IMAGEM
“UMA ARTE QUE DÁ MEDO É A ARTE
DO OLHAR, POIS SÓ OS OLHOS TÊM
SEGREDOS DIFÍCEIS DE DECIFRAR.”Ricardo Azevedo
Irene pretaIrene boaIrene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:Licença, meu branco!E São Pedro bonachão:Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
Irene
Manuel Bandeira
A Negra – Tarcila do Amaral
GILVAN SAMICO
ROMERO DE ANDRADE LIMA
REYNALDO FONSÊCA
CÍCERO DIAS
BADIDA
RENÉ MAGRITT
SALVADOR DALÍ
MAX ERNTS
VLADIMIR KUSH
REMEDIOS VARO
ESCHER
Do pomar de tia Chica,certa vez pela manhã,roubei, por vê-la madura,uma rosada Romã.Tia Chica esbravejando,em sua cólera imensa,pegou-me logo do braço,e lavrou-me esta sentença:ser conduzido ao arbusto,levando puxões de orelhas,até ficar tão vermelho,como essa frutas vermelhas,pôr a fruta no seu galho,como a roubei toda inteira,para, depois, de joelhos,pedir perdão à romeira.
Catulo da Paixão Cearense
A ROMÃ Pois bem. Cumprida a sentença,Quando, à casa regressando,Mais uma vez ia olhandoA romã, de olhos maguados,Eu vi a romã, se abrindo,Também me olhando e sorrindo,Com os dentes arreganhados.
O que você vê no livro ilustrado?
ARTE
Amores de Artista
TEXTOILUSTRAÇÃO
ARTEPOESIA
FANTASIA
LIVROINFANCIA
Kay Nielsen 1886-1957Dinamarca
Shaun TanAustralia
Élodie NouhenFrance
Leonardas GutauskasLituania
Anne HerbautsFrance
Remedios Varo
Popular
Badida
Reynaldo Fonseca
Vladimir Kush
Escher
Angela Lago
Escher
Pedro Rafael
Carybé
Roger Mello
Naif
Ricardo Azevedo
Xilogravura
Naif / indigena
Marilda Castanha
Naquela manhã,
LINO acordou triste.
LUA havia desaparecido
da loja de brinquedos.
LUA era uma coelhinha
branca,com uma luz que acendia
na barriga toda vez que ela dava
risadas.
LUA gostava de apostar corrida.
LUA inventava músicas legais.
LUA contava lindas histórias antes de dormir.
sempre estiveram juntos
desde que vieram da fabrica
de brinquedos.
LINO e LUA
Mas agora LUA havia sumido.
O tempo passou e os dias pareciam não ter fim.
LINO perguntou por ela a
todos seus amigos.
– aqui, onde moramos,
é assim – disse um deles –
de repente alguém desaparece.
Até que, num piscar de olhos,
LINO foi colocado numa caixa.
Ele pensou que iria
desaparecer para sempre.
Mas...
Quando a caixa abriu, LINO
encontrou uma menina que
se chamava ESTRELA.
ESTRELA brincou com LINO.
Os dois rodopiaram de mãos dadas
até ficarem tontos de se deixar cair
no chão de tanto rir.
LINO, aos poucos, se acostumou com
aquele jeito divertido de ESTRELA ser.
Uma noite, entre
tantas rodas e rodopios, voltas e
reviravoltas, a menina decidiu
fazer uma surpresa para seu
melhor amigo.
– antes de dormir –
disse ela – vamos escutar o que
a lua tem para nos contar?
LINO ficou
surpreso. fazia tanto tempo
que não escutava aquele
nome. será que LUA era
feliz? ele pensou.
ESTRELA apagou a luz do quarto e abriu a janela.
LINO quase não
acreditou no tamanho
daquela felicidade.
LUA estava ali, com a
barriga brilhando no
meio da escuridão.
LINO não escutava as
risadas de LUA, mas tinha certeza que
ela também era feliz.
Porque todas as noites,
enquanto ESTRELA sonhava, LINO
pela janela via a lua iluminada.
Ás vezes,
ela até parecia
sorrir no céu.
Três muié ou três irmã, três cachôrra da mulesta, eu vi num dia de festa, no lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribusta era mermo uma tentação! mimosa flô do sertão que o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina, tinha uns ói qui ô! mardição! Matava quarqué critão os oiá déssa minina.
Os ói dela paricia duas istrêla tremendo, se apagando e se acendendo em noite de ventania.
As flô de PuxinanãA tercêra, era Maroca. Cum um cóipo muito má feito. Mas porém, tinha nos peito dois cuscús de mandioca.
Dois cuscús, qui, prú capricho, quando ela passou pru eu, minhas venta se acendeu cum o chêro vindo dos bicho.
Eu inté, me atrapaiava, sem sabê das três irmã qui ei vi im Puxinanã, qual era a qui mi agradava.
Inscuiendo a minha cruz prá sair desse imbaraço, desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!
ZÉ DA LUZ
UMA IMAGEM
VALE MAIS QUE MIL
PALAVRAS
Jitet Koestana Indonésia
Alfredo
Erdogan Karayel (Alemanha)
Evangelista (Duke)
KURAKLIK&SU-Ekim2008-kazananlar-TosoBorkovic-Sirbistan
Michael Kountouris s
Ray Costa
Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos.
Tecendo a manhã
João Cabral de Melo Neto
Galo – Ademir Martins
Bill Carman
Nicoleta Cecolli
Joshua Gorchov
Morteza Zaedi
“A espantosa realidade das coisasé a minha descoberta de todos os dias.”
“O que existe transcende para mimo que julgo que existe.”
“Sentir é estar distraído.”
Alberto Caeiro
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Julian Beever
Hora de trabalhar?
— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!
Filosofia
ASCENSO FERREIRA
Hora de comer — comer!
Hora de dormir — dormir!
Hora de vadiar — vadiar!