IV Ciclo Científico da Faculdade São Paulo – FSP, 2017
Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 6, n. Esp. jan./ago., p. 01, 2017. ISSN: 2358-0909
INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE SOBRE A CIÊNCIA E
TECNOLOGIA: O QUE PENSAM OS ESTUDANTES DE
ENGENHARIA AMBIENTAL E CIVIL DA REGIÃO DA ZONA
DA MATA ESTADO DE RONDONIA/BRASIL
Djalma de Oliveira Bispo Filho1.
Dara Dias Dienstmann Cassol2
Karyse Gabriel da Silva
Larissa Fuzari dos Santos
Natália Araújo Monteiro
Pedro Gabriel Junior
RESUMO
Neste trabalho apresentamos os resultados quantitativos de uma pesquisa empírica,
realizada com estudantes dos cursos de Engenharia Ambiental (19 estudantes) e
Engenharia Civil (15 estudantes) do 1º e 2º período de uma faculdade localizada na
região da Zona da Mata cidade de Rolim de Moura, no estado de Rondônia/Brasil. A fim
de conhecer as diferentes crenças e atitudes dos dois grupos estudados utilizou-se como
instrumento de coleta de dados uma questões extraídas do Questionário de Opiniões
sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade (COCTS) com a finalidade de comparar os
resultados revelados (índices atitudinais) obtidos para os dois grupos.
Palavras-Chaves: Ciência, Tecnologia e Sociedade, Engenharia Ambiental e
Civil, Crenças e Atitudes, Zona da Mata, Rondônia.
1 Doutor em Ensino de Ciências e Matemática, professor titular da Faculdade São Paulo – Rolim de Moura – RO, [email protected]
2
2 Acadêmicos de Engenharia Civil da Faculdade São Paulo - Rolim de Moura – RO,
[email protected], [email protected] [email protected],
[email protected], [email protected]
1. INTRODUÇÃO
No século XXI, a proposta educativa para todas as áreas do conhecimento,
inclui questões relacionadas à Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS),
principalmente no ensino de Ciências, cuja Alfabetização Cientifica e Tecnológica
(AC&T) tem se configurado como uma meta a ser alcançada, incluindo a
compreensão de que a Ciência, é premente a compreensão de todos os
indivíduos sobre como a Ciência funciona e como ela se relaciona com a
Sociedade, considera-se então que o enfoque CTS permeie não só os currículos
de educação Básica, mas também os currículos de cursos superiores, de forma
a permitir uma cultura cientifica e tecnológica a todos os estudantes. (BISPO-
FILHO, 2013)
FAGUNDES ET AL. (2009) destacam que na Sociedade, as melhorias da
Ciência e da Tecnologia (C&T) tem se instaurado, tornando a tomada de
consciência desses avanços e sua relação com o quotidiano, um fator
indispensável para o progresso da cidadania. Portanto, é necessário um Ensino
de Ciências mais empenhado, onde a aprendizagem seja mais significativa para
o estudante.
Nos meios acadêmicos e sociais circulam informações comprovando que
essa abordagem deve ser inclusa no processo educativo, tendo como apoio
órgãos internacionais de fomento à Educação (UNESCO e OEI). FOUREZ
(1997), juga importante o apoio financeiro desses órgãos internacionais, uma vez
que apenas dessa forma é possível realizar a promoção da AC&T necessária
para uma real participação democrática dos cidadãos.
A sociedade industrial, no final do século XIX, impulsionou a alfabetização
e a capacidade de leitura e escrita, buscando integralizar as pessoas na
sociedade moderna. No entanto, as atuais concepções de Alfabetização
Cientifica (AC) datam de meados do século XX, devido as reformas educacionais
projetadas no cenário mundial desde os anos 1990. Desde então, pesquisadores
3
e educadores de todo o mundo tem se reunido regularmente e solicitando a
inclusão da abordagem CTS nos currículos, na formação e no ensino dos
professores, com a finalidade de fazer frente à necessidade de uma AC&T com
parte indispensável da Educação Básica. O compromisso atribuído ao
Ensino de Ciências, até o final do século XX, estava pautado no desenvolvimento da C&T, como responsáveis pelo desenvolvimento industrial de artefatos tecnológicos que, mais tarde obteriam benefícios à humanidade (perspectiva salvacionista da C&T). Nesse contexto, as escolas preparavam os alunos para esse campo profissional e não era incluso a AC&T nos currículos escolares da época. (SANTOS; MORTIMER, 2002; FAGUNDES ET AL., 2009).
AC&T é vista como uma parte essencial dessa nova cultura neste século
XXI, pois houve mudanças e, também devido à presença intensa nos mais
diversos meios sociais e educacionais. (LÓPEZ CEREZO; SÁNCHEZ
RON, 2000). Criou-se novas necessidades culturais para as pessoas, que estão
destinadas a viver cercados de C&T, nas mais diversas áreas sociais do
conhecimento, onde a ideia de alfabetização em C&T resume um novo objetivo
de cultura em C&T (VÁZQUEZ, 2010).
O Ensino de Ciências não é apenas o conhecimento científico e
tecnológico, mas deve contemplar a formação cidadã, procurando desenvolver
competências e capacidade técnico-cientifico-sociais entre os estudantes, sendo
incluso princípios democráticos e valores éticos, segundo a perspectiva CTS.
Pesquisadores em Didática de Ciências (ACEVEDO ET AL., 2003; BYBEE, 1997;
DE BOER, 2000; LAUGKSCH, 2000; GIL-PEREZ ET AL, 2003; MANASSERO E
VÁZQUEZ, 1998; KEMP, 2002) têm buscado desempenhar estratégias e
recursos apropriado para o Ensino de Ciências, visando concretizar a proposta
de AC&T na formação cidadã.
É preciso que os educadores preparem tais estratégias e recursos nas
disciplinas que lecionam; que em suas disciplinas insira e contextualizem as
questões CTS, utilizando temas relacionados com questões socioeconômicas,
cientificas e culturais; que quando possível, demonstre a aplicação desses
conhecimentos no cotidiano; que provam situações de vivencia prática da
autonomia dos alunos em assuntos de interesse público, e que promovam
situações de tomada de decisões, relacionados com a C&T (FOUREZ,1997).
De modo geral, a educação tem como objetivo o desenvolvimento do
conhecimento, competências, que podem ser resumidas em dois níveis: a
4
educação social (participação e convivência) e a formação individual
(desenvolvimento integral) (VÁZQUEZ, 2010).
A AC&T tem por objetivo um Ensino de Ciências firmado nos quatro eixos
centrais da “Educação para Todos”, apresentado pela UNESCO, que são:
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser. É
proposto que os currículos escolares sejam estruturados a partir desses eixos;
que seus temas abordados sejam significativos, possuindo como meta o
desenvolvimento de habilidades e competência dos alunos; que esses quatro
eixos sejam observados na escolha dos conteúdos básicos, optando-se pelos
mais importantes e uteis, principalmente aqueles relacionados com a vida
cotidiana, cooperando para a formação de cidadãos verdadeiros.
2. MARCO TEÓRICO
2.1.1 Definição de Ciência “A ciência é o conjunto de conhecimentos
organizado sobre os mecanismos de causalidade dos fatos observáveis, obtidos
através do estudo objetivo dos fenômenos empíricos.” Segundo a proposta feita
pela UNESCO, essa é a definição da ciência.
A ciência tem sido visualizada como uma organização autônoma, objetiva
e neutra baseado na aplicação de um código de racionalidade distante a qualquer
tipo de interferência externa. Segundo BAZZO, LINSINGEN e
PEREIRA (2003), nesse ponto de vista o que garante a cientificidade é o “método
científico”.
JAPIASSU (1981) argumenta a neutralidade científica levantando a
seguinte questão: qual ciência, em suas pesquisas, deixa de fazer apelo a certos
valores e a certas normas éticas? O autor acrescenta, ela faz apelo, pelo menos,
à norma ética segundo a qual todo conhecimento deve ser objetivo. Podemos
dizer que estamos vivendo numa época em que a separação dos problemas
éticos e científicos pode comprometer a vida se perdermos de vista o caráter
humano do desenvolvimento científico-tecnológico. O novo saber científico é feito
para os cientistas não poder mais controlar e verificar todo conhecer produzido
atualmente.
DOSI (2004) considera que os processos de inovação são condicionados
por princípios cujo rumo é determinado pelo conjunto de problemas e soluções
5
consideradas previamente relevantes e que delimitam os esforços tecnológicos,
referindo-se à direção das mudanças tecnológicas.
Campos também contribui alegando que os sinais de mercado podem
induzir e influenciar o desenvolvimento do padrão das estruturas competitivas nos
limites tecnológicos definidos pelo padrão corrente. Analisando sobre o exibido
até aqui, manifesta os seguintes questionamentos: Como vem sendo tratado à
tecnologia? Qual sua origem, disseminação e sua função social?
2.1.2 Definição de Tecnologia
Os pessimistas consideram que na origem da tecnologia está a destruição
da vida e do planeta e que, se o quadro de desenvolvimento tecnológico
permanecer como está hoje, não há sequer possibilidade de reversão do quadro
de destruição.
AROCENA (2004) considera a ciência e a tecnologia como uma simpatia,
univocamente benfeitora, cuja provocação seria fundamental na superação do
atraso tecnológico dos países subdesenvolvidos, consistiria em seguir os
mesmos caminhos dos países ricos, o que é inexecutável. De mesmo modo,
considerar a tecnologia avançada somente como prejudicial, é uma divulgação
que também pode ser perigosa servindo para promover o subdesenvolvimento.
Por isso, a necessidade de se buscar uma atitude mais prudente na sua geração
e sua utilização.
Segundo HABERMAS (1994), ocorreu uma “cientifização da técnica” uma
vez que no capitalismo sempre existiu a pressão convencional para aumentar o
interesse do trabalho através da inclusão de novas técnicas. Entretanto, as
inovações dependiam de invenções esporádicas, que podiam ser introduzidas
economicamente ainda com um aspecto de crescimento natural.
A tecnologia dispõe à ciência precisão e controle nos resultados de suas
descobertas, facilitando não só a relação do homem com o mundo como
proporciona dominar, controlar e transformar esse mundo.
Indo contra essa postura, entendemos que defensores e interrogadores do
desenvolvimento tecnológico devem atender, acima de tudo, o “poder coletivo”,
incluindo-se aí a competência para a destruição, realizar as atividades perigosas,
para arruinar a natureza e, também os benefícios para a saúde humana, inclusive
6
a preservação ou construção de relações que não deterioram o meio ambiente.
Todavia, o balanço entre um ou outro tipo de atividade, depende essencialmente
de como é distribuído o “poder” gerado pela ciência e pela tecnologia, ou seja, de
quem ou de como são manipuladas.
3. METODOLOGIA
Fez-se uso nessa pesquisa de uma questão “F1-20141” retirada de um
conjunto de 30 questões do Cuestionario de Opiniones sobre Ciencia, Tecnología
y Sociedad (COCTS), que foi realizada em sala de aula. Os alunos responderam
conforme seu conhecimento. As respostas diretas dos entrevistados seguem um
modelo de resposta múltipla, o que nos permite obter uma série de variáveis
quantitativas de atitudes CTS para cada questão: índice atitudinal de cada frase,
de cada categoria (Adequada [A], Plausível [P] e Ingênua [I]).
3.1 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS.
A metodologia adotada nessa pesquisa faz parte do modelo de tratamento
de dados utilizado no PIEARCTS (BENNÁSSAR, ET AL., 2010), que permite
tanto uma aplicação da estatística inferencial e comparação entre grupos quanto
uma análise qualitativa, o que faz do COCTS um instrumento, flexível, válido e
acima de tudo confiável para investigações educativas em temas CTS
(MANASSERO E VÁZQUEZ, 1998; VÁZQUEZ E MANASSERO, 1999;
MANASSERO ET AL., 2003, 2004; MANASSERO, VÁZQUEZ E ACEVEDO,
2001; VÁZQUEZ, MANASSERO e ACEVEDO, 2005).
O questionário COCTS segue um modelo de resposta múltipla, onde cada
frase é valorizada pelo respondente, ou seja, o entrevistado assinala cada frase
em cada questão de acordo com seu grau de concordância dentro de uma escala
de (1 a 9) pontos possíveis, e assinalando com a letra (E - não entendo a frase)
ou (S - não sei responder).
Depois esses valores obtidos se transformam em um índice atitudinal
normalizado no intervalo de [-1, +1]. A resposta adequada será positiva, enquanto
que a atitude mais ingênua será negativa.
7
4. DA AMOSTRA
Neste trabalho foi realizado um recorte dos dados totais e analisamos
apenas as concepções (atitudes) acerca da relação CTS de 34 acadêmicos de
Engenharia Ambiental e Civil.
As amostras, objeto do estudo, formadas por dois grupos:
• Primeiro grupo, 19 estudantes de Engenharia Ambiental.
• Segundo grupo, 15 estudantes de Engenharia Civil.
Ambos no segundo período do Ensino Superior (sem preferência de
idade).
Pode-se observar segundo as características do grupo de Acadêmicos
entrevistados características são bem particulares. No primeiro grupo
(Engenharia Ambiental), apresentou equilíbrio em Gênero, já o segundo grupo
(Engenharia civil) notou-se predominância do sexo masculino, talvez seja pela
maioria acreditar que a área da construção civil é mais especifica para homens,
entretanto o sexo feminino tem se destacado nesta área com o passar do tempo,
mudando esse conceito. Como mostra na (Tabela
1):
Classe
Feminino
Masculino
17-19 5 9
20-22 5 7
23-25 3 3
38-40 1 1
Total 14 20
Tabela 1: Composição da amostra por gênero e idade.
A pesquisa total foi realizada por 14 pessoas do sexo feminino e 20 do
sexo masculino. Sendo a quantidade de pessoas do sexo masculino maior no
curso de Engenharia Civil, como mostra na (Tabela 2):
8
Contagem de Sexo
Curso F M Total
Engenharia Ambiental 10 9 19
Idade F M Total
18 2 3 5
19 1 3 4
20 1 1 2
21 2 - 2
23 3 1 4
25 - 1 1
36 1 - 1
Curso F M Total
Engenharia Civil 4 11 15
Idade F M Total
17 1 - 1
18 1 3 4
20 - 2 2
21 1 1 2
22 1 3 4
23 - 1 1
38 - 1 1
TOTAL GERAL 14
20
34
Tabela 2: Índice de acadêmicos conforme o gênero e idade
Verifica-se uma grande variedade em relação às idades, porém o gênero
masculino predomina. Quanto a questão das idades, é possível notar que a idade
de 18 a 23 anos se destacam nas duas engenharias. Torna-se algo relevante,
pois quando os alunos concluem o ensino médio, isso mostra que a quantidade
9
que já entram em uma universidade é maior do que as pessoas que param de
estudar.
5. RESULTADOS
Nos resultados é possível analisar que os estudantes tem pouco
conhecimento sobre o assunto abordado. Os dados mostram que os professores
estão preocupados com outros saberes para os alunos, sendo que eles deveriam
levar isso para as salas de aula.
No gráfico é possível analisar o índice de cada resposta considerado:
Figura 1: Índices das respostas consideradas: Ingênuas, Plausíveis e Adequadas.
Nas frases consideradas como plausíveis, expressa um índice atitudinal
de -0,2714, ou seja, as crenças de estudantes de Engenharia Ambiental e
Engenharia Civil apresenta um índice muito baixo, pois o índice atitudinal deveria
estar próximo de 1. Categorizada como ingênua apresenta um índice altíssimo,
Adequadas, Plausíveis e Ingênuas, com seus respectivos índices atitudinais.
0,5943
- 0,2714
0,7206
-0,4000 -0,2000 0,0000 0,2000 0,4000 0,6000 0,8000
ADEQUADAS
PLAUSIVEIS
INGENUAS
10
estudantes dos cursos de engenharias, deveriam ter crenças e atitudes mais
adequadas em relação a CTS. Isto mostra que o assunto explorado é de pouco
conhecimento dos estudantes, tendo uma visão distorcida da real influência que
a sociedade tem sobre a ciência e tecnologia.
5.1.1 Índices Globais
Analisa-se que a visão da sociedade acadêmica em relação aos
conhecimentos sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade obteve uma média de
índice muito baixo, como mostra na (Tabela 3) a seguir:
Índices Globais por Categoria
Índice Médio Desvio
Adequadas 0,5943 0,5701
Plausíveis -0,2714 0,7509
Ingênuas 0,7206 0,5368
Tabela 3: índice das respostas e sua média
Com base nisso, observamos que os acadêmicos não têm o
conhecimento devido sobre questões sobre a Ciência, Tecnologia e Sociedade.
Sendo o índice médio de Adequadas 0,5943, Plausíveis -0,2714 e Ingênuas com
0,7206.
5.1.2. Média dos Resultados
A média dos resultados se mostra um pouco diferenciada quanto a faixa
etária de idade e a média respectiva, pois os acadêmicos que acabaram de sair
11
do ensino médio obtém média maior, porém baixa em relação a média prevista
pela pesquisa, o que é algo preocupante, pois as pessoas que saíram a mais
tempo do ensino médio, param completamente os estudos, quando voltar não
lembram de muitas coisas e acabam se atrasando em relação ao conteúdo
passando nas universidades. Veja na (Tabela 4) a seguir:
Idade Contagem
de Idade
Média de
Média
17 1 0,2500
18 9 0,2889
19 4 -0,0438
20 4 -0,0563
21 4 0,0563
22 4 0,0313
23 5 0,1150
25 1 -0,3500
36 1 0,0250
38 1 0,0500
Total Geral 34 0,091176471
Tabela 4: Composição de cada idade e sua média.
Podemos então perceber que a média entre as pessoas de 17 e 18 anos
é boa em relação ao restante, com os estudantes de 19 e 20 anos o assunto é
preocupante, pois ainda muito jovens, obtém média negativa. Por outro lado
estudantes com 25 anos é mais preocupante, quanto as pessoas de 36 a 38 anos,
porque podemos observar pelo fato de que as pessoas que pararam de estudar
durante um período maior de tempo, são mais empenhadas para evoluírem seus
conhecimentos em busca do “tempo perdido”, enquanto os indivíduos que
estudaram recentemente parecem estar acomodados quanto a essa questão.
Na (Tabela 5) temos a média do conhecimento por curso, onde o curso de
Engenharia Civil teve melhor desempenho. E na (Figura 2) o desenvolvimento da
média total em ambos os cursos:
12
Curso Média de Média
Eng. Ambiental 0,086842105
Eng. Civil 0,096666667
Total Geral 0,091176471
Tabela 5: A média total de cada curso
A média do curso de Engenharia Civil é maior, mesmo a entrevista sendo
com quatro pessoas a menos que no curso de Engenharia Ambiental.
6. CONCLUSÕES
Como já foi mencionado neste trabalho, a AC&T é vista como uma parte
essencial dessa nova cultura neste século XXI. Porém, o entendimento em
relação de como funcionam a CTS no mundo atual, estão longe das salas de aula
e dos currículos. O objetivo de conhecimento e de melhoria de questões em
relação à CTS, são propósitos ainda distantes de serem alcançados no processo
de ensino brasileiro, pois são necessários maiores investimentos em pesquisas
e estudos relacionados à temas CTS na formação de professores.
Figura 2: O desenvolvimento da média do curso de Engenharia Ambiental e Civil
ENG. AMBIENTAL ENG. CIVIL
Total
13
Os resultados deste trabalho revelam que, estudantes de Engenharia
Ambiental e Civil, tem uma compreensão ingênua em relação a questões CTS.
Sendo esta compreensão de extrema importância em todas as áreas de
conhecimento. Para melhores resultados é preciso que os professores tenham
crenças e atitudes adequadas para o Ensino de Ciências, visando concretizar a
proposta de AC&T na formação cidadã.
O Ensino de Ciências deve considerar a formação cidadã, procurando
desenvolver competências e capacidade técnico-cientifico-sociais entre os
estudantes, sendo incluso princípios democráticos e valores éticos, pois este
ensino não é apenas o conhecimento científico e tecnológico. Dessa forma, a
educação CTS tem o objetivo de desenvolver uma alfabetização bem ampla, de
tal forma que as pessoas tenham as devidas condições de serem responsáveis
nas tomadas de decisões, em relação às questões tecnológicas que cercam a
sociedade.
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Anexo I - COCTS
16
Anexo II - COCTS
17
Anexo III – Formulário Aplicado – Página 1
18
Anexo IV – Formulário Aplicado – Página 2
19
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