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D

OPINIÃO

urante a ditadura, a oposição deesquerda transformou a expe-riência dos países socialistas em

referência de democracia. A ditadu-ra do proletariado foi exaltadacomo o ápice da liberdade humanae serviu como contraponto ao regi-me militar. A falácia tinha uma longahistória. Desde os anos 1930 brasi-leiros escreveram libelos em defesado sistema que libertava o homemda opressão capitalista.

Tudo começou com URSS, Um

Novo Mundo, de Caio Prado Júnior,publicado em 1934, resultado deuma viagem de dois meses do autorpela União Soviética. Resolveu escre-vê-lo, segundo informa na apresen-tação, devido ao sucesso das pales-tras que teria feito em São Paulodescrevendo a viagem. À época já

se sabia do massacre de milhões decamponeses (a coletivização força-da do campo, 1929-1933) e a repres-são a todos os não bolcheviques.

Prado Júnior justificou a violên-cia, que segundo ele “está nas mãosdas classes mais democráticas, a co-meçar pelo proletariado, que delasprecisam para destruir a sociedadeburguesa e construir a sociedadesocialista”. A feroz ditadura foi as-sim retratada: “O regime soviéticorepresenta a mais perfeita comu-nhão de governados e governantes”.O autor regressou à União Soviética27 anos depois. Publicou seu relatocom o título O Mundo do

Socialismo. Logo de início escreveuque estava “convencido dessa trans-formação (socialista), e que a huma-nidade toda marcha para ela”.

Em 1960, Caio Prado não pode-ria ignorar a repressão soviética. Ainvasão da Hungria e os campos deconcentração stalinistas estavam namemória. Mas o historiador exalta-va “o que ocorre no terreno da li-berdade de expressão do pensa-mento, oral e escrito”, acrescentan-do: “Nada há nos países capitalistasque mesmo de longe se comparecom o que a respeito ocorre naUnião Soviética”. E continua esca-moteando a ditadura: “Os aparelhosespeciais de repressão interna de-sapareceram por completo. Tem-seneles a mais total liberdade de mo-vimentos, e não há sinais de restri-ções além das ordinárias e normaisque se encontram em qualquer ou-tro lugar.”

Seguindo pelo mesmo caminho

está Jorge Amado, Prêmio Stalin daPaz de 1951. Isso mesmo: o tiranoque ordenou o massacre de milhõesde soviéticos dava seu nome a umprêmio “da paz”. Antes de visitar aUnião Soviética e publicar um livrorelatando as maravilhas do socialis-mo – o que ocorreu em 1951 -, Ama-do escreveu uma laudatória biogra-fia de Luís Carlos Prestes. A UniãoSoviética foi retratada da seguinteforma: “Pátria dos trabalhadores domundo, pátria da ciência, da arte, dacultura, da beleza e da liberdade.Pátria da justiça humana, sonho dospoetas que os operários e os cam-poneses fizeram realidade magnífi-ca”.

A partir dos anos 1970, o foco foisaindo da União Soviética e se diri-gindo a outros países socialistas. Em

Esquerda tinha ditaduras como modelo

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parte devido aos diversos rachas naesquerda brasileira. Cada agrupa-mento foi escolhendo a sua “referên-cia”, o país-modelo. O Partido Co-munista do Brasil (PCdoB) optoupela Albânia. O país mais atrasado daEuropa virou a meca dos antigosmaoistas, como pode ser visto nolivro O Socialismo na Albânia, deJaime Sautchuk. O jornalista visitouo país e não viu nenhuma repressão.Apresentou um retrato róseo. Aovisitar um apartamento escolhidopelo governo, notou que não haviagás de cozinha. O fogão funcionavagraças à lenha ou ao carvão. Isso foiregistrado como algo absolutamen-te natural.

O culto da personalidade de En-ver Hoxha, o tirano albanês, segun-do Sautchuk, não era incentivadopelo governo. Era de forma naturalque a divinização do líder começa-va nos jardins de infância onde erachamado de “titio Enver”. As conde-nações à morte de dirigentes que seopuseram ao ditador foram justifi-

cadas por razões de Esta-do. Assim como a censu-ra à imprensa.

Com o desgaste dosmodelos soviético, chi-nês e albanês, Cuba pas-sou a ocupar o lugar.Teve papel central nesteprocesso o livro A Ilha,do jornalista FernandoMorais, que visitou o paísem 1977. Quando per-guntado sobre os presospolíticos, o ditador FidelCastro respondeu que“deve haver uns 2 mil ou3 mil”. Tudo isso foi ditonaturalmente – e aceito pelo entre-vistador.

Um dos piores momentos do li-vro é quando Morais perguntou paraum jornalista se em Cuba existia li-berdade de imprensa. A resposta foiuma gargalhada: “Claro que não. Li-berdade de imprensa é apenas umeufemismo burguês”. Outro jornalis-ta completou: “Liberdade de im-

prensa para atacar um governo vol-tado para o proletariado? Isso nósnão temos. E nos orgulhamos muitode não ter”. O silêncio de Morais,para o leitor, é sinal de concordân-cia. O pior é que vivíamos sob o ta-cão da censura.

O mais estranho é que essa litera-tura era consumida como um instru-mento de combate do regime mili-

Marco Antonio Villa

Historiador, é autor, entre outros livros,

de ‘Ditadura à brasileira. 1964-1985.

A democracia golpeada à esquerda

e à direita’ (Leya).

Fonte: O Estado de São Paulo.

tar. Causa perplexidade como os va-lores democráticos resistiram aosgolpes do poder (à direita) e de seusopositores (à esquerda).

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peça é queridinha na criação deambientes e imprime elegância.O conceito de espelho é impor-

tante desde que o homem pré-his-tórico observou o seu próprio re-flexo na água. Foi muito usado noperíodo do Renascimento, mas al-cançou patamares de luxo e sofisti-cação no século XVII, com a decora-

ção da gloriosa Galeria dos Espelhos,em Versalhes, na França.

Hoje, eles estão em todo lugar.Indispensáveis nos banheiros, tam-bém constituem cúpulas para lumi-nárias, revestem paredes inteiras edecoram pequenos objetos. Quemdeseja se aventurar no mundo dosreflexos produzidos por essa peçaprecisa de um bom planejamentopara criar um ambiente confortá-vel.

DECORAÇÃO

7 dicas de como usar espelhos na decoraçãoVeja algumas dicas:1. Ampliação dos espaçosAquela sala pequena que dá uma sen-sação de aperto pode melhorar comum espelho grande em um dos la-dos. Em espaços retangulares, posi-cione o espelho na parede maior.

2. Camuflar estruturas indesejáveisSabe aquele pilarbem no meio da sala?Disfarce o problemacolando espelhos emtodos os lados da co-luna.

3. IluminaçãoSe você deseja poten-cializar a iluminação dealguns pontos, posici-one o espelho a 90graus do chão e próxi-mo a esses lugares.

4. Combina com tudoComo um camaleão, ele se adapta adiferentes padrões de cores, estam-pas e texturas. Não se preocupeporque os espelhos certamente vãocombinar com a decoração da suacasa.

5. Em ambientes grandesEspelhos grandes inclinados para ochão (ângulo menor que 90 graus)

deixam grandes ambientes maisaconchegantes. Também vale deco-rar com espelhos que têm divisõese molduras, e alternar com algunsquadros.

6. Acabamentos e espessurasComo não ficar confuso diante detantos modelos de espelhos ofere-cidos pelo mercado? Deixe os colo-ridos, com acabamentos e películas,para detalhes de móveis. Em relaçãoàs espessuras, 4 milímetros é o ide-al para instalar em paredes. E 6 milí-metros, para revestir móveis e ou-tros objetos.

7. Altura idealO espelho precisa ficar exatamenteonde você consiga se vir sem esfor-ço. Evite espelhos encostados nopiso, que podem ser danificadosdurante a limpeza da casa. Um roda-pé alto entre o piso e o espelhopode ajudar. Nos banheiros, posici-one-os sobre a bancada da pia, amais de um metro do piso.

Quanto custa?Espelho comum (acabamento lapidado) – R$200,00/m²

Espelho comum (acabamento bisotê) – R$380,00/m²Espelho com película (cores fumê ou bronze) - R$300,00/m²

O vidraceiro

quer saberSe você vai revestir uma parede

grande, o vidraceiro deverá orien-tá-lo sobre as divisões que devemser feitas seguindo o tamanho deespelhos existentes no mercado.Atente-se à medida do seu elevadorpara que o material possa ser trans-portado com tranquilidade na horade instalações em prédios. Eviteinstalar espelhos na frente de cai-xas elétricas e hidráulicas, eles po-dem trincar na hora da manuten-ção desses equipamentos.

Posicionar um espelho em fren-te a outro provoca uma sensaçãode infinito e inquietude. O resul-tado funciona em festas e eventos,mas pode ser perturbador em resi-dências.

Espelhos e o Feng ShuiAmantes dessa técnica oriental,

não posicionem espelhos em frenteà porta de entrada para não refletirtoda a energia boa que entraria nacasa. Uma alternativa é posicionar oespelho ao lado da porta.

Mateus José

Arquiteto e consultor em ambientações.

[email protected]

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FALA DONA ADELAIDE

Olha, já tô de saco cheio de mandáescrevê preste jornal. Essa é aurtima veiz! Vocêis não resorve

nada. Otras vêis já falei de um montede coisa! Falei das empregada, dosmédico e dos mercado. Não mudounada! Tá tudo a mesma m...!

Meu neto que é devogado disse que

voceis não tem curpa, que voceis atémostra as coisa errada, mas que não évoceis que pode resorvê. Ele disse queé os político. Cazzo, político não sabelê? Manda o jornal pra casa dos políti-co! Manda eles lê!

Deixa eu falá: esse negócio de fartáágua, sempre teve. Nós tinha poço emcasa e água não fartava. Dava traba-lho, mais nós tinha. Pegava de bardee esquentava no fogão. Tomava banhode canequinha.

Quase ninguém pagava conta deágua. Despois que veio a tal da Sabespe do governo, put.. que p... ! Tudo nósse danemos!

Tem um outro neto que é engenhe-ro e disse que a água é boa, é tratada.Só que na nossa rua ficou a tal da águatratada vazando uns dois mês e nin-guém veio consertá. Quer dize queágua que vaza pros inferno é nós quepaga? Num tem um desgramado praver isso?

Outra coisa. A gasolina. O petrólho!A merd... do petrólho não é nosso?

Quando eu era mocinha, o Monte-ro Lobato disse que tinha que pegar onosso petrólho! Deu até briga com oGetúlio! Conversa vai, conversa vem,em 1953 começou a gritaria: “O pe-trólho é nosso! Temo a Petrobrás!”

Então tá bom, se é nosso tá bom.Tava tudo mundo alegre. Parecia atéque era tudo rico.

Só que ninguém que eu conheci fi-cou rico. Só se foi os outro.

O Brasil ficou na mesma bos...!Os rico despois da segunda guerra

sempre foro os árabe!

Notro dia, esse meu neto que é en-genhero tava contando que a Petro-brás comprô uma fábrica de óleo noEstado Zunido. Ah, fiquei feliz. Mas de-pois o desgraçado me deixou no chão!

Me disse que ela custava 40 contose que nóis pagamo quase 10.000 con-to!

Caspite! Porque nóis fizemo essenegócio de bost...?

Ele tento me explicá. Num tem ex-plicação.

Num vê que fizero mer... ?Olha, desde que eu era criança, nóis

aprendia que o melhor negociante erao feirante e o mascate.

Dona Adelaide é uma assídua

leitora do IMPRESSO IMOBILIÁRIO,

e com sua perspicácia, lucidez e

humor, colabora com suas opiniões,

que publicamos com muito gosto.

Nasceu em 1915 e suas posições às

vezes não cabem no que hoje enten-

demos por “politicamente correto”.

Quando indignada, costuma prague-

jar e soltar alguns impropérios.

Fala Dona

Adelaide!

Envie sua opinião sobre as posições deDona Adelaide, seja também nosso colaborador.

[email protected]

Eles chegava com o que tinha pravendê, nós escolhia e pagava o preço.Se quizesse... Porque antes de compráa gente cheirava, olhava a cor e aper-tava.

Mas naquele tempo era só nóis, ofeirante e o mascate. Tudo tete a tete.

Hoje, parece que tem mais genteganhando. Por isso que só tem uns fi-cando rico. E nós é que se fregamo.

Mês que vem mando outra carta.Ceis não tem curpa.

Escreveu o que eu mandei? Então,manda.

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DIREITO

a responsabilidade do constru-tor por vícios no imóvel é defi-nida pelo artigo 618 do Códi-

go Civil, que assim estabelece: “Nos

contratos de empreitada de edifíci-

os ou outras construções considerá-

veis, o empreiteiro de materiais e

execução responderá, durante o pra-

zo irredutível de cinco anos, pela

solidez e segurança do trabalho, as-

sim em razão dos materiais, como

do solo.”Mas neste ponto, surge a neces-

sidade de identificação dos proble-mas na obra que sujeitam o constru-tor à reparação, os quais podem ser

divididos em três grandes categori-as: 1) problemas com a perfeição daobra: aparentes e ocultos; b) proble-mas com a solidez da obra; e, 3) pro-blemas com a medida do imóvel.

Os problemas mais comuns en-

contrados atualmente dizem respei-to aos defeitos com a perfeição daobra, que é chamado pela constru-tora para realizar a tão esperada “vis-toria para entrega das chaves”.

Vale alertar, então, que se os de-feitos forem aparentes, a responsa-bilidade do construtor cessa com aentrega e a anuência do compradorpelo recebimento no estado em queo imóvel se encontra, por isso, émuito importante ficar atento à vis-toria, e qualquer defeito encontra-do deve ser imediatamente relata-do, tomando a cautela de verificarse o vistoriador fez constar as res-salvas do adquirente na planilha devistoria.

Se os defeitos forem ocultos, oadquirente tem, então, um prazoque pode variar de 6 (seis) meses a1 (hum) ano para reclamar ou reivin-dicar os prejuízos, prazo que é con-tado a partir do conhecimento dodefeito.

É de boa prudência que o adqui-rente solicite a feitura de um laudotécnico que ateste quais os defeitosencontrados, devidamente acompa-

A responsabilidade do construtor por vícios no imóvel

Dr. Denisar Utiel RodriguesOAB/SP. 205.861

Especialista em direito empresariale securitário

[email protected] do escritório

AKR Advogados Associados

Dnhado do orçamento com os custosnecessários para os reparos.

Nesses casos o adquirente dispõeda Ação de Ressarcimento ou Repa-ratória de Danos, que visa o recebi-mento da quantia necessária para oreparo completo dos defeitos en-contrados, ou então, se o caso formais grave, o lesado pode dispor deuma Ação Redibitória, que visa plei-tear a devolução do preço pagopelo imóvel, bem como da Ação Es-timatória ou “quanti minoris”, queserve, justamente, para pedir o aba-timento proporcional no preço dobem, se isso for possível.

Em quaisquer dos casos é sempreaconselhável buscar orientação ade-quada, especialmente em razão dosdiversos prazos que a legislação es-tabelece para que o adquirente pos-sa reivindicar seus direitos em facedo construtor. Fica, então, a dica.

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DIÁRIO DA CONSTRUÇÃO

Utilização do sistema pela constru-ção civil brasileira cresceu cerca de 15%nos primeiros nove meses de 2013, emrelação ao mesmo período de 2012,superando 36 milhões de m² de cha-pas de gesso consumidas.

O sistema construtivo drywall, uti-lizado nas vedações internas (paredes,forros e revestimentos) de qualquertipo de edificação, atende plenamen-te as exigências da Norma Brasileirade Desempenho de Edifícios (ABNTNBR 15.5757:2013), principalmente noque diz respeito à resistência mecâni-ca, isolamento acústico e resistênciaao fogo. A norma, que entrou em vi-gor em maio do ano passado, estabe-lece que tenham de atender obrigato-riamente a um nível de desempenhomínimo, ao longo de uma vida útil,todos os sistemas que compõem osedifícios, como as instalações hidros-sanitárias, estruturas, pisos, fachadase coberturas, entre outros.

Essa adequação aos requisitos danorma passa, portanto, a contar comomais uma vantagem proporcionadapor essa tecnologia construtiva, queainda se destaca por benefícios comoleveza, rapidez de execução, precisãogeométrica e dimensional, e reduçãona geração de resíduos, que por suavez são 100% recicláveis.

Amplamente difundido e consagra-do na Europa e nos Estados Unidos, ométodo construtivo conhecido comoconstrução seca chegou ao Brasil hácerca de uma década e vem ganhandoespaço de forma irreversível, a pontode ser apontada como uma tendênciapara atender à demanda crescente naconstrução civil brasileira.

Diferentemente das construçõesconvencionais, que utilizam elemen-tos como os tijolos e os blocos de con-creto assentados com argamassa epeças de concreto, o sistema lança mãode perfis metálicos, chapas em gessoespecial, madeira e chapas cimentíci-as, entre outros componentes, paraobter resultados altamente satisfató-rios. A espessura da parede é inferioràs convencionais, aumentando o espa-ço interno da construção, sem compro-

metimento da segurança estrutural. Aconstrução não necessita do uso daargamassa e o reparo, quando neces-sário, é feito sem barulho ou sujeira.

Confira a seguir a comparação en-tre o gesso acartonado e dois tipos dealvenaria convencional (bloco e tijolocerâmicos) – e repare que todas as con-figurações apresentam desempenhoacústico semelhante. O cálculo consi-derou 135 m² de paredes internas deum sobrado de 227 m².

PAREDE DE DRYWALLComposição: Estrutura de montantesmetálicos (7 cm) é fechada com placassimples (1,25 cm e 1,20 x 2,60 m) nasduas faces da parede e “recheada” comlã mineral (5 cm) de 16 kg/m3 de den-sidade. Espessura total de 9,5 cm.Tempo de obra estimado: 5 dias úteis(3 funcionários)Atenuação de ruídos: 43 a 46 dBFundação e estrutura: R$ 39.450Custo das Paredes: R$ 16.250Revestimento: DispensávelTOTAL: R$ 55.700

PAREDE DE BLOCO CERÂMICOComposição: Na estrutura de concretoarmado, são assentados blocos de con-creto (de 9x19x39 cm, com face exter-na dupla) com argamassa pronta. Parao acabamento, gesso em pasta (5 mm)nas duas faces da parede. Espessuratotal 10 cm.Tempo de obra estimado: 20 dias úteis(com 2 pedreiros, 2 ajudantes e 1 ges-seiro)Atenuação de ruídos: 41 a 44 dBFundação e estrutura: R$ 42.700Custo das Paredes: R$ 8.900Revestimento: R$ 7.050TOTAL: R$ 58.650

PAREDE DE TIJOLO CERÂMICOFURADO

Composição: Na estrutura de concretoarmado, são assentados tijolos (de9x19x19 cm, com face externa simples)com argamassa pronta. Para o revesti-mento, argamassa (2 cm) de cimento,cal e areia nas duas faces da parede.Espessura total 13 cm.

Tempo de obra estimado: 25 dias úteis(com 2 pedreiros e 2 ajudantes)Atenuação de ruídos: 42 a 45 dBFundação e estrutura: R$ 42.700Custo das Paredes: R$ 8.300Revestimento: R$ 11.000TOTAL: R$ 62.000

Segredo de sucessoEm razão desse sucesso, muitos

profissionais não qualificados têm seoferecido para executar serviços emdrywall. Isso pode significar um riscosério. Em geral esses profissionais des-conhecem que o sistema é coberto pornormas técnicas, as quais definem asespecificações dos componentes queobrigatoriamente devem ser utiliza-dos, bem como as regras de sua mon-tagem. Como resultado, os serviçosapresentam defeitos, alguns graves,como paredes com baixa resistência,mau desempenho acústico e imperfei-

ções no acabamento. Para evitar taisproblemas, consulte sempre um pro-fissional com conhecimento das nor-mas técnicas e que saiba aplicá-las.

Drywall, porque não apostar nessa ideia?

Ronaldo LeãoArquiteto e Urbanista com mestrado em

Inovação, Tecnologia e Desenho, pelaUniversidad de Sevilla, na Espanha.

www.moarquitetura.com

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MÚSICA

m um sábado recente, como nãofazia há tempos, por compromis-sos vários ou mesmo preguiça e

impaciência, fui a um shopping cen-ter com minhas filhas adolescentes.Hora do almoço, praça de alimenta-ção: fast food. O que para elas é sem-pre corriqueiro e tranquilo, para mimfoi o prenuncio do Armagedom. Pormania, paranoia ou exacerbada neces-sidade de questionar o que tem se tor-nado o inquestionável, passei a diva-gar com minhas meninas sobre aque-le universo tão próximo ao quadro “Astentações de Santo Antão”, de Hie-

enho certeza que você tem grava-do na memória as músicas de aber-tura dos desenhos favoritos que

marcaram a sua infância e ainda são mo-tivos de boa diversão.

A lista de escolha é grande. As op-ções vão dos clássicos que ainda podemser encontrados na televisão como: “Pica-Pau”, “Popeye”, “Jetsons” e a turma daDisney, até a febre dos desenhos japo-neses: “Cavaleiros do Zodíaco”, “Dragon-ball Z” e “Pokémon”. Estas canções te-máticas têm papel fundamental na inici-ação musical das pessoas.

A primeira animação “Fantasmago-rie”, criada pelo francês Emile Cohl, datade 1908 e tinha apenas 2 minutos. Já osprimeiros desenhos animados como co-nhecemos hoje surgiram apenas na dé-cada de 1910, ainda no cinema mudo e

desfilando pelas alamedas cercadas delojas. Andavam como gansos em ummatadouro. Todas elas de pescoçoempinado, passos retos, celulares evestimentas em exposição... tristes fi-guras. Em dado momento, minhaimagem se refletiu em uma das vi-trines e lá me vi, com a mesma ridí-cula postura, em direção ao estacio-namento. Como que em um flash debreve consciência antes do derradei-ro momento, da última respiração,como dizem os que já viram a luzbrilhante no fim do túnel, todas asimagens de luta, de contestação e de

Corre que o desenho já vai começar!sem cores. O enredo era principalmentevoltado a um público mais adulto, compiadas e roteiros que abordavam o coti-diano.

Porém, o grande personagem queconquistaria definitivamente o espaço daanimação é o “Gato Félix”. O felino foicriado na década de 20, em preto e bran-co e sem falas. No mesmo período, aDisney revolucionaria o mercado com ofamoso camundongo “Mickey Mouse”,em 1928. Este foi o primeiro desenhocom efeitos sonoros, a voz era do pró-prio Walt Disney.

Em 1932, o estúdio inaugurou a erados desenhos animados coloridos coma produção “Flores e Árvores”. O suces-so estimulou o investimento de outrasempresas na área como: a Warner Bros,com o “Pernalonga” e “Tom e Jerry”, e a

Hanna Barbera, com os “Flinstones”,“Manda Chuva”, “Zé Colméia” e “Os Jet-sons”.

Um pouco mais a frente, nos anos80, surgem os desenhos baseados emheróis. Os principais exemplos são oseternos: “He-Man”, “Transformers”, “Ca-verna do Dragão” e “Thundercats”.

Nos anos 90, algumas produções

ganham o público jovem e até adultopela crítica ao sistema capitalista e a lin-guagem irônica, é o caso de “South Park”e “Os Simpsons”.

No meio da década, onde os seriadospareciam acabar com o prestigio da ani-mação, os desenhos japoneses entraramcom força total no mercado brasileiro. Ascanções traziam sempre melodias e le-tras cativantes que fazem sucesso até hojeem interpretações no You Tube.

Mesmo com toda a tecnologia, asvelhas e boas animações têm vida eter-na. Quanto às músicas, é claro, vão con-tinuar avisando a todos para correr esentar no sofá que a diversão já vai co-meçar.

Eduardo Vidal – [email protected]

CRÔNICA

Nós, os fast foodsronymus Bosch. Pessoas mastigandofeito Bárbaros, (ou como erroneamen-te os conceituamos), falando e discu-tindo alto, com pouco ou nenhumsentido de civilidade, crianças gritan-do e se agitando à solta, além de umamúsica estridente e irreconhecível semesclando a toda a balburdia. Pelos360º era o que se via. Devo confessarque tenho problemas digestivos parafast food e para a globalização de cos-tumes. Ocorre que, algumas daque-las mesma pessoas que se comporta-vam como animais no ato da alimen-tação e do convívio social, vi depois

decência e de conquistas que cola-boraram para nossa formação civili-zatória, explodiram em minha men-te e, em breve desvaneceram-se. Umcalafrio correu-me pela espinha. Aper-tei o controle do alarme e entramosno carro. Enquanto buscava a saída,entendi que eles venceram. Liquidi-ficaram o melhor de nós em coisanenhuma. Foi só um lapso de cons-ciência. Mas já passou.

Jeff Gennaro é ator e diretor da Cia TeatroSalada Vinte (São Paulo/SP.)

[email protected]

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CINEMA

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Rua Mário de Sousa, 530

Em recente artigo de jornal,certo articulista e filósofo discor-ria sobre uma proposta da comu-

nidade europeia de não mais utilizaro conceito de gênero que hora utiliza-mos. Ou seja: seremos todos catalo-gados como seres humanos, sem a di-ferenciação de homem e/ou mulher. Pa-rece um tanto confuso, mas, apesar detantos problemas mais prementes,existe gente preocupada com essetema. Com o passar das décadas, eu,que sempre me julguei avant garde erapaz “prafrentex”, tenho me observa-do um tremendo “bocomoco”! Pelosmenos sobre assuntos que me soam

tão incongruentes. Quem acompanhameus escritos sabe de minha quase fi-xação pela história e a arte. Acreditorealmente que somente tendo domí-nio destes conhecimentos e, sabendotransmiti-los para a geração futura,teremos futuro. Sem contar o tempoperdido patinando na maionese.

Hoje, alguns cidadãos muito bemcuidados pelas babás e as redes soci-ais, acham que podem reviver a revo-lução francesa de 1848 na AvenidaPaulista e que Freud, Lacan e Marcusesão uma bula/sarapatel como lenitivopara um mundo melhor.

Particularmente não abro mão das

Sobre meninos e meninaspeculiaridades do feminino e masculi-no. São o tempero essencial desta pas-tasciutta ideológica e quotidiana.

Então, para tratar sobre a beleza dasdiferenças, indico dois bons filmes ebrinco com o quanto ambos podemnos completar. Feito o belo conceitodo Yin e yang.

O LOBO DE WALL STREET

Se o cineas-ta Martin Scor-sese filmasseuma partida debocha entre ce-gos, transfor-maria em umgrande espetá-culo. Opiniãode fã, mas comboa dosagemde fundamen-to. Scorsese,

assim como outros grandes cineastas,costuma ser fiel às parcerias com seusatores. O que vinga como bons resul-tados. Vide a relação fantástica comRobert De Niro. O astro da vez é Leo-nardo Di Caprio. Consta que desde“Gilbert Grape – Aprendiz de Sonha-dor”, (vale ver), a paixão foi imediata.E não é pra menos. O então estreanteDi Caprio arrebenta.

Mestre em retratar o universo mas-culino de violência na vingança, dasmáfias e das gangues, Scorsese agoracoloca sua lente sobre outra caracte-

rística própria dos machos: a inconse-quente infantilidade a serviço do he-donismo. E que lugar mais apropria-do que o mundo corporativo e o mer-cado financeiro para situar homens emseu estado mais animal? Bem, guer-ras sangrentas podem parecer parquesde diversão. Mas é coisa de homem.Talvez não seja o melhor filme para vercom a namorada/esposa/filha. É somen-te uma opinião. Se você não se garan-te, reúna a moçada do escritório oudo futebol. Moleque.

ELENCO: Leonardo DiCaprio, JonahHill, Margot Robbie, Matthew McCo-naughey

DIREÇÃO: Martin Scorsese

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

C o n f e s s oque pegueiesse filme pe-los atores Geo-ffrey Rush eEmily Watson,gênios do bomcinema inglês.Alguma rese-nha literária jáme havia avi-

sado de que se tratava de coisa demeninas. Adoro todas as meninas. Dezero a cem primaveras, mesmo semmuita paciência! Tenho duas filhas quequase idolatro e com elas vivo apren-dendo sobre o novo e o inevitável. Atéporque, todos nós merecemos uma

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sessão da tarde! Então marmanjos,peguem a pipoca e seus lenços de na-riz, além da companheira. Uma boaamiga me disse que o livro era como-vente. Pois o filme também cumpreesse papel. A beleza encantadora e otalento da jovem atriz Sophie Nélissesão cativantes. Mais, nos enveredampelo raciocínio feminino dos segredos,das descobertas, das paixões e da co-ragem, muito próprias deste gêneromisterioso e encantador. A história sepassa na segunda grande guerra mun-dial. Época em que muitos homensderam seu sangue. Serão louváveis

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Distribuição gratuita

José Humberto Pitombeira M. E

Rua Manoel Achê, 697 - sala 02

Ribeirão Preto - SP - Jardim Irajá

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Edição e Redação: José Pitombeira | João PitombeiraJornalista responsável: João Pitombeira MTB: 71.069/SPArte Final: Ney Tosca (16) 3019-2115Tiragem: 10.000 exemplaresImpressão: Gráfica Spaço (16) 3969-2904Sempre causando uma ótima impressão

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sempre. Mas a sobrevivência do todoé um poder e uma prerrogativa do fe-minino. Fato incontestável. Vejam ahistória de todos nós.

ELENCO: Sophie Nélisse, GeoffreyRush, Emily Watson, Nico Liersch, BenSchnetzer

DIREÇÃO:Brian Percival

A discussão de gênero é fascinantee sempre haverá de mover nosso quo-tidiano. Afinal, sem as diferenças, nãoexistiríamos enquanto espécie ou com-plexidade. Melhor assim para todo osempre, não é Baby?

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