Importância da Compatibilização e Coordenação de projetos Julho/2016
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 11 Vol. 01/ 2016 julho/2016
Importância da Compatibilização e Coordenação de projetos
Marcus Vinícius Bogo da Silva – [email protected]
MBA Gerenciamento de Obras, Tecnologia & Qualidade da Construção
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Balneário Camboriú, SC, 14 de julho de 2015
Resumo
A fase de elaboração de projetos de edificações é uma etapa de grande importância,
sendo dela que se materializa uma idéia. A compatibilização segue um padrão um tanto
quanto arcaico no Brasil, sendo quase sempre feito apenas com base no conhecimento
do profissional que compatibiliza o projeto, sem que haja uma ajuda computacional
que não seja o desenho. O presente estudo apresenta ,com uma base teórica conceitual
recolhida através de vários artigos ciêntificos, uma boa compreensão de o que é a
compatibilização e a coordenação de projetos e como é possível compatibilizar projetos
de forma facilitada, identificando mais erros com maior rapidez através de softwares já
existentes no mercado. Mostra também como é o processo de desenvolvimento de um
projeto com suas fases.
Palavras-chave: Compatibilização. Coordenação. Projeto.
1. Introdução
A fase de elaboração dos projetos de edificações é uma etapa de grande importância e
não é algo que se limita às ideias que vão para o papel, muito pelo contrário, é dela que
se materializa uma ideia. Desta forma, cabe ao engenheiro civil desenvolver também, a
função de criador, transformando um sonho em algo concreto. O processo de
desenvolvimento do projeto consiste na elaboração do produto da construção para
atender as necessidades dos clientes. Assim, o projeto, dentro de uma abordagem da
qualidade aplicada à construção civil, deve satisfazer o cliente e ser julgado se o seu uso
é viável e satisfatório pelo usuário final. Este processo não compreende apenas a
concepção arquitetônica do edifício, mas sim todas as especificações de forma,
dimensões, materiais, componentes e elementos construtivos relativos à exigência do
usuário (PEREIRA, 2005). Segundo Vanni (1999), o mercado tem um elevado nível de
competitividade e nele há uma necessidade de redução de custos e eliminação de
desperdícios. Os clientes exigem soluções cada vez mais inovadoras, crescendo a
necessidade de treinamento de mão de obra e padronização de procedimentos e
métodos.
Um quinto de todo desperdício na obra é decorrente de projetos não otimizados. Desta
forma, os projetos de edificações devem garantir um nível de qualidade esperado, a fim
de evitar o retrabalho e gastos inesperados com a obra (PICCHI, 1993). Para obter a
qualidade dos projetos, são feitas compatibilizações entre eles. Estas compatibilizações
são consideradas a melhor forma para resolver os problemas entre os projetos e reduzir
alguns de suas incompatibilidades (SOUSA, 2010).
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Geralmente, estes projetos, podem ser compatibilizados de duas formas: a primeira e
mais comum é a sobreposição de projetos em plataforma CAD (Computer-Aided
Design), que é o método mais demorado; a segunda é a utilização do conceito BIM
(Building Information Model ou Building Information Modeling), que ainda não é
muito utilizado no Brasil, pois requer um treinamento específico não muito difundido.
Planejar e elaborar um projeto pode parecer simples quando comparado à importância
dada pelos construtores/incorporadores, no entanto, é comum notar grandes excessos de
materiais desperdiçados nos canteiros de obras. Na maioria dos casos a produção de
resíduos é causada por problemas relacionados a falhas no projeto, tais como mudanças
durante a execução da obra, detalhamento insuficiente e falha na coordenação dos
projetos, desta forma justificando a importância da proposição de estudos sobre a
eficiência da compatibilização a partir do desenvolvimento de um programa adequado
(COSTA, 2010).
Os prazos para entrega dos projetos estão cada vez mais curtos, e não levam em
consideração o tempo necessário para a análise e compatibilização. Segundo Manneschi
(2011), o desenvolvimento de um projeto devia ser entendido como um investimento
cujos retornos se darão na maior eficiência de sua produção, melhorando o resultado dos
produtos gerados, sendo que possíveis ações corretivas ainda no papel se tornam
vantajosas não sendo executadas no canteiro de obras, evitando retrabalho e
desperdícios.
Mesmo sendo o tema relevante para área da engenharia civil, há poucas publicações
científicas referentes ao tema de compatibilização e coordenação de projetos. Desta
forma, o desenvolvimento deste projeto tem como objetivo apresentar a importância da
compatibilização e coordenação de projetos na área e também contribuir com o
aprofundamento das publicações cientificas sobre o assunto.
2. Desenvolvimento
Fundamentação teórica
Conceito
A NBR 5674:1999 define projeto como descrição gráfica e escrita das características de
um serviço ou obra de Engenharia ou de Arquitetura, definindo seus atributos técnicos,
econômicos, financeiros e legais.
Já Casarotto Filho, Fávero e Castro (1999, p. 21), define projeto de engenharia como:
Serviços associados à elaboração de um conjunto de documentos, constituído de
especificações, lista de materiais e desenho de detalhes. Estes indicam, esclarecem e
justificam todos os critérios de dimensionamento, hipóteses de cálculos técnicos, de
execução e custos de uma utilidade física (unidade ou sistema).
Para Melhado (1994), o projeto deve ser encarado também como informação, podendo
ser de natureza tecnológica (como no caso de indicações de detalhes construtivos) ou
gerencial, sendo útil ao planejamento e programação das atividades de execução, ou que
a ela dão suporte ( como no caso de contratações de serviço). Comenta ainda que o
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projeto não deve ser encarado apenas como um desenho, mas sob a ótica do processo,
no caso, a atividade de construir.
Entretanto, tem-se verificado o oposto na construção de edifícios, o projeto tem sido
tratado apenas como um componente legal para a viabilização do processo, quando
deveria ocupar o
papel principal
(VANNI, 1999).
De acordo
com Melhado
(1994), o
significado do projeto no contexto do empreendimento envolve quatro categorias de
participantes principais, o empreendedor, responsável pela geração do produto, o
projetista, atuando na formalização do produto, o construtor que viabiliza a fabricação
do produto e por fim o usuário que assume a utilização do produto. Estes participantes
possuem interesses próprios e capacidades diferentes de intervir no processo. A Figura 1
apresenta esquematicamente os participantes envolvidos no empreendimento e seu
relacionamento.
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Figura 1 - Os quatro principais participantes que atuam em um empreendimento de construção de
edifícios.
Fonte: MELHADO; VIOLANI 1992a apudMELHADO, 1994, p. 77.
2.1 Etapas de projetos
A elaboração de um projeto de edificação é uma atividade complexa que deve ser
desenvolvida por equipes multidisciplinares e interfuncionais e deverá seguir uma série
de etapas, tendo como resultado a criação de um produto que atenda aos requisitos
preestabelecidos (VANNI, 1999).
Para Melhado (1994, p. 185), o processo de projeto é composto por diferentes
atividades e segue “etapas conceitualmente progressivas, onde a liberdade de decisão
entre as alternativas vai sendo gradativamente substituída pelo detalhamento das
soluções adotadas”.
Já para o Sindicato da Indústria da construção civil - Sinduscon (1995), as etapas são as
diferentes partes em que pode ser dividido o desenvolvimento do projeto, essa divisão
possui vários objetivos específicos tais como: definir o escopo de cada disciplina e a
relação entre elas, padronizar os procedimentos para elaboração coordenada de projetos,
haver um controle sobre a qualidade dos diversos projetos, verificar a interação do
projeto de arquitetura com os demais, melhorar o cronograma e demais planejamentos
da obra.
A norma NBR 13531:1995 – Elaboração de projetos de edificações, item 2.4, divide o
processo de desenvolvimento das atividades técnicas do projeto de edificações e de seus
elementos, instalações e componentes nas seguintes etapas:
Levantamento (LV) - Etapa destinada à coleta das informações de referencia
que representem as condições preexistentes, de interesse para instruir a
elaboração do projeto.
Programa de necessidades (PN) - Etapa destina a determinação das
exigências de caratê prescritivo ou de desempenho (necessidade e
expectativas dos usuários) a serem satisfeitas pela edificação a ser concebida.
Estudo de viabilidade (EV) - Etapa destinada à elaboração de análise e
avaliações para seleção e recomendação de alternativas para a concepção da
edificação e de seus elementos, instalações e componentes.
Estudo preliminar (EP) - Etapa destinada à concepção e à representação do
conjunto de informações técnicas iniciais e aproximadas, necessários à
compreensão da configuração da edificação, podendo incluir soluções
alternativas.
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Anteprojeto (AP) e/ou pré-execução (PR) - Etapa destinada à concepção e à
representação das informações técnicas provisórias de detalhamento da
edificação e de seus elementos, instalações e componentes, necessárias ao
inter-relacionamento das atividades técnicas de projeto e suficientes à
elaboração de estimativas aproximadas de custos e de prazos dos serviços de
obra implicados.
Projeto Legal (PL) - Etapa destinada à representação das informações
técnicas necessárias à análise e aprovação, pelas autoridades competentes, da
concepção da edificação e de seus elementos e instalações, com base nas
exigências legais (municipal, estadual, federal), e à obtenção do alvará ou das
licenças e demais documentos indispensáveis para as atividades de
construção.
Projeto Básico - Etapa opcional destinada à concepção e à representação das
informações técnicas da edificação e de seus elementos, instalações e
componentes, ainda não completas ou definitivas, mas consideradas
compatíveis com os projetos básicos das atividades técnicas necessárias e
suficientes à licitação (contratação) dos serviços de obra correspondentes.
Projeto de execução (PE) - Etapa destinada à concepção e à representação
final das informações técnicas da edificação e de seus elementos, instalações
e componentes, completas, definitivas, necessárias e suficientes à licitação
(contratação) e à execução dos serviços de obra correspondentes (NBR
13531:1995, p. 4).
Já para o Sinduscon (1995) apud Mikaldo Júnior (2006), após o estudo preliminar, o
anteprojeto e o projeto legal devem ser feitas compatibilizações, assim as etapas do
processo de um projeto seguem o fluxograma de acordo com a Figura 2.
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Figura 2 – Fluxograma – Etapas do processo de um projeto
Fonte: Adaptado de SINDUSCON, 1995 apud MIKALDO JÚNIOR, 2006, p. 27.
Outros autores apresentam as fases de projeto, como Melhado (1994), Tzortzopoulos
(1999), Rodriguez e Heineck (2002) além da norma NBR 13531:1995.Apesar de
nenhum deles apresentar a compatibilização nas etapas do processo de projetos, todos
comentam a necessidade de fazê-la. As fases de projeto são apresentadas no Quadro 1.
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ETAPAS DO PROCESSO DE PROJETO
Autores
Melhado (1994) NBR 13531 (1995)
Idealização
Levantamento
Programa de Necessidades
Estudo de Viabilidade
Estudo preliminar Estudo preliminar
Anteprojeto Anteprojeto
Projeto Legal Projeto Legal
Projeto para produção Projeto para execução
Acompanhamento do planejamento e
execução Acompanhamento de obra
Retroalimentação a partir da entrega
e uso doproduto Acompanhamento de uso
Autores
Tzortzopoulos (1999) Rodriguez e Heineck (2002)
Planejamento e concepção do
empreendimento
Planejamento e concepção do
empreendimento
Estudo preliminar Estudo preliminar
Anteprojeto Anteprojeto
Projeto Legal Projeto Legal
Projeto executivo Projeto executivo
Acompanhamento de obra
Acompanhamento de uso Acompanhamento da execução e uso
Tabela 1 – Fases de projeto conforme autores nacionais
Fonte: Adaptado de MIKALDO JUNIOR, 2006, p. 26.
2.2 Fases do projeto
Todo projeto passa por uma série de fases desde o planejamento e concepção até sua
conclusão, sendo que cada fase possui as próprias características. À medida que o
projeto passa por essas fases, os prazos ficam mais curtos e o montante cumulativo de
recursos aumentará. Essa série de fases é conhecida como ciclo de vida do projeto
(KEELLING, 2002).
No Brasil, apesar de muitos avanços no planejamento, ainda existe uma cultura em que
o projeto é perda de tempo, os construtores querem ganhar tempo começando a obra o
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mais rápido possível. No entanto, esta não é a melhor escolha, segundo Sousa (2010),
quanto maior o custo e o tempo empregados nas fases da concepção e projeto, maior
será o potencial de redução de custos e prazos que podem ser conseguidos no
empreendimento, é o que mostra a Figura 3 e 4.
Figura 3 - Capacidade de influenciar o custo final de um empreendimento de edifício ao longo e suas
fases.
Fonte: CII, 1987apud MELHADO, 1994, p.70.
Figura 4 - Possibilidade de maior investimento na fase de projeto x prática corrente.
Fonte: MELHADO, 1994 apud SOUSA, 2010, p. 22.
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Em contradição a Sousa (2010), Costa (2010) cita que as empresas estão conscientes de
que uma alteração na fase de concepção do empreendimento é mais simples e barata do
que uma alteração na fase executiva, assim está sendo investido uma maior quantidade
de recursos, tanto em questão de tempo quanto financeiro, para a compatibilização.
2.2.1 Planejamento
O planejamento inicial de uma obra inclui a previsão de entrega de cada uma de suas
etapas, assim como o custo. Durante o planejamento, são discutidos os tópicos de
prazos, qualidade, segurança e meio ambiente. São responsáveis pelo planejamento a
incorporadora, o proprietário do empreendimento, a gerenciadora ou gestora, a
seguradora e o órgão de aprovação do projeto (NGI Consultoria, 2011).
A perfeita coordenação entre as diversas disciplinas dos projetos depende diretamente
do planejamento, sendo que a primeira influência do setor de planejamento para com a
arquitetura e demais projetos se dá nas escolhas das especificações a serem tomadas na
obra, tais como os tipos de materiais a serem utilizados na obra, sendo eles de alta
qualidade ou não (GOLDMAN, 1997).
Para Formoso (1991) apud Coelho (2003, p. 25), o planejamento é definido como "o
processo de tomada de decisão que envolve o estabelecimento de metas e dos
procedimentos necessários para atingi-las, sendo efetivo somente se seguido de
controle." De acordo com Navarro (2007), a fase de planejamento, tem decisões de
caráter estratégico e impõe diretrizes e metas que devem ser seguidas na fase de
implantação. O autor acrescenta que o controle e programação, presentes no
planejamento de um empreendimento, são necessários para que se diminuam tanto o
risco quanto o preço final da obra, além de uma maior qualidade no produto gerado.
Gherson (2005, p.5), explica planejamento como: A sistemática pela qual é formulado o
conjunto de informações e análises, suficientes para que as decisões sobre o curso de
uma determinada ação possam ser tomadas com maior qualidade.
Para Bio (1985) apud Bernardes, Reichmann, Formoso (1997), coloca que
“Planejamento pode ser definido como o processo de desenvolvimento de alternativas e
escolha de uma dentre as várias identificadas, de acordo com determinados critérios,
visando à consecução de determinado objetivo futuro”.
Laufer (1990) apud Bortolazza (2006, p18) cita os principais motivos para que seja
necessário um planejamento do empreendimento: Compreender melhor os objetivos
para aumentar a possibilidade de alcançá-los; Definir o trabalho necessário para
habilitar cada participante do empreendimento a identificar e planejar sua atividade;
Desenvolver uma referência básica para um processo de orçamentação e programação;
Melhorar a coordenação e integração multi-nível (vertical), multi-funcional (horizontal),
além de produzir informações para a tomada de decisões mais consistentes; Evitar
decisões errôneas para projetos futuros, através da análise do impacto das decisões
atuais; Melhorar o desempenho da produção através da consideração e analise de
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processos alternativos; Aumentar a velocidade de resposta para mudanças futuras;
Fornecer padrões para monitorar, revisar e controlar a execução do empreendimento.
2.2.2 Concepção
A fase de concepção do projeto para a construção civil ou até mesmo para outros
setores, é de fundamental importância para a qualidade, sustentabilidade, vida útil e
gratificação do usuário final e de quem vai operá-lo, é onde se tomam decisões que
trazem maior repercussão nos custos e velocidade dos empreendimentos
(MANNESCHI, 2011).
Para Silva e Souza (2003) apud Pereira (2005), nesta fase é necessária a contratação de
serviços planialtimétricos e sondagem, caracterização completa do produto a ser
projetado, definição das diretrizes, parâmetros e padrões construtivos de projeto, e por
fim a seleção de tecnologia e análise do estudo preliminar de arquitetura. Este estudo é a
base do anteprojeto, onde serão desenvolvidas as soluções integradas entre todos os
subsistemas construtivos.
Costa (2010), ainda explica que, apesar de nesta fase os projetos não terem um caminho
linear definido, é necessário fazer uma concepção de todas as etapas para o
desenvolvimento do projeto, para que sejam desenvolvidas como nos exemplos abaixo:
Levantamento topográfico: consiste na descrição do relevo do terreno através da
representação planialtimétrico ou altimétrico em planta ou carta;
Sondagem: é o processo de análise do solo através da perfuração visando sua
caracterização, como composição, resistência e nível do lençol freático. A partir da
implantação do projeto de arquitetura, é feita a locação dos furos de sondagem
necessários. Normalmente esta locação é feita pelo engenheiro responsável pela
elaboração do projeto de fundação (COSTA, 2010, p. 19).
Outro aspecto que segundo Pereira (2005) deve ser levado em conta são os aspectos
jurídicos do terreno, principalmente quanto à parte de incorporação. As leis municipais
procuram regular o projeto nos aspectos de forma e dimensões, tais como definir o
potencial construtivo do terreno, a quantidade de garagens, a altura, etc. Já as leis
estaduais e federais, visam à proteção ambiental e do patrimônio histórico da cidade.
2.2.3 Desenvolvimento do projeto
Existem vários projetos específicos na Engenharia e Arquitetura – Arquitetônico,
Estrutural, Hidrossanitário, Elétrico, Telefônico, Preventivo Contra Incêndio, outros –
sendo eles, desenvolvidos por diferentes profissionais. Na maioria das vezes o projeto
arquitetônico é o primeiro, pois é fonte de informação para os demais projetos, por isso
deve ser bem elaborado e detalhado, para que não haja diferentes interpretações entre os
diversos profissionais (VANNI, 1999).
O desenvolvimento do projeto se dá de forma hierárquica, com o inicio de um projeto
dependendo do término de outro, sendo cada um com um grau de aprofundamento e
maturação das decisões igual a da próxima etapa(FABRÍCIO; BAÍA; MELHADO,
1998).
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Os autores afirmam ainda que cada parte do desenvolvimento se dá
separadamente, sem a devida comunicação e intervenção dos demais projetistas, sendo a
concepção arquitetônica a critério do arquiteto e do empreendedor, feita um projeto
legal a partir desta concepção, e após aprovação da prefeitura é feita a contratação dos
projetistas das demais especialidades.
Segundo Melhado (2005), dentro do processo de desenvolvimento tradicional
de projetos, cada disciplina é desenvolvida apenas com o foco de sua especialidade, não
ocorrendo a comunicação entre os profissionais. Tal processo resulta em um produto
final de baixa qualidade e com um alto custo de produção.
2.2.4 Compatibilização
A compatibilização de projetos tem sido considerada como a melhor forma para
resolver com sucesso problemas de fragmentação dos projetos de edificações e com isso
reduzir alguns dos seus principais problemas: interferências físicas, perdas de
funcionalidade e recursos decorrentes de incompatibilidades de projeto (SOUSA, 2010).
Do ponto de vista específico da compatibilização de projetos, existem inúmeras
definições, mas todas relacionadas com o desempenho do projeto, tanto na qualidade,
no custo e no tempo.
Segundo Graziano (2003), compatibilização é o atributo do projeto, onde cada
componente de cada um dos sistemas ocupam espaços que não conflitam entre si e,
além disso, os dados compartilhados tenham consistência e confiabilidade até o final do
processo de projeto e obra.
Para Manneschi (2011, p. 34), “compatibilização de projetos é responsável pela
coerência entre os subsistemas, somando a equipe de projetos ao analisar as
disparidades das soluções técnicas adotadas entre os subsistemas”.
Então a compatibilização de projetos pode ser definida como a atividade que torna os
projetos compatíveis entre si, gerando soluções integradas e com consistência entre as
diversas áreas que fazem um empreendimento sair do papel (NOVAIS, 2009).
A compatibilização entre projetos é feita usualmente através da sobreposição dos
projetos em plataforma CAD, por um profissional da área da engenharia que coordena
todos os projetos. Porém existe também o conceito BIM, que exige muito mais
qualificação destes profissionais, desta forma não muito utilizado no Brasil
(FABRÍCIO, 2007).
2.3 Coordenação de projetos
A grande competitividade que existe no subsetor de edificações, faz com que as
empresas construtoras gerenciem seus projetos de forma mais eficiente, buscando uma
redução dos desperdícios, das alterações de projetos e dos retrabalhos, reduzindo desta
forma custos.Uma coordenação eficaz torna-se indispensável, desde as etapas de
concepção até a execução da obra, para que se cumpra o escopo do projeto dentro do
prazo e custo estimado e mantendo a qualidade (VANNI, 1999).
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Fabrício (2007), diz que a coordenação de projetos ocorre de duas formas, numa delas,
mais evoluída,arquitetos e engenheiros das diversas categorias de projetos trabalham
sistematicamente durante todas as etapas do projeto. A outra forma menos madura que
seria a sobreposição dos projetos após a já concepção inicial dos projetos.
Segundo Franco (1992) apud Fabricio (2007), os objetivos da coordenação de projetos
são:
Garantir a definição clara e precisa dos objetivos e parâmetros a serem seguidos na
elaboração;
Estimular a comunicação entre os participantes e coordenar as soluções das várias
especialidades;
Gerenciar e compatibilizar as interferências entre diferentes projetos;
Integrar as soluções de projeto com o processo produtivo da empresa;
Controlar e garantir a qualidade, bem como considerar a qualidade do ambiente
construído e o estágio tecnológico da indústria de construção.
2.3.1 Conformidade de projetos
A informática vem evoluindo muito rapidamente, não permitindo que suas
potencialidades na área de projetos tomasse um uso adequado. Cada empresa de
arquitetura ou de cada uma das especialidades de projetos de engenharia tem
desenvolvido um próprio padrão, muitas vezes tomando outra empresa como base, no
entanto, não existe um modelo em que se possa ter base.
Para Callegari (2007, p.31), existe uma carência na integração entre os diversos
projetos, que permite agilizar o processo de troca de informação e aumentar a
confiabilidade destes procedimentos.A autora afirma que os projetos estão cada vez
mais complexos e requerem maiores informações técnicas, o uso de uma visualização
simultânea de elementos de um projeto, como o uso de camadas (layers) do sistema
CAD, permite a análise das relações espaciais existentes, porém estas podem ser
bastante confusas. Assim, diversos escritórios utilizam sistemas próprios para
organização do projeto.
Ainda Callegari (2007, p. 32), define:
A análise de conformidade consiste na verificação dos padrões gráficos e na
padronização da nomenclatura dos elementos que constituem os projetos. Projetos
padronizados também devem ser constituídos por elementos gráficos e descritivos,
ordenados e elaborados com padrões de linguagem, destinado a atender as necessidades
da etapa de produção.
2.3.2 Modelos de Equipes e Fluxo de Informações
Segundo Fabrício (2007), existem três modelos de equipes multidisciplinares de fluxo
de informações.No primeiro não há responsável por esta compatibilização, assim os
projetos são intercambiados entre os próprios projetistas, que trocam informações sobre
possíveis problemas, de acordo com a Figura 5.
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Figura 5 - Modelo de interação em equipes sem coordenação fixa
Fonte: FABRÍCIO, 2007.
O segundo modelo é o mais tradicional, em que o responsável pela arquitetura seja o
coordenador, ficando a cargo de receber todos os projetos, verificar a compatibilização e
requisitar as devidas mudanças aos respectivos profissionais. Tal modelo é apresentado
na Figura 6.
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Figura 6 - Modelo de interação em equipes com o arquiteto, autor do projeto, como coordenador.
Fonte: FABRÍCIO, 2007.
No terceiro e último modelo fica a cargo de um profissional que não esteve
efetivamente a cargo de nenhum dos projetos específicos, sendo o seu trabalho de
receber e compatibilizar os projetos, tal cargo é geralmente ocupado por um segundo
arquiteto. Entende-se o modelo pela Figura 7.
Figura 7 - Modelo de interação em equipes de projeto com coordenador independente.
Fonte: FABRÍCIO, 2007.
2.3.3 Habilidades desejáveis para um coordenador de projetos
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Os projetos não dispõem de tempo ilimitado, muito pelo contrário, dispõem cada vez
mais de prazos curtos e limitados. Segundo Keelling (2002), o coordenador é o centro
em torno do qual gira toda a atividade, é o regulador do progresso, velocidade,
qualidade e custo, além de líder e motivador do pessoal do projeto, comunicador e
negociador em todas as coisas relacionadas ao projeto e controlador de finanças e outros
recursos.
Para o profissional que vai exercer a coordenação de projetos, é necessário que este
tenha algumas características e habilidades, conforme mostra Manneschi (2011) no
Quadro 2.
Tabela 2 – Competências e conhecimentos do coordenador de projetos.
Fonte: Adaptado de FONTENELLE, 2002 apud MANNESCHI, 2011, p. 29.
3. Conclusão
Competências e conhecimentos do coordenador de projetos.
• Facilidade em se comunicar e fazer-se entender,
• Facilidade para lidar com problemas complexos e multidisciplinares;
• Capacidade de seleção e formação de equipe segundo as capacitação/
especialidades demandadas pela natureza do empreendimento a ser projetado;
• Capacidade de percepção do processo do projeto de cada projetista de modo a
formar um time coeso;
• Capacidade de identificação das atividades necessárias ao desenvolvimento do
projeto;
• Conhecimento de planejamento e programação de processos para distribuição das
atividades no tempo;
• Conhecimento do processo da produção e sequenciamento das atividades de obra;
• Capacidade de gestão dos custos e programação dos recursos para o projeto;
• Capacidade de previsão e controle de prazos;
• Capacidade de tomada de decisões de caráter gerencial com a aprovação de
produtos intermediários e liberação para inicio de etapas de projetos;
• Formação e experiência para identificação e caracterização das interfaces técnicas
entre as especialidades;
• Conhecimento de sistemas construtivos e seus escopos;
• Capacidade para estabelecer diretrizes e parâmetros técnicos relativos as
características dos produtos, dos processos de aquisição e dos processos de
execução envolvidos;
• Capacidade para ordenação do fluxo de informações entre os agentes envolvidos;
• Capacidade para analisar as soluções técnicas e o grau de solução global atingida;
• Liderança e presença de espirito para mediar conflitos e conduzir soluções
negociadas;
• Agilidade nas decisões e na validação das soluções de projetos propostas.
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O tempo desperdiçado na concepção de um projeto traz inúmeras vantagens para quem
irá executar a obra, entre elas a racionalização de materiais, diminuição de erros
causados por falta de especificação e compatibilização dos projetos, redução de
improvisações bem como a rapidez da execução da obra. Portanto, compatibilizar os
projetos é de extrema importância. Destaco o valioso trabalho que tem um coordenador
de projetos, o qual precisa ter o domínio de muitas informações das várias disciplinas de
projetos para poder conversar com todos os projetistas e liderar de forma eficiente.
4. Referências
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