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Imperfeições cristalinas

• No material cristalino não existe uma ordem atômica perfeita

• As imperfeições existentes no material influenciam suas propriedades

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOSECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICAINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE

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• A adição de impurezas em um metal puro pode melhorar suas propriedades

• Exemplos: A prata pura adquire maior dureza e resistência

mecânica se lhe for adicionado cobre (7,5% em peso)

Em um semicondutor são adicionadas pequenas concentrações de átomos de “impurezas” para controle de propriedades elétricas.

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• defeito cristalino : irregularidade na rede cristalina com uma ou mais de suas dimensões na ordem de um diâmetro atômico.

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Defeitos pontuais

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• Metal puro ?

Refino de um metal 99,9999 % (possui átomos de impurezas da ordem de 1022 a 1023 átomos/m3 ).

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• Os metais mais conhecidos são ligas devido ao aumento da resistência mecânica e resistência à corrosão. Ex. prata de lei, aço inoxidável.

ADIÇÃO DE ÁTOMOS SOLUÇÃO SÓLIDA E/OU COMPOSTO

DEPENDENDO DE IMPUREZAS - tipos de impurezas- concentrações - temperaturas

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Na solução sólida os átomos de soluto são adicionados e a estrutura cristalina do elemento hospedeiro (solvente) é mantida. A composição é homogênea em todo o volume do material, ou seja, os átomos estão distribuídos uniformemente no interior do sólido

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• Assim ocorre também com uma solução líquida, por exemplo na solução água + álcool, que é formada por uma mistura de moléculas que têm composição homogênea em toda a sua extensão.

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• Solução sólida substitucional : átomos de solutos substituem os átomos hospedeiros. Ex. Níquel em Cobre

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REGRAS DE SOLUBILIDADE SÓLIDA:Será maior o grau de solubilidade (ou o grau de

dissolução do soluto no solvente) se:

1) a diferença dos raios atômicos do sovente e do soluto não ultrapassar ~ 15%;

2) a estrutura cirstalina for a mesma;

3) a eletronegatividade for próxima;

4) forem iguais os fatores acima, um sovente dissolverá maior quantidade do soluto que tiver maior valência.

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• Solução sólida intersticial : átomos de impureza nos interstícios que existem entre átomos hospedeiros (concentração < 10 %). O diâmetro atômico do soluto deve ser muito menor do que o do solvente. Ex. Carbono no ferro.

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Defeitos lineares – discordâncias

• A discordância é o defeito gerado pelo deslocamento de uma linha de átomos de suas posições de equilíbrio na rede cristalina, em torno da qual existe uma distorção na rede.

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Discordância aresta : quando existe um plano extra de átomos na rede, ficando

definida um linha de átomos na extremidade deste plano.

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Discordânica espiral: cisalhamento de planos cristalográficos que produz o

deslocamento de uma distância atômica de plano de átomos superior em relação ao

plano de átomos inferior.

A distorção ocorre ao longo de uma linha de deslocamento atômico.

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Discordância mista : a maioria das discordâncias encontradas em

materiais cristalinos não é puramente aresta ou espiral, mas uma

combinação de ambas.

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Defeitos planares (interfaciais) : superfícies externas, contornos de grãos, contornos de macla, contornos de fase,

falha de empilhamento.

Estes defeitos são bidimensionais e separam os constituintes dos materiais que têm diferentes orientações cristalográficas

e/ou diferentes estruturas cristalinas.

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Superfícies externas : são contornos do material onde termina a estrutura do

cristal. Os átomos de superfície possuem maior energia em relação aos átomos

internos, por não estarem ligados a um máximo de átomos vizinhos.

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Contornos de grão : os materiais policristalinos são formados por infinidades

de grãos ou cristais com diferentes orientações cristalográficas que são

separados pelos contornos bidimensionais.

Este contorno possui a dimensão de poucas distâncias interatômicas, possuindo

desncontros atômicos na região da rede entre as diferentes orientações cristalográficas de

grãos adjacentes.

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Os contornos de grão são arranjos de discordâncias e, portanto, é uma região de maior energia em relação

ao interior do cristal.

Existem contornos de grão de baixo e alto ângulo, dependendo da

orientação cristalográfica dos grãos adjacentes.

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Formação dos grãos cristalinos

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Material Policristalino Material Policristalino Monocristal Grãos em colunas

Fundição convencional Solidificação direcional Solidificação direcional

Palhetas de turbinas

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O processo de solidificação direcional consiste em solidificar uma amostra na forma de uma barra e inicialmente no estado líquido, a partir de uma das extremidades, como mostra a figura.

Efetuando esta operação com velocidades extremamente baixas (1cm/h) e assim, tendo controle sobre a direção e taxa de resfriamento do líquido, é possível obter um sólido com alta perfeição cristalina. (Fonte: Formação e Imperfeições da Estrutura cristalina Prof. Dr. Rubens Caram – FEM Unicamp)

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Processo Czochralski Processo Bridgman

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Processo Zonal Flutuante

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.Forno de fusão a arco para solidificação direcional de materiais

de alto ponto de fusão Esse equipamento permite fundir e solidificar direcionalmente

materiais com temperatura de fusão superiores a 2.500oC. (Fonte: FEM/UNICAMP - SP)

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Dispositivo de solidificação unidirecional ascendente:

Vista em corte

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Representação esquemática do corte longitudinal

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Contornos de macla : tipo especial de contorno de grão por meio do

qual existe simetria em espelho da rede cristalina. As maclas podem ser produzidas por deformação

(metais CCC e HC) ou por recozimento (metais CFC).

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