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IPEF Monte Alegre ser inaugurado no incio do anoSetor de Sementes e Mudas inicia janeiro em novas instalaes
A nova unidade do IPEF, em Monte
Alegre, j est pronta para receber a equipe
do Setor de Sementes e Mudas, que deve
se mudar para o local no incio do prximo
ano. As obras e os ajustes de acabamento j
foram finalizados e a estrutura reservada ao
setor de 620 metros quadrados. O amplo
espao conta com salas de administrao e
de vendas, expedio e cmaras frias. Um
moderno Laboratrio de Anlise e Tecno-
logia de Sementes e Mudas foi estruturado
e inclui uma sala de cultura de tecidos.
Desde o ms de agosto, o viveiro
florestal implantado no local est em
funcionamento e atualmente j produz ao
ms 350 mil mudas clonais de eucalipto.Instalado em uma rea de 9 mil metros
quadrados, sua capacidade de produo
de 600 mil mudas ao ms, sendo voltado
para plantios de eucalipto, pinus e essncias
nativas. Contratos para a aquisio das
mudas baby-clone semi-prontas para
usos mltiplos j foram estabelecidos,
alguns com vnculo at o final do primeiro
semestre de 2011. A produo engloba
clones de Eucalyptus urophylla, E. urophyllax
grandis(conhecido como urograndis), e E.
grandisxE. camaldulensis(conhecido comograncam). Embora a inaugurao v ocor-
rer em janeiro, podemos dizer que j estamos
em funcionamento em Monte Alegre, uma vez
que o viveiro est em plena produo, afirma
Israel Gomes Vieira, coordenador do Setor
de Sementes e Mudas do IPEF.
Com a implantao do novo viveiro,
uma equipe de 15 pessoas foi contratada
para as atividades de pr-plantio, poda
e plantio, crescimento e expedio. Os
colaboradores passaram por treinamento
e j trabalham para garantir a produo das
mudas clonais de eucalipto.
RetrospectoForam 17 meses de obras at que o
IPEF Monte Alegre fosse concretizado.A rea de 40 hectares foi recebidaem comodato com a Fibria (UnidadePiracicaba), em julho de 2006, e estlocalizada prxima Esalq. Possui 32hectares reservados rea de ProteoPermanente (APP) e Reserva Legal (RL).Um convnio com a Casa da Floresta,empresa de assessoria ambiental que
desenvolve projetos de conservao dabiodiversidade, garantiu a restaurao e omonitoramento da flora e fauna presentena APP e RL, que foi enriquecida com oplantio de espcies nativas da regio.
Alm do contrato de comodato com
a Fibria, o IPEF recebeu importante apoio
de outra de suas associadas. A International
Paper ofertou ao Instituto materiais para o
novo viveiro, que impulsionaram a produ-
o em grande escala das mudas.
Com espao para ampliao gradativa,
o IPEF Monte Alegre tambm ir receber
em breve o Setor de Eventos do Instituto,
j que novas obras iro estruturar uma rea
reservada a reunies e eventos.
A nova unidade do IPEF, bem como a
implantao do novo viveiro, mais um
dos passos que o Instituto d Rumo a 2020,
slogan que sinaliza a srie de metas definidas
em seu Plano Estratgico para os prximos
10 anos, pois representa no s ampliao
de sua rea fsica, mas tambm potencial
desenvolvimento para suas pesquisas.O IPEF Monte Alegre ser oficialmente
inaugurado no dia 17 de janeiro, quando
receber os selecionados para o Programa
de Preparao de Gestores Florestais,
que capacitar engenheiros florestais
recm-formados frente ao negcio florestal.
Veja matria sobre o PPGFnesta edio.
Casa de Vegetao do viveiro do IPEF MA
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IPEF estrutura seu Programa Cooperativo de Melhoramento FlorestalProjetos do Instituto na rea de melhoramento sero agrupados e tero resultados compartilhados
Uma reunio realizada nos dias 29 e 30de novembro, no Departamento de CinciasFlorestais da Esalq e na Floresta EstadualEdmundo Navarro de Andrade (FEENA),em Rio Claro, marcou a juno dos projetosda rea de melhoramento florestal do IPEF,que passaro a englobar um programa geralcom ampla estrutura. Trata-se do ProgramaCooperativo de Melhoramento Florestal(PCMF), cuja principal linha de trabalho estrelacionada manuteno e ampliao dabase gentica disponvel para formao dasplantaes comerciais.
Mais de 30 pessoas estiveram presentes,entre professores da Esalq e da Unesp, erepresentantes das empresas ArborGen,ArcelorMittal BioEnergia, Cenibra, Conpa-cel, Copener, Duratex, Eucatex, Fibria,International Paper, Jari, Lwarcel, Palmasola,Rigesa e Suzano.
A abertura foi comandada pelo Prof. LuizErnesto George Barrichelo, diretor executivodo IPEF, que destacou a importncia do
melhoramento florestal dentro do Plano IPEF2020, sendo que dos sete Objetivos Estrat-
gicos propostos pelo Instituto para a prximadcada, seis esto diretamente ligados aomelhoramento florestal, demonstrando aconformidade do programa com a projeodo IPEF. O Prof Paulo Yoshio Kageyama, daEsalq, enfatizou a importncia de projetos
desenvolvidos na rea de melhoramento parao setor de florestas plantadas.
Grande defensor de que as pesquisascom materiais j introduzidos no Brasilno passado sejam retomadas, o Prof.Mrio Ferreira apresentou um histricodas iniciativas de melhoramento florestalno pas. J h um patrimnio adquiridocom a importao de sementes da regiode origem, mas as pesquisas nesse sentido
foram interrompidas em razo do investi-mento em tcnicas de clonagem e culturade tecidos. O IPEF pode ser uma alternativa
para a retomada, pois sua estrutura permiteque os custos de processamento sejamdistribudos, afirma o professor. Nessesentido, Izabel Christina Gava de Souza, daSuzano, frisa que olhar para os materiaise pesquisas j existentes o que sustenta a
projeo para o futuro.Os professores Antnio Natal e Mar-
clio de Almeida, da Esalq, falaram sobreo programa de propagao vegetativa que
coordenam e que dever interagir com oPCMF. Eles conduzem trabalhos relativosao enraizamento de Eucalyptus benthamii,que apresentou resultados positivos e, emjaneiro, ser expandido para outras espciescom a participao de empresas florestais.Quando o IPEF idealizou a proposta de
melhoramento, pensou-se nas dificuldades
de enraizamento que iriam surgir. O projeto complementar, vrias outras possibilidades
sero estudadas, como dificuldades de propa-gao, explica Marclio.
Na sequncia, Paulo Henrique Mullerda Silva apresentou as atuais linhas detrabalho do IPEF na rea de melhora-mento: Disperso de Plen (PRODIP),Novos Cultivares (PCNC), Resgatede Material Gentico (PCRMG) ePopulaes Ncleos de Melhoramento(PCPN). Dentro do PCPN, existem 11experimentos que estudam a resistnciada ferrugem, apresentados na ocasiopela mestranda da Unesp, Aline Miranda.O graduando em engenharia florestal daEsalq, Antnio Leite Florentino, falou sobrea rede experimental do Projeto NovosCultivares (PCNC)e Cristiano Bueno deMoraes, ps-graduando na Unesp, falousobre a avaliao da geada realizada comprognies de E. grandise E. urophylla, doPCPN, na empresa Palmasola.
A necessidade de importao de ma-terial da Austrlia foi enfatizada durantea explanao de Eduardo Henriques,da ArcelorMittal BioEnergia, que falousobre as espcies de eucalipto observadasdurante viagem realizada ao pas, noprimeiro semestre. A consultora do IPEF,Karina de Lima, apresentou uma propostade aquisio cooperativa de sementes daAustrlia, iniciativa que vir a complemen-tar os trabalhos a serem realizados comespcies de eucalipto j introduzidas erecombinadas no Brasil. Nesse sentido,Alex Passos dos Santos, do Conpacel, afirmaque h um grande potencial de material a serimportado para que se possa trabalhar com
espcies que j foram introduzidas e esto
voltando a se tornar importantes devido aosproblemas de dficit hdrico, resistncia a frioe necessidade de implemento de melhoriasna qualidade da madeira.
No segundo dia da reunio, que foirealizado na Floresta Estadual EdmundoNavarro de Andrade, Jos Luiz Timonie Rafael Camarinho, representantes daFEENA, falaram sobre a disponibilizaode recursos genticos advindos de espcieshistricas de eucalipto da FEENA para finsde pesquisas e plantios comerciais. o quej vem sendo trabalhado dentro do Projeto
Cooperativo de Resgate de MaterialGentico (PCRMG), cujas atividades de-senvolvidas foram apresentadas por PauloHenrique Muller da Silva. Ainda na FEENA,os participantes puderam visitar o museu,talhes e a coleo de eucalipto implantadapor Edmundo Navarro de Andrade.
Projeo para 2011Aps discusso entre os presentes, ficou
definido que o Programa Cooperativo deMelhoramento Florestal (PCMF) sercomposto por diversos projetos nessa linhae englobar os j existentes PCPN, PCNC,PRODIPePCRMG. A adeso das empresas
nos projetos poder ser feita de formaindependente. Um conselho formado porprofessores e representantes das associadasfoi composto para coordenar o programa. Porenglobar projetos como o populao ncleose resgate de material da FEENA, o PCMFatuar em duas linhas complementares:resgate de materiais que j foram introduzidos
no pas e ampliao da base gentica com focona produo de clones comerciais.Para o prximo ano, j foram definidas
algumas atividades do programa. Em janeiro,um curso de aplicao do Selegen em genticade espcies arbreas ser ministrado peloProf. Mrio Moraes e destinado a alunos erepresentantes de empresas. Ainda est pre-
vista uma nova troca de material com o INTA,
sendo que o IPEF ir ceder as prognies deEucalyptus saligna, e o INTA passar a compora rede experimental do PCPN, havendopossibilidades de que o IPEF receba E. dunni,
E. globuluse E. viminalis, da Argentina. Almdisso, foi proposta uma viagem internacional atrs empresas do Uruguai (Forestal Oriental,Montes Del Plata e Mundial Forestaciones) e
ao prprio INTA, na Argentina.As linhas de trabalho que iro compor o
PCMFagradaram professores e represen-tantes de empresas florestais. Enfatizandoo papel dos programas de melhoramentona prpria evoluo do setor florestalbrasileiro, o Prof. Edson Mori, da Unesp,afirma que os programas de melhoramentogentico tm papel primordial porque atra-
vs dos clones mais adaptveis e de melhorqualidade que os plantios de eucalipto tmsido estruturados, elevando a nossa cultura
como a mais produtiva do mundo. EduardoHenriques, da ArcelorMittal BioEnergia,destaca o resgate e a importao dematerial proposta pelo programa: A inicia-tiva veio de encontro tendncia de que asempresas busquem a qualidade dos materiaise sua variabilidade gentica. Nas dcadasde 60 e 70, as importaes tinham foco na
introduo de novas espcies. Hoje, nosso foco a qualidade da madeira e a retomada das
pesquisas com os materiais j implantados,diz. O Prof. Rinaldo Csar de Paula, daUnesp, tambm aposta no efeito positivoda criao do PCMF: Com a unio dessesquatro programas, a tendncia alinhavar
melhor e alcanar o amadurecimento de seusobjetivos comuns, finaliza.
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Seminrios Tcnicos do PCCF discutem processos dederrogao e aspectos sociais da certificao florestal
Nos ltimos dias 02 e 03 de dezembro,o Programa Cooperativo de Certifi-cao Florestal (PCCF)promoveu doisseminrios tcnicos, com o intuito dediscutir os avanos em pesquisas para ocumprimento das condicionantes no usode pesticidas no recomendados pelo FSC,bem como avanar na integrao entreas empresas florestais e os movimentossociais. O encontro aconteceu na Sala daCongregao da Faculdade de Economia eAdministrao da USP, em So Paulo.
O primeiro dos seminrios foi coman-dado pela empresa de consultoria EquilbrioProteo Florestal, que vem desenvolvendo,juntamente com o PCCF, um estudo para o
tratamento das condicionantes nos proces-sos de derrogao junto ao FSC Internacio-nal. O engenheiro florestal Jos Luiz da SilvaMaia, do Comit Tcnico Administrativo doPCCF, realizou a abertura do encontro,ao lado do Dr. Alberto Jorge Laranjeiro, daEquilbrio Proteo Florestal.
Foram discutidas as condicionantesimpostas pelo FSC em relao aos pesti-cidas aprovados para uso no controle depragas-alvo, como as formigas cortadeirase os cupins, entre eles a sulfluramida, a del-tametrina (em p), fenitrothion e fipronil.Com uso liberado para os prximos cincoanos, a sugesto do FSC que aps esseperodo o pesticida seja substitudo porprodutos alternativos. Foram apresentadosos mtodos utilizados para o controle dasformigas cortadeiras e as dificuldades parase chegar a novos ingredientes ativos menosagressivos que sejam de fato eficazes,aspectos que j esto em experimentaoem colnias de laboratrio e no campo.Nesse sentido, apresentaram consideraesos professores Dr. Luiz Carlos Forti, do
Laboratrio de Insetos Sociais-Pragas,da Faculdade de Cincias Agronmicasda Unesp/Botucatu, e Dr. Odair CorreaBueno, do Centro de Estudos de InsetosSociais da Unesp/Rio Claro, que apresentoumtodos alternativos por meio de produtosnaturais, mas que resultaram em baixondice de resultados.
O fato de essa condicionante esbarrarno prazo imposto foi abordado, no s pelo
tempo que demanda o desenvolvimento denovas iscas formicidas, mas tambm no quese refere ao processo de registro. Edson
Dias da Silva, da Associao Brasileira dasEmpresas Fabricantes de Iscas Inseticidas(Abraisca), falou sobre os prazos que regemo aspecto legislativo para a aprovao deum novo produto. Os processos so longos,desde a identificao de um possvel produtoalternativo at o registro perante a legislao,
e podem exceder os cinco anos propostos peloFSC, explica Luciana Rocha Antunes, co-ordenadora tcnica do PCCF. Ainda nessa
linha, Daniela Andrade Neves apresentoua experincia da Veracel, que foi a primeiraempresa brasileira a obter a aprovao daderrogao da sulfluramida, em 2008.
Representando a Equilbrio ProteoFlorestal, a Dra. Rosana Sambugaro apre-sentou concluses prvias no que se referes alternativas recomendadas pelos FSCpara o combate s pragas. Ela exps umlevantamento bibliogrfico em termos depesquisas nacionais nesse sentido. O Dr.Alberto Laranjeiro falou sobre as estratgiasde monitoramento para o combate sformigas e cupins, avaliando sua eficinciafrente s condicionantes apresentadaspelo FSC. Em carter de plano de ao, aEquilbrio apresentar ao PCCFrelatriofinal para o tratamento das condicionantes,documento que conter as pesquisasrealizadas quanto a novos produtos para ocombate s pragas e ser encaminhado sempresas associadas ao programa.
Mais de 40 pessoas participaram dasdiscusses relativas s condicionantes, entreempresas associadas ao PCCF, fabricantes defertilizantes, certificadoras e pesquisadoresna rea de controle de pragas e doenas.
ComunidadesA equipe do PENSA/USP, organizao
da Universidade de So Paulo que promove
estudos sobre o agronegcio brasileiro,comandou outra vertente dos seminriosdo PCCF, que abrangeu o aspecto social dacertificao florestal com foco no relaciona-mento entre empresas e comunidades do seuentorno. O encontro foi iniciado no dia 02 ese estendeu para o dia 03 de dezembro.
A abertura foi realizada pelos engenhei-ros florestais Jos Luiz da Silva Maia e JooCarlos Augusti, ambos do Comit TcnicoAdministrativo do PCCF. O professor Dr.Dcio Zylbersztajn, do PENSA, falou sobrea relao entre o agronegcio e os movi-
mentos sociais no Brasil, com vistas suaarticulao. Em um segundo momento, eleabordou a necessidade de que as empresassigam um modelo de governana que priori-ze a responsabilidade socioambiental.
Os resultados do trabalho da equipe doPENSA foram apresentados pelo professorDr. Samuel Giordano, que apontou pontospositivos e negativos encontrados nasempresas florestais visitadas, com base nosprincpios FSC. Em seguida, os represen-tantes das empresas foram convidados ase dividir em grupos de discusso, a fim deapontar os principais pontos que julgam dedifcil cumprimento frente a uma possvelaprovao dos critrios FSC em revisoatualmente. O resultado desse debate foiapresentado em plenria, momento bastan-te rico no sentido de identificar as principaisbarreiras enfrentadas pelas empresas.
No segundo dia do evento, os repre-sentantes das empresas associadas aoPCCFdividiram entre si as aes sociaisj postas em prtica, dificuldades e resul-tados alcanados. Novamente em carterparticipativo, o PENSA solicitou que osparticipantes apontassem aes potenciaisa serem desenvolvidas pelas empresas paraotimizar a relao com as comunidades.Com base nisso, apresentou alternativaspara os temas levantados, entre eles direitoscostumrios das comunidades locais, con-verso de florestas e critrios de florestasde alto valor de conservao. Levantou-se,inclusive, a possibilidade de articular aesconjuntas entre empresas da mesma regiode atuao. Essa plenria acabou sendoconclusiva para os dois dias de seminrios, jque, alm da vertente social, outros aspectosda reviso dos princpios FSC foram discutidos
nesse momento, finaliza Luciana.
O seminrio comandado pelo PENSAcontou com a participao de cerca de 30
pessoas e foi restrito aos representantes das
empresas do setor florestal. Os resultados do
estudo realizado tambm sero compilados e
encaminhados s empresas atravs do PCCF.
Palestra do Prof. Luiz Carlos Forti, durante o Seminrio
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PTSM vai Austrlia e Nova Zelndia comfoco nas operaes de manejo dos pases
Com o propsito de proporcionar o
intercmbio de informaes entre em-
presas florestais e institutos de pesquisa,
o Programa Temtico de Silvicultura
e Manejo (PTSM) realizou uma visita
tcnico-cientfica ao setor de produo flo-
restal da Austrlia e Nova Zelndia, entre os
dias 18 de novembro e 03 de dezembro.
Nas regies de Coffs Harbour, noestado de New South Wales, e no interiordo estado de Victoria, o grupo teve a opor-tunidade de observar reas de ocorrncianatural de espcies de eucalipto utilizadascomercialmente no Brasil, como Eucalyptusglobulus, E. grandis, E. nitens, E. pilularis,E. microcorys. E. regnans, E. oblique, E.tereticornis, E. camaldulensis e Corymbiavariegata, entre outros.
Entretanto, o principal intuito da via-gem foi proporcionar aos participantes ocontato com reas florestais de empresas einstitutos australianos, a fim de identificar osmtodos de implantao e reforma florestalutilizados (produo de mudas, preparo desolo, manejo de resduos, plantio, controlede plantas daninhas, pragas e doenas, ecolheita) de Eucalyptus globulus e Pinus
radiata, bem como as formas de manejo dospovoamentos naturais de eucalipto.Nesse sentido, o grupo visitou o Tri-
ngulo Verde Australiano, localizado entreas cidades de Melbourne e Adelaide, umadas principais regies florestais da Austrlia,que possui cerca de 300 mil hectares deplantaes (60% de pinus e 40% de euca-lipto) estabelecidas em meados de 1900. Naregio, se localizam as principais empresasde base florestal australiana, nos setores depapel e celulose, madeira serrada, madeiratratada, painis e cavacos. As empresas visi-tadas foram: Hancock Victorian Plantations,maior companhia privada de silvicultura
do pas; Australian Bluegum Plantations;Elders Forestry Limited; Forestry SouthAustralia; Midway Wood Products; Sou-th West Fibre Pty Ltd.; Green TriangleForest Products; entre outras.
Alm dos mtodos de implantao ereforma, o grupo teve a oportunidade dediscutir estratgias de mercado e exporta-o dos produtos florestais, com destaquepara o cavaco, bem como as polticas dogoverno de incentivo cultura do eucalipto
e pinus. O campus da Universidade de Mel-bourne em Creswick tambm foi visitado,sendo possvel conhecer o DepartamentoFlorestal e de Ecofisiologia e a torre de fluxode carbono instalada no local.
Alguns programas de pesquisa e desen-
volvimento estruturados puderam ser conhe-
cidos pelo grupo na passagem por institutos
da regio de Mount Gambier, entre eles
Victorian Department of Primary Industries;
Primary Industry Resources South Austrlia
(PIRSA), rgo governamental que promove
programas de desenvolvimento econmico
para indstrias florestais; e Southern Tree
Breeding Association, rgo nacional que
desenvolve pesquisas em melhoramento
gentico para P. radiatae E. globulus.
O percurso na regio de Coffs Harbour
foi orientado pelo botnico australiano
David Kleinig, pesquisador especializado
em eucalipto. J na regio do Tringulo
Verde, o grupo foi acompanhado pelos
professores Tom Baker e John Collopy, da
Universidade de Melbourne.
A viagem foi encerrada na Nova Zeln-dia, em Auckland, com visita sede da em-
presa de consultoria Pyry. Os engenheirosMarcos Wichert e Brian Johnson realizaramuma palestra sobre as perspectivas edesafios do setor florestal neozolands. Nosegundo dia, houve uma visita a um plantiode P. radiatana Floresta de Maramarua,pertencente empresa Rayonier.
Mario de Freitas Grassi, coordenador
de silvicultura da Fibria em Capo Bonito,
destacou o aspecto histrico da viagem,
uma vez que as florestas visitadas foram
a base para o grande salto da silvicultura
brasileira no que se refere cultura do
eucalipto anos atrs. Foi possvel en-
tender o cenrio florestal mundial e suas
movimentaes atravs de uma tica que
no estamos acostumados e compreender a
estratgia usada por diferentes players para
se manterem competitivos, diz.
Participaram da experincia os pro-fissionais das empresas associadas aoPTSMCludio Oriani (Conpacel), MarcoProtti (Duratex), Mario de Freitas Grassie Sebastio Andrade (Fibria), Rodrigo E.Hakamada e Valdemir Brunheroto (Inter-
nacional Paper), Sergio R. P. Bentivenha(Suzano), alm de Joo Carlos T. Mendes,da Esalq, os coordenadores do PTSM JosLeonardo de M. Gonalves e Ana PaulaPulito e os convidados Edgar F. de Luca, doInstituto Florestal de So Paulo e Jos Carlosde Almeida, da JFI Silvicultura.
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Segunda fase do PROBIO avalia efeito residualdo lodo de esgoto em plantaes de eucalipto
Aps 12 anos da aplicao de lodo deesgoto em plantios de Eucalyptus grandisna
Estao Experimental de Cincias Florestaisem Itatinga, a equipe do Programa deBiosslidos em Plantaes Florestais
(PROBIO)vem avaliando o efeito residualdo lodo aplicado. A temtica desta etapaservir de embasamento para a tese doengenheiro florestal Alexandre VicenteFerraz, doutorando em Silvicultura e Ma-nejo Florestal, orientado pelo Prof. FbioPoggiani, do Departamento de CinciasFlorestais da Esalq.
Os estudos doPROBIOvisam encontrar
uma alternativa ecologicamente adequada
para a utilizao do lodo de esgoto como
fertilizante e condicionador do solo com
o intuito de substituir, ao menos em parte,
os fertilizantes minerais, mas assegurando
elevada produtividade da madeira. Aps
constatar que a aplicao de biosslidos em
plantios de eucalipto contribui para acelerar
o crescimento das rvores, o programa
parte para uma segunda fase, que objetiva
a comprovao dos efeitos da aplicao do
lodo em logo prazo. Anlises mostraram que
a melhoria da fertilidade do solo onde havia
sido aplicado o lodo ainda persiste, indicandohaver uma lenta liberao dos nutrientes,
assinala Alexandre Vicente Ferraz.
Para aprofundar esse conhecimento,as reas dos talhes experimentais ondehavia sido aplicado o biosslido em 1998esto sendo reformadas com o plantiode novos talhes constitudos por clonesde eucaliptos, visando comprovar se olodo inicialmente aplicado ainda libera osnutrientes necessrios para incrementar aproduo da biomassa arbrea. A liberao
lenta e gradativa de nutrientes, resultanteda decomposio do lodo de esgoto, pode
reduzir as perdas por lixiviao dos elementos
nutritivos, principalmente do nitrognio e
do potssio, assegurando a manuteno da
fertilidade do solo em longo prazo, explicao Prof. Fbio Poggiani.
Esta segunda fase do PROBIOpretendeavaliar ainda o comportamento dos metaispesados, considerando seu estoque emovimentao no solo e nas plantas dostalhes experimentais, visto que esteselementos estavam presentes em nfimas
concentraes no lodo de esgoto aplicado,sempre obedecendo aos limites estabeleci-dos pelas normas restritivas da Cetesb. Estapesquisa visa tambm avaliar as possveisconsequncias da mudana no uso da terra,considerando a eventual transformao
de uma rea previamente ocupada porplantios de eucaliptos adubados com lodode esgoto, para uma rea com culturas deplantas alimentcias.
Atravs da contnua experimentao,
o PROBIOj estabeleceu um protocolo
para a aplicao do biosslido, em termos
das dosagens adequadas e sua forma de
aplicao. O doutorando explica que a
equipe do programa est procurando apri-
morar essa metodologia, de forma a alcanar
tanta rentabilidade quanto a fertilizao
tradicional, agregando interesse comercial
ao projeto. Porm, a implementao
de um projeto como esse depende de
investimentos em tecnologia por parte dospoderes pblicos para viabilizar a secagem
e o condicionamento do lodo e de um
planejamento adequado para sua distri-
buio nas reas rurais. Exige ainda, por
parte da Cetesb e da Sabesp, um trabalho
bem coordenado para que os resduos
das fbricas da regio metropolitana de
So Paulo no mais sejam despejados no
esgoto. Embora os custos sejam maiores,
no futuro os benefcios sero sentidos pelo
meio ambiente. Portanto, preciso aprimorar
nossa conscincia ecolgica e planejamentoestratgico, destaca Poggiani.
Formatado com foco na produtividade
florestal, o PROBIOtambm busca mitigar
alguns problemas sociais e sanitrios, como o
descarte do lodo despejado em aterros. Visa
tambm atenuar o consumo de fertilizantes
minerais, grande parte proveniente de
jazidas, que so reservas finitas. O programa
tem a proposta chave de tornar a rea urbana
parte integrante do ciclo dos nutrientes na
natureza, contribuindo com o processo de
reciclagem dos resduos orgnicos entre as
cidades e o meio rural, finaliza Alexandre.
PioneirismoIdealizado pelo Prof. Poggiani, jun-
tamente com um grupo de professores
da Esalq e alunos de ps-graduao, o
PROBIO iniciou as pesquisas em 1998
na Estao Experimental de Itatinga,
onde os povoamentos experimentais
com eucaliptos receberam o biosslido
das estaes de tratamento de esgoto da
Sabesp em Barueri, So Miguel e Parque
Novo Mundo. Trata-se de uma iniciativa
pioneira no Brasil, j que o lodo de esgoto
vinha sendo aplicado em alguns casos na
agricultura, mas ainda no havia sinalizao
de seu uso em plantios florestais.
Para se avaliar a produtividade dessesexperimentos ao longo do tempo, foraminstaladas parcelas testemunha, sem qual-quer prtica de adubao, e parcelas que re-
ceberam adubao mineral tradicional, bemcomo com a adio do lodo. Os resultadosmostraram que as parcelas que receberamo lodo apresentaram um crescimento muitomaior em relao s parcelas testemunhae um crescimento equivalente adubaocom fertilizantes minerais.
Em 2003, com o interesse demons-trado pelas empresas florestais do IPEFno programa, montou-se uma redeexperimental em diversas regies doestado de So Paulo, integrada pela
International Paper, Fibria, Suzano eConpacel, alm da Duratex, que implan-tou um experimento com Pinus.
Alm do Prof. Fbio Poggiani e do
doutorando Alexandre Vicente Ferraz,
a equipe do PROBIO atualmente
composta pelo eng. Paulo Henrique M.
da Silva (IPEF); pelos professores da Esalq
Jos Leonardo M. Gonalves (LCF), Elke
Jurandy Bran N. Cardoso (Solos), Maria
Emilia M. Prezotto e pelos estagirios de
graduao Letcia M. Stein, Csar Augusto
M. Negretti, Isabel Deliberali e Lucas
Manzolli. H ainda o apoio do pesquisadorJean Paul Laclau, do Cirad (Frana) e do
engenheiro Rildo Moreira, coordenador da
Estao Experimental de Itatinga. Mais de
15 teses de doutorado j foram concludas
com base nesse projeto.
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PCCF participa da Assembleia FSC Brasil 2010Para marcar a retomada das operaes
do FSC Brasil foi realizada uma Assembleia
Geral Extraordinria, entre os dias 18 e 19 de
novembro, no auditrio do Senac Jabaquara,
em So Paulo. O intuito foi prestar contasdos passivos e organizar as prximas estra-
tgias visando a ampliao do sistema.
Estiveram presentes representantesde empresas florestais associadas ao FSCBrasil, certificadoras e ONGs ambientais.O IPEF participou da assembleia, atravs doPrograma Cooperativo de Certificao
Florestal (PCCF)e de sua coordenadoratcnica, a biloga Luciana Rocha Antunes.
Um painel aberto ao pblico iniciou aassembleia, discutindo o fortalecimentodos movimentos socioambientais no mbitodo selo FSC. Foi o momento de apontarcaminhos para que a participao dessessegmentos no sistema seja maximizada.Comandaram as exposies representantesda Universidade Federal do Maranho,Corporao Financeira Internacional (IFC),Frum Florestal do Sul e Extremo Sul daBahia e WWF-Brasil.
A assembleia seguiu direcionada aos
associados do FSC Brasil, com explanaes
de Roberto Waack, membro do Board FSC,
sobre as perspectivas do rgo a nvel inter-
nacional, e de Estevo Braga, do ConselhoDiretor do FSC Brasil, que retomou as
aes dos ltimos dois anos e falou sobre a
expectativa para o reincio das atividades.
A plenria seguinte foi de prestao de
contas, quando Fabola Zerbini, secretria
executiva do FSC Brasil, falou sobre a regu-
larizao de passivos jurdicos, contbeis e
de projetos. Ela apresentou ainda o Plano de
Ao 2010-2011, que, entre outras coisas,
aponta a promoo do sistema FSC no Brasil e
a articulao das cmaras que o compem.
Na mesma dinmica das assembleias pro-
movidas pelo FSC Internacional, o encontro
tambm props a votao das alteraesestatutrias entre os associados e a eleio
de representantes do Conselho. Os prprios
filiados ao sistema tm poder de deciso sobre
ele. Foi um exerccio novo participar dessa
votao junto aos representantes da Cmara
Econmica, da qual o PCCFfaz parte, ao lado
de suas associadas. Foi a primeira ideia de
como funciona uma assembleia do FSC, embora
em menor escala, e constatei que um sistema
bem democrtico, frisa Luciana Antunes.
As aes do FSC Brasil so deliberadas
pelos membros das Cmaras Ambiental,
Econmica e Social. O Conselho Diretor
formado por trs representantes de cada
cmara. Integram a Cmara Ambiental e o
Conselho Diretor Estevo Braga (WWF-Bra-
sil), Denys Pereira (Imazon) e Marco Lentini
(Instituto Floresta Tropical), este ltimo eleito
na ocasio. Da Cmara Econmica, foram
reconduzidos Jos Mrio Rossi (Produtores
Florestais Certificados na Amaznia) e Ivone
Satsuki Namikawa (Klabin), sendo que o
mandato de Joo Augusti (Fibria) continua em
vigor. Os representantes da Cmara Social
no Conselho Diretor so Manuel Amaral(Instituto Internacional de Educao do
Brasil) e Rubens Gomes (Grupo de Trabalho
Amaznico), que agora contaro com Maria
Jos Albuquerque (Centro dos Trabalhadores
da Amaznia), eleita durante o encontro.
A votao abrangeu ainda o Conselho
Fiscal, j formado por Marina Carlini (Su-
zano) e elegendo-se Marcos Fernandes da
Costa (Instituto Eco-Solidrio); e o Comit
de Resoluo de Conflitos, que ser integra-
do por Flvio Guiera (Precious Wood), eleito
na assembleia, e Rubens dos Santos Cardoso
(Sintrexbem) e Mario Mantovani (SOS Mata
Atlntica), que j ocupavam o cargo.Andr Giacini de Freitas, diretor do FSCIC, e Maurcio Voivodic, do Imaflora, encer-raram o evento, expondo sobre o acordo decooperao entre as governanas nacionale internacional, e sobre a realizao da As-sembleia FSC Internacional 2011. Voivodicenfatizou a importncia da participao noencontro para o fortalecimento do aspectodemocrtico do rgo.
DilogoUm dos objetivos da Assembleia FSC
Brasil 2010 foi promover o encontro de seus
associados a fim de consolidar interesses
comuns e planejar aes. Luciana Antunes
destaca que o recomeo das atividades da
organizao contribui bastante para os tra-
balhos do IPEF em termos de certificao.
O PCCFtem uma relao bastante estreita
com o FSC Brasil e esse dilogo importante,
j que o programa articula e representa as em-
presas associadas junto ao FSC Internacional.
Essa retomada do FSC Brasil fundamental
para que as necessidades sejam sanadas de
forma muito mais rpida, diz.O Conselho Brasileiro de Manejo Flo-
restal FSC Brasil uma iniciativa nacionalque promove o manejo sustentvel dasflorestas brasileiras conforme os Princpiose Critrios do Forest Stewardship Council FSC Internacional. Aps um perodo deinatividade, o FSC Brasil retomou as opera-es, com a contratao da nova secretriaexecutiva, Fabola Zerbini, em agosto.
Flagrante de biodiversidade na Duratex
O pesquisador Fbio Maffei ficou em
segundo lugar na 6 edio do Concurso
SOS Mata Atlntica de Fotografia 2010,
na categoria amador, com a foto de trs
filhotes de Jacar-do-papo-amarelo
(Caiman latirostris). O registro ocorreu
no perodo de estudo do pesquisador
na Fazenda Rio Claro, unidade da Du-
ratex em Lenis Paulista, local em que
desenvolveu seu projeto de mestrado.
Na poca, Maffei era estudante de ps-
graduao da Unesp/Botucatu.Estudos como este tem permitidoconstatar bons ndices de biodiversidade einferir sobre a boa qualidade do manejo deplantaes florestais, j que a presena defilhotes demonstra um ambiente favorvelpara a reproduo da espcie.
Foto que garantiu o 2 lugar no Concurso SOS Mata Atlntica
de Fotografa 2010 mostra Jacar-do-papo-amarelo
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rea (ha) infestada por pragas em plantaesde eucalipto no Brasil e Uruguai em 2010
rea (ha) infestada por doenas em plantaesde eucalipto no Brasil e Uruguai em 2010
16 Reunio do PROTEF discute pragase doenas de regies subtropicais
A Stora Enso Florestal, em Alegrete,
RS, recebeu a 16 Reunio Tcnica do
Programa de Proteo Florestal
(PROTEF), realizada nos dias 09 e 10 de
novembro. As apresentaes realizadas
pelos palestrantes, de vrias instituies de
pesquisas e empresas florestais, foram fo-
cadas nas estratgias de manejo de pragas
e doenas em regies subtropicais.
Entre os assuntos discutidos durante a
reunio estavam a dinmica populacional
do psildeo-de-conha e de seu parasitide
em florestas de Eucalyptus camaldulensis,
doenas da Accia negra, biotecnologia
do percevejo-bronzeado em diferentes
temperaturas e espcies de eucalipto, inte-rao parasitide - lagartas em plantaes
florestais de eucalipto, entre outros.
Uma visita de campo em reas da Stora
Enso encerrou a reunio. Engenheiros da
empresa apresentaram o sistema de manejo
para pragas e doenas de eucalipto utilizado
atualmente, assim como estratgias futuras,
utilizando o monitoramento como chave
principal do manejo. Tambm ocorreu a
demonstrao do equipamento Pulsfog,
pulverizador terrestre de UBV desenvolvi-
do pela empresa Agrofog para o controle
de pragas foliares.
Mais de 60 pessoas participaram, entre
representantes de empresas florestais, pro-
fessores, pesquisadores e estudantes. Treze
empresas associadas ao IPEF prestigiaram o
evento, alm de outras 13 do setor agroflo-
restal, sendo 10 delas patrocinadoras.
Coordenaram a reunio os professores
Carlos Frederico Wilcken e Edson Luiz
Furtado, da FCA/Unesp, e o Eng. Alexandre
Coutinho Vianna Lima, tambm da Unesp.
Wilcken e Lima so coordenadores cientfi-
co e tcnico doPROTEF, respectivamente.Huan Pablo de Souza e Joo Carlos Barri-
chelo, da Stora Enso, tambm estiveram
frente da organizao do evento.
Levantamento
Nas ltimas trs reunies tcnicas do
PROTEF foi realizado um levantamento
das principais pragas e doenas do eucalipto
ocorridas este ano, atravs de questio-
nrios respondidos pelos representantes
das empresas. So dados de mais de 15
empresas florestais brasileiras e uruguaias,
associadas ou no ao IPEF.
No levantamento realizado durante a
16 Reunio, foi possvel detectar a pre-
sena de insetos presentes em florestas de
eucalipto, que at ento no se mostravam
relevantes enquanto praga: os psildeos-de-
ponteiro (Cteranytaina spatulatae Blastop-
sylla ocidentallis), j presentes em mais de
cinco mil hectares de plantios de eucalipto,
principalmente no estado de So Paulo.
Segundo os participantes, este tipo de
levantamento serve para demonstrar que o
setor florestal vem sofrendo grandes ameaascom pragas e doenas florestais, princi-
palmente exticas. Estratgias devem ser
elaboradas para conter a introduo de pragas
e doenas no pas e sua propagao de uma
regio para outra. No que se refere s pragas j
conhecidas, devem ser tomadas medidas emer-
genciais para evitar perdas por esses agentes
danosos, explica Carlos Frederico Wilcken,
coordenador cientfico do PROTEF.
Reunio de Atualizao em Eucaliptocultura chega a 11 edioCumprindo seu objetivo de manter
produtores rurais e tcnicos atualizados
no que se refere s ltimas tendncias do
cultivo do eucalipto e s tcnicas apropria-
das para a implantao de florestas, o IPEF
e o Departamento de Cincias Florestais
da Esalq promoveram a 11 Reunio de
Atualizao em Eucaliptocultura, entre os
dias 09 e 11 de novembro.
O evento foi realizado na Estao Experi-
mental de Itatinga, com o apoio da Eucatex,
que recepcionou os participantes em visita
de campo. Cerca de 30 pessoas estiveram
presentes, entre tcnicos, pequenos produ-
tores e estudantes de engenharia florestal.
No primeiro dia, os painis apresentados
abrangeram os seguintes temas: aspectos
legais da propriedade rural, melhoramento
e produo de sementes e mudas. Os
trabalhos de campo abordaram a colheita
e o beneficiamento de sementes, viveiro
florestal, e houve ainda a apresentao de
20 espcies noArboretumda estao.
Tcnicas de controle de formigas
cortadeiras, preparo do solo, teste de
uso mltiplo do eucalipto, implantao
e manejo florestal foram os assuntos
apresentados no segundo dia do evento,
que tambm contou com demonstraes
em campo dessas operaes e de mtodos
de colheita da madeira.
O engenheiro Rildo Moreira e Mo-
reira, um dos coordenadores do evento,
frisa que a cada ano, busca-se aprimorar
os tpicos abordados na reunio, com foco
na divulgao da atividade de eucaliptocul-
tura e difuso das tecnologias desenvolvidas
pelo IPEF e pela Esalq.
O ltimo dia da reunio foi vivenciado
na Eucatex, em Bofete, SP. A empresa apre-
sentou seu viveiro florestal, o processo de
produo de mudas e as prticas adotadas
no que se refere silvicultura e colheita.
Houve ainda uma apresentao institu-
cional, que englobou a rea de educao
ambiental da empresa.
O evento foi coordenado por Eduardo
Bernardo e Elo Cabrera Mendes, da
Eucatex, pelo Prof. Fernando Seixas, do
LCF, e pelos engenheiros Rildo Moreira e
Moreira e Joo Carlos Teixeira Mendes, da
Estao de Itatinga. Elaine Cristina da Silva
Casonato e Lourival Fermiano, ambos da
estao, trabalharam na organizao.
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IPEF Notcias - Novembro/Dezembro de 2010
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Estudo apresenta alternativa para conservaode fragmentos em plantaes florestais
Os chamados fragmentos florestais
so remanescentes de florestas nativas
espalhados na paisagem constituda quase
sempre por extensas reas ocupadas por
monoculturas que, ao longo do tempo,
foram tomando o lugar da vegetao
primitiva. Muito importantes do ponto
de vista ambiental, essas reas so rema-
nescentes da vida silvestre, empobrecidas
pela degradao e com tendncia ao
desaparecimento, mas passveis de serem
recuperadas, pelo menos parcialmente. Es-
ses fragmentos esto sujeitos aos chamados
efeitos de borda, ou seja, as rvores que se
localizam nas extremidades, e que antes
do desmatamento pertenciam ao interiorda floresta, passam a sofrer com os efeitos
da luz, do vento e dos danos causados pela
colheita mecanizada. Este processo ocorre
periodicamente no seu entorno, o que
ameaa a conservao do fragmento, que
tende a desaparecer.
Um estudo desenvolvido por pesquisa-
dores da Esalq e do Instituto Florestal de
So Paulo, em parceria com a Fibria, aponta
uma soluo que pode atenuar o efeito de
borda, atravs da manuteno ao redor do
fragmento de trs fileiras de eucalipto, quefuncionam como proteo. Circundado pela
eucaliptocultura, o fragmento de 93 hectares
existente na rea da Fazenda Santa Ins,
pertencente Fibria, em Capo Bonito, foi
preparado para o experimento, de modo
a possibilitar um estudo comparativo. Por
ocasio da colheita florestal, foram cons-
titudos dois tratamentos. No primeiro,
foram cortados todos os eucaliptos do
plantio comercial at a borda do fragmento,
deixando-a exposta ao longo de um trecho de
300 metros. No segundo tratamento, foram
mantidas trs linhas de eucaliptos ao longo da
borda do fragmento em outros 300 metros,
constituindo a barreira de proteo.
Durante dois anos, a equipe mediu as mo-
dificaes microclimticas, que se referem
luminosidade, temperatura e umidade relati-
va do ar. Os resultados mostraram que as trs
linhas de eucalipto efetivamente reduziram
em 35% a luminosidade que incide sobre
o solo na borda do fragmento, abaixando a
temperatura e elevando a umidade relativado local. Tambm foram drasticamente
reduzidos os impactos mecnicos sobre
as rvores nativas da borda causados pela
movimentao das mquinas que processam
a colheita da madeira dos eucaliptos. Outro
aspecto positivo foi o surgimento de mudas
de espcies nativas na borda do fragmento,
condio favorecida pela presena da barreira
de eucaliptos, que em virtude do sombrea-
mento produzido possibilitou a germinao e o
crescimento de numerosas mudas de espcies
nativas, explica o Prof. Fbio Poggiani, queintegrou a equipe do projeto.
Poggiani destaca ainda que a barreira de
eucaliptos poderia ser uma alternativa ainda
mais efetiva para a conservao de fragmen-
tos florestais imersos em paisagem onde
predomina o cultivo de cana-de-acar, j
que o processo de colheita desta cultura
ainda mais agressivo, principalmente devido
ao efeito deletrio das queimadas sobre
a vegetao da borda do fragmento. Em
razo disso, inmeras rvores e a prpria
vegetao do sub-bosque sofrem danos
irreparveis, sendo que a abertura do dossel
provoca o aquecimento do solo, bem como
forte reduo da umidade, o que impede a
sobrevivncias das mudas.
As concluses desse experimento foram
compiladas no artigo Eficcia de barreira
de eucaliptos na conteno do efeito de
borda em fragmento de floresta subtropical
no estado de So Paulo, publicado na
edio n 86 da Revista Scientia Forestalis,
do IPEF, que pode ser acessada no ende-reo http://www.ipef.br/publicacoes/
scientia/nr86.asp.
O projeto foi desenvolvido como disser-
tao de mestrado do aluno do Programa de
Ps-Graduao Interunidades em Ecologia
Aplicada da Esalq-Cena, Mrcio Irias do
Nascimento, orientado pelo professor
Fbio Poggiani, do Departamento de Ci-
ncias Florestais (LCF/Esalq). Teve tambm
a colaborao dos pesquisadores Giselda
Durigan (Instituto Florestal do Estado de
So Paulo), Antnio Francisco Iemma,(professor titular aposentado da Esalq) e
Demstenes Ferreira da Silva Filho (LCF/
Esalq). Um grande incentivo foi dado pela
Dra. Maria Jos de Brito Zakia, na poca
consultora socioambiental da VCP, que
proporcionou o apoio logstico necessrio
para a execuo das atividades de campo.
Fragmento forestal sem barreira ( esquerda) e com barreira ( direita), na Fibria - Unidade Capo Bonito.
Fauna no IPEF MA em dezembro de 2010
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IPEF Notcias - Novembro/Dezembro de 2010
Notcias
Publicao do Instituto
de Pesquisas e Estudos
Florestais IPEF,
em parceria com o
Departamento de Cincias
Florestais da Escola Superior
de Agricultura Luiz de
Queiroz.
Instituto de Pesquisas eEstudos Florestais - IPEFPresidente
Armando Jos Storni SantiagoVice-Presidente
Germano Aguiar VieiraDiretor Executivo
Luiz Ernesto George BarricheloVice-Diretor Executivo
Walter de Paula Lima
Departamento de
Cincias FlorestaisChefe
Jos Leonardo de Moraes Gonalves
Vice-Chefe
Paulo Yoshio Kageyama
IPEF NotciasCoordenao
Luiz Ernesto George BarricheloDiagramao e Projeto Grfco
Luiz Erivelto de Oliveira JniorEstagiria de Jornalismo
ngela Cndida Pereira da Silva
ContatosCaixa Postal 530 - CEP 13400-970Piracicaba, SP, BrasilFone: +55 (19) 2105-8672Fax: +55 (19) 2105-8666E-mail: [email protected]/publicacoes/
Tiragem:4000 exemplaresGrfca: Editora Riopedrense
Distribuio gratuita.Reproduo permitida desde que
citada a fonte.
Fim de ano... hora de balano.
No linguajar popular, o IPEF encerra o ano de 2010 com chave de ouro: realidades
so renovadas, outras so substitudas. A exemplo de um ser vivo, refora os pontos
positivos e procura corrigir os pontos negativos.
A razo maior de ser do IPEF, temos repetido exausto, so os programas
cooperativos, atualmente em nmero de 14, sendo que dois foram lanados em 2010.
Encerram o ano com resultados desde excelentes at razoveis. Para 2011 alguns sero
desativados, como por exemplo, o de Parcelas Gmeas. Outros sero continuados
sob nova roupagem como o BEPP (Programa de Produtividade Potencial de Eucalyptus
no Brasil) que se transmuta no TECHS (Programa Tolerncia de EucalyptusClonais
aos Estresses Hdrico e Trmico). Outros, ainda, se renem em torno de um novo,
denominado Programa Cooperativo de Melhoramento Florestal. Pela diversidade dos
temas, amplitude dos enfoques e objetivos, todas as 24 associadas esto envolvidas,
umas mais outras menos, alm de algumas no-associadas especialmente convidadas.
Alm das tradicionais metas alcanadas pelos programas cooperativos, neste ano foram
promovidas duas viagens tcnicas internacionais, ambas com excelente adeso deassociadas, conforme j divulgado por este IPEF Notcias.
O quadro associativo passou para 24 com a admisso de duas novas empresas: Montes
del Plata (Uruguai) e CMPC-Celulose Riograndense. A contribuio das associadas
para com este peridico tem sido crescente ocupando praticamente 50 por cento das
pginas das diferentes edies. Com isso fica claro que o IPEF deve ser, cada vez mais,
de um lado visto como gerenciador e catalisador de pesquisas, e, por outro lado, como
a somatria de suas associadas.
Voltando ao linguajar popular, outra expresso comumente usada jias da coroa.
Sem dvida alguma e sem demrito a outras aes, destacam-se o IPEF 2020, a
Unidade Monte Alegre e o PPGF.
IPEF 2020 a sigla do Programa Estratgico para a Dcada de 2010-2020 lanadono incio do ano e que est norteando as aes do IPEF dentro de sete objetivos,a saber: Contribuir para a evoluo e sustentabilidade da produo das florestasplantadas; Contribuir para o planejamento sustentvel da expanso das florestasplantadas; Fortalecer a utilizao dos conceitos e indicadores scio-ambientais nasflorestas plantadas; Gerar conhecimento sobre florestas plantadas e seus produtospara usos especficos e mltiplos; Transferir tecnologia florestal apropriada aoprodutor rural; Expandir o conhecimento da Instituio por meio da realizao deparcerias com outras organizaes; e Contribuir para a melhoria da capacitao dosprofissionais que atual na rea florestal.
A Unidade Monte Alegre representa as novas instalaes do Setor de Sementes e
Mudas que permitir a expanso da disponibilidade de sementes de eucalipto e deessncias nativas. O viveiro de mudas de eucalipto, em incio de funcionamento,concentra seus trabalhos na produo dos denominados baby-clones, ou seja,estacas enraizadas e comercializadas com 40 a 60 dias. Os principais clientes so,prioritariamente, viveiros de tradicionais compradores de sementes que migrarampara a produo de mudas clonais.
PPGF significa Programa de Preparao de Gestores Florestais e a mais importante
traduo do Objetivo Estratgico 7 do IPEF quando se preocupa com a capacitao
do recurso humano envolvido na atividade florestal. A proposta bsica do Programa
aproximar engenheiros florestais recm-formados de professores, pesquisadores
e profissionais com grande experincia que atuam em empresas do setor florestal.
Apoiado por 12 empresas florestais e oferecido para 20 engenheiros formados neste
ano de 2010 e provenientes de 9 escolas de Engenharia Florestal do Brasil tem seu incioprogramado para o dia 17 de janeiro devendo se estender at o dia 3 de maro de 2011.
Na oportunidade sero inauguradas as novas instalaes da Unidade Monte Alegre.
Luiz Ernesto George Barrichelo
Diretor Executivo
EXPEDIENTE
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