Download - Ilustração portuguesa

Transcript
Page 1: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 1/35

-----W.' 75

....,--~tracltoPortu(fUeza

I

caps: TRtCANA DE' C::Olh1URA @ Texto: 0 s. J010 DE COIMORA. 15 ilfu!';tr, @ VIDA COLONIAL, ) illustr.

@;. NOSSA TERRA. 10 tuustr, @ 0 P,Eij_C.URSODO .R} .m:Jo , II iIIush. ® NO PAlz DE ANfiOLA: VlAmJIt\

DE S. It. 0 ~R:INCI]lE. REAL, 1 Uh.lstr_ @ sporn NAUTICO: UMA I;IiSHo DO PEAL CLI;,IU t-l,AV,oIoI..1 tttustr. @ :

MF.:MOR.LA$ DO CH.~FE JACOB, S . lIIustr. @ VlOA MrL1TAR;, "illllst r. @ CONCURSO D... . . .PRIMAVl;iRA. 04umstr, @)

} , i ff iTE C'e:'I'J'c.rrl.: lPM,.. CONFE~i:"NCJA DO SIOl. CONDE DEi P"ENH", GARC.IA, 10 l ttust r. ® L.~ POR FORA, '9 iIIusti'.

Page 2: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 2/35

ILLU:;TRA(.'\O PORTUGIJEZII

R n a d e S a n t a J u s ta , 9 6 ( d l l n l o a o c l a v a l l o r )

•N o v o d i am a n t e

A m a i0 perfei La im lracao i:ite hOjc con Iiccida _ A u nica

q ue aem J uz arti f dot l bri I h a . com 0 ee rosse verd ade i1"0

diamante. Anneis e alfincccs a 500 r:3.-, broches a 800 rs.,

bri n cos a 1 $000 rei ... 0- pal". Li flUcs coil A . . ..es, de pcrolas

a 1 $ 0 0 0 TCL3. T Qd~ !5 esess j n iaa !],i=io e rl'! prata OU 0 ' 1 . 1 ro

de lei. *- *- *- Jlliio confundir a nossa cas •

am e r lc a n o

o P'iUiSi\Ii~, IIl'tSf1drt, e huuro",datto ~d. !I!~i'eelb"'~I,

rem an" • pby . I • • o mi.,M d.€,,,pa. mdom, B"ull1m.

D,:-·OpiL55SdoeGr r t : _ :senee e predtz (1 0 Ill-

rurc.comveracldcdee raptdes: ~ incom-

pnrnvet ern .....cricl-riles. peto estude

que lez da.~ sclen-etas. crnrcmanous,

phronll, lL-Qgla e physicgncmc-nta I ! ' - p e r a s . : 1 ~ : t p lc...coes pr;'lt~ ieas dns tneon liS (It: tiaiL, 1...1-

VaIN. lJr , ts.~. i l .ITOII"! 'S. t .ambrcze,d'Arpenlign-ef_ M::ut!3.me UroLlil-

larc! tem perccrrtdo as prtnci-

pees c! dades {Ia zuro pa e It. rne-tICLl, once tu l ndri.lit~d:J p : : : J o ~

nnmerosos cl ten ees dB: matsnttli tatheg-Oria. a q uem pre-

dtsse .0. quede do 1mpe r tc (. to-des ua acontecl mentes Que ae

I be s eg ulr em . rllj I.a. porru g,UoI;!7..

eenees, 1ng lez: llllp.m,.'iO. 1ta-nunc e hlilSpm'llML ~ ..

~ 3 . R . d o C a rm o , s o b r e · )o j a

T~_~ 8'.I'f.II dJ;!.,~ddIG p,.nd8 "1i,.I~d~tI~ d~ ~"pfk/s de' 8 . C , . I . I ; I I ' , . . . ,de Jmp!"'~ ... . i i i ( l l

oii drfl ,ri!Jiribl",rI.IlJo. Tw:rJ~ ~ (!!,ZIgcu/a tp.,..,mll't.8lJN1nQ:~neolllnrrn~nd ... piJ .... lafJ,.lc,3·

'F-hs 9.,,,~.~/5!~__ d~' qua.lqufU' QUIIlIdild.. tl~ papsl dB' m;llcoblllls. (;:ii;m1l~fH6 ~

"'M..&6'++"+++u.u ,,~d~'a ,lit d", Ri,.-m" ,*~.t."'+++.~-**LISBOA - 270, Rua da P rin ceza, 2 76=====

====-,PORTO - 49 , Rua de Passos :M anuel, 51

s ~ !cos , reecrs-utuidoS , & form ase;)rd es lo rtifio ;:a.o os cu.~,IIS.~

P ilul a5 Orlentm

: em (Sl}is meees ~S:=;~I~~~&P~~~l~

• vi mem o- .e . t l l fLrlce,m do - pettc seu• cauxnr damno ufgum .A saude. Api'IJ'

• vado petas nlJtl!.blllch'''es medicas.

: ;~D '!:'~ l':; :::d:: '~~~~'rls~: ~6-eS , ... BOD fl.... F rm n.co 'j) iJ ril va 1! -

. . . & . . Ender~ t,,'egttaplJlcotJ= I.'SBQA~ COMPAIIHIA PRADO I : ib ~ ~ ~ i ~ · f , . ~ n ' ; : ' · ~ { ) , " . : ; : t : : ·~ _ _ P _ : _ R : . . A . : : D :. O :_ - _ P O _ : ': 1 l _ : _ _ T O ~ - ~ I ~ I ~ S _ : _ , " _ O _ : _ A I I _ I I _ . . . _ " _ r _ o _ t _ . . _ ' _ . ~ J J _ " _ O _ n _ ' _ c _ o _ ' _ l i _ 0 8 _ - - , - - ~ : ~ . : : : . : . : .: : . : : . : : . : : . : : . : : . : . . : . . : : . _ : . _ : . _ : . : : . : : . : . : . : . : . : : . : : . : : . : . : . : . : : . .

Agenle em Paris:' - Camil le Lipman._~, __R_u_e,:V~ill~n~o~n~, ......

C o m p a n h i a d oP a p e l d o P r a d o

Proprlmrl. do, f.b,I.. , doU)1·,i9()O, fl.1\rlnIlRHa e sobreL~

riu bo(tMmarj, P.".~ ce ij,.~li"Il i : ' I ' berm 10([oli:d\ UHue

11'"to, (JI1 '"g.110 • U ,I bOlo

1n i1 0 n~~1S ~... urn. produ,·II' on"u,1 d, <in", milbot.d. I< i I" dl ~opd • dl.uo,doI !os . m ~ ~ h l n l: § .m o ' 'S m a i l - .p~r'~lr

IO.¢" para • 'u, l"dUHrI a ,

Page 3: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 3/35

® qLLC lOoC11_ 8

ser .n uctrc-oeS. loao,,"a.noea s lit an n "JUli

{o,gue{'t8,B. '3 lSI . L , ' H X I ' Q t':C-S50;~ilCi1h::

pr e r ; : ' I m lllN to proureuse ' * 1tr 8. ,; ;i (, ')p or '1 1 1e I lB e ll tlc5ce saoas Intli:2l uuoae oe lP o'rtuQ a(.$

iS Is \'I'e t9 0 .6 b e 30so l: ie !!)tu~ e :Bn :s

tonto rnobre-. 'B . tncana ce aotm,bra"'_",s poctae qucrioos tlas ra:;:Ipnrlgas be cotmbra • < 1 ; " . " es 1><1 .

xetea. "1:1110,,"0:L opes W i"ira e 'aug"oto (!;tI

. .. . 1 . 1 tncaua e 0 seu .splrlto -crittco .. :a.tonres oe (J~'lstnllbeiro It ~It Serda .1lln1.R

I<uba M 'an,or.", •• ""._ •• " * -..0> /tJ~1(t:in~J, 0 l:a"tr'gasSo.'tldad.L·.r, n:co,-,J,41C{JC/

B.t1iJae. fMlla:e '-Qpa,·i,iftt.r,ll{jJ~jF b~/f!i I!Q-rrlpjdl",

ANTQ:>IIO NOll IIIF..

Trnml Iii. £'QklleU~ ti'.ui'""()rApc7'!11 o i l ' leu tt~Je!Tnhf.1~·C...oar.uO' flU i d~ mb amfJo~/)I!:t!t! Q'/lM1- apr."'(~.H~lljlro_

Do Povo.

E NTRE todas as festes popu 1:0·

_ res q ue ~ de 1cgnrej 0 em 10-

garOjo} se rea] lsam por este li ndc

Porjugal fora, nenbuma c:onregue

cguatar em toda aSlla amorcsapoesia esse alegre e feselvo S,

jono de Coimbra, com a s suasfoguelras e as suas dances de ro-

da, em que a VOl.': cantada docc-

mente rtthmica da tricana conse..

glle traduxir , na mais perturbantemelancholia, commcvida, amoro-

sa e lerna, recta a viva senrimen-

talidade da alma porlugueza,

Tudo se conjuga, emCoimbra,u'essa terra eacaraadora e lenda-

rla, a format 0 quadrc rna v iosis-simo e singular da pai.l(:t\o; .idyl-

lio e tragedia S-a.O n'etla tradicio-

Page 4: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 4/35

nalmente irmaos gemeos ; Ignez deCastro e ~taria 'relies as santas d'es-

Sf! arnor divino e patpitame que con-

resvala, 0 divino corpo d'csias ado-raveis mulheres!

Mutberes do praecr e do

densa toda a vi-

da no coracno e

a elle se sacrifica,como ao unlge-nito Deus To-do Pcderosc, Se-nhor do Cell eda Terra 1 sao aspad Ioei ras da ci-(lade ratnba de

Em o r au e d aBcltcaa.

]\ ada se pare-ce millis do que

em C o imbra aN an .1 fc:r.aie a M u-Iher. A paisa gem

nao tcm cgua! emdocura: pareccmrezar 0 montes;os valles d'umavegetacno verde

pallidn vagauren-

ee oirescente teem

e o n s veludineos

d i ; ; ' : affago e nohorisonte and a

suapensa lima d()..

co nc;blil~a oepranto evolando-sc des camposem mysttca pre-ce.A mulher PCI-

rete surgir da na-

tureza; 6 eambem

dulcissima o f! sua-

ve. e a sua '"'02.,

o seu gcsto e vseu olbar sao arraduccac viva e .

harmo n ic sa da

natureza. Ternes,meigas, melan-cholicas, todo 0

C'orpo equihbran-

do-se no var! 0

coracao, onde equae tas vezes ' I;': IIe

q u a n t a g alrnas

despertastcs paraavida e quantaa vossa Ioi que-

brantada e perdi-

da n'esse resgate

supremo da ~!OS-

sa palxao cal-oro-

sa C cucnec l

A anti ga foguei-fa tao bella pelusua si mplicidade,

apeuas co m o s

SCU5 arcosde rnur-ta nssentea sobre

a terra, os toea-dorcs ao centro,

a 1 u m l ad a pela

discrete luz do

azeite, foi sub-stlurldn, na sua

maier parte, par

palanquins visto-£lOS cede aqui OU

alem por acbreresrces de verdu-

ra apparece dequando elt. quan-do I rri tn n tc m ctL te

a faf sa hl;li do'

g<1:?. .

Ape~ar d'Isso,a p C 5 ; : L T doe s e u s

prcrcn ciosos t n -

novemenros, vive

ainda ua foguci-ra urna grfJ ndc

parte da sua poe.sla.E' que Q ar

elegtaco lias mu-Iherea, a harmo-

niosa docuru das

suas voxes, Ieitaspara (;I canto 1 a

simplicidadc unl-

Page 5: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 5/35

ca no traje, Q lcnco, 0 aventalinhc, 1 :1

gra~a melancholica no atrosc tracerdes chafes, arrastam-ncs irresistivct-

mente para as mais nltas regioesdo sonho.A cariuhosa, 0 trero, 0 tnrn

d.e Coi-mlwtJ.A~ja"ella do mt~~(}lttlrto, n:30 ha danca do povo

que as supplante ria leveza das

Sbd!) voltas, na cadencia arnero~sa J O~ scus passes, na gracios i-dade e na frescora.

Cantigas d'amor nlnguem as

sabe urals Ilndes do que as fa-

parfgas de Coimbra.

Desde J oao de Dcua, nao hapoeta dlgnc d'este nome que,

na sua pasaagem per I";, uno te-

nha deixado ficar, COm um pou-

00 de coracao, alguns versos

d'amcr.

Assirn os "erS05 de Jo~o de

Deus. como mais tarde os de

Antonio Nobre, pnsearam de bo-Caem boca, de gera~o em gc-racao.N'csres utelmos annes appare-

ceram em Coimbra, em esptrtruo-sas. cdit;Ocs de cordel , dois (0-

lhetos de camigas que ficaram

celebres,

o prhneiro devtdo a tnlctaeiva des

poetas Aftonso Lopes Vieira e Augus-

to Gil, ondc collaboraram tambern Gue-

des Tcixeira, Telxetra de Pas-cheaes e Antonio Macteira ; e

o OntTO devido a iniciativa de.

Ladistau Patricio e de quem

escrevc estas Hnhns, admiravel-

mente collaboradc por Carlos

Amaro, joao de BarTOS. Jo~O

L 1 L c 1 Q e joao de Deus Ramos.

Estes folhetos d'amar serao mats

tarde para aq ue ll es que tivererna fe licldnde de on vir as sua'S can-

til'fa~ na boca do povo um forte

motive de orgulho e parA. on-

rros. quundc mats nne seja, hade scr setnpre ur» doce motive

de aeudade.

Algumas d'ellas ja nao ha

niuguem que as desconheca, e

1 3 . estac entre tantaa outras a

auestal-o essas deliciosas qua-

dras de Carlos Amaro e J cnoLucio:

~Di~t!m {flje atn.(l,·imorrrr

E 11l~~mn mudf. quefoss~,

Sf: (1C4I 500 amar ~ m~ dlX"Q/~f!~ 1j1~ dt!l'a (LlI~i.tI~tiUII'r¥T.io

Page 6: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 6/35

eEII ¥rJ:;=~ra

se r 0 iJanJt-l>

Cbegcu anoite de S.

Jo~o equal

Ioi 0 espnn-

to de todos

quando ouvi ..

Tam as rapa..

rigas cantar :

e/£u f//li=<'riJ

$~" rJ D(JIIIQS~

ODame.-c Dumas!

o DantasGu im a r a e sera eoiao umlojieta rico da

Cakada e lillbes pareceu

na SLJa dote ingenuidade

que devia aer engano do

pacta.

A tricana

de Coimbra,essa estranha

rn ul her, toda

casdd ade ua

sua impure-

Z3. musicalna falln e u...

andar , l!O al ...

rosa e flna,que, n'uma

sala, nenhu-

rna mulher a

eguala nil dis-

tincc;:~o fina-

mente artsto-cratlca, do-nas de taolindas maosque parecem

[adadas para

o acariciamento de sedas

e brocades j a tricana de

Coimbra, elegiaca e rrisre.

rcarcacm apenas unsee pa-tu urn rnesmo Iaridico des-

rino r tem na poesla como

110 a.mor as suas arrlsttcaspredilecr;ile s.

So. 0 que e simples e

bello as commove. Cand-gas. pretencic amente lttte-rarias, se lh'as dao , nosseus labios, morrern r\'uma

noite,

I\unca mais peto anaoadeante as fazem desper-tar, nada as resuscitara ,

se nac fortm gravadas emsua alma; mas se a suasimplicid ade 1hcs lata 0

coracao nuuca rcais as es-quecem.

A pro po si to acode - me aimaginacac aqnelte C::IIS,O

pi ttoresco passadc, ha an ...nos, em Coimbra com um

rapaa a esse tempo muito coebecido,

a quem se mettera em cabeca fazcr

uma marcba para u ma fogueiru.. Os versos

comecav am

se bern melembra:

AHonso Lopes Vieira,Gucdee T eixetea. Augusto

Gil II! D. Thomnz de No-rcnha foram Inccnteeravel-

mente, uaa ulnmaa gera-

y5cs academlcas, os poe-

tee querldos das rapan-gas de Coi.mbra.

Nne ha ninguem emCoimbra, em qualqu r

canto da cidade, que nao

vas come aJguma partidaespiritucsa da vida alegre

e estouvada que per laJevaram, como n::lo ha

mulher algurca que nao

renbe decomdo c cante os

seus versos d'ama-. Assim,

pela boca das tricanas,

para a cos estud eutes, que

C" .( 2 t"OS . .. r ro ,.r a: .r

Page 7: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 7/35

caram celebres, a'estes uteimos quin-

ze annes, na tl"adit;ao popular.

Danca-ac desde 0 sol posto ate

que amenhece, e aos pn-

meiros clarzes da rna-drugada, jlhnninando essa

doce p a iaag em de no-

vella I os differeures ran-

chos peem-se ern marcha

po r essas maravll bcsas es-

tradas, cobertas de chou-pas e salguelros, uns em

dueccac ;i fanto do Cas-tanhciro, outroa cia Se,

reia, oude vao heber a

ag[la fresca, que, segu n ...

do reaa a tenda. Illes tra-

ra saude e amor para tcdoo anne.

,n

c/i:;to p .a l a: v ra : s .aw /ad t'Ag~r.'Jli! {{IN o i l < inrJ~"',()uA pl"uJui1'.a v~:t firM o i l ' d i . J 1 i . e

CiJ'Ht e~/·tl!=a IJ'~ d.:,rol'l.lo

Ou aquel!n cutra de Gee,des Teixeira t::10 docementelyrica, tao repassada de sen-timento:

por S~HI.vez as levaram As nolvas, par-

tiram de longada, pOl' este lindo palz

fora, as male bellas quadras d'amor

d < t lingua portugueea.

Quem nao conhece , boje,aquella quadra de Aflonso

Lopes Vieira, inc bella, tho

seruida!

.I[ ON-ir; diz~"- .00 b1111'

C O ' W I srinoaos na kdrJrfl,,,taQU-t!", casaa $.t"1t -mal e.Jp{uria.E pJIt:'Nlt! tmlfl(J Dca/~iIJ1·.~

Ou aquellas quacras deAugusto Gil, espJendida-mente bettas:

oI[.t'lmo.r a NOHtJ Simko,.

f2N~ morren p " , - toda a te"'#!Ell m!'m IIJO me te-ns (H'W1r

Qru 1f10'"0 f J ( : I o r Ii somente»

_1f:1.f5 (!1/W5 conras ~.$C'nra5

Stlo dPl.a,j' AVt.t.jJ{,j'-ria.s

[:FIlm resaria f.l'ilmar,t'urtU

{!1tf! eu rc;:r'} 10«0.J. .t1$ diu.1-

A vcspera

do S. J""o ea nuite mais

ft.::lizde todo

o auno para

a tricaua de

Coimbra.Chegando

Malo florido,

es se e st ra-n.ho .Maio deCcimbra em

que 0 : - 1 poen-

t e s rmjrrem

n · I , . I T n a a g o n L a

len ra, na som -

bra indec isae vaga des

nebliuae do

Rio I come~a~

se a vlver em

ro da a ci d ade

(Ia alcgria es-toe vadu d' es ..

sa noite de

.a.mor.A foguei-

ra da Arrega ..

ca, de Santa

C](1n.~ do Ro-

mal, do lar ..

go D. Luiz . ,da Fciru, da

Ccuraca, fi . .

Quantos rap?zes, quan-lOSJ que por la andaram,

3.0 lembrarem-se d'esse

alcgre e festlvo S. J~o

de Coimbra, hno de sen-tlr ca olhos orvalhadt,s de

lugrimas na dcce evocacao

de algum beijo r ur eado,

n'uns rre:!1cos Iabi os de mu-l!"IeT J de um a

jura de amor

etemo queuno teve maisdo que acurta v :ida

das r o s as ,

mas fl c ou

sempre clara

e In rn inosa

no Sen cspi-

rito, (;01110

clara e lumi ..u o sa v tv e

aiuda na sua

imaginacao 0

doce a 1vcre ..

ce r d'essas

glcnosas rna-

nhas em que

as cauczes se

misturam noat I a v a d 0,COm 0 aroma

das ft o r e s ,

n'uma alegriae s to nteante,

como queum

hvmno a ter-r o i , docemen-

te m y s tlcc,d o c em e nt e

religtoso.C01".,noffi-

S. /""., 907.v rces-re

AYNOSO.

Page 8: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 8/35

·vrID~COLONIAL·

Aif~l"~S O!P!!r!'!' j"'fj T,-i't.JiifJ-j ft:n~~t~ ftf.ln; Sf1r4u"tf ii ., kn~t~ AjdiOlTIl! 'O' D'. FEj-J"t!ir'~ {chefe}~Tf'H~nU I). ~rr~i/'{j c (1.lf¢l'~: o. '])·~ttfJ~, /omando carua a o s lrt:~~o,J da t()'IJ'f!In"j~o': (i.$S{rtz'lj(lO ( ; 1 . 0 .J.!'jI.( ~f1I·~-{'g"(1'mt:n.M

~m 'U,'ng~ms dCt ~il,#'ffllw d4 fer-ro a . ! : lI.f.QH.(J..ffl~di:J

~D"i~t11d1! do cttpj'JiJ,Q sr, Ai't.~.t RQ[ad(Z~~ :r.Ia 51.li'l. n~' II"Ud(1 . pnra, .u d:l.$fncJt'f rf<! HuiUI!-

Page 9: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 9/35

& (\fOSSA TER~~ J

.... R prtm eira comm unbao no SabugaI ~ ..

Page 10: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 10/35

JEsco la:::as)2 lo H n ton io feliciano he < rastilbo

CmuIJle1t't} .IiJilr) 7'tri'ares fta 5rh/{1~ ,(lsi Aorttar d' Am.t!it/fl 1~1I:iz,de Yf/ueb a,

pn~$rd~~~ d" dif",u((J,o diret-l(jl" (M5,(Jurd~()

E~osiQao de mobiliario no G rande Club de Lisboa

Page 11: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 11/35

o0 Dancas e ranchos populares 0 0

Ji nos refertmos, em urn numerc precedenre, no

jamosc rancho das Routs, urn des mats celebrados

da; Figueira_H o]e puol lea mcs uma ] ' : I hctogra phia re-

prcscotando a respecuva orchestra e os pares dan-centes, C outra de Urn rancho nao meDOS farnoso deBuarcos.

(I;:t,lc,r~s tlA PHOTOGJ(Atl1(',\ A. r . t _ l.f~IJ(_'KO)

Page 12: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 12/35

II iM . do . r a i d . h ip pi" p romo vld•• "g;m 1'od o .. ]a 1L11JST I lAQAON I I ' I ' 1 J G 1 l ' E ~A ; oom 0 coo=o do . m Ol. ..U .. ,. 01 ,,,," ,,1 '".e.speQ~D.eS, entre c .s q'llMS i1.vuHa, '*til duvfdaj nM sO p e 1 J 1 . aUD.~pci(lilial com't(:ten~a. CWllO pelo sat t aF :w~adc anthuml lGmDo er. cends de FonwV il.

1tem s~ do ~ ce 'b id a c om u "" lIa n1meap pla illiS CI- ;& de to io i C G PG l lI~ !i d o p tlr c: url lQ ~as chagam qua tld ia tla '

men te icrvD f'OEi! ts a . d h - e sO e ~ e tlo.;.uentes ~:riem Q:D ho!i de sY lnpi!.th.ia.

De d . i V M C a s parlea. C I ) : t n t . ; i L m i l l . chega,r n otieias ,sQ ;b r-o ea t r . : l . b : J . l h C 3 p~paratcrioa da. O l 'g : L n t E ' O I . ' t io dH I " ' e t : a ; p e h , tendG·at lorn! .w j£e om m h l~ 6M I I - D C a ( ! : : l € I p lw le r i o f a s t a j o s brilb.:mtea: e m n o nr l l r d .o e « In C : 1 )rM ! L tc s .

E .to lI iI o • I L 1 1 T B T BA Q A O " P O I lT 1 T G 1 J E Z A q.e I.to" ... >io., .. u . l';l= . t o o . o s . . l l l f ' l ' I I U I I 6 o . ; , 'Iu " b i,to ric aa , quO! 'p it to r . ' . .. .so'bre W I loeaJidad.es m .:l.rea& s para .. e:ta.pes:Jo, e a.proveHan.do eate lI:OV Opretexto tarll falar w .n d a l terns de P orlu ga.l, ~ om fla.

l!.oje pela cid .:l.ie d e C astello B ra.n ec, puhlil::m do C iS curi(::~s d ;ad os que nC $ camm 'lllD .ica. u m d es tosses Q l lt im a d C S carr~te::.

Acidade

de Cas·t e 1 1 0

Branco en-tro nca cerra-meoten'uma

alta anrlgui-

dade, como

o at t earam

a rra d tcno ,tanto escn-pta, comooral; mas se-ria tarcfa de-masiado Ta-

boriosa paraaqui, e aln-da de reset-

tados incer-tea, a v e r i-

guar a sua

origem. Naonos occupe-mOS agora,mC:SrnOJ do

perjodc dos

romance. em

que ate, se-gundo a len-da, aprovei,

tada para e s - -

t a b e l e ce.r

umafacil ety-mologta , se

rena afoga-do um con-

sui au pro-

consul no rio

Ponsul que

a ba.nha dolado sui, econtentemo-

110S em re-

mo nt n r ao

r ein ad o de

D. Arfonsol- l e n r iques,de cujo rem-po se en con-

tra UTI) do-

cumento es-

criptc qoe sereterc post-t iv a mente

" C. s t e l!cB ran co , pre-cedeotcmen-

te Villa Frau-ca da Car-

dosa.

a munici-

pio da Egi-

tania (hojeIdanha-a-

Velha) era,

na epoce -du

fundaeao da

nossamonar-chla, rn u (tis-

elmo vasto,esrendendo-se desde il

Zarca \He,"p anb a . altThorn ar c ~ J c ;

Cea "0 AI·mo ur ol. (!

primeiro H't

por rug ..ea,

que conq uis-

tara toda es-

s.a grande

area territo-

rial, cam pre-h e e d e r a ,c o m t u d o,

que ella denada Ihe ser-

vi ria se a n~()

pcvoasse, e

Page 13: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 13/35

Ioi a'esse intuito que f 1 2 : 7 . vnrlas doncees ( l O S -

templarics, sob a condicxo de E li defenderem

des Inimigos.

A doacao do terrene em que se devia

leva Mar mais tarde Castello Branco rQ i rea-

Ijsada pOT D, Afions;o Henriques em .29 de

novembrc de 1203; mas factos subsequemesmostram que 0 firn da doacac ngo Ioi preen-

chide, nne tendo os templarios chegado s.e-

quer a tomar a reepecnva posse. rOY estemotive D. Sancho I tomoa novamente a dear-

lhes a preceptoria da Idanha-c-ame das quepertcncia ao municipio egitaniense.c-ceapecla ..

lisande n'ella a Herdade da AlVilfa, Era eornc

grao-mestre do Temple D. Lope Fernandes.A J 1erdade da A¢a era DO terrae de

Rodam, c a sua dcecac rQi feha em Irq8,aos 5 de julho, na villa da Covilba. No ou-tomno d'esse anno mcrria, P O L e n . . , D. LopeFernandes no cerco de Ciudad Real, e, por

esta causa, uinda cs templarios n.;jiocmaramconta dos terrenos, des quaes se apossou

Fernando Sancbes.i--pormgnea, fidalgo aven-

tlu·eim1possuidcr de Ulna boa. eepada e mui ..

tovalor, d'esses que fazia,m guerra por coeta

propria ,-0qual, estabclecendo-se nas ruinas

do castro abandonado, deu prindpio a Villa

Franca da Cardosa.Onze annes depots da uhimu doacnc felta

porD. Sancho aos tcmplarios, e que se lem-braram os frelres de tomar posse dos terre-nos da A-;afa, que ju cnt~o estavam nc 1"0-

der de 'Fernando Sanches, o que os obrjgou

uaturalmeute a cmrarem em negociacoes com

olio.

Do cent-acto celebrado Iazem mencacAJe."(;aI'Ldre Herculauo e Viterbo, do seguin-

te modo:.... , o que nac (em duvida he que Fer-

'Dando Sanches dcou aos templarios, sen do

seu niestrc eo:\Portugal D. Gomes Ramires.metade da herdade de Villa Franca da Car-

dosa, com roda a sua povoaeno, foros e di-reitoa, e metade des igrejas. que no seuterrene tinha edlficado, e edificasae para

o futuro, metade de sudo Isto em sua vi-da, e Dutra metade per sua mnrte; protes-

ta ndo elle que ha vendo de tOlnar eetad 0

religiose, tomaria 0 da ordein do Temple,e que em todo (I case se Ihe daria sepal-

tura entre os templarioa: e que nem elle,nom seus descendcntes admiulrlam em al-gum tempo ouuos rehgiosos emVilla Fran-

ca da Cardosa>

E", portarac, evideute que FernandoS'H~ebes foi 0 ru ndador da povoacno, e ro idepois de feita a doact!lod'ella aos temple-

rios que no tempo do mestre D. Pedro

Alvites se lbe deu feral e se the impfiz 0

nome de Castello Branco,Foi tambem depots que 08 templarios

[Gram senhores unicos de Castello Branco

que esta povoacno se tornou autonoma e

capital de urna preceptorta, factcs estes

bastanres para artestarem a sua importan-

cia desdc c corceco. Nella se celcbraram

vartos capitulcs da ordem do Temple, 0

que decertc ccrepoa a nobreza e a excel-

lencia que a distfnguiam.

Consrderadn desde os tempos primevcsda mcnarchia Iusiraea como prai)=a de guer-

Page 14: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 14/35

ra inexpugnnvel, sustentou seropre COm 00-

bslissimcs brfos a bonra da bandeira nacic-

nal, e ainda meamc quando perdida a suaimportancia guerreira pela deecoberta da pol-vora sustemoo COm galharjlla a guerra daindependencia nacioual, depols do periodcdo> Fiuppe s.CILl.'!.lrW~agora 0 que Castello Branco pode

otlerecer a curicsidadc dos vlsltantes.A eg re ja d a S. (S. Miguel) ficou sendo

a metria em virtudc da annesagao dn fregue-aia de Santa Maria, crdenada por decreta de20 de julho de ,849·

o temple c vasto. alto, de uma so nave,com sete alteres. Tern de notavel a capella

do Sanrisslmo, Feita de rices marmcres It

muitissimo elegante. A sachrtstla, do radc

sui , e u rea ~ Ia_o :;n ais am plas d o pale.Existem ac lado do altar-me r dots nichos,

trabalho em pedra, que sac um primer. ten-do por isso merccido a admiracnc de SU8S ul..teaas 0 prj nci p e T ea leo in fa n e e D. [\'1one Iquando 0 enoo passadc vlsltaram CesteltoBranco. Tanto a capella do Sanrlssimc comoa aacristia ~~o ob ..a de D. Vicente, segundo

bi,spo (itt diocese de Castello Branco.

Asp-edo « ( J jdr,/j'm d(1 p()(() do Bupo

Page 15: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 15/35

- rd~ ::; .;a mu thar tern 11m ho rn em q ue 3 Slbleu-

ta I). oatro de q t 1 0 r u . g o~U1 - .l l'l? in gi um gran do p~zar; ravo l vi o eha p e u OM

m aos, en tre! .1 - lamuntar-uie, .1 nlnr d 'es sa trai-(:io sern saber com o chl)ga.r d 'um a rbml; l hebil Muom e d a as sas sin ad n,Ell. rogo.z,,"; eu di,i.-lh. quo sem duvid"

GOobecitt otUI'OS cases eg tit\~::ii> de uns am ores

lim sapo empathado, umas COLl5i:lS estranhas, 11m3

I u z inha 3 . al u .m iar urn Ol ' 1UOnO velhe.Ia d l . . udo que d"co tlfj,,·, de m luna ,""lhe1'-

pobre san t a 1 que ella me perdoe - e a bruxa, 1~-

"ol'V elldo 0 baralhc, drspunha as cunas. 0 senvultc la~" go ro uhava .ad a 3. clan dad c qut' ,-iuIIO! do

pO'ligo.E S le~ e n taq uelh tal'frn uns m om en tos : d eu uns

passos, resm uugou um respon se e por flr», de1 1 ) 5 1 J $ nas ilhargas, d isse-m e :

-c uht Ha para tb' muita U'j,BO •• ,

P ed ia-lh e p :m J . ar ran jar maneira de nao ser en -ganado, ia a pergueur-lje como essas c"rtW!l ,"i.edavam , tfue Illtro era necessario . . lJara a W I" sominha.

~Ia~ de rcp-on te n porta abrin -se 8 em reu on trn

m elber. E ra m agrinha. IrjgMiro1~. d ' n n 1 _ ; racndi-dos tl Ialava m ulto m exeriqueira em COU~iI~ da \"1 -z in ha !l \:, a, em enredos :. que: a b ruxa vo lvia ~1I \

eram rneetiras.

-0101 mnlher tu e . . .mig. d, Genovava doBemforumso, nao 8.s~r Pois ella que te COn te comome. couiou a mirn I.,.

Ergui-ma ipressa: anrei-lha dais LostOI)S. ~;[ll.

e na rua o ll1 ei p .a r a 0 coo ! o lhei as casas e llll:t-me

a. tremer de a(e,gri:~. Ach1.i.a. tun 60,~GomoY!

o men espauio era. grande ao o nv il-o ralarassim e 0 \'e lho che fe r espe nd ia :

Page 16: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 16/35

- Ao escutar 0 110me que a outre pronraciara,

a iDdlcali~o clue dera. , .- A _ h , I 1 iDhec i~ e ss a m u l h a r - , s a b i a - a ~ g o r a d a s

r il JaQUe:5de hruxa , iii por ella indegar so com e O " e i l O

a mona (Urasua diente:"l-pergunt.ei ao chMe de

pnlh,:l!l.- N~o seuhor . _ . J ii sahia que Q fOra.. J :1 ~a.-bia., _ E na o conheda a . tal G enuveva I A gora ca-recia du suu moradn no certo , de uamerc dil sueperta. . _ Situ que a rna. e euorme e eu n a D [raviad e. a nd ar i. \ pro cu rar to das C IS G en ovevas: , __

-0I l " Ia-ri a I) sen ho r n omeu Cil~Q~J-

intBlTogou la-cob na sua COi!.-

mrnada form a.

L .F ) (ltJ ei em ha-ra~ado. I) eon-

tessei . - ~, a ssa en uem se-

qu er sci f1 0rqn evi u urn !DdIC~D

n'esse siml·lcs

T IlJ 'mc . " "

-O',IEumennrmc iudi-0; 0 I. .. AgGr .r a l t . : : J . ~ · a . a " l o r - a -

da ceria. .. N ! l O

podia ir per-guntal o a r e i -ueeira, 11 . 30 po -

di a perder tina3 mandal -a Sf-

gui r iIILe .;). ,'.f!lr

e ac arreirar-se

para oasa d aGB r . f 'J . .. .e ....f . " .

Mas tinha um

meio., .

-QLL,'~I- Pels D i i o

'~l.,. . A i r u i - a

da b'r a x a. ..Nao \ , . t . .-eru ella.

aU em casa tan-

to tem po , D.aD

d ev itt ecn he ce r3 . morada, Rao

sa bia eu, polosapateiro , oudaella t1Ss iSl la~! ,

ceu-me.

Ul.l FfO QUE [NGROSS-A., 0 DES_\TAR 0_-\ :lIR.\JJA

.. os ~'!"UCTOME~ DO eRnIE

Nao tiu 1j;tl n en hen s ares d~rffl'a, Eta »malonra.

magrt :n ,l l; 'l e doenre. EuDO

men tr e jo d e s er ra lh eir c,flngiTJdo pre::;: ; .' ) , pernulIlei .lhe:1

- OJ m euiua, :s~e dizer-m e onde m ora 3 ~r.·O C l l [; Io V C ~ ' . 3 ., • A { l ll e ll ~ qu e e ii!miga d a sua m il-

D"?, ..A ccres~entei que nso 1 < 1 Ji~3 0 Carrno porque ti-

nba de peg'" no trahalhu d 'ahi 3 uoucc.

- A Geuoveva '_PIOra nao sei eo uuu-a cousa 1 E'

na c ., ]~ .r l. d. A""' li" " 0 do Carva " '0 IS F!-aquo lla m uiher IOsso inL~lligelllflt juro-Jha que

d eseohriria n a nr inha Ca.ril a. aleg-ria qu e m e d av a,Sabe que au Dao ~·C1u n ad a d 'is so , 'ILiO uunca D)OS-

tro 0 que vaec a r

Or d ee tro , perern . U lf':o .~" ves. , .- E Q numere . , _ E . 0 nurnero1 t - interrogueii p res sa, CQTllinUCIu0 Jacob.

- E ' 5 6 _ , _ - ' r o " o O h ' f U a m ulhn r ,A id ~" 'g < !l·r,(H '" :I.u m a p ista, u rn o ptim c caminho.

o fio , m en aJOjgo ~ en gr os sava.-Como~1 S6

COll i 9 £S3 ma ra -dar eo sr. Ja-cob Ilia sab iaainda se a bru-

xa ecuhecera a .

vicurna.-I.,,,bel-o ...

V ~e ver eo -me • ..

E:oiiu,-a rn-

d i :l[I L l! i ria

dean to do meu

em ba r a.r;o , es r n : -:8:3.\':1 as m ircs e

iH:::CI'C,:HXml;.\'a:

Vo l'l .: 'j·m e p ar a'L r~ parign edi.so-l".: ~Ia.se I i i . mora e JU i

P I) 0 c u iem -pol ..

-Q".II 0cs -de C I L L O a co-

" h O i ; O .-0' miuha

scnber a. . , Pe-

1 0 N atal naomorave. Pcisse ell andei lado l s dias ipro-

cu ra d"eH a e

~~un~~~_m me

-Ah! is s omerava ltn rnnnella com arra-ganho.Vollei • CO"-

I ra rin i-a , d is sc -file que ujlo e r a

possivel, e ella enl2 :0 d e r cp en te gritce:-O~ s ulror, ennu eu Dao s-ei !,.. So au!. 1 .3

heuve uina eeiu . : ' i . m ala no ita t . _

-A senhora esteve Id . .. DO b . "' ti 6 '? ! Y t 'j a.~m '1 l01 h o , ( 1u e eu r ll rtei-me de ba tel'. ,

Elb elltao respendeu C.oIH t1 m elhcr daa n o Q a ! : d c s:

- N ao estive eUI!HaS ute,'e il miaha irtnji co m

o J O : ie . • . t \ 1 ~ vie-ram hsstaute pingados ... Ora

D~O ~1 ell a mo rada do ll G eo ov ev aJ _ , •Levei a m a o .ao p aho ; eu eo stei-m e a hombNiraporque paredn qu e. ro e eS I3 13 \,;) 0 eo l'~~ ao e perqueacaha Vii de ter UTI.a ierrivel cenezu.

-Qual~!-extlamej :to o u vil -o r al a] " a s sim ,

ROOi A . l \l , \ RTlNS,

Page 17: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 17/35

No fechp do cruzeiro da egrcja csmo as

armas dos Mellcs, porqoe D. Martim deMello, biSPQ da Guarda, Io i quem mais con-corren no seculo XVIl para sc reedlficar este

temple.o castetlo, que se descobre ao longe, demuitas teguas, 1\:':0 se sabe ao cerro quandofol coastruido mas deve ret-o sido, muitcprovavelmente , durante 0 mcstradc de D.

Pedro Al v ues, quando, COmo acima dlsse-mos, os remplarios se cacontraram unicos

possuldores de todn a Herdade da AC;:llfa.o primeiro cerco de mural has tinha apenas

qcatrc portas imas l~O rapido Icl 0 incre-

mento da povoaeno que D. Dinla, quandoveiu (Om sua esposa D. Isabel a CasteuoBranco, em .uS,), acbou qUE: a villa estavaapenada de murathas, ordcnando 0 alarga-mento de perimetro COm a consnuccao deOU traa novas.Como este ponte e muieo elevedo, a vi.s.-

ta abrange, d'elle, urn vasto quadrc de mui-

Page 18: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 18/35

too kilometres, avisrando-se em dies claros

e serenos AlpedrinhaJ Penamacdr, Mon-

santo, Penha Garcia, Idanha, Zibreira,

Castello de Vide, Nizn, Sarzedea, Malpica,etc.o palac!o episcopal, que fica simado ao

norte da cidade, e urn edificio sumptuosc,

e com as diversas propriedades annCJC3S,

que Ihe pertenccm, pede ccnslderar-se a me-

Ihor vivonda prelarlcia do paiz. Fct este

magnifico palaeo mandado edificar por D.

Nunc de Noronha, bispo da Guarda, con-

forme uma inscrlpcao que esta sobre a en-

trada do respect jvo parque_ A quinta e 0

bosque dcvcm-se a D. Arfonso Furtado de

~o[endonc;a. D. J one de Mendonca, biapo

da Guarda, mandou Iaxer 0 [urdim, cbra

pr'imcrosa, no gosto italian" do seculo Xv Hl ,e que se diz ser em Portugal unico no seu

genero.

A vlvenda episcopal ccmpne-sa do pala-

cio , que e vastiasimo, sumptuosu e muitc

bem SHU3doJ

de bellissimc [ardlm ~ magni-

fica hona ajardinada, a que ee chama usual-

mente equinta,» e maua e bosque.

Urn elegante viaductc lancadu aobre a

antlga rua da Corrcdcura [hoje -de Bartho-

lomeu da Costa) c ia passagem do jardimpa-r 'il a quinta.

De tude quan to com poe csta elega nte e

sumpioosa vivenda 0 jardim e 0 que mais

prende a attencao do visirante.

o palacio fo i pOT' muitos annes residen-

cia cos governadores civis, e ah eneve tam-

bem [unor quando, em 18071 invadiu Cas-

Tfn'n~f f < ' "j~N:.ngt:m :rW CasJdlrJ, (mde eri_J,hu

""' t~It!lr'-flPho (1 4 ~SP~~hQ~

tello Branco comrnandando 0 exercltc frafL--

cea.

Alem da egreja da S elha a de S. Fran-

ci sco, que nuda ence rra de nota vel ~ e a .cia Graca, a qual possue na capella-mer

urn magnifico attar de madeira com bella

obra de ta lha e uma va liosa tela sem as-

signaturn, ac centro. J unto d'esia ultima

egr-eja fica 0 hospital da Misericordia, run-

dado em l514 poe el-rei D. Manuet, eqL,lf lnao nprescm a ram bem nada de; eom vel.

Nao he, pois1Y muito para VCT em Cas-

tello Branco. diga-ae em boa vcrdade. Urn

escrlptor que se occupou receoremente

d'eJla cbega a dtzer:

...Nac ha, em Portugal t cidade corn as-pccio rna is A I ( 1 eao. Tatvea a sua p O S i < ; 1 1 0

geograpbica expliquc a necessidade de cs-

colher csea povoacxo para capital da Bei-

ra-Baixa.»

Nac ha duvida, comtudo, que. 0 jardimdo Paco do Bispc, todo oruamentado de

imagens de sautes eoestatuas de reis, com

vastas escadarias de gtunltc, e a sua am-

pia piscina e tanquea, merece ser visitado

com aneccao. Albm d'Isso a cidade tem

arredoeee baetautc plttcrescos, qlle offere-

cern a paiaegem, agreste e rude decerto,

mas Iruponente, (las terrae belrdas, eucra-

vadas entre paredcs de moutanhas, pelas

quaes 0 earvalho local, caracterlstico, e 0

casranheiro sobem, sobcrbcs, e por ondedescern, contorcendo-se, os frescos veiosde agua pur-a e flue, cantante.

('CLICHES DO.!>f'uOTQCRAt'HOS "'''''ADOR~

~"["'I'Or;rR'L paS~4 E. A. AIUr:VNHQ!;A)

Page 19: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 19/35

:au go [a co uerttu tu fI 6 cG u iu te e:5 ta,;;ii-o ~a viasg£m oo lltln r;ipt ~e~l tis nc .!5:StHJ cctcntae. R}C1

tH a 11 i : I ' I Z iun l)o 0 · I H r i o C . A ' " enrreu 1'.'1 " !'tfita tm ; :llbta cc 'l.oitnba. n'um extreme ba Qual", ctoabe,capital ;:'a proetncta, S iC reccsta em arnpbttea«rre. (p besem barque reaU .& ou",~ ,H ! n8 pon te. pOt'entre ntifUlif_(:6taco£:jj f.estiv a,,; , blrig in tlo :; :l$ e S ualIlt.~. o j st, oli~ . 0 b'.po ~. :a,,~ola • GOl lgocetebrcn um ..:tic:sID(UlUt, Eepols :On recep~lh't

que B E : : seouiu , no palaciO ' co {l.o \lerno , o !3ltnbo 'r!l. lLull jfl({pp< vtsttcn 0 ~~\I eeu coloutal .eta.b.l.cl~i> no Glbse"'atorlo, 0 se lI1il1ario.l~c.l', •cuja I.augur.clio asststtn, 0 bcspttal filariailia, bello .Nfle;e mooeeno e in.l.ll.~o e111ex ,ce llen tes co ni:; lfc i3"e e 'b ~H l1en icn s, e '0 (J:entro - M . J .f stttar. cube S f: reatisou um a eCiH' i iaO sctemue e

b 3 i 1 e, a n o tre, m ob ii1 !S eg utn te (cJ \ L 1 1 1 . A excnrsa 0 a o : I U t o lD i I ' In :: i l

be. para '!; ltr a taJen~8 -I!ttentathNh, e \1 'lS ftO U be tari!)e illS f o O f : !;

t'[<3.' M ll<n<M e be s, Ji\,iGlIei e 0 M?[O M inr,,"cia!)_ PeDro V, embarcanoc A uctte fpm'a 10Ul'e:n~() Marques,

hIdi.fhl-t'1 de LfXfTldfl

A NCiOT.A e urn ~-erda deirc im pe-

rio peteS U - . . " I .

exte~o e gran-deza , Possue uma superficie qualorZe

veees maier que a de Portugal e contacerca de oito mHhOe:s de habitantes.

Conaea em todos oa sentidce por in-

DU m eros - io s e e rrlcada po r tQd CISos

lados de roo rita., has e cordi lh ei res; djvid ida em flo-

restas, savaeas e regiOes arenosas e aridas; aroer-

gandc os majores camivoros de prea e os varies DU-

nos animaes da fauna arncana ; povoada ainda,

alem do congolea e do cafre, pelo houentote selva-

gem e artsco, que vive em cavemas: desabotoando-

se £ L tlux, na parte cuhtvena, em todas as prcdu-

c~oes da xona intertropical oP . consenelndo a adapta-,

cao de multas europeas; com as entranhas do sotoapcjandc de metaes preciosos, rle (elm e de carvao:

tnl e a nossa maier colonia, a mats rica de todas

apesar das suas crises, urn novo Brazil futuro, por-

ventura.

Na zona media da pro viucia J ban had a po r varia ~

des rios e l'ibeiros, enccetram-se as grandes planta-

c;tJ.esde borrucba, de canna, de cafe e de atgodao,que dho as quatro grandee procuccoes angoleases.consfitutivas de vnliosaa routes de recelta, uinda sus-

ceptiveia, conitudo, de adquirir multo maior desen-

vel vimcnro. O~ animaes dcmcsficce ecllma-am-se

tcdos corn grande facllidade, da mesuin forma que

as arvores rrucrireras europeas, principalmente nosdistrictos do interior,

Allg-u1a pede dlzer-se, pois, que possue riqceeas

como nenhuma outra das nossas terras ultramarinas,

quer as que t~Q -geeeroearoente the faculta 0 seu

fertilissimo eclo aravel , quer as que se con-

teem nas :)U~5 npulentas jazidas mineraes .

Hoje que 0 territorin da provincia comcca a

ser sulcado de hnuas ferreas, de urea das

quaes, a do Lobito 1 ai nda recenteme nte de-

mos larga noticia, a prosperidade de. provin-

ci a esHi deccrto ern vesperas de largos e Hores ~

centes progresses.Actualmcnte uno p6dc haver ja quem delxe

de acrediter 1:\0 futuro de Angola As prcoccupe-

-«;ii)esque tanto eusombraram os espiritcs duran-

te urn pcriodc de amarga provacao, Jl3S hcrasiu re ns a s da

crise angustio-

ea que a pre-vincia expert-menton ha ain-

da poucos an-

nos, p rinc i-piam a desva-

cecer-sc como

nu vens que 0

soprc da ara-gem rtescon-densa, e saco-de, ate de to-

de as desfaeer.As ulthnas

estatisticae do

m o v im e n t ccommercial

d a provincia

010 s t r am jaque ella en,

trcu em cami-

l'lho de eviden-

te revivescl-

mente. A 5Ua

ex po r t a ca o

tern recemeca-do a crescer,

Page 20: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 20/35

c s - r 5 0 valor de borraeha ~ que vern

act ual mente de A ngo 1a par a OJ. ille~

trope 1e. para aer d j (!Iqui reexporta-na para os diversos mercados con-

M

o emba1-VNl'.I1) caf~

:Noll PtN(

d~ ' _ t ; . a J U l t J .

.u

HospHa-l JJflr.Ii,~ Pro.de i..oamirr.

s um id ore s, Q n. ua p orpeno de q IJi:LLW mi 1

contos.E' e v . . .d en te , ) JQ r-

tanto, que 0 perigc

d e sn ppar ec eu , e (" Iue

o no vo C[Uni

1. . .de

reno de. Lo ' : . 0 a

Katanga, b el " :V lT IQ

o pro lOngam~. ) datinba de Am 3. es-

Ulo d es ti nn do s ( om-

pletar 0 impulse eco-

uomico que ja se

acentua.

o Pr in ci pe Re al

v ia it ou a go ra i1 .p en as

a cidade de S. Paulo

de Loanoa e so de

p as sa gc m. X o s eu r e-~C 5S0 d a A frica do

Sul e que \ " c : : r . 1 L AIl-

go 1 a m ai s detidamente , e c r e-

m os q u e 0 seu espirho D~O deixa-

ni en iao de rece her uma lisongei-ra jmpressao d' e ss a v is i r a.

Page 21: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 21/35

As llilW(J$ /df'Etltldl) do f.tJ.~g d~ Vr:u.ifudf:.lt41-A (:t!'mwlUJ- at: Atgls-O 1:1", DlJar/1!" lIiJt&#,..,

CI.m/~'(I·c(m~rn"df.n-f) a{} ChI/; Npual-Lal!plfldo I~ma !!:"iga d. nzhe-A· dUJ:'(ultJ.-Nrp.1 HiP.' J!ur"ralr.l

~ -Em c{ffllrllt!'1u:irt oo Skipjack

Page 22: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 22/35

the urn ol ha r rundo para .a con veneerdo que realm en re ssb ia que a am a IheI al av a n 'is eo , p o r e m ella encolheu oshom hrus m i rradcs e d l sse:

- 01'3.,. Niio !:.eL .. Hn parit all,

m uitas b ruxas .v . A S e 0 1 J O l" ': " \ n a o er ad'isso.. .

~hi:s m e arreigsva nn carteza de quee ll a meu ti a.

- P o rqueT I-d i" . ell M velho chufe.- POL s se It Libauia. que 050 vivia

COiD a so bein ba, sahia d 'eaaes d etalhes.1com o os igno-rari~ 1 1 . creada'! Oh I men-tla, .. 1 So 0 rll.zia. po r alguma C6USa .

era. . I~U auciado pO T saber onde am oria c!U ivera ua ncitu om que a tiuhame s r 'q il c i l d o I . ..

F alei-lhe en tdo do varias hruxas ef lng i desvia. r 0 clhar-; euava-lhe as: m nis

C O o h ecidas, d izo n d o - I h e s a m p r e :

- Era ahi ql1G sua ama iil~!-Nio sai, senhor, naoseid'iss-oi .. ,

M as come n 'este m om erno au falava 1 1 . 1 . 1

fila do Ol"feir-a eo c.rmo. vi-a estremeoer ...

vagameute. i I _ U . L ihan la tam b em in di(;,l\ra U l n a .

m ulher- pnra 0 Bairrn A lto ou para 0 C arm o. Seria

a mosoo:: ll? r Teria lim a R isla? t .

jQONTINUA~O tao N.Q- '74}

os PllANTASM.';,S. DO HOS.PIT:\L DJ! S. Jost ..trer A BR L JXA QUR N 2i..oiwrvrNHA E Ui'IJ PO-

UClA .'EI:tlCl!:i RO .. ua TeNU~ FlO DA

)'IF.;A[U.?!

N a m rttlhii 'seguin te im erroguai acre-ad a da m oriano hosph~! , 0 enmmissario, a rir com os m eus ern .ba.raQOsacorn panhou-rne, j J o O r q u e o . s . j o ruaes d; l m j _ " j IIh 1 inarrsvam run COl$O e:~.lr.aofJm "rio suocedidn all n avespers. Pelas 11 horas da noita junuira-se muitagenre em race de S. Jose, pols desde tempo corria

a Ienda q ue fora do ho spi jn l a I : u J n vam rnarlos. 'I'i-nhsm -se euvido gem idos 0 rumores: 0 povo a rzna ra -$6 para ca'? l' os avejoos e isso dera correrias dos

municipaes, urn tumuhc cnorm s, um psuico ..o\gora. n'essa m~l1 bal.a lrelha na sua cama olha-

vn -uos cheia de. odio . e Illpio da V eiga com o seu1 0 l 1 J mais Jeres, que:) eustc susten tava, disia :

- Olhe~ m ulher, isso e ;1 alm a dn SU;) :1Ina qu eaq ll i 3 1 1 0.3 -,pots aqui morreu, e quer fazel-a dizel' av e r d a d e l • • F a l e , a n d e l

- A mi In n a o me twMS , , 1 . i l . nonsciaueia - res-mungou.c-. a Q fiz mal a ningueml. ..

E ll a d .s ra~a \f a 0 risoe en ia olhando a velha coma sua touca na CilboQa mela cntva, a pcllc e.llge~

thada, 0 ar r " i o .- A . just-leta.a cas liga_ra •• ,

QU3 : ) 1 se e~~u no lei lo e L rn dou : .- A mim+i Eu nao liz nada, e mesmc quem ca

me m eueu de cii. m e 113de tirar r. , ,Parscia scnhora d 'uma grande r e ]]0 { r u e diziu 6

eu d e ch ofre perg un tei-I ho :- Ou~a Ii, ml.tlheniuha. 3. que casa de m ulher

d o v irt ud e iil a ,s.IU ama?r .. ',

o commissnrie olhou-m a espautad c; .a \'e.lb.a. I J -sou-me terri vel C desesperada:

- Vamos. uiga .. , Onda eril'll-insi:ui, atirei-

Page 23: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 23/35

o olhsr da velha era. rececsn , . ! \ . su a YOl treinia.Sa hi. A ' porta 0 comr nis ss rtn ex clam ou :-Que rliaho e isso agora de bruxast. _. VOC~

lam bfO l aered ita em avejO es com o estes d.d o h os pi-H l~ 'tl, ., Olhe que os raes pbamssm as eramspeuas urn ninho de ccru jas, que a ruuuicipal e£-handalhou com as havonetas. I 100'1 em !__.

E u a r6 rrn a do seu cosm ma ~H n.-~e;) rir.-)Ias, d iga -me sr. JatG.b

Jj. a rinha d-eSCOD'

fj3n~~i'o'"9l

-Nail .._A qu il!o era 11 m flo. rlebll. delgnde, uma

r ein d '' '1 .I '· an IH~ que I E ' U podia desflnr on em que me-p o di a c llr cd .n r,

Q - I , . l C t inha eu de ro-~itivo-s;' 0 noma d'uma hru-xa que 1 . ' u , i . ' 1 esiremecer lij!tlir.'1nle'n r e urna velha,it " [ i _ S a . iudit:IjIl;~(J d 'um a m ulher de virtud e 1 [1 r n t " , a

o Ba ir ro A IL - O . , . ou parao t::'- Ir m o, n h04'ltO de qua

O. ])., ia do P iedade cou-

sultava essas m ulheres _pa-ra captar 0 - marido.. V tleera 15(0 Y J Como podia en

~:!~~l~iJ~~J~r~ros habeis

-S im , era, ponco .. E .

ainda que iopasse a re i 1 1 -

ceira.: come -li,aL~ria. dassuns rda~ites com 'l \.ieu-m e, com a, chejm ria a des-cobertn do modo e do sulccude so praucarn I,) cri-mail

-J\h! E rn rn as in ierro-

ga~oos (IUO ( . a 1 . ia a illi I Imesm o u a peaar do tudod ec id i jo g-a r· a can ad a,

E, com (t o sen bom 501'-

rise, 0 c .:h aI ~J ac ob ex cls -men:

- ".ne "4~rcomo d'umsim ples 00 so Jab r ica um acorda gross:\. e como urn

veu de gaze pede ihudirurn homeml ..•

() velbn cn efe de policiaeontinuou a narrar ([ 0 caso

do how da Ilarhaledn . F ezto d a a~nella fJr.~t:l'i~l~ao

n'nm rapante, de oil lOS . __

1U 7 . e n tes, e m g e : . , . t o s l . r t r g C lS o < i! _ \a m~lI/j{l /f-t:l~JC. fJ!·'Pf"g(li({l-lU 1i-m mullif!7'i'r{) fi)rt~ .t~ ancas " " H " J ~ a . f • . • "t -

• eu s,n ti, ~U. 0 Jaephdescoh r lr a I . ' " Q D l aquells r~p id 0 1. 0 0 :: ; v e s· l i g io 5 q ue ; : : L

o utro s tar] run escapado.-1>'.'1",11. lind. ",.nll' d. '01- di,,,, .• 11.-

vesu-me de ga nga e m ascarrei il earn e as m i los.Ouena passar po r serralbelm e ccn scgui.n . P us-m e. j J . g3 rg.n as escsdinhas do D uque a assobiar e en-v er ed ei p ar a. a . rua d 'Ol ive ira, all C arm o. Ifi;. sab ercude a aseas ·iu tlda estivera na noite do crim e ousituplesmenrevoharia cOin .lI con vieeao q ue '!H"g:tlIr3

uma pista el·l'ad:l~!.. Os dado s enR1 vagus, _.em estremeeuuemc ... DU3S ph rases _ _ U rn enOl--

me bairro, COl l1 centeuas de c.a~as., -_I\go ra carecin _si.1 ber ~ geme com quem devia

con tar. L a 56 ; uao quena gerar descoufianeas nam ulher de vinude.V i u rn aapateira .a porta d 'n ma.lojeca a d eitar

um as tom bas.

- OrA bom die J. . 0 s'!oho(' d iz-m e ond e eaqui a cnsa da m ulhsr de vii'tode?l ...

Puxeu 0 f l o , olho-o-m e de esguelba e explicou deborn burner depois de me encarar, ao cab-o d'uus

minutos:

-Ora 11"0(1\ timi . 'paz , a acreduar nlissol.,.

01"6, e .110 no 1 5 ...P CI1 !:1 .1 IH ei.lhe se a m nlher vivia s6~rnll:;l e ells

d isse . .. .me qUI) 0:30. E~la\'a amanccbada corn um lal

Jose. des San tos e a i l 'ma d 'el!n sahim de casa .. ~Indieen - m e m nho palreiro a n lO l"( ilU :l ~n l"a. onder V ] , ' l.

-.1;\ IIA ","poi ...

- Xo semestre. __ V ivcu all i nm r~r de tem-

I)"")·'C o ru o Ilu } pergu n u s s c pcln S ocI ien res e Ihe d e s s e

o s sign aes d. I). )I'l'i. da Piedade, raspoudeu d,

'cpe"to.-[ ::;: :;0 n 50 do u reo ., ~fas vae Iii. mnita gente cI:L

.I~l..

Fui onuo bater .. porta da brnxa, d 'essa tao Ia -lada .M ar'jao u.a dn COl'lce i~ o.

N a miuha Irerue pespegave-se um muHter-flo r o r -te, de aucas largas. :l. Ca.r~~borbulhenta e com um

hu~ enorme j en medin-a, perguntava a Iazer-me

acauhado:- A seuhera e a mulber que. r a . z In i I a -

gl'es~l", '-M ilagrcs s6 D eus. Eu cfl I lO I' m im algu ma

eousa posse. , _ M as m ilagrest , ..TiJJha nma voz de hcmem, forte, rija.

Emrei: a casa era urn buraco negro e eu fJqu-eino escure sem VI·'t' scn ifl vagam eute os {lb jectos,

Page 24: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 24/35

MI.LITAR a a li:

o f . i 1 t:n(}".t"ga da -m~aVI4 dt' Oh~'.Q ik ~·()lNlflu·taOJ~~Jt) E:r:l!mplar . ( I . o ( J I iul.t'l"tJ,L .A Irlr!NUJ. tiff. SUJ/fI, :ilI~ &€l;;Ifg 40 E.:t:~n:itorei.renee D£ 1IE;~QLiEl..)

Page 25: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 25/35

o jU1"y ,~ JO,./t'iOi CfJ"1UJifm'fJ(Jpc/as 51'S. AM/i~ NI/...1rt:5 dos Sa1lfO$, pnr5N~nle, Adriano rettes, lJ!amtel A1~g«.stO " i t S i r ,

Rt!is ('-(Jlian~f e J.Q{JlJlli~JHnH·.,'qu~~Jeo (:/jifl: Sr. AU.'·1)1utre ~'r()rKad(). como 1~"n'jf;lttlUltl' do ancun-id.afi.t'_ Um assecto do P~IJi(~ (JCCh1fl"I6df) aenJf:p aa f'flrcv:t: ~ 0 Cl,U/jrirtJI d~ l'.t:h·ilGfi'lo dm: fJ,'r:mW$ .~ a.: cj"ftm(tH 1!'s('1-rtlrHiJ

-A paT''- f~lIli/j1.1jt1 da a.s~.1/~ICHA-D. TI1t:reJ:a l'>:el"dre LI,)~s~a ,,11t?1II mh! (I' 2,& fJr~lIIi,()

-fiilpluu~ D~l,gatk. a ql.rt!m ~aiu tI' pt'f:lIl1Q de lut.iolljOfl41 (1.9') (CLICH~ ~H: B1U.;oEJE~

Page 26: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 26/35

li:mj)M d~ rsis, In" Phylat:

- (..bnd~d~ Pmha (J·ard.a-

Mu..J·f.Udo Cairo ale a s belles e vigorosas

estatuas da IV e da X fl dynasties, pas-

SAndo pelcs ,multipl,Ofi; exemplares de um a

eecutptura ingenua espontanea e natura-Iista, que pencncem em grande parte aopericdo nnte-pharuotricn, a butorta- da

arte egypcla ruostra-noa, com uma variada

e abundaute documentacao, que a escul,

ptura Io i uma das suas manife$ta~e.es

mais intensas.

Podem reduz ir-se a tres classes as ca-

tegorias de sennmentos, que onginam e

inspirarn a esculptura entre os egypcios.

Em primeirc Iogar 0 senuroento rellglo,so e theocrat LCO_

E o ' a elle que ae deve uma

part~ cons~dera v~j de to na aane egypcla. FOl para IOLLvar

e exaltar ca deuses que

presidium a cosmcgo-

uia e t . . theologia egy-pcia q ue os escu Ipte-

res do paiz des Pha-raos crearam essas va-riadas figura:!i sj-mboll-

cas e moastruosas, que

povoam os temples emtodo 0 valle do Nile c

reccnam os seus perfts

solernnea e hirtcs nos

baixos relevos. qIIe deco-ram as muralhas, as colum-

nas c os Irizos.

D CPOL S de n . r : - : " lalar dagrandeza , da forca e do

mj-sterio da sua n.codicsa,narra-nes 0esculptor eg}r_

pc.o 0 poder , a gloria. os

fehos des eeus soberanos,

des pade.-o!10S Pbaraos, queeram quasi os eguaes da

divindade.

Por issc uma parte cia esculptu-

ra egypcia e constituida pelae esta-tuas oos re-is e -ics deusea e pelas

lungas filas de baixos relevos em

quo se desenrcla a historia de uus

e d'ourros, intimamente lignda e

cornblnada.

Nac e eata, porem, a mais bella e a mais impres,siena n te escu 1 pi u ra des egy peres.Subcrdtnada a s esigencsas de tradlcionalismo, al-

gernada pelus preceltos do dogsnansmc religiose,

encerrada eas mutalhas Inabalavels ,10 symbolc, a

esculptura religiosa e hieratica nne attinge senao em

raras obras a perfcicao ptasrica e a grandeza de sen-

rimcntc que deveriam constiruir 0 seu Ideal.

Aesculptura entre OS egypcios teve nma irn-

pcrtancia e urn desenvolvimentc coast-

deraveia. Desde as estatuetas infcrrnes

flus tempos prehtsrorfcos, de q\IC be t:"10 note-

vcis exeroplares no AS/iOfW law AJuumn C no

Page 27: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 27/35

138-ILLUSTRAQAO PORTUGUEZA m VOLUJIE -.:q de julho de I9Jj

E' certc que 0

nosso espirito 1110-

derno nne deve

nem pede ju lg .. r-est a aete sem ter

em ccnta 0 scu

ideal eo sec fitn ,sem incarnar perrnornentos 0 cspi-rito da epoca ern

ql"le efla Ilorcsceu.F . . cnti'i-o!:sc con-

aiderarmos CSS;lS

estauias e eSS-eS

baixcs relevos nasua funC::~A,t)rin-

ci palmente decc-rativ a , s e en carar-mOS 0 coujuncto

de im pressoes que

elles pretendiam

despertar , subor-

dluadc apenas i

vibracao does-p i r i t o r e l i i o s o ,

major e mais in-

tensa sera a nos-

sa admlracao peta

arte e pel a escul-

ptura egypcia. ,!~~~~~m~~~~~~mem-se per ve-xes nota do O J. fal-ta d e proporcoes.a irnpcrrciC;no deacabamento , a ri.

gid(:~ de linhas de

mcitas das eruus que OTlloiJl1In-

tam os temp

egypcios.Comtudo, r. .

tas vezes, (!'J

tive occaeiae

o bservar em J\ -nac e Luxor, I : t i i

ta integrar 4 : : i .

estatuas, pOT 1

esfcrco de i l l l

nacao, no seuq

dro prtmitlvc.as

p a r a d a s 1 ' 1 8 . . < ; F o ( : d .

e pesadas It"da a r c h itc ctu

que. as conti!!.·

cof Iocat-as r80m bra das I!"J('

dec') cc iunmurOn des ptesa

porticos, cereeda decoracao j

lvchroma (! t t

lhant.e d0.5 r~

Page 28: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 28/35

rn VOLU::o.fE- 29 de julho de 1907 ILLUSTRA<;AO PORTUGUEZA -1.39

um curto e tran-

si Iorio periodo a

que a morte pu-nha terrae abrindo

ern Jace do morto

as portas da vida

futura.

Por iS50 0 cnltode Osiris, deus dosmortos C : ; : . syrnbclo

da re:surr.f.':i~~o, se

estcudeu a todo 0

Egypto, c a indo

em d esuso 0 deSokarls em Mem-phla, eo de Uep-Uat em Sifit.

Per isao 0 sau-

ttl arlo de OSl t L s em

Abyrlos, como 0

valle de josaphatdes hebreu s, Ioi 0logar cousagradopara a entrada navida eterna.

A re1igl:lo desegypcios e bastan-te complexa: alemda Sl;paT3~.110 en-

J~~~~~~~;~~~~~~~~:m~~~Ore 0 corpo e aalma! comprehen-de, tanto para urn

como para. a ou-

tra mode lidades

dificrentes.queat-

a ser sccnogl'a-

pIiL(;3.

o segundo sen-

timcuto que lnspi-

nju corientcu urna

Iarte da 0bra ee-

raeuarta do Egy.p.tofoi a sua theo-

ria sabre a vida e

a morte e especial-

mente: a sua ps.y-chol.Jgiii. J\ escut-

puna que. TCpOUSa.I lOS. hy pogeua C

n C B rnastabaa, o s

baixos rclevos que

urn a m en t a m oavestibules das ca-1M eteruos, sao

des mais in teres-

sautes exemplares

da artc egypcia,c d'aquettes quemaia c melber sa-

hem rater : < 1 0 nos-

so espirlto c ao

nOSSQcoracao.

C?m a l gu m a s

vnrr a n te s, con-

soantc as epocas, Q!~~~~~m;~~~~~mt~:odecmtodooca-

so afiirmar-se que

I) antigo cgypcloccusiderava a vi I

da terrene como

Page 29: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 29/35

[~O- ILLUSTRA<;AO PORTUGUEZA

tcnuarn e rnaterlalisam para nsstm dizer a formula es-

pirjtualiata.

.E ~ assirn que ao lade do corpo e-elste umn sene

de cspiri to pr o te ceo r , aind a corpcreo eraboea muuo

tell uc, quo acom pa n hn e protege 0 bomem n a vida

e e ccuio I;) seu duplo.

o if.lIplb nso mOTI'"t, nern t!\o poucc a alma.Em seguid a a morre 0 defurno era condu etdo por

Horus dcantc do tribunal de Osir:is e julgado pelas

accecs praneadas durante a vida. 0 1.i:JnJ das mar-

tos 0 1 , ; 0Iitem os q ~are i) ra e dois a rti ( ;O S feci e n d o s pelomorro, e em que affirmava a 'sua vi...ude.

Em uma bela n~l::L,Acubio 1 0 deus COm caoc ca de

ch acal, pe:sa.va 0 0 coracao do uiorto e 0 symbolo cia

[11 VOLIJ~Ill. -.29 de julhe de r907

A estes precei res e estas ere 1 1 L 7 1S d e ve m o s nos a

conservachc de innumeros exemplares de uma escu;

ptum Ingenue e naturalista J t~o preci osa sob 0 PODtl)

de v isla est herlcc co 1)10 sob 0 pOD t o . de vista do-

cumentnl .

A gente rica, para assegurar a iom orta I j clad e, se-

pul tava com a sua mumia veri as esta tuaa repr-e~IL·eando 0 fallectdc, e t para manter a consi nUi1ade da

sua v Id a cost umada, faai a decorar os muros da mas-

t.ahi OLl do hypogeu com balxos relevoa represen-

tandc as scenes IJ auaea du vld a d lane.

Ram parte da Qbra escu lpturul d os egypcioa e u m a

das lna(s· p crrei tas e segurarnen te a mai s lngemu C

a m ais aennda.

J ei ou do direi to e da verda de t e se 0 resul taclo

registad 0 pOT Thor, 0 dell s com cabeca de j his, lh e

era fa vora veIl ( , ' I seu d i r c i to A '1 / '1d a e tertia ccmeca va

desd e entso.A alma e 0 duple v inham de novo habnar Q au-

tigc involucre corporeo, e a vida ideal na esteira

des deuses comecava decorrendo. Per isso 0 egypcio

conserva Vi) cuidudcsamen te 0 corpo ern balsamaud 0·0

e sepul tando-o emma usc lens, q TIE: desafiass em 0 po-

d er des seculos.

Mas porque a aim a e 0 - du plo podiam continuer

a viver com esse corpo IIma vida semethauee . a vidaterreua, depunhara -ae no turnu lo esta tuetas e figu-

'Las."que symbclisassem e desaem ·oorpo a essa nova

vida.

Mais atnda, para que < 1 : 0 0 duplo e a alma uno Jal-

tease nunca .0 COTpOt entermvam-se no eumulo co-pias f. J ois do morro. estatcas, !"e tratos, q 1 , 1 ( 1 : asseg uras-sera a parte material nccessari a p era a vida do du plo

e da alma,

Algumas ct' essae estatuas mortuarias sao assombr»

sss de naturalismo e maravi Iho:S3.Sde execucao. ,\

eatatua ron hecida pelo nome de CMqur!-d,.kled ~

lHDa obra .q ue Peta in tensi dade e natural id ade ~

exprcssac nada fern que tnvejar a . . . . ; ; das reelbores e p u .

cas.

As scenas david a usual represen rauas 11 [)!1 bai:r(,5relevos e ate em peg IIenos; giUpo8 de estn tue t... s Sln-

pel a esponran eld ade, pela gra9a ingern.!ia e pf.IO m-

turalisete escrupuloso, inconrparaveis obras dI2lJL~_

Deante o'el las e deante das esenruas das (t.iitstat.3;

e hypogccs, o noeso seoumentc vibea sem necessi-

dade de csforcos de lT l1. fJg- ina~n.o OLl de pre'paJ-a~

educatwas.a ideal que as i nsuflou e de n a h ! , r C z . . a . u nivsrsal,

a llnguagem que ellas Ialam c a linguagern hnmam

por exceljeecia. a llnguagem do seutimento, e p e

isso esaes artls rae, que ha seis ou aete mi l annes 'ifesc 1 : 1 1piam, senti m0 1 os nossos irmnoe. Singular pede

o da arte que a rravea 0 es.pa90 e 0 ternpo faa ~ibm

Page 30: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 30/35

eorauvo e . scmp-c pujante n'essasobras,algumas das qUiles sao tambem pe-quenas maravllhas rre eseeucao. Osartigos de t(Jil£"~ C edcmo sac porVe7.0eSde um a delicadeza de ornarnen-ta~~o verdadeiramente excepctonat.No sen conjuucto as tres classes de

obras da esculptura egypda, a que ra-pida e i ll perf elta mente nO S ref erlm as,

ccnstituem uma documcntacao elc-quentissima da aptidt:o estraordinariado egypcio para as: aries pte sti cas. e~:ao dos mais vallosos tituloa de 00-

breza da velha arte da esculptura.

CoNDE D.i!. PENH.i\ GARCJA.

!rr '~r·r"' (J,· do f( 't IJ/4IJ

fir AJ lJ or t'NI E ..ifu.

uniSODOS1

a sete mil

:UJMS de dlstancia,

u s c o- eb rc s e (1) CO~

uctes.U terceirc senti-

m ente, que in splrou

a c seu lptu ra cgypcia,Iu!0 espirito decc-rati-o e a arte doadornl}.

~lanire.sta-se eHean uma quantidade

Immensa de peque-

1 = 1 3 5 cbras esculpidaa

em m arhm , madeira,l Il ili lEH ) re s -,g r a n tt os e

p ed ra s r ar as .

o scntimento de-

Page 31: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 31/35

.~ LA POR FORAREVISTA DO14DE ...JULHO

T ODo..C; os annes a .Fran~a COlhmemo~a a triumphaltomade de Bastilha com festas ruidcsas em que

rode 0 francez, per mals afastada que seja a

regiao em que vive, palpita na lnCSrml Iebrc de en-

thusiasmc. 0 14 de jnlhu e a Iesta necienal PQTex-

cellencia: eLongchampS-J 0 vastisslmo campo t.~o

Page 32: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 32/35

lIL VOLt.'' '\rB - .29 de julhe de 1907

I heddo pelas corridas do cavalloa que ali se tea-

m, e n centro onde convergem todoe os que sen-

m vibrar a ahna pauiotica, porque e n'essa enor-

e e :'i: te n s~ode terren e. q ue 0 prcstden re da R epu-ira passa revista a ! j rropas. Quem alguma vez te-

l a assistido a essa fcsta singular ted para sempre,

eaute fil).'i clho s, a im preesao graudlosa, q uasi phan -

ILLlJSTRA<;:AO PORTlJGlJEZI\ - 143

V..U&(:J(H1, IjoOj lut'OJillru

-A i.'iimj[~lr4J~"'Q do ,"WJ'l.l1l11t!llJ(j (J: CtarilNldi tJQ square

Li)W"ldluJl-R~tf'{li() d~ S. sr . J:;1.·R~jD. Carlos,por L.;t~:/(J. II'U dos ftilJt()r~j; r~tra#Jro;1 meis u>ota'l't!11

tM .. dl~ati<iad~

tastlca do espectaculo, que assume proporcoes dedelirio, quando os regheemos passam dcante da tri-buna presidencinl, incllnando [::IS reapectivas bandei-

ras. Este auno, 0 programma do 14 de julhc teve

mn nnmero especial: a inauguracao do moaumcutoa Garibaldi t Q grande general que. levcu a efleltc a

unidade itallana.

Page 33: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 33/35

camoecnatc tnrernnctonat be jla\\.'lh'tIC1tl1fs em 1nolattrra - '8 ncoa ptsta {n GIe::,a j),IH'.fl corneas ce autom L'L 'lL1 :Final de Lactes-stnate 11".$$ SUNOl !JfZie~fr'!I. Chi2m/urJ.- lffi~~ S~tlf.m. a ~'elu;edrJr~ do row~.mal(}. Ij~nm b1tc.ll ba~d

stroke. (jIH~ficO-It cdrlJr,: - 0 celrljr~ recerusuan Erfg-~ '''' de ca1r:lifJ) - £:'l:pe ri men t. a n.co.;l, pis to.

Page 34: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 34/35

ILLUSTRA<;,\U PORTUGU.:U SERLE II

UN I O N M A . R I T I M E E M A . N N H E I NG o r n p a n h la d e s e g u r o s p a s t a e s , m a r l t i m o s e d e=r a n sp o rt e s d e q u a lQ l l e r n a t u re z a =.....ccmpenrna l.A Ul'lltON v EL FEN[X F. : :SPANOI.~ rua

_ da Prata. SII). t.", !rffeo:tlls segurcs scbre ~ VIda mediantevanas cQP11i;.(Jes, tnclustve 0 seaurc deO(l1l1fnsdo POPU~

_ LAR (1:'1rfL I) l :] u .u .1 nne Ii! neeessurtc eerttncaec 11 1 o:"d iw.

Dlreetcres em Lisboa: LIMA MAYER & C . ,A , . .

.~*RIM 1M PRATA. 69, I." - LlSBOA _ ~

Farinhalactea ::P r e e D 4 0 0 r e i s

n ~ s t l t36-..:medalhS5 de GUru Inell/lndo a conlep/daUH ..a ExposifiiG AgricD/a ds UsboaU..,.

A M A rS A F A M A D A M A .R C A D E A U T O M O V E I S

!P raca dos Restauradores - L IS BOA ~

AotJAntlJl tJ<M P~ ....jl:' f " .' !I . .. .. III.a. I ; ........ ..,_..._ "]Iii:!' 1")" .. u= ... _ .. ~

Page 35: Ilustração portuguesa

5/11/2018 Ilustra o portuguesa - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ilustracao-portuguesa 35/35

1I SERlE

._~• SOCECADE DE.... ._

S E G U R O S M U T U O S S O B R E A V I D A

_--E~S~edeSocia.~l:~~---1IRIO DE.JANEIRO

F I L I A L E M P O R T U G A L : L a r g o d o C a m o e s , U , I . ' - L I S B O A

A E q u i t a t i v a d o s E . U . d o B r a z i lJa e vaotajosamente ccnhecida em Portugal, onde ten'! tido 0 melber aco-

lhlmento, Seudc puracnentc mutua, todos os seus Jucros pertencem exclusiva-

men.te aos segu rados. A Di recto rt a local. resolve. so bre tcdos 0 S o assu mptos, ;n-

elusive a . approvacao de propcsras e pagamento de sinistroa 2{ horae ap6s a

apresentneao das provas de rncrte.

CIR&OTOI=t:'p,. £:JA iP"1L.ii.A.L.

PRESIDE:.!TE: Conselhciro Julio Marquee de Vtthena. iJ""",,",lar do Bancode POf'tugal~ Par do Rei1iO, .ll1illistrc d e EstadQ lz(J!l(lr(J.~"1·o,

VlCE~PRESlD.ER·fE; C O l 1 S e H u :! :1 T ' o D r . lYJ.A. Mcretre Junior, ministro ttl! E.~-

hula iI01lO1·{Jyio e le11te do, Escoia Aledica,

DIRECTOR CONSULTOR: Conselhelro Dr. Luiz (ionzugn do. Rei. Tor-gal• .ad' t)Ogl~do.

DIRECTOR ~n:DICO: Dr. Heru-ique Jardim de Vilheua.

GElZENTE: 111.A. de PiIlllo e Silva,

Se ~urus de vi ua c o m sonela se mestral em r t l n h e Ir o , u m c a m e m a ado~tMo

pela Equitativa. D o t a ~ ile s f ie c re a n (las ~e l a o s 1 5 a n n e s

o

No.s 80"t.CDS de a6.,.;1 e outubpo d8 '90S,. ,ahrJI dB tS06 e a.~11

de '907 Iu".ain conte".pladas as segui"t·es Spolicesf' pcctilbetldo

os scgll.PadDs as pCfipectillss imlior·,:ancla,s coco"lIn.ua"do as 111'6'5-

mas 8m ,,18110 vlgorf' a ,s.a.ber:;

COM 1.000000 REttS

:20 [30, J)_ A me: Iia Murq U~13 d a Costa Ban'OS, Porto - :0070, Dr, _ r 00\0 l\J aria eta

Costa, Alplerca - .202g1 ~ Lino J oaquirn de Almeida Aguiar, Lisboe - 10899, J o o k joacTethada, Santarem-c- 20.3181 D, Maria ua Silva Catha::rino! Alp.iar~a-.w3.3o, Dr, Auto-nio O=~al'Almeida Retna, Figueira de Fo? - 20755, J o o . e Fernandes Rodrigues, Lisbon- :m8&r, Abilj(l de. Manos, ~ontt:: d.c Lima.-1061jJ M. joaquim Casimiro 1\'0 ~e

CaTva] ho, Lisbca - 2 1,1391 Jose Antonio Rodrigue _ Borabarral ~ 2WJO1 J oao Carci aAuguste, Estremca-c- ~o.')OB~ o r e Francisco Enxuto juulor, Caldas da Raleha c-

219.50_ [provisorioj Adelino dos Santos Cera of; espm,.at Caatanhede - :2.2l73. joaquimFau I0 Marques, A Icac;ovas- .2 T 508, Mnnoel Lopes Vnrella, Aviz.

-----<=>00)0e>---

os e r a o attendldos lodos us pedtdos de TABEL.LAS DE P REM IOS - P ROSP ECTU S

e n u t r a s i n f o r r n a c t l e s q u e f o r e m d i r i g i d o s ;j

FILIALOE...l ••••

J I € q u i t a t i~ a d o s E . U . d o B r a z i l•• LARGO DO CAMOES. 11,l.o-L/SBOA ....

Age-lite enIPa"is:: ~ Camille U"nJa,,~ 26!1Rue Vignor'