacional e bateu o recorde nacional por
sete vezes.
Nos 500 m foi campeã nacional em 1981.
No corta-mato venceu em: 1975, 1976, 1977, 1978,1981, 1982 e 1984.
Na maratona, na corrida de S. Silvestre (Brasil) alcançou a vitória de 1981 a 1986. Em
1982 em Atenas ganhou a primeira medalha de ouro para Portugal, de uma modalidade
olímpica e em 1984 obteve o terceiro lugar nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Foi
também medalha de ouro em Estugarda, nos Campeonatos Europeus de Atletismo, em
1986. No ano a seguir venceu o campeonato mundial da maratona e em 1988 ganhou a
medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Seul.
Sitografia:
http://www.esec-tomas-
cabreira.rcts.pt/alunos/20012002/nuno/Trabalho%20Escolar.htm#AHistóriadoAtletismo
Imagens:
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