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Agosto de 2010– Ano 03 – Número 24

dos Mosteiros da Ordem da Imaculada Conceição

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“AO CAIR DA TARDE, SEREMOS “AO CAIR DA TARDE, SEREMOS “AO CAIR DA TARDE, SEREMOS “AO CAIR DA TARDE, SEREMOS JULGADOS PELO AMOR!”JULGADOS PELO AMOR!”JULGADOS PELO AMOR!”JULGADOS PELO AMOR!” –––– pág. 0 pág. 0 pág. 0 pág. 04444 (Ir. Mª Auxiliadora do Preciosíssimo Sangue – OIC Presidente da Federação Imaculada

Conceição no Brasil)

“EM HONRA DO MISTÉRIO DA “EM HONRA DO MISTÉRIO DA “EM HONRA DO MISTÉRIO DA “EM HONRA DO MISTÉRIO DA CONCEIÇÃO...” (BULA “INTER CONCEIÇÃO...” (BULA “INTER CONCEIÇÃO...” (BULA “INTER CONCEIÇÃO...” (BULA “INTER UNIVERSA”)UNIVERSA”)UNIVERSA”)UNIVERSA”) –––– pág. 0 pág. 0 pág. 0 pág. 05555 FICHA DE REFICHA DE REFICHA DE REFICHA DE REFLEXÃO FLEXÃO FLEXÃO FLEXÃO –––– pág. 0 pág. 0 pág. 0 pág. 07777

(Frei Estêvão Ottenbreit, OFM – Assistente da Federação Imaculada Conceição no

Brasil)

OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO PERMANENTE CONCEPCIONISTA NO PERMANENTE CONCEPCIONISTA NO PERMANENTE CONCEPCIONISTA NO PERMANENTE CONCEPCIONISTA NO MOMENTO ATUALMOMENTO ATUALMOMENTO ATUALMOMENTO ATUAL –––– pág. 0 pág. 0 pág. 0 pág. 08888

(Me. Lindinalva de Maria – OIC)

CAMINHANDO COM MARIA (XCAMINHANDO COM MARIA (XCAMINHANDO COM MARIA (XCAMINHANDO COM MARIA (XIIII)))) –––– pág. pág. pág. pág. 1 1 1 12222

(Irmã Maria Imaculada de Jesus Eucarístico - OIC )

CANTINHO DE LEITURACANTINHO DE LEITURACANTINHO DE LEITURACANTINHO DE LEITURA ---- pág. 1 pág. 1 pág. 1 pág. 14444

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CARTA DO MINISTRO GERAL DA OFM NA CARTA DO MINISTRO GERAL DA OFM NA CARTA DO MINISTRO GERAL DA OFM NA CARTA DO MINISTRO GERAL DA OFM NA FESTA DE SANTA BEATRIZFESTA DE SANTA BEATRIZFESTA DE SANTA BEATRIZFESTA DE SANTA BEATRIZ ---- pág. 1 pág. 1 pág. 1 pág. 16666 CARTA DO MINISTRO PROVINCIAL DA CARTA DO MINISTRO PROVINCIAL DA CARTA DO MINISTRO PROVINCIAL DA CARTA DO MINISTRO PROVINCIAL DA PROVÍNCIA FRANCISCANA DA PROVÍNCIA FRANCISCANA DA PROVÍNCIA FRANCISCANA DA PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO NA FESTA DIMACULADA CONCEIÇÃO NA FESTA DIMACULADA CONCEIÇÃO NA FESTA DIMACULADA CONCEIÇÃO NA FESTA DE E E E SANTA BEATRIZ SANTA BEATRIZ SANTA BEATRIZ SANTA BEATRIZ –––– pág. pág. pág. pág. 22222222

TRIÊNIO EM PREPARAÇÃO AOS 500 TRIÊNIO EM PREPARAÇÃO AOS 500 TRIÊNIO EM PREPARAÇÃO AOS 500 TRIÊNIO EM PREPARAÇÃO AOS 500 ANOS DA APROVAÇÃO DA SANTA ANOS DA APROVAÇÃO DA SANTA ANOS DA APROVAÇÃO DA SANTA ANOS DA APROVAÇÃO DA SANTA REGRAREGRAREGRAREGRA –––– pág. pág. pág. pág. 22224444

(Irmã Mª da Paz do Coração de Jesus, OIC)O

COMUNICANDO COMUNICANDO COMUNICANDO COMUNICANDO –––– Mosteiro da Imaculada Mosteiro da Imaculada Mosteiro da Imaculada Mosteiro da Imaculada Conceição Conceição Conceição Conceição –––– Guaratinguetá/SP Guaratinguetá/SP Guaratinguetá/SP Guaratinguetá/SP –––– pág. pág. pág. pág. 22227777 HOMILIA NAS EXÉQUIAS DA HOMILIA NAS EXÉQUIAS DA HOMILIA NAS EXÉQUIAS DA HOMILIA NAS EXÉQUIAS DA IRMÃ IRMÃ IRMÃ IRMÃ MARIA BEATRIZ DA EUCARISTIAMARIA BEATRIZ DA EUCARISTIAMARIA BEATRIZ DA EUCARISTIAMARIA BEATRIZ DA EUCARISTIA –––– pág. 2 pág. 2 pág. 2 pág. 28888

(Frei José Carlos da Silva, OFM)O

PARTILHANDOPARTILHANDOPARTILHANDOPARTILHANDO ---- pág. pág. pág. pág. 30303030

(Papa Bento XVI)O

FELICIDADES! (ANIVERSÁRIOS) FELICIDADES! (ANIVERSÁRIOS) FELICIDADES! (ANIVERSÁRIOS) FELICIDADES! (ANIVERSÁRIOS) –––– pág. pág. pág. pág. 33332222

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“AO CAIR DA TARDE, SEREMOS JULGADOS PELO AMOR!”

Estamos no mês de agosto! O chamado mês das vocações.

Geralmente quando falamos em

vocações, pensamos logo nas vocações especificas e tradicionais: Vocação ao Sacerdócio Ministerial, à Vida Consagrada e à Vida Matrimonial.

São vocações nas quais

empenhamos nossas vidas, e de certa forma, revelam nossa identidade.

VOCAÇÃO É UM DOM DE DEUS. Todos nós sabemos. É Ele quem chama, escolhe e envia cada um para sua missão específica.

Entretanto, existe uma vocação primeira para a qual todos nós

fomos chamados: Amar a Deus e ao próximo. Desde os primórdios, o Senhor convida os seus filhos e filhas a uma aliança de amor com Ele, como aquele patrão que saiu pela manhã a contratar operários para sua vinha. “Amarás o Senhor teu Deus”. “Ama a teu próximo como a ti mesmo”. Até que veio Jesus e nos disse: “Amai-vos como Eu vos amei”. E nos contou como vai ser o julgamento final: “Tive fome e me deste de comer. Tive sede e me deste de beber /.../ o que fizeste ao menor dos meus irmãos foi a mim que o fizeste”. Por isso, acredito que só na medida em que formos fiéis ao PRECEITO DO SENHOR, seremos autênticos na missão específica para a qual Ele nos escolheu desde toda a eternidade.

Conta-se que o apóstolo São João, já bem velhinho, era levado

para abençoar e falar aos cristãos reunidos que esperavam uma palavra do discípulo amado. Ele os abençoava e dizia: “Meus filhinhos amai-vos uns aos outros”, e se calava. Sempre repetia o mesmo. Um dia lhe perguntaram: “Por que nos dizes sempre a mesma coisa?” Respondeu-lhes: “Porque este é o PRECEITO DO SENHOR. Se fizerdes isto, tudo está consumado.”

Irmã Maria Auxiliadora do Preciosíssimo Sangue – OIC

Presidente da Federação Imaculada Conceição

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“EM HONRA DO MISTÉRIO DA CONCEIÇÃO...” (BULA “INTER UNIVERSA”)

Por motivo de uma longa gripe escrevo este artigo já nos últimos dias do mês de agosto, mês muito significativo para a vida da OIC (festa da Assunção de Nossa Senhora ao céu e festa de Santa Beatriz). Mês muito significativo para a vida de toda a Igreja (mês dedicado a todos os tipos de vocações). Creio que soubemos dar a devida importância às festas e comemorações.

Ainda saboreando este clima de festa, quero focalizar, ao encerrar o

segundo ano de reflexão em preparação ao grande Jubileu, um ponto importante no carisma revelado à Dona Beatriz: a consciência clara e profunda de que a nova Ordem devia existir para “CELEBRAR” o mistério da Imaculada Conceição de Maria.

A palavra “celebrar” não é somente uma palavra solene, mas é

também muito significativa. Eu vejo no mínimo três grandes dimensões contidas nesta palavra.

Celebrar é: - recordar o passado - tornar presente - lançar ao futuro

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RECORDAR O PASSADO: Significa cantar, proclamar, manifestar as grandes coisas que Deus

fez em Maria. Desde toda a eternidade escolhida e preservada da mancha original para ser Mãe de Jesus, e enfim elevada de corpo e alma ao céu para o convívio com a Santíssima Trindade. Aprouve a Deus que os dois dogmas fossem proclamados solenemente para fé de toda a Igreja em tempos recentes: a Imaculada em 1854 e a Assunção em 1950. Celebrar o mistério da Imaculada Conceição, para a irmã concepcionista, é pois, cantar e contar os louvores de Deus que em sua bondade escolheu Maria para tornar-se presente ao mundo em seu Filho Jesus.

TORNAR PRESENTE: De fato, celebrar não é só recordar o que houve no passado, mas

tornar o mistério presente também nos dias de hoje. Ao imitar procura-se reviver e atualizar, enfim tornar presente o que Deus fez no passado. Hoje, crendo e ouvindo a Palavra de Deus como Maria, colocando-nos incondicionalmente à disposição de Deus e dos irmãos como Maria, tornamos presente (revivemos) a atitude de Maria e levamos seu Filho Jesus ao mundo. Assim a vida concepcionista não consiste apenas numa dimensão devocional, mas se torna participação eficaz no mistério da salvação.

LANÇAR AO FUTURO: Ao recordar a infinita bondade de Deus, ao tornar presente a sua

misericórdia para com os homens, nós testemunhamos e anunciamos a sua presença não só ontem e hoje, mas apontamos o futuro de Deus. Seremos anunciadores de esperança, de um Deus fiel, de um Deus que jamais nos abandonará. Ele olhou para o seu povo, ele acompanha o seu povo, ele guiará também o seu povo, mesmo se o futuro parece difícil e incerto.

Cantemos, revivamos e testemunhemos o mistério de Deus

contido no mistério da Imaculada Conceição. Assim a nossa vocação não só aparecerá como importante no seio da Igreja, mas principalmente como fonte inesgotável de alegria e de esperança.

Frei Estêvão Ottenbreit, OFM

Assistente Religioso da Federação Imaculada Conceição

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Graça das Origens – 500 anos da Regra OIC

Tema do ano: Concentrar-se sobre o essencial de nossa vocação.

Enfoque do mês: CELEBRAÇÃO

1. Na vida de Santa Beatriz:

“Apenas lançados os fundamentos da nova Ordem, conseguiu do Papa Inocêncio VIII as Letras Apostólicas ou Bula INTER UNIVERSA de 30 de abril de 1489, em virtude da qual se erigia o mosteiro com o nome ou título da Conceição da Santíssima Virgem Maria, no qual Beatriz e suas companheiras viveram em comunidade, sob a observância regular e em perpétua clausura.” (Bula de canonização)

2. Na Palavra de Deus: - Salmo 3 - Salmo 111 - Lucas 1,46-56; 11,27-28 - Mateus 5,13-16 3. Em nossa vida: - O que significa “celebrar o mistério da Imaculada” para mim, para

nós? - Em que atitudes e gestos do nosso dia a dia de consagradas

podem-se perceber uma das três grandes dimensões do “celebrar”? - O que poderíamos ou até deveríamos buscar e fazer para que as

três grandes dimensões do “celebrar” fossem mais intensamente vividas e anunciadas pela minha/ nossa comunidade?

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FORMAÇÃO: Um caminho a percorrer

“A formação na Ordem da Imaculada Conceição

tem como objetivo conseguir, no tempo atual, que as

monjas e candidatas se capacitem para seguir Jesus

Cristo e viver, a partir da contemplação, o

Evangelho e o mistério da Imaculada Conceição,

segundo o estilo de vida de Santa Beatriz” (CCGG

124).

OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO PERMANENTE

CONCEPCIONISTA NO MOMENTO ATUAL Os desafios que a vida contemplativa tem hoje são muito

determinantes e muito decisivos. Para fazer frente à vida social na qual, querendo ou não, as irmãs estão inseridas, não podemos ser ignorantes, nem em relação à preparação humana, nem em relação à preparação cristã e concepcionista.

1. Em relação à cultura intelectual, hoje a jovem geralmente vem

com estudos suficientes, mas se isso não acontece, deve-se facilitar-lhe este estudo antes de professar, uma vez que o cultivo da pessoa em todas as suas dimensões é necessário para viver com qualidade de vida. E também para que não se encontre em situações desfavoráveis quando tiverem de administrar fatos e problemas do Mosteiro. Os movimentos ordinários do Mosteiro, não devem ser administrados por seculares, ou confessores e capelães. Portanto: cultura suficiente para valer-se por si mesma.

2. A formação religiosa é vital e precisa-se dedicar-lhe tempo.

Nossos horários deverão contemplar ao menos uma hora por dia para a formação permanente, aproveitando todos os recursos que nos oferecem nossas Constituições Gerais em seus diferentes artigos. Tudo isso ajudado por um bom programa sistemático, como já foi dito.

3. Elaborar um projeto comunitário e pessoal. É um meio muito

adequado para a formação permanente na Comunidade. Em nossas Constituições há um abundante material para se fazer um projeto apropriado para nossas circunstâncias.

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4. A irmã tem que ser fiel, constante e organizada no estudo, na meditação e contemplação da Palavra de Deus (CCGG 77).

5. E voltamos ao mesmo ponto, se as jovens estão a nível cultural a

altura de gigantes com relação à sociedade, não podem ficar anãs frente ao conhecimento da opção de vida que fizeram. Deste modo, todas, jovens e menos jovens, temos que saber dar razão de nossa fé e de nossa esperança.

6. Deveríamos chegar a que nossas irmãs antes da profissão solene

estudem ao menos três anos de teologia. 7. A formação permanente concepcionista está chamada a criar

mulheres capazes, mulheres fortes que saibam confrontar-se com a vida sem descuidar da principal atenção que consiste no silêncio e no ocultamento religioso.

CONCLUSÃO A formação permanente continua sendo um assunto que nos custa

retomar. E nossos documentos são muito bonitos, muito ricos, mas muito exigentes se não os tomamos a sério.

Nossa Regra, nossas Constituições, não são leis, nem estão escritas

apenas para serem lidas de vez em quando. São formas de vida inspiradas no Evangelho pelo Espírito Santo que alimentam nosso ser concepcionista. Este é o alimento feito oração que levamos no caminho e que nos dá forças e vigor para seguir até a meta.

A formação permanente concepcionista, bem se pode definir como:

“a disponibilidade ativa e inteligente de quem se deixa formar pela vida e por toda a vida” e deste modo chega a ser ela mesma e a seguir Cristo mais de perto, segundo a forma de vida concepcionista, testemunhando o evangelho no mundo de hoje. Sua condição é, pois, a docilidade, quer dizer: a atitude interior de quem, livre o coração e a mente, aprende a aprender da vida e, sem renunciar ao que ela quer ser e à própria realização, se abre ao projeto que o Senhor tem sobre ela. Docilidade é a liberdade do sujeito para deixar-se tocar/educar pela vida, pelos outros, por cada situação existencial e pela experiência. Contudo, esta docilidade não pode ser passiva mas ativa, que leve a assumir a responsabilidade que traz

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consigo. Cada uma é a primeira responsável pela formação: olhar positivo do outro e do mundo que lhe rodeia, liberdade interior e exterior para assumir os fragmentos de verdade e de beleza em volta de cada uma e a capacidade de relacionar-se com a alteridade, em atitude de interação fecunda.

Temos na cabeça que a formação permanente é estudo, algo que

está fora de nós, sem nos darmos conta, sem nos conscientizarmos de que formação é tomar a própria vida nas mãos e levá-la por caminhos que o Espírito nos vai marcado. É fazer de mim o que Deus quer que seja, é docilidade. E para isso necessitaremos conhecer e também, é claro, ler, estudar, educar-nos, mas em função de... Não por conhecimento simplesmente mas sim para viver.

Para viver o que nos prescreve as nossas CCGG necessitamos

conhecimentos, preparação intelectual e humana, além de espiritual. Trata-se, pois, de uma formação integral, de modo que a pessoa possa desenvolver por igual todas as suas dimensões para crescer de forma harmônica e unificada.

Temos a figura de Maria, a mulher de fé que vive em função do

projeto de seu Filho. Ela é a primeira concepcionista, vai adiante de nós amadurecendo contemplativamente com sua luz maternal, nossas alegrias e trabalhos. Aquela mesma luz que brilhou um dia na fronte de Beatriz da Silva, uma mulher fiel ao Evangelho e a seu tempo,que fez, junto com as primeiras companheiras, da busca da vontade do Senhor seu caminho de formação permanente. Dessa busca, cinco séculos depois, somos testemunhas e sucessoras nesse seguir mais de perto as pegadas de Jesus Cristo nosso Redentor.

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FICHA DE TRABALHO Inspirada no texto das Constituições Gerais Capítulo V, título I:

Princípios Gerais de Formação. QUESTIONAMENTOS: 1. O que você entende por Formação permanente em geral e

Formação permanente concepcionista? 2. Que experiências você tem de Formação Permanente em nível

pessoal, comunitário e federal? Poderia compartilhá-las? 3. Olhando a realidade de sua Federação: O que você destaca para

o futuro desta realidade de Formação Permanente Concepcionista? Nota: Conclui-se aqui a tradução do texto sobre a Formação

Permanente Concepcionista. Desejamos que seja de grande proveito para

nossas comunidades e que, nesse desejo de crescimento que

necessariamente passa pelo conhecimento, o Senhor nos inspire mais e mais

para que sejamos, de fato, aquelas que devemos ser tal como Maria

Imaculada e Beatriz da Silva.

Tradução de Me. Lindinalva de Maria, OIC

Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição - Salvador/BA

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CAMINHANDO COM MARIA XI

Partilhar a Graça Para partilhar a graça de Deus presente em nós, é preciso sair do

centro, ir ao encontro do outro. Após uma forte experiência de bondade e misericórdia divina, sempre temos a necessidade de partilhar com alguém, de dividir a nossa alegria. Por isso vamos ao encontro do irmão. O fato de colocar-nos a caminho se faz um momento propício para silenciar, refletir e fazer uma profunda assimilação de tudo o que nos aconteceu, reavaliando as nossas disposições quanto ao ideal abraçado num momento de fervor e entusiasmo.

A grandeza da vocação a que Deus nos chama, muitas vezes exige

esse momento de solidão na “travessia do deserto”, como vemos expresso na atitude de Maria que, “logo após receber o anúncio do Anjo parte apressadamente”. Ela vai ao encontro ao encontro de sua prima Isabel, sem dúvidas, mas não deixa de ser uma oportunidade de estar a sós consigo mesma enquanto caminha atravessando as montanhas. Certamente ela reviveu aquele momento tão especial e único da intimidade com Deus na Anunciação do Anjo. Maria sente no coração e na alma o abrasar da chama do amor primeiro, inebriada pela ternura do olhar divino que a contempla.

Sob o efeito de tão sublime graça que transborda de seu ser,

certamente Maria sentia-se flutuar nas asas do Espírito Santo, do qual sua alma estava repleta, tanto que “ao entrar na casa de Zacarias e saudar Isabel” transmitiu esse mesmo Espírito à sua prima e à criança em seu ventre. Sua presença cheia de Deus vai iluminando o caminho por onde passa e povoa de alegria o ambiente onde se encontra.

Contemplando esta cena do encontro de Maria com Isabel e João

Batista, podemos concluir que a alegria é a marca daqueles que fazem a experiência de Deus. O peso de um “sim” incondicional que lhe “impõe” uma estrada de mão única, sem possibilidade de retorno, e a imensa responsabilidade que lhe cai nos ombros, não faz de Maria uma pessoa apreensiva, preocupada e insegura em relação ao futuro. Ela sabe em quem depositou a sua confiança, sabe que a obra não é sua, mas de Deus, por isso assume sua condição de serva para ser um instrumento nas mãos

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d’Aquele que tudo pode, tornando-se assim, uma fonte de bênçãos, partilhando suas graças com toda a humanidade.

“As Monjas Concepcionistas são chamadas a imitar esse exemplo

de Maria, abraçando a vontade salvífica de Deus com coração pleno, tornando-se com Cristo, mensagem de amor, de paz e alegria que Deus oferece ao mundo”. Portanto, a alegria é o distintivo da Concepcionista, que se expressa na simplicidade de amar e servir a cada dia com generosidade renovada.

Virtude Basilar: Alegria

Irmã Maria Imaculada de Jesus Eucarístico – OIC

Mosteiro Maria Imaculada Rainha da Paz - Joinville/SC

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CANTINHO DE LEITURA

O SILÊNCIO, ESCOLA PARA O OLHAR

Ama o silêncio. Ele é teu mestre. Sê seu discípulo. Ele te ensinará a olhar o ícone de Jesus Cristo, Te ensinará a dirigir os olhos do teu coração Para este rosto de Deus que te revela o teu próprio rosto E o rosto de cada homem. Ama o silêncio. Ele é teu mestre. Sê seu discípulo. Ele te ensinará a olhar o rosto desfigurado de Jesus Cristo, Te ensinará a dirigir os olhos do teu coração Para este rosto de Deus que te olha pelos olhos do homem Faminto e torturado.

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Ama o silêncio. Ele é teu mestre. Sê seu discípulo. Ele te ensinará a contemplar o rosto transfigurado de Jesus Cristo, Te ensinará a dirigir os olhos do teu coração Para descobrir no coração da criação os reflexos da beleza do Criador, Para discernires na espessura das coisas e dos seres Sua verdadeira dimensão interior E nos humildes gestos de todo o criado os traças de sua bondade. Ama o silêncio. Ele é teu mestre. Sê seu discípulo. Ele te ensinará a contemplar o rosto humano e divino De quem é a fonte e o termo de nossa história. Ele te ensinará a dirigir os olhos de teu coração para perceberes Os resquícios de luz na cascata de dificuldades, Germes de eternidade na brevidade do presente, E o futuro, ainda oculto, de todo ser vivo. Ama o silêncio. Ele é teu mestre. Sê seu discípulo. Ele te ensinará a contemplar o verdadeiro do homem e de Deus, Haverá de te dar esse olhar interior da fé que ensina a olhar os homens Com suas alegrias e sofrimentos, suas desesperanças e esperanças, Os acontecimentos todos da vida, os grandes e pequenos, Com os olhos de Jesus Cristo.

Autor: Fr. Michel Hubaut

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CARTA DO MINISTRO GERAL DA ORDEM DOS FRADES MENORES NA FESTA DE SANTA BEATRIZ DA SILVA

ÀS IRMÃS DA ORDEM DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Cúria Geral OFM Roma 2010 AO CONTEMPLÁ-LO VOS TORNAREIS FELIZES

Saudação Queridas Irmãs Concepcionistas Franciscanas de Santa Beatriz da

Silva, chegue a todas e a cada uma de vós minha saudação e meu abraço carinhoso e fraterno: O Senhor lhes dê a paz!

Como todos os anos, desde que fui chamado a exercer o serviço de Ministro Geral da OFM, também neste quero me dirigir-me a todas vós por ocasião da festa de Santa Beatriz da Silva.

Com esta carta desejo, antes de tudo, agradecer-lhes por vossa proximidade à Ordem dos Frades Menores, e vossa proximidade e oração por mim e pelo serviço que o Senhor e os irmãos me confiaram. Assim como as estimo sei muito bem o quanto me estimam e o grande amor que têm pelos irmãos franciscanos. Em meu nome e de todos eles, digo de coração: muito obrigado. Nós, contamos com vocês, como podem continuar contando conosco. Em Maria Imaculada somos membros de uma mesma família, somos irmãos. Assim queria Santa Beatriz e a história. Assim está escrito em

vossa Regra. Assim também queria a Igreja ao aprovar vossas Constituições Gerais.

Em segundo lugar, quero animá-las a seguir preparando, com alegria e seriedade, o V Centenário de aprovação de vossa Regra (1511-2011), cujo momento culminante em nível de Ordem será o II Congresso das Madres Presidentas que se celebrará em Toledo, na Casa- Mãe, de 24 a 29 de maio de 2011, e as celebrações que acontecerão durante o Congresso. É uma data importante que não podereis desperdiçar. Dessa preparação dependerá em grande parte que o V Centenário da aprovação da Regra não fique reduzido a um mero momento histórico, mas que seja

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um verdadeiro momento de graça, uma ocasião propícia para voltar às vossas origens e revitalizar vosso carisma.

Ocasião da Carta As Madres Presidentas da OIC, reunidas na Casa- Mãe no dia 4 de

junho de 2008, ao final do encontro se dirigiram às Irmãs de todo o mundo com estas

palavras: “Proclamamos a primazia absoluta do Senhor, Pai misericordioso, e queremos prestar-Lhe nossa permanente contemplação, júbilo e serviço” (Atas pg. 373).

Animado por estas palavras, nesta ocasião tendo em vista a celebração jubilar de 2011, desejo compartilhar com todas vós algumas reflexões sobre a contemplação à luz da espiritualidade concepcionista e franciscana.

VOSSA VOCAÇÃO E MISSÃO: SER CONTEMPLATIVAS Sois uma Ordem contemplativa. Vossas Constituições Gerais a

expressam claramente ao afirmar que vossa vocação é a vida contemplativa (CCGG 69,1). Tudo em vossa vida - os votos, a solidão e o silêncio, a clausura, a vida litúrgica e a oração, a vida fraterna e a ascese pessoal, e a formação inicial e permanente -, terão de estar finalizadas para progredir cada vez mais na vida de contemplação (cf. CCGG 41, 2;55,1;58,1;69,1;77,1; 126,1). Como concepcionistas franciscanas, seduzidas pelo amor eterno de Deus, estais chamadas a viver o mistério de Cristo na fé, na oração constante, na disponibilidade e no ocultamento (cf. CCGG 4). Esta vida contemplativa as levará a unirem intensamente à paixão de Cristo e a participar, de um modo particular, de seu mistério pascal (CCGG 58,1), de tal modo que serão transformadas totalmente n´Aquele que todo inteiro se entregou para nós.

Nisso consiste precisamente a contemplação, em identificarmo-nos com Cristo, no grau de sermos ícones vivos do Cristo. A grande tradição contemplativa da Igreja nos mostra como a contemplação é um verdadeiro e próprio diálogo de amor, até fazer com que a pessoa seja possuída totalmente pelo divino Amado. Será, então, quando se realiza a experiência viva da promessa de Cristo: “Quem me ama, será amado por meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,21). Neste sentido, a contemplação não é, como muitos/as pensam, algo especial, algo excepcional na experiência cristã, reservado somente aos místicos, mas uma

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realidade a que somos chamados todos os batizados, embora de um modo especial todos aqueles que nos consagramos a Cristo.

De outra parte, contemplativo não é aquele ou aquela que foge da história, mas um crente que tenta discernir na história e nos homens, nos acontecimentos e na própria pessoa, a presença do Senhor. Contemplativo é aquele cujo olhar – o olhar do coração, sobretudo -, está fixo no Senhor, e desta postura existencial sabe discernir o que vem do Senhor e o que é contrário (cf. VC 73). Este olhar fixo no Senhor permitirá que o contemplativo possa ler a história através dos olhos de Deus e com espírito embevecido do evangelho, tornando-se, assim, o verdadeiro mestre de discernimento.

Mas há outro aspecto importante da contemplação cristã. Ela se completa pela caridade, a makrothymía, a compaixão, a dilatação do coração. Um verdadeiro contemplativo nunca será uma pessoa fechada em si mesma, mas participará da paixão do mundo, particularmente da paixão dos pobres. A compaixão, a simpatia e a empatia pela humanidade serão as medidas da verdadeira contemplação. A contemplação nunca nos separará do compromisso com a história. O contemplativo, abrindo o coração ao amor de Deus, o abre também ao amor dos irmãos e colabora ativamente na construção da história segundo o desígnio de Deus, e tendo um olhar fixo no rosto de Deus (cf. Nuevo Milennio ineunte, 16), não o separará dos outros rostos de Cristo, particularmente naquelas situações de dores pessoais, comunitárias e sociais, onde pode ressoar o grito de Jesus na Cruz: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34)

Mas a contemplação não é somente vossa vocação, mas também vossa missão. E como Concepcionistas, fazendo-se escravas do Senhor, como Maria, proclamais, em atitude contemplativa, a soberania absoluta de Deus. Este é vosso principal apostolado, esta é vossa missão (cf. CCGG 15). A Igreja necessita de vós enquanto contemplativas. Também nós, vossos irmãos, e a nossa sociedade. Esta, particularmente, no Ocidente, vive uma profunda crise de valores que leva a muitos de nossos contemporâneos a viver ut si Deus non daretur (Como se Deus não existisse). A antropologia reinante é uma antropologia imanentista, e o modelo social dominante é o de um desenvolvimento ilimitado (capitalismo técniconihilista), que não permite abrir-se a uma autêntica e definitiva transcendência. Neste contexto vossa vocação de contemplativas se transforma em uma missão da qual tem urgência nossa sociedade. Não nos priveis de vosso testemunho da transcendência. Repito, minhas queridas irmãs: necessitamos dele como contemplativas. Em vosso coração soarão fortemente e, de modo particular,

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estas palavras dirigidas por João Paulo II a todos os religiosos: “Vosso primeiro cuidado não pode sair da linha da contemplação. Toda realidade da vida consagrada nasce a cada dia e se regenera na incessante contemplação do rosto de Cristo (Homilia, 02/02/2001).

Como lembram vossas Constituições, sede fiéis à vossa vocação/missão contemplativa, “procurando ter sobre todas as coisas o Espírito do Senhor e sua santa forma de operar, com pureza de coração e oração devota. A fim de alcançar '61 união com Deus e permanecer no diálogo constante com ele”, procurando “buscar só a Deus em solidão, silêncio, em assídua oração e generosa penitência” (CCGG 69,1).

A PALAVRA, MANANCIAL DA CONTEMPLAÇÃO A contemplação é o lugar de acolhida da Palavra de Deus e, por

sua vez, da escuta atenta da Palavra nasce a contemplação cristã. Esta se fundamenta no primado da Palavra de Deus na vida do crente, e na fé que a Sagrada Escritura é a mediação privilegiada dessa Palavra e da presença de Cristo. Nós, cristãos, somos chamados a ver através dos ouvidos, que significa: chegar à contemplação através da escuta.

É verdade que a contemplação é a união com Deus, pela busca de comunhão com Ele, mas não podemos esquecer que é primeiro Deus que ardentemente busca o encontro com o homem; é Ele o primeiro a sair de si mesmo para se unir intimamente ao homem. Deste modo, e parafraseando umas palavras de Pascal, bem que poderíamos colocar na boca do Senhor estas palavras: “Tu não me buscarias se eu não o tivesse encontrado”. A vida contemplativa é dom que Deus dá ao homem. A este corresponde acolher esse dom, deixar-se encontrar por Aquele que sempre o busca: “Adão, onde estás?” (Gn 3,9).

Isto nos faz entender que a contemplação cristã se desenvolve no espaço relacional no qual a iniciativa parte de Deus, que nos amou primeiro (cf. 1 Jo 4, 19), e nos falou primeiro até manifestar-se definitivamente no Filho, Palavra feita carne (cf. Jo, 1,14). É a Palavra que encontra na Escritura um instrumento privilegiado de mediação, na comunidade cristã o lugar de sua transmissão e o âmbito em que é vivida e declinada como caridade, na cruz o êxito ao qual conduz a quem a acolhe radicalmente, e na companhia dos homens o espaço em que é testemunhada com força e com doçura. É a Palavra o manancial do qual brota a contemplação cristã. Acolher e viver a Palavra é o segredo de toda alma contemplativa.

Minhas queridas irmãs: se a Palavra de Deus é o alimento para a vida e o caminho diário, o é também para a contemplação. Convido-as a

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manter um contato vivo e imediato com a Palavra de Deus para que se imprimam em vós os traços do Verbo Encarnado (cf. João Paulo II, Homilia, 02/02/2001). Convido-as a alimentar vossa vida contemplativa da Palavra de Deus (cf. CCGG 40) e, como Maria, que guardava fielmente em seu coração o mistério de seu Filho, dedicá-la todos os dias à leitura e mediação do Santo Evangelho e das Sagradas Escrituras (cf. CCGG 77, 1). Neste contexto, convido-as a fazer da Leitura Orante da Palavra em fraternidade um exercício frequente. Deste modo, acolhendo a Palavra, meditando-a, e vivendo-a conjuntamente, crescerá em vós a espiritualidade de comunhão, e sereis transformadas em mulheres novas, livres, evangélicas, como o foram Beatriz, reavivando, ao mesmo tempo, o impulso de vossas origens.

A Eucaristia, lugar privilegiado para a contemplação Sendo a Eucaristia lugar privilegiado para o encontro com o

Senhor, o é também para a contemplação do rosto do Senhor. Todos, mas especialmente vós, irmãs contemplativas, sois chamadas a contemplar o Senhor de modo especial na Eucaristia, celebrada e adorada cada dia. A Eucaristia, coração da vida da Igreja, é também o coração de toda comunidade contemplativa. Na Eucaristia se pode levar em plenitude a intimidade com Cristo, a identificação com Ele, a total conformação a Ele, a qual vós, irmãs, contemplativas, estais chamadas por especial vocação. Façam da Eucaristia, minhas queridas irmãs, o lugar privilegiado de vossa contemplação. Não os acostumeis à celebração da Eucaristia. Seja esta sempre “nova” em vossas vidas e “nova” será vossa vida, e radiante vossa contemplação.

Maria, sarça ardente No livro do Êxodo 3, 1-15 encontramos a imagem da sarça que

“estava ardendo e não se consumia” (Ex 3,2). Este versículo tem sido interpretado pelos Santos Padres como imagem de Maria, Virgem e Mãe, a quem vós quereis servir, contemplar e celebrar em sua Concepção Imaculada (cf. CCGG 9, 1).

Segundo a interpretação patrística, Maria não é o fogo, não é a fonte de calor, mas ilumina, deixando-se iluminar; é quente, porque em suas entranhas leva a luz. O fogo nas teofanias é o símbolo da proximidade, ao mesmo tempo, da transcendência divina. A chama está fora de nós, e,

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como a luz, não pode ser separada; é algo que nos transcende, e, no entanto, nos traspassa com seu calor e com seu esplendor; nos envolve e nos penetra com sua presença. “Em Maria, o Espírito Santo manifesta o Filho do Pai feito Filho da Virgem. Ela é a sarça ardente da teofania definitiva: plena do Espírito Santo, apresenta o Verbo na humildade de sua carne, dando-o a conhecer aos pobres (Lc 2,15-19) e as primícias das nações (CEC 724).

Como recordava João Paulo II, “a contemplação de Cristo tem em Maria seu modelo insuperável [...] nada se tem dedicado com assiduidade de Maria a contemplação do rosto de Cristo” (Carta sobre o Rosario, 10). Como Concepcionistas sois chamadas a contemplar a Jesus com os olhos de Maria, a “sarça ardente”. Como a contemplação de Maria, também o vosso seja um olhar questionador (cf. Lc 2, 48): penetrante, capaz de ler no íntimo de Jesus, como em Caná (cf. Jo 2,5); dolorosa como no calvário (cf. Jo 19, 26-27); radiante pela alegria da ressurreição, e ardorosa, pela efusão do Espírito, no dia de Pentecostes (cf. Hch 1,14).

Maria, no mistério de sua Concepção Imaculada, as oferece um conhecimento profundo do mistério de seu Filho. Seguindo com Maria os passos de Jesus (cf. CCGG 69, 1). Igual a Maria sejam também sarças ardentes, deixando-as habitar por Ele, para ser epifania do Senhor no mundo tão necessitado do Senhor, como o está de pão.

Conclusão Queridas irmãs: sejam estas breves e sensíveis reflexões ocasião

para que aprofundeis no que é essencial ao vosso carisma: a vida contemplativa. Sirvam de pretexto para seguir aprofundando nesta dimensão essencial para vós. Não cesseis de olhar o rosto de Cristo, para poder logo contemplá-Lo nos demais, levando-as a Cristo, vosso Esposo, em vossas palavras e vossas ações. Contemplai seu rosto e ficareis radiantes! Contemplai seu rosto e sereis, como Maria, mulheres contemplativas!

Feliz festa de Santa Beatriz da Silva! Roma, 13 de junho, Festa de Santo Antônio de Pádua, 2010

Vosso irmão e servo

Frei José Rodríguez Carballo,

Ministro Geral

Ordem dos Frades Menores

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Contemplar dia e noite os

Mistérios de Deus e de sua mãe, crer firmemente no Evangelho do Senhor, crescer sem cessar nas santas

virtudes...

Caríssimas Irmãs Concepcionistas, Estamos às vésperas de mais uma festa de Santa Beatriz da Silva!

Por isso, em nome da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, quero ser porta voz de todos os meus confra¬des para saudá-las com nossa fraterna saudação de Paz e Bem.

A festa de Santa Beatriz deste ano, na perspectiva da “Graça das

Origens – 500 anos da Regra OIC”, move-se por este particular convite: ‘concentrar-se sobre o essencial da vocação’. O que é essencial? O que está na essência da Origem?

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Em primeiro lugar, a essência está no próprio chamado de Deus para esta opção evangélica: Ele as convoca a estar aos pés do Mestre a fim de discernir, na contemplação, a vontade de Deus: “iluminadas e chamadas por Deus” (Regra 1). E, nessa diária con¬templação, discernir que o essencial é ser na gratuidade a serva bem-aventurada que guarda no coração os segredos do Senhor, à imitação da Mãe Imaculada (Lc 2,51).

Em segundo lugar, o essencial está caracterizado nos es¬ponsais:

“desposar-se com Jesus Cristo, o Redentor” (Regra 1). Esses esponsais místicos geram comprometimento, isto é, o envolvimen¬to de corpo e alma num lançar-se pela fé a tudo o que é próprio do Esposo Redentor: a obediência, a pobreza, a pureza de coração, a contemplação, a oração, a penitência, a humildade, a comunhão, a paixão pelo próximo, etc.

Enfim, que a convocação à Graça das Origens estimule em cada

irmã o revigoramento do coração à admoestação conclusiva da Regra: “trabalhem por observar perfeitamente esta Regra e forma de vida, para que, permanecendo sempre humildes e submissas e constantes na Fé Católica, guardem até o fim os votos que ao Se¬nhor prometeram” (Regra 46).

Assim, no transcorrer dos dias festivos em honra de sua Fundadora

Santa Beatriz, e invocando a materna proteção da Ima¬culada Virgem Maria, que o Deus da misericórdia derrame as suas ricas bênçãos sobre cada Irmã: O Senhor as abençoe e as guarde no seu amor!

Fraternalmente,

Frei Fidêncio Vanboemmel Ministro Provincial

Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

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TRIÊNIO EM PREPARAÇÃO AOS 500 ANOS DA APROVAÇÃO DA SANTA REGRA

“A esperança é o sonho do homem acordado” (Sócrates)

Desejando manter viva a chama da esperança que sempre animou

nossa Santa Mãe Beatriz, planejamos alicerçar essa preparação nos “sonhos” que alimentaram a sua vida:

1- EUCARISTIA Incentivar com maior empenho os fiéis à adoração ao Santíssimo

Sacramento, diariamente, de 14h às 18h em nossa Igreja Conventual e elaborar o que convencionamos denominar “Guarda de Honra ao Santíssimo Sacramento”. Neste quadro consta:

•Os “adoradores perpétuos” – aqueles adoradores que, queremos

crer, contemplam agora a Deus em perene adoração. •“Adoradores em desejo” – aqueles que, impedidos por doenças,

unem-se a Cristo em seus leitos de dores; •“Adoradores mirins” – crianças que, incentivadas pelos avós,

marcam presença esporádica; •“Adoradores de fato” – pessoas que se comprometeram em

adorar Jesus, em dia e horário por elas determinados. Há um número bem representativo.

Organizamos um quadro com os respectivos adoradores, expondo-

o no fundo da Igreja. Desejamos ver nosso Deus amado recebendo o tributo que lhe é

justo. Em Comunidade, intensificamos a nossa participação na Eucaristia

tornando-a mais ativa e consciente, como também no Ofício Divino e Horas Santas, especialmente a cada dia 17 do mês, quando a adoração se baseia na Santa Regra e Constituições.

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Buscamos fazer de nossas vidas ofertas agradáveis a Deus, como rezam nossas Constituições.

2- IMACULADA Vivenciamos as virtudes de Maria, no seguimento de Cristo, sempre

com entusiasmo, renovando nossa missão orante na Igreja. Diariamente, antes do café da manhã, a Irmã responsável pelos Terços do dia, apresenta sucintamente, a virtude de Maria, escolhida previamente, de um Terço ilustrativo que adorna uma estampa da Imaculada no refeitório, relacionando-a com o Evangelho do dia.

- Rezamos o Rosário diariamente com o povo, oferecendo

intenções oportunas a cada Mistério: necessidades da Igreja, da Ordem, das vítimas das catástrofes, enfim das dores e alegrias do mundo.

- Cada dia 17 contemplamos o Rosário com Santa Beatriz, com

base em um texto elaborado por nossa Irmã Maria Imaculada, e entoamos cantos alusivos.

- Divulgamos a devoção à nossa Mãe Imaculada, oferecendo

Novenas e incentivando as pessoas a invocá-la. 3- DEVOÇÃO À PAIXÃO - Buscamos nos unir à Paixão de Cristo, prolongada nos

sofrimentos da humanidade. - Tentamos entrar na perspectiva do Mistério quando a dor nos

alcança. - Praticamos uma penitência alegre e comprometida, com a partilha

entre os mais necessitados que nos procuram. - Via-Sacra nas sextas-feiras sempre mais piedosa e consciente. - Meditação sobre os Mistérios Dolorosos de Cristo numa

perspectiva de Ressurreição. •Visando fortalecer o nosso Carisma, iniciamos a novena de Santa

Beatriz com o povo, antecedendo cada dia 17. Imprimimos as Novenas,

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oferecendo-as às pessoas que nos procuram em suas tribulações e as enviamos nas correspondências. Fazemos ainda, novena preparatória com o povo para celebrar Maria Imaculada.

•Adquirimos um lindo relicário para a veneração das Relíquias de Santa Beatriz, cada dia 17, a partir do mês de agosto.

•Imprimimos um prospecto vocacional para ser oferecido em momentos oportunos.

•Na terceira sexta-feira de cada mês fazemos nosso Retiro Mensal, tomando como base as propostas de Frei Estêvão sobre o tema: “Graça das Origens”, com reflexão individual e partilha do dia, concluindo com a preparação para o encontro com “nossa irmã morte”.

•Imprimimos “triângulos” com estampas de Santa Beatriz e confeccionamos dezenas de Terços que serão oferecidas como marco do Jubileu 2011.

•Foi confeccionado um álbum seriado, contando as datas mais significativas de nossa Ordem, compiladas em cada mês e exposto no refeitório.

•Nove meses antes da Festa do Jubileu, faremos alusão ao acontecimento, antes da Santa Missa, a cada dia 17.

Partilhamos, com simplicidade, a nossa Vivência e sugerimos que

cada Mosteiro exponha a sua vivência de preparação para nosso enriquecimento e de outros Mosteiros.

Irmã Maria da Paz do Coração de Jesus – Secretária

Mosteiro Maria Imaculada Rainha da Paz – Joinville/SC

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COMUNICANDO – Mosteiro da Imaculada Conceição – Guaratinguetá/SP

No dia 24 de julho de 2010, voltou à casa do Pai, a nossa Irmã

Maria Beatriz da Eucaristia, no século: Mariana de Souza Dias, nascida a 02 de setembro de 1934, no distrito de Arimatéia/MG. Ingressou neste Mosteiro no dia 27 de novembro de 1952, aos dezoito anos de idade, com grande fervor e força de vontade para perseverar em sua vocação. Recebeu o santo hábito e iniciou o Noviciado no dia 07 de setembro de 1953. Fez a Profissão dos Votos Temporários no dia 11 de Fevereiro de 1955 e a Profissão Solene no dia 18 de agosto de 1958. Em todos os trabalhos que a obediência lhe confiou, demonstrou sempre muita responsabilidade e zelo, de modo particular no ofício de Sacristã, que exerceu por muitos anos. Oferecia continuamente a Deus suas orações e sacrifícios pelo povo e a perseverança dos Sacerdotes. Cultivou com amor a Celebração da Liturgia e aprendeu o Canto Gregoriano para solenizar nosso Ofício Divino. Festejou seu Jubileu de Prata em 1983, e no dia 11 de Fevereiro de 2005, Festa de Nossa Senhora de Lourdes, o seu Jubileu de Ouro de Profissão Religiosa.

Desde o ano 2009 foi ficando sempre mais debilitada,

conseqüência de algumas quedas e fraturas, devido à osteoporose. Esteve todo esse tempo em tratamento e no dia 17 de junho deste ano foi internada no Hospital Frei Galvão. Após muitos exames foi diagnosticado câncer nos ossos. Ficou ali alguns dias e recebeu alta. Em seguida teve pneumonia e foi internada novamente. Seu estado foi se agravando sempre mais até a hora em que Nosso Senhor a chamou de volta a Si, no dia 24 de julho, sábado, dia consagrado a Nossa Senhora, da qual ela sempre foi devota filha. Foi velada em nossa Igreja conventual e no dia 25 às 15h, após a celebração da Eucaristia, foi sepultada no cemitério deste Mosteiro.

Bendito e louvado seja Deus, pela sua fidelidade, amor e perseverança na vocação religiosa durante todos esses longos anos no serviço de Nosso Senhor!

Irmã Maria Terezinha da Sagrada Face, OIC

Abadessa

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HOMILIA NAS EXÉQUIAS DA IRMÃ MARIA BEATRIZ DA EUCARISTIA

Capitatio... Todos nós corremos atrás do tempo. Passamos correndo, pela

Terra apressados, atropelados, sobrecarregados, enlouquecidos, assoberbados, nunca chegamos, falta-nos sempre tempo, apesar de todos os esforços, falta-nos tempo. Achamos, por vezes, que o Senhor errou os cálculos... há um engano geral: horas curtas demais, dias curtos demais, vidas curtas demais.

Dentro desse contexto de tempo, muitos aqui poderiam agora dizer:

parece que foi ontem... o início da nossa convivência com a Irmã Beatriz da Eucaristia. Trazia em sua bagagem um sorriso... muita Paz...

A Irmã Beatriz fez a experiência da “passagem”... da “grande

viagem”.. cantou e experimentou o verso singular do Cântico das Criaturas: “Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a morte corporal, da qual ninguém pode escapar...”

E, cantando até o fim... se consumindo no amor a Deus e ao

próximo, foi assim que passou e viveu entre nós a Irmã Beatriz da

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Eucaristia. Para todos tinha uma palavra de conforto, de esperança, um lenitivo para suas almas, um bálsamo para os seus males...

Irmã Beatriz: louvamos e bendizemos ao Senhor pela graça de

poder tê-la em nosso meio e também a Santa Beatriz de fazê-la tão significativa para o nosso convívio, enriquecendo, certamente, a vida, não só deste Mosteiro, mas de muitas outras pessoas: com suas palavras, sonhos e esperanças, sempre pautados na égide do Amar e do Servir. Que tudo aquilo que ela semeou, continue florescendo e frutificando em presença de Paz e Bem e de esperança para muitos.

O seu modo de ser como Concepcionista tinha a simplicidade de

Santa Beatriz e a disponibilidade de Maria Santíssima. Sabemos que não houve morte, pois, não morre quem por aqui

passou fazendo o bem, buscando a Deus, aconselhando, servindo, cantando, deixando mensagens de vida e esperança. Cante, louve, adore, agora e sempre, porque sua voz está viva, porque sua voz não se apagou...

Repito: sabemos que não houve morte, e sim apenas e tão

somente, mudança de Comunidade... uma simples transferência. Irmã Beatriz deixou o Mosteiro da Imaculada Conceição de Guaratinguetá, para continuar a ser Concepcionista no Mosteiro da Imaculada Conceição... na plenitude da Paz, junto ao Sumo Bem, com suas co-irmãs, especialmente Madre Maria de Lourdes. E nós, que ainda estamos aqui, não peçamos ao Senhor tempo para fazer isso e depois aquilo, mas peçamos sim a graça de fazer, no tempo que nos é dado, o que Ele quer que façamos, para que possamos dizer como São Francisco de Assis: “Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã morte corporal, da qual nenhum ser humano pode escapar... Felizes aqueles que a morte encontrar na tua Santíssima vontade, porque a segunda morte não lhes fará mal... Assim seja!

Frei José Carlos da Silva, OFM

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PARTILHANDO

Agudos (SP) - Neste ano a turma de aspirantes (3º ano) do

seminário retornou mais cedo das férias, elas deram lugar a uma semana formativa preparada com atividades diversas com a finalidade de proporcionar um convívio fraterno mais intenso entre a turma e com os frades com vistas na preparação e amadurecimento para o Postulantado.

A semana intitulada “Semana Fraterna” terá atividades como

formação, oração, partilha, visita a alguns lugares relacionados a temática dos dias, serviços fraternos, deserto, elaboração de um projeto de vida fraterna, Leitura Orante da Palavra de Deus etc. A temática seguida obedece o itinerário de discernimento e conversão de São Francisco. Dia 27: contemplação e missão; dia 28: encontro com o crucificado; dia 29: encontro com o leproso; dia 30: Francisco e a Palavra de Deus; dia 31: Francisco e a Fraternidade.

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Primeiro dia da Semana fraterna CONTEMPLAÇÃO E MISSÃO No primeiro dia da Semana Fraterna, os Aspirantes juntamente

com a equipe de formação (Frei Enéas, Frei Ademir, Frei Claudino e Frei Renato), passaram o dia no Mosteiro das Irmãs Concepcionistas Franciscanas em Piratininga. O objetivo era justamente inserir-se nas atividades da fraternidade para experimentar seu dia-a-dia e ajudá-las com alguns serviços necessários naquele mosteiro recentemente inaugurado, podendo assim beber e experimentar de um aspecto caro a Francisco e a vida Franciscana, a contemplação.

O dia começou cedo, já às 7 horas todos estavam no mosteiro para

junto com as irmãs e o povo de Deus celebrar a Eucaristia. Tudo ainda era muito novo para todos, mas especialmente para os Aspirantes, no entanto, o clima de apreensão foi logo quebrado quando a fraternidade das irmãs abriu as portas do mosteiro para partilhar com o grupo sua vida, atividades, espaços, orações e refeições etc.

Além de se inserir na forma de vida das irmãs, os aspirantes e

frades puderam estender a mão a estas simpáticas, alegres e santas mulheres ajudando-as na pintura das paredes do claustro interno e na confecção de uma horta para o mosteiro. O trabalho foi suado e rendeu alguns calos nas mãos, mas foi assistido pelo olhar sempre atendo das irmãs. Além de muito trabalho e oração não faltou muito suco, pão de queijo, bolachas, pão de mel e até um licorzinho para baixar a poeira e a tinta.

O cansaço não deixou

ninguém sem fôlego para a bela cantoria que aconteceu depois do almoço num horário de recreio e descanso. Frei Ademir ao piano com arranjos improvisados conduziu o coral mais improvisado ainda, formado de irmãs, aspirantes e frades. Falou-se até em gravar um CD, talvez num lampejo de otimismo exagerado.

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As dez irmãs que compõem a fraternidade das Irmãs Concepcionistas Franciscanas mais jovem do país deram um belo testemunho de vida franciscana, missionária e contemplativa. Uma vida profética tanto para o mundo quanto para nós franciscanos.

Irmã Inês, a madre da fraternidade que na sua simples e santa

alegria mineira reflete bem o rosto daquelas irmãs resumiu o dia nas suas palavras de despedida: “Obrigada por este dia franciscano de partilha”. E assim foi verdadeiramente, um dia vivido intensamente, por jovens que querem viver intensamente o que estas franciscanas vivem, a intimidade com Deus.

Obrigado às irmãs. Paz e bem! Frei Renato Pezenti

FELICIDADES!

Vimos cumprimentar todas as queridas Irmãs que aniversariam no mês de setembro, pedindo ao Bom Deus, pela intercessão de nossa Mãe Imaculada que cumule a todas com toda a sorte de bênçãos e graças. Felicidades e Santa Perseverança!

SETEMBRO

Aniversário de Profissão Religiosa:

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06- Irmã Maria Rita de Jesus Crucificado (Uberaba) 07- Irmã Maria Auxiliadora da Divina Infância (Guaratinguetá) 08- Madre Maria Teresa de Jesus (Rio de Janeiro) 08- Irmã Suzana do Imaculado Coração de Maria (Macaúbas) 08- Irmã Maria Rosalina Pereira Fialho (Caratinga) 08- Irmã Maria Aparecida Moreira (Caratinga) 08- Irmã Maria Angélica do Divino Amor (Sorocaba) 08- Irmã Anna Beatriz da Imaculada (Fortaleza) 15- Irmã Roza Maria do Carmo Garcia (Sorocaba) 15- Irmã Maria Clara Beatriz do Coração de Jesus (Floriano) 29- Irmã Maria Francisca de São Miguel (Rio de Janeiro) Aniversário Natalício:

03- Irmã Mª Rita do Puríssimo Coração de Maria (Guaratinguetá) 03-Irmã Maria José do Menino Deus (Floriano) 06- Frei Estêvão Ottenbreit (Assistente Religioso da Federação) 12- Irmã Maria Lúcia de Jesus Ressuscitado (Itu) 14- Irmã Maria de São Miguel (Macaúbas) 16- Irmã Esther de Maria (Itu) 17- Irmã Maria Auxiliadora da Santíssima Trindade (Salvador) 20- Irmã Maria Fabiana da Imaculada Conceição (São Paulo) 21- Irmã Maria Luíza da Visitação (São Paulo) 28- Irmã Maria Angélica do Divino Amor (Sorocaba) 28- Irmã Maria Salete de Sant’Ana (Itu)