Download - INTRODUÇÃO Justificação do tema parte... · 2020. 6. 12. · desgraça da família, malcriado, preguiçoso, etc.” (p.180). Barkley & Murphy (2006) apresentam algumas das características

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INTRODUCcedilAtildeO

Justificaccedilatildeo do tema

A presente dissertaccedilatildeo de mestrado foi realizada no acircmbito do mestrado em

Ciecircncias da Educaccedilatildeo realizado na Faculdade de Ciecircncias Sociais e Humanas da

Universidade Nova de Lisboa

O tema escolhido para esta dissertaccedilatildeo ndash ldquoImportacircncia da formaccedilatildeo de professores

como estrateacutegia de intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA ndash deve-se a temas

relacionados com as disciplinas de psicologia inseridas no plano curricular de mestrado e

agrave aacuterea em que estou inserida profissionalmente A questatildeo de partida - ldquoQuais os

conhecimentos dos professores e as suas praacuteticas escolares relativamente ao desempenho

acadeacutemico dos alunos com PHDArdquo ndash foi determinante para o sucesso da investigaccedilatildeo

qualitativa e para a delimitaccedilatildeo de uma aacuterea de interesse especiacutefica considerada essencial

no interior de um campo mais ou menos complexo o qual no entanto permitiria outras

delimitaccedilotildees de pesquisa Eacute importante que a pergunta de investigaccedilatildeo esteja definida

contando com uma abertura a novos resultados (Flick 2005)

A pertinecircncia do estudo deve-se sobretudo agrave resposta dada agrave pergunta de partida

e consequentemente agrave verificaccedilatildeo de necessidade de formaccedilatildeo de professores na agraverea

das Necessidades Educativas Especiais (NEE) especificamente na PHDA O objetivo eacute

contribuir para o melhoramento das suas particularidades enquanto profissionais na aacuterea

da educaccedilatildeo e intervenientes diretos no processo de aprendizagem desses alunos atraveacutes

de uma proposta de programa de formaccedilatildeo para professores que seraacute clarificado e

desenvolvido no enquadramento teoacuterico do estudo

Objetivos do estudo

O estudo pretende alcanccedilar conhecimentos acerca das praacuteticas escolares dos

professores relativamente aos alunos com PHDA em contexto de sala de aula Ou seja

perceber se os docentes conseguem identificar alunos com dificuldades de

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais construir

desenvolver e utilizar materiais educativos com os seus alunos com dificuldades de

aprendizagem organizar o plano de aula e as atividades baseadas em praacuteticas inclusivas

2

avaliar o progresso do aluno com dificuldades de aprendizagem eou com

comportamentos desafiantes promover relaccedilotildees positivas entre os pares

Sendo assim tenciona-se que atraveacutes do estudo a capacidade de anaacutelise dos

professores sobre as especificidades dos jovens melhore que surjam novas discussotildees

sobre as dificuldades que sentem com esses alunos no processo ensino-aprendizagem e

na devida descriccedilatildeo dos seus comportamentos que se desenvolva a compreensatildeo dos

criteacuterios de diagnoacutestico da informaccedilatildeo referente aos mesmos e da descriccedilatildeo detalhada de

cada aluno com essa perturbaccedilatildeo Assim consegue-se que a classe docente participe

efetivamente no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo na rede de suporte assumindo-

se como agentes facilitadores de aprendizagem Para completamento dos dados sugere-

se um programa de formaccedilatildeo para professores em PHDA

Estrutura do estudo

Este trabalho encontra-se dividido em duas partes fundamentaccedilatildeo teoacuterica e estudo

empiacuterico Na fundamentaccedilatildeo teoacuterica faz-se uma abordagem ao conceito de PHDA aos

seus criteacuterios de diagnoacutestico agraves caracteriacutesticas e aos mitos agrave prevalecircncia e comorbilidade

agrave etiologia agrave intervenccedilatildeo psicoterapecircutica e ao programa de formaccedilatildeo de professores

sugerido Quanto ao estudo empiacuterico apresenta-se o desenho do estudo os participantes

nele envolvidos os instrumentos necessaacuterios agrave recolha e tratamento de dados ndash que foram

devidamente estudados quanto aos recursos existentes ndash e as conclusotildees e recomendaccedilotildees

finais

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1 ENQUADRAMENTO TEOacuteRICO ndash PERTURBACcedilAtildeO DE

HIPERATIVIDADE E DEacuteFICE DE ATENCcedilAtildeO

11 Introduccedilatildeo

O que eacute a PHDA Existe de facto ou eacute a desculpabilizaccedilatildeo dos

comportamentos disruptivos das crianccedilas eou jovens Existem muitas duacutevidas e

diversos mitos acerca dessa perturbaccedilatildeo pois haacute imensos depoimentos

controversos sobre a problemaacutetica referida

Comeccedila-se assim por elaborar uma breve abordagem teoacuterica sobre a PHDA

de maneira a melhor se conhecer as suas caracteriacutesticas causas e formas de

intervenccedilatildeo Uma das principais fontes de referecircncia a ser utilizada seraacute o manual

DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) organizado por

investigadores dos Estados Unidos da Ameacuterica com o propoacutesito de uniformizar

os criteacuterios de diagnoacutestico das perturbaccedilotildees mentais Existem jaacute vaacuterias revisotildees

do mesmo sendo as mais atuais o DSM-IV-TR e o DSM-V que seratildeo utilizadas

no corpo deste trabalho

12 Conceito de PHDA

Segundo o DSM-V (2014) a PHDA insere-se na categoria das Perturbaccedilotildees

do Neurodesenvolvimento Esta eacute uma mudanccedila relativamente ao DSM-IV-TR

(2002) uma vez que foi extinta a seccedilatildeo que incluiacutea as perturbaccedilotildees que aparecem

habitualmente na primeira e segunda infacircncia ou na adolescecircncia Esta categoria

define-se por apresentar deacutefices no desenvolvimento normal do indiviacuteduo Estas

manifestam-se muito cedo frequentemente antes da entrada na escolaridade

obrigatoacuteria e apresentam lacunas no funcionamento a niacutevel pessoal social ou

acadeacutemico (DSM-V 2014)

De acordo com Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) pode-se dizer que a PHDA

eacute uma perturbaccedilatildeo de ordem geneacutetica onde estatildeo implicadas diversas alteraccedilotildees

a niacutevel da atenccedilatildeo da impulsividade e da atividade motora que tendem a ser

excessivas provocando um desajuste a niacutevel social

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13 Criteacuterios de Diagnoacutestico de PHDA

Os criteacuterios de diagnoacutestico baseados no DSM-IV-TR (2002) focam-se em

ambos os sintomas quer de falta de atenccedilatildeo quer de hiperatividade-

impulsividade Tomam em atenccedilatildeo a durabilidade dos mesmos e o momento em

que comeccedilam a aparecer os primeiros indiacutecios (no DSM IV-TR devem aparecer

antes dos sete anos de idade e no mais recente DSM-V devem estar presentes antes

dos 12 anos de idade) Outra das alteraccedilotildees realizadas presente no mais recente

manual de diagnoacutestico permite a comorbilidade de PHDA com a Perturbaccedilatildeo do

Espetro do Autismo

Apresenta-se de seguida os criteacuterios de diagnoacutestico com base no DSM-V

(2014)

Criteacuterio A ndash 1) ou 2)

1) Desatenccedilatildeo ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos

durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel de desenvolvimento

e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e

acadeacutemicasocupacionais

(a) com frequecircncia natildeo presta atenccedilatildeo suficiente aos pormenores ou comete erros

por descuido nas tarefas escolares no trabalho ou em outras atividades

(b) com frequecircncia tem dificuldade em manter a atenccedilatildeo em tarefas ou atividades

(c) com frequecircncia parece natildeo ouvir quando lhe falam diretamente

(d) com frequecircncia natildeo segue as instruccedilotildees e natildeo termina os trabalhos escolares

encargos ou deveres no local de trabalho (sem ser por comportamentos de

oposiccedilatildeo ou por incompreensatildeo das instruccedilotildees)

(e) com frequecircncia tem dificuldades em organizar tarefas e atividades

(f) com frequecircncia evita sente repugnacircncia ou estaacute relutante em envolver-se em

tarefas que requeiram um esforccedilo mental mantido (tais como trabalhos escolares

ou de iacutendole administrativa)

(g) com frequecircncia perde objetos necessaacuterios a tarefas ou atividades (por

exemplo brinquedos exerciacutecios escolares laacutepis livros ou ferramentas)

(h) com frequecircncia distrai-se facilmente com estiacutemulos irrelevantes

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(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas

2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas

persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel

de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e

acadeacutemicasocupacionais

(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se

quando estaacute sentado

(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera

que esteja sentado

(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute

inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos

subjetivos de impaciecircncia)

(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a

atividades de oacutecio

(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo

(f) com frequecircncia fala em excesso

(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham

terminado

(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez

(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por

exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)

Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de

atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade

Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por

exemplo escola (ou trabalho) e em casa)

Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo

do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional

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Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de

esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra

perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade

perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou

abstinecircncia de substacircncias)

DSM-V (2014)

Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada

crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde

se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico

(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de

PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes

2004)

Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente

de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)

ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2

natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)

De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela

onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de

hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os

sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade

Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que

duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a

sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)

14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA

Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute

necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante

saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos

interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a

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interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um

indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo

do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros

Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples

a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a

desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)

Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais

presentes nos indiviacuteduos com PHDA

- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de

retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As

consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de

esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de

trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos

- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes

de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo

eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e

tende a diminuir com a idade

- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e

de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que

haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia

Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais

ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a

memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta

funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos

relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)

referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui

para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir

instruccedilotildees planear ou resolver problemas

Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a

desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou

laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado

com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente

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pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas

(DSM-IV-TR 2002)

Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a

sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a

uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que

envolve esta perturbaccedilatildeo

Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada

por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o

aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar

(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker

1992)

15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA

De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de

3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos

de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma

prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5

nas crianccedilas e de 25 na idade adulta

Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com

PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo

Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde

concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda

que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero

de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos

presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece

Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta

contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares

Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas

natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada

O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por

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vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais

de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25

Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais

diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)

A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando

existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de

PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada

eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)

A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo

alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com

PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia

a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados

referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees

e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20

Tiques 11 e Depressatildeo 4

16 Etiologia de PHDA

As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o

fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp

Russel 2006)

Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker

2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley

amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios

elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)

Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA

pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto

prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do

ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)

Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas

educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada

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essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes

2004)

17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA

As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA

requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas

perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica

De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento

humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que

os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados

contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)

ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e

cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo

A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina

vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma

equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)

psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade

Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente

(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo

prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees

sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as

competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade

melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso

prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade

Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em

casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes

(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus

sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles

que com ele convivem

Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que

ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos

periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA

11

para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda

garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma

metodologia de intervenccedilatildeo

A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de

intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial

171 Farmacoloacutegica

A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os

casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar

a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a

frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com

PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais

riscos e efeitos adversos

Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de

alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)

designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor

normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento

farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em

psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)

Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais

conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo

da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de

funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA

Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara

melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas

com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de

reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal

comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)

A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica

intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e

transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo

12

farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras

estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma

diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das

outras intervenccedilotildees

De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica

em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma

forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada

(Pereira amp Fernandes 2001)

172 Cognitivo comportamental

Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema

importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a

outras intervenccedilotildees

A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo

psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes

de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo

comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na

intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)

Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra

- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os

comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a

eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo

comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro

teacutecnico

- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de

aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado

- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e

obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como

desejados

- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento

13

- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos

A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee

- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da

linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a

passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado

- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o

proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da

anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais

como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo

- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de

competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o

objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado

problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas

promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo

- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio

comportamento

- Teacutecnicas de relaxamento

- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo

Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental

aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la

com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta

se justifica

173 Psicossocial

Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos

familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida

da crianccedila do jovem com PHDA

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1731 Contexto familiar

A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que

eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da

PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais

Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos

adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando

praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado

castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer

agrave gravidade do comportamento disruptivo

Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos

positivos nos filhos com PHDA

De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir

diferentes formas

- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre

pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de

comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute

indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas

associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de

rutura matrimonial)

- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte

muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como

uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios

comportamentais dos seus filhos

- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a

partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o

aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais

A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas

das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta

bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo

15

1732 Contexto escolar

A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior

pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas

elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as

limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora

dela

Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria

dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA

Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa

mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel

de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado

pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem

interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)

Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos

professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e

desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de

autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar

Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas

agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo

conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade

(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais

facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que

os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem

Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar

em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados

Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e

natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma

Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode

integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e

cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)

ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais

16

(a) Formaccedilatildeo de professores

Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um

melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o

conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade

para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle

2004 cit por Rodrigues 2008)

(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola

O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de

modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os

professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos

realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo

Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo

sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com

articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos

(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula

Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas

de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir

para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A

melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a

metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA

deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul

amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)

Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar

(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices

de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual

Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa

aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo

acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias

situaccedilotildees escolares que constituem um problema

17

Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de

intervenccedilatildeo se deve centrar

- Modificaccedilatildeo do contexto

Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em

que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta

apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos

nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos

fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo

dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg

calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)

Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)

Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem

implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de

modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar

Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes

estrateacutegias

- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais

- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais

proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com

boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)

- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio

- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente

eou realizar atividades diferentes

- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou

artiacutesticas

No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as

seguintes estrateacutegias

- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do

tempo

- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados

18

- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara

- Dividir eou reduzir as tarefas

- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade

- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo

mental

- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro

dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para

o aluno com PHDA

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos

ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)

- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback

- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha

tempo de realizarterminar as tarefas

- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas

- Estabelecer limites para terminar as tarefas

- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala

- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende

- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa

- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este

se lhe dirige)

- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade

- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro

interativo de filmes diapositivos

- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais

- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a

apresentaccedilatildeo

- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos

- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de

motivaccedilatildeo e de interesse)

19

- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)

- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais

importantes (ideias chave)

- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo

- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)

- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades

- Ler os materiais em voz alta

- Utilizar versotildees reduzidas de textos

- Simplificar vocabulaacuterio do texto

- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos

- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes

de o colocar a realizaacute-lo individualmente

- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve

sobrecarregar o aluno com trabalho extra)

- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula

Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam

teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de

comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de

trocasrdquo o time-out entre outras

A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica

As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais

e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento

desejado utilizando recompensas

- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a

modificar

- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis

para o fim

20

- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia

negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento

- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a

observaccedilatildeo do comportamento

- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo

funcionam

- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois

pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela

ausecircncia de reforccedilo

- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que

as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores

- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico

O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo

a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de

encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica

de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o

aluno e o professor

O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente

a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento

atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o

seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal

O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas

que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por

preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para

recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai

ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto

com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas

fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos

estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento

O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o

reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para

21

ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento

indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja

utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo

considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma

outra resulta)

Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de

sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo

professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que

satildeo

- Aceitar o aluno tal como ele eacute

- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele

- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel

- Estabelecer regrasconsequecircncias claras

- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que

necessaacuterio

- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados

- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco

gravosos)

- Evitar criticar o aluno

- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser

elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)

- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva

- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador

- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento

- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos

de transiccedilatildeo)

- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como

estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo

estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)

22

- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados

- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo

- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade

- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo

Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da

implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas

para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo

Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)

- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a

observar e a registar o seu proacuteprio comportamento

- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu

proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com

tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas

- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar

com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um

controlo dos comportamentos

Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se

consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a

avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados

comportamentos

(d) Ensino Especial

Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem

especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino

multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila

Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do

aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o

maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino

23

Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser

integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-

lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto

escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam

associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e

da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente

Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo

aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo

social

Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho

executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com

o aluno

Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-

modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o

indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a

posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente

Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo

(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual

necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-

se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo

participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica

aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da

Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre

as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com

o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos

de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que

consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo

Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e

intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee

concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade

Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)

no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP

24

determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim

determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e

aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo

no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa

dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia

Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do

SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios

disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o

caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)

As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas

nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas

disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo

e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria

utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois

momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa

outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)

Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo

de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia

nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos

com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)

- Fichas de avaliaccedilatildeo

- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)

- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta

- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal

- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo

- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala

- Testes curtos e com seccedilotildees curtas

- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)

- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta

- Evitar textos extensos

25

- Colocar poucas questotildees por paacutegina

- Numerar todas as paacuteginas e questotildees

- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo

- Tipos de teste

- Respostas por escolha muacuteltipla

- Evitar muitas opccedilotildees

- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)

- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)

- Alinhar verticalmente as respostas

- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical

- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla

- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta

- Respostas por correspondecircncia

- Colocar todos os itens na mesma paacutegina

- Colocar espaccedilo extra entre os itens

- Utilizar pequenos grupos de itens

- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)

- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas

- Dar um exemplo correto

- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo

- Respostas Verdadeiro ou Falso

- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste

- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa

- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a

resposta correta

- Respostas para preencher e espaccedilos

- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)

- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta

- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo

- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero

de vezes que for para usar

26

- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada

- Respostas de desenvolvimento

- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta

mais curta

- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta

- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo

Outras sugestotildees

- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem

alguma dificuldade e natildeo a verbaliza

- Consultar os alunos com PHDA durante o teste

- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste

- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste

- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente

- Fazer o teste em dois dias

- Fazer intervalos durante o teste

- Utilizar reforccedilos positivos

- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc

- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas

- Fornecer um guiatildeo de estudo

- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final

(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais

Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e

trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem

com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os

adultos

27

Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo

diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar

pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade

Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias

sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo

(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos

seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social

sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas

perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento

Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy

Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante

analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a

sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender

o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e

inadequados com outros

Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores

assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em

contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do

desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave

autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs

1998 Fernandes 2007)

- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar

- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo

respeito incentivo)

- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno

- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula

- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo

- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da

sala quando o professor se ausenta)

- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)

28

- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o

aluno sobre esses comportamentos)

- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos

adequados

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos

ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)

- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios

destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser

pela positiva e construtivos (as))

- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais

Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus

alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo

aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees

que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos

18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de

intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA

Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham

acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas

hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e

teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora

do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp

Saragoccedila 2011 p 367)

Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades

desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um

processo de inclusatildeo no grupo turma

Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de

expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio

Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades

29

e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo

por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o

decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental

Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World

Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e

melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias

diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular

Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam

de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem

abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo

e proximidade agraves necessidades dos alunos

O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas

escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA

A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para

- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila

- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no

processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os

preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a

obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)

- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade

do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)

- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo

na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de

aprendizagens (Correia 2010)

Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra

que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir

necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de

74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam

dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado

30

inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste

estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores

- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo

autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas

com dificuldades de aprendizagem

- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no

domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e

emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas

- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de

aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes

- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)

Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem

das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica

no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e

de impulso bem como da autoestima

Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para

professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores

Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades

dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas

educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas

aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular

181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA

Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser

apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em

PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de

grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores

31

relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia

devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora

Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas

na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico

dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de

aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de

processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo

da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada

182 Descriccedilatildeo das sessotildees

Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo

Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)

Objetivos

- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores

- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo

- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo

- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo

- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que

consideram ser elementos importantes a melhorar

Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial

Objetivos da dinacircmica

- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA

32

Estrateacutegias

- Trabalho individual

Procedimentos da dinacircmica

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que

pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem

mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte

de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de

PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu

Fonte Coelho amp Belo (2011)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto

professores

- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias

identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma

33

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los

professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo de grupo

Procedimentos

- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que

reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do

grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia

para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores

- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores

- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e

competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser

vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente

- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que

elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas

- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si

- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si

aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais

voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)

- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam

tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como

referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma

- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo

- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da

informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo

de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar

34

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de

autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma

um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem

a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades

(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou

sozinho neste desafio)

- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser

facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo

pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma

- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo

durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram

inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo

sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis

Sessatildeo 2

Tema PHDA

Objetivos

- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com

PHDA

- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave

compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo

no sistema de ensino

Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

35

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar

Objetivos da dinacircmica

- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de

informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo

eficaz de comunicaccedilatildeo

- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA

Estrateacutegias

- Trabalho a pares

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria

- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para

os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes

e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente

- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha

com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha

em branco e uma caneta

- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo

graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu

par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel

- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer

qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o

emissor

- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher

todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos

36

- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que

cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por

emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar

esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo

Reflexatildeo

- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas

vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes

intervenientes no processo educativo

- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de

domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como

ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute

suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu

proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais

adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de

aprendizagem da crianccedila

Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no

grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes

- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo

Estrateacutegias

37

- Trabalho individual

- Trabalho em pequeno grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que

associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de

fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para

a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo

apresentada (Kohn amp Smith 2010)

- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos

grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa

nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA

- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista

ao grande grupo

- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em

suporte legiacutevel para todo o grupo

- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os

professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a

integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas

seguintes unidades

ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo

suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios

de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)

ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a

possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista

conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e

partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)

38

ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem

caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros

quadros patoloacutegicos)

ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas

da PHDA)

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de

conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute

construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades

de conteuacutedo

- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos

professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator

facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os

conteuacutedos teoacutericos partilhados

Sessatildeo 3

Tema Ser criativo eacute urgente

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias

especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar

Objetivos

- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional

face agrave crianccedila ao jovem com PHDA

- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao

funcionamento do aluno com PHDA

39

Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo

Objetivos da dinacircmica

- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos

- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos

definidos para cada aluno

Estrateacutegias

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)

- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra

o rato

- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta

Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na

pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que

estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu

processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de

manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e

intervenccedilatildeo grupal)

40

- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si

contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na

mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo

Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro

- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de

reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do

professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)

- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias

sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual

a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica

minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo

- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar

nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de

constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno

41

Reflexatildeo

- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um

ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade

de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo

de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma

como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando

a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que

lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e

cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino

aprendizagem

Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo

comportamental em sala de aula

Estrateacutegias

- Role-playing

- Trabalho em grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

42

- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4

elementos de forma aleatoacuteria

- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca

de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a

discussatildeo que neste estaacute a decorrer

- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de

uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)

- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode

partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo

elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode

responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo

Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo

bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados

durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)

- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos

elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente

agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como

o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo

- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as

suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro

adaptativo da estrateacutegia de time-out

Reflexatildeo

- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo

de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos

em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e

na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de

intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo

ativa do aluno na aula

- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta

como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva

43

Sessatildeo 4

Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo

Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organizam-se os professores em pequenos grupos

- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura

e cola

- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre

- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina

que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na

44

largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua

deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre

- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que

teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada

horizontalmente sobre a torre

- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo

como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram

durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo

Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as

superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo

da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo

- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se

comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram

assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da

diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo

integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de

conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA

que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em

estrateacutegias limitativas

Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo

Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo

45

- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem

com PHDA

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo

- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse

balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA

- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os

balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais

cair e tocar no chatildeo

- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve

comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer

relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam

a natildeo poder tocar no chatildeo

- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos

elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se

consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo

- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que

sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram

perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na

tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos

Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos

46

Reflexatildeo

- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo

ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila

eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de

suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e

responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da

partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para

cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta

Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final

Objetivos da dinacircmica

- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da

formaccedilatildeo

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que

pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na

47

organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)

sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave

informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo

183 Siacutentese geral

A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com

professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe

docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid

Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo

dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo

Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo

que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No

entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo

os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas

no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas

complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de

PHDA

48

2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE

INVESTIGACcedilAtildeO

21 Introduccedilatildeo

O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior

de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo

assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de

professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA

Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista

ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de

conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem

ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida

De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta

cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o

investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se

apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos

resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua

5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os

estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim

atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam

que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a

organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes

de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados

permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de

investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre

pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos

com PHDA

22 Desenho do estudo

As etapas do procedimento iniciam-se com

49

- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos

conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso

fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia

suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar

- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos

devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em

fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do

modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)

- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o

problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa

documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no

terreno

23 Participantes

Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino

baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo

masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do

aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse

o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo

entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que

zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem

As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio

estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino

e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por

questionaacuterio

50

24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados

No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de

vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)

decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes

instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo

em causa

Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola

escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso

Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica

de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter

informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa

escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas

educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de

sala de aula

Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-

se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e

anaacutelise textual referente a cada um deles

Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os

respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26

Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que

completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo

para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu

consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula

Codificou-se o observado atraveacutes de SS

Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande

importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2

Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a

confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para

tratamento

241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio

51

Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo

conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto

de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de

administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores

facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a

dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas

face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais

de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio

Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)

os mesmos

Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a

anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes

O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com

34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1

com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49

anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre

os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Geacutenero (ver anexo 17)

No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente

aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo

masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46

questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino

Idade (ver anexo 17)

Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores

com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades

entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de

52

50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros

4 natildeo colocou a idade

26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

(ver anexo 18)

Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de

alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria

natildeo tem alunos com PHDA (54)

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)

Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a

concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores

tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de

subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos

(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades

(17)

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)

Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas

suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica

envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea

21 Se sim quais (ver anexo 18)

Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50

domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e

atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo

53

documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento

dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer

conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo

considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo

parental

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver

anexo 18)

Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos

com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)

Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes

sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros

29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo

tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de

outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas

suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)

De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus

alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das

respostas Sem resposta 4

41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)

Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade

para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo

54

sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias

sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos

alunos com PHDA (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo

com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)

e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo

51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)

A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos

professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo

individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses

alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano

geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos

intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)

Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos

com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11

61 Se sim quais (ver anexo 18)

O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17

o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13

com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm

resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede

auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo

acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do

comportamento dos alunos com PHDA

55

611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)

Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de

maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)

do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta

3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da

equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila

(Selikowitz 2009)

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas

tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes

19 natildeo consideram esse o seu papel educativo

Se sim justifique (ver anexo 18)

Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no

processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente

ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa

participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO

A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

(ver anexo 18)

Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da

formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria

formaccedilatildeo especializada

71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)

56

Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de

ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada

para intervir com alunos com PHDA

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a

praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses

alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA

natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de

resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo

acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo

(Selikowitz 2009)

Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos

departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo

sobre PHDA para professores

27 A Observaccedilatildeo

Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de

partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees

obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as

unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo

de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o

encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)

No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo

em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula

praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse

contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em

conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram

maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se

entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para

completamento do mesmo

57

A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios

alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado

estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma

desatenccedilatildeo (ver anexo 15)

Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados

demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a

dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)

inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a

sua desatenccedilatildeo

28 Outros instrumentos

Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5

alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos

fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com

os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg

psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de

conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar

o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm

desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere

que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros

por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas

anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A

medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns

continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no

controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um

dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os

trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques

29 Limitaccedilotildees

De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente

a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos

58

isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos

26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada

importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias

com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco

Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo

permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo

sistemaacutetico em mais do que um contexto

210 Siacutentese final

Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente

a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com

alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute

de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou

o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que

os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino

baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial

(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo

dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de

identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de

ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE

Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo

Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo

jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios

congressos e seminaacuterios

59

CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES

O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos

professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se

uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios

aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas

informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA

Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam

verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise

No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem

credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da

observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela

2008)

Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores

de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash

fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam

dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior

disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto

o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo

de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de

salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma

tem formaccedilatildeo na aacuterea

No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e

aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim

compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da

investigaccedilatildeo

Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua

incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de

modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas

estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no

60

presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de

formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos

recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas

vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia

nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas

Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais

escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados

conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de

escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo

Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea

da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que

se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos

Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado

61

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65

ANEXOS

66

Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento

67

Exemplo de contrato com aluno com PHDA

Retirado de Correia 2013 p 181

68

Retirado de Beane (2006)

69

Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas

70

CONTRATO DE ETIQUETAS

Recebes uma etiqueta cada vez

que___________________________________________________

No entanto se te comportares

mal em seguida

__________________________________________

Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes

Adaptado de Parker 1994 p 121

71

Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo

72

FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Tel

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Tel

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Ens Secundaacuterio Ano Turma

73

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Aspectos relevantes da histoacuteria escolar

Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram

Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo

Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas

Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas

Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas

Na sala de aula Sim Natildeo

Se assinalou sim indique quais

Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo

Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas

Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo

Se assinalou sim indique qual

Outros

74

2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO

Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios

(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)

Sensoriais Visatildeo

Audiccedilatildeo

Cognitivo

Comunicacional

EmocionalPersonalidade

Motor

Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico

Especificar algum aspecto que considere pertinente

3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho

por referecircncia agrave CIF-CJ 1)

(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Adquirir linguagem adicional

d135 Ensaiar (Repetir)

d137 Adquirir conceitos

75

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

d210 Realizar uma uacutenica tarefa

d220 Realizar tarefas muacuteltiplas

d230 Realizar a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Gerir o proacuteprio comportamento

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual

d345 Escrever mensagens

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo

d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Auto-transferecircncias

d430 Levantar e transportar objectos

d435 Mover objectos com os membros inferiores

d440 Movimentos finos da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

76

d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar as tarefas domeacutesticas

d650 Cuidar dos objectos da casa

d660 Ajudar os outros

d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

___________________

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do

Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do

Porto)

4 FACTORES AMBIENTAIS

Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a

Factores

Constituir barreira ao desempenho

do aluno

Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno

Familiar

Escolar

77

Social

Outros

5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER

6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO

Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo

Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass

Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass

Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass

Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass

7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Proponho

Assinatura

78

II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

1 TOMADA DE DECISAtildeO

a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

Encaminhamento

b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO

Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo

Funccedilotildees do

Corpo

79

Actividades e

Participaccedilatildeo

Factores

Ambientais

Observaccedilotildees

3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO

Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome Cargo

Docente Titular Director de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

80

Encarregado de Educaccedilatildeo Ass

Outros Intervenientes

Ass

Ass

Ass

Ass

81

82

83

Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)

84

85

86

87

88

89

90

Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)

91

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

92

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Professor Titular Director de Turma

Percurso Escolar do Aluno

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo

Docente TitularDiretor de Turma

Docente da Educaccedilatildeo Especial

Psicoacutelogo

Outros intervenientes

93

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

2 Atividade e participaccedilatildeo

3 Fatores ambientais

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas

funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou

uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b110 Funccedilotildees da consciecircncia

b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo

b117 Funccedilotildees intelectuais

b122 Funccedilotildees psicossociais globais

b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade

b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos

b134 Funccedilotildees do sono

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo

b144 Funccedilotildees da memoacuteria

b147 Funccedilotildees psicomotoras

b152 Funccedilotildees emocionais

b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo

b160 Funccedilotildees do pensamento

94

b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior

b167 Funccedilotildees mentais da linguagem

b172 Funccedilotildees do caacutelculo

b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos

complexos

CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA

b310 Funccedilotildees da voz

b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo

b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala

b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo

b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas

CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO

b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das

articulaccedilotildees

b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees

b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular

b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular

b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular

b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores

b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras

involuntaacuterias

b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

voluntaacuterio

b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

involuntaacuterio

b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha

b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do

movimento

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

95

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Desenvolvimento da linguagem

d135 Ensaiar

d137 Adquirir conceitos

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS

d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades

satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)

d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas

d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento

CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem

gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais

d345 Escrever mensagens

96

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de

comunicaccedilatildeo

CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE

d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Autotransferecircncias

d430 Levantar e transportar objetos

d435 Mover objetos com os membros inferiores

d440 Atividades de motricidade fina da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila

CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar o trabalho domeacutestico

d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos

d660 Ajudar os outros

CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

97

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social

e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua

vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com

(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se

a estaacute a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos)

e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria

e120 Para facilitar a mobilidade e o

transporte pessoal

e125 Para a comunicaccedilatildeo

e130 Para a educaccedilatildeo

e135 Para o trabalho

e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto

CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM

e225 Clima

e240 Luz

e250 Som

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310 Famiacutelia proacutexima

e315 Famiacutelia alargada

e320 Amigos

e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e

membros da comunidade

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

e340 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e355 Profissionais de sauacutede

e360 Outros profissionais

CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES

e410 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia proacutexima

e415 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia alargada

98

e420 Atitudes individuais dos amigos

e425 Atitudes individuais de conhecidos

pares colegas e membros da

comunidade

e430 Atitudes individuais de pessoas em

posiccedilatildeo de autoridade

e445 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e450 Atitudes individuais de profissionais de

sauacutede

e455 Atitudes individuais de outros

profissionais

CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS

e515 Relacionados com a arquitetura e a

construccedilatildeo

e540 Relacionados com os transportes

e570 Relacionados com a seguranccedila social

e575 Relacionados com o apoio social geral

e580 Relacionados com a sauacutede

NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados

4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES

5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o

perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo

Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que

expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo

SugestotildeesRecomendaccedilotildees

99

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em

consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos

diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor Cognitivo

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicaci

onal Audiccedilatildeo Visatildeo

6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

b) ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Turma com um projeto curricular adaptado

100

c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA

Especificar

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO

Especificar

g) CURRIacuteCULO

ESPECIacuteFICO

INDIVIDUAL

Desenvolvido em turma do ensino regular

Especificar

Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo

Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do

espectro do autismo

Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)

Especificar

101

(outras informaccedilotildees pertinentes)

7 DOCUMENTOS EM ANEXO

Sim Natildeo

Se sim quais

8 OBSERVACcedilOtildeES

9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

102

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

103

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38 anos

Nome da Matildee Idade 40 anos

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40 anos

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

104

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano 7 Turma F

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel

da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio

do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar

de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em

20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos

relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno

foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm

CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas

Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm

CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo Psicoacuteloga

Docente TitularDiretor de Turma

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo

Psicoacutelogo

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash

leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de

Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral

(ALO) ndash subteste de completamento de frases

105

2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em

contexto de sala de aula (PORT)

3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno

12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees

ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b117

Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades

intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais

cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo

em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a

informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal

visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute

comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao

processamento sequencial

0

b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1

b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e

conhecimento adquirido 1

b152

Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila

ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas

Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e

regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas

Instabilidade emocional

1

106

b156

Funccedilotildees da perceccedilatildeo

Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva

imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras

Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees

espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma

figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com

a sua exatidatildeo

1

b167

Funccedilotildees mentais da linguagem

Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e

compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e

sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras

e de silabas nas palavras ndash Dislexia

Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da

composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash

Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos

acentuada)

2

b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d135 Ensaiar 2

d137 Adquirir conceitos 2

d145 Aprender a escrever 3

d155 Adquirir competecircncias 2

d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2

d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2

d166

Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha

contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de

leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta

movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras

demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no

entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice

na competecircncia leitora

2

107

d170

Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo

escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo

prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste

de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave

data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo

denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os

erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a

confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)

omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel

semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia

esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical

e na sinoniacutemia e antoniacutemia

3

d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1

d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3

d345 Escrever mensagens 3

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d820 Educaccedilatildeo escolar 2

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES

Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e

atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)

se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute

a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3

e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados

de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo

Barreira

Facilitador 2

e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio

na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1

e140

Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto Valoriza as atividades rurais

de cultura e tradiccedilatildeo familiares

mostrando-se ambientado em contextos

maioritariamente campestres

Facilitador 3

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310

Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o

aluno no percurso escolar Dificuldades

na supervisatildeo de rotinas bem como em

educar de forma consistente

Facilitador

Barreira 1

108

e320

Amigos (colegas) Fez transferecircncia da

EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e

todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees

interpessoais do aluno conferem-lhe

grande importacircncia

Facilitador 3

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga

Facilitador 2

13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor

Cognitivo

(atenccedilatildeo perceccedilatildeo

auditiva visual e memoacuteria

de longo prazo)

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicacional

(Receccedilatildeo e receccedilatildeo

da linguagem

escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo

14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute

necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente

de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da

leitura e da escrita

Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez

que o aluno apresenta PHDA tipo misto

109

d)

ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas

disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs

Turma com um projeto curricular adaptado

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com

exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo

suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de

um docente

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar

uma turma sem problemas comportamentais

- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

Outras informaccedilotildees pertinentes

- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno

- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-

aprendizagem

- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo

com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo

ldquoAprender a Aprenderrdquo

- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico

15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Psicoacutelogo Ass

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass

110

Outros intervenientes

Representante NEE Ass

Ass

Ass

16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

111

Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)

112

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

113

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

114

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos

Identificar

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Liacutengua Gestual

Braille

Hidroterapia

Hipoterapia

Fisioterapia

Terapia da Fala

Desporto Adaptado

Terapia Ocupacional

Psicoterapia

Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )

115

Identifique qual ou quais

Apoio Psicoloacutegico

Apoio Social

Outras identifique qual ou quais

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar

Apoio familiar (bolsa ocupacional)

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas

Especificar

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar

Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo

Especificar

Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da

incapacidade

Especificar

116

422

Turma com Projeto Curricular Adaptado

Modalidade de Ensino

Niacutevel de Ensino

43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula

Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia

Dispensa dos limites etaacuterios

Especificar

Adiamento de matriacutecula

Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)

Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)

(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

117

Especificar

Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo

Especificar

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Periodicidade

Duraccedilatildeo

Local de execuccedilatildeo

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Outro Qual

46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual

461

Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Outro Programa (anexar curriacuteculo)

462

Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular

118

A tempo inteiro

A tempo parcial

Especificar

Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado

(UNECA)

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do

autismo

463

Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)

47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais

os materiais)

Para problemas visuais

Para problemas auditivos

Para problemas motores

Outro Qual

Dispositivos de compensaccedilatildeo

Auxiliares oacuteticos

Auxiliares auditivos

119

Equipamento informaacutetico

Cadeira de rodas

Proacuteteses

Outro Qual

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

CIF-CJ

120

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

121

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

122

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo 20152016

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade 13

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38

Nome da Matildee Idade 40

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

123

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas

dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB

na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano

(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou

a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou

retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de

Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto

em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo

sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria

onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute

referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano

letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido

de reavaliaccedilatildeo

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios

de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da

escritadisortografia e disgrafia

Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro

Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado

com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012

124

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO

Funccedilotildees Mentais Globais

i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em

detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do

canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal

e ao processamento sequencial

ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo

Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas

Deficiecircncia moderada

i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo

velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees

e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem

escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e

Disgrafia)

Deficiecircncia ligeira

i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo

ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido

iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e

tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo

emocional adequadas Instabilidade emocional

iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de

pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo

reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos

Dificuldade grave

i Aprender a escrever (d1453)

ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica

(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de

portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de

composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo

4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

125

na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees

(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da

meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia

iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)

iv Escrever mensagens (d3453)

Dificuldade moderada

i Ensaiar (d1352)

ii Adquirir conceitos (d1372)

iii Adquirir competecircncias (d1552)

iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)

v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo

respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento

psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que

evidencia deacutefice na competecircncia leitora

Dificuldade ligeira

i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)

Aacutereas Principais da Vida

Dificuldade moderada

i Educaccedilatildeo escolar (d8202)

FATORES AMBIENTAIS

Produtos e Tecnologia

Fatores de proteccedilatildeo facilitador

i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)

ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura

e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres

(facilitador grave)

iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)

Fatores barreira

i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa

(barreira ligeira)

126

Apoios e Relacionamentos

i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a

ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia

(facilitador grave)

ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)

iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na

supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador

ligeiro)

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos

distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de

tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as

atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA

tipo misto

Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as

disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Identifique qual ou quais

Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo

especial

Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de

competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado

pelo SPO)

127

Apoio Psicoloacutegico

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar Professores titulares das disciplinas

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades

nomeadamente em Inglecircs

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de

questotildees

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral

complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros

ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em

virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem

(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em

detrimento da forma

Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas

128

Local de execuccedilatildeo

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a

supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina

assim o entender

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma

turma sem problemas comportamentais

Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio

Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

Apoio

Individualizado Conselho de Turma X

Horaacuterio da

Turma

Educaccedilatildeo

Especial X

2X45m

(Matemaacutetica

e

Portuguecircs)

SPO X

ldquoAprender

a

Aprenderrdquo

SPO

X Sistemaacutetico

(1ordm Periacuteodo)

129

13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e

motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem

No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja

necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de

educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e

da escrita em contexto fora sala de aula

14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas

classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de

aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa

registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo

avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada

periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com

a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do

ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios

intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada

15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

130

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

131

Assinatura

132

Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo

133

1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees

11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas

parentais inadequadas ____

12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____

13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o

suficiente _____

14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____

15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e

ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____

16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____

17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____

18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo

da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____

2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo

que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento

educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com

diagnoacutestico de PHDA

Obrigada por colaborarem neste desafio

134

Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu

135

Belo S amp Coelho A (2011)

136

Anexo 9 ndash Desenho cego

137

Coelho A amp Belo S (2014)

138

Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato

139

140

Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

141

Para discussatildeo e reflexatildeo

ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais

escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da

borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade

A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer

siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada

Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva

sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material

Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma

tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-

se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora

estatildeo a fazer

No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo

quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo

Antunes (2009)

142

Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio

143

INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO

Geacutenero Masculino Feminino

Idade

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

Sim Natildeo

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA

Sim Natildeo

21 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

Sim Natildeo

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas

praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula

Sim Natildeo

144

41 Se natildeo por que natildeo o faz

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos

com PHDA

Sim Natildeo

Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos

intervenientes no processo educativo do aluno

Sim Natildeo

61 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

611 Maioritariamente quem

Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de

Educaccedilatildeo

Outro Qual ___________________________________________

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem

Sim Natildeo

Se sim justifique

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

Sim Natildeo

71 Se natildeo porquecirc

145

________________________________________________________________

________________________________________________________________

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo

146

147

148

149

Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo

150

151

152

Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno

153

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Portuguecircs

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 15102015

Hora 1415H Tempo letivo 43min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1425H Conversas paralelas deixa cair

coisas no chatildeo vai buscaacute-las

dispersa-se olha para traacutes de

modo sistemaacutetico faz perguntas

aleatoacuterias e descontextualizadas

Aluno sem medicaccedilatildeo

Aluno afirma natildeo ter feito o

TPC

1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes

bem atrasadardquo relativamente a

uma colega no entanto o aluno

tambeacutem estaacute atrasado Natildeo

espera pela sua vez Responde

sem ser chamado estaacute distraiacutedo

nunca sabe qual o exerciacutecio em

que se encontram natildeo

acompanhando os colegas

Faz referecircncia ao seu colega e

amigo Oxiang

1436H Tira a borracha do colega do

lado esquerdo sempre a olhar

para traacutes a mexer com as matildeos

a levantar da cadeira

1440H Natildeo encontra o estojo

Encontra-se sentado de lado na

154

cadeira A professora diz para

ele se endireitar

1444H A professora ajuda o aluno na

realizaccedilatildeo da atividade contudo

ele distrai-se com a borracha

1448H Os colegas fazem perguntas e o

aluno responde (de tipo coacutemico)

e vira-se para traacutes

1450H Fica confuso com o exerciacutecio

iniciado

1452H A professora pergunta se o

aluno jaacute terminou O mesmo diz

que natildeo batendo na mesa

1455H O aluno responde corretamente

quando solicitado

1458H O aluno coloca o gorro na

cabeccedila e diz que vai faltar ao

teste de HIST Em seguida diz

que vai claro e que teraacute uma

nota final positiva Entretanto

sai da sala e regressa apenas

para fechar a mochila Volta a

sair para o intervalo

Professora relembra a data do

teste

Aluno referiu que teve cerca de

60 na nota do uacuteltimo teste de

HIST

155

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Cidadania

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 31052016

Hora 1415H Tempo letivo 44min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo

professor de CID em contexto

de sala de aula de Informaacutetica

Ri e olha agrave volta Professor diz

ldquoS acalma-te ou vou-me

chatearrdquo

Aluno com medicaccedilatildeo

1447H Aluno sempre a mexer o dedo

1448H Aluno muda o comportador

portaacutetil de siacutetio Professor volta

a intervir ldquoS tens 10 minutos

para terminar o trabalhordquo

1449H Fala com a colega do lado

1450H S com os olhos semicerrados

Professor volta a chamar a

atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega

ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida

diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um

trabalho de publicidade

enganosa)

1452H Professor interpela o aluno e o

mesmo faz caretas enquanto diz

156

agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e

dezrdquo Olha para o lado mexe no

cabelo tira a folha da colega e

arregala os olhos (tiques)

1455H Chama a professor e ele

pergunta ldquoO que eacute enganosordquo

A professora responde

1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual

a tua opiniatildeo pessoalrdquo

1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz

que na proacutexima aula teraacute de

apresentar o seu trabalho em

modo de alerta de tempo O

aluno repete (de acordo com o

viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes

tu quando tens fomerdquo Logo em

seguida ldquoQuando tenho fome e

como um chocolate fico mal

dispostordquo ndash enquanto isso

estava a olhar para a professor

de cabeccedila de lado metendo o

laacutepis na boca Professora

responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo

1459H Alunos preparam-se para sair da

sala e o aluno vagueia (em

formato labirinto) ateacute agrave porta

volta para traacutes para entregar a

ficha de trabalho (ver anexo 16)

agrave colega e diz ldquoPara entregar na

proacutexima aulardquo

157

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)

Aluno SS

Ano 7ordm

Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H

Tempo

Descriccedilatildeo

(lugares intervenientes

atividades tarefas material

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1503H O aluno e um fotoacutegrafo

dirigem-se ao auditoacuterio da

escola O fotoacutegrafo senta-se e o

aluno mantem-se em peacute

Aluno com medicaccedilatildeo

1504H O aluno de repente comeccedila a

falar de um padre ldquoEstava a

mudar as reses e ele laacute para fora

comeccedila a aguindar (marca

linguiacutestica) a aacutegua bentardquo

Fala de um padre Parece

recordar-se que tem EMRC agraves

1515H

1507H O aluno entretanto comeccedila a

abordar o tema relacionado com

negoacutecios de lavradores e o

fotoacutegrafo desenvolve a

sustentabilidade

1508H O aluno senta-se devagar

muito atento e diz ldquoEu tenho

um amigo querdquo

1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores

estatildeo a gastar mais do que

deviamrdquo O aluno volta a

mencionar o amigo ldquoO meu

amigo tem muitos alqueiros e

tira leite 3 vezes por diardquo

O aluno quer ser lavrador

1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo

para as vantagens e

desvantagens de ter uma lavoura

e o aluno ndash pensativo ndash diz

ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver

158

Se natildeo der natildeo deurdquo

Entretanto pergunta as horas e

diz que tem EMRC

159

Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo

160

161

162

Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno

163

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome JM Idade 15 anos

Professor P1

O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como

incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo

reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

164

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome SS Idade 14 anos

Professor P1

O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras

dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques

principalmente ao niacutevel da face

Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da

Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira

perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica

Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo

Em 08062016

Professor P2

Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega

na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo

por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno

estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem

um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta

tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer

em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

165

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome DG Idade 13 anos

Professor P1

O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com

trabalho foram sendo colmatadas

Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

166

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome ES Idade 12 anos

Professor P1

O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se

bastante adaptado ao contexto de sala de aula

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

167

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome FS Idade 13 anos

Professor P1

O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra

inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

168

Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes

169

19

81

Geacutenero

Masculino

Feminino

44

31

54

7

Idade

Natildeo colocou idade

20-29

30-39

40-49

mais de 50

170

Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio

171

4654

Tem alunos com PHDA

Sim

Natildeo

17

58

17

8

Maiores dificuldades

Sem justificaccedilatildeo

Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento

Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo

Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila

5446

Conhecimentos acerca da PHDA

Sim

Natildeo

172

73

27

Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA

Sim

Natildeo

7

7

15

50

14

7

Quais os conhecimentos acerca da PHDA

Natildeo evidencia os conhecimentos

Poucos conhecimentos

Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)

Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar

Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo

173

28

29

14

29

Natildeo identifica alunos com PHDA

Natildeo tem formaccedilatildeo

Natildeo tem conhecimentos

Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas

Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo

58

38

4

Construccedilatildeo de materiais

Sim

Natildeo

Sem resposta

20

20

1020

20

10

Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais

Natildeo houve oportunidade

Natildeo tem alunos com PHDA

Natildeo sentiu necessidade

Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar

Escassez (sobrecarga) detempo

Sem resposta

174

5442

4

Organizaccedilatildeo do plano de aula

Sim

Natildeo

Sem resposta

46

36

99

Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA

Natildeo tem alunos com PHDA

Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno

Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)

5831

11

Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

175

4 44

25

17

13

13

8

4

8

Intervenientes

Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA

Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)

Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar

Diretor de Turma

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Encarregado de Educaccedilatildeo

Conselho de Turma

SPO

Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica

40

27

17

1033

Contacto com os seguintes intervenientes

Diretor de Turma

Psicoacutelogo

Encarregado de Educaccedilatildeo

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Professor de EMRC

Sem resposta

176

5819

23

Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

34

33

13

7

13

Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do

aluno com PHDA

Interveniente ativo noprocesso educativo

Necessidade de maior apoio

Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento

Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO

Sem resposta

177

80

20

Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA

Sim

Natildeo

5050

Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores

Falta de oferta formativa

Existecircncia de equipaespecializada

114

444

73

Sugestotildees dos professores respondentes

Accedilotildees de formaccedilatildeo

Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo

Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos

Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz

Psicologia convertida agraveglobalidade

Sem resposta

178

Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo

Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno

179

Categorias Sub-categorias Respondentes

Identificaccedilatildeo de

carateriacutesticas de alunos

com PHDA

Dificuldades em P1 P2

1 Controlar o comportamento times times

2 Focar a atenccedilatildeo times

3 Reter informaccedilatildeo times

4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times

5 Lidar com a frustraccedilatildeo times

Presenccedila de

1 Tiques times times

2 PEA times

3 Medicaccedilatildeo que

31 Atenua comportamento times

32 Manteacutem comportamento times

4 Agressividade ingeacutenua times

5 Afetividade times

6 Egoiacutesmo times

7 Preferecircncia por trabalhos

individuais

times

Page 2: INTRODUÇÃO Justificação do tema parte... · 2020. 6. 12. · desgraça da família, malcriado, preguiçoso, etc.” (p.180). Barkley & Murphy (2006) apresentam algumas das características

2

avaliar o progresso do aluno com dificuldades de aprendizagem eou com

comportamentos desafiantes promover relaccedilotildees positivas entre os pares

Sendo assim tenciona-se que atraveacutes do estudo a capacidade de anaacutelise dos

professores sobre as especificidades dos jovens melhore que surjam novas discussotildees

sobre as dificuldades que sentem com esses alunos no processo ensino-aprendizagem e

na devida descriccedilatildeo dos seus comportamentos que se desenvolva a compreensatildeo dos

criteacuterios de diagnoacutestico da informaccedilatildeo referente aos mesmos e da descriccedilatildeo detalhada de

cada aluno com essa perturbaccedilatildeo Assim consegue-se que a classe docente participe

efetivamente no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo na rede de suporte assumindo-

se como agentes facilitadores de aprendizagem Para completamento dos dados sugere-

se um programa de formaccedilatildeo para professores em PHDA

Estrutura do estudo

Este trabalho encontra-se dividido em duas partes fundamentaccedilatildeo teoacuterica e estudo

empiacuterico Na fundamentaccedilatildeo teoacuterica faz-se uma abordagem ao conceito de PHDA aos

seus criteacuterios de diagnoacutestico agraves caracteriacutesticas e aos mitos agrave prevalecircncia e comorbilidade

agrave etiologia agrave intervenccedilatildeo psicoterapecircutica e ao programa de formaccedilatildeo de professores

sugerido Quanto ao estudo empiacuterico apresenta-se o desenho do estudo os participantes

nele envolvidos os instrumentos necessaacuterios agrave recolha e tratamento de dados ndash que foram

devidamente estudados quanto aos recursos existentes ndash e as conclusotildees e recomendaccedilotildees

finais

3

1 ENQUADRAMENTO TEOacuteRICO ndash PERTURBACcedilAtildeO DE

HIPERATIVIDADE E DEacuteFICE DE ATENCcedilAtildeO

11 Introduccedilatildeo

O que eacute a PHDA Existe de facto ou eacute a desculpabilizaccedilatildeo dos

comportamentos disruptivos das crianccedilas eou jovens Existem muitas duacutevidas e

diversos mitos acerca dessa perturbaccedilatildeo pois haacute imensos depoimentos

controversos sobre a problemaacutetica referida

Comeccedila-se assim por elaborar uma breve abordagem teoacuterica sobre a PHDA

de maneira a melhor se conhecer as suas caracteriacutesticas causas e formas de

intervenccedilatildeo Uma das principais fontes de referecircncia a ser utilizada seraacute o manual

DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) organizado por

investigadores dos Estados Unidos da Ameacuterica com o propoacutesito de uniformizar

os criteacuterios de diagnoacutestico das perturbaccedilotildees mentais Existem jaacute vaacuterias revisotildees

do mesmo sendo as mais atuais o DSM-IV-TR e o DSM-V que seratildeo utilizadas

no corpo deste trabalho

12 Conceito de PHDA

Segundo o DSM-V (2014) a PHDA insere-se na categoria das Perturbaccedilotildees

do Neurodesenvolvimento Esta eacute uma mudanccedila relativamente ao DSM-IV-TR

(2002) uma vez que foi extinta a seccedilatildeo que incluiacutea as perturbaccedilotildees que aparecem

habitualmente na primeira e segunda infacircncia ou na adolescecircncia Esta categoria

define-se por apresentar deacutefices no desenvolvimento normal do indiviacuteduo Estas

manifestam-se muito cedo frequentemente antes da entrada na escolaridade

obrigatoacuteria e apresentam lacunas no funcionamento a niacutevel pessoal social ou

acadeacutemico (DSM-V 2014)

De acordo com Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) pode-se dizer que a PHDA

eacute uma perturbaccedilatildeo de ordem geneacutetica onde estatildeo implicadas diversas alteraccedilotildees

a niacutevel da atenccedilatildeo da impulsividade e da atividade motora que tendem a ser

excessivas provocando um desajuste a niacutevel social

4

13 Criteacuterios de Diagnoacutestico de PHDA

Os criteacuterios de diagnoacutestico baseados no DSM-IV-TR (2002) focam-se em

ambos os sintomas quer de falta de atenccedilatildeo quer de hiperatividade-

impulsividade Tomam em atenccedilatildeo a durabilidade dos mesmos e o momento em

que comeccedilam a aparecer os primeiros indiacutecios (no DSM IV-TR devem aparecer

antes dos sete anos de idade e no mais recente DSM-V devem estar presentes antes

dos 12 anos de idade) Outra das alteraccedilotildees realizadas presente no mais recente

manual de diagnoacutestico permite a comorbilidade de PHDA com a Perturbaccedilatildeo do

Espetro do Autismo

Apresenta-se de seguida os criteacuterios de diagnoacutestico com base no DSM-V

(2014)

Criteacuterio A ndash 1) ou 2)

1) Desatenccedilatildeo ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos

durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel de desenvolvimento

e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e

acadeacutemicasocupacionais

(a) com frequecircncia natildeo presta atenccedilatildeo suficiente aos pormenores ou comete erros

por descuido nas tarefas escolares no trabalho ou em outras atividades

(b) com frequecircncia tem dificuldade em manter a atenccedilatildeo em tarefas ou atividades

(c) com frequecircncia parece natildeo ouvir quando lhe falam diretamente

(d) com frequecircncia natildeo segue as instruccedilotildees e natildeo termina os trabalhos escolares

encargos ou deveres no local de trabalho (sem ser por comportamentos de

oposiccedilatildeo ou por incompreensatildeo das instruccedilotildees)

(e) com frequecircncia tem dificuldades em organizar tarefas e atividades

(f) com frequecircncia evita sente repugnacircncia ou estaacute relutante em envolver-se em

tarefas que requeiram um esforccedilo mental mantido (tais como trabalhos escolares

ou de iacutendole administrativa)

(g) com frequecircncia perde objetos necessaacuterios a tarefas ou atividades (por

exemplo brinquedos exerciacutecios escolares laacutepis livros ou ferramentas)

(h) com frequecircncia distrai-se facilmente com estiacutemulos irrelevantes

5

(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas

2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas

persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel

de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e

acadeacutemicasocupacionais

(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se

quando estaacute sentado

(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera

que esteja sentado

(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute

inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos

subjetivos de impaciecircncia)

(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a

atividades de oacutecio

(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo

(f) com frequecircncia fala em excesso

(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham

terminado

(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez

(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por

exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)

Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de

atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade

Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por

exemplo escola (ou trabalho) e em casa)

Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo

do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional

6

Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de

esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra

perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade

perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou

abstinecircncia de substacircncias)

DSM-V (2014)

Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada

crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde

se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico

(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de

PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes

2004)

Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente

de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)

ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2

natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)

De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela

onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de

hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os

sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade

Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que

duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a

sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)

14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA

Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute

necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante

saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos

interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a

7

interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um

indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo

do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros

Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples

a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a

desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)

Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais

presentes nos indiviacuteduos com PHDA

- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de

retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As

consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de

esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de

trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos

- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes

de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo

eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e

tende a diminuir com a idade

- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e

de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que

haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia

Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais

ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a

memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta

funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos

relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)

referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui

para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir

instruccedilotildees planear ou resolver problemas

Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a

desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou

laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado

com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente

8

pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas

(DSM-IV-TR 2002)

Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a

sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a

uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que

envolve esta perturbaccedilatildeo

Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada

por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o

aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar

(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker

1992)

15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA

De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de

3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos

de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma

prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5

nas crianccedilas e de 25 na idade adulta

Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com

PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo

Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde

concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda

que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero

de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos

presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece

Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta

contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares

Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas

natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada

O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por

9

vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais

de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25

Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais

diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)

A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando

existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de

PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada

eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)

A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo

alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com

PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia

a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados

referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees

e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20

Tiques 11 e Depressatildeo 4

16 Etiologia de PHDA

As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o

fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp

Russel 2006)

Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker

2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley

amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios

elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)

Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA

pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto

prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do

ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)

Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas

educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada

10

essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes

2004)

17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA

As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA

requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas

perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica

De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento

humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que

os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados

contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)

ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e

cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo

A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina

vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma

equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)

psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade

Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente

(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo

prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees

sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as

competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade

melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso

prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade

Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em

casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes

(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus

sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles

que com ele convivem

Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que

ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos

periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA

11

para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda

garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma

metodologia de intervenccedilatildeo

A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de

intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial

171 Farmacoloacutegica

A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os

casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar

a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a

frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com

PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais

riscos e efeitos adversos

Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de

alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)

designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor

normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento

farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em

psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)

Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais

conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo

da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de

funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA

Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara

melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas

com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de

reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal

comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)

A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica

intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e

transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo

12

farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras

estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma

diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das

outras intervenccedilotildees

De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica

em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma

forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada

(Pereira amp Fernandes 2001)

172 Cognitivo comportamental

Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema

importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a

outras intervenccedilotildees

A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo

psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes

de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo

comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na

intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)

Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra

- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os

comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a

eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo

comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro

teacutecnico

- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de

aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado

- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e

obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como

desejados

- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento

13

- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos

A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee

- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da

linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a

passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado

- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o

proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da

anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais

como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo

- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de

competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o

objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado

problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas

promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo

- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio

comportamento

- Teacutecnicas de relaxamento

- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo

Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental

aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la

com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta

se justifica

173 Psicossocial

Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos

familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida

da crianccedila do jovem com PHDA

14

1731 Contexto familiar

A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que

eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da

PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais

Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos

adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando

praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado

castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer

agrave gravidade do comportamento disruptivo

Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos

positivos nos filhos com PHDA

De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir

diferentes formas

- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre

pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de

comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute

indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas

associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de

rutura matrimonial)

- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte

muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como

uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios

comportamentais dos seus filhos

- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a

partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o

aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais

A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas

das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta

bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo

15

1732 Contexto escolar

A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior

pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas

elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as

limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora

dela

Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria

dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA

Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa

mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel

de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado

pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem

interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)

Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos

professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e

desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de

autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar

Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas

agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo

conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade

(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais

facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que

os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem

Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar

em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados

Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e

natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma

Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode

integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e

cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)

ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais

16

(a) Formaccedilatildeo de professores

Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um

melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o

conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade

para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle

2004 cit por Rodrigues 2008)

(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola

O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de

modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os

professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos

realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo

Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo

sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com

articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos

(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula

Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas

de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir

para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A

melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a

metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA

deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul

amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)

Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar

(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices

de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual

Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa

aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo

acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias

situaccedilotildees escolares que constituem um problema

17

Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de

intervenccedilatildeo se deve centrar

- Modificaccedilatildeo do contexto

Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em

que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta

apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos

nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos

fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo

dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg

calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)

Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)

Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem

implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de

modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar

Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes

estrateacutegias

- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais

- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais

proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com

boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)

- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio

- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente

eou realizar atividades diferentes

- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou

artiacutesticas

No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as

seguintes estrateacutegias

- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do

tempo

- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados

18

- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara

- Dividir eou reduzir as tarefas

- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade

- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo

mental

- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro

dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para

o aluno com PHDA

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos

ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)

- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback

- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha

tempo de realizarterminar as tarefas

- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas

- Estabelecer limites para terminar as tarefas

- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala

- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende

- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa

- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este

se lhe dirige)

- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade

- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro

interativo de filmes diapositivos

- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais

- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a

apresentaccedilatildeo

- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos

- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de

motivaccedilatildeo e de interesse)

19

- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)

- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais

importantes (ideias chave)

- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo

- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)

- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades

- Ler os materiais em voz alta

- Utilizar versotildees reduzidas de textos

- Simplificar vocabulaacuterio do texto

- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos

- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes

de o colocar a realizaacute-lo individualmente

- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve

sobrecarregar o aluno com trabalho extra)

- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula

Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam

teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de

comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de

trocasrdquo o time-out entre outras

A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica

As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais

e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento

desejado utilizando recompensas

- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a

modificar

- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis

para o fim

20

- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia

negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento

- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a

observaccedilatildeo do comportamento

- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo

funcionam

- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois

pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela

ausecircncia de reforccedilo

- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que

as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores

- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico

O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo

a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de

encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica

de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o

aluno e o professor

O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente

a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento

atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o

seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal

O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas

que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por

preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para

recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai

ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto

com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas

fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos

estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento

O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o

reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para

21

ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento

indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja

utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo

considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma

outra resulta)

Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de

sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo

professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que

satildeo

- Aceitar o aluno tal como ele eacute

- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele

- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel

- Estabelecer regrasconsequecircncias claras

- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que

necessaacuterio

- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados

- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco

gravosos)

- Evitar criticar o aluno

- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser

elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)

- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva

- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador

- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento

- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos

de transiccedilatildeo)

- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como

estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo

estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)

22

- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados

- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo

- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade

- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo

Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da

implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas

para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo

Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)

- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a

observar e a registar o seu proacuteprio comportamento

- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu

proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com

tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas

- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar

com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um

controlo dos comportamentos

Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se

consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a

avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados

comportamentos

(d) Ensino Especial

Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem

especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino

multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila

Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do

aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o

maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino

23

Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser

integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-

lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto

escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam

associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e

da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente

Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo

aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo

social

Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho

executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com

o aluno

Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-

modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o

indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a

posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente

Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo

(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual

necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-

se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo

participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica

aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da

Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre

as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com

o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos

de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que

consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo

Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e

intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee

concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade

Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)

no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP

24

determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim

determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e

aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo

no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa

dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia

Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do

SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios

disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o

caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)

As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas

nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas

disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo

e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria

utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois

momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa

outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)

Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo

de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia

nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos

com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)

- Fichas de avaliaccedilatildeo

- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)

- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta

- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal

- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo

- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala

- Testes curtos e com seccedilotildees curtas

- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)

- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta

- Evitar textos extensos

25

- Colocar poucas questotildees por paacutegina

- Numerar todas as paacuteginas e questotildees

- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo

- Tipos de teste

- Respostas por escolha muacuteltipla

- Evitar muitas opccedilotildees

- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)

- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)

- Alinhar verticalmente as respostas

- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical

- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla

- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta

- Respostas por correspondecircncia

- Colocar todos os itens na mesma paacutegina

- Colocar espaccedilo extra entre os itens

- Utilizar pequenos grupos de itens

- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)

- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas

- Dar um exemplo correto

- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo

- Respostas Verdadeiro ou Falso

- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste

- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa

- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a

resposta correta

- Respostas para preencher e espaccedilos

- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)

- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta

- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo

- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero

de vezes que for para usar

26

- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada

- Respostas de desenvolvimento

- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta

mais curta

- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta

- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo

Outras sugestotildees

- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem

alguma dificuldade e natildeo a verbaliza

- Consultar os alunos com PHDA durante o teste

- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste

- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste

- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente

- Fazer o teste em dois dias

- Fazer intervalos durante o teste

- Utilizar reforccedilos positivos

- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc

- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas

- Fornecer um guiatildeo de estudo

- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final

(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais

Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e

trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem

com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os

adultos

27

Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo

diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar

pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade

Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias

sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo

(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos

seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social

sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas

perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento

Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy

Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante

analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a

sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender

o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e

inadequados com outros

Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores

assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em

contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do

desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave

autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs

1998 Fernandes 2007)

- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar

- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo

respeito incentivo)

- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno

- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula

- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo

- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da

sala quando o professor se ausenta)

- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)

28

- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o

aluno sobre esses comportamentos)

- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos

adequados

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos

ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)

- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios

destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser

pela positiva e construtivos (as))

- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais

Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus

alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo

aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees

que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos

18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de

intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA

Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham

acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas

hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e

teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora

do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp

Saragoccedila 2011 p 367)

Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades

desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um

processo de inclusatildeo no grupo turma

Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de

expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio

Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades

29

e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo

por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o

decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental

Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World

Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e

melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias

diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular

Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam

de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem

abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo

e proximidade agraves necessidades dos alunos

O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas

escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA

A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para

- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila

- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no

processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os

preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a

obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)

- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade

do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)

- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo

na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de

aprendizagens (Correia 2010)

Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra

que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir

necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de

74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam

dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado

30

inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste

estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores

- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo

autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas

com dificuldades de aprendizagem

- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no

domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e

emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas

- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de

aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes

- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)

Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem

das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica

no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e

de impulso bem como da autoestima

Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para

professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores

Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades

dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas

educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas

aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular

181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA

Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser

apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em

PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de

grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores

31

relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia

devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora

Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas

na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico

dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de

aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de

processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo

da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada

182 Descriccedilatildeo das sessotildees

Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo

Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)

Objetivos

- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores

- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo

- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo

- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo

- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que

consideram ser elementos importantes a melhorar

Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial

Objetivos da dinacircmica

- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA

32

Estrateacutegias

- Trabalho individual

Procedimentos da dinacircmica

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que

pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem

mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte

de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de

PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu

Fonte Coelho amp Belo (2011)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto

professores

- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias

identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma

33

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los

professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo de grupo

Procedimentos

- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que

reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do

grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia

para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores

- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores

- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e

competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser

vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente

- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que

elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas

- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si

- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si

aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais

voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)

- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam

tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como

referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma

- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo

- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da

informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo

de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar

34

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de

autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma

um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem

a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades

(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou

sozinho neste desafio)

- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser

facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo

pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma

- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo

durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram

inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo

sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis

Sessatildeo 2

Tema PHDA

Objetivos

- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com

PHDA

- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave

compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo

no sistema de ensino

Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

35

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar

Objetivos da dinacircmica

- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de

informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo

eficaz de comunicaccedilatildeo

- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA

Estrateacutegias

- Trabalho a pares

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria

- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para

os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes

e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente

- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha

com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha

em branco e uma caneta

- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo

graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu

par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel

- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer

qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o

emissor

- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher

todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos

36

- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que

cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por

emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar

esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo

Reflexatildeo

- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas

vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes

intervenientes no processo educativo

- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de

domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como

ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute

suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu

proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais

adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de

aprendizagem da crianccedila

Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no

grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes

- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo

Estrateacutegias

37

- Trabalho individual

- Trabalho em pequeno grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que

associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de

fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para

a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo

apresentada (Kohn amp Smith 2010)

- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos

grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa

nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA

- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista

ao grande grupo

- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em

suporte legiacutevel para todo o grupo

- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os

professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a

integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas

seguintes unidades

ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo

suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios

de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)

ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a

possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista

conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e

partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)

38

ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem

caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros

quadros patoloacutegicos)

ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas

da PHDA)

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de

conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute

construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades

de conteuacutedo

- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos

professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator

facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os

conteuacutedos teoacutericos partilhados

Sessatildeo 3

Tema Ser criativo eacute urgente

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias

especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar

Objetivos

- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional

face agrave crianccedila ao jovem com PHDA

- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao

funcionamento do aluno com PHDA

39

Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo

Objetivos da dinacircmica

- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos

- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos

definidos para cada aluno

Estrateacutegias

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)

- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra

o rato

- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta

Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na

pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que

estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu

processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de

manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e

intervenccedilatildeo grupal)

40

- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si

contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na

mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo

Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro

- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de

reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do

professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)

- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias

sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual

a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica

minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo

- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar

nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de

constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno

41

Reflexatildeo

- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um

ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade

de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo

de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma

como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando

a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que

lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e

cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino

aprendizagem

Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo

comportamental em sala de aula

Estrateacutegias

- Role-playing

- Trabalho em grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

42

- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4

elementos de forma aleatoacuteria

- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca

de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a

discussatildeo que neste estaacute a decorrer

- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de

uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)

- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode

partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo

elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode

responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo

Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo

bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados

durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)

- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos

elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente

agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como

o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo

- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as

suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro

adaptativo da estrateacutegia de time-out

Reflexatildeo

- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo

de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos

em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e

na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de

intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo

ativa do aluno na aula

- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta

como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva

43

Sessatildeo 4

Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo

Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organizam-se os professores em pequenos grupos

- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura

e cola

- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre

- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina

que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na

44

largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua

deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre

- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que

teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada

horizontalmente sobre a torre

- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo

como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram

durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo

Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as

superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo

da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo

- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se

comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram

assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da

diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo

integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de

conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA

que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em

estrateacutegias limitativas

Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo

Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo

45

- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem

com PHDA

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo

- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse

balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA

- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os

balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais

cair e tocar no chatildeo

- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve

comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer

relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam

a natildeo poder tocar no chatildeo

- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos

elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se

consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo

- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que

sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram

perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na

tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos

Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos

46

Reflexatildeo

- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo

ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila

eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de

suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e

responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da

partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para

cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta

Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final

Objetivos da dinacircmica

- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da

formaccedilatildeo

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que

pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na

47

organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)

sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave

informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo

183 Siacutentese geral

A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com

professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe

docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid

Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo

dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo

Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo

que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No

entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo

os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas

no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas

complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de

PHDA

48

2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE

INVESTIGACcedilAtildeO

21 Introduccedilatildeo

O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior

de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo

assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de

professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA

Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista

ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de

conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem

ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida

De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta

cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o

investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se

apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos

resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua

5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os

estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim

atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam

que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a

organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes

de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados

permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de

investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre

pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos

com PHDA

22 Desenho do estudo

As etapas do procedimento iniciam-se com

49

- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos

conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso

fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia

suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar

- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos

devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em

fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do

modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)

- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o

problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa

documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no

terreno

23 Participantes

Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino

baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo

masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do

aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse

o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo

entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que

zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem

As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio

estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino

e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por

questionaacuterio

50

24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados

No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de

vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)

decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes

instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo

em causa

Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola

escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso

Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica

de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter

informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa

escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas

educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de

sala de aula

Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-

se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e

anaacutelise textual referente a cada um deles

Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os

respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26

Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que

completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo

para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu

consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula

Codificou-se o observado atraveacutes de SS

Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande

importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2

Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a

confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para

tratamento

241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio

51

Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo

conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto

de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de

administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores

facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a

dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas

face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais

de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio

Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)

os mesmos

Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a

anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes

O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com

34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1

com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49

anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre

os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Geacutenero (ver anexo 17)

No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente

aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo

masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46

questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino

Idade (ver anexo 17)

Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores

com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades

entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de

52

50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros

4 natildeo colocou a idade

26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

(ver anexo 18)

Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de

alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria

natildeo tem alunos com PHDA (54)

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)

Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a

concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores

tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de

subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos

(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades

(17)

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)

Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas

suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica

envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea

21 Se sim quais (ver anexo 18)

Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50

domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e

atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo

53

documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento

dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer

conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo

considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo

parental

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver

anexo 18)

Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos

com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)

Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes

sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros

29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo

tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de

outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas

suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)

De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus

alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das

respostas Sem resposta 4

41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)

Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade

para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo

54

sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias

sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos

alunos com PHDA (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo

com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)

e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo

51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)

A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos

professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo

individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses

alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano

geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos

intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)

Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos

com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11

61 Se sim quais (ver anexo 18)

O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17

o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13

com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm

resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede

auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo

acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do

comportamento dos alunos com PHDA

55

611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)

Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de

maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)

do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta

3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da

equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila

(Selikowitz 2009)

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas

tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes

19 natildeo consideram esse o seu papel educativo

Se sim justifique (ver anexo 18)

Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no

processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente

ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa

participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO

A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

(ver anexo 18)

Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da

formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria

formaccedilatildeo especializada

71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)

56

Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de

ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada

para intervir com alunos com PHDA

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a

praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses

alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA

natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de

resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo

acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo

(Selikowitz 2009)

Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos

departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo

sobre PHDA para professores

27 A Observaccedilatildeo

Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de

partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees

obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as

unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo

de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o

encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)

No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo

em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula

praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse

contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em

conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram

maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se

entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para

completamento do mesmo

57

A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios

alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado

estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma

desatenccedilatildeo (ver anexo 15)

Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados

demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a

dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)

inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a

sua desatenccedilatildeo

28 Outros instrumentos

Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5

alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos

fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com

os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg

psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de

conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar

o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm

desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere

que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros

por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas

anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A

medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns

continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no

controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um

dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os

trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques

29 Limitaccedilotildees

De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente

a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos

58

isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos

26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada

importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias

com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco

Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo

permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo

sistemaacutetico em mais do que um contexto

210 Siacutentese final

Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente

a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com

alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute

de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou

o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que

os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino

baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial

(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo

dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de

identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de

ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE

Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo

Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo

jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios

congressos e seminaacuterios

59

CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES

O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos

professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se

uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios

aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas

informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA

Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam

verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise

No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem

credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da

observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela

2008)

Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores

de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash

fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam

dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior

disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto

o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo

de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de

salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma

tem formaccedilatildeo na aacuterea

No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e

aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim

compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da

investigaccedilatildeo

Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua

incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de

modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas

estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no

60

presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de

formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos

recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas

vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia

nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas

Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais

escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados

conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de

escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo

Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea

da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que

se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos

Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado

61

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65

ANEXOS

66

Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento

67

Exemplo de contrato com aluno com PHDA

Retirado de Correia 2013 p 181

68

Retirado de Beane (2006)

69

Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas

70

CONTRATO DE ETIQUETAS

Recebes uma etiqueta cada vez

que___________________________________________________

No entanto se te comportares

mal em seguida

__________________________________________

Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes

Adaptado de Parker 1994 p 121

71

Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo

72

FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Tel

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Tel

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Ens Secundaacuterio Ano Turma

73

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Aspectos relevantes da histoacuteria escolar

Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram

Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo

Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas

Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas

Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas

Na sala de aula Sim Natildeo

Se assinalou sim indique quais

Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo

Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas

Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo

Se assinalou sim indique qual

Outros

74

2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO

Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios

(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)

Sensoriais Visatildeo

Audiccedilatildeo

Cognitivo

Comunicacional

EmocionalPersonalidade

Motor

Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico

Especificar algum aspecto que considere pertinente

3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho

por referecircncia agrave CIF-CJ 1)

(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Adquirir linguagem adicional

d135 Ensaiar (Repetir)

d137 Adquirir conceitos

75

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

d210 Realizar uma uacutenica tarefa

d220 Realizar tarefas muacuteltiplas

d230 Realizar a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Gerir o proacuteprio comportamento

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual

d345 Escrever mensagens

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo

d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Auto-transferecircncias

d430 Levantar e transportar objectos

d435 Mover objectos com os membros inferiores

d440 Movimentos finos da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

76

d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar as tarefas domeacutesticas

d650 Cuidar dos objectos da casa

d660 Ajudar os outros

d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

___________________

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do

Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do

Porto)

4 FACTORES AMBIENTAIS

Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a

Factores

Constituir barreira ao desempenho

do aluno

Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno

Familiar

Escolar

77

Social

Outros

5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER

6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO

Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo

Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass

Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass

Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass

Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass

7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Proponho

Assinatura

78

II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

1 TOMADA DE DECISAtildeO

a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

Encaminhamento

b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO

Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo

Funccedilotildees do

Corpo

79

Actividades e

Participaccedilatildeo

Factores

Ambientais

Observaccedilotildees

3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO

Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome Cargo

Docente Titular Director de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

80

Encarregado de Educaccedilatildeo Ass

Outros Intervenientes

Ass

Ass

Ass

Ass

81

82

83

Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)

84

85

86

87

88

89

90

Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)

91

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

92

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Professor Titular Director de Turma

Percurso Escolar do Aluno

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo

Docente TitularDiretor de Turma

Docente da Educaccedilatildeo Especial

Psicoacutelogo

Outros intervenientes

93

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

2 Atividade e participaccedilatildeo

3 Fatores ambientais

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas

funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou

uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b110 Funccedilotildees da consciecircncia

b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo

b117 Funccedilotildees intelectuais

b122 Funccedilotildees psicossociais globais

b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade

b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos

b134 Funccedilotildees do sono

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo

b144 Funccedilotildees da memoacuteria

b147 Funccedilotildees psicomotoras

b152 Funccedilotildees emocionais

b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo

b160 Funccedilotildees do pensamento

94

b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior

b167 Funccedilotildees mentais da linguagem

b172 Funccedilotildees do caacutelculo

b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos

complexos

CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA

b310 Funccedilotildees da voz

b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo

b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala

b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo

b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas

CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO

b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das

articulaccedilotildees

b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees

b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular

b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular

b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular

b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores

b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras

involuntaacuterias

b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

voluntaacuterio

b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

involuntaacuterio

b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha

b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do

movimento

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

95

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Desenvolvimento da linguagem

d135 Ensaiar

d137 Adquirir conceitos

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS

d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades

satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)

d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas

d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento

CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem

gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais

d345 Escrever mensagens

96

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de

comunicaccedilatildeo

CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE

d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Autotransferecircncias

d430 Levantar e transportar objetos

d435 Mover objetos com os membros inferiores

d440 Atividades de motricidade fina da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila

CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar o trabalho domeacutestico

d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos

d660 Ajudar os outros

CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

97

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social

e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua

vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com

(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se

a estaacute a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos)

e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria

e120 Para facilitar a mobilidade e o

transporte pessoal

e125 Para a comunicaccedilatildeo

e130 Para a educaccedilatildeo

e135 Para o trabalho

e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto

CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM

e225 Clima

e240 Luz

e250 Som

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310 Famiacutelia proacutexima

e315 Famiacutelia alargada

e320 Amigos

e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e

membros da comunidade

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

e340 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e355 Profissionais de sauacutede

e360 Outros profissionais

CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES

e410 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia proacutexima

e415 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia alargada

98

e420 Atitudes individuais dos amigos

e425 Atitudes individuais de conhecidos

pares colegas e membros da

comunidade

e430 Atitudes individuais de pessoas em

posiccedilatildeo de autoridade

e445 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e450 Atitudes individuais de profissionais de

sauacutede

e455 Atitudes individuais de outros

profissionais

CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS

e515 Relacionados com a arquitetura e a

construccedilatildeo

e540 Relacionados com os transportes

e570 Relacionados com a seguranccedila social

e575 Relacionados com o apoio social geral

e580 Relacionados com a sauacutede

NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados

4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES

5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o

perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo

Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que

expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo

SugestotildeesRecomendaccedilotildees

99

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em

consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos

diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor Cognitivo

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicaci

onal Audiccedilatildeo Visatildeo

6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

b) ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Turma com um projeto curricular adaptado

100

c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA

Especificar

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO

Especificar

g) CURRIacuteCULO

ESPECIacuteFICO

INDIVIDUAL

Desenvolvido em turma do ensino regular

Especificar

Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo

Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do

espectro do autismo

Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)

Especificar

101

(outras informaccedilotildees pertinentes)

7 DOCUMENTOS EM ANEXO

Sim Natildeo

Se sim quais

8 OBSERVACcedilOtildeES

9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

102

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

103

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38 anos

Nome da Matildee Idade 40 anos

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40 anos

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

104

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano 7 Turma F

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel

da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio

do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar

de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em

20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos

relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno

foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm

CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas

Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm

CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo Psicoacuteloga

Docente TitularDiretor de Turma

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo

Psicoacutelogo

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash

leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de

Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral

(ALO) ndash subteste de completamento de frases

105

2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em

contexto de sala de aula (PORT)

3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno

12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees

ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b117

Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades

intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais

cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo

em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a

informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal

visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute

comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao

processamento sequencial

0

b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1

b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e

conhecimento adquirido 1

b152

Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila

ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas

Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e

regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas

Instabilidade emocional

1

106

b156

Funccedilotildees da perceccedilatildeo

Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva

imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras

Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees

espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma

figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com

a sua exatidatildeo

1

b167

Funccedilotildees mentais da linguagem

Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e

compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e

sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras

e de silabas nas palavras ndash Dislexia

Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da

composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash

Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos

acentuada)

2

b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d135 Ensaiar 2

d137 Adquirir conceitos 2

d145 Aprender a escrever 3

d155 Adquirir competecircncias 2

d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2

d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2

d166

Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha

contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de

leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta

movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras

demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no

entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice

na competecircncia leitora

2

107

d170

Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo

escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo

prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste

de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave

data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo

denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os

erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a

confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)

omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel

semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia

esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical

e na sinoniacutemia e antoniacutemia

3

d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1

d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3

d345 Escrever mensagens 3

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d820 Educaccedilatildeo escolar 2

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES

Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e

atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)

se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute

a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3

e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados

de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo

Barreira

Facilitador 2

e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio

na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1

e140

Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto Valoriza as atividades rurais

de cultura e tradiccedilatildeo familiares

mostrando-se ambientado em contextos

maioritariamente campestres

Facilitador 3

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310

Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o

aluno no percurso escolar Dificuldades

na supervisatildeo de rotinas bem como em

educar de forma consistente

Facilitador

Barreira 1

108

e320

Amigos (colegas) Fez transferecircncia da

EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e

todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees

interpessoais do aluno conferem-lhe

grande importacircncia

Facilitador 3

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga

Facilitador 2

13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor

Cognitivo

(atenccedilatildeo perceccedilatildeo

auditiva visual e memoacuteria

de longo prazo)

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicacional

(Receccedilatildeo e receccedilatildeo

da linguagem

escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo

14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute

necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente

de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da

leitura e da escrita

Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez

que o aluno apresenta PHDA tipo misto

109

d)

ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas

disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs

Turma com um projeto curricular adaptado

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com

exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo

suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de

um docente

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar

uma turma sem problemas comportamentais

- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

Outras informaccedilotildees pertinentes

- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno

- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-

aprendizagem

- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo

com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo

ldquoAprender a Aprenderrdquo

- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico

15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Psicoacutelogo Ass

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass

110

Outros intervenientes

Representante NEE Ass

Ass

Ass

16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

111

Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)

112

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

113

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

114

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos

Identificar

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Liacutengua Gestual

Braille

Hidroterapia

Hipoterapia

Fisioterapia

Terapia da Fala

Desporto Adaptado

Terapia Ocupacional

Psicoterapia

Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )

115

Identifique qual ou quais

Apoio Psicoloacutegico

Apoio Social

Outras identifique qual ou quais

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar

Apoio familiar (bolsa ocupacional)

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas

Especificar

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar

Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo

Especificar

Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da

incapacidade

Especificar

116

422

Turma com Projeto Curricular Adaptado

Modalidade de Ensino

Niacutevel de Ensino

43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula

Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia

Dispensa dos limites etaacuterios

Especificar

Adiamento de matriacutecula

Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)

Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)

(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

117

Especificar

Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo

Especificar

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Periodicidade

Duraccedilatildeo

Local de execuccedilatildeo

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Outro Qual

46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual

461

Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Outro Programa (anexar curriacuteculo)

462

Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular

118

A tempo inteiro

A tempo parcial

Especificar

Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado

(UNECA)

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do

autismo

463

Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)

47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais

os materiais)

Para problemas visuais

Para problemas auditivos

Para problemas motores

Outro Qual

Dispositivos de compensaccedilatildeo

Auxiliares oacuteticos

Auxiliares auditivos

119

Equipamento informaacutetico

Cadeira de rodas

Proacuteteses

Outro Qual

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

CIF-CJ

120

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

121

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

122

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo 20152016

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade 13

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38

Nome da Matildee Idade 40

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

123

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas

dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB

na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano

(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou

a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou

retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de

Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto

em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo

sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria

onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute

referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano

letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido

de reavaliaccedilatildeo

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios

de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da

escritadisortografia e disgrafia

Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro

Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado

com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012

124

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO

Funccedilotildees Mentais Globais

i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em

detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do

canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal

e ao processamento sequencial

ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo

Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas

Deficiecircncia moderada

i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo

velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees

e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem

escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e

Disgrafia)

Deficiecircncia ligeira

i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo

ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido

iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e

tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo

emocional adequadas Instabilidade emocional

iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de

pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo

reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos

Dificuldade grave

i Aprender a escrever (d1453)

ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica

(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de

portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de

composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo

4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

125

na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees

(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da

meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia

iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)

iv Escrever mensagens (d3453)

Dificuldade moderada

i Ensaiar (d1352)

ii Adquirir conceitos (d1372)

iii Adquirir competecircncias (d1552)

iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)

v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo

respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento

psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que

evidencia deacutefice na competecircncia leitora

Dificuldade ligeira

i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)

Aacutereas Principais da Vida

Dificuldade moderada

i Educaccedilatildeo escolar (d8202)

FATORES AMBIENTAIS

Produtos e Tecnologia

Fatores de proteccedilatildeo facilitador

i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)

ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura

e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres

(facilitador grave)

iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)

Fatores barreira

i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa

(barreira ligeira)

126

Apoios e Relacionamentos

i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a

ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia

(facilitador grave)

ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)

iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na

supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador

ligeiro)

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos

distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de

tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as

atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA

tipo misto

Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as

disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Identifique qual ou quais

Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo

especial

Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de

competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado

pelo SPO)

127

Apoio Psicoloacutegico

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar Professores titulares das disciplinas

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades

nomeadamente em Inglecircs

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de

questotildees

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral

complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros

ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em

virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem

(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em

detrimento da forma

Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas

128

Local de execuccedilatildeo

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a

supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina

assim o entender

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma

turma sem problemas comportamentais

Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio

Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

Apoio

Individualizado Conselho de Turma X

Horaacuterio da

Turma

Educaccedilatildeo

Especial X

2X45m

(Matemaacutetica

e

Portuguecircs)

SPO X

ldquoAprender

a

Aprenderrdquo

SPO

X Sistemaacutetico

(1ordm Periacuteodo)

129

13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e

motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem

No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja

necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de

educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e

da escrita em contexto fora sala de aula

14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas

classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de

aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa

registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo

avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada

periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com

a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do

ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios

intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada

15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

130

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

131

Assinatura

132

Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo

133

1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees

11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas

parentais inadequadas ____

12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____

13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o

suficiente _____

14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____

15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e

ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____

16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____

17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____

18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo

da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____

2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo

que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento

educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com

diagnoacutestico de PHDA

Obrigada por colaborarem neste desafio

134

Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu

135

Belo S amp Coelho A (2011)

136

Anexo 9 ndash Desenho cego

137

Coelho A amp Belo S (2014)

138

Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato

139

140

Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

141

Para discussatildeo e reflexatildeo

ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais

escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da

borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade

A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer

siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada

Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva

sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material

Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma

tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-

se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora

estatildeo a fazer

No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo

quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo

Antunes (2009)

142

Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio

143

INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO

Geacutenero Masculino Feminino

Idade

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

Sim Natildeo

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA

Sim Natildeo

21 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

Sim Natildeo

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas

praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula

Sim Natildeo

144

41 Se natildeo por que natildeo o faz

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos

com PHDA

Sim Natildeo

Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos

intervenientes no processo educativo do aluno

Sim Natildeo

61 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

611 Maioritariamente quem

Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de

Educaccedilatildeo

Outro Qual ___________________________________________

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem

Sim Natildeo

Se sim justifique

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

Sim Natildeo

71 Se natildeo porquecirc

145

________________________________________________________________

________________________________________________________________

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo

146

147

148

149

Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo

150

151

152

Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno

153

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Portuguecircs

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 15102015

Hora 1415H Tempo letivo 43min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1425H Conversas paralelas deixa cair

coisas no chatildeo vai buscaacute-las

dispersa-se olha para traacutes de

modo sistemaacutetico faz perguntas

aleatoacuterias e descontextualizadas

Aluno sem medicaccedilatildeo

Aluno afirma natildeo ter feito o

TPC

1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes

bem atrasadardquo relativamente a

uma colega no entanto o aluno

tambeacutem estaacute atrasado Natildeo

espera pela sua vez Responde

sem ser chamado estaacute distraiacutedo

nunca sabe qual o exerciacutecio em

que se encontram natildeo

acompanhando os colegas

Faz referecircncia ao seu colega e

amigo Oxiang

1436H Tira a borracha do colega do

lado esquerdo sempre a olhar

para traacutes a mexer com as matildeos

a levantar da cadeira

1440H Natildeo encontra o estojo

Encontra-se sentado de lado na

154

cadeira A professora diz para

ele se endireitar

1444H A professora ajuda o aluno na

realizaccedilatildeo da atividade contudo

ele distrai-se com a borracha

1448H Os colegas fazem perguntas e o

aluno responde (de tipo coacutemico)

e vira-se para traacutes

1450H Fica confuso com o exerciacutecio

iniciado

1452H A professora pergunta se o

aluno jaacute terminou O mesmo diz

que natildeo batendo na mesa

1455H O aluno responde corretamente

quando solicitado

1458H O aluno coloca o gorro na

cabeccedila e diz que vai faltar ao

teste de HIST Em seguida diz

que vai claro e que teraacute uma

nota final positiva Entretanto

sai da sala e regressa apenas

para fechar a mochila Volta a

sair para o intervalo

Professora relembra a data do

teste

Aluno referiu que teve cerca de

60 na nota do uacuteltimo teste de

HIST

155

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Cidadania

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 31052016

Hora 1415H Tempo letivo 44min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo

professor de CID em contexto

de sala de aula de Informaacutetica

Ri e olha agrave volta Professor diz

ldquoS acalma-te ou vou-me

chatearrdquo

Aluno com medicaccedilatildeo

1447H Aluno sempre a mexer o dedo

1448H Aluno muda o comportador

portaacutetil de siacutetio Professor volta

a intervir ldquoS tens 10 minutos

para terminar o trabalhordquo

1449H Fala com a colega do lado

1450H S com os olhos semicerrados

Professor volta a chamar a

atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega

ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida

diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um

trabalho de publicidade

enganosa)

1452H Professor interpela o aluno e o

mesmo faz caretas enquanto diz

156

agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e

dezrdquo Olha para o lado mexe no

cabelo tira a folha da colega e

arregala os olhos (tiques)

1455H Chama a professor e ele

pergunta ldquoO que eacute enganosordquo

A professora responde

1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual

a tua opiniatildeo pessoalrdquo

1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz

que na proacutexima aula teraacute de

apresentar o seu trabalho em

modo de alerta de tempo O

aluno repete (de acordo com o

viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes

tu quando tens fomerdquo Logo em

seguida ldquoQuando tenho fome e

como um chocolate fico mal

dispostordquo ndash enquanto isso

estava a olhar para a professor

de cabeccedila de lado metendo o

laacutepis na boca Professora

responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo

1459H Alunos preparam-se para sair da

sala e o aluno vagueia (em

formato labirinto) ateacute agrave porta

volta para traacutes para entregar a

ficha de trabalho (ver anexo 16)

agrave colega e diz ldquoPara entregar na

proacutexima aulardquo

157

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)

Aluno SS

Ano 7ordm

Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H

Tempo

Descriccedilatildeo

(lugares intervenientes

atividades tarefas material

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1503H O aluno e um fotoacutegrafo

dirigem-se ao auditoacuterio da

escola O fotoacutegrafo senta-se e o

aluno mantem-se em peacute

Aluno com medicaccedilatildeo

1504H O aluno de repente comeccedila a

falar de um padre ldquoEstava a

mudar as reses e ele laacute para fora

comeccedila a aguindar (marca

linguiacutestica) a aacutegua bentardquo

Fala de um padre Parece

recordar-se que tem EMRC agraves

1515H

1507H O aluno entretanto comeccedila a

abordar o tema relacionado com

negoacutecios de lavradores e o

fotoacutegrafo desenvolve a

sustentabilidade

1508H O aluno senta-se devagar

muito atento e diz ldquoEu tenho

um amigo querdquo

1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores

estatildeo a gastar mais do que

deviamrdquo O aluno volta a

mencionar o amigo ldquoO meu

amigo tem muitos alqueiros e

tira leite 3 vezes por diardquo

O aluno quer ser lavrador

1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo

para as vantagens e

desvantagens de ter uma lavoura

e o aluno ndash pensativo ndash diz

ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver

158

Se natildeo der natildeo deurdquo

Entretanto pergunta as horas e

diz que tem EMRC

159

Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo

160

161

162

Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno

163

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome JM Idade 15 anos

Professor P1

O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como

incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo

reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

164

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome SS Idade 14 anos

Professor P1

O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras

dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques

principalmente ao niacutevel da face

Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da

Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira

perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica

Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo

Em 08062016

Professor P2

Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega

na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo

por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno

estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem

um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta

tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer

em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

165

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome DG Idade 13 anos

Professor P1

O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com

trabalho foram sendo colmatadas

Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

166

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome ES Idade 12 anos

Professor P1

O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se

bastante adaptado ao contexto de sala de aula

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

167

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome FS Idade 13 anos

Professor P1

O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra

inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

168

Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes

169

19

81

Geacutenero

Masculino

Feminino

44

31

54

7

Idade

Natildeo colocou idade

20-29

30-39

40-49

mais de 50

170

Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio

171

4654

Tem alunos com PHDA

Sim

Natildeo

17

58

17

8

Maiores dificuldades

Sem justificaccedilatildeo

Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento

Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo

Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila

5446

Conhecimentos acerca da PHDA

Sim

Natildeo

172

73

27

Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA

Sim

Natildeo

7

7

15

50

14

7

Quais os conhecimentos acerca da PHDA

Natildeo evidencia os conhecimentos

Poucos conhecimentos

Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)

Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar

Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo

173

28

29

14

29

Natildeo identifica alunos com PHDA

Natildeo tem formaccedilatildeo

Natildeo tem conhecimentos

Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas

Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo

58

38

4

Construccedilatildeo de materiais

Sim

Natildeo

Sem resposta

20

20

1020

20

10

Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais

Natildeo houve oportunidade

Natildeo tem alunos com PHDA

Natildeo sentiu necessidade

Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar

Escassez (sobrecarga) detempo

Sem resposta

174

5442

4

Organizaccedilatildeo do plano de aula

Sim

Natildeo

Sem resposta

46

36

99

Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA

Natildeo tem alunos com PHDA

Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno

Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)

5831

11

Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

175

4 44

25

17

13

13

8

4

8

Intervenientes

Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA

Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)

Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar

Diretor de Turma

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Encarregado de Educaccedilatildeo

Conselho de Turma

SPO

Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica

40

27

17

1033

Contacto com os seguintes intervenientes

Diretor de Turma

Psicoacutelogo

Encarregado de Educaccedilatildeo

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Professor de EMRC

Sem resposta

176

5819

23

Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

34

33

13

7

13

Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do

aluno com PHDA

Interveniente ativo noprocesso educativo

Necessidade de maior apoio

Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento

Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO

Sem resposta

177

80

20

Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA

Sim

Natildeo

5050

Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores

Falta de oferta formativa

Existecircncia de equipaespecializada

114

444

73

Sugestotildees dos professores respondentes

Accedilotildees de formaccedilatildeo

Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo

Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos

Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz

Psicologia convertida agraveglobalidade

Sem resposta

178

Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo

Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno

179

Categorias Sub-categorias Respondentes

Identificaccedilatildeo de

carateriacutesticas de alunos

com PHDA

Dificuldades em P1 P2

1 Controlar o comportamento times times

2 Focar a atenccedilatildeo times

3 Reter informaccedilatildeo times

4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times

5 Lidar com a frustraccedilatildeo times

Presenccedila de

1 Tiques times times

2 PEA times

3 Medicaccedilatildeo que

31 Atenua comportamento times

32 Manteacutem comportamento times

4 Agressividade ingeacutenua times

5 Afetividade times

6 Egoiacutesmo times

7 Preferecircncia por trabalhos

individuais

times

Page 3: INTRODUÇÃO Justificação do tema parte... · 2020. 6. 12. · desgraça da família, malcriado, preguiçoso, etc.” (p.180). Barkley & Murphy (2006) apresentam algumas das características

3

1 ENQUADRAMENTO TEOacuteRICO ndash PERTURBACcedilAtildeO DE

HIPERATIVIDADE E DEacuteFICE DE ATENCcedilAtildeO

11 Introduccedilatildeo

O que eacute a PHDA Existe de facto ou eacute a desculpabilizaccedilatildeo dos

comportamentos disruptivos das crianccedilas eou jovens Existem muitas duacutevidas e

diversos mitos acerca dessa perturbaccedilatildeo pois haacute imensos depoimentos

controversos sobre a problemaacutetica referida

Comeccedila-se assim por elaborar uma breve abordagem teoacuterica sobre a PHDA

de maneira a melhor se conhecer as suas caracteriacutesticas causas e formas de

intervenccedilatildeo Uma das principais fontes de referecircncia a ser utilizada seraacute o manual

DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) organizado por

investigadores dos Estados Unidos da Ameacuterica com o propoacutesito de uniformizar

os criteacuterios de diagnoacutestico das perturbaccedilotildees mentais Existem jaacute vaacuterias revisotildees

do mesmo sendo as mais atuais o DSM-IV-TR e o DSM-V que seratildeo utilizadas

no corpo deste trabalho

12 Conceito de PHDA

Segundo o DSM-V (2014) a PHDA insere-se na categoria das Perturbaccedilotildees

do Neurodesenvolvimento Esta eacute uma mudanccedila relativamente ao DSM-IV-TR

(2002) uma vez que foi extinta a seccedilatildeo que incluiacutea as perturbaccedilotildees que aparecem

habitualmente na primeira e segunda infacircncia ou na adolescecircncia Esta categoria

define-se por apresentar deacutefices no desenvolvimento normal do indiviacuteduo Estas

manifestam-se muito cedo frequentemente antes da entrada na escolaridade

obrigatoacuteria e apresentam lacunas no funcionamento a niacutevel pessoal social ou

acadeacutemico (DSM-V 2014)

De acordo com Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) pode-se dizer que a PHDA

eacute uma perturbaccedilatildeo de ordem geneacutetica onde estatildeo implicadas diversas alteraccedilotildees

a niacutevel da atenccedilatildeo da impulsividade e da atividade motora que tendem a ser

excessivas provocando um desajuste a niacutevel social

4

13 Criteacuterios de Diagnoacutestico de PHDA

Os criteacuterios de diagnoacutestico baseados no DSM-IV-TR (2002) focam-se em

ambos os sintomas quer de falta de atenccedilatildeo quer de hiperatividade-

impulsividade Tomam em atenccedilatildeo a durabilidade dos mesmos e o momento em

que comeccedilam a aparecer os primeiros indiacutecios (no DSM IV-TR devem aparecer

antes dos sete anos de idade e no mais recente DSM-V devem estar presentes antes

dos 12 anos de idade) Outra das alteraccedilotildees realizadas presente no mais recente

manual de diagnoacutestico permite a comorbilidade de PHDA com a Perturbaccedilatildeo do

Espetro do Autismo

Apresenta-se de seguida os criteacuterios de diagnoacutestico com base no DSM-V

(2014)

Criteacuterio A ndash 1) ou 2)

1) Desatenccedilatildeo ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos

durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel de desenvolvimento

e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e

acadeacutemicasocupacionais

(a) com frequecircncia natildeo presta atenccedilatildeo suficiente aos pormenores ou comete erros

por descuido nas tarefas escolares no trabalho ou em outras atividades

(b) com frequecircncia tem dificuldade em manter a atenccedilatildeo em tarefas ou atividades

(c) com frequecircncia parece natildeo ouvir quando lhe falam diretamente

(d) com frequecircncia natildeo segue as instruccedilotildees e natildeo termina os trabalhos escolares

encargos ou deveres no local de trabalho (sem ser por comportamentos de

oposiccedilatildeo ou por incompreensatildeo das instruccedilotildees)

(e) com frequecircncia tem dificuldades em organizar tarefas e atividades

(f) com frequecircncia evita sente repugnacircncia ou estaacute relutante em envolver-se em

tarefas que requeiram um esforccedilo mental mantido (tais como trabalhos escolares

ou de iacutendole administrativa)

(g) com frequecircncia perde objetos necessaacuterios a tarefas ou atividades (por

exemplo brinquedos exerciacutecios escolares laacutepis livros ou ferramentas)

(h) com frequecircncia distrai-se facilmente com estiacutemulos irrelevantes

5

(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas

2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas

persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel

de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e

acadeacutemicasocupacionais

(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se

quando estaacute sentado

(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera

que esteja sentado

(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute

inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos

subjetivos de impaciecircncia)

(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a

atividades de oacutecio

(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo

(f) com frequecircncia fala em excesso

(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham

terminado

(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez

(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por

exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)

Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de

atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade

Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por

exemplo escola (ou trabalho) e em casa)

Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo

do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional

6

Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de

esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra

perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade

perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou

abstinecircncia de substacircncias)

DSM-V (2014)

Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada

crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde

se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico

(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de

PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes

2004)

Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente

de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)

ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2

natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)

De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela

onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de

hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os

sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade

Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que

duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a

sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)

14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA

Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute

necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante

saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos

interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a

7

interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um

indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo

do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros

Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples

a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a

desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)

Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais

presentes nos indiviacuteduos com PHDA

- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de

retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As

consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de

esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de

trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos

- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes

de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo

eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e

tende a diminuir com a idade

- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e

de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que

haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia

Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais

ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a

memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta

funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos

relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)

referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui

para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir

instruccedilotildees planear ou resolver problemas

Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a

desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou

laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado

com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente

8

pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas

(DSM-IV-TR 2002)

Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a

sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a

uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que

envolve esta perturbaccedilatildeo

Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada

por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o

aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar

(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker

1992)

15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA

De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de

3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos

de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma

prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5

nas crianccedilas e de 25 na idade adulta

Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com

PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo

Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde

concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda

que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero

de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos

presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece

Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta

contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares

Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas

natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada

O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por

9

vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais

de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25

Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais

diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)

A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando

existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de

PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada

eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)

A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo

alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com

PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia

a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados

referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees

e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20

Tiques 11 e Depressatildeo 4

16 Etiologia de PHDA

As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o

fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp

Russel 2006)

Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker

2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley

amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios

elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)

Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA

pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto

prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do

ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)

Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas

educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada

10

essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes

2004)

17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA

As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA

requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas

perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica

De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento

humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que

os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados

contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)

ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e

cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo

A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina

vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma

equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)

psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade

Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente

(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo

prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees

sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as

competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade

melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso

prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade

Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em

casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes

(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus

sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles

que com ele convivem

Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que

ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos

periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA

11

para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda

garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma

metodologia de intervenccedilatildeo

A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de

intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial

171 Farmacoloacutegica

A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os

casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar

a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a

frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com

PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais

riscos e efeitos adversos

Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de

alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)

designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor

normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento

farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em

psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)

Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais

conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo

da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de

funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA

Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara

melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas

com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de

reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal

comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)

A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica

intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e

transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo

12

farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras

estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma

diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das

outras intervenccedilotildees

De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica

em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma

forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada

(Pereira amp Fernandes 2001)

172 Cognitivo comportamental

Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema

importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a

outras intervenccedilotildees

A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo

psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes

de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo

comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na

intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)

Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra

- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os

comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a

eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo

comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro

teacutecnico

- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de

aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado

- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e

obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como

desejados

- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento

13

- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos

A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee

- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da

linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a

passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado

- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o

proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da

anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais

como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo

- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de

competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o

objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado

problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas

promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo

- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio

comportamento

- Teacutecnicas de relaxamento

- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo

Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental

aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la

com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta

se justifica

173 Psicossocial

Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos

familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida

da crianccedila do jovem com PHDA

14

1731 Contexto familiar

A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que

eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da

PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais

Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos

adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando

praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado

castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer

agrave gravidade do comportamento disruptivo

Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos

positivos nos filhos com PHDA

De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir

diferentes formas

- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre

pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de

comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute

indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas

associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de

rutura matrimonial)

- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte

muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como

uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios

comportamentais dos seus filhos

- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a

partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o

aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais

A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas

das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta

bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo

15

1732 Contexto escolar

A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior

pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas

elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as

limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora

dela

Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria

dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA

Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa

mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel

de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado

pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem

interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)

Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos

professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e

desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de

autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar

Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas

agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo

conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade

(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais

facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que

os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem

Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar

em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados

Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e

natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma

Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode

integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e

cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)

ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais

16

(a) Formaccedilatildeo de professores

Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um

melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o

conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade

para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle

2004 cit por Rodrigues 2008)

(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola

O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de

modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os

professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos

realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo

Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo

sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com

articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos

(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula

Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas

de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir

para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A

melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a

metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA

deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul

amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)

Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar

(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices

de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual

Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa

aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo

acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias

situaccedilotildees escolares que constituem um problema

17

Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de

intervenccedilatildeo se deve centrar

- Modificaccedilatildeo do contexto

Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em

que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta

apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos

nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos

fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo

dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg

calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)

Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)

Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem

implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de

modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar

Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes

estrateacutegias

- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais

- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais

proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com

boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)

- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio

- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente

eou realizar atividades diferentes

- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou

artiacutesticas

No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as

seguintes estrateacutegias

- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do

tempo

- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados

18

- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara

- Dividir eou reduzir as tarefas

- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade

- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo

mental

- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro

dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para

o aluno com PHDA

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos

ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)

- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback

- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha

tempo de realizarterminar as tarefas

- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas

- Estabelecer limites para terminar as tarefas

- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala

- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende

- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa

- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este

se lhe dirige)

- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade

- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro

interativo de filmes diapositivos

- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais

- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a

apresentaccedilatildeo

- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos

- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de

motivaccedilatildeo e de interesse)

19

- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)

- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais

importantes (ideias chave)

- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo

- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)

- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades

- Ler os materiais em voz alta

- Utilizar versotildees reduzidas de textos

- Simplificar vocabulaacuterio do texto

- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos

- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes

de o colocar a realizaacute-lo individualmente

- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve

sobrecarregar o aluno com trabalho extra)

- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula

Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam

teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de

comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de

trocasrdquo o time-out entre outras

A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica

As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais

e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento

desejado utilizando recompensas

- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a

modificar

- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis

para o fim

20

- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia

negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento

- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a

observaccedilatildeo do comportamento

- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo

funcionam

- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois

pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela

ausecircncia de reforccedilo

- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que

as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores

- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico

O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo

a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de

encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica

de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o

aluno e o professor

O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente

a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento

atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o

seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal

O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas

que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por

preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para

recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai

ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto

com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas

fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos

estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento

O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o

reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para

21

ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento

indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja

utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo

considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma

outra resulta)

Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de

sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo

professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que

satildeo

- Aceitar o aluno tal como ele eacute

- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele

- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel

- Estabelecer regrasconsequecircncias claras

- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que

necessaacuterio

- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados

- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco

gravosos)

- Evitar criticar o aluno

- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser

elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)

- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva

- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador

- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento

- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos

de transiccedilatildeo)

- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como

estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo

estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)

22

- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados

- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo

- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade

- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo

Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da

implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas

para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo

Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)

- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a

observar e a registar o seu proacuteprio comportamento

- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu

proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com

tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas

- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar

com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um

controlo dos comportamentos

Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se

consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a

avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados

comportamentos

(d) Ensino Especial

Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem

especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino

multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila

Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do

aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o

maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino

23

Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser

integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-

lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto

escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam

associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e

da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente

Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo

aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo

social

Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho

executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com

o aluno

Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-

modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o

indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a

posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente

Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo

(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual

necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-

se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo

participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica

aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da

Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre

as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com

o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos

de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que

consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo

Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e

intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee

concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade

Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)

no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP

24

determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim

determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e

aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo

no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa

dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia

Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do

SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios

disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o

caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)

As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas

nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas

disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo

e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria

utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois

momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa

outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)

Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo

de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia

nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos

com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)

- Fichas de avaliaccedilatildeo

- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)

- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta

- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal

- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo

- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala

- Testes curtos e com seccedilotildees curtas

- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)

- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta

- Evitar textos extensos

25

- Colocar poucas questotildees por paacutegina

- Numerar todas as paacuteginas e questotildees

- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo

- Tipos de teste

- Respostas por escolha muacuteltipla

- Evitar muitas opccedilotildees

- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)

- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)

- Alinhar verticalmente as respostas

- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical

- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla

- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta

- Respostas por correspondecircncia

- Colocar todos os itens na mesma paacutegina

- Colocar espaccedilo extra entre os itens

- Utilizar pequenos grupos de itens

- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)

- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas

- Dar um exemplo correto

- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo

- Respostas Verdadeiro ou Falso

- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste

- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa

- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a

resposta correta

- Respostas para preencher e espaccedilos

- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)

- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta

- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo

- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero

de vezes que for para usar

26

- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada

- Respostas de desenvolvimento

- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta

mais curta

- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta

- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo

Outras sugestotildees

- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem

alguma dificuldade e natildeo a verbaliza

- Consultar os alunos com PHDA durante o teste

- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste

- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste

- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente

- Fazer o teste em dois dias

- Fazer intervalos durante o teste

- Utilizar reforccedilos positivos

- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc

- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas

- Fornecer um guiatildeo de estudo

- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final

(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais

Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e

trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem

com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os

adultos

27

Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo

diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar

pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade

Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias

sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo

(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos

seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social

sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas

perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento

Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy

Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante

analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a

sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender

o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e

inadequados com outros

Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores

assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em

contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do

desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave

autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs

1998 Fernandes 2007)

- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar

- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo

respeito incentivo)

- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno

- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula

- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo

- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da

sala quando o professor se ausenta)

- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)

28

- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o

aluno sobre esses comportamentos)

- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos

adequados

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos

ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)

- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios

destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser

pela positiva e construtivos (as))

- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais

Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus

alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo

aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees

que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos

18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de

intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA

Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham

acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas

hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e

teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora

do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp

Saragoccedila 2011 p 367)

Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades

desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um

processo de inclusatildeo no grupo turma

Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de

expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio

Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades

29

e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo

por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o

decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental

Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World

Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e

melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias

diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular

Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam

de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem

abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo

e proximidade agraves necessidades dos alunos

O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas

escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA

A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para

- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila

- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no

processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os

preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a

obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)

- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade

do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)

- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo

na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de

aprendizagens (Correia 2010)

Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra

que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir

necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de

74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam

dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado

30

inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste

estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores

- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo

autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas

com dificuldades de aprendizagem

- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no

domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e

emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas

- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de

aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes

- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)

Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem

das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica

no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e

de impulso bem como da autoestima

Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para

professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores

Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades

dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas

educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas

aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular

181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA

Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser

apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em

PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de

grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores

31

relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia

devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora

Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas

na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico

dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de

aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de

processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo

da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada

182 Descriccedilatildeo das sessotildees

Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo

Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)

Objetivos

- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores

- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo

- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo

- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo

- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que

consideram ser elementos importantes a melhorar

Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial

Objetivos da dinacircmica

- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA

32

Estrateacutegias

- Trabalho individual

Procedimentos da dinacircmica

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que

pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem

mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte

de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de

PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu

Fonte Coelho amp Belo (2011)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto

professores

- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias

identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma

33

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los

professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo de grupo

Procedimentos

- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que

reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do

grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia

para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores

- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores

- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e

competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser

vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente

- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que

elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas

- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si

- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si

aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais

voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)

- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam

tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como

referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma

- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo

- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da

informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo

de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar

34

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de

autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma

um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem

a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades

(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou

sozinho neste desafio)

- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser

facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo

pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma

- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo

durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram

inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo

sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis

Sessatildeo 2

Tema PHDA

Objetivos

- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com

PHDA

- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave

compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo

no sistema de ensino

Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

35

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar

Objetivos da dinacircmica

- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de

informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo

eficaz de comunicaccedilatildeo

- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA

Estrateacutegias

- Trabalho a pares

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria

- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para

os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes

e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente

- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha

com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha

em branco e uma caneta

- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo

graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu

par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel

- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer

qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o

emissor

- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher

todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos

36

- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que

cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por

emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar

esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo

Reflexatildeo

- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas

vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes

intervenientes no processo educativo

- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de

domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como

ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute

suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu

proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais

adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de

aprendizagem da crianccedila

Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no

grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes

- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo

Estrateacutegias

37

- Trabalho individual

- Trabalho em pequeno grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que

associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de

fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para

a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo

apresentada (Kohn amp Smith 2010)

- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos

grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa

nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA

- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista

ao grande grupo

- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em

suporte legiacutevel para todo o grupo

- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os

professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a

integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas

seguintes unidades

ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo

suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios

de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)

ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a

possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista

conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e

partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)

38

ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem

caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros

quadros patoloacutegicos)

ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas

da PHDA)

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de

conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute

construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades

de conteuacutedo

- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos

professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator

facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os

conteuacutedos teoacutericos partilhados

Sessatildeo 3

Tema Ser criativo eacute urgente

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias

especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar

Objetivos

- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional

face agrave crianccedila ao jovem com PHDA

- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao

funcionamento do aluno com PHDA

39

Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo

Objetivos da dinacircmica

- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos

- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos

definidos para cada aluno

Estrateacutegias

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)

- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra

o rato

- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta

Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na

pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que

estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu

processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de

manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e

intervenccedilatildeo grupal)

40

- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si

contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na

mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo

Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro

- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de

reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do

professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)

- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias

sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual

a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica

minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo

- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar

nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de

constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno

41

Reflexatildeo

- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um

ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade

de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo

de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma

como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando

a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que

lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e

cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino

aprendizagem

Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo

comportamental em sala de aula

Estrateacutegias

- Role-playing

- Trabalho em grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

42

- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4

elementos de forma aleatoacuteria

- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca

de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a

discussatildeo que neste estaacute a decorrer

- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de

uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)

- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode

partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo

elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode

responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo

Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo

bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados

durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)

- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos

elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente

agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como

o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo

- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as

suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro

adaptativo da estrateacutegia de time-out

Reflexatildeo

- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo

de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos

em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e

na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de

intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo

ativa do aluno na aula

- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta

como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva

43

Sessatildeo 4

Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo

Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organizam-se os professores em pequenos grupos

- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura

e cola

- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre

- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina

que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na

44

largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua

deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre

- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que

teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada

horizontalmente sobre a torre

- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo

como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram

durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo

Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as

superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo

da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo

- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se

comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram

assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da

diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo

integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de

conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA

que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em

estrateacutegias limitativas

Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo

Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo

45

- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem

com PHDA

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo

- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse

balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA

- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os

balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais

cair e tocar no chatildeo

- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve

comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer

relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam

a natildeo poder tocar no chatildeo

- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos

elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se

consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo

- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que

sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram

perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na

tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos

Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos

46

Reflexatildeo

- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo

ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila

eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de

suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e

responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da

partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para

cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta

Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final

Objetivos da dinacircmica

- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da

formaccedilatildeo

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que

pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na

47

organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)

sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave

informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo

183 Siacutentese geral

A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com

professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe

docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid

Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo

dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo

Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo

que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No

entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo

os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas

no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas

complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de

PHDA

48

2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE

INVESTIGACcedilAtildeO

21 Introduccedilatildeo

O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior

de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo

assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de

professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA

Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista

ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de

conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem

ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida

De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta

cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o

investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se

apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos

resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua

5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os

estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim

atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam

que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a

organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes

de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados

permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de

investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre

pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos

com PHDA

22 Desenho do estudo

As etapas do procedimento iniciam-se com

49

- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos

conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso

fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia

suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar

- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos

devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em

fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do

modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)

- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o

problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa

documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no

terreno

23 Participantes

Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino

baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo

masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do

aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse

o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo

entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que

zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem

As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio

estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino

e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por

questionaacuterio

50

24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados

No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de

vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)

decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes

instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo

em causa

Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola

escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso

Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica

de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter

informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa

escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas

educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de

sala de aula

Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-

se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e

anaacutelise textual referente a cada um deles

Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os

respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26

Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que

completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo

para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu

consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula

Codificou-se o observado atraveacutes de SS

Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande

importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2

Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a

confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para

tratamento

241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio

51

Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo

conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto

de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de

administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores

facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a

dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas

face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais

de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio

Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)

os mesmos

Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a

anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes

O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com

34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1

com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49

anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre

os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Geacutenero (ver anexo 17)

No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente

aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo

masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46

questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino

Idade (ver anexo 17)

Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores

com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades

entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de

52

50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros

4 natildeo colocou a idade

26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

(ver anexo 18)

Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de

alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria

natildeo tem alunos com PHDA (54)

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)

Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a

concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores

tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de

subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos

(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades

(17)

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)

Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas

suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica

envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea

21 Se sim quais (ver anexo 18)

Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50

domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e

atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo

53

documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento

dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer

conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo

considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo

parental

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver

anexo 18)

Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos

com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)

Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes

sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros

29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo

tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de

outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas

suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)

De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus

alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das

respostas Sem resposta 4

41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)

Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade

para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo

54

sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias

sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos

alunos com PHDA (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo

com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)

e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo

51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)

A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos

professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo

individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses

alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano

geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos

intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)

Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos

com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11

61 Se sim quais (ver anexo 18)

O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17

o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13

com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm

resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede

auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo

acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do

comportamento dos alunos com PHDA

55

611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)

Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de

maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)

do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta

3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da

equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila

(Selikowitz 2009)

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas

tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes

19 natildeo consideram esse o seu papel educativo

Se sim justifique (ver anexo 18)

Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no

processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente

ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa

participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO

A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

(ver anexo 18)

Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da

formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria

formaccedilatildeo especializada

71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)

56

Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de

ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada

para intervir com alunos com PHDA

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a

praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses

alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA

natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de

resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo

acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo

(Selikowitz 2009)

Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos

departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo

sobre PHDA para professores

27 A Observaccedilatildeo

Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de

partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees

obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as

unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo

de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o

encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)

No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo

em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula

praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse

contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em

conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram

maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se

entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para

completamento do mesmo

57

A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios

alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado

estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma

desatenccedilatildeo (ver anexo 15)

Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados

demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a

dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)

inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a

sua desatenccedilatildeo

28 Outros instrumentos

Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5

alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos

fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com

os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg

psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de

conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar

o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm

desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere

que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros

por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas

anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A

medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns

continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no

controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um

dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os

trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques

29 Limitaccedilotildees

De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente

a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos

58

isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos

26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada

importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias

com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco

Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo

permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo

sistemaacutetico em mais do que um contexto

210 Siacutentese final

Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente

a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com

alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute

de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou

o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que

os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino

baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial

(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo

dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de

identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de

ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE

Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo

Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo

jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios

congressos e seminaacuterios

59

CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES

O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos

professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se

uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios

aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas

informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA

Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam

verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise

No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem

credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da

observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela

2008)

Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores

de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash

fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam

dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior

disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto

o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo

de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de

salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma

tem formaccedilatildeo na aacuterea

No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e

aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim

compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da

investigaccedilatildeo

Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua

incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de

modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas

estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no

60

presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de

formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos

recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas

vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia

nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas

Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais

escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados

conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de

escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo

Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea

da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que

se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos

Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado

61

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65

ANEXOS

66

Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento

67

Exemplo de contrato com aluno com PHDA

Retirado de Correia 2013 p 181

68

Retirado de Beane (2006)

69

Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas

70

CONTRATO DE ETIQUETAS

Recebes uma etiqueta cada vez

que___________________________________________________

No entanto se te comportares

mal em seguida

__________________________________________

Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes

Adaptado de Parker 1994 p 121

71

Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo

72

FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Tel

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Tel

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Ens Secundaacuterio Ano Turma

73

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Aspectos relevantes da histoacuteria escolar

Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram

Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo

Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas

Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas

Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas

Na sala de aula Sim Natildeo

Se assinalou sim indique quais

Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo

Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas

Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo

Se assinalou sim indique qual

Outros

74

2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO

Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios

(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)

Sensoriais Visatildeo

Audiccedilatildeo

Cognitivo

Comunicacional

EmocionalPersonalidade

Motor

Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico

Especificar algum aspecto que considere pertinente

3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho

por referecircncia agrave CIF-CJ 1)

(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Adquirir linguagem adicional

d135 Ensaiar (Repetir)

d137 Adquirir conceitos

75

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

d210 Realizar uma uacutenica tarefa

d220 Realizar tarefas muacuteltiplas

d230 Realizar a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Gerir o proacuteprio comportamento

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual

d345 Escrever mensagens

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo

d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Auto-transferecircncias

d430 Levantar e transportar objectos

d435 Mover objectos com os membros inferiores

d440 Movimentos finos da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

76

d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar as tarefas domeacutesticas

d650 Cuidar dos objectos da casa

d660 Ajudar os outros

d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

___________________

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do

Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do

Porto)

4 FACTORES AMBIENTAIS

Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a

Factores

Constituir barreira ao desempenho

do aluno

Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno

Familiar

Escolar

77

Social

Outros

5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER

6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO

Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo

Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass

Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass

Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass

Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass

7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Proponho

Assinatura

78

II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

1 TOMADA DE DECISAtildeO

a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

Encaminhamento

b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO

Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo

Funccedilotildees do

Corpo

79

Actividades e

Participaccedilatildeo

Factores

Ambientais

Observaccedilotildees

3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO

Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome Cargo

Docente Titular Director de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

80

Encarregado de Educaccedilatildeo Ass

Outros Intervenientes

Ass

Ass

Ass

Ass

81

82

83

Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)

84

85

86

87

88

89

90

Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)

91

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

92

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Professor Titular Director de Turma

Percurso Escolar do Aluno

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo

Docente TitularDiretor de Turma

Docente da Educaccedilatildeo Especial

Psicoacutelogo

Outros intervenientes

93

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

2 Atividade e participaccedilatildeo

3 Fatores ambientais

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas

funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou

uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b110 Funccedilotildees da consciecircncia

b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo

b117 Funccedilotildees intelectuais

b122 Funccedilotildees psicossociais globais

b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade

b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos

b134 Funccedilotildees do sono

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo

b144 Funccedilotildees da memoacuteria

b147 Funccedilotildees psicomotoras

b152 Funccedilotildees emocionais

b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo

b160 Funccedilotildees do pensamento

94

b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior

b167 Funccedilotildees mentais da linguagem

b172 Funccedilotildees do caacutelculo

b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos

complexos

CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA

b310 Funccedilotildees da voz

b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo

b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala

b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo

b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas

CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO

b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das

articulaccedilotildees

b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees

b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular

b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular

b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular

b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores

b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras

involuntaacuterias

b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

voluntaacuterio

b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

involuntaacuterio

b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha

b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do

movimento

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

95

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Desenvolvimento da linguagem

d135 Ensaiar

d137 Adquirir conceitos

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS

d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades

satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)

d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas

d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento

CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem

gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais

d345 Escrever mensagens

96

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de

comunicaccedilatildeo

CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE

d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Autotransferecircncias

d430 Levantar e transportar objetos

d435 Mover objetos com os membros inferiores

d440 Atividades de motricidade fina da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila

CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar o trabalho domeacutestico

d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos

d660 Ajudar os outros

CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

97

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social

e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua

vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com

(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se

a estaacute a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos)

e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria

e120 Para facilitar a mobilidade e o

transporte pessoal

e125 Para a comunicaccedilatildeo

e130 Para a educaccedilatildeo

e135 Para o trabalho

e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto

CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM

e225 Clima

e240 Luz

e250 Som

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310 Famiacutelia proacutexima

e315 Famiacutelia alargada

e320 Amigos

e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e

membros da comunidade

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

e340 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e355 Profissionais de sauacutede

e360 Outros profissionais

CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES

e410 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia proacutexima

e415 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia alargada

98

e420 Atitudes individuais dos amigos

e425 Atitudes individuais de conhecidos

pares colegas e membros da

comunidade

e430 Atitudes individuais de pessoas em

posiccedilatildeo de autoridade

e445 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e450 Atitudes individuais de profissionais de

sauacutede

e455 Atitudes individuais de outros

profissionais

CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS

e515 Relacionados com a arquitetura e a

construccedilatildeo

e540 Relacionados com os transportes

e570 Relacionados com a seguranccedila social

e575 Relacionados com o apoio social geral

e580 Relacionados com a sauacutede

NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados

4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES

5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o

perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo

Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que

expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo

SugestotildeesRecomendaccedilotildees

99

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em

consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos

diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor Cognitivo

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicaci

onal Audiccedilatildeo Visatildeo

6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

b) ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Turma com um projeto curricular adaptado

100

c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA

Especificar

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO

Especificar

g) CURRIacuteCULO

ESPECIacuteFICO

INDIVIDUAL

Desenvolvido em turma do ensino regular

Especificar

Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo

Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do

espectro do autismo

Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)

Especificar

101

(outras informaccedilotildees pertinentes)

7 DOCUMENTOS EM ANEXO

Sim Natildeo

Se sim quais

8 OBSERVACcedilOtildeES

9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

102

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

103

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38 anos

Nome da Matildee Idade 40 anos

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40 anos

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

104

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano 7 Turma F

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel

da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio

do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar

de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em

20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos

relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno

foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm

CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas

Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm

CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo Psicoacuteloga

Docente TitularDiretor de Turma

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo

Psicoacutelogo

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash

leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de

Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral

(ALO) ndash subteste de completamento de frases

105

2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em

contexto de sala de aula (PORT)

3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno

12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees

ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b117

Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades

intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais

cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo

em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a

informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal

visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute

comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao

processamento sequencial

0

b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1

b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e

conhecimento adquirido 1

b152

Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila

ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas

Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e

regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas

Instabilidade emocional

1

106

b156

Funccedilotildees da perceccedilatildeo

Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva

imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras

Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees

espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma

figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com

a sua exatidatildeo

1

b167

Funccedilotildees mentais da linguagem

Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e

compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e

sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras

e de silabas nas palavras ndash Dislexia

Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da

composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash

Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos

acentuada)

2

b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d135 Ensaiar 2

d137 Adquirir conceitos 2

d145 Aprender a escrever 3

d155 Adquirir competecircncias 2

d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2

d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2

d166

Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha

contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de

leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta

movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras

demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no

entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice

na competecircncia leitora

2

107

d170

Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo

escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo

prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste

de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave

data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo

denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os

erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a

confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)

omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel

semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia

esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical

e na sinoniacutemia e antoniacutemia

3

d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1

d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3

d345 Escrever mensagens 3

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d820 Educaccedilatildeo escolar 2

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES

Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e

atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)

se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute

a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3

e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados

de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo

Barreira

Facilitador 2

e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio

na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1

e140

Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto Valoriza as atividades rurais

de cultura e tradiccedilatildeo familiares

mostrando-se ambientado em contextos

maioritariamente campestres

Facilitador 3

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310

Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o

aluno no percurso escolar Dificuldades

na supervisatildeo de rotinas bem como em

educar de forma consistente

Facilitador

Barreira 1

108

e320

Amigos (colegas) Fez transferecircncia da

EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e

todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees

interpessoais do aluno conferem-lhe

grande importacircncia

Facilitador 3

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga

Facilitador 2

13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor

Cognitivo

(atenccedilatildeo perceccedilatildeo

auditiva visual e memoacuteria

de longo prazo)

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicacional

(Receccedilatildeo e receccedilatildeo

da linguagem

escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo

14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute

necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente

de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da

leitura e da escrita

Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez

que o aluno apresenta PHDA tipo misto

109

d)

ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas

disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs

Turma com um projeto curricular adaptado

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com

exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo

suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de

um docente

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar

uma turma sem problemas comportamentais

- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

Outras informaccedilotildees pertinentes

- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno

- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-

aprendizagem

- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo

com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo

ldquoAprender a Aprenderrdquo

- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico

15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Psicoacutelogo Ass

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass

110

Outros intervenientes

Representante NEE Ass

Ass

Ass

16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

111

Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)

112

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

113

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

114

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos

Identificar

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Liacutengua Gestual

Braille

Hidroterapia

Hipoterapia

Fisioterapia

Terapia da Fala

Desporto Adaptado

Terapia Ocupacional

Psicoterapia

Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )

115

Identifique qual ou quais

Apoio Psicoloacutegico

Apoio Social

Outras identifique qual ou quais

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar

Apoio familiar (bolsa ocupacional)

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas

Especificar

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar

Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo

Especificar

Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da

incapacidade

Especificar

116

422

Turma com Projeto Curricular Adaptado

Modalidade de Ensino

Niacutevel de Ensino

43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula

Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia

Dispensa dos limites etaacuterios

Especificar

Adiamento de matriacutecula

Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)

Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)

(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

117

Especificar

Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo

Especificar

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Periodicidade

Duraccedilatildeo

Local de execuccedilatildeo

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Outro Qual

46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual

461

Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Outro Programa (anexar curriacuteculo)

462

Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular

118

A tempo inteiro

A tempo parcial

Especificar

Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado

(UNECA)

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do

autismo

463

Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)

47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais

os materiais)

Para problemas visuais

Para problemas auditivos

Para problemas motores

Outro Qual

Dispositivos de compensaccedilatildeo

Auxiliares oacuteticos

Auxiliares auditivos

119

Equipamento informaacutetico

Cadeira de rodas

Proacuteteses

Outro Qual

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

CIF-CJ

120

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

121

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

122

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo 20152016

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade 13

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38

Nome da Matildee Idade 40

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

123

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas

dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB

na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano

(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou

a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou

retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de

Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto

em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo

sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria

onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute

referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano

letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido

de reavaliaccedilatildeo

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios

de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da

escritadisortografia e disgrafia

Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro

Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado

com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012

124

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO

Funccedilotildees Mentais Globais

i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em

detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do

canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal

e ao processamento sequencial

ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo

Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas

Deficiecircncia moderada

i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo

velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees

e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem

escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e

Disgrafia)

Deficiecircncia ligeira

i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo

ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido

iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e

tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo

emocional adequadas Instabilidade emocional

iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de

pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo

reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos

Dificuldade grave

i Aprender a escrever (d1453)

ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica

(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de

portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de

composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo

4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

125

na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees

(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da

meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia

iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)

iv Escrever mensagens (d3453)

Dificuldade moderada

i Ensaiar (d1352)

ii Adquirir conceitos (d1372)

iii Adquirir competecircncias (d1552)

iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)

v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo

respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento

psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que

evidencia deacutefice na competecircncia leitora

Dificuldade ligeira

i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)

Aacutereas Principais da Vida

Dificuldade moderada

i Educaccedilatildeo escolar (d8202)

FATORES AMBIENTAIS

Produtos e Tecnologia

Fatores de proteccedilatildeo facilitador

i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)

ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura

e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres

(facilitador grave)

iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)

Fatores barreira

i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa

(barreira ligeira)

126

Apoios e Relacionamentos

i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a

ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia

(facilitador grave)

ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)

iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na

supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador

ligeiro)

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos

distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de

tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as

atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA

tipo misto

Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as

disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Identifique qual ou quais

Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo

especial

Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de

competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado

pelo SPO)

127

Apoio Psicoloacutegico

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar Professores titulares das disciplinas

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades

nomeadamente em Inglecircs

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de

questotildees

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral

complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros

ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em

virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem

(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em

detrimento da forma

Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas

128

Local de execuccedilatildeo

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a

supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina

assim o entender

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma

turma sem problemas comportamentais

Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio

Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

Apoio

Individualizado Conselho de Turma X

Horaacuterio da

Turma

Educaccedilatildeo

Especial X

2X45m

(Matemaacutetica

e

Portuguecircs)

SPO X

ldquoAprender

a

Aprenderrdquo

SPO

X Sistemaacutetico

(1ordm Periacuteodo)

129

13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e

motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem

No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja

necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de

educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e

da escrita em contexto fora sala de aula

14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas

classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de

aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa

registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo

avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada

periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com

a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do

ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios

intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada

15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

130

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

131

Assinatura

132

Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo

133

1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees

11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas

parentais inadequadas ____

12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____

13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o

suficiente _____

14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____

15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e

ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____

16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____

17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____

18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo

da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____

2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo

que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento

educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com

diagnoacutestico de PHDA

Obrigada por colaborarem neste desafio

134

Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu

135

Belo S amp Coelho A (2011)

136

Anexo 9 ndash Desenho cego

137

Coelho A amp Belo S (2014)

138

Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato

139

140

Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

141

Para discussatildeo e reflexatildeo

ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais

escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da

borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade

A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer

siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada

Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva

sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material

Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma

tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-

se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora

estatildeo a fazer

No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo

quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo

Antunes (2009)

142

Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio

143

INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO

Geacutenero Masculino Feminino

Idade

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

Sim Natildeo

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA

Sim Natildeo

21 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

Sim Natildeo

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas

praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula

Sim Natildeo

144

41 Se natildeo por que natildeo o faz

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos

com PHDA

Sim Natildeo

Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos

intervenientes no processo educativo do aluno

Sim Natildeo

61 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

611 Maioritariamente quem

Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de

Educaccedilatildeo

Outro Qual ___________________________________________

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem

Sim Natildeo

Se sim justifique

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

Sim Natildeo

71 Se natildeo porquecirc

145

________________________________________________________________

________________________________________________________________

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo

146

147

148

149

Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo

150

151

152

Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno

153

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Portuguecircs

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 15102015

Hora 1415H Tempo letivo 43min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1425H Conversas paralelas deixa cair

coisas no chatildeo vai buscaacute-las

dispersa-se olha para traacutes de

modo sistemaacutetico faz perguntas

aleatoacuterias e descontextualizadas

Aluno sem medicaccedilatildeo

Aluno afirma natildeo ter feito o

TPC

1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes

bem atrasadardquo relativamente a

uma colega no entanto o aluno

tambeacutem estaacute atrasado Natildeo

espera pela sua vez Responde

sem ser chamado estaacute distraiacutedo

nunca sabe qual o exerciacutecio em

que se encontram natildeo

acompanhando os colegas

Faz referecircncia ao seu colega e

amigo Oxiang

1436H Tira a borracha do colega do

lado esquerdo sempre a olhar

para traacutes a mexer com as matildeos

a levantar da cadeira

1440H Natildeo encontra o estojo

Encontra-se sentado de lado na

154

cadeira A professora diz para

ele se endireitar

1444H A professora ajuda o aluno na

realizaccedilatildeo da atividade contudo

ele distrai-se com a borracha

1448H Os colegas fazem perguntas e o

aluno responde (de tipo coacutemico)

e vira-se para traacutes

1450H Fica confuso com o exerciacutecio

iniciado

1452H A professora pergunta se o

aluno jaacute terminou O mesmo diz

que natildeo batendo na mesa

1455H O aluno responde corretamente

quando solicitado

1458H O aluno coloca o gorro na

cabeccedila e diz que vai faltar ao

teste de HIST Em seguida diz

que vai claro e que teraacute uma

nota final positiva Entretanto

sai da sala e regressa apenas

para fechar a mochila Volta a

sair para o intervalo

Professora relembra a data do

teste

Aluno referiu que teve cerca de

60 na nota do uacuteltimo teste de

HIST

155

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Cidadania

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 31052016

Hora 1415H Tempo letivo 44min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo

professor de CID em contexto

de sala de aula de Informaacutetica

Ri e olha agrave volta Professor diz

ldquoS acalma-te ou vou-me

chatearrdquo

Aluno com medicaccedilatildeo

1447H Aluno sempre a mexer o dedo

1448H Aluno muda o comportador

portaacutetil de siacutetio Professor volta

a intervir ldquoS tens 10 minutos

para terminar o trabalhordquo

1449H Fala com a colega do lado

1450H S com os olhos semicerrados

Professor volta a chamar a

atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega

ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida

diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um

trabalho de publicidade

enganosa)

1452H Professor interpela o aluno e o

mesmo faz caretas enquanto diz

156

agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e

dezrdquo Olha para o lado mexe no

cabelo tira a folha da colega e

arregala os olhos (tiques)

1455H Chama a professor e ele

pergunta ldquoO que eacute enganosordquo

A professora responde

1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual

a tua opiniatildeo pessoalrdquo

1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz

que na proacutexima aula teraacute de

apresentar o seu trabalho em

modo de alerta de tempo O

aluno repete (de acordo com o

viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes

tu quando tens fomerdquo Logo em

seguida ldquoQuando tenho fome e

como um chocolate fico mal

dispostordquo ndash enquanto isso

estava a olhar para a professor

de cabeccedila de lado metendo o

laacutepis na boca Professora

responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo

1459H Alunos preparam-se para sair da

sala e o aluno vagueia (em

formato labirinto) ateacute agrave porta

volta para traacutes para entregar a

ficha de trabalho (ver anexo 16)

agrave colega e diz ldquoPara entregar na

proacutexima aulardquo

157

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)

Aluno SS

Ano 7ordm

Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H

Tempo

Descriccedilatildeo

(lugares intervenientes

atividades tarefas material

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1503H O aluno e um fotoacutegrafo

dirigem-se ao auditoacuterio da

escola O fotoacutegrafo senta-se e o

aluno mantem-se em peacute

Aluno com medicaccedilatildeo

1504H O aluno de repente comeccedila a

falar de um padre ldquoEstava a

mudar as reses e ele laacute para fora

comeccedila a aguindar (marca

linguiacutestica) a aacutegua bentardquo

Fala de um padre Parece

recordar-se que tem EMRC agraves

1515H

1507H O aluno entretanto comeccedila a

abordar o tema relacionado com

negoacutecios de lavradores e o

fotoacutegrafo desenvolve a

sustentabilidade

1508H O aluno senta-se devagar

muito atento e diz ldquoEu tenho

um amigo querdquo

1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores

estatildeo a gastar mais do que

deviamrdquo O aluno volta a

mencionar o amigo ldquoO meu

amigo tem muitos alqueiros e

tira leite 3 vezes por diardquo

O aluno quer ser lavrador

1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo

para as vantagens e

desvantagens de ter uma lavoura

e o aluno ndash pensativo ndash diz

ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver

158

Se natildeo der natildeo deurdquo

Entretanto pergunta as horas e

diz que tem EMRC

159

Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo

160

161

162

Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno

163

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome JM Idade 15 anos

Professor P1

O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como

incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo

reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

164

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome SS Idade 14 anos

Professor P1

O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras

dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques

principalmente ao niacutevel da face

Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da

Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira

perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica

Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo

Em 08062016

Professor P2

Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega

na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo

por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno

estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem

um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta

tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer

em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

165

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome DG Idade 13 anos

Professor P1

O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com

trabalho foram sendo colmatadas

Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

166

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome ES Idade 12 anos

Professor P1

O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se

bastante adaptado ao contexto de sala de aula

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

167

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome FS Idade 13 anos

Professor P1

O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra

inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

168

Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes

169

19

81

Geacutenero

Masculino

Feminino

44

31

54

7

Idade

Natildeo colocou idade

20-29

30-39

40-49

mais de 50

170

Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio

171

4654

Tem alunos com PHDA

Sim

Natildeo

17

58

17

8

Maiores dificuldades

Sem justificaccedilatildeo

Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento

Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo

Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila

5446

Conhecimentos acerca da PHDA

Sim

Natildeo

172

73

27

Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA

Sim

Natildeo

7

7

15

50

14

7

Quais os conhecimentos acerca da PHDA

Natildeo evidencia os conhecimentos

Poucos conhecimentos

Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)

Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar

Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo

173

28

29

14

29

Natildeo identifica alunos com PHDA

Natildeo tem formaccedilatildeo

Natildeo tem conhecimentos

Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas

Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo

58

38

4

Construccedilatildeo de materiais

Sim

Natildeo

Sem resposta

20

20

1020

20

10

Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais

Natildeo houve oportunidade

Natildeo tem alunos com PHDA

Natildeo sentiu necessidade

Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar

Escassez (sobrecarga) detempo

Sem resposta

174

5442

4

Organizaccedilatildeo do plano de aula

Sim

Natildeo

Sem resposta

46

36

99

Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA

Natildeo tem alunos com PHDA

Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno

Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)

5831

11

Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

175

4 44

25

17

13

13

8

4

8

Intervenientes

Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA

Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)

Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar

Diretor de Turma

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Encarregado de Educaccedilatildeo

Conselho de Turma

SPO

Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica

40

27

17

1033

Contacto com os seguintes intervenientes

Diretor de Turma

Psicoacutelogo

Encarregado de Educaccedilatildeo

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Professor de EMRC

Sem resposta

176

5819

23

Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

34

33

13

7

13

Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do

aluno com PHDA

Interveniente ativo noprocesso educativo

Necessidade de maior apoio

Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento

Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO

Sem resposta

177

80

20

Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA

Sim

Natildeo

5050

Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores

Falta de oferta formativa

Existecircncia de equipaespecializada

114

444

73

Sugestotildees dos professores respondentes

Accedilotildees de formaccedilatildeo

Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo

Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos

Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz

Psicologia convertida agraveglobalidade

Sem resposta

178

Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo

Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno

179

Categorias Sub-categorias Respondentes

Identificaccedilatildeo de

carateriacutesticas de alunos

com PHDA

Dificuldades em P1 P2

1 Controlar o comportamento times times

2 Focar a atenccedilatildeo times

3 Reter informaccedilatildeo times

4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times

5 Lidar com a frustraccedilatildeo times

Presenccedila de

1 Tiques times times

2 PEA times

3 Medicaccedilatildeo que

31 Atenua comportamento times

32 Manteacutem comportamento times

4 Agressividade ingeacutenua times

5 Afetividade times

6 Egoiacutesmo times

7 Preferecircncia por trabalhos

individuais

times

Page 4: INTRODUÇÃO Justificação do tema parte... · 2020. 6. 12. · desgraça da família, malcriado, preguiçoso, etc.” (p.180). Barkley & Murphy (2006) apresentam algumas das características

4

13 Criteacuterios de Diagnoacutestico de PHDA

Os criteacuterios de diagnoacutestico baseados no DSM-IV-TR (2002) focam-se em

ambos os sintomas quer de falta de atenccedilatildeo quer de hiperatividade-

impulsividade Tomam em atenccedilatildeo a durabilidade dos mesmos e o momento em

que comeccedilam a aparecer os primeiros indiacutecios (no DSM IV-TR devem aparecer

antes dos sete anos de idade e no mais recente DSM-V devem estar presentes antes

dos 12 anos de idade) Outra das alteraccedilotildees realizadas presente no mais recente

manual de diagnoacutestico permite a comorbilidade de PHDA com a Perturbaccedilatildeo do

Espetro do Autismo

Apresenta-se de seguida os criteacuterios de diagnoacutestico com base no DSM-V

(2014)

Criteacuterio A ndash 1) ou 2)

1) Desatenccedilatildeo ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram pelo menos

durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel de desenvolvimento

e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e

acadeacutemicasocupacionais

(a) com frequecircncia natildeo presta atenccedilatildeo suficiente aos pormenores ou comete erros

por descuido nas tarefas escolares no trabalho ou em outras atividades

(b) com frequecircncia tem dificuldade em manter a atenccedilatildeo em tarefas ou atividades

(c) com frequecircncia parece natildeo ouvir quando lhe falam diretamente

(d) com frequecircncia natildeo segue as instruccedilotildees e natildeo termina os trabalhos escolares

encargos ou deveres no local de trabalho (sem ser por comportamentos de

oposiccedilatildeo ou por incompreensatildeo das instruccedilotildees)

(e) com frequecircncia tem dificuldades em organizar tarefas e atividades

(f) com frequecircncia evita sente repugnacircncia ou estaacute relutante em envolver-se em

tarefas que requeiram um esforccedilo mental mantido (tais como trabalhos escolares

ou de iacutendole administrativa)

(g) com frequecircncia perde objetos necessaacuterios a tarefas ou atividades (por

exemplo brinquedos exerciacutecios escolares laacutepis livros ou ferramentas)

(h) com frequecircncia distrai-se facilmente com estiacutemulos irrelevantes

5

(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas

2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas

persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel

de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e

acadeacutemicasocupacionais

(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se

quando estaacute sentado

(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera

que esteja sentado

(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute

inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos

subjetivos de impaciecircncia)

(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a

atividades de oacutecio

(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo

(f) com frequecircncia fala em excesso

(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham

terminado

(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez

(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por

exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)

Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de

atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade

Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por

exemplo escola (ou trabalho) e em casa)

Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo

do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional

6

Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de

esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra

perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade

perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou

abstinecircncia de substacircncias)

DSM-V (2014)

Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada

crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde

se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico

(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de

PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes

2004)

Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente

de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)

ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2

natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)

De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela

onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de

hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os

sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade

Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que

duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a

sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)

14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA

Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute

necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante

saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos

interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a

7

interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um

indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo

do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros

Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples

a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a

desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)

Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais

presentes nos indiviacuteduos com PHDA

- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de

retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As

consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de

esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de

trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos

- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes

de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo

eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e

tende a diminuir com a idade

- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e

de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que

haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia

Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais

ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a

memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta

funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos

relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)

referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui

para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir

instruccedilotildees planear ou resolver problemas

Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a

desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou

laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado

com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente

8

pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas

(DSM-IV-TR 2002)

Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a

sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a

uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que

envolve esta perturbaccedilatildeo

Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada

por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o

aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar

(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker

1992)

15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA

De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de

3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos

de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma

prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5

nas crianccedilas e de 25 na idade adulta

Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com

PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo

Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde

concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda

que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero

de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos

presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece

Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta

contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares

Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas

natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada

O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por

9

vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais

de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25

Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais

diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)

A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando

existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de

PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada

eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)

A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo

alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com

PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia

a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados

referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees

e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20

Tiques 11 e Depressatildeo 4

16 Etiologia de PHDA

As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o

fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp

Russel 2006)

Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker

2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley

amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios

elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)

Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA

pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto

prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do

ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)

Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas

educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada

10

essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes

2004)

17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA

As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA

requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas

perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica

De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento

humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que

os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados

contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)

ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e

cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo

A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina

vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma

equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)

psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade

Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente

(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo

prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees

sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as

competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade

melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso

prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade

Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em

casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes

(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus

sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles

que com ele convivem

Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que

ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos

periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA

11

para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda

garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma

metodologia de intervenccedilatildeo

A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de

intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial

171 Farmacoloacutegica

A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os

casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar

a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a

frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com

PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais

riscos e efeitos adversos

Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de

alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)

designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor

normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento

farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em

psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)

Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais

conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo

da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de

funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA

Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara

melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas

com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de

reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal

comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)

A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica

intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e

transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo

12

farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras

estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma

diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das

outras intervenccedilotildees

De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica

em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma

forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada

(Pereira amp Fernandes 2001)

172 Cognitivo comportamental

Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema

importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a

outras intervenccedilotildees

A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo

psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes

de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo

comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na

intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)

Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra

- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os

comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a

eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo

comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro

teacutecnico

- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de

aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado

- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e

obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como

desejados

- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento

13

- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos

A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee

- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da

linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a

passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado

- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o

proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da

anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais

como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo

- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de

competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o

objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado

problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas

promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo

- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio

comportamento

- Teacutecnicas de relaxamento

- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo

Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental

aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la

com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta

se justifica

173 Psicossocial

Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos

familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida

da crianccedila do jovem com PHDA

14

1731 Contexto familiar

A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que

eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da

PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais

Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos

adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando

praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado

castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer

agrave gravidade do comportamento disruptivo

Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos

positivos nos filhos com PHDA

De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir

diferentes formas

- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre

pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de

comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute

indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas

associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de

rutura matrimonial)

- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte

muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como

uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios

comportamentais dos seus filhos

- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a

partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o

aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais

A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas

das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta

bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo

15

1732 Contexto escolar

A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior

pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas

elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as

limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora

dela

Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria

dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA

Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa

mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel

de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado

pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem

interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)

Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos

professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e

desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de

autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar

Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas

agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo

conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade

(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais

facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que

os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem

Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar

em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados

Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e

natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma

Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode

integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e

cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)

ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais

16

(a) Formaccedilatildeo de professores

Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um

melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o

conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade

para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle

2004 cit por Rodrigues 2008)

(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola

O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de

modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os

professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos

realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo

Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo

sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com

articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos

(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula

Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas

de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir

para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A

melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a

metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA

deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul

amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)

Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar

(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices

de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual

Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa

aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo

acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias

situaccedilotildees escolares que constituem um problema

17

Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de

intervenccedilatildeo se deve centrar

- Modificaccedilatildeo do contexto

Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em

que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta

apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos

nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos

fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo

dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg

calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)

Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)

Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem

implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de

modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar

Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes

estrateacutegias

- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais

- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais

proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com

boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)

- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio

- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente

eou realizar atividades diferentes

- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou

artiacutesticas

No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as

seguintes estrateacutegias

- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do

tempo

- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados

18

- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara

- Dividir eou reduzir as tarefas

- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade

- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo

mental

- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro

dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para

o aluno com PHDA

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos

ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)

- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback

- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha

tempo de realizarterminar as tarefas

- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas

- Estabelecer limites para terminar as tarefas

- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala

- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende

- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa

- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este

se lhe dirige)

- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade

- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro

interativo de filmes diapositivos

- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais

- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a

apresentaccedilatildeo

- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos

- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de

motivaccedilatildeo e de interesse)

19

- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)

- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais

importantes (ideias chave)

- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo

- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)

- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades

- Ler os materiais em voz alta

- Utilizar versotildees reduzidas de textos

- Simplificar vocabulaacuterio do texto

- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos

- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes

de o colocar a realizaacute-lo individualmente

- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve

sobrecarregar o aluno com trabalho extra)

- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula

Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam

teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de

comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de

trocasrdquo o time-out entre outras

A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica

As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais

e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento

desejado utilizando recompensas

- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a

modificar

- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis

para o fim

20

- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia

negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento

- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a

observaccedilatildeo do comportamento

- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo

funcionam

- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois

pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela

ausecircncia de reforccedilo

- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que

as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores

- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico

O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo

a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de

encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica

de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o

aluno e o professor

O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente

a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento

atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o

seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal

O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas

que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por

preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para

recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai

ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto

com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas

fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos

estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento

O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o

reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para

21

ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento

indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja

utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo

considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma

outra resulta)

Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de

sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo

professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que

satildeo

- Aceitar o aluno tal como ele eacute

- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele

- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel

- Estabelecer regrasconsequecircncias claras

- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que

necessaacuterio

- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados

- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco

gravosos)

- Evitar criticar o aluno

- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser

elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)

- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva

- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador

- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento

- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos

de transiccedilatildeo)

- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como

estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo

estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)

22

- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados

- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo

- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade

- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo

Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da

implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas

para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo

Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)

- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a

observar e a registar o seu proacuteprio comportamento

- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu

proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com

tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas

- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar

com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um

controlo dos comportamentos

Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se

consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a

avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados

comportamentos

(d) Ensino Especial

Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem

especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino

multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila

Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do

aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o

maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino

23

Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser

integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-

lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto

escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam

associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e

da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente

Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo

aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo

social

Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho

executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com

o aluno

Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-

modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o

indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a

posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente

Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo

(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual

necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-

se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo

participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica

aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da

Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre

as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com

o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos

de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que

consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo

Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e

intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee

concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade

Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)

no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP

24

determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim

determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e

aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo

no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa

dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia

Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do

SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios

disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o

caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)

As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas

nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas

disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo

e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria

utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois

momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa

outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)

Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo

de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia

nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos

com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)

- Fichas de avaliaccedilatildeo

- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)

- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta

- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal

- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo

- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala

- Testes curtos e com seccedilotildees curtas

- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)

- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta

- Evitar textos extensos

25

- Colocar poucas questotildees por paacutegina

- Numerar todas as paacuteginas e questotildees

- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo

- Tipos de teste

- Respostas por escolha muacuteltipla

- Evitar muitas opccedilotildees

- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)

- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)

- Alinhar verticalmente as respostas

- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical

- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla

- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta

- Respostas por correspondecircncia

- Colocar todos os itens na mesma paacutegina

- Colocar espaccedilo extra entre os itens

- Utilizar pequenos grupos de itens

- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)

- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas

- Dar um exemplo correto

- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo

- Respostas Verdadeiro ou Falso

- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste

- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa

- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a

resposta correta

- Respostas para preencher e espaccedilos

- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)

- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta

- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo

- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero

de vezes que for para usar

26

- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada

- Respostas de desenvolvimento

- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta

mais curta

- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta

- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo

Outras sugestotildees

- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem

alguma dificuldade e natildeo a verbaliza

- Consultar os alunos com PHDA durante o teste

- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste

- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste

- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente

- Fazer o teste em dois dias

- Fazer intervalos durante o teste

- Utilizar reforccedilos positivos

- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc

- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas

- Fornecer um guiatildeo de estudo

- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final

(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais

Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e

trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem

com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os

adultos

27

Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo

diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar

pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade

Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias

sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo

(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos

seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social

sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas

perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento

Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy

Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante

analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a

sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender

o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e

inadequados com outros

Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores

assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em

contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do

desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave

autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs

1998 Fernandes 2007)

- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar

- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo

respeito incentivo)

- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno

- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula

- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo

- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da

sala quando o professor se ausenta)

- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)

28

- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o

aluno sobre esses comportamentos)

- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos

adequados

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos

ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)

- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios

destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser

pela positiva e construtivos (as))

- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais

Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus

alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo

aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees

que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos

18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de

intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA

Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham

acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas

hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e

teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora

do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp

Saragoccedila 2011 p 367)

Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades

desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um

processo de inclusatildeo no grupo turma

Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de

expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio

Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades

29

e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo

por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o

decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental

Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World

Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e

melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias

diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular

Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam

de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem

abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo

e proximidade agraves necessidades dos alunos

O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas

escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA

A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para

- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila

- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no

processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os

preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a

obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)

- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade

do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)

- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo

na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de

aprendizagens (Correia 2010)

Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra

que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir

necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de

74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam

dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado

30

inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste

estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores

- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo

autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas

com dificuldades de aprendizagem

- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no

domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e

emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas

- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de

aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes

- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)

Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem

das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica

no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e

de impulso bem como da autoestima

Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para

professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores

Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades

dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas

educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas

aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular

181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA

Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser

apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em

PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de

grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores

31

relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia

devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora

Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas

na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico

dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de

aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de

processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo

da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada

182 Descriccedilatildeo das sessotildees

Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo

Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)

Objetivos

- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores

- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo

- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo

- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo

- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que

consideram ser elementos importantes a melhorar

Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial

Objetivos da dinacircmica

- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA

32

Estrateacutegias

- Trabalho individual

Procedimentos da dinacircmica

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que

pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem

mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte

de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de

PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu

Fonte Coelho amp Belo (2011)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto

professores

- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias

identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma

33

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los

professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo de grupo

Procedimentos

- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que

reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do

grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia

para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores

- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores

- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e

competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser

vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente

- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que

elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas

- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si

- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si

aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais

voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)

- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam

tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como

referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma

- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo

- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da

informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo

de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar

34

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de

autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma

um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem

a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades

(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou

sozinho neste desafio)

- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser

facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo

pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma

- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo

durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram

inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo

sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis

Sessatildeo 2

Tema PHDA

Objetivos

- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com

PHDA

- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave

compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo

no sistema de ensino

Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

35

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar

Objetivos da dinacircmica

- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de

informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo

eficaz de comunicaccedilatildeo

- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA

Estrateacutegias

- Trabalho a pares

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria

- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para

os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes

e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente

- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha

com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha

em branco e uma caneta

- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo

graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu

par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel

- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer

qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o

emissor

- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher

todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos

36

- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que

cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por

emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar

esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo

Reflexatildeo

- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas

vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes

intervenientes no processo educativo

- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de

domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como

ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute

suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu

proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais

adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de

aprendizagem da crianccedila

Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no

grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes

- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo

Estrateacutegias

37

- Trabalho individual

- Trabalho em pequeno grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que

associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de

fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para

a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo

apresentada (Kohn amp Smith 2010)

- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos

grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa

nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA

- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista

ao grande grupo

- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em

suporte legiacutevel para todo o grupo

- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os

professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a

integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas

seguintes unidades

ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo

suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios

de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)

ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a

possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista

conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e

partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)

38

ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem

caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros

quadros patoloacutegicos)

ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas

da PHDA)

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de

conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute

construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades

de conteuacutedo

- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos

professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator

facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os

conteuacutedos teoacutericos partilhados

Sessatildeo 3

Tema Ser criativo eacute urgente

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias

especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar

Objetivos

- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional

face agrave crianccedila ao jovem com PHDA

- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao

funcionamento do aluno com PHDA

39

Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo

Objetivos da dinacircmica

- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos

- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos

definidos para cada aluno

Estrateacutegias

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)

- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra

o rato

- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta

Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na

pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que

estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu

processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de

manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e

intervenccedilatildeo grupal)

40

- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si

contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na

mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo

Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro

- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de

reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do

professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)

- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias

sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual

a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica

minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo

- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar

nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de

constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno

41

Reflexatildeo

- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um

ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade

de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo

de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma

como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando

a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que

lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e

cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino

aprendizagem

Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo

comportamental em sala de aula

Estrateacutegias

- Role-playing

- Trabalho em grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

42

- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4

elementos de forma aleatoacuteria

- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca

de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a

discussatildeo que neste estaacute a decorrer

- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de

uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)

- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode

partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo

elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode

responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo

Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo

bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados

durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)

- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos

elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente

agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como

o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo

- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as

suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro

adaptativo da estrateacutegia de time-out

Reflexatildeo

- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo

de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos

em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e

na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de

intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo

ativa do aluno na aula

- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta

como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva

43

Sessatildeo 4

Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo

Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organizam-se os professores em pequenos grupos

- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura

e cola

- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre

- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina

que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na

44

largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua

deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre

- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que

teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada

horizontalmente sobre a torre

- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo

como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram

durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo

Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as

superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo

da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo

- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se

comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram

assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da

diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo

integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de

conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA

que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em

estrateacutegias limitativas

Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo

Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo

45

- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem

com PHDA

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo

- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse

balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA

- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os

balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais

cair e tocar no chatildeo

- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve

comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer

relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam

a natildeo poder tocar no chatildeo

- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos

elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se

consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo

- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que

sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram

perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na

tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos

Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos

46

Reflexatildeo

- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo

ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila

eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de

suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e

responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da

partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para

cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta

Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final

Objetivos da dinacircmica

- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da

formaccedilatildeo

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que

pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na

47

organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)

sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave

informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo

183 Siacutentese geral

A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com

professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe

docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid

Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo

dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo

Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo

que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No

entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo

os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas

no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas

complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de

PHDA

48

2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE

INVESTIGACcedilAtildeO

21 Introduccedilatildeo

O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior

de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo

assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de

professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA

Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista

ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de

conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem

ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida

De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta

cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o

investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se

apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos

resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua

5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os

estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim

atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam

que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a

organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes

de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados

permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de

investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre

pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos

com PHDA

22 Desenho do estudo

As etapas do procedimento iniciam-se com

49

- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos

conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso

fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia

suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar

- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos

devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em

fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do

modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)

- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o

problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa

documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no

terreno

23 Participantes

Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino

baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo

masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do

aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse

o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo

entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que

zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem

As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio

estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino

e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por

questionaacuterio

50

24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados

No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de

vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)

decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes

instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo

em causa

Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola

escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso

Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica

de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter

informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa

escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas

educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de

sala de aula

Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-

se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e

anaacutelise textual referente a cada um deles

Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os

respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26

Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que

completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo

para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu

consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula

Codificou-se o observado atraveacutes de SS

Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande

importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2

Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a

confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para

tratamento

241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio

51

Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo

conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto

de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de

administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores

facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a

dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas

face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais

de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio

Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)

os mesmos

Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a

anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes

O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com

34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1

com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49

anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre

os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Geacutenero (ver anexo 17)

No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente

aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo

masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46

questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino

Idade (ver anexo 17)

Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores

com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades

entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de

52

50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros

4 natildeo colocou a idade

26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

(ver anexo 18)

Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de

alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria

natildeo tem alunos com PHDA (54)

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)

Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a

concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores

tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de

subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos

(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades

(17)

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)

Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas

suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica

envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea

21 Se sim quais (ver anexo 18)

Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50

domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e

atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo

53

documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento

dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer

conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo

considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo

parental

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver

anexo 18)

Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos

com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)

Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes

sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros

29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo

tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de

outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas

suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)

De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus

alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das

respostas Sem resposta 4

41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)

Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade

para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo

54

sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias

sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos

alunos com PHDA (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo

com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)

e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo

51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)

A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos

professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo

individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses

alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano

geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos

intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)

Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos

com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11

61 Se sim quais (ver anexo 18)

O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17

o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13

com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm

resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede

auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo

acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do

comportamento dos alunos com PHDA

55

611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)

Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de

maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)

do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta

3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da

equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila

(Selikowitz 2009)

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas

tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes

19 natildeo consideram esse o seu papel educativo

Se sim justifique (ver anexo 18)

Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no

processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente

ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa

participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO

A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

(ver anexo 18)

Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da

formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria

formaccedilatildeo especializada

71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)

56

Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de

ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada

para intervir com alunos com PHDA

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a

praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses

alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA

natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de

resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo

acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo

(Selikowitz 2009)

Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos

departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo

sobre PHDA para professores

27 A Observaccedilatildeo

Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de

partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees

obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as

unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo

de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o

encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)

No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo

em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula

praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse

contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em

conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram

maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se

entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para

completamento do mesmo

57

A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios

alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado

estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma

desatenccedilatildeo (ver anexo 15)

Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados

demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a

dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)

inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a

sua desatenccedilatildeo

28 Outros instrumentos

Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5

alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos

fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com

os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg

psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de

conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar

o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm

desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere

que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros

por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas

anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A

medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns

continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no

controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um

dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os

trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques

29 Limitaccedilotildees

De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente

a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos

58

isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos

26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada

importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias

com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco

Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo

permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo

sistemaacutetico em mais do que um contexto

210 Siacutentese final

Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente

a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com

alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute

de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou

o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que

os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino

baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial

(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo

dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de

identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de

ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE

Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo

Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo

jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios

congressos e seminaacuterios

59

CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES

O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos

professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se

uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios

aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas

informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA

Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam

verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise

No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem

credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da

observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela

2008)

Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores

de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash

fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam

dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior

disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto

o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo

de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de

salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma

tem formaccedilatildeo na aacuterea

No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e

aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim

compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da

investigaccedilatildeo

Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua

incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de

modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas

estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no

60

presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de

formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos

recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas

vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia

nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas

Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais

escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados

conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de

escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo

Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea

da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que

se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos

Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado

61

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65

ANEXOS

66

Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento

67

Exemplo de contrato com aluno com PHDA

Retirado de Correia 2013 p 181

68

Retirado de Beane (2006)

69

Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas

70

CONTRATO DE ETIQUETAS

Recebes uma etiqueta cada vez

que___________________________________________________

No entanto se te comportares

mal em seguida

__________________________________________

Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes

Adaptado de Parker 1994 p 121

71

Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo

72

FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Tel

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Tel

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Ens Secundaacuterio Ano Turma

73

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Aspectos relevantes da histoacuteria escolar

Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram

Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo

Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas

Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas

Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas

Na sala de aula Sim Natildeo

Se assinalou sim indique quais

Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo

Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas

Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo

Se assinalou sim indique qual

Outros

74

2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO

Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios

(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)

Sensoriais Visatildeo

Audiccedilatildeo

Cognitivo

Comunicacional

EmocionalPersonalidade

Motor

Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico

Especificar algum aspecto que considere pertinente

3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho

por referecircncia agrave CIF-CJ 1)

(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Adquirir linguagem adicional

d135 Ensaiar (Repetir)

d137 Adquirir conceitos

75

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

d210 Realizar uma uacutenica tarefa

d220 Realizar tarefas muacuteltiplas

d230 Realizar a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Gerir o proacuteprio comportamento

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual

d345 Escrever mensagens

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo

d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Auto-transferecircncias

d430 Levantar e transportar objectos

d435 Mover objectos com os membros inferiores

d440 Movimentos finos da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

76

d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar as tarefas domeacutesticas

d650 Cuidar dos objectos da casa

d660 Ajudar os outros

d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

___________________

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do

Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do

Porto)

4 FACTORES AMBIENTAIS

Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a

Factores

Constituir barreira ao desempenho

do aluno

Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno

Familiar

Escolar

77

Social

Outros

5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER

6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO

Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo

Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass

Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass

Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass

Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass

7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Proponho

Assinatura

78

II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

1 TOMADA DE DECISAtildeO

a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

Encaminhamento

b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO

Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo

Funccedilotildees do

Corpo

79

Actividades e

Participaccedilatildeo

Factores

Ambientais

Observaccedilotildees

3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO

Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome Cargo

Docente Titular Director de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

80

Encarregado de Educaccedilatildeo Ass

Outros Intervenientes

Ass

Ass

Ass

Ass

81

82

83

Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)

84

85

86

87

88

89

90

Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)

91

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

92

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Professor Titular Director de Turma

Percurso Escolar do Aluno

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo

Docente TitularDiretor de Turma

Docente da Educaccedilatildeo Especial

Psicoacutelogo

Outros intervenientes

93

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

2 Atividade e participaccedilatildeo

3 Fatores ambientais

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas

funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou

uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b110 Funccedilotildees da consciecircncia

b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo

b117 Funccedilotildees intelectuais

b122 Funccedilotildees psicossociais globais

b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade

b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos

b134 Funccedilotildees do sono

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo

b144 Funccedilotildees da memoacuteria

b147 Funccedilotildees psicomotoras

b152 Funccedilotildees emocionais

b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo

b160 Funccedilotildees do pensamento

94

b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior

b167 Funccedilotildees mentais da linguagem

b172 Funccedilotildees do caacutelculo

b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos

complexos

CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA

b310 Funccedilotildees da voz

b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo

b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala

b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo

b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas

CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO

b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das

articulaccedilotildees

b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees

b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular

b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular

b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular

b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores

b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras

involuntaacuterias

b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

voluntaacuterio

b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

involuntaacuterio

b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha

b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do

movimento

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

95

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Desenvolvimento da linguagem

d135 Ensaiar

d137 Adquirir conceitos

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS

d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades

satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)

d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas

d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento

CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem

gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais

d345 Escrever mensagens

96

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de

comunicaccedilatildeo

CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE

d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Autotransferecircncias

d430 Levantar e transportar objetos

d435 Mover objetos com os membros inferiores

d440 Atividades de motricidade fina da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila

CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar o trabalho domeacutestico

d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos

d660 Ajudar os outros

CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

97

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social

e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua

vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com

(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se

a estaacute a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos)

e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria

e120 Para facilitar a mobilidade e o

transporte pessoal

e125 Para a comunicaccedilatildeo

e130 Para a educaccedilatildeo

e135 Para o trabalho

e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto

CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM

e225 Clima

e240 Luz

e250 Som

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310 Famiacutelia proacutexima

e315 Famiacutelia alargada

e320 Amigos

e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e

membros da comunidade

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

e340 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e355 Profissionais de sauacutede

e360 Outros profissionais

CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES

e410 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia proacutexima

e415 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia alargada

98

e420 Atitudes individuais dos amigos

e425 Atitudes individuais de conhecidos

pares colegas e membros da

comunidade

e430 Atitudes individuais de pessoas em

posiccedilatildeo de autoridade

e445 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e450 Atitudes individuais de profissionais de

sauacutede

e455 Atitudes individuais de outros

profissionais

CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS

e515 Relacionados com a arquitetura e a

construccedilatildeo

e540 Relacionados com os transportes

e570 Relacionados com a seguranccedila social

e575 Relacionados com o apoio social geral

e580 Relacionados com a sauacutede

NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados

4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES

5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o

perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo

Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que

expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo

SugestotildeesRecomendaccedilotildees

99

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em

consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos

diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor Cognitivo

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicaci

onal Audiccedilatildeo Visatildeo

6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

b) ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Turma com um projeto curricular adaptado

100

c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA

Especificar

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO

Especificar

g) CURRIacuteCULO

ESPECIacuteFICO

INDIVIDUAL

Desenvolvido em turma do ensino regular

Especificar

Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo

Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do

espectro do autismo

Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)

Especificar

101

(outras informaccedilotildees pertinentes)

7 DOCUMENTOS EM ANEXO

Sim Natildeo

Se sim quais

8 OBSERVACcedilOtildeES

9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

102

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

103

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38 anos

Nome da Matildee Idade 40 anos

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40 anos

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

104

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano 7 Turma F

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel

da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio

do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar

de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em

20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos

relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno

foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm

CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas

Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm

CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo Psicoacuteloga

Docente TitularDiretor de Turma

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo

Psicoacutelogo

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash

leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de

Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral

(ALO) ndash subteste de completamento de frases

105

2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em

contexto de sala de aula (PORT)

3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno

12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees

ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b117

Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades

intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais

cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo

em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a

informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal

visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute

comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao

processamento sequencial

0

b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1

b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e

conhecimento adquirido 1

b152

Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila

ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas

Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e

regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas

Instabilidade emocional

1

106

b156

Funccedilotildees da perceccedilatildeo

Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva

imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras

Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees

espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma

figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com

a sua exatidatildeo

1

b167

Funccedilotildees mentais da linguagem

Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e

compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e

sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras

e de silabas nas palavras ndash Dislexia

Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da

composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash

Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos

acentuada)

2

b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d135 Ensaiar 2

d137 Adquirir conceitos 2

d145 Aprender a escrever 3

d155 Adquirir competecircncias 2

d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2

d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2

d166

Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha

contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de

leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta

movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras

demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no

entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice

na competecircncia leitora

2

107

d170

Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo

escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo

prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste

de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave

data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo

denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os

erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a

confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)

omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel

semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia

esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical

e na sinoniacutemia e antoniacutemia

3

d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1

d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3

d345 Escrever mensagens 3

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d820 Educaccedilatildeo escolar 2

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES

Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e

atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)

se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute

a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3

e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados

de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo

Barreira

Facilitador 2

e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio

na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1

e140

Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto Valoriza as atividades rurais

de cultura e tradiccedilatildeo familiares

mostrando-se ambientado em contextos

maioritariamente campestres

Facilitador 3

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310

Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o

aluno no percurso escolar Dificuldades

na supervisatildeo de rotinas bem como em

educar de forma consistente

Facilitador

Barreira 1

108

e320

Amigos (colegas) Fez transferecircncia da

EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e

todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees

interpessoais do aluno conferem-lhe

grande importacircncia

Facilitador 3

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga

Facilitador 2

13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor

Cognitivo

(atenccedilatildeo perceccedilatildeo

auditiva visual e memoacuteria

de longo prazo)

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicacional

(Receccedilatildeo e receccedilatildeo

da linguagem

escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo

14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute

necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente

de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da

leitura e da escrita

Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez

que o aluno apresenta PHDA tipo misto

109

d)

ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas

disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs

Turma com um projeto curricular adaptado

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com

exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo

suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de

um docente

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar

uma turma sem problemas comportamentais

- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

Outras informaccedilotildees pertinentes

- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno

- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-

aprendizagem

- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo

com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo

ldquoAprender a Aprenderrdquo

- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico

15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Psicoacutelogo Ass

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass

110

Outros intervenientes

Representante NEE Ass

Ass

Ass

16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

111

Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)

112

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

113

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

114

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos

Identificar

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Liacutengua Gestual

Braille

Hidroterapia

Hipoterapia

Fisioterapia

Terapia da Fala

Desporto Adaptado

Terapia Ocupacional

Psicoterapia

Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )

115

Identifique qual ou quais

Apoio Psicoloacutegico

Apoio Social

Outras identifique qual ou quais

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar

Apoio familiar (bolsa ocupacional)

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas

Especificar

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar

Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo

Especificar

Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da

incapacidade

Especificar

116

422

Turma com Projeto Curricular Adaptado

Modalidade de Ensino

Niacutevel de Ensino

43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula

Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia

Dispensa dos limites etaacuterios

Especificar

Adiamento de matriacutecula

Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)

Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)

(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

117

Especificar

Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo

Especificar

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Periodicidade

Duraccedilatildeo

Local de execuccedilatildeo

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Outro Qual

46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual

461

Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Outro Programa (anexar curriacuteculo)

462

Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular

118

A tempo inteiro

A tempo parcial

Especificar

Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado

(UNECA)

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do

autismo

463

Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)

47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais

os materiais)

Para problemas visuais

Para problemas auditivos

Para problemas motores

Outro Qual

Dispositivos de compensaccedilatildeo

Auxiliares oacuteticos

Auxiliares auditivos

119

Equipamento informaacutetico

Cadeira de rodas

Proacuteteses

Outro Qual

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

CIF-CJ

120

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

121

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

122

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo 20152016

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade 13

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38

Nome da Matildee Idade 40

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

123

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas

dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB

na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano

(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou

a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou

retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de

Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto

em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo

sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria

onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute

referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano

letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido

de reavaliaccedilatildeo

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios

de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da

escritadisortografia e disgrafia

Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro

Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado

com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012

124

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO

Funccedilotildees Mentais Globais

i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em

detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do

canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal

e ao processamento sequencial

ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo

Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas

Deficiecircncia moderada

i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo

velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees

e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem

escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e

Disgrafia)

Deficiecircncia ligeira

i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo

ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido

iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e

tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo

emocional adequadas Instabilidade emocional

iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de

pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo

reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos

Dificuldade grave

i Aprender a escrever (d1453)

ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica

(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de

portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de

composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo

4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

125

na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees

(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da

meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia

iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)

iv Escrever mensagens (d3453)

Dificuldade moderada

i Ensaiar (d1352)

ii Adquirir conceitos (d1372)

iii Adquirir competecircncias (d1552)

iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)

v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo

respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento

psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que

evidencia deacutefice na competecircncia leitora

Dificuldade ligeira

i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)

Aacutereas Principais da Vida

Dificuldade moderada

i Educaccedilatildeo escolar (d8202)

FATORES AMBIENTAIS

Produtos e Tecnologia

Fatores de proteccedilatildeo facilitador

i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)

ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura

e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres

(facilitador grave)

iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)

Fatores barreira

i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa

(barreira ligeira)

126

Apoios e Relacionamentos

i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a

ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia

(facilitador grave)

ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)

iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na

supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador

ligeiro)

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos

distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de

tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as

atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA

tipo misto

Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as

disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Identifique qual ou quais

Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo

especial

Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de

competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado

pelo SPO)

127

Apoio Psicoloacutegico

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar Professores titulares das disciplinas

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades

nomeadamente em Inglecircs

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de

questotildees

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral

complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros

ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em

virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem

(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em

detrimento da forma

Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas

128

Local de execuccedilatildeo

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a

supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina

assim o entender

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma

turma sem problemas comportamentais

Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio

Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

Apoio

Individualizado Conselho de Turma X

Horaacuterio da

Turma

Educaccedilatildeo

Especial X

2X45m

(Matemaacutetica

e

Portuguecircs)

SPO X

ldquoAprender

a

Aprenderrdquo

SPO

X Sistemaacutetico

(1ordm Periacuteodo)

129

13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e

motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem

No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja

necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de

educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e

da escrita em contexto fora sala de aula

14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas

classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de

aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa

registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo

avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada

periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com

a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do

ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios

intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada

15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

130

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

131

Assinatura

132

Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo

133

1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees

11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas

parentais inadequadas ____

12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____

13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o

suficiente _____

14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____

15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e

ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____

16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____

17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____

18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo

da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____

2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo

que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento

educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com

diagnoacutestico de PHDA

Obrigada por colaborarem neste desafio

134

Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu

135

Belo S amp Coelho A (2011)

136

Anexo 9 ndash Desenho cego

137

Coelho A amp Belo S (2014)

138

Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato

139

140

Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

141

Para discussatildeo e reflexatildeo

ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais

escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da

borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade

A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer

siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada

Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva

sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material

Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma

tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-

se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora

estatildeo a fazer

No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo

quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo

Antunes (2009)

142

Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio

143

INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO

Geacutenero Masculino Feminino

Idade

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

Sim Natildeo

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA

Sim Natildeo

21 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

Sim Natildeo

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas

praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula

Sim Natildeo

144

41 Se natildeo por que natildeo o faz

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos

com PHDA

Sim Natildeo

Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos

intervenientes no processo educativo do aluno

Sim Natildeo

61 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

611 Maioritariamente quem

Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de

Educaccedilatildeo

Outro Qual ___________________________________________

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem

Sim Natildeo

Se sim justifique

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

Sim Natildeo

71 Se natildeo porquecirc

145

________________________________________________________________

________________________________________________________________

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo

146

147

148

149

Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo

150

151

152

Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno

153

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Portuguecircs

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 15102015

Hora 1415H Tempo letivo 43min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1425H Conversas paralelas deixa cair

coisas no chatildeo vai buscaacute-las

dispersa-se olha para traacutes de

modo sistemaacutetico faz perguntas

aleatoacuterias e descontextualizadas

Aluno sem medicaccedilatildeo

Aluno afirma natildeo ter feito o

TPC

1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes

bem atrasadardquo relativamente a

uma colega no entanto o aluno

tambeacutem estaacute atrasado Natildeo

espera pela sua vez Responde

sem ser chamado estaacute distraiacutedo

nunca sabe qual o exerciacutecio em

que se encontram natildeo

acompanhando os colegas

Faz referecircncia ao seu colega e

amigo Oxiang

1436H Tira a borracha do colega do

lado esquerdo sempre a olhar

para traacutes a mexer com as matildeos

a levantar da cadeira

1440H Natildeo encontra o estojo

Encontra-se sentado de lado na

154

cadeira A professora diz para

ele se endireitar

1444H A professora ajuda o aluno na

realizaccedilatildeo da atividade contudo

ele distrai-se com a borracha

1448H Os colegas fazem perguntas e o

aluno responde (de tipo coacutemico)

e vira-se para traacutes

1450H Fica confuso com o exerciacutecio

iniciado

1452H A professora pergunta se o

aluno jaacute terminou O mesmo diz

que natildeo batendo na mesa

1455H O aluno responde corretamente

quando solicitado

1458H O aluno coloca o gorro na

cabeccedila e diz que vai faltar ao

teste de HIST Em seguida diz

que vai claro e que teraacute uma

nota final positiva Entretanto

sai da sala e regressa apenas

para fechar a mochila Volta a

sair para o intervalo

Professora relembra a data do

teste

Aluno referiu que teve cerca de

60 na nota do uacuteltimo teste de

HIST

155

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Cidadania

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 31052016

Hora 1415H Tempo letivo 44min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo

professor de CID em contexto

de sala de aula de Informaacutetica

Ri e olha agrave volta Professor diz

ldquoS acalma-te ou vou-me

chatearrdquo

Aluno com medicaccedilatildeo

1447H Aluno sempre a mexer o dedo

1448H Aluno muda o comportador

portaacutetil de siacutetio Professor volta

a intervir ldquoS tens 10 minutos

para terminar o trabalhordquo

1449H Fala com a colega do lado

1450H S com os olhos semicerrados

Professor volta a chamar a

atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega

ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida

diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um

trabalho de publicidade

enganosa)

1452H Professor interpela o aluno e o

mesmo faz caretas enquanto diz

156

agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e

dezrdquo Olha para o lado mexe no

cabelo tira a folha da colega e

arregala os olhos (tiques)

1455H Chama a professor e ele

pergunta ldquoO que eacute enganosordquo

A professora responde

1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual

a tua opiniatildeo pessoalrdquo

1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz

que na proacutexima aula teraacute de

apresentar o seu trabalho em

modo de alerta de tempo O

aluno repete (de acordo com o

viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes

tu quando tens fomerdquo Logo em

seguida ldquoQuando tenho fome e

como um chocolate fico mal

dispostordquo ndash enquanto isso

estava a olhar para a professor

de cabeccedila de lado metendo o

laacutepis na boca Professora

responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo

1459H Alunos preparam-se para sair da

sala e o aluno vagueia (em

formato labirinto) ateacute agrave porta

volta para traacutes para entregar a

ficha de trabalho (ver anexo 16)

agrave colega e diz ldquoPara entregar na

proacutexima aulardquo

157

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)

Aluno SS

Ano 7ordm

Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H

Tempo

Descriccedilatildeo

(lugares intervenientes

atividades tarefas material

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1503H O aluno e um fotoacutegrafo

dirigem-se ao auditoacuterio da

escola O fotoacutegrafo senta-se e o

aluno mantem-se em peacute

Aluno com medicaccedilatildeo

1504H O aluno de repente comeccedila a

falar de um padre ldquoEstava a

mudar as reses e ele laacute para fora

comeccedila a aguindar (marca

linguiacutestica) a aacutegua bentardquo

Fala de um padre Parece

recordar-se que tem EMRC agraves

1515H

1507H O aluno entretanto comeccedila a

abordar o tema relacionado com

negoacutecios de lavradores e o

fotoacutegrafo desenvolve a

sustentabilidade

1508H O aluno senta-se devagar

muito atento e diz ldquoEu tenho

um amigo querdquo

1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores

estatildeo a gastar mais do que

deviamrdquo O aluno volta a

mencionar o amigo ldquoO meu

amigo tem muitos alqueiros e

tira leite 3 vezes por diardquo

O aluno quer ser lavrador

1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo

para as vantagens e

desvantagens de ter uma lavoura

e o aluno ndash pensativo ndash diz

ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver

158

Se natildeo der natildeo deurdquo

Entretanto pergunta as horas e

diz que tem EMRC

159

Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo

160

161

162

Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno

163

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome JM Idade 15 anos

Professor P1

O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como

incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo

reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

164

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome SS Idade 14 anos

Professor P1

O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras

dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques

principalmente ao niacutevel da face

Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da

Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira

perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica

Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo

Em 08062016

Professor P2

Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega

na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo

por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno

estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem

um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta

tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer

em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

165

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome DG Idade 13 anos

Professor P1

O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com

trabalho foram sendo colmatadas

Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

166

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome ES Idade 12 anos

Professor P1

O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se

bastante adaptado ao contexto de sala de aula

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

167

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome FS Idade 13 anos

Professor P1

O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra

inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

168

Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes

169

19

81

Geacutenero

Masculino

Feminino

44

31

54

7

Idade

Natildeo colocou idade

20-29

30-39

40-49

mais de 50

170

Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio

171

4654

Tem alunos com PHDA

Sim

Natildeo

17

58

17

8

Maiores dificuldades

Sem justificaccedilatildeo

Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento

Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo

Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila

5446

Conhecimentos acerca da PHDA

Sim

Natildeo

172

73

27

Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA

Sim

Natildeo

7

7

15

50

14

7

Quais os conhecimentos acerca da PHDA

Natildeo evidencia os conhecimentos

Poucos conhecimentos

Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)

Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar

Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo

173

28

29

14

29

Natildeo identifica alunos com PHDA

Natildeo tem formaccedilatildeo

Natildeo tem conhecimentos

Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas

Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo

58

38

4

Construccedilatildeo de materiais

Sim

Natildeo

Sem resposta

20

20

1020

20

10

Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais

Natildeo houve oportunidade

Natildeo tem alunos com PHDA

Natildeo sentiu necessidade

Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar

Escassez (sobrecarga) detempo

Sem resposta

174

5442

4

Organizaccedilatildeo do plano de aula

Sim

Natildeo

Sem resposta

46

36

99

Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA

Natildeo tem alunos com PHDA

Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno

Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)

5831

11

Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

175

4 44

25

17

13

13

8

4

8

Intervenientes

Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA

Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)

Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar

Diretor de Turma

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Encarregado de Educaccedilatildeo

Conselho de Turma

SPO

Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica

40

27

17

1033

Contacto com os seguintes intervenientes

Diretor de Turma

Psicoacutelogo

Encarregado de Educaccedilatildeo

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Professor de EMRC

Sem resposta

176

5819

23

Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

34

33

13

7

13

Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do

aluno com PHDA

Interveniente ativo noprocesso educativo

Necessidade de maior apoio

Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento

Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO

Sem resposta

177

80

20

Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA

Sim

Natildeo

5050

Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores

Falta de oferta formativa

Existecircncia de equipaespecializada

114

444

73

Sugestotildees dos professores respondentes

Accedilotildees de formaccedilatildeo

Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo

Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos

Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz

Psicologia convertida agraveglobalidade

Sem resposta

178

Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo

Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno

179

Categorias Sub-categorias Respondentes

Identificaccedilatildeo de

carateriacutesticas de alunos

com PHDA

Dificuldades em P1 P2

1 Controlar o comportamento times times

2 Focar a atenccedilatildeo times

3 Reter informaccedilatildeo times

4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times

5 Lidar com a frustraccedilatildeo times

Presenccedila de

1 Tiques times times

2 PEA times

3 Medicaccedilatildeo que

31 Atenua comportamento times

32 Manteacutem comportamento times

4 Agressividade ingeacutenua times

5 Afetividade times

6 Egoiacutesmo times

7 Preferecircncia por trabalhos

individuais

times

Page 5: INTRODUÇÃO Justificação do tema parte... · 2020. 6. 12. · desgraça da família, malcriado, preguiçoso, etc.” (p.180). Barkley & Murphy (2006) apresentam algumas das características

5

(i) esquece-se com frequecircncia das atividades quotidianas

2) Hiperatividade e impulsividade ndash 6 (ou mais) dos seguintes sintomas

persistiram pelo menos durante 6 meses num grau que eacute inconsistente com o niacutevel

de desenvolvimento e que tem impacto negativo direto nas atividades sociais e

acadeacutemicasocupacionais

(a) com frequecircncia movimenta excessivamente as matildeos e os peacutes e move-se

quando estaacute sentado

(b) com frequecircncia levanta-se na sala de aula ou em outras situaccedilotildees em que se espera

que esteja sentado

(c) com frequecircncia corre ou salta excessivamente em situaccedilotildees em que eacute

inadequado fazecirc-lo (em adolescentes ou adultos pode limitar-se a sentimentos

subjetivos de impaciecircncia)

(d) com frequecircncia tem dificuldades em jogar ou dedicar-se tranquilamente a

atividades de oacutecio

(e) com frequecircncia laquoandaraquo ou soacute atua como se estivesse laquoligado a um motorraquo

(f) com frequecircncia fala em excesso

(g) com frequecircncia precipita as respostas antes que as perguntas tenham

terminado

(h) com frequecircncia tem dificuldade em esperar pela sua vez

(i) com frequecircncia interrompe ou interfere nas atividades dos outros (por

exemplo intromete-se nas conversas ou jogos)

Criteacuterio B Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou de falta de

atenccedilatildeo que causam deacutefices surgem antes dos 12 anos de idade

Criteacuterio C Vaacuterios dos sintomas estatildeo presentes em 2 ou mais contextos (por

exemplo escola (ou trabalho) e em casa)

Criteacuterio D Devem existir provas claras de um deacutefice clinicamente significativo

do funcionamento social acadeacutemico ou ocupacional

6

Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de

esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra

perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade

perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou

abstinecircncia de substacircncias)

DSM-V (2014)

Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada

crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde

se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico

(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de

PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes

2004)

Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente

de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)

ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2

natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)

De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela

onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de

hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os

sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade

Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que

duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a

sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)

14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA

Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute

necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante

saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos

interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a

7

interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um

indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo

do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros

Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples

a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a

desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)

Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais

presentes nos indiviacuteduos com PHDA

- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de

retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As

consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de

esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de

trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos

- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes

de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo

eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e

tende a diminuir com a idade

- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e

de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que

haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia

Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais

ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a

memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta

funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos

relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)

referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui

para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir

instruccedilotildees planear ou resolver problemas

Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a

desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou

laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado

com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente

8

pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas

(DSM-IV-TR 2002)

Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a

sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a

uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que

envolve esta perturbaccedilatildeo

Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada

por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o

aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar

(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker

1992)

15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA

De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de

3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos

de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma

prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5

nas crianccedilas e de 25 na idade adulta

Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com

PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo

Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde

concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda

que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero

de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos

presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece

Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta

contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares

Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas

natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada

O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por

9

vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais

de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25

Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais

diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)

A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando

existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de

PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada

eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)

A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo

alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com

PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia

a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados

referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees

e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20

Tiques 11 e Depressatildeo 4

16 Etiologia de PHDA

As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o

fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp

Russel 2006)

Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker

2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley

amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios

elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)

Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA

pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto

prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do

ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)

Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas

educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada

10

essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes

2004)

17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA

As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA

requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas

perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica

De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento

humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que

os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados

contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)

ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e

cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo

A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina

vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma

equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)

psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade

Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente

(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo

prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees

sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as

competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade

melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso

prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade

Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em

casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes

(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus

sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles

que com ele convivem

Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que

ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos

periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA

11

para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda

garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma

metodologia de intervenccedilatildeo

A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de

intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial

171 Farmacoloacutegica

A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os

casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar

a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a

frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com

PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais

riscos e efeitos adversos

Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de

alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)

designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor

normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento

farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em

psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)

Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais

conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo

da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de

funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA

Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara

melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas

com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de

reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal

comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)

A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica

intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e

transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo

12

farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras

estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma

diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das

outras intervenccedilotildees

De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica

em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma

forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada

(Pereira amp Fernandes 2001)

172 Cognitivo comportamental

Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema

importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a

outras intervenccedilotildees

A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo

psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes

de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo

comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na

intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)

Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra

- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os

comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a

eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo

comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro

teacutecnico

- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de

aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado

- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e

obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como

desejados

- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento

13

- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos

A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee

- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da

linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a

passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado

- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o

proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da

anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais

como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo

- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de

competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o

objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado

problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas

promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo

- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio

comportamento

- Teacutecnicas de relaxamento

- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo

Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental

aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la

com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta

se justifica

173 Psicossocial

Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos

familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida

da crianccedila do jovem com PHDA

14

1731 Contexto familiar

A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que

eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da

PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais

Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos

adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando

praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado

castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer

agrave gravidade do comportamento disruptivo

Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos

positivos nos filhos com PHDA

De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir

diferentes formas

- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre

pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de

comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute

indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas

associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de

rutura matrimonial)

- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte

muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como

uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios

comportamentais dos seus filhos

- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a

partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o

aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais

A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas

das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta

bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo

15

1732 Contexto escolar

A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior

pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas

elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as

limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora

dela

Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria

dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA

Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa

mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel

de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado

pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem

interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)

Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos

professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e

desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de

autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar

Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas

agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo

conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade

(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais

facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que

os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem

Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar

em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados

Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e

natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma

Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode

integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e

cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)

ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais

16

(a) Formaccedilatildeo de professores

Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um

melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o

conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade

para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle

2004 cit por Rodrigues 2008)

(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola

O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de

modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os

professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos

realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo

Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo

sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com

articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos

(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula

Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas

de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir

para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A

melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a

metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA

deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul

amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)

Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar

(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices

de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual

Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa

aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo

acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias

situaccedilotildees escolares que constituem um problema

17

Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de

intervenccedilatildeo se deve centrar

- Modificaccedilatildeo do contexto

Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em

que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta

apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos

nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos

fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo

dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg

calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)

Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)

Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem

implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de

modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar

Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes

estrateacutegias

- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais

- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais

proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com

boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)

- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio

- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente

eou realizar atividades diferentes

- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou

artiacutesticas

No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as

seguintes estrateacutegias

- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do

tempo

- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados

18

- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara

- Dividir eou reduzir as tarefas

- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade

- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo

mental

- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro

dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para

o aluno com PHDA

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos

ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)

- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback

- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha

tempo de realizarterminar as tarefas

- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas

- Estabelecer limites para terminar as tarefas

- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala

- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende

- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa

- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este

se lhe dirige)

- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade

- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro

interativo de filmes diapositivos

- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais

- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a

apresentaccedilatildeo

- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos

- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de

motivaccedilatildeo e de interesse)

19

- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)

- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais

importantes (ideias chave)

- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo

- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)

- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades

- Ler os materiais em voz alta

- Utilizar versotildees reduzidas de textos

- Simplificar vocabulaacuterio do texto

- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos

- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes

de o colocar a realizaacute-lo individualmente

- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve

sobrecarregar o aluno com trabalho extra)

- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula

Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam

teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de

comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de

trocasrdquo o time-out entre outras

A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica

As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais

e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento

desejado utilizando recompensas

- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a

modificar

- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis

para o fim

20

- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia

negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento

- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a

observaccedilatildeo do comportamento

- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo

funcionam

- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois

pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela

ausecircncia de reforccedilo

- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que

as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores

- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico

O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo

a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de

encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica

de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o

aluno e o professor

O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente

a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento

atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o

seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal

O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas

que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por

preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para

recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai

ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto

com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas

fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos

estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento

O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o

reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para

21

ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento

indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja

utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo

considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma

outra resulta)

Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de

sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo

professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que

satildeo

- Aceitar o aluno tal como ele eacute

- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele

- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel

- Estabelecer regrasconsequecircncias claras

- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que

necessaacuterio

- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados

- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco

gravosos)

- Evitar criticar o aluno

- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser

elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)

- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva

- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador

- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento

- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos

de transiccedilatildeo)

- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como

estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo

estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)

22

- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados

- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo

- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade

- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo

Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da

implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas

para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo

Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)

- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a

observar e a registar o seu proacuteprio comportamento

- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu

proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com

tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas

- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar

com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um

controlo dos comportamentos

Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se

consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a

avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados

comportamentos

(d) Ensino Especial

Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem

especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino

multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila

Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do

aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o

maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino

23

Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser

integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-

lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto

escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam

associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e

da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente

Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo

aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo

social

Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho

executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com

o aluno

Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-

modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o

indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a

posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente

Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo

(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual

necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-

se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo

participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica

aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da

Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre

as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com

o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos

de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que

consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo

Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e

intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee

concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade

Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)

no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP

24

determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim

determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e

aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo

no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa

dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia

Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do

SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios

disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o

caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)

As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas

nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas

disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo

e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria

utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois

momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa

outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)

Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo

de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia

nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos

com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)

- Fichas de avaliaccedilatildeo

- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)

- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta

- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal

- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo

- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala

- Testes curtos e com seccedilotildees curtas

- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)

- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta

- Evitar textos extensos

25

- Colocar poucas questotildees por paacutegina

- Numerar todas as paacuteginas e questotildees

- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo

- Tipos de teste

- Respostas por escolha muacuteltipla

- Evitar muitas opccedilotildees

- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)

- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)

- Alinhar verticalmente as respostas

- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical

- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla

- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta

- Respostas por correspondecircncia

- Colocar todos os itens na mesma paacutegina

- Colocar espaccedilo extra entre os itens

- Utilizar pequenos grupos de itens

- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)

- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas

- Dar um exemplo correto

- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo

- Respostas Verdadeiro ou Falso

- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste

- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa

- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a

resposta correta

- Respostas para preencher e espaccedilos

- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)

- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta

- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo

- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero

de vezes que for para usar

26

- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada

- Respostas de desenvolvimento

- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta

mais curta

- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta

- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo

Outras sugestotildees

- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem

alguma dificuldade e natildeo a verbaliza

- Consultar os alunos com PHDA durante o teste

- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste

- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste

- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente

- Fazer o teste em dois dias

- Fazer intervalos durante o teste

- Utilizar reforccedilos positivos

- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc

- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas

- Fornecer um guiatildeo de estudo

- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final

(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais

Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e

trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem

com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os

adultos

27

Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo

diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar

pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade

Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias

sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo

(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos

seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social

sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas

perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento

Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy

Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante

analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a

sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender

o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e

inadequados com outros

Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores

assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em

contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do

desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave

autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs

1998 Fernandes 2007)

- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar

- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo

respeito incentivo)

- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno

- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula

- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo

- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da

sala quando o professor se ausenta)

- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)

28

- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o

aluno sobre esses comportamentos)

- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos

adequados

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos

ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)

- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios

destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser

pela positiva e construtivos (as))

- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais

Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus

alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo

aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees

que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos

18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de

intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA

Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham

acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas

hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e

teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora

do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp

Saragoccedila 2011 p 367)

Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades

desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um

processo de inclusatildeo no grupo turma

Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de

expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio

Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades

29

e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo

por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o

decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental

Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World

Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e

melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias

diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular

Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam

de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem

abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo

e proximidade agraves necessidades dos alunos

O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas

escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA

A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para

- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila

- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no

processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os

preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a

obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)

- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade

do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)

- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo

na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de

aprendizagens (Correia 2010)

Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra

que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir

necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de

74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam

dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado

30

inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste

estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores

- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo

autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas

com dificuldades de aprendizagem

- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no

domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e

emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas

- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de

aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes

- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)

Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem

das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica

no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e

de impulso bem como da autoestima

Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para

professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores

Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades

dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas

educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas

aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular

181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA

Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser

apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em

PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de

grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores

31

relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia

devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora

Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas

na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico

dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de

aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de

processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo

da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada

182 Descriccedilatildeo das sessotildees

Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo

Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)

Objetivos

- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores

- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo

- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo

- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo

- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que

consideram ser elementos importantes a melhorar

Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial

Objetivos da dinacircmica

- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA

32

Estrateacutegias

- Trabalho individual

Procedimentos da dinacircmica

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que

pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem

mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte

de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de

PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu

Fonte Coelho amp Belo (2011)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto

professores

- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias

identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma

33

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los

professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo de grupo

Procedimentos

- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que

reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do

grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia

para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores

- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores

- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e

competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser

vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente

- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que

elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas

- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si

- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si

aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais

voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)

- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam

tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como

referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma

- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo

- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da

informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo

de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar

34

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de

autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma

um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem

a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades

(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou

sozinho neste desafio)

- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser

facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo

pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma

- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo

durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram

inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo

sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis

Sessatildeo 2

Tema PHDA

Objetivos

- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com

PHDA

- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave

compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo

no sistema de ensino

Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

35

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar

Objetivos da dinacircmica

- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de

informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo

eficaz de comunicaccedilatildeo

- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA

Estrateacutegias

- Trabalho a pares

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria

- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para

os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes

e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente

- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha

com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha

em branco e uma caneta

- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo

graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu

par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel

- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer

qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o

emissor

- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher

todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos

36

- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que

cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por

emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar

esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo

Reflexatildeo

- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas

vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes

intervenientes no processo educativo

- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de

domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como

ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute

suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu

proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais

adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de

aprendizagem da crianccedila

Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no

grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes

- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo

Estrateacutegias

37

- Trabalho individual

- Trabalho em pequeno grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que

associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de

fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para

a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo

apresentada (Kohn amp Smith 2010)

- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos

grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa

nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA

- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista

ao grande grupo

- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em

suporte legiacutevel para todo o grupo

- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os

professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a

integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas

seguintes unidades

ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo

suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios

de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)

ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a

possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista

conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e

partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)

38

ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem

caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros

quadros patoloacutegicos)

ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas

da PHDA)

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de

conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute

construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades

de conteuacutedo

- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos

professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator

facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os

conteuacutedos teoacutericos partilhados

Sessatildeo 3

Tema Ser criativo eacute urgente

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias

especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar

Objetivos

- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional

face agrave crianccedila ao jovem com PHDA

- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao

funcionamento do aluno com PHDA

39

Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo

Objetivos da dinacircmica

- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos

- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos

definidos para cada aluno

Estrateacutegias

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)

- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra

o rato

- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta

Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na

pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que

estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu

processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de

manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e

intervenccedilatildeo grupal)

40

- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si

contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na

mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo

Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro

- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de

reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do

professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)

- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias

sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual

a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica

minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo

- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar

nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de

constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno

41

Reflexatildeo

- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um

ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade

de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo

de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma

como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando

a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que

lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e

cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino

aprendizagem

Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo

comportamental em sala de aula

Estrateacutegias

- Role-playing

- Trabalho em grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

42

- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4

elementos de forma aleatoacuteria

- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca

de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a

discussatildeo que neste estaacute a decorrer

- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de

uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)

- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode

partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo

elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode

responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo

Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo

bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados

durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)

- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos

elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente

agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como

o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo

- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as

suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro

adaptativo da estrateacutegia de time-out

Reflexatildeo

- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo

de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos

em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e

na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de

intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo

ativa do aluno na aula

- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta

como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva

43

Sessatildeo 4

Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo

Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organizam-se os professores em pequenos grupos

- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura

e cola

- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre

- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina

que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na

44

largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua

deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre

- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que

teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada

horizontalmente sobre a torre

- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo

como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram

durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo

Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as

superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo

da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo

- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se

comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram

assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da

diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo

integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de

conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA

que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em

estrateacutegias limitativas

Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo

Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo

45

- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem

com PHDA

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo

- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse

balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA

- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os

balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais

cair e tocar no chatildeo

- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve

comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer

relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam

a natildeo poder tocar no chatildeo

- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos

elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se

consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo

- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que

sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram

perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na

tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos

Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos

46

Reflexatildeo

- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo

ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila

eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de

suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e

responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da

partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para

cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta

Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final

Objetivos da dinacircmica

- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da

formaccedilatildeo

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que

pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na

47

organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)

sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave

informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo

183 Siacutentese geral

A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com

professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe

docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid

Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo

dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo

Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo

que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No

entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo

os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas

no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas

complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de

PHDA

48

2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE

INVESTIGACcedilAtildeO

21 Introduccedilatildeo

O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior

de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo

assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de

professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA

Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista

ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de

conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem

ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida

De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta

cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o

investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se

apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos

resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua

5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os

estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim

atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam

que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a

organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes

de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados

permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de

investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre

pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos

com PHDA

22 Desenho do estudo

As etapas do procedimento iniciam-se com

49

- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos

conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso

fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia

suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar

- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos

devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em

fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do

modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)

- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o

problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa

documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no

terreno

23 Participantes

Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino

baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo

masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do

aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse

o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo

entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que

zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem

As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio

estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino

e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por

questionaacuterio

50

24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados

No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de

vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)

decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes

instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo

em causa

Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola

escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso

Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica

de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter

informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa

escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas

educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de

sala de aula

Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-

se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e

anaacutelise textual referente a cada um deles

Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os

respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26

Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que

completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo

para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu

consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula

Codificou-se o observado atraveacutes de SS

Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande

importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2

Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a

confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para

tratamento

241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio

51

Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo

conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto

de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de

administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores

facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a

dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas

face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais

de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio

Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)

os mesmos

Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a

anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes

O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com

34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1

com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49

anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre

os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Geacutenero (ver anexo 17)

No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente

aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo

masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46

questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino

Idade (ver anexo 17)

Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores

com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades

entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de

52

50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros

4 natildeo colocou a idade

26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

(ver anexo 18)

Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de

alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria

natildeo tem alunos com PHDA (54)

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)

Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a

concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores

tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de

subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos

(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades

(17)

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)

Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas

suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica

envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea

21 Se sim quais (ver anexo 18)

Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50

domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e

atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo

53

documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento

dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer

conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo

considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo

parental

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver

anexo 18)

Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos

com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)

Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes

sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros

29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo

tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de

outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas

suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)

De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus

alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das

respostas Sem resposta 4

41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)

Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade

para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo

54

sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias

sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos

alunos com PHDA (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo

com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)

e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo

51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)

A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos

professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo

individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses

alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano

geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos

intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)

Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos

com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11

61 Se sim quais (ver anexo 18)

O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17

o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13

com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm

resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede

auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo

acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do

comportamento dos alunos com PHDA

55

611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)

Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de

maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)

do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta

3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da

equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila

(Selikowitz 2009)

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas

tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes

19 natildeo consideram esse o seu papel educativo

Se sim justifique (ver anexo 18)

Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no

processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente

ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa

participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO

A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

(ver anexo 18)

Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da

formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria

formaccedilatildeo especializada

71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)

56

Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de

ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada

para intervir com alunos com PHDA

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a

praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses

alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA

natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de

resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo

acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo

(Selikowitz 2009)

Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos

departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo

sobre PHDA para professores

27 A Observaccedilatildeo

Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de

partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees

obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as

unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo

de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o

encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)

No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo

em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula

praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse

contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em

conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram

maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se

entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para

completamento do mesmo

57

A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios

alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado

estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma

desatenccedilatildeo (ver anexo 15)

Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados

demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a

dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)

inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a

sua desatenccedilatildeo

28 Outros instrumentos

Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5

alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos

fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com

os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg

psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de

conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar

o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm

desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere

que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros

por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas

anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A

medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns

continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no

controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um

dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os

trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques

29 Limitaccedilotildees

De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente

a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos

58

isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos

26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada

importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias

com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco

Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo

permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo

sistemaacutetico em mais do que um contexto

210 Siacutentese final

Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente

a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com

alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute

de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou

o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que

os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino

baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial

(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo

dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de

identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de

ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE

Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo

Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo

jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios

congressos e seminaacuterios

59

CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES

O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos

professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se

uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios

aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas

informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA

Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam

verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise

No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem

credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da

observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela

2008)

Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores

de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash

fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam

dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior

disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto

o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo

de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de

salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma

tem formaccedilatildeo na aacuterea

No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e

aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim

compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da

investigaccedilatildeo

Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua

incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de

modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas

estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no

60

presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de

formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos

recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas

vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia

nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas

Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais

escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados

conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de

escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo

Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea

da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que

se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos

Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado

61

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65

ANEXOS

66

Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento

67

Exemplo de contrato com aluno com PHDA

Retirado de Correia 2013 p 181

68

Retirado de Beane (2006)

69

Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas

70

CONTRATO DE ETIQUETAS

Recebes uma etiqueta cada vez

que___________________________________________________

No entanto se te comportares

mal em seguida

__________________________________________

Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes

Adaptado de Parker 1994 p 121

71

Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo

72

FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Tel

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Tel

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Ens Secundaacuterio Ano Turma

73

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Aspectos relevantes da histoacuteria escolar

Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram

Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo

Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas

Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas

Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas

Na sala de aula Sim Natildeo

Se assinalou sim indique quais

Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo

Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas

Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo

Se assinalou sim indique qual

Outros

74

2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO

Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios

(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)

Sensoriais Visatildeo

Audiccedilatildeo

Cognitivo

Comunicacional

EmocionalPersonalidade

Motor

Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico

Especificar algum aspecto que considere pertinente

3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho

por referecircncia agrave CIF-CJ 1)

(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Adquirir linguagem adicional

d135 Ensaiar (Repetir)

d137 Adquirir conceitos

75

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

d210 Realizar uma uacutenica tarefa

d220 Realizar tarefas muacuteltiplas

d230 Realizar a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Gerir o proacuteprio comportamento

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual

d345 Escrever mensagens

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo

d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Auto-transferecircncias

d430 Levantar e transportar objectos

d435 Mover objectos com os membros inferiores

d440 Movimentos finos da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

76

d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar as tarefas domeacutesticas

d650 Cuidar dos objectos da casa

d660 Ajudar os outros

d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

___________________

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do

Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do

Porto)

4 FACTORES AMBIENTAIS

Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a

Factores

Constituir barreira ao desempenho

do aluno

Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno

Familiar

Escolar

77

Social

Outros

5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER

6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO

Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo

Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass

Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass

Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass

Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass

7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Proponho

Assinatura

78

II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

1 TOMADA DE DECISAtildeO

a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

Encaminhamento

b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO

Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo

Funccedilotildees do

Corpo

79

Actividades e

Participaccedilatildeo

Factores

Ambientais

Observaccedilotildees

3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO

Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome Cargo

Docente Titular Director de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

80

Encarregado de Educaccedilatildeo Ass

Outros Intervenientes

Ass

Ass

Ass

Ass

81

82

83

Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)

84

85

86

87

88

89

90

Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)

91

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

92

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Professor Titular Director de Turma

Percurso Escolar do Aluno

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo

Docente TitularDiretor de Turma

Docente da Educaccedilatildeo Especial

Psicoacutelogo

Outros intervenientes

93

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

2 Atividade e participaccedilatildeo

3 Fatores ambientais

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas

funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou

uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b110 Funccedilotildees da consciecircncia

b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo

b117 Funccedilotildees intelectuais

b122 Funccedilotildees psicossociais globais

b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade

b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos

b134 Funccedilotildees do sono

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo

b144 Funccedilotildees da memoacuteria

b147 Funccedilotildees psicomotoras

b152 Funccedilotildees emocionais

b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo

b160 Funccedilotildees do pensamento

94

b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior

b167 Funccedilotildees mentais da linguagem

b172 Funccedilotildees do caacutelculo

b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos

complexos

CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA

b310 Funccedilotildees da voz

b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo

b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala

b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo

b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas

CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO

b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das

articulaccedilotildees

b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees

b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular

b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular

b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular

b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores

b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras

involuntaacuterias

b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

voluntaacuterio

b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

involuntaacuterio

b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha

b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do

movimento

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

95

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Desenvolvimento da linguagem

d135 Ensaiar

d137 Adquirir conceitos

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS

d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades

satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)

d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas

d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento

CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem

gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais

d345 Escrever mensagens

96

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de

comunicaccedilatildeo

CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE

d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Autotransferecircncias

d430 Levantar e transportar objetos

d435 Mover objetos com os membros inferiores

d440 Atividades de motricidade fina da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila

CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar o trabalho domeacutestico

d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos

d660 Ajudar os outros

CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

97

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social

e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua

vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com

(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se

a estaacute a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos)

e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria

e120 Para facilitar a mobilidade e o

transporte pessoal

e125 Para a comunicaccedilatildeo

e130 Para a educaccedilatildeo

e135 Para o trabalho

e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto

CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM

e225 Clima

e240 Luz

e250 Som

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310 Famiacutelia proacutexima

e315 Famiacutelia alargada

e320 Amigos

e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e

membros da comunidade

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

e340 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e355 Profissionais de sauacutede

e360 Outros profissionais

CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES

e410 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia proacutexima

e415 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia alargada

98

e420 Atitudes individuais dos amigos

e425 Atitudes individuais de conhecidos

pares colegas e membros da

comunidade

e430 Atitudes individuais de pessoas em

posiccedilatildeo de autoridade

e445 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e450 Atitudes individuais de profissionais de

sauacutede

e455 Atitudes individuais de outros

profissionais

CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS

e515 Relacionados com a arquitetura e a

construccedilatildeo

e540 Relacionados com os transportes

e570 Relacionados com a seguranccedila social

e575 Relacionados com o apoio social geral

e580 Relacionados com a sauacutede

NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados

4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES

5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o

perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo

Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que

expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo

SugestotildeesRecomendaccedilotildees

99

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em

consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos

diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor Cognitivo

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicaci

onal Audiccedilatildeo Visatildeo

6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

b) ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Turma com um projeto curricular adaptado

100

c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA

Especificar

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO

Especificar

g) CURRIacuteCULO

ESPECIacuteFICO

INDIVIDUAL

Desenvolvido em turma do ensino regular

Especificar

Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo

Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do

espectro do autismo

Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)

Especificar

101

(outras informaccedilotildees pertinentes)

7 DOCUMENTOS EM ANEXO

Sim Natildeo

Se sim quais

8 OBSERVACcedilOtildeES

9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

102

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

103

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38 anos

Nome da Matildee Idade 40 anos

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40 anos

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

104

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano 7 Turma F

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel

da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio

do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar

de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em

20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos

relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno

foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm

CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas

Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm

CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo Psicoacuteloga

Docente TitularDiretor de Turma

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo

Psicoacutelogo

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash

leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de

Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral

(ALO) ndash subteste de completamento de frases

105

2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em

contexto de sala de aula (PORT)

3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno

12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees

ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b117

Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades

intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais

cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo

em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a

informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal

visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute

comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao

processamento sequencial

0

b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1

b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e

conhecimento adquirido 1

b152

Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila

ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas

Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e

regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas

Instabilidade emocional

1

106

b156

Funccedilotildees da perceccedilatildeo

Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva

imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras

Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees

espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma

figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com

a sua exatidatildeo

1

b167

Funccedilotildees mentais da linguagem

Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e

compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e

sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras

e de silabas nas palavras ndash Dislexia

Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da

composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash

Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos

acentuada)

2

b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d135 Ensaiar 2

d137 Adquirir conceitos 2

d145 Aprender a escrever 3

d155 Adquirir competecircncias 2

d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2

d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2

d166

Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha

contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de

leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta

movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras

demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no

entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice

na competecircncia leitora

2

107

d170

Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo

escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo

prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste

de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave

data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo

denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os

erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a

confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)

omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel

semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia

esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical

e na sinoniacutemia e antoniacutemia

3

d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1

d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3

d345 Escrever mensagens 3

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d820 Educaccedilatildeo escolar 2

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES

Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e

atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)

se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute

a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3

e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados

de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo

Barreira

Facilitador 2

e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio

na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1

e140

Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto Valoriza as atividades rurais

de cultura e tradiccedilatildeo familiares

mostrando-se ambientado em contextos

maioritariamente campestres

Facilitador 3

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310

Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o

aluno no percurso escolar Dificuldades

na supervisatildeo de rotinas bem como em

educar de forma consistente

Facilitador

Barreira 1

108

e320

Amigos (colegas) Fez transferecircncia da

EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e

todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees

interpessoais do aluno conferem-lhe

grande importacircncia

Facilitador 3

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga

Facilitador 2

13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor

Cognitivo

(atenccedilatildeo perceccedilatildeo

auditiva visual e memoacuteria

de longo prazo)

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicacional

(Receccedilatildeo e receccedilatildeo

da linguagem

escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo

14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute

necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente

de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da

leitura e da escrita

Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez

que o aluno apresenta PHDA tipo misto

109

d)

ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas

disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs

Turma com um projeto curricular adaptado

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com

exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo

suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de

um docente

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar

uma turma sem problemas comportamentais

- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

Outras informaccedilotildees pertinentes

- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno

- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-

aprendizagem

- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo

com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo

ldquoAprender a Aprenderrdquo

- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico

15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Psicoacutelogo Ass

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass

110

Outros intervenientes

Representante NEE Ass

Ass

Ass

16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

111

Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)

112

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

113

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

114

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos

Identificar

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Liacutengua Gestual

Braille

Hidroterapia

Hipoterapia

Fisioterapia

Terapia da Fala

Desporto Adaptado

Terapia Ocupacional

Psicoterapia

Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )

115

Identifique qual ou quais

Apoio Psicoloacutegico

Apoio Social

Outras identifique qual ou quais

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar

Apoio familiar (bolsa ocupacional)

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas

Especificar

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar

Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo

Especificar

Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da

incapacidade

Especificar

116

422

Turma com Projeto Curricular Adaptado

Modalidade de Ensino

Niacutevel de Ensino

43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula

Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia

Dispensa dos limites etaacuterios

Especificar

Adiamento de matriacutecula

Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)

Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)

(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

117

Especificar

Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo

Especificar

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Periodicidade

Duraccedilatildeo

Local de execuccedilatildeo

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Outro Qual

46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual

461

Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Outro Programa (anexar curriacuteculo)

462

Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular

118

A tempo inteiro

A tempo parcial

Especificar

Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado

(UNECA)

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do

autismo

463

Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)

47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais

os materiais)

Para problemas visuais

Para problemas auditivos

Para problemas motores

Outro Qual

Dispositivos de compensaccedilatildeo

Auxiliares oacuteticos

Auxiliares auditivos

119

Equipamento informaacutetico

Cadeira de rodas

Proacuteteses

Outro Qual

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

CIF-CJ

120

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

121

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

122

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo 20152016

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade 13

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38

Nome da Matildee Idade 40

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

123

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas

dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB

na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano

(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou

a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou

retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de

Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto

em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo

sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria

onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute

referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano

letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido

de reavaliaccedilatildeo

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios

de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da

escritadisortografia e disgrafia

Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro

Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado

com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012

124

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO

Funccedilotildees Mentais Globais

i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em

detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do

canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal

e ao processamento sequencial

ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo

Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas

Deficiecircncia moderada

i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo

velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees

e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem

escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e

Disgrafia)

Deficiecircncia ligeira

i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo

ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido

iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e

tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo

emocional adequadas Instabilidade emocional

iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de

pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo

reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos

Dificuldade grave

i Aprender a escrever (d1453)

ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica

(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de

portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de

composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo

4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

125

na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees

(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da

meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia

iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)

iv Escrever mensagens (d3453)

Dificuldade moderada

i Ensaiar (d1352)

ii Adquirir conceitos (d1372)

iii Adquirir competecircncias (d1552)

iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)

v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo

respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento

psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que

evidencia deacutefice na competecircncia leitora

Dificuldade ligeira

i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)

Aacutereas Principais da Vida

Dificuldade moderada

i Educaccedilatildeo escolar (d8202)

FATORES AMBIENTAIS

Produtos e Tecnologia

Fatores de proteccedilatildeo facilitador

i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)

ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura

e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres

(facilitador grave)

iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)

Fatores barreira

i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa

(barreira ligeira)

126

Apoios e Relacionamentos

i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a

ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia

(facilitador grave)

ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)

iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na

supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador

ligeiro)

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos

distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de

tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as

atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA

tipo misto

Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as

disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Identifique qual ou quais

Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo

especial

Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de

competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado

pelo SPO)

127

Apoio Psicoloacutegico

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar Professores titulares das disciplinas

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades

nomeadamente em Inglecircs

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de

questotildees

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral

complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros

ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em

virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem

(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em

detrimento da forma

Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas

128

Local de execuccedilatildeo

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a

supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina

assim o entender

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma

turma sem problemas comportamentais

Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio

Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

Apoio

Individualizado Conselho de Turma X

Horaacuterio da

Turma

Educaccedilatildeo

Especial X

2X45m

(Matemaacutetica

e

Portuguecircs)

SPO X

ldquoAprender

a

Aprenderrdquo

SPO

X Sistemaacutetico

(1ordm Periacuteodo)

129

13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e

motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem

No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja

necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de

educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e

da escrita em contexto fora sala de aula

14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas

classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de

aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa

registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo

avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada

periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com

a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do

ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios

intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada

15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

130

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

131

Assinatura

132

Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo

133

1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees

11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas

parentais inadequadas ____

12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____

13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o

suficiente _____

14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____

15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e

ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____

16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____

17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____

18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo

da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____

2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo

que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento

educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com

diagnoacutestico de PHDA

Obrigada por colaborarem neste desafio

134

Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu

135

Belo S amp Coelho A (2011)

136

Anexo 9 ndash Desenho cego

137

Coelho A amp Belo S (2014)

138

Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato

139

140

Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

141

Para discussatildeo e reflexatildeo

ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais

escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da

borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade

A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer

siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada

Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva

sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material

Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma

tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-

se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora

estatildeo a fazer

No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo

quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo

Antunes (2009)

142

Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio

143

INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO

Geacutenero Masculino Feminino

Idade

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

Sim Natildeo

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA

Sim Natildeo

21 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

Sim Natildeo

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas

praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula

Sim Natildeo

144

41 Se natildeo por que natildeo o faz

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos

com PHDA

Sim Natildeo

Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos

intervenientes no processo educativo do aluno

Sim Natildeo

61 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

611 Maioritariamente quem

Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de

Educaccedilatildeo

Outro Qual ___________________________________________

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem

Sim Natildeo

Se sim justifique

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

Sim Natildeo

71 Se natildeo porquecirc

145

________________________________________________________________

________________________________________________________________

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo

146

147

148

149

Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo

150

151

152

Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno

153

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Portuguecircs

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 15102015

Hora 1415H Tempo letivo 43min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1425H Conversas paralelas deixa cair

coisas no chatildeo vai buscaacute-las

dispersa-se olha para traacutes de

modo sistemaacutetico faz perguntas

aleatoacuterias e descontextualizadas

Aluno sem medicaccedilatildeo

Aluno afirma natildeo ter feito o

TPC

1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes

bem atrasadardquo relativamente a

uma colega no entanto o aluno

tambeacutem estaacute atrasado Natildeo

espera pela sua vez Responde

sem ser chamado estaacute distraiacutedo

nunca sabe qual o exerciacutecio em

que se encontram natildeo

acompanhando os colegas

Faz referecircncia ao seu colega e

amigo Oxiang

1436H Tira a borracha do colega do

lado esquerdo sempre a olhar

para traacutes a mexer com as matildeos

a levantar da cadeira

1440H Natildeo encontra o estojo

Encontra-se sentado de lado na

154

cadeira A professora diz para

ele se endireitar

1444H A professora ajuda o aluno na

realizaccedilatildeo da atividade contudo

ele distrai-se com a borracha

1448H Os colegas fazem perguntas e o

aluno responde (de tipo coacutemico)

e vira-se para traacutes

1450H Fica confuso com o exerciacutecio

iniciado

1452H A professora pergunta se o

aluno jaacute terminou O mesmo diz

que natildeo batendo na mesa

1455H O aluno responde corretamente

quando solicitado

1458H O aluno coloca o gorro na

cabeccedila e diz que vai faltar ao

teste de HIST Em seguida diz

que vai claro e que teraacute uma

nota final positiva Entretanto

sai da sala e regressa apenas

para fechar a mochila Volta a

sair para o intervalo

Professora relembra a data do

teste

Aluno referiu que teve cerca de

60 na nota do uacuteltimo teste de

HIST

155

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Cidadania

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 31052016

Hora 1415H Tempo letivo 44min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo

professor de CID em contexto

de sala de aula de Informaacutetica

Ri e olha agrave volta Professor diz

ldquoS acalma-te ou vou-me

chatearrdquo

Aluno com medicaccedilatildeo

1447H Aluno sempre a mexer o dedo

1448H Aluno muda o comportador

portaacutetil de siacutetio Professor volta

a intervir ldquoS tens 10 minutos

para terminar o trabalhordquo

1449H Fala com a colega do lado

1450H S com os olhos semicerrados

Professor volta a chamar a

atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega

ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida

diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um

trabalho de publicidade

enganosa)

1452H Professor interpela o aluno e o

mesmo faz caretas enquanto diz

156

agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e

dezrdquo Olha para o lado mexe no

cabelo tira a folha da colega e

arregala os olhos (tiques)

1455H Chama a professor e ele

pergunta ldquoO que eacute enganosordquo

A professora responde

1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual

a tua opiniatildeo pessoalrdquo

1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz

que na proacutexima aula teraacute de

apresentar o seu trabalho em

modo de alerta de tempo O

aluno repete (de acordo com o

viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes

tu quando tens fomerdquo Logo em

seguida ldquoQuando tenho fome e

como um chocolate fico mal

dispostordquo ndash enquanto isso

estava a olhar para a professor

de cabeccedila de lado metendo o

laacutepis na boca Professora

responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo

1459H Alunos preparam-se para sair da

sala e o aluno vagueia (em

formato labirinto) ateacute agrave porta

volta para traacutes para entregar a

ficha de trabalho (ver anexo 16)

agrave colega e diz ldquoPara entregar na

proacutexima aulardquo

157

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)

Aluno SS

Ano 7ordm

Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H

Tempo

Descriccedilatildeo

(lugares intervenientes

atividades tarefas material

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1503H O aluno e um fotoacutegrafo

dirigem-se ao auditoacuterio da

escola O fotoacutegrafo senta-se e o

aluno mantem-se em peacute

Aluno com medicaccedilatildeo

1504H O aluno de repente comeccedila a

falar de um padre ldquoEstava a

mudar as reses e ele laacute para fora

comeccedila a aguindar (marca

linguiacutestica) a aacutegua bentardquo

Fala de um padre Parece

recordar-se que tem EMRC agraves

1515H

1507H O aluno entretanto comeccedila a

abordar o tema relacionado com

negoacutecios de lavradores e o

fotoacutegrafo desenvolve a

sustentabilidade

1508H O aluno senta-se devagar

muito atento e diz ldquoEu tenho

um amigo querdquo

1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores

estatildeo a gastar mais do que

deviamrdquo O aluno volta a

mencionar o amigo ldquoO meu

amigo tem muitos alqueiros e

tira leite 3 vezes por diardquo

O aluno quer ser lavrador

1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo

para as vantagens e

desvantagens de ter uma lavoura

e o aluno ndash pensativo ndash diz

ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver

158

Se natildeo der natildeo deurdquo

Entretanto pergunta as horas e

diz que tem EMRC

159

Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo

160

161

162

Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno

163

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome JM Idade 15 anos

Professor P1

O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como

incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo

reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

164

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome SS Idade 14 anos

Professor P1

O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras

dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques

principalmente ao niacutevel da face

Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da

Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira

perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica

Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo

Em 08062016

Professor P2

Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega

na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo

por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno

estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem

um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta

tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer

em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

165

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome DG Idade 13 anos

Professor P1

O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com

trabalho foram sendo colmatadas

Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

166

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome ES Idade 12 anos

Professor P1

O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se

bastante adaptado ao contexto de sala de aula

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

167

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome FS Idade 13 anos

Professor P1

O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra

inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

168

Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes

169

19

81

Geacutenero

Masculino

Feminino

44

31

54

7

Idade

Natildeo colocou idade

20-29

30-39

40-49

mais de 50

170

Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio

171

4654

Tem alunos com PHDA

Sim

Natildeo

17

58

17

8

Maiores dificuldades

Sem justificaccedilatildeo

Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento

Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo

Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila

5446

Conhecimentos acerca da PHDA

Sim

Natildeo

172

73

27

Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA

Sim

Natildeo

7

7

15

50

14

7

Quais os conhecimentos acerca da PHDA

Natildeo evidencia os conhecimentos

Poucos conhecimentos

Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)

Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar

Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo

173

28

29

14

29

Natildeo identifica alunos com PHDA

Natildeo tem formaccedilatildeo

Natildeo tem conhecimentos

Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas

Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo

58

38

4

Construccedilatildeo de materiais

Sim

Natildeo

Sem resposta

20

20

1020

20

10

Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais

Natildeo houve oportunidade

Natildeo tem alunos com PHDA

Natildeo sentiu necessidade

Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar

Escassez (sobrecarga) detempo

Sem resposta

174

5442

4

Organizaccedilatildeo do plano de aula

Sim

Natildeo

Sem resposta

46

36

99

Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA

Natildeo tem alunos com PHDA

Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno

Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)

5831

11

Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

175

4 44

25

17

13

13

8

4

8

Intervenientes

Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA

Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)

Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar

Diretor de Turma

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Encarregado de Educaccedilatildeo

Conselho de Turma

SPO

Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica

40

27

17

1033

Contacto com os seguintes intervenientes

Diretor de Turma

Psicoacutelogo

Encarregado de Educaccedilatildeo

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Professor de EMRC

Sem resposta

176

5819

23

Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

34

33

13

7

13

Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do

aluno com PHDA

Interveniente ativo noprocesso educativo

Necessidade de maior apoio

Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento

Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO

Sem resposta

177

80

20

Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA

Sim

Natildeo

5050

Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores

Falta de oferta formativa

Existecircncia de equipaespecializada

114

444

73

Sugestotildees dos professores respondentes

Accedilotildees de formaccedilatildeo

Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo

Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos

Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz

Psicologia convertida agraveglobalidade

Sem resposta

178

Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo

Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno

179

Categorias Sub-categorias Respondentes

Identificaccedilatildeo de

carateriacutesticas de alunos

com PHDA

Dificuldades em P1 P2

1 Controlar o comportamento times times

2 Focar a atenccedilatildeo times

3 Reter informaccedilatildeo times

4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times

5 Lidar com a frustraccedilatildeo times

Presenccedila de

1 Tiques times times

2 PEA times

3 Medicaccedilatildeo que

31 Atenua comportamento times

32 Manteacutem comportamento times

4 Agressividade ingeacutenua times

5 Afetividade times

6 Egoiacutesmo times

7 Preferecircncia por trabalhos

individuais

times

Page 6: INTRODUÇÃO Justificação do tema parte... · 2020. 6. 12. · desgraça da família, malcriado, preguiçoso, etc.” (p.180). Barkley & Murphy (2006) apresentam algumas das características

6

Criteacuterio E Os sintomas natildeo ocorrem exclusivamente durante o curso de

esquizofrenia ou outra perturbaccedilatildeo psicoacutetica e natildeo satildeo bem explicados por outra

perturbaccedilatildeo mental (exemplos perturbaccedilatildeo do humor perturbaccedilatildeo de ansiedade

perturbaccedilatildeo dissociativa perturbaccedilatildeo da personalidade intoxicaccedilatildeo ou

abstinecircncia de substacircncias)

DSM-V (2014)

Olhando para esta diversidade de sintomas eacute necessaacuterio ter em conta que cada

crianccedila eacute diferente da outra uma vez que o seu proacuteprio desenvolvimento o contexto onde

se insere a situaccedilatildeo familiar e outros fatores variam influenciando assim o diagnoacutestico

(Lopes 2004) Como consequecircncia surgiu a necessidade de apresentar subtipos de

PHDA mais homogeacuteneos para que o diagnoacutestico se tornasse mais fidedigno (Lopes

2004)

Consta no DSM-V (2014) que a Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo pode ser especificada dos seguintes modos i) apresentaccedilatildeo predominantemente

de hiperatividade-impulsividade (criteacuterio A2 preenchido e o criteacuterio A1 natildeo preenchido)

ii) apresentaccedilatildeo com predominacircncia de desatenccedilatildeo (criteacuterio A1 preenchido e o criteacuterio A2

natildeo preenchido) e iii) apresentaccedilatildeo combinada (preenchidos ambos os criteacuterios)

De acordo com Barkley amp Murphy (2006) a apresentaccedilatildeo combinada eacute aquela

onde se situa a maioria dos indiviacuteduos com PHDA Embora sejam os sintomas de

hiperatividade-impulsividade a surgir mais precocemente ao longo do tempo os

sintomas de falta de atenccedilatildeo comeccedilam a surgir em igual quantidade

Apesar da distinccedilatildeo entre estes grupos diferentes eacute importante ter presente que

duas crianccedilas podem ter o mesmo diagnoacutestico com os mesmos sintomas mas em que a

sua frequecircncia e intensidade satildeo diferentes (Moura 2008)

14 Caracteriacutesticas e Mitos de PHDA

Para se estar atento aos sinais antes do diagnoacutestico e para adequar a intervenccedilatildeo eacute

necessaacuterio conhecer algumas das caracteriacutesticas dos indiviacuteduos com PHDA Eacute importante

saber diferenciar as verdadeiras especificidades da perturbaccedilatildeo daquilo que satildeo os mitos

interiorizados pela sociedade que levam muitas vezes a conceitos errados ou a

7

interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um

indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo

do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros

Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples

a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a

desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)

Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais

presentes nos indiviacuteduos com PHDA

- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de

retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As

consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de

esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de

trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos

- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes

de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo

eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e

tende a diminuir com a idade

- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e

de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que

haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia

Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais

ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a

memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta

funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos

relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)

referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui

para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir

instruccedilotildees planear ou resolver problemas

Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a

desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou

laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado

com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente

8

pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas

(DSM-IV-TR 2002)

Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a

sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a

uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que

envolve esta perturbaccedilatildeo

Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada

por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o

aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar

(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker

1992)

15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA

De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de

3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos

de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma

prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5

nas crianccedilas e de 25 na idade adulta

Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com

PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo

Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde

concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda

que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero

de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos

presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece

Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta

contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares

Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas

natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada

O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por

9

vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais

de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25

Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais

diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)

A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando

existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de

PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada

eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)

A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo

alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com

PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia

a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados

referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees

e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20

Tiques 11 e Depressatildeo 4

16 Etiologia de PHDA

As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o

fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp

Russel 2006)

Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker

2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley

amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios

elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)

Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA

pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto

prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do

ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)

Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas

educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada

10

essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes

2004)

17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA

As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA

requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas

perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica

De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento

humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que

os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados

contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)

ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e

cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo

A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina

vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma

equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)

psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade

Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente

(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo

prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees

sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as

competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade

melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso

prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade

Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em

casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes

(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus

sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles

que com ele convivem

Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que

ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos

periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA

11

para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda

garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma

metodologia de intervenccedilatildeo

A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de

intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial

171 Farmacoloacutegica

A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os

casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar

a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a

frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com

PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais

riscos e efeitos adversos

Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de

alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)

designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor

normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento

farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em

psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)

Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais

conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo

da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de

funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA

Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara

melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas

com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de

reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal

comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)

A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica

intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e

transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo

12

farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras

estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma

diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das

outras intervenccedilotildees

De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica

em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma

forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada

(Pereira amp Fernandes 2001)

172 Cognitivo comportamental

Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema

importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a

outras intervenccedilotildees

A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo

psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes

de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo

comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na

intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)

Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra

- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os

comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a

eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo

comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro

teacutecnico

- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de

aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado

- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e

obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como

desejados

- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento

13

- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos

A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee

- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da

linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a

passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado

- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o

proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da

anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais

como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo

- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de

competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o

objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado

problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas

promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo

- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio

comportamento

- Teacutecnicas de relaxamento

- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo

Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental

aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la

com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta

se justifica

173 Psicossocial

Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos

familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida

da crianccedila do jovem com PHDA

14

1731 Contexto familiar

A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que

eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da

PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais

Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos

adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando

praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado

castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer

agrave gravidade do comportamento disruptivo

Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos

positivos nos filhos com PHDA

De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir

diferentes formas

- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre

pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de

comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute

indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas

associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de

rutura matrimonial)

- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte

muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como

uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios

comportamentais dos seus filhos

- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a

partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o

aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais

A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas

das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta

bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo

15

1732 Contexto escolar

A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior

pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas

elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as

limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora

dela

Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria

dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA

Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa

mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel

de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado

pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem

interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)

Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos

professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e

desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de

autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar

Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas

agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo

conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade

(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais

facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que

os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem

Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar

em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados

Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e

natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma

Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode

integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e

cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)

ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais

16

(a) Formaccedilatildeo de professores

Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um

melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o

conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade

para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle

2004 cit por Rodrigues 2008)

(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola

O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de

modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os

professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos

realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo

Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo

sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com

articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos

(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula

Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas

de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir

para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A

melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a

metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA

deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul

amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)

Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar

(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices

de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual

Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa

aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo

acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias

situaccedilotildees escolares que constituem um problema

17

Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de

intervenccedilatildeo se deve centrar

- Modificaccedilatildeo do contexto

Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em

que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta

apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos

nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos

fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo

dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg

calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)

Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)

Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem

implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de

modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar

Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes

estrateacutegias

- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais

- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais

proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com

boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)

- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio

- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente

eou realizar atividades diferentes

- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou

artiacutesticas

No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as

seguintes estrateacutegias

- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do

tempo

- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados

18

- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara

- Dividir eou reduzir as tarefas

- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade

- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo

mental

- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro

dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para

o aluno com PHDA

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos

ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)

- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback

- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha

tempo de realizarterminar as tarefas

- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas

- Estabelecer limites para terminar as tarefas

- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala

- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende

- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa

- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este

se lhe dirige)

- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade

- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro

interativo de filmes diapositivos

- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais

- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a

apresentaccedilatildeo

- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos

- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de

motivaccedilatildeo e de interesse)

19

- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)

- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais

importantes (ideias chave)

- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo

- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)

- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades

- Ler os materiais em voz alta

- Utilizar versotildees reduzidas de textos

- Simplificar vocabulaacuterio do texto

- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos

- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes

de o colocar a realizaacute-lo individualmente

- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve

sobrecarregar o aluno com trabalho extra)

- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula

Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam

teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de

comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de

trocasrdquo o time-out entre outras

A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica

As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais

e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento

desejado utilizando recompensas

- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a

modificar

- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis

para o fim

20

- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia

negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento

- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a

observaccedilatildeo do comportamento

- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo

funcionam

- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois

pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela

ausecircncia de reforccedilo

- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que

as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores

- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico

O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo

a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de

encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica

de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o

aluno e o professor

O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente

a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento

atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o

seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal

O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas

que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por

preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para

recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai

ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto

com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas

fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos

estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento

O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o

reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para

21

ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento

indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja

utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo

considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma

outra resulta)

Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de

sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo

professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que

satildeo

- Aceitar o aluno tal como ele eacute

- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele

- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel

- Estabelecer regrasconsequecircncias claras

- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que

necessaacuterio

- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados

- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco

gravosos)

- Evitar criticar o aluno

- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser

elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)

- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva

- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador

- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento

- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos

de transiccedilatildeo)

- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como

estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo

estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)

22

- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados

- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo

- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade

- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo

Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da

implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas

para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo

Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)

- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a

observar e a registar o seu proacuteprio comportamento

- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu

proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com

tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas

- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar

com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um

controlo dos comportamentos

Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se

consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a

avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados

comportamentos

(d) Ensino Especial

Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem

especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino

multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila

Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do

aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o

maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino

23

Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser

integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-

lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto

escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam

associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e

da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente

Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo

aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo

social

Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho

executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com

o aluno

Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-

modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o

indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a

posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente

Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo

(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual

necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-

se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo

participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica

aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da

Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre

as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com

o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos

de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que

consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo

Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e

intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee

concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade

Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)

no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP

24

determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim

determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e

aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo

no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa

dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia

Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do

SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios

disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o

caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)

As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas

nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas

disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo

e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria

utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois

momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa

outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)

Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo

de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia

nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos

com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)

- Fichas de avaliaccedilatildeo

- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)

- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta

- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal

- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo

- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala

- Testes curtos e com seccedilotildees curtas

- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)

- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta

- Evitar textos extensos

25

- Colocar poucas questotildees por paacutegina

- Numerar todas as paacuteginas e questotildees

- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo

- Tipos de teste

- Respostas por escolha muacuteltipla

- Evitar muitas opccedilotildees

- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)

- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)

- Alinhar verticalmente as respostas

- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical

- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla

- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta

- Respostas por correspondecircncia

- Colocar todos os itens na mesma paacutegina

- Colocar espaccedilo extra entre os itens

- Utilizar pequenos grupos de itens

- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)

- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas

- Dar um exemplo correto

- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo

- Respostas Verdadeiro ou Falso

- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste

- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa

- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a

resposta correta

- Respostas para preencher e espaccedilos

- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)

- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta

- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo

- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero

de vezes que for para usar

26

- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada

- Respostas de desenvolvimento

- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta

mais curta

- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta

- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo

Outras sugestotildees

- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem

alguma dificuldade e natildeo a verbaliza

- Consultar os alunos com PHDA durante o teste

- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste

- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste

- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente

- Fazer o teste em dois dias

- Fazer intervalos durante o teste

- Utilizar reforccedilos positivos

- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc

- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas

- Fornecer um guiatildeo de estudo

- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final

(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais

Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e

trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem

com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os

adultos

27

Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo

diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar

pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade

Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias

sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo

(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos

seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social

sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas

perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento

Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy

Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante

analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a

sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender

o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e

inadequados com outros

Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores

assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em

contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do

desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave

autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs

1998 Fernandes 2007)

- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar

- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo

respeito incentivo)

- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno

- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula

- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo

- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da

sala quando o professor se ausenta)

- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)

28

- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o

aluno sobre esses comportamentos)

- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos

adequados

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos

ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)

- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios

destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser

pela positiva e construtivos (as))

- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais

Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus

alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo

aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees

que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos

18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de

intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA

Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham

acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas

hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e

teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora

do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp

Saragoccedila 2011 p 367)

Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades

desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um

processo de inclusatildeo no grupo turma

Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de

expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio

Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades

29

e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo

por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o

decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental

Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World

Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e

melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias

diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular

Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam

de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem

abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo

e proximidade agraves necessidades dos alunos

O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas

escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA

A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para

- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila

- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no

processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os

preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a

obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)

- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade

do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)

- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo

na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de

aprendizagens (Correia 2010)

Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra

que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir

necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de

74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam

dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado

30

inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste

estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores

- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo

autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas

com dificuldades de aprendizagem

- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no

domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e

emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas

- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de

aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes

- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)

Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem

das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica

no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e

de impulso bem como da autoestima

Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para

professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores

Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades

dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas

educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas

aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular

181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA

Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser

apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em

PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de

grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores

31

relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia

devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora

Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas

na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico

dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de

aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de

processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo

da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada

182 Descriccedilatildeo das sessotildees

Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo

Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)

Objetivos

- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores

- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo

- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo

- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo

- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que

consideram ser elementos importantes a melhorar

Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial

Objetivos da dinacircmica

- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA

32

Estrateacutegias

- Trabalho individual

Procedimentos da dinacircmica

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que

pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem

mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte

de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de

PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu

Fonte Coelho amp Belo (2011)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto

professores

- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias

identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma

33

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los

professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo de grupo

Procedimentos

- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que

reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do

grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia

para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores

- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores

- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e

competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser

vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente

- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que

elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas

- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si

- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si

aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais

voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)

- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam

tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como

referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma

- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo

- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da

informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo

de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar

34

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de

autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma

um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem

a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades

(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou

sozinho neste desafio)

- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser

facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo

pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma

- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo

durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram

inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo

sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis

Sessatildeo 2

Tema PHDA

Objetivos

- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com

PHDA

- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave

compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo

no sistema de ensino

Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

35

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar

Objetivos da dinacircmica

- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de

informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo

eficaz de comunicaccedilatildeo

- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA

Estrateacutegias

- Trabalho a pares

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria

- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para

os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes

e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente

- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha

com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha

em branco e uma caneta

- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo

graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu

par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel

- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer

qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o

emissor

- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher

todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos

36

- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que

cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por

emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar

esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo

Reflexatildeo

- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas

vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes

intervenientes no processo educativo

- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de

domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como

ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute

suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu

proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais

adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de

aprendizagem da crianccedila

Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no

grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes

- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo

Estrateacutegias

37

- Trabalho individual

- Trabalho em pequeno grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que

associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de

fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para

a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo

apresentada (Kohn amp Smith 2010)

- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos

grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa

nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA

- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista

ao grande grupo

- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em

suporte legiacutevel para todo o grupo

- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os

professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a

integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas

seguintes unidades

ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo

suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios

de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)

ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a

possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista

conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e

partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)

38

ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem

caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros

quadros patoloacutegicos)

ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas

da PHDA)

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de

conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute

construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades

de conteuacutedo

- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos

professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator

facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os

conteuacutedos teoacutericos partilhados

Sessatildeo 3

Tema Ser criativo eacute urgente

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias

especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar

Objetivos

- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional

face agrave crianccedila ao jovem com PHDA

- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao

funcionamento do aluno com PHDA

39

Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo

Objetivos da dinacircmica

- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos

- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos

definidos para cada aluno

Estrateacutegias

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)

- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra

o rato

- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta

Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na

pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que

estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu

processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de

manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e

intervenccedilatildeo grupal)

40

- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si

contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na

mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo

Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro

- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de

reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do

professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)

- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias

sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual

a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica

minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo

- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar

nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de

constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno

41

Reflexatildeo

- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um

ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade

de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo

de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma

como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando

a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que

lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e

cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino

aprendizagem

Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo

comportamental em sala de aula

Estrateacutegias

- Role-playing

- Trabalho em grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

42

- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4

elementos de forma aleatoacuteria

- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca

de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a

discussatildeo que neste estaacute a decorrer

- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de

uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)

- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode

partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo

elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode

responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo

Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo

bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados

durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)

- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos

elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente

agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como

o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo

- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as

suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro

adaptativo da estrateacutegia de time-out

Reflexatildeo

- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo

de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos

em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e

na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de

intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo

ativa do aluno na aula

- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta

como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva

43

Sessatildeo 4

Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo

Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organizam-se os professores em pequenos grupos

- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura

e cola

- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre

- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina

que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na

44

largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua

deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre

- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que

teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada

horizontalmente sobre a torre

- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo

como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram

durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo

Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as

superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo

da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo

- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se

comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram

assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da

diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo

integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de

conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA

que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em

estrateacutegias limitativas

Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo

Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo

45

- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem

com PHDA

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo

- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse

balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA

- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os

balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais

cair e tocar no chatildeo

- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve

comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer

relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam

a natildeo poder tocar no chatildeo

- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos

elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se

consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo

- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que

sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram

perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na

tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos

Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos

46

Reflexatildeo

- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo

ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila

eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de

suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e

responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da

partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para

cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta

Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final

Objetivos da dinacircmica

- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da

formaccedilatildeo

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que

pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na

47

organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)

sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave

informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo

183 Siacutentese geral

A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com

professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe

docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid

Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo

dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo

Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo

que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No

entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo

os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas

no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas

complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de

PHDA

48

2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE

INVESTIGACcedilAtildeO

21 Introduccedilatildeo

O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior

de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo

assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de

professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA

Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista

ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de

conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem

ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida

De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta

cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o

investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se

apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos

resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua

5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os

estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim

atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam

que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a

organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes

de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados

permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de

investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre

pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos

com PHDA

22 Desenho do estudo

As etapas do procedimento iniciam-se com

49

- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos

conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso

fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia

suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar

- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos

devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em

fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do

modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)

- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o

problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa

documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no

terreno

23 Participantes

Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino

baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo

masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do

aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse

o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo

entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que

zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem

As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio

estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino

e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por

questionaacuterio

50

24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados

No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de

vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)

decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes

instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo

em causa

Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola

escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso

Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica

de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter

informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa

escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas

educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de

sala de aula

Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-

se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e

anaacutelise textual referente a cada um deles

Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os

respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26

Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que

completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo

para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu

consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula

Codificou-se o observado atraveacutes de SS

Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande

importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2

Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a

confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para

tratamento

241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio

51

Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo

conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto

de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de

administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores

facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a

dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas

face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais

de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio

Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)

os mesmos

Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a

anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes

O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com

34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1

com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49

anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre

os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Geacutenero (ver anexo 17)

No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente

aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo

masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46

questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino

Idade (ver anexo 17)

Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores

com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades

entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de

52

50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros

4 natildeo colocou a idade

26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

(ver anexo 18)

Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de

alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria

natildeo tem alunos com PHDA (54)

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)

Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a

concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores

tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de

subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos

(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades

(17)

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)

Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas

suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica

envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea

21 Se sim quais (ver anexo 18)

Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50

domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e

atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo

53

documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento

dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer

conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo

considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo

parental

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver

anexo 18)

Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos

com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)

Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes

sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros

29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo

tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de

outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas

suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)

De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus

alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das

respostas Sem resposta 4

41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)

Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade

para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo

54

sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias

sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos

alunos com PHDA (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo

com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)

e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo

51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)

A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos

professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo

individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses

alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano

geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos

intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)

Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos

com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11

61 Se sim quais (ver anexo 18)

O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17

o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13

com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm

resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede

auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo

acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do

comportamento dos alunos com PHDA

55

611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)

Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de

maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)

do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta

3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da

equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila

(Selikowitz 2009)

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas

tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes

19 natildeo consideram esse o seu papel educativo

Se sim justifique (ver anexo 18)

Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no

processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente

ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa

participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO

A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

(ver anexo 18)

Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da

formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria

formaccedilatildeo especializada

71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)

56

Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de

ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada

para intervir com alunos com PHDA

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a

praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses

alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA

natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de

resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo

acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo

(Selikowitz 2009)

Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos

departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo

sobre PHDA para professores

27 A Observaccedilatildeo

Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de

partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees

obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as

unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo

de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o

encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)

No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo

em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula

praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse

contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em

conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram

maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se

entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para

completamento do mesmo

57

A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios

alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado

estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma

desatenccedilatildeo (ver anexo 15)

Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados

demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a

dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)

inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a

sua desatenccedilatildeo

28 Outros instrumentos

Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5

alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos

fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com

os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg

psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de

conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar

o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm

desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere

que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros

por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas

anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A

medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns

continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no

controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um

dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os

trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques

29 Limitaccedilotildees

De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente

a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos

58

isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos

26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada

importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias

com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco

Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo

permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo

sistemaacutetico em mais do que um contexto

210 Siacutentese final

Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente

a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com

alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute

de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou

o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que

os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino

baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial

(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo

dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de

identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de

ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE

Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo

Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo

jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios

congressos e seminaacuterios

59

CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES

O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos

professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se

uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios

aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas

informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA

Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam

verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise

No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem

credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da

observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela

2008)

Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores

de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash

fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam

dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior

disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto

o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo

de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de

salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma

tem formaccedilatildeo na aacuterea

No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e

aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim

compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da

investigaccedilatildeo

Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua

incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de

modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas

estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no

60

presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de

formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos

recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas

vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia

nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas

Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais

escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados

conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de

escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo

Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea

da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que

se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos

Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado

61

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65

ANEXOS

66

Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento

67

Exemplo de contrato com aluno com PHDA

Retirado de Correia 2013 p 181

68

Retirado de Beane (2006)

69

Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas

70

CONTRATO DE ETIQUETAS

Recebes uma etiqueta cada vez

que___________________________________________________

No entanto se te comportares

mal em seguida

__________________________________________

Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes

Adaptado de Parker 1994 p 121

71

Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo

72

FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Tel

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Tel

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Ens Secundaacuterio Ano Turma

73

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Aspectos relevantes da histoacuteria escolar

Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram

Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo

Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas

Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas

Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas

Na sala de aula Sim Natildeo

Se assinalou sim indique quais

Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo

Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas

Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo

Se assinalou sim indique qual

Outros

74

2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO

Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios

(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)

Sensoriais Visatildeo

Audiccedilatildeo

Cognitivo

Comunicacional

EmocionalPersonalidade

Motor

Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico

Especificar algum aspecto que considere pertinente

3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho

por referecircncia agrave CIF-CJ 1)

(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Adquirir linguagem adicional

d135 Ensaiar (Repetir)

d137 Adquirir conceitos

75

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

d210 Realizar uma uacutenica tarefa

d220 Realizar tarefas muacuteltiplas

d230 Realizar a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Gerir o proacuteprio comportamento

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual

d345 Escrever mensagens

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo

d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Auto-transferecircncias

d430 Levantar e transportar objectos

d435 Mover objectos com os membros inferiores

d440 Movimentos finos da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

76

d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar as tarefas domeacutesticas

d650 Cuidar dos objectos da casa

d660 Ajudar os outros

d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

___________________

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do

Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do

Porto)

4 FACTORES AMBIENTAIS

Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a

Factores

Constituir barreira ao desempenho

do aluno

Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno

Familiar

Escolar

77

Social

Outros

5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER

6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO

Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo

Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass

Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass

Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass

Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass

7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Proponho

Assinatura

78

II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

1 TOMADA DE DECISAtildeO

a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

Encaminhamento

b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO

Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo

Funccedilotildees do

Corpo

79

Actividades e

Participaccedilatildeo

Factores

Ambientais

Observaccedilotildees

3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO

Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome Cargo

Docente Titular Director de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

80

Encarregado de Educaccedilatildeo Ass

Outros Intervenientes

Ass

Ass

Ass

Ass

81

82

83

Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)

84

85

86

87

88

89

90

Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)

91

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

92

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Professor Titular Director de Turma

Percurso Escolar do Aluno

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo

Docente TitularDiretor de Turma

Docente da Educaccedilatildeo Especial

Psicoacutelogo

Outros intervenientes

93

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

2 Atividade e participaccedilatildeo

3 Fatores ambientais

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas

funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou

uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b110 Funccedilotildees da consciecircncia

b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo

b117 Funccedilotildees intelectuais

b122 Funccedilotildees psicossociais globais

b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade

b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos

b134 Funccedilotildees do sono

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo

b144 Funccedilotildees da memoacuteria

b147 Funccedilotildees psicomotoras

b152 Funccedilotildees emocionais

b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo

b160 Funccedilotildees do pensamento

94

b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior

b167 Funccedilotildees mentais da linguagem

b172 Funccedilotildees do caacutelculo

b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos

complexos

CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA

b310 Funccedilotildees da voz

b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo

b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala

b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo

b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas

CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO

b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das

articulaccedilotildees

b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees

b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular

b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular

b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular

b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores

b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras

involuntaacuterias

b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

voluntaacuterio

b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

involuntaacuterio

b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha

b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do

movimento

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

95

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Desenvolvimento da linguagem

d135 Ensaiar

d137 Adquirir conceitos

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS

d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades

satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)

d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas

d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento

CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem

gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais

d345 Escrever mensagens

96

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de

comunicaccedilatildeo

CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE

d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Autotransferecircncias

d430 Levantar e transportar objetos

d435 Mover objetos com os membros inferiores

d440 Atividades de motricidade fina da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila

CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar o trabalho domeacutestico

d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos

d660 Ajudar os outros

CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

97

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social

e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua

vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com

(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se

a estaacute a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos)

e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria

e120 Para facilitar a mobilidade e o

transporte pessoal

e125 Para a comunicaccedilatildeo

e130 Para a educaccedilatildeo

e135 Para o trabalho

e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto

CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM

e225 Clima

e240 Luz

e250 Som

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310 Famiacutelia proacutexima

e315 Famiacutelia alargada

e320 Amigos

e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e

membros da comunidade

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

e340 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e355 Profissionais de sauacutede

e360 Outros profissionais

CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES

e410 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia proacutexima

e415 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia alargada

98

e420 Atitudes individuais dos amigos

e425 Atitudes individuais de conhecidos

pares colegas e membros da

comunidade

e430 Atitudes individuais de pessoas em

posiccedilatildeo de autoridade

e445 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e450 Atitudes individuais de profissionais de

sauacutede

e455 Atitudes individuais de outros

profissionais

CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS

e515 Relacionados com a arquitetura e a

construccedilatildeo

e540 Relacionados com os transportes

e570 Relacionados com a seguranccedila social

e575 Relacionados com o apoio social geral

e580 Relacionados com a sauacutede

NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados

4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES

5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o

perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo

Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que

expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo

SugestotildeesRecomendaccedilotildees

99

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em

consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos

diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor Cognitivo

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicaci

onal Audiccedilatildeo Visatildeo

6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

b) ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Turma com um projeto curricular adaptado

100

c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA

Especificar

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO

Especificar

g) CURRIacuteCULO

ESPECIacuteFICO

INDIVIDUAL

Desenvolvido em turma do ensino regular

Especificar

Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo

Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do

espectro do autismo

Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)

Especificar

101

(outras informaccedilotildees pertinentes)

7 DOCUMENTOS EM ANEXO

Sim Natildeo

Se sim quais

8 OBSERVACcedilOtildeES

9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

102

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

103

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38 anos

Nome da Matildee Idade 40 anos

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40 anos

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

104

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano 7 Turma F

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel

da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio

do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar

de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em

20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos

relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno

foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm

CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas

Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm

CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo Psicoacuteloga

Docente TitularDiretor de Turma

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo

Psicoacutelogo

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash

leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de

Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral

(ALO) ndash subteste de completamento de frases

105

2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em

contexto de sala de aula (PORT)

3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno

12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees

ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b117

Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades

intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais

cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo

em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a

informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal

visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute

comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao

processamento sequencial

0

b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1

b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e

conhecimento adquirido 1

b152

Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila

ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas

Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e

regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas

Instabilidade emocional

1

106

b156

Funccedilotildees da perceccedilatildeo

Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva

imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras

Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees

espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma

figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com

a sua exatidatildeo

1

b167

Funccedilotildees mentais da linguagem

Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e

compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e

sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras

e de silabas nas palavras ndash Dislexia

Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da

composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash

Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos

acentuada)

2

b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d135 Ensaiar 2

d137 Adquirir conceitos 2

d145 Aprender a escrever 3

d155 Adquirir competecircncias 2

d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2

d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2

d166

Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha

contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de

leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta

movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras

demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no

entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice

na competecircncia leitora

2

107

d170

Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo

escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo

prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste

de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave

data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo

denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os

erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a

confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)

omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel

semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia

esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical

e na sinoniacutemia e antoniacutemia

3

d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1

d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3

d345 Escrever mensagens 3

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d820 Educaccedilatildeo escolar 2

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES

Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e

atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)

se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute

a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3

e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados

de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo

Barreira

Facilitador 2

e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio

na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1

e140

Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto Valoriza as atividades rurais

de cultura e tradiccedilatildeo familiares

mostrando-se ambientado em contextos

maioritariamente campestres

Facilitador 3

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310

Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o

aluno no percurso escolar Dificuldades

na supervisatildeo de rotinas bem como em

educar de forma consistente

Facilitador

Barreira 1

108

e320

Amigos (colegas) Fez transferecircncia da

EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e

todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees

interpessoais do aluno conferem-lhe

grande importacircncia

Facilitador 3

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga

Facilitador 2

13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor

Cognitivo

(atenccedilatildeo perceccedilatildeo

auditiva visual e memoacuteria

de longo prazo)

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicacional

(Receccedilatildeo e receccedilatildeo

da linguagem

escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo

14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute

necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente

de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da

leitura e da escrita

Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez

que o aluno apresenta PHDA tipo misto

109

d)

ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas

disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs

Turma com um projeto curricular adaptado

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com

exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo

suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de

um docente

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar

uma turma sem problemas comportamentais

- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

Outras informaccedilotildees pertinentes

- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno

- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-

aprendizagem

- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo

com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo

ldquoAprender a Aprenderrdquo

- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico

15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Psicoacutelogo Ass

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass

110

Outros intervenientes

Representante NEE Ass

Ass

Ass

16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

111

Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)

112

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

113

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

114

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos

Identificar

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Liacutengua Gestual

Braille

Hidroterapia

Hipoterapia

Fisioterapia

Terapia da Fala

Desporto Adaptado

Terapia Ocupacional

Psicoterapia

Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )

115

Identifique qual ou quais

Apoio Psicoloacutegico

Apoio Social

Outras identifique qual ou quais

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar

Apoio familiar (bolsa ocupacional)

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas

Especificar

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar

Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo

Especificar

Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da

incapacidade

Especificar

116

422

Turma com Projeto Curricular Adaptado

Modalidade de Ensino

Niacutevel de Ensino

43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula

Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia

Dispensa dos limites etaacuterios

Especificar

Adiamento de matriacutecula

Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)

Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)

(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

117

Especificar

Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo

Especificar

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Periodicidade

Duraccedilatildeo

Local de execuccedilatildeo

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Outro Qual

46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual

461

Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Outro Programa (anexar curriacuteculo)

462

Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular

118

A tempo inteiro

A tempo parcial

Especificar

Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado

(UNECA)

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do

autismo

463

Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)

47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais

os materiais)

Para problemas visuais

Para problemas auditivos

Para problemas motores

Outro Qual

Dispositivos de compensaccedilatildeo

Auxiliares oacuteticos

Auxiliares auditivos

119

Equipamento informaacutetico

Cadeira de rodas

Proacuteteses

Outro Qual

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

CIF-CJ

120

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

121

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

122

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo 20152016

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade 13

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38

Nome da Matildee Idade 40

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

123

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas

dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB

na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano

(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou

a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou

retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de

Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto

em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo

sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria

onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute

referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano

letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido

de reavaliaccedilatildeo

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios

de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da

escritadisortografia e disgrafia

Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro

Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado

com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012

124

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO

Funccedilotildees Mentais Globais

i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em

detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do

canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal

e ao processamento sequencial

ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo

Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas

Deficiecircncia moderada

i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo

velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees

e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem

escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e

Disgrafia)

Deficiecircncia ligeira

i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo

ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido

iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e

tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo

emocional adequadas Instabilidade emocional

iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de

pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo

reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos

Dificuldade grave

i Aprender a escrever (d1453)

ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica

(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de

portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de

composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo

4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

125

na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees

(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da

meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia

iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)

iv Escrever mensagens (d3453)

Dificuldade moderada

i Ensaiar (d1352)

ii Adquirir conceitos (d1372)

iii Adquirir competecircncias (d1552)

iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)

v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo

respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento

psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que

evidencia deacutefice na competecircncia leitora

Dificuldade ligeira

i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)

Aacutereas Principais da Vida

Dificuldade moderada

i Educaccedilatildeo escolar (d8202)

FATORES AMBIENTAIS

Produtos e Tecnologia

Fatores de proteccedilatildeo facilitador

i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)

ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura

e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres

(facilitador grave)

iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)

Fatores barreira

i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa

(barreira ligeira)

126

Apoios e Relacionamentos

i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a

ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia

(facilitador grave)

ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)

iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na

supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador

ligeiro)

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos

distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de

tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as

atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA

tipo misto

Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as

disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Identifique qual ou quais

Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo

especial

Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de

competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado

pelo SPO)

127

Apoio Psicoloacutegico

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar Professores titulares das disciplinas

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades

nomeadamente em Inglecircs

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de

questotildees

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral

complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros

ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em

virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem

(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em

detrimento da forma

Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas

128

Local de execuccedilatildeo

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a

supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina

assim o entender

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma

turma sem problemas comportamentais

Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio

Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

Apoio

Individualizado Conselho de Turma X

Horaacuterio da

Turma

Educaccedilatildeo

Especial X

2X45m

(Matemaacutetica

e

Portuguecircs)

SPO X

ldquoAprender

a

Aprenderrdquo

SPO

X Sistemaacutetico

(1ordm Periacuteodo)

129

13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e

motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem

No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja

necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de

educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e

da escrita em contexto fora sala de aula

14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas

classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de

aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa

registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo

avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada

periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com

a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do

ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios

intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada

15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

130

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

131

Assinatura

132

Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo

133

1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees

11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas

parentais inadequadas ____

12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____

13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o

suficiente _____

14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____

15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e

ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____

16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____

17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____

18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo

da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____

2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo

que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento

educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com

diagnoacutestico de PHDA

Obrigada por colaborarem neste desafio

134

Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu

135

Belo S amp Coelho A (2011)

136

Anexo 9 ndash Desenho cego

137

Coelho A amp Belo S (2014)

138

Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato

139

140

Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

141

Para discussatildeo e reflexatildeo

ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais

escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da

borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade

A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer

siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada

Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva

sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material

Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma

tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-

se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora

estatildeo a fazer

No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo

quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo

Antunes (2009)

142

Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio

143

INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO

Geacutenero Masculino Feminino

Idade

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

Sim Natildeo

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA

Sim Natildeo

21 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

Sim Natildeo

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas

praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula

Sim Natildeo

144

41 Se natildeo por que natildeo o faz

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos

com PHDA

Sim Natildeo

Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos

intervenientes no processo educativo do aluno

Sim Natildeo

61 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

611 Maioritariamente quem

Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de

Educaccedilatildeo

Outro Qual ___________________________________________

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem

Sim Natildeo

Se sim justifique

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

Sim Natildeo

71 Se natildeo porquecirc

145

________________________________________________________________

________________________________________________________________

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo

146

147

148

149

Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo

150

151

152

Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno

153

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Portuguecircs

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 15102015

Hora 1415H Tempo letivo 43min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1425H Conversas paralelas deixa cair

coisas no chatildeo vai buscaacute-las

dispersa-se olha para traacutes de

modo sistemaacutetico faz perguntas

aleatoacuterias e descontextualizadas

Aluno sem medicaccedilatildeo

Aluno afirma natildeo ter feito o

TPC

1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes

bem atrasadardquo relativamente a

uma colega no entanto o aluno

tambeacutem estaacute atrasado Natildeo

espera pela sua vez Responde

sem ser chamado estaacute distraiacutedo

nunca sabe qual o exerciacutecio em

que se encontram natildeo

acompanhando os colegas

Faz referecircncia ao seu colega e

amigo Oxiang

1436H Tira a borracha do colega do

lado esquerdo sempre a olhar

para traacutes a mexer com as matildeos

a levantar da cadeira

1440H Natildeo encontra o estojo

Encontra-se sentado de lado na

154

cadeira A professora diz para

ele se endireitar

1444H A professora ajuda o aluno na

realizaccedilatildeo da atividade contudo

ele distrai-se com a borracha

1448H Os colegas fazem perguntas e o

aluno responde (de tipo coacutemico)

e vira-se para traacutes

1450H Fica confuso com o exerciacutecio

iniciado

1452H A professora pergunta se o

aluno jaacute terminou O mesmo diz

que natildeo batendo na mesa

1455H O aluno responde corretamente

quando solicitado

1458H O aluno coloca o gorro na

cabeccedila e diz que vai faltar ao

teste de HIST Em seguida diz

que vai claro e que teraacute uma

nota final positiva Entretanto

sai da sala e regressa apenas

para fechar a mochila Volta a

sair para o intervalo

Professora relembra a data do

teste

Aluno referiu que teve cerca de

60 na nota do uacuteltimo teste de

HIST

155

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Cidadania

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 31052016

Hora 1415H Tempo letivo 44min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo

professor de CID em contexto

de sala de aula de Informaacutetica

Ri e olha agrave volta Professor diz

ldquoS acalma-te ou vou-me

chatearrdquo

Aluno com medicaccedilatildeo

1447H Aluno sempre a mexer o dedo

1448H Aluno muda o comportador

portaacutetil de siacutetio Professor volta

a intervir ldquoS tens 10 minutos

para terminar o trabalhordquo

1449H Fala com a colega do lado

1450H S com os olhos semicerrados

Professor volta a chamar a

atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega

ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida

diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um

trabalho de publicidade

enganosa)

1452H Professor interpela o aluno e o

mesmo faz caretas enquanto diz

156

agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e

dezrdquo Olha para o lado mexe no

cabelo tira a folha da colega e

arregala os olhos (tiques)

1455H Chama a professor e ele

pergunta ldquoO que eacute enganosordquo

A professora responde

1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual

a tua opiniatildeo pessoalrdquo

1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz

que na proacutexima aula teraacute de

apresentar o seu trabalho em

modo de alerta de tempo O

aluno repete (de acordo com o

viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes

tu quando tens fomerdquo Logo em

seguida ldquoQuando tenho fome e

como um chocolate fico mal

dispostordquo ndash enquanto isso

estava a olhar para a professor

de cabeccedila de lado metendo o

laacutepis na boca Professora

responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo

1459H Alunos preparam-se para sair da

sala e o aluno vagueia (em

formato labirinto) ateacute agrave porta

volta para traacutes para entregar a

ficha de trabalho (ver anexo 16)

agrave colega e diz ldquoPara entregar na

proacutexima aulardquo

157

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)

Aluno SS

Ano 7ordm

Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H

Tempo

Descriccedilatildeo

(lugares intervenientes

atividades tarefas material

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1503H O aluno e um fotoacutegrafo

dirigem-se ao auditoacuterio da

escola O fotoacutegrafo senta-se e o

aluno mantem-se em peacute

Aluno com medicaccedilatildeo

1504H O aluno de repente comeccedila a

falar de um padre ldquoEstava a

mudar as reses e ele laacute para fora

comeccedila a aguindar (marca

linguiacutestica) a aacutegua bentardquo

Fala de um padre Parece

recordar-se que tem EMRC agraves

1515H

1507H O aluno entretanto comeccedila a

abordar o tema relacionado com

negoacutecios de lavradores e o

fotoacutegrafo desenvolve a

sustentabilidade

1508H O aluno senta-se devagar

muito atento e diz ldquoEu tenho

um amigo querdquo

1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores

estatildeo a gastar mais do que

deviamrdquo O aluno volta a

mencionar o amigo ldquoO meu

amigo tem muitos alqueiros e

tira leite 3 vezes por diardquo

O aluno quer ser lavrador

1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo

para as vantagens e

desvantagens de ter uma lavoura

e o aluno ndash pensativo ndash diz

ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver

158

Se natildeo der natildeo deurdquo

Entretanto pergunta as horas e

diz que tem EMRC

159

Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo

160

161

162

Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno

163

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome JM Idade 15 anos

Professor P1

O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como

incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo

reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

164

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome SS Idade 14 anos

Professor P1

O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras

dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques

principalmente ao niacutevel da face

Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da

Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira

perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica

Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo

Em 08062016

Professor P2

Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega

na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo

por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno

estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem

um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta

tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer

em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

165

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome DG Idade 13 anos

Professor P1

O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com

trabalho foram sendo colmatadas

Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

166

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome ES Idade 12 anos

Professor P1

O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se

bastante adaptado ao contexto de sala de aula

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

167

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome FS Idade 13 anos

Professor P1

O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra

inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

168

Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes

169

19

81

Geacutenero

Masculino

Feminino

44

31

54

7

Idade

Natildeo colocou idade

20-29

30-39

40-49

mais de 50

170

Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio

171

4654

Tem alunos com PHDA

Sim

Natildeo

17

58

17

8

Maiores dificuldades

Sem justificaccedilatildeo

Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento

Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo

Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila

5446

Conhecimentos acerca da PHDA

Sim

Natildeo

172

73

27

Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA

Sim

Natildeo

7

7

15

50

14

7

Quais os conhecimentos acerca da PHDA

Natildeo evidencia os conhecimentos

Poucos conhecimentos

Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)

Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar

Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo

173

28

29

14

29

Natildeo identifica alunos com PHDA

Natildeo tem formaccedilatildeo

Natildeo tem conhecimentos

Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas

Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo

58

38

4

Construccedilatildeo de materiais

Sim

Natildeo

Sem resposta

20

20

1020

20

10

Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais

Natildeo houve oportunidade

Natildeo tem alunos com PHDA

Natildeo sentiu necessidade

Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar

Escassez (sobrecarga) detempo

Sem resposta

174

5442

4

Organizaccedilatildeo do plano de aula

Sim

Natildeo

Sem resposta

46

36

99

Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA

Natildeo tem alunos com PHDA

Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno

Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)

5831

11

Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

175

4 44

25

17

13

13

8

4

8

Intervenientes

Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA

Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)

Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar

Diretor de Turma

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Encarregado de Educaccedilatildeo

Conselho de Turma

SPO

Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica

40

27

17

1033

Contacto com os seguintes intervenientes

Diretor de Turma

Psicoacutelogo

Encarregado de Educaccedilatildeo

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Professor de EMRC

Sem resposta

176

5819

23

Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

34

33

13

7

13

Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do

aluno com PHDA

Interveniente ativo noprocesso educativo

Necessidade de maior apoio

Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento

Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO

Sem resposta

177

80

20

Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA

Sim

Natildeo

5050

Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores

Falta de oferta formativa

Existecircncia de equipaespecializada

114

444

73

Sugestotildees dos professores respondentes

Accedilotildees de formaccedilatildeo

Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo

Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos

Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz

Psicologia convertida agraveglobalidade

Sem resposta

178

Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo

Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno

179

Categorias Sub-categorias Respondentes

Identificaccedilatildeo de

carateriacutesticas de alunos

com PHDA

Dificuldades em P1 P2

1 Controlar o comportamento times times

2 Focar a atenccedilatildeo times

3 Reter informaccedilatildeo times

4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times

5 Lidar com a frustraccedilatildeo times

Presenccedila de

1 Tiques times times

2 PEA times

3 Medicaccedilatildeo que

31 Atenua comportamento times

32 Manteacutem comportamento times

4 Agressividade ingeacutenua times

5 Afetividade times

6 Egoiacutesmo times

7 Preferecircncia por trabalhos

individuais

times

Page 7: INTRODUÇÃO Justificação do tema parte... · 2020. 6. 12. · desgraça da família, malcriado, preguiçoso, etc.” (p.180). Barkley & Murphy (2006) apresentam algumas das características

7

interpretaccedilotildees incorretas apelidando de mau comportamento atos caracteriacutestico de um

indiviacuteduo que tem PHDA Acerca desta questatildeo Antunes (2009) refere ldquoelas tecircm a noccedilatildeo

do que estaacute certo ou errado e ateacute reconhecem as duas faces no comportamento dos outros

Como explicar entatildeo que sabendo a teoria natildeo a ponham em praacutetica A razatildeo eacute simples

a sua impulsividade natildeo o permite Eacute por isso inuacutetil dizer que eacute um laquomal comportadoraquo a

desgraccedila da famiacutelia malcriado preguiccediloso etcrdquo (p180)

Barkley amp Murphy (2006) apresentam algumas das caracteriacutesticas principais

presentes nos indiviacuteduos com PHDA

- A dificuldade na inibiccedilatildeo da resposta no controlo do impulso e na capacidade de

retardar a gratificaccedilatildeo satildeo umas das principais caracteriacutesticas destas crianccedilas As

consequecircncias destas satildeo muacuteltiplas e implicam por exemplo uma impossibilidade de

esperar a sua vez ou de se conseguir concentrar na execuccedilatildeo de tarefas ou ainda de

trabalhar com objetivos a longo prazo em vez de mais imediatos

- A excessiva atividade motora presente nessas crianccedilas que as impede muitas vezes

de permanecerem sentadas ou de natildeo conseguirem parar de mexer em coisas quando natildeo

eacute o momento adequado para tal Este sintoma eacute mais notoacuterio nas crianccedilas mais novas e

tende a diminuir com a idade

- A capacidade de persistecircncia e atenccedilatildeo durante a execuccedilatildeo de tarefas mais morosas e

de menor interesse para a crianccedila estatildeo tambeacutem afetadas Esta caracteriacutestica faz com que

haja mais momentos de distraccedilatildeo e de desconcentraccedilatildeo dificultando o seu dia-a-dia

Segundo os mesmos autores existem outras caracteriacutesticas estando estas mais

ligadas ao comportamento impulsivo A primeira que identificam tem a ver com a

memoacuteria de trabalho ou seja com a capacidade de reter informaccedilatildeo Quando esta

funccedilatildeo estaacute afetada eacute frequente o esquecimento de coisas que se deveria fazer ou de factos

relevantes que ajudariam na organizaccedilatildeo do seu pensamento Barkley amp Murphy (2006)

referem ainda a pobre regulaccedilatildeo do self nos indiviacuteduos com PHDA o que contribui

para um comportamento mais impulsivo Pode existir tambeacutem dificuldade em seguir

instruccedilotildees planear ou resolver problemas

Em suma algumas das principais caracteriacutesticas inerentes agrave falta de atenccedilatildeo satildeo a

desorganizaccedilatildeo e desatenccedilatildeo constantes nas tarefas realizadas tanto a niacutevel acadeacutemico ou

laboral como luacutedico Em relaccedilatildeo agrave hiperatividade o sintoma principal estaacute relacionado

com o excesso de atividade motora e a impulsividade caraterizando-se essencialmente

8

pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas

(DSM-IV-TR 2002)

Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a

sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a

uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que

envolve esta perturbaccedilatildeo

Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada

por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o

aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar

(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker

1992)

15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA

De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de

3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos

de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma

prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5

nas crianccedilas e de 25 na idade adulta

Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com

PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo

Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde

concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda

que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero

de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos

presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece

Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta

contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares

Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas

natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada

O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por

9

vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais

de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25

Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais

diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)

A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando

existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de

PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada

eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)

A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo

alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com

PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia

a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados

referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees

e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20

Tiques 11 e Depressatildeo 4

16 Etiologia de PHDA

As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o

fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp

Russel 2006)

Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker

2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley

amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios

elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)

Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA

pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto

prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do

ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)

Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas

educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada

10

essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes

2004)

17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA

As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA

requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas

perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica

De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento

humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que

os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados

contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)

ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e

cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo

A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina

vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma

equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)

psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade

Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente

(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo

prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees

sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as

competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade

melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso

prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade

Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em

casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes

(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus

sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles

que com ele convivem

Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que

ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos

periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA

11

para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda

garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma

metodologia de intervenccedilatildeo

A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de

intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial

171 Farmacoloacutegica

A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os

casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar

a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a

frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com

PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais

riscos e efeitos adversos

Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de

alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)

designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor

normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento

farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em

psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)

Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais

conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo

da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de

funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA

Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara

melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas

com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de

reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal

comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)

A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica

intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e

transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo

12

farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras

estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma

diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das

outras intervenccedilotildees

De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica

em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma

forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada

(Pereira amp Fernandes 2001)

172 Cognitivo comportamental

Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema

importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a

outras intervenccedilotildees

A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo

psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes

de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo

comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na

intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)

Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra

- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os

comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a

eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo

comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro

teacutecnico

- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de

aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado

- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e

obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como

desejados

- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento

13

- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos

A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee

- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da

linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a

passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado

- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o

proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da

anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais

como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo

- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de

competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o

objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado

problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas

promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo

- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio

comportamento

- Teacutecnicas de relaxamento

- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo

Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental

aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la

com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta

se justifica

173 Psicossocial

Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos

familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida

da crianccedila do jovem com PHDA

14

1731 Contexto familiar

A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que

eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da

PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais

Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos

adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando

praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado

castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer

agrave gravidade do comportamento disruptivo

Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos

positivos nos filhos com PHDA

De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir

diferentes formas

- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre

pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de

comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute

indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas

associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de

rutura matrimonial)

- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte

muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como

uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios

comportamentais dos seus filhos

- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a

partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o

aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais

A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas

das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta

bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo

15

1732 Contexto escolar

A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior

pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas

elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as

limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora

dela

Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria

dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA

Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa

mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel

de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado

pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem

interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)

Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos

professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e

desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de

autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar

Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas

agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo

conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade

(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais

facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que

os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem

Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar

em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados

Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e

natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma

Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode

integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e

cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)

ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais

16

(a) Formaccedilatildeo de professores

Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um

melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o

conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade

para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle

2004 cit por Rodrigues 2008)

(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola

O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de

modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os

professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos

realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo

Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo

sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com

articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos

(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula

Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas

de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir

para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A

melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a

metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA

deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul

amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)

Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar

(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices

de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual

Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa

aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo

acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias

situaccedilotildees escolares que constituem um problema

17

Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de

intervenccedilatildeo se deve centrar

- Modificaccedilatildeo do contexto

Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em

que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta

apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos

nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos

fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo

dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg

calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)

Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)

Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem

implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de

modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar

Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes

estrateacutegias

- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais

- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais

proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com

boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)

- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio

- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente

eou realizar atividades diferentes

- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou

artiacutesticas

No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as

seguintes estrateacutegias

- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do

tempo

- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados

18

- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara

- Dividir eou reduzir as tarefas

- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade

- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo

mental

- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro

dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para

o aluno com PHDA

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos

ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)

- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback

- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha

tempo de realizarterminar as tarefas

- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas

- Estabelecer limites para terminar as tarefas

- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala

- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende

- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa

- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este

se lhe dirige)

- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade

- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro

interativo de filmes diapositivos

- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais

- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a

apresentaccedilatildeo

- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos

- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de

motivaccedilatildeo e de interesse)

19

- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)

- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais

importantes (ideias chave)

- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo

- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)

- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades

- Ler os materiais em voz alta

- Utilizar versotildees reduzidas de textos

- Simplificar vocabulaacuterio do texto

- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos

- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes

de o colocar a realizaacute-lo individualmente

- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve

sobrecarregar o aluno com trabalho extra)

- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula

Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam

teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de

comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de

trocasrdquo o time-out entre outras

A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica

As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais

e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento

desejado utilizando recompensas

- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a

modificar

- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis

para o fim

20

- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia

negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento

- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a

observaccedilatildeo do comportamento

- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo

funcionam

- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois

pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela

ausecircncia de reforccedilo

- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que

as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores

- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico

O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo

a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de

encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica

de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o

aluno e o professor

O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente

a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento

atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o

seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal

O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas

que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por

preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para

recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai

ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto

com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas

fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos

estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento

O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o

reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para

21

ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento

indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja

utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo

considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma

outra resulta)

Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de

sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo

professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que

satildeo

- Aceitar o aluno tal como ele eacute

- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele

- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel

- Estabelecer regrasconsequecircncias claras

- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que

necessaacuterio

- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados

- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco

gravosos)

- Evitar criticar o aluno

- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser

elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)

- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva

- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador

- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento

- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos

de transiccedilatildeo)

- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como

estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo

estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)

22

- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados

- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo

- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade

- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo

Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da

implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas

para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo

Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)

- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a

observar e a registar o seu proacuteprio comportamento

- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu

proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com

tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas

- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar

com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um

controlo dos comportamentos

Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se

consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a

avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados

comportamentos

(d) Ensino Especial

Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem

especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino

multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila

Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do

aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o

maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino

23

Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser

integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-

lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto

escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam

associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e

da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente

Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo

aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo

social

Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho

executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com

o aluno

Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-

modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o

indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a

posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente

Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo

(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual

necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-

se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo

participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica

aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da

Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre

as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com

o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos

de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que

consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo

Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e

intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee

concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade

Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)

no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP

24

determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim

determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e

aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo

no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa

dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia

Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do

SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios

disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o

caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)

As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas

nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas

disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo

e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria

utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois

momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa

outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)

Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo

de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia

nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos

com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)

- Fichas de avaliaccedilatildeo

- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)

- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta

- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal

- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo

- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala

- Testes curtos e com seccedilotildees curtas

- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)

- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta

- Evitar textos extensos

25

- Colocar poucas questotildees por paacutegina

- Numerar todas as paacuteginas e questotildees

- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo

- Tipos de teste

- Respostas por escolha muacuteltipla

- Evitar muitas opccedilotildees

- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)

- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)

- Alinhar verticalmente as respostas

- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical

- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla

- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta

- Respostas por correspondecircncia

- Colocar todos os itens na mesma paacutegina

- Colocar espaccedilo extra entre os itens

- Utilizar pequenos grupos de itens

- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)

- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas

- Dar um exemplo correto

- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo

- Respostas Verdadeiro ou Falso

- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste

- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa

- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a

resposta correta

- Respostas para preencher e espaccedilos

- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)

- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta

- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo

- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero

de vezes que for para usar

26

- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada

- Respostas de desenvolvimento

- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta

mais curta

- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta

- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo

Outras sugestotildees

- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem

alguma dificuldade e natildeo a verbaliza

- Consultar os alunos com PHDA durante o teste

- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste

- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste

- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente

- Fazer o teste em dois dias

- Fazer intervalos durante o teste

- Utilizar reforccedilos positivos

- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc

- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas

- Fornecer um guiatildeo de estudo

- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final

(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais

Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e

trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem

com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os

adultos

27

Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo

diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar

pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade

Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias

sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo

(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos

seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social

sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas

perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento

Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy

Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante

analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a

sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender

o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e

inadequados com outros

Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores

assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em

contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do

desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave

autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs

1998 Fernandes 2007)

- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar

- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo

respeito incentivo)

- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno

- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula

- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo

- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da

sala quando o professor se ausenta)

- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)

28

- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o

aluno sobre esses comportamentos)

- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos

adequados

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos

ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)

- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios

destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser

pela positiva e construtivos (as))

- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais

Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus

alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo

aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees

que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos

18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de

intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA

Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham

acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas

hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e

teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora

do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp

Saragoccedila 2011 p 367)

Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades

desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um

processo de inclusatildeo no grupo turma

Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de

expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio

Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades

29

e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo

por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o

decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental

Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World

Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e

melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias

diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular

Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam

de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem

abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo

e proximidade agraves necessidades dos alunos

O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas

escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA

A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para

- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila

- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no

processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os

preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a

obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)

- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade

do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)

- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo

na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de

aprendizagens (Correia 2010)

Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra

que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir

necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de

74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam

dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado

30

inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste

estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores

- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo

autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas

com dificuldades de aprendizagem

- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no

domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e

emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas

- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de

aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes

- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)

Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem

das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica

no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e

de impulso bem como da autoestima

Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para

professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores

Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades

dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas

educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas

aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular

181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA

Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser

apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em

PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de

grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores

31

relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia

devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora

Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas

na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico

dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de

aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de

processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo

da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada

182 Descriccedilatildeo das sessotildees

Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo

Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)

Objetivos

- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores

- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo

- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo

- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo

- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que

consideram ser elementos importantes a melhorar

Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial

Objetivos da dinacircmica

- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA

32

Estrateacutegias

- Trabalho individual

Procedimentos da dinacircmica

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que

pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem

mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte

de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de

PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu

Fonte Coelho amp Belo (2011)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto

professores

- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias

identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma

33

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los

professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo de grupo

Procedimentos

- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que

reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do

grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia

para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores

- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores

- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e

competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser

vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente

- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que

elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas

- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si

- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si

aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais

voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)

- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam

tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como

referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma

- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo

- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da

informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo

de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar

34

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de

autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma

um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem

a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades

(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou

sozinho neste desafio)

- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser

facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo

pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma

- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo

durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram

inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo

sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis

Sessatildeo 2

Tema PHDA

Objetivos

- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com

PHDA

- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave

compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo

no sistema de ensino

Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

35

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar

Objetivos da dinacircmica

- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de

informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo

eficaz de comunicaccedilatildeo

- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA

Estrateacutegias

- Trabalho a pares

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria

- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para

os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes

e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente

- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha

com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha

em branco e uma caneta

- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo

graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu

par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel

- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer

qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o

emissor

- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher

todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos

36

- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que

cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por

emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar

esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo

Reflexatildeo

- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas

vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes

intervenientes no processo educativo

- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de

domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como

ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute

suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu

proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais

adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de

aprendizagem da crianccedila

Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no

grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes

- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo

Estrateacutegias

37

- Trabalho individual

- Trabalho em pequeno grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que

associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de

fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para

a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo

apresentada (Kohn amp Smith 2010)

- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos

grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa

nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA

- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista

ao grande grupo

- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em

suporte legiacutevel para todo o grupo

- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os

professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a

integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas

seguintes unidades

ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo

suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios

de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)

ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a

possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista

conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e

partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)

38

ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem

caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros

quadros patoloacutegicos)

ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas

da PHDA)

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de

conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute

construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades

de conteuacutedo

- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos

professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator

facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os

conteuacutedos teoacutericos partilhados

Sessatildeo 3

Tema Ser criativo eacute urgente

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias

especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar

Objetivos

- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional

face agrave crianccedila ao jovem com PHDA

- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao

funcionamento do aluno com PHDA

39

Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo

Objetivos da dinacircmica

- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos

- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos

definidos para cada aluno

Estrateacutegias

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)

- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra

o rato

- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta

Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na

pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que

estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu

processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de

manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e

intervenccedilatildeo grupal)

40

- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si

contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na

mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo

Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro

- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de

reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do

professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)

- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias

sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual

a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica

minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo

- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar

nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de

constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno

41

Reflexatildeo

- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um

ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade

de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo

de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma

como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando

a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que

lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e

cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino

aprendizagem

Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo

comportamental em sala de aula

Estrateacutegias

- Role-playing

- Trabalho em grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

42

- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4

elementos de forma aleatoacuteria

- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca

de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a

discussatildeo que neste estaacute a decorrer

- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de

uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)

- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode

partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo

elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode

responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo

Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo

bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados

durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)

- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos

elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente

agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como

o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo

- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as

suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro

adaptativo da estrateacutegia de time-out

Reflexatildeo

- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo

de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos

em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e

na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de

intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo

ativa do aluno na aula

- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta

como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva

43

Sessatildeo 4

Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo

Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organizam-se os professores em pequenos grupos

- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura

e cola

- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre

- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina

que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na

44

largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua

deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre

- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que

teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada

horizontalmente sobre a torre

- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo

como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram

durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo

Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as

superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo

da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo

- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se

comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram

assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da

diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo

integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de

conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA

que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em

estrateacutegias limitativas

Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo

Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo

45

- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem

com PHDA

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo

- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse

balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA

- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os

balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais

cair e tocar no chatildeo

- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve

comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer

relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam

a natildeo poder tocar no chatildeo

- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos

elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se

consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo

- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que

sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram

perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na

tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos

Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos

46

Reflexatildeo

- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo

ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila

eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de

suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e

responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da

partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para

cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta

Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final

Objetivos da dinacircmica

- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da

formaccedilatildeo

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que

pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na

47

organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)

sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave

informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo

183 Siacutentese geral

A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com

professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe

docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid

Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo

dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo

Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo

que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No

entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo

os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas

no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas

complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de

PHDA

48

2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE

INVESTIGACcedilAtildeO

21 Introduccedilatildeo

O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior

de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo

assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de

professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA

Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista

ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de

conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem

ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida

De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta

cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o

investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se

apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos

resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua

5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os

estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim

atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam

que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a

organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes

de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados

permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de

investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre

pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos

com PHDA

22 Desenho do estudo

As etapas do procedimento iniciam-se com

49

- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos

conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso

fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia

suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar

- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos

devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em

fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do

modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)

- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o

problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa

documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no

terreno

23 Participantes

Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino

baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo

masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do

aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse

o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo

entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que

zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem

As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio

estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino

e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por

questionaacuterio

50

24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados

No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de

vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)

decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes

instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo

em causa

Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola

escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso

Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica

de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter

informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa

escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas

educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de

sala de aula

Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-

se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e

anaacutelise textual referente a cada um deles

Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os

respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26

Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que

completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo

para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu

consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula

Codificou-se o observado atraveacutes de SS

Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande

importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2

Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a

confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para

tratamento

241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio

51

Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo

conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto

de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de

administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores

facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a

dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas

face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais

de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio

Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)

os mesmos

Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a

anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes

O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com

34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1

com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49

anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre

os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Geacutenero (ver anexo 17)

No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente

aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo

masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46

questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino

Idade (ver anexo 17)

Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores

com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades

entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de

52

50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros

4 natildeo colocou a idade

26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

(ver anexo 18)

Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de

alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria

natildeo tem alunos com PHDA (54)

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)

Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a

concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores

tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de

subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos

(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades

(17)

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)

Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas

suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica

envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea

21 Se sim quais (ver anexo 18)

Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50

domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e

atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo

53

documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento

dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer

conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo

considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo

parental

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver

anexo 18)

Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos

com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)

Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes

sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros

29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo

tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de

outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas

suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)

De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus

alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das

respostas Sem resposta 4

41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)

Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade

para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo

54

sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias

sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos

alunos com PHDA (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo

com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)

e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo

51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)

A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos

professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo

individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses

alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano

geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos

intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)

Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos

com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11

61 Se sim quais (ver anexo 18)

O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17

o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13

com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm

resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede

auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo

acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do

comportamento dos alunos com PHDA

55

611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)

Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de

maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)

do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta

3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da

equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila

(Selikowitz 2009)

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas

tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes

19 natildeo consideram esse o seu papel educativo

Se sim justifique (ver anexo 18)

Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no

processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente

ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa

participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO

A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

(ver anexo 18)

Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da

formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria

formaccedilatildeo especializada

71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)

56

Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de

ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada

para intervir com alunos com PHDA

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a

praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses

alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA

natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de

resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo

acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo

(Selikowitz 2009)

Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos

departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo

sobre PHDA para professores

27 A Observaccedilatildeo

Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de

partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees

obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as

unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo

de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o

encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)

No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo

em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula

praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse

contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em

conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram

maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se

entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para

completamento do mesmo

57

A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios

alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado

estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma

desatenccedilatildeo (ver anexo 15)

Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados

demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a

dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)

inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a

sua desatenccedilatildeo

28 Outros instrumentos

Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5

alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos

fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com

os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg

psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de

conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar

o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm

desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere

que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros

por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas

anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A

medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns

continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no

controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um

dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os

trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques

29 Limitaccedilotildees

De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente

a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos

58

isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos

26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada

importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias

com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco

Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo

permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo

sistemaacutetico em mais do que um contexto

210 Siacutentese final

Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente

a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com

alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute

de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou

o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que

os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino

baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial

(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo

dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de

identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de

ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE

Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo

Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo

jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios

congressos e seminaacuterios

59

CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES

O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos

professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se

uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios

aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas

informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA

Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam

verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise

No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem

credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da

observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela

2008)

Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores

de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash

fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam

dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior

disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto

o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo

de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de

salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma

tem formaccedilatildeo na aacuterea

No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e

aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim

compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da

investigaccedilatildeo

Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua

incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de

modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas

estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no

60

presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de

formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos

recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas

vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia

nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas

Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais

escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados

conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de

escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo

Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea

da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que

se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos

Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado

61

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65

ANEXOS

66

Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento

67

Exemplo de contrato com aluno com PHDA

Retirado de Correia 2013 p 181

68

Retirado de Beane (2006)

69

Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas

70

CONTRATO DE ETIQUETAS

Recebes uma etiqueta cada vez

que___________________________________________________

No entanto se te comportares

mal em seguida

__________________________________________

Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes

Adaptado de Parker 1994 p 121

71

Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo

72

FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Tel

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Tel

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Ens Secundaacuterio Ano Turma

73

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Aspectos relevantes da histoacuteria escolar

Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram

Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo

Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas

Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas

Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas

Na sala de aula Sim Natildeo

Se assinalou sim indique quais

Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo

Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas

Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo

Se assinalou sim indique qual

Outros

74

2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO

Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios

(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)

Sensoriais Visatildeo

Audiccedilatildeo

Cognitivo

Comunicacional

EmocionalPersonalidade

Motor

Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico

Especificar algum aspecto que considere pertinente

3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho

por referecircncia agrave CIF-CJ 1)

(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Adquirir linguagem adicional

d135 Ensaiar (Repetir)

d137 Adquirir conceitos

75

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

d210 Realizar uma uacutenica tarefa

d220 Realizar tarefas muacuteltiplas

d230 Realizar a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Gerir o proacuteprio comportamento

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual

d345 Escrever mensagens

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo

d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Auto-transferecircncias

d430 Levantar e transportar objectos

d435 Mover objectos com os membros inferiores

d440 Movimentos finos da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

76

d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar as tarefas domeacutesticas

d650 Cuidar dos objectos da casa

d660 Ajudar os outros

d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

___________________

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do

Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do

Porto)

4 FACTORES AMBIENTAIS

Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a

Factores

Constituir barreira ao desempenho

do aluno

Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno

Familiar

Escolar

77

Social

Outros

5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER

6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO

Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo

Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass

Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass

Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass

Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass

7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Proponho

Assinatura

78

II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

1 TOMADA DE DECISAtildeO

a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

Encaminhamento

b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO

Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo

Funccedilotildees do

Corpo

79

Actividades e

Participaccedilatildeo

Factores

Ambientais

Observaccedilotildees

3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO

Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome Cargo

Docente Titular Director de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

80

Encarregado de Educaccedilatildeo Ass

Outros Intervenientes

Ass

Ass

Ass

Ass

81

82

83

Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)

84

85

86

87

88

89

90

Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)

91

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

92

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Professor Titular Director de Turma

Percurso Escolar do Aluno

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo

Docente TitularDiretor de Turma

Docente da Educaccedilatildeo Especial

Psicoacutelogo

Outros intervenientes

93

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

2 Atividade e participaccedilatildeo

3 Fatores ambientais

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas

funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou

uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b110 Funccedilotildees da consciecircncia

b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo

b117 Funccedilotildees intelectuais

b122 Funccedilotildees psicossociais globais

b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade

b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos

b134 Funccedilotildees do sono

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo

b144 Funccedilotildees da memoacuteria

b147 Funccedilotildees psicomotoras

b152 Funccedilotildees emocionais

b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo

b160 Funccedilotildees do pensamento

94

b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior

b167 Funccedilotildees mentais da linguagem

b172 Funccedilotildees do caacutelculo

b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos

complexos

CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA

b310 Funccedilotildees da voz

b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo

b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala

b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo

b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas

CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO

b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das

articulaccedilotildees

b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees

b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular

b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular

b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular

b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores

b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras

involuntaacuterias

b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

voluntaacuterio

b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

involuntaacuterio

b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha

b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do

movimento

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

95

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Desenvolvimento da linguagem

d135 Ensaiar

d137 Adquirir conceitos

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS

d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades

satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)

d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas

d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento

CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem

gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais

d345 Escrever mensagens

96

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de

comunicaccedilatildeo

CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE

d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Autotransferecircncias

d430 Levantar e transportar objetos

d435 Mover objetos com os membros inferiores

d440 Atividades de motricidade fina da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila

CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar o trabalho domeacutestico

d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos

d660 Ajudar os outros

CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

97

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social

e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua

vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com

(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se

a estaacute a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos)

e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria

e120 Para facilitar a mobilidade e o

transporte pessoal

e125 Para a comunicaccedilatildeo

e130 Para a educaccedilatildeo

e135 Para o trabalho

e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto

CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM

e225 Clima

e240 Luz

e250 Som

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310 Famiacutelia proacutexima

e315 Famiacutelia alargada

e320 Amigos

e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e

membros da comunidade

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

e340 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e355 Profissionais de sauacutede

e360 Outros profissionais

CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES

e410 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia proacutexima

e415 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia alargada

98

e420 Atitudes individuais dos amigos

e425 Atitudes individuais de conhecidos

pares colegas e membros da

comunidade

e430 Atitudes individuais de pessoas em

posiccedilatildeo de autoridade

e445 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e450 Atitudes individuais de profissionais de

sauacutede

e455 Atitudes individuais de outros

profissionais

CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS

e515 Relacionados com a arquitetura e a

construccedilatildeo

e540 Relacionados com os transportes

e570 Relacionados com a seguranccedila social

e575 Relacionados com o apoio social geral

e580 Relacionados com a sauacutede

NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados

4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES

5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o

perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo

Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que

expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo

SugestotildeesRecomendaccedilotildees

99

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em

consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos

diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor Cognitivo

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicaci

onal Audiccedilatildeo Visatildeo

6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

b) ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Turma com um projeto curricular adaptado

100

c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA

Especificar

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO

Especificar

g) CURRIacuteCULO

ESPECIacuteFICO

INDIVIDUAL

Desenvolvido em turma do ensino regular

Especificar

Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo

Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do

espectro do autismo

Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)

Especificar

101

(outras informaccedilotildees pertinentes)

7 DOCUMENTOS EM ANEXO

Sim Natildeo

Se sim quais

8 OBSERVACcedilOtildeES

9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

102

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

103

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38 anos

Nome da Matildee Idade 40 anos

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40 anos

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

104

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano 7 Turma F

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel

da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio

do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar

de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em

20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos

relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno

foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm

CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas

Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm

CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo Psicoacuteloga

Docente TitularDiretor de Turma

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo

Psicoacutelogo

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash

leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de

Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral

(ALO) ndash subteste de completamento de frases

105

2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em

contexto de sala de aula (PORT)

3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno

12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees

ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b117

Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades

intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais

cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo

em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a

informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal

visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute

comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao

processamento sequencial

0

b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1

b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e

conhecimento adquirido 1

b152

Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila

ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas

Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e

regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas

Instabilidade emocional

1

106

b156

Funccedilotildees da perceccedilatildeo

Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva

imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras

Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees

espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma

figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com

a sua exatidatildeo

1

b167

Funccedilotildees mentais da linguagem

Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e

compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e

sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras

e de silabas nas palavras ndash Dislexia

Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da

composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash

Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos

acentuada)

2

b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d135 Ensaiar 2

d137 Adquirir conceitos 2

d145 Aprender a escrever 3

d155 Adquirir competecircncias 2

d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2

d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2

d166

Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha

contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de

leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta

movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras

demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no

entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice

na competecircncia leitora

2

107

d170

Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo

escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo

prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste

de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave

data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo

denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os

erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a

confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)

omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel

semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia

esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical

e na sinoniacutemia e antoniacutemia

3

d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1

d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3

d345 Escrever mensagens 3

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d820 Educaccedilatildeo escolar 2

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES

Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e

atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)

se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute

a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3

e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados

de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo

Barreira

Facilitador 2

e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio

na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1

e140

Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto Valoriza as atividades rurais

de cultura e tradiccedilatildeo familiares

mostrando-se ambientado em contextos

maioritariamente campestres

Facilitador 3

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310

Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o

aluno no percurso escolar Dificuldades

na supervisatildeo de rotinas bem como em

educar de forma consistente

Facilitador

Barreira 1

108

e320

Amigos (colegas) Fez transferecircncia da

EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e

todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees

interpessoais do aluno conferem-lhe

grande importacircncia

Facilitador 3

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga

Facilitador 2

13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor

Cognitivo

(atenccedilatildeo perceccedilatildeo

auditiva visual e memoacuteria

de longo prazo)

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicacional

(Receccedilatildeo e receccedilatildeo

da linguagem

escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo

14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute

necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente

de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da

leitura e da escrita

Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez

que o aluno apresenta PHDA tipo misto

109

d)

ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas

disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs

Turma com um projeto curricular adaptado

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com

exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo

suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de

um docente

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar

uma turma sem problemas comportamentais

- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

Outras informaccedilotildees pertinentes

- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno

- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-

aprendizagem

- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo

com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo

ldquoAprender a Aprenderrdquo

- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico

15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Psicoacutelogo Ass

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass

110

Outros intervenientes

Representante NEE Ass

Ass

Ass

16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

111

Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)

112

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

113

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

114

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos

Identificar

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Liacutengua Gestual

Braille

Hidroterapia

Hipoterapia

Fisioterapia

Terapia da Fala

Desporto Adaptado

Terapia Ocupacional

Psicoterapia

Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )

115

Identifique qual ou quais

Apoio Psicoloacutegico

Apoio Social

Outras identifique qual ou quais

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar

Apoio familiar (bolsa ocupacional)

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas

Especificar

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar

Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo

Especificar

Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da

incapacidade

Especificar

116

422

Turma com Projeto Curricular Adaptado

Modalidade de Ensino

Niacutevel de Ensino

43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula

Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia

Dispensa dos limites etaacuterios

Especificar

Adiamento de matriacutecula

Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)

Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)

(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

117

Especificar

Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo

Especificar

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Periodicidade

Duraccedilatildeo

Local de execuccedilatildeo

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Outro Qual

46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual

461

Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Outro Programa (anexar curriacuteculo)

462

Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular

118

A tempo inteiro

A tempo parcial

Especificar

Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado

(UNECA)

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do

autismo

463

Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)

47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais

os materiais)

Para problemas visuais

Para problemas auditivos

Para problemas motores

Outro Qual

Dispositivos de compensaccedilatildeo

Auxiliares oacuteticos

Auxiliares auditivos

119

Equipamento informaacutetico

Cadeira de rodas

Proacuteteses

Outro Qual

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

CIF-CJ

120

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

121

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

122

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo 20152016

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade 13

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38

Nome da Matildee Idade 40

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

123

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas

dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB

na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano

(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou

a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou

retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de

Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto

em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo

sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria

onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute

referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano

letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido

de reavaliaccedilatildeo

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios

de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da

escritadisortografia e disgrafia

Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro

Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado

com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012

124

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO

Funccedilotildees Mentais Globais

i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em

detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do

canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal

e ao processamento sequencial

ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo

Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas

Deficiecircncia moderada

i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo

velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees

e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem

escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e

Disgrafia)

Deficiecircncia ligeira

i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo

ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido

iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e

tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo

emocional adequadas Instabilidade emocional

iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de

pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo

reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos

Dificuldade grave

i Aprender a escrever (d1453)

ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica

(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de

portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de

composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo

4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

125

na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees

(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da

meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia

iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)

iv Escrever mensagens (d3453)

Dificuldade moderada

i Ensaiar (d1352)

ii Adquirir conceitos (d1372)

iii Adquirir competecircncias (d1552)

iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)

v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo

respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento

psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que

evidencia deacutefice na competecircncia leitora

Dificuldade ligeira

i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)

Aacutereas Principais da Vida

Dificuldade moderada

i Educaccedilatildeo escolar (d8202)

FATORES AMBIENTAIS

Produtos e Tecnologia

Fatores de proteccedilatildeo facilitador

i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)

ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura

e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres

(facilitador grave)

iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)

Fatores barreira

i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa

(barreira ligeira)

126

Apoios e Relacionamentos

i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a

ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia

(facilitador grave)

ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)

iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na

supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador

ligeiro)

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos

distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de

tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as

atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA

tipo misto

Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as

disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Identifique qual ou quais

Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo

especial

Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de

competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado

pelo SPO)

127

Apoio Psicoloacutegico

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar Professores titulares das disciplinas

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades

nomeadamente em Inglecircs

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de

questotildees

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral

complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros

ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em

virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem

(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em

detrimento da forma

Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas

128

Local de execuccedilatildeo

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a

supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina

assim o entender

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma

turma sem problemas comportamentais

Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio

Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

Apoio

Individualizado Conselho de Turma X

Horaacuterio da

Turma

Educaccedilatildeo

Especial X

2X45m

(Matemaacutetica

e

Portuguecircs)

SPO X

ldquoAprender

a

Aprenderrdquo

SPO

X Sistemaacutetico

(1ordm Periacuteodo)

129

13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e

motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem

No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja

necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de

educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e

da escrita em contexto fora sala de aula

14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas

classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de

aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa

registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo

avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada

periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com

a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do

ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios

intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada

15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

130

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

131

Assinatura

132

Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo

133

1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees

11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas

parentais inadequadas ____

12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____

13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o

suficiente _____

14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____

15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e

ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____

16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____

17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____

18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo

da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____

2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo

que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento

educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com

diagnoacutestico de PHDA

Obrigada por colaborarem neste desafio

134

Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu

135

Belo S amp Coelho A (2011)

136

Anexo 9 ndash Desenho cego

137

Coelho A amp Belo S (2014)

138

Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato

139

140

Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

141

Para discussatildeo e reflexatildeo

ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais

escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da

borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade

A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer

siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada

Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva

sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material

Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma

tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-

se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora

estatildeo a fazer

No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo

quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo

Antunes (2009)

142

Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio

143

INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO

Geacutenero Masculino Feminino

Idade

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

Sim Natildeo

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA

Sim Natildeo

21 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

Sim Natildeo

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas

praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula

Sim Natildeo

144

41 Se natildeo por que natildeo o faz

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos

com PHDA

Sim Natildeo

Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos

intervenientes no processo educativo do aluno

Sim Natildeo

61 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

611 Maioritariamente quem

Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de

Educaccedilatildeo

Outro Qual ___________________________________________

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem

Sim Natildeo

Se sim justifique

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

Sim Natildeo

71 Se natildeo porquecirc

145

________________________________________________________________

________________________________________________________________

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo

146

147

148

149

Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo

150

151

152

Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno

153

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Portuguecircs

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 15102015

Hora 1415H Tempo letivo 43min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1425H Conversas paralelas deixa cair

coisas no chatildeo vai buscaacute-las

dispersa-se olha para traacutes de

modo sistemaacutetico faz perguntas

aleatoacuterias e descontextualizadas

Aluno sem medicaccedilatildeo

Aluno afirma natildeo ter feito o

TPC

1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes

bem atrasadardquo relativamente a

uma colega no entanto o aluno

tambeacutem estaacute atrasado Natildeo

espera pela sua vez Responde

sem ser chamado estaacute distraiacutedo

nunca sabe qual o exerciacutecio em

que se encontram natildeo

acompanhando os colegas

Faz referecircncia ao seu colega e

amigo Oxiang

1436H Tira a borracha do colega do

lado esquerdo sempre a olhar

para traacutes a mexer com as matildeos

a levantar da cadeira

1440H Natildeo encontra o estojo

Encontra-se sentado de lado na

154

cadeira A professora diz para

ele se endireitar

1444H A professora ajuda o aluno na

realizaccedilatildeo da atividade contudo

ele distrai-se com a borracha

1448H Os colegas fazem perguntas e o

aluno responde (de tipo coacutemico)

e vira-se para traacutes

1450H Fica confuso com o exerciacutecio

iniciado

1452H A professora pergunta se o

aluno jaacute terminou O mesmo diz

que natildeo batendo na mesa

1455H O aluno responde corretamente

quando solicitado

1458H O aluno coloca o gorro na

cabeccedila e diz que vai faltar ao

teste de HIST Em seguida diz

que vai claro e que teraacute uma

nota final positiva Entretanto

sai da sala e regressa apenas

para fechar a mochila Volta a

sair para o intervalo

Professora relembra a data do

teste

Aluno referiu que teve cerca de

60 na nota do uacuteltimo teste de

HIST

155

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Cidadania

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 31052016

Hora 1415H Tempo letivo 44min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo

professor de CID em contexto

de sala de aula de Informaacutetica

Ri e olha agrave volta Professor diz

ldquoS acalma-te ou vou-me

chatearrdquo

Aluno com medicaccedilatildeo

1447H Aluno sempre a mexer o dedo

1448H Aluno muda o comportador

portaacutetil de siacutetio Professor volta

a intervir ldquoS tens 10 minutos

para terminar o trabalhordquo

1449H Fala com a colega do lado

1450H S com os olhos semicerrados

Professor volta a chamar a

atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega

ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida

diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um

trabalho de publicidade

enganosa)

1452H Professor interpela o aluno e o

mesmo faz caretas enquanto diz

156

agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e

dezrdquo Olha para o lado mexe no

cabelo tira a folha da colega e

arregala os olhos (tiques)

1455H Chama a professor e ele

pergunta ldquoO que eacute enganosordquo

A professora responde

1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual

a tua opiniatildeo pessoalrdquo

1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz

que na proacutexima aula teraacute de

apresentar o seu trabalho em

modo de alerta de tempo O

aluno repete (de acordo com o

viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes

tu quando tens fomerdquo Logo em

seguida ldquoQuando tenho fome e

como um chocolate fico mal

dispostordquo ndash enquanto isso

estava a olhar para a professor

de cabeccedila de lado metendo o

laacutepis na boca Professora

responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo

1459H Alunos preparam-se para sair da

sala e o aluno vagueia (em

formato labirinto) ateacute agrave porta

volta para traacutes para entregar a

ficha de trabalho (ver anexo 16)

agrave colega e diz ldquoPara entregar na

proacutexima aulardquo

157

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)

Aluno SS

Ano 7ordm

Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H

Tempo

Descriccedilatildeo

(lugares intervenientes

atividades tarefas material

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1503H O aluno e um fotoacutegrafo

dirigem-se ao auditoacuterio da

escola O fotoacutegrafo senta-se e o

aluno mantem-se em peacute

Aluno com medicaccedilatildeo

1504H O aluno de repente comeccedila a

falar de um padre ldquoEstava a

mudar as reses e ele laacute para fora

comeccedila a aguindar (marca

linguiacutestica) a aacutegua bentardquo

Fala de um padre Parece

recordar-se que tem EMRC agraves

1515H

1507H O aluno entretanto comeccedila a

abordar o tema relacionado com

negoacutecios de lavradores e o

fotoacutegrafo desenvolve a

sustentabilidade

1508H O aluno senta-se devagar

muito atento e diz ldquoEu tenho

um amigo querdquo

1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores

estatildeo a gastar mais do que

deviamrdquo O aluno volta a

mencionar o amigo ldquoO meu

amigo tem muitos alqueiros e

tira leite 3 vezes por diardquo

O aluno quer ser lavrador

1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo

para as vantagens e

desvantagens de ter uma lavoura

e o aluno ndash pensativo ndash diz

ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver

158

Se natildeo der natildeo deurdquo

Entretanto pergunta as horas e

diz que tem EMRC

159

Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo

160

161

162

Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno

163

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome JM Idade 15 anos

Professor P1

O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como

incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo

reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

164

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome SS Idade 14 anos

Professor P1

O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras

dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques

principalmente ao niacutevel da face

Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da

Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira

perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica

Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo

Em 08062016

Professor P2

Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega

na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo

por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno

estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem

um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta

tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer

em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

165

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome DG Idade 13 anos

Professor P1

O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com

trabalho foram sendo colmatadas

Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

166

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome ES Idade 12 anos

Professor P1

O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se

bastante adaptado ao contexto de sala de aula

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

167

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome FS Idade 13 anos

Professor P1

O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra

inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

168

Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes

169

19

81

Geacutenero

Masculino

Feminino

44

31

54

7

Idade

Natildeo colocou idade

20-29

30-39

40-49

mais de 50

170

Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio

171

4654

Tem alunos com PHDA

Sim

Natildeo

17

58

17

8

Maiores dificuldades

Sem justificaccedilatildeo

Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento

Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo

Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila

5446

Conhecimentos acerca da PHDA

Sim

Natildeo

172

73

27

Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA

Sim

Natildeo

7

7

15

50

14

7

Quais os conhecimentos acerca da PHDA

Natildeo evidencia os conhecimentos

Poucos conhecimentos

Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)

Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar

Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo

173

28

29

14

29

Natildeo identifica alunos com PHDA

Natildeo tem formaccedilatildeo

Natildeo tem conhecimentos

Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas

Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo

58

38

4

Construccedilatildeo de materiais

Sim

Natildeo

Sem resposta

20

20

1020

20

10

Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais

Natildeo houve oportunidade

Natildeo tem alunos com PHDA

Natildeo sentiu necessidade

Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar

Escassez (sobrecarga) detempo

Sem resposta

174

5442

4

Organizaccedilatildeo do plano de aula

Sim

Natildeo

Sem resposta

46

36

99

Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA

Natildeo tem alunos com PHDA

Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno

Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)

5831

11

Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

175

4 44

25

17

13

13

8

4

8

Intervenientes

Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA

Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)

Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar

Diretor de Turma

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Encarregado de Educaccedilatildeo

Conselho de Turma

SPO

Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica

40

27

17

1033

Contacto com os seguintes intervenientes

Diretor de Turma

Psicoacutelogo

Encarregado de Educaccedilatildeo

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Professor de EMRC

Sem resposta

176

5819

23

Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

34

33

13

7

13

Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do

aluno com PHDA

Interveniente ativo noprocesso educativo

Necessidade de maior apoio

Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento

Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO

Sem resposta

177

80

20

Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA

Sim

Natildeo

5050

Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores

Falta de oferta formativa

Existecircncia de equipaespecializada

114

444

73

Sugestotildees dos professores respondentes

Accedilotildees de formaccedilatildeo

Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo

Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos

Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz

Psicologia convertida agraveglobalidade

Sem resposta

178

Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo

Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno

179

Categorias Sub-categorias Respondentes

Identificaccedilatildeo de

carateriacutesticas de alunos

com PHDA

Dificuldades em P1 P2

1 Controlar o comportamento times times

2 Focar a atenccedilatildeo times

3 Reter informaccedilatildeo times

4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times

5 Lidar com a frustraccedilatildeo times

Presenccedila de

1 Tiques times times

2 PEA times

3 Medicaccedilatildeo que

31 Atenua comportamento times

32 Manteacutem comportamento times

4 Agressividade ingeacutenua times

5 Afetividade times

6 Egoiacutesmo times

7 Preferecircncia por trabalhos

individuais

times

Page 8: INTRODUÇÃO Justificação do tema parte... · 2020. 6. 12. · desgraça da família, malcriado, preguiçoso, etc.” (p.180). Barkley & Murphy (2006) apresentam algumas das características

8

pela falta de paciecircncia O resultado satildeo respostas imediatas e por vezes natildeo pensadas

(DSM-IV-TR 2002)

Relativamente aos mitos associados agrave PHDA estes podem estar relacionados com a

sua geacutenese ou com o modo de educaccedilatildeo preferido pelos pais embora todos eles levem a

uma ideia preconcebida e muitas vezes natildeo sustentada cientificamente daquilo que

envolve esta perturbaccedilatildeo

Alguns dos mitos mais frequentes encontrados na literatura satildeo a PHDA eacute causada

por uma maacute alimentaccedilatildeo ou accediluacutecar em excesso ver demasiada televisatildeo potencia o

aparecimento da hiperatividade a maacute educaccedilatildeo dada pelos pais e desorganizaccedilatildeo familiar

(Lopes 2004) a falta de motivaccedilatildeo e de empenho por parte da crianccedila (Harvey amp Parker

1992)

15 Prevalecircncia e Comorbilidade de PHDA

De acordo com o DSM-IV-TR (2002) a PHDA tem uma prevalecircncia estimada de

3 a 7 nas crianccedilas em idade escolar podendo este nuacutemero variar conforme os meacutetodos

de avaliaccedilatildeo utilizados Refere tambeacutem natildeo haver dados precisos acerca da mesma

prevalecircncia na populaccedilatildeo adulta Jaacute o DSM-V (2014) aponta para uma prevalecircncia de 5

nas crianccedilas e de 25 na idade adulta

Barkley amp Murphy (2006) afirmam existir cerca de 5 a 8 de crianccedilas com

PHDA em idade escolar e cerca de 4 a 5 de adultos com a mesma perturbaccedilatildeo

Cardo amp Servera-Barceloacute (2005) realizaram um estudo em Espanha onde

concluiacuteram que a PHDA teria uma prevalecircncia de 47 Os autores acrescentam ainda

que a proporccedilatildeo de rapazes e raparigas com a perturbaccedilatildeo eacute de 251 e que o maior nuacutemero

de casos identificados se situa entre os 6 e os 9 anos de idade Em relaccedilatildeo aos subtipos

presentes no DSM-V a apresentaccedilatildeo combinada prevalece

Moura (2008) refere que em Portugal a prevalecircncia de casos de PHDA eacute incerta

contudo estaraacute proacutexima dos paiacuteses que lhe satildeo similares

Para finalizar Filipe (2004) eacute da opiniatildeo que a diferenccedila entre rapazes e raparigas

natildeo estaacute ligada agrave prevalecircncia da perturbaccedilatildeo em si mas sim agrave sintomatologia apresentada

O autor refere que a PHDA surge de forma mais mascarada nas raparigas pelo que por

9

vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais

de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25

Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais

diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)

A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando

existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de

PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada

eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)

A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo

alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com

PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia

a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados

referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees

e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20

Tiques 11 e Depressatildeo 4

16 Etiologia de PHDA

As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o

fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp

Russel 2006)

Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker

2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley

amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios

elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)

Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA

pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto

prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do

ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)

Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas

educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada

10

essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes

2004)

17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA

As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA

requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas

perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica

De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento

humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que

os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados

contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)

ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e

cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo

A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina

vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma

equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)

psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade

Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente

(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo

prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees

sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as

competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade

melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso

prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade

Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em

casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes

(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus

sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles

que com ele convivem

Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que

ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos

periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA

11

para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda

garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma

metodologia de intervenccedilatildeo

A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de

intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial

171 Farmacoloacutegica

A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os

casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar

a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a

frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com

PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais

riscos e efeitos adversos

Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de

alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)

designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor

normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento

farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em

psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)

Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais

conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo

da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de

funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA

Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara

melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas

com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de

reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal

comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)

A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica

intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e

transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo

12

farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras

estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma

diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das

outras intervenccedilotildees

De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica

em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma

forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada

(Pereira amp Fernandes 2001)

172 Cognitivo comportamental

Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema

importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a

outras intervenccedilotildees

A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo

psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes

de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo

comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na

intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)

Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra

- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os

comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a

eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo

comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro

teacutecnico

- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de

aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado

- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e

obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como

desejados

- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento

13

- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos

A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee

- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da

linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a

passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado

- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o

proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da

anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais

como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo

- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de

competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o

objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado

problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas

promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo

- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio

comportamento

- Teacutecnicas de relaxamento

- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo

Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental

aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la

com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta

se justifica

173 Psicossocial

Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos

familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida

da crianccedila do jovem com PHDA

14

1731 Contexto familiar

A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que

eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da

PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais

Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos

adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando

praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado

castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer

agrave gravidade do comportamento disruptivo

Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos

positivos nos filhos com PHDA

De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir

diferentes formas

- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre

pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de

comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute

indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas

associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de

rutura matrimonial)

- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte

muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como

uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios

comportamentais dos seus filhos

- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a

partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o

aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais

A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas

das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta

bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo

15

1732 Contexto escolar

A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior

pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas

elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as

limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora

dela

Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria

dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA

Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa

mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel

de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado

pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem

interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)

Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos

professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e

desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de

autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar

Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas

agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo

conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade

(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais

facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que

os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem

Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar

em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados

Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e

natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma

Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode

integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e

cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)

ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais

16

(a) Formaccedilatildeo de professores

Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um

melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o

conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade

para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle

2004 cit por Rodrigues 2008)

(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola

O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de

modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os

professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos

realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo

Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo

sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com

articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos

(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula

Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas

de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir

para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A

melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a

metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA

deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul

amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)

Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar

(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices

de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual

Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa

aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo

acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias

situaccedilotildees escolares que constituem um problema

17

Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de

intervenccedilatildeo se deve centrar

- Modificaccedilatildeo do contexto

Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em

que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta

apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos

nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos

fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo

dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg

calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)

Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)

Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem

implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de

modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar

Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes

estrateacutegias

- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais

- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais

proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com

boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)

- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio

- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente

eou realizar atividades diferentes

- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou

artiacutesticas

No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as

seguintes estrateacutegias

- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do

tempo

- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados

18

- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara

- Dividir eou reduzir as tarefas

- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade

- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo

mental

- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro

dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para

o aluno com PHDA

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos

ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)

- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback

- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha

tempo de realizarterminar as tarefas

- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas

- Estabelecer limites para terminar as tarefas

- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala

- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende

- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa

- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este

se lhe dirige)

- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade

- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro

interativo de filmes diapositivos

- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais

- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a

apresentaccedilatildeo

- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos

- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de

motivaccedilatildeo e de interesse)

19

- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)

- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais

importantes (ideias chave)

- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo

- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)

- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades

- Ler os materiais em voz alta

- Utilizar versotildees reduzidas de textos

- Simplificar vocabulaacuterio do texto

- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos

- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes

de o colocar a realizaacute-lo individualmente

- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve

sobrecarregar o aluno com trabalho extra)

- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula

Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam

teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de

comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de

trocasrdquo o time-out entre outras

A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica

As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais

e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento

desejado utilizando recompensas

- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a

modificar

- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis

para o fim

20

- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia

negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento

- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a

observaccedilatildeo do comportamento

- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo

funcionam

- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois

pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela

ausecircncia de reforccedilo

- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que

as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores

- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico

O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo

a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de

encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica

de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o

aluno e o professor

O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente

a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento

atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o

seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal

O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas

que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por

preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para

recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai

ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto

com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas

fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos

estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento

O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o

reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para

21

ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento

indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja

utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo

considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma

outra resulta)

Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de

sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo

professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que

satildeo

- Aceitar o aluno tal como ele eacute

- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele

- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel

- Estabelecer regrasconsequecircncias claras

- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que

necessaacuterio

- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados

- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco

gravosos)

- Evitar criticar o aluno

- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser

elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)

- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva

- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador

- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento

- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos

de transiccedilatildeo)

- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como

estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo

estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)

22

- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados

- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo

- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade

- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo

Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da

implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas

para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo

Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)

- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a

observar e a registar o seu proacuteprio comportamento

- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu

proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com

tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas

- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar

com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um

controlo dos comportamentos

Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se

consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a

avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados

comportamentos

(d) Ensino Especial

Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem

especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino

multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila

Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do

aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o

maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino

23

Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser

integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-

lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto

escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam

associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e

da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente

Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo

aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo

social

Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho

executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com

o aluno

Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-

modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o

indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a

posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente

Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo

(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual

necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-

se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo

participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica

aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da

Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre

as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com

o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos

de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que

consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo

Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e

intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee

concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade

Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)

no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP

24

determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim

determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e

aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo

no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa

dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia

Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do

SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios

disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o

caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)

As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas

nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas

disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo

e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria

utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois

momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa

outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)

Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo

de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia

nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos

com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)

- Fichas de avaliaccedilatildeo

- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)

- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta

- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal

- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo

- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala

- Testes curtos e com seccedilotildees curtas

- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)

- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta

- Evitar textos extensos

25

- Colocar poucas questotildees por paacutegina

- Numerar todas as paacuteginas e questotildees

- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo

- Tipos de teste

- Respostas por escolha muacuteltipla

- Evitar muitas opccedilotildees

- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)

- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)

- Alinhar verticalmente as respostas

- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical

- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla

- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta

- Respostas por correspondecircncia

- Colocar todos os itens na mesma paacutegina

- Colocar espaccedilo extra entre os itens

- Utilizar pequenos grupos de itens

- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)

- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas

- Dar um exemplo correto

- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo

- Respostas Verdadeiro ou Falso

- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste

- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa

- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a

resposta correta

- Respostas para preencher e espaccedilos

- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)

- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta

- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo

- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero

de vezes que for para usar

26

- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada

- Respostas de desenvolvimento

- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta

mais curta

- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta

- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo

Outras sugestotildees

- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem

alguma dificuldade e natildeo a verbaliza

- Consultar os alunos com PHDA durante o teste

- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste

- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste

- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente

- Fazer o teste em dois dias

- Fazer intervalos durante o teste

- Utilizar reforccedilos positivos

- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc

- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas

- Fornecer um guiatildeo de estudo

- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final

(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais

Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e

trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem

com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os

adultos

27

Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo

diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar

pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade

Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias

sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo

(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos

seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social

sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas

perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento

Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy

Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante

analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a

sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender

o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e

inadequados com outros

Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores

assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em

contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do

desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave

autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs

1998 Fernandes 2007)

- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar

- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo

respeito incentivo)

- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno

- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula

- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo

- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da

sala quando o professor se ausenta)

- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)

28

- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o

aluno sobre esses comportamentos)

- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos

adequados

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos

ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)

- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios

destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser

pela positiva e construtivos (as))

- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais

Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus

alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo

aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees

que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos

18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de

intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA

Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham

acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas

hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e

teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora

do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp

Saragoccedila 2011 p 367)

Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades

desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um

processo de inclusatildeo no grupo turma

Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de

expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio

Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades

29

e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo

por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o

decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental

Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World

Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e

melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias

diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular

Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam

de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem

abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo

e proximidade agraves necessidades dos alunos

O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas

escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA

A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para

- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila

- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no

processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os

preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a

obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)

- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade

do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)

- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo

na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de

aprendizagens (Correia 2010)

Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra

que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir

necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de

74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam

dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado

30

inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste

estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores

- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo

autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas

com dificuldades de aprendizagem

- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no

domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e

emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas

- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de

aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes

- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)

Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem

das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica

no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e

de impulso bem como da autoestima

Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para

professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores

Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades

dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas

educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas

aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular

181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA

Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser

apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em

PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de

grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores

31

relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia

devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora

Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas

na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico

dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de

aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de

processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo

da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada

182 Descriccedilatildeo das sessotildees

Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo

Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)

Objetivos

- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores

- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo

- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo

- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo

- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que

consideram ser elementos importantes a melhorar

Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial

Objetivos da dinacircmica

- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA

32

Estrateacutegias

- Trabalho individual

Procedimentos da dinacircmica

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que

pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem

mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte

de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de

PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu

Fonte Coelho amp Belo (2011)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto

professores

- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias

identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma

33

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los

professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo de grupo

Procedimentos

- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que

reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do

grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia

para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores

- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores

- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e

competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser

vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente

- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que

elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas

- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si

- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si

aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais

voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)

- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam

tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como

referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma

- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo

- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da

informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo

de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar

34

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de

autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma

um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem

a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades

(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou

sozinho neste desafio)

- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser

facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo

pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma

- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo

durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram

inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo

sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis

Sessatildeo 2

Tema PHDA

Objetivos

- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com

PHDA

- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave

compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo

no sistema de ensino

Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

35

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar

Objetivos da dinacircmica

- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de

informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo

eficaz de comunicaccedilatildeo

- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA

Estrateacutegias

- Trabalho a pares

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria

- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para

os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes

e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente

- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha

com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha

em branco e uma caneta

- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo

graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu

par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel

- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer

qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o

emissor

- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher

todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos

36

- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que

cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por

emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar

esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo

Reflexatildeo

- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas

vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes

intervenientes no processo educativo

- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de

domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como

ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute

suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu

proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais

adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de

aprendizagem da crianccedila

Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no

grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes

- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo

Estrateacutegias

37

- Trabalho individual

- Trabalho em pequeno grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que

associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de

fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para

a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo

apresentada (Kohn amp Smith 2010)

- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos

grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa

nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA

- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista

ao grande grupo

- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em

suporte legiacutevel para todo o grupo

- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os

professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a

integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas

seguintes unidades

ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo

suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios

de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)

ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a

possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista

conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e

partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)

38

ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem

caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros

quadros patoloacutegicos)

ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas

da PHDA)

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de

conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute

construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades

de conteuacutedo

- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos

professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator

facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os

conteuacutedos teoacutericos partilhados

Sessatildeo 3

Tema Ser criativo eacute urgente

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias

especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar

Objetivos

- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional

face agrave crianccedila ao jovem com PHDA

- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao

funcionamento do aluno com PHDA

39

Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo

Objetivos da dinacircmica

- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos

- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos

definidos para cada aluno

Estrateacutegias

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)

- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra

o rato

- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta

Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na

pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que

estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu

processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de

manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e

intervenccedilatildeo grupal)

40

- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si

contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na

mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo

Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro

- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de

reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do

professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)

- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias

sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual

a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica

minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo

- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar

nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de

constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno

41

Reflexatildeo

- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um

ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade

de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo

de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma

como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando

a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que

lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e

cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino

aprendizagem

Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo

comportamental em sala de aula

Estrateacutegias

- Role-playing

- Trabalho em grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

42

- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4

elementos de forma aleatoacuteria

- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca

de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a

discussatildeo que neste estaacute a decorrer

- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de

uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)

- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode

partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo

elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode

responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo

Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo

bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados

durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)

- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos

elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente

agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como

o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo

- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as

suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro

adaptativo da estrateacutegia de time-out

Reflexatildeo

- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo

de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos

em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e

na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de

intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo

ativa do aluno na aula

- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta

como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva

43

Sessatildeo 4

Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo

Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organizam-se os professores em pequenos grupos

- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura

e cola

- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre

- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina

que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na

44

largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua

deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre

- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que

teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada

horizontalmente sobre a torre

- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo

como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram

durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo

Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as

superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo

da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo

- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se

comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram

assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da

diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo

integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de

conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA

que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em

estrateacutegias limitativas

Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo

Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo

45

- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem

com PHDA

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo

- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse

balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA

- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os

balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais

cair e tocar no chatildeo

- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve

comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer

relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam

a natildeo poder tocar no chatildeo

- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos

elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se

consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo

- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que

sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram

perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na

tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos

Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos

46

Reflexatildeo

- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo

ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila

eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de

suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e

responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da

partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para

cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta

Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final

Objetivos da dinacircmica

- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da

formaccedilatildeo

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que

pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na

47

organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)

sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave

informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo

183 Siacutentese geral

A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com

professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe

docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid

Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo

dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo

Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo

que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No

entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo

os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas

no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas

complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de

PHDA

48

2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE

INVESTIGACcedilAtildeO

21 Introduccedilatildeo

O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior

de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo

assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de

professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA

Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista

ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de

conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem

ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida

De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta

cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o

investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se

apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos

resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua

5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os

estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim

atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam

que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a

organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes

de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados

permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de

investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre

pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos

com PHDA

22 Desenho do estudo

As etapas do procedimento iniciam-se com

49

- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos

conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso

fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia

suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar

- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos

devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em

fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do

modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)

- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o

problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa

documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no

terreno

23 Participantes

Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino

baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo

masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do

aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse

o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo

entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que

zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem

As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio

estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino

e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por

questionaacuterio

50

24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados

No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de

vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)

decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes

instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo

em causa

Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola

escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso

Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica

de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter

informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa

escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas

educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de

sala de aula

Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-

se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e

anaacutelise textual referente a cada um deles

Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os

respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26

Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que

completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo

para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu

consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula

Codificou-se o observado atraveacutes de SS

Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande

importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2

Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a

confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para

tratamento

241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio

51

Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo

conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto

de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de

administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores

facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a

dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas

face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais

de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio

Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)

os mesmos

Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a

anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes

O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com

34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1

com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49

anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre

os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Geacutenero (ver anexo 17)

No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente

aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo

masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46

questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino

Idade (ver anexo 17)

Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores

com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades

entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de

52

50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros

4 natildeo colocou a idade

26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

(ver anexo 18)

Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de

alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria

natildeo tem alunos com PHDA (54)

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)

Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a

concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores

tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de

subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos

(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades

(17)

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)

Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas

suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica

envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea

21 Se sim quais (ver anexo 18)

Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50

domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e

atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo

53

documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento

dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer

conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo

considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo

parental

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver

anexo 18)

Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos

com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)

Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes

sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros

29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo

tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de

outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas

suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)

De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus

alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das

respostas Sem resposta 4

41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)

Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade

para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo

54

sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias

sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos

alunos com PHDA (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo

com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)

e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo

51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)

A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos

professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo

individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses

alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano

geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos

intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)

Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos

com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11

61 Se sim quais (ver anexo 18)

O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17

o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13

com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm

resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede

auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo

acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do

comportamento dos alunos com PHDA

55

611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)

Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de

maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)

do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta

3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da

equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila

(Selikowitz 2009)

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas

tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes

19 natildeo consideram esse o seu papel educativo

Se sim justifique (ver anexo 18)

Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no

processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente

ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa

participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO

A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

(ver anexo 18)

Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da

formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria

formaccedilatildeo especializada

71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)

56

Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de

ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada

para intervir com alunos com PHDA

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a

praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses

alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA

natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de

resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo

acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo

(Selikowitz 2009)

Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos

departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo

sobre PHDA para professores

27 A Observaccedilatildeo

Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de

partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees

obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as

unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo

de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o

encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)

No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo

em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula

praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse

contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em

conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram

maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se

entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para

completamento do mesmo

57

A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios

alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado

estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma

desatenccedilatildeo (ver anexo 15)

Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados

demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a

dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)

inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a

sua desatenccedilatildeo

28 Outros instrumentos

Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5

alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos

fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com

os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg

psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de

conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar

o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm

desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere

que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros

por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas

anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A

medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns

continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no

controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um

dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os

trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques

29 Limitaccedilotildees

De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente

a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos

58

isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos

26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada

importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias

com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco

Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo

permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo

sistemaacutetico em mais do que um contexto

210 Siacutentese final

Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente

a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com

alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute

de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou

o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que

os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino

baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial

(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo

dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de

identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de

ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE

Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo

Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo

jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios

congressos e seminaacuterios

59

CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES

O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos

professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se

uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios

aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas

informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA

Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam

verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise

No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem

credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da

observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela

2008)

Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores

de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash

fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam

dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior

disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto

o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo

de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de

salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma

tem formaccedilatildeo na aacuterea

No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e

aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim

compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da

investigaccedilatildeo

Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua

incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de

modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas

estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no

60

presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de

formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos

recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas

vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia

nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas

Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais

escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados

conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de

escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo

Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea

da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que

se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos

Accedilores de modo a aprofundar o tema estudado

61

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65

ANEXOS

66

Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento

67

Exemplo de contrato com aluno com PHDA

Retirado de Correia 2013 p 181

68

Retirado de Beane (2006)

69

Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas

70

CONTRATO DE ETIQUETAS

Recebes uma etiqueta cada vez

que___________________________________________________

No entanto se te comportares

mal em seguida

__________________________________________

Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes

Adaptado de Parker 1994 p 121

71

Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo

72

FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Tel

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Tel

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Ens Secundaacuterio Ano Turma

73

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Aspectos relevantes da histoacuteria escolar

Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram

Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo

Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas

Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas

Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas

Na sala de aula Sim Natildeo

Se assinalou sim indique quais

Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo

Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas

Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo

Se assinalou sim indique qual

Outros

74

2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO

Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios

(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)

Sensoriais Visatildeo

Audiccedilatildeo

Cognitivo

Comunicacional

EmocionalPersonalidade

Motor

Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico

Especificar algum aspecto que considere pertinente

3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho

por referecircncia agrave CIF-CJ 1)

(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Adquirir linguagem adicional

d135 Ensaiar (Repetir)

d137 Adquirir conceitos

75

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

d210 Realizar uma uacutenica tarefa

d220 Realizar tarefas muacuteltiplas

d230 Realizar a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Gerir o proacuteprio comportamento

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual

d345 Escrever mensagens

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo

d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Auto-transferecircncias

d430 Levantar e transportar objectos

d435 Mover objectos com os membros inferiores

d440 Movimentos finos da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

76

d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar as tarefas domeacutesticas

d650 Cuidar dos objectos da casa

d660 Ajudar os outros

d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

___________________

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do

Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do

Porto)

4 FACTORES AMBIENTAIS

Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a

Factores

Constituir barreira ao desempenho

do aluno

Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno

Familiar

Escolar

77

Social

Outros

5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER

6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO

Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo

Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass

Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass

Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass

Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass

7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Proponho

Assinatura

78

II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

1 TOMADA DE DECISAtildeO

a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

Encaminhamento

b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO

Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo

Funccedilotildees do

Corpo

79

Actividades e

Participaccedilatildeo

Factores

Ambientais

Observaccedilotildees

3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO

Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome Cargo

Docente Titular Director de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

80

Encarregado de Educaccedilatildeo Ass

Outros Intervenientes

Ass

Ass

Ass

Ass

81

82

83

Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)

84

85

86

87

88

89

90

Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)

91

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

92

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Professor Titular Director de Turma

Percurso Escolar do Aluno

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo

Docente TitularDiretor de Turma

Docente da Educaccedilatildeo Especial

Psicoacutelogo

Outros intervenientes

93

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

2 Atividade e participaccedilatildeo

3 Fatores ambientais

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas

funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou

uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b110 Funccedilotildees da consciecircncia

b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo

b117 Funccedilotildees intelectuais

b122 Funccedilotildees psicossociais globais

b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade

b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos

b134 Funccedilotildees do sono

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo

b144 Funccedilotildees da memoacuteria

b147 Funccedilotildees psicomotoras

b152 Funccedilotildees emocionais

b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo

b160 Funccedilotildees do pensamento

94

b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior

b167 Funccedilotildees mentais da linguagem

b172 Funccedilotildees do caacutelculo

b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos

complexos

CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA

b310 Funccedilotildees da voz

b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo

b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala

b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo

b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas

CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO

b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das

articulaccedilotildees

b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees

b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular

b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular

b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular

b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores

b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras

involuntaacuterias

b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

voluntaacuterio

b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

involuntaacuterio

b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha

b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do

movimento

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

95

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Desenvolvimento da linguagem

d135 Ensaiar

d137 Adquirir conceitos

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS

d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades

satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)

d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas

d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento

CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem

gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais

d345 Escrever mensagens

96

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de

comunicaccedilatildeo

CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE

d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Autotransferecircncias

d430 Levantar e transportar objetos

d435 Mover objetos com os membros inferiores

d440 Atividades de motricidade fina da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila

CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar o trabalho domeacutestico

d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos

d660 Ajudar os outros

CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

97

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social

e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua

vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com

(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se

a estaacute a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos)

e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria

e120 Para facilitar a mobilidade e o

transporte pessoal

e125 Para a comunicaccedilatildeo

e130 Para a educaccedilatildeo

e135 Para o trabalho

e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto

CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM

e225 Clima

e240 Luz

e250 Som

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310 Famiacutelia proacutexima

e315 Famiacutelia alargada

e320 Amigos

e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e

membros da comunidade

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

e340 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e355 Profissionais de sauacutede

e360 Outros profissionais

CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES

e410 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia proacutexima

e415 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia alargada

98

e420 Atitudes individuais dos amigos

e425 Atitudes individuais de conhecidos

pares colegas e membros da

comunidade

e430 Atitudes individuais de pessoas em

posiccedilatildeo de autoridade

e445 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e450 Atitudes individuais de profissionais de

sauacutede

e455 Atitudes individuais de outros

profissionais

CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS

e515 Relacionados com a arquitetura e a

construccedilatildeo

e540 Relacionados com os transportes

e570 Relacionados com a seguranccedila social

e575 Relacionados com o apoio social geral

e580 Relacionados com a sauacutede

NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados

4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES

5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o

perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo

Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que

expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo

SugestotildeesRecomendaccedilotildees

99

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em

consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos

diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor Cognitivo

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicaci

onal Audiccedilatildeo Visatildeo

6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

b) ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Turma com um projeto curricular adaptado

100

c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA

Especificar

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO

Especificar

g) CURRIacuteCULO

ESPECIacuteFICO

INDIVIDUAL

Desenvolvido em turma do ensino regular

Especificar

Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo

Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do

espectro do autismo

Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)

Especificar

101

(outras informaccedilotildees pertinentes)

7 DOCUMENTOS EM ANEXO

Sim Natildeo

Se sim quais

8 OBSERVACcedilOtildeES

9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

102

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

103

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38 anos

Nome da Matildee Idade 40 anos

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40 anos

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

104

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano 7 Turma F

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel

da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio

do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar

de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em

20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos

relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno

foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm

CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas

Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm

CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo Psicoacuteloga

Docente TitularDiretor de Turma

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo

Psicoacutelogo

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash

leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de

Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral

(ALO) ndash subteste de completamento de frases

105

2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em

contexto de sala de aula (PORT)

3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno

12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees

ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b117

Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades

intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais

cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo

em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a

informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal

visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute

comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao

processamento sequencial

0

b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1

b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e

conhecimento adquirido 1

b152

Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila

ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas

Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e

regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas

Instabilidade emocional

1

106

b156

Funccedilotildees da perceccedilatildeo

Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva

imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras

Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees

espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma

figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com

a sua exatidatildeo

1

b167

Funccedilotildees mentais da linguagem

Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e

compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e

sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras

e de silabas nas palavras ndash Dislexia

Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da

composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash

Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos

acentuada)

2

b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d135 Ensaiar 2

d137 Adquirir conceitos 2

d145 Aprender a escrever 3

d155 Adquirir competecircncias 2

d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2

d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2

d166

Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha

contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de

leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta

movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras

demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no

entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice

na competecircncia leitora

2

107

d170

Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo

escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo

prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste

de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave

data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo

denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os

erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a

confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)

omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel

semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia

esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical

e na sinoniacutemia e antoniacutemia

3

d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1

d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3

d345 Escrever mensagens 3

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d820 Educaccedilatildeo escolar 2

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES

Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e

atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)

se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute

a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3

e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados

de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo

Barreira

Facilitador 2

e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio

na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1

e140

Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto Valoriza as atividades rurais

de cultura e tradiccedilatildeo familiares

mostrando-se ambientado em contextos

maioritariamente campestres

Facilitador 3

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310

Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o

aluno no percurso escolar Dificuldades

na supervisatildeo de rotinas bem como em

educar de forma consistente

Facilitador

Barreira 1

108

e320

Amigos (colegas) Fez transferecircncia da

EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e

todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees

interpessoais do aluno conferem-lhe

grande importacircncia

Facilitador 3

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga

Facilitador 2

13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor

Cognitivo

(atenccedilatildeo perceccedilatildeo

auditiva visual e memoacuteria

de longo prazo)

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicacional

(Receccedilatildeo e receccedilatildeo

da linguagem

escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo

14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute

necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente

de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da

leitura e da escrita

Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez

que o aluno apresenta PHDA tipo misto

109

d)

ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas

disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs

Turma com um projeto curricular adaptado

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com

exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo

suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de

um docente

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar

uma turma sem problemas comportamentais

- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

Outras informaccedilotildees pertinentes

- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno

- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-

aprendizagem

- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo

com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo

ldquoAprender a Aprenderrdquo

- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico

15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Psicoacutelogo Ass

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass

110

Outros intervenientes

Representante NEE Ass

Ass

Ass

16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

111

Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)

112

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

113

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

114

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos

Identificar

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Liacutengua Gestual

Braille

Hidroterapia

Hipoterapia

Fisioterapia

Terapia da Fala

Desporto Adaptado

Terapia Ocupacional

Psicoterapia

Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )

115

Identifique qual ou quais

Apoio Psicoloacutegico

Apoio Social

Outras identifique qual ou quais

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar

Apoio familiar (bolsa ocupacional)

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas

Especificar

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar

Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo

Especificar

Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da

incapacidade

Especificar

116

422

Turma com Projeto Curricular Adaptado

Modalidade de Ensino

Niacutevel de Ensino

43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula

Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia

Dispensa dos limites etaacuterios

Especificar

Adiamento de matriacutecula

Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)

Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)

(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

117

Especificar

Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo

Especificar

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Periodicidade

Duraccedilatildeo

Local de execuccedilatildeo

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Outro Qual

46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual

461

Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Outro Programa (anexar curriacuteculo)

462

Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular

118

A tempo inteiro

A tempo parcial

Especificar

Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado

(UNECA)

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do

autismo

463

Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)

47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais

os materiais)

Para problemas visuais

Para problemas auditivos

Para problemas motores

Outro Qual

Dispositivos de compensaccedilatildeo

Auxiliares oacuteticos

Auxiliares auditivos

119

Equipamento informaacutetico

Cadeira de rodas

Proacuteteses

Outro Qual

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

CIF-CJ

120

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

121

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

122

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo 20152016

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade 13

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38

Nome da Matildee Idade 40

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

123

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas

dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB

na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano

(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou

a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou

retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de

Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto

em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo

sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria

onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute

referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano

letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido

de reavaliaccedilatildeo

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios

de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da

escritadisortografia e disgrafia

Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro

Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado

com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012

124

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO

Funccedilotildees Mentais Globais

i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em

detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do

canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal

e ao processamento sequencial

ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo

Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas

Deficiecircncia moderada

i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo

velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees

e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem

escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e

Disgrafia)

Deficiecircncia ligeira

i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo

ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido

iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e

tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo

emocional adequadas Instabilidade emocional

iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de

pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo

reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos

Dificuldade grave

i Aprender a escrever (d1453)

ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica

(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de

portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de

composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo

4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

125

na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees

(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da

meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia

iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)

iv Escrever mensagens (d3453)

Dificuldade moderada

i Ensaiar (d1352)

ii Adquirir conceitos (d1372)

iii Adquirir competecircncias (d1552)

iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)

v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo

respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento

psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que

evidencia deacutefice na competecircncia leitora

Dificuldade ligeira

i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)

Aacutereas Principais da Vida

Dificuldade moderada

i Educaccedilatildeo escolar (d8202)

FATORES AMBIENTAIS

Produtos e Tecnologia

Fatores de proteccedilatildeo facilitador

i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)

ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura

e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres

(facilitador grave)

iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)

Fatores barreira

i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa

(barreira ligeira)

126

Apoios e Relacionamentos

i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a

ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia

(facilitador grave)

ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)

iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na

supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador

ligeiro)

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos

distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de

tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as

atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA

tipo misto

Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as

disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Identifique qual ou quais

Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo

especial

Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de

competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado

pelo SPO)

127

Apoio Psicoloacutegico

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar Professores titulares das disciplinas

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades

nomeadamente em Inglecircs

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de

questotildees

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral

complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros

ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em

virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem

(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em

detrimento da forma

Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas

128

Local de execuccedilatildeo

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a

supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina

assim o entender

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma

turma sem problemas comportamentais

Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio

Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

Apoio

Individualizado Conselho de Turma X

Horaacuterio da

Turma

Educaccedilatildeo

Especial X

2X45m

(Matemaacutetica

e

Portuguecircs)

SPO X

ldquoAprender

a

Aprenderrdquo

SPO

X Sistemaacutetico

(1ordm Periacuteodo)

129

13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e

motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem

No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja

necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de

educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e

da escrita em contexto fora sala de aula

14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas

classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de

aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa

registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo

avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada

periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com

a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do

ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios

intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada

15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

130

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

131

Assinatura

132

Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo

133

1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees

11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas

parentais inadequadas ____

12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____

13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o

suficiente _____

14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____

15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e

ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____

16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____

17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____

18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo

da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____

2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo

que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento

educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com

diagnoacutestico de PHDA

Obrigada por colaborarem neste desafio

134

Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu

135

Belo S amp Coelho A (2011)

136

Anexo 9 ndash Desenho cego

137

Coelho A amp Belo S (2014)

138

Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato

139

140

Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

141

Para discussatildeo e reflexatildeo

ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais

escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da

borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade

A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer

siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada

Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva

sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material

Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma

tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-

se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora

estatildeo a fazer

No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo

quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo

Antunes (2009)

142

Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio

143

INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO

Geacutenero Masculino Feminino

Idade

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

Sim Natildeo

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA

Sim Natildeo

21 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

Sim Natildeo

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas

praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula

Sim Natildeo

144

41 Se natildeo por que natildeo o faz

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos

com PHDA

Sim Natildeo

Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos

intervenientes no processo educativo do aluno

Sim Natildeo

61 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

611 Maioritariamente quem

Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de

Educaccedilatildeo

Outro Qual ___________________________________________

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem

Sim Natildeo

Se sim justifique

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

Sim Natildeo

71 Se natildeo porquecirc

145

________________________________________________________________

________________________________________________________________

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo

146

147

148

149

Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo

150

151

152

Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno

153

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Portuguecircs

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 15102015

Hora 1415H Tempo letivo 43min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1425H Conversas paralelas deixa cair

coisas no chatildeo vai buscaacute-las

dispersa-se olha para traacutes de

modo sistemaacutetico faz perguntas

aleatoacuterias e descontextualizadas

Aluno sem medicaccedilatildeo

Aluno afirma natildeo ter feito o

TPC

1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes

bem atrasadardquo relativamente a

uma colega no entanto o aluno

tambeacutem estaacute atrasado Natildeo

espera pela sua vez Responde

sem ser chamado estaacute distraiacutedo

nunca sabe qual o exerciacutecio em

que se encontram natildeo

acompanhando os colegas

Faz referecircncia ao seu colega e

amigo Oxiang

1436H Tira a borracha do colega do

lado esquerdo sempre a olhar

para traacutes a mexer com as matildeos

a levantar da cadeira

1440H Natildeo encontra o estojo

Encontra-se sentado de lado na

154

cadeira A professora diz para

ele se endireitar

1444H A professora ajuda o aluno na

realizaccedilatildeo da atividade contudo

ele distrai-se com a borracha

1448H Os colegas fazem perguntas e o

aluno responde (de tipo coacutemico)

e vira-se para traacutes

1450H Fica confuso com o exerciacutecio

iniciado

1452H A professora pergunta se o

aluno jaacute terminou O mesmo diz

que natildeo batendo na mesa

1455H O aluno responde corretamente

quando solicitado

1458H O aluno coloca o gorro na

cabeccedila e diz que vai faltar ao

teste de HIST Em seguida diz

que vai claro e que teraacute uma

nota final positiva Entretanto

sai da sala e regressa apenas

para fechar a mochila Volta a

sair para o intervalo

Professora relembra a data do

teste

Aluno referiu que teve cerca de

60 na nota do uacuteltimo teste de

HIST

155

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Cidadania

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 31052016

Hora 1415H Tempo letivo 44min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo

professor de CID em contexto

de sala de aula de Informaacutetica

Ri e olha agrave volta Professor diz

ldquoS acalma-te ou vou-me

chatearrdquo

Aluno com medicaccedilatildeo

1447H Aluno sempre a mexer o dedo

1448H Aluno muda o comportador

portaacutetil de siacutetio Professor volta

a intervir ldquoS tens 10 minutos

para terminar o trabalhordquo

1449H Fala com a colega do lado

1450H S com os olhos semicerrados

Professor volta a chamar a

atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega

ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida

diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um

trabalho de publicidade

enganosa)

1452H Professor interpela o aluno e o

mesmo faz caretas enquanto diz

156

agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e

dezrdquo Olha para o lado mexe no

cabelo tira a folha da colega e

arregala os olhos (tiques)

1455H Chama a professor e ele

pergunta ldquoO que eacute enganosordquo

A professora responde

1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual

a tua opiniatildeo pessoalrdquo

1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz

que na proacutexima aula teraacute de

apresentar o seu trabalho em

modo de alerta de tempo O

aluno repete (de acordo com o

viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes

tu quando tens fomerdquo Logo em

seguida ldquoQuando tenho fome e

como um chocolate fico mal

dispostordquo ndash enquanto isso

estava a olhar para a professor

de cabeccedila de lado metendo o

laacutepis na boca Professora

responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo

1459H Alunos preparam-se para sair da

sala e o aluno vagueia (em

formato labirinto) ateacute agrave porta

volta para traacutes para entregar a

ficha de trabalho (ver anexo 16)

agrave colega e diz ldquoPara entregar na

proacutexima aulardquo

157

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)

Aluno SS

Ano 7ordm

Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H

Tempo

Descriccedilatildeo

(lugares intervenientes

atividades tarefas material

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1503H O aluno e um fotoacutegrafo

dirigem-se ao auditoacuterio da

escola O fotoacutegrafo senta-se e o

aluno mantem-se em peacute

Aluno com medicaccedilatildeo

1504H O aluno de repente comeccedila a

falar de um padre ldquoEstava a

mudar as reses e ele laacute para fora

comeccedila a aguindar (marca

linguiacutestica) a aacutegua bentardquo

Fala de um padre Parece

recordar-se que tem EMRC agraves

1515H

1507H O aluno entretanto comeccedila a

abordar o tema relacionado com

negoacutecios de lavradores e o

fotoacutegrafo desenvolve a

sustentabilidade

1508H O aluno senta-se devagar

muito atento e diz ldquoEu tenho

um amigo querdquo

1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores

estatildeo a gastar mais do que

deviamrdquo O aluno volta a

mencionar o amigo ldquoO meu

amigo tem muitos alqueiros e

tira leite 3 vezes por diardquo

O aluno quer ser lavrador

1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo

para as vantagens e

desvantagens de ter uma lavoura

e o aluno ndash pensativo ndash diz

ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver

158

Se natildeo der natildeo deurdquo

Entretanto pergunta as horas e

diz que tem EMRC

159

Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo

160

161

162

Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno

163

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome JM Idade 15 anos

Professor P1

O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como

incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo

reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

164

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome SS Idade 14 anos

Professor P1

O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras

dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques

principalmente ao niacutevel da face

Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da

Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira

perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica

Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo

Em 08062016

Professor P2

Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega

na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo

por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno

estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem

um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta

tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer

em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

165

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome DG Idade 13 anos

Professor P1

O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com

trabalho foram sendo colmatadas

Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

166

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome ES Idade 12 anos

Professor P1

O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se

bastante adaptado ao contexto de sala de aula

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

167

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome FS Idade 13 anos

Professor P1

O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra

inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

168

Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes

169

19

81

Geacutenero

Masculino

Feminino

44

31

54

7

Idade

Natildeo colocou idade

20-29

30-39

40-49

mais de 50

170

Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio

171

4654

Tem alunos com PHDA

Sim

Natildeo

17

58

17

8

Maiores dificuldades

Sem justificaccedilatildeo

Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento

Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo

Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila

5446

Conhecimentos acerca da PHDA

Sim

Natildeo

172

73

27

Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA

Sim

Natildeo

7

7

15

50

14

7

Quais os conhecimentos acerca da PHDA

Natildeo evidencia os conhecimentos

Poucos conhecimentos

Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)

Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar

Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo

173

28

29

14

29

Natildeo identifica alunos com PHDA

Natildeo tem formaccedilatildeo

Natildeo tem conhecimentos

Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas

Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo

58

38

4

Construccedilatildeo de materiais

Sim

Natildeo

Sem resposta

20

20

1020

20

10

Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais

Natildeo houve oportunidade

Natildeo tem alunos com PHDA

Natildeo sentiu necessidade

Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar

Escassez (sobrecarga) detempo

Sem resposta

174

5442

4

Organizaccedilatildeo do plano de aula

Sim

Natildeo

Sem resposta

46

36

99

Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA

Natildeo tem alunos com PHDA

Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno

Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)

5831

11

Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

175

4 44

25

17

13

13

8

4

8

Intervenientes

Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA

Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)

Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar

Diretor de Turma

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Encarregado de Educaccedilatildeo

Conselho de Turma

SPO

Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica

40

27

17

1033

Contacto com os seguintes intervenientes

Diretor de Turma

Psicoacutelogo

Encarregado de Educaccedilatildeo

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Professor de EMRC

Sem resposta

176

5819

23

Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

34

33

13

7

13

Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do

aluno com PHDA

Interveniente ativo noprocesso educativo

Necessidade de maior apoio

Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento

Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO

Sem resposta

177

80

20

Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA

Sim

Natildeo

5050

Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores

Falta de oferta formativa

Existecircncia de equipaespecializada

114

444

73

Sugestotildees dos professores respondentes

Accedilotildees de formaccedilatildeo

Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo

Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos

Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz

Psicologia convertida agraveglobalidade

Sem resposta

178

Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo

Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno

179

Categorias Sub-categorias Respondentes

Identificaccedilatildeo de

carateriacutesticas de alunos

com PHDA

Dificuldades em P1 P2

1 Controlar o comportamento times times

2 Focar a atenccedilatildeo times

3 Reter informaccedilatildeo times

4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times

5 Lidar com a frustraccedilatildeo times

Presenccedila de

1 Tiques times times

2 PEA times

3 Medicaccedilatildeo que

31 Atenua comportamento times

32 Manteacutem comportamento times

4 Agressividade ingeacutenua times

5 Afetividade times

6 Egoiacutesmo times

7 Preferecircncia por trabalhos

individuais

times

Page 9: INTRODUÇÃO Justificação do tema parte... · 2020. 6. 12. · desgraça da família, malcriado, preguiçoso, etc.” (p.180). Barkley & Murphy (2006) apresentam algumas das características

9

vezes natildeo eacute realizado um diagnoacutestico concreto Acrescenta que em indiviacuteduos com mais

de 18 anos vaacuterios estudos demonstram uma prevalecircncia da perturbaccedilatildeo de 1 a 25

Aquando de um diagnoacutestico de PHDA eacute frequente estar presente um ou mais

diagnoacutesticos comorbidos (DSM-V 2014)

A Perturbaccedilatildeo de Oposiccedilatildeo eacute sem duacutevida aquela que ocorre mais vezes quando

existe PHDA podendo atingir metade da populaccedilatildeo geral quando haacute um diagnoacutestico de

PHDA do tipo Misto e cerca de um quarto da populaccedilatildeo quando a PHDA diagnosticada

eacute do tipo Desatento (DSM-V 2014)

A Dislexia e a PHDA tambeacutem ocorrem muitas vezes em simultacircneo Segundo

alguns autores (Germanograve Gagliano amp Curatolo 2010) numa amostra de indiviacuteduos com

PHDA a Dislexia ocorre em cerca de 18 a 45 e numa amostra de casos de Dislexia

a PHDA estaacute presente 18 a 42 das vezes Antunes (2009) apresenta alguns dados

referentes a diversos estudos acerca da comorbilidade da PHDA com outras perturbaccedilotildees

e dificuldades Perturbaccedilatildeo da Oposiccedilatildeo e Desafio 40 Ansiedade 34 Dislexia 20

Tiques 11 e Depressatildeo 4

16 Etiologia de PHDA

As causas da PHDA suscitam ainda algumas questotildees contudo eacute unacircnime que o

fator geneacutetico e consequentemente o hereditaacuterio estaratildeo na sua geacutenese (Barkley amp

Russel 2006)

Assim a PHDA eacute considerada ldquoum distuacuterbio neurobioloacutegico hereditaacuteriordquo (Parker

2003 p13) Foram jaacute encontrados alguns genes responsaacuteveis pela perturbaccedilatildeo (Barkley

amp Russel 2006) e sabe-se que a PHDA tem tendecircncia para ser encontrada em vaacuterios

elementos da mesma famiacutelia (Parker 2003)

Sabe-se tambeacutem que quando natildeo haacute evidecircncia de fatores hereditaacuterios a PHDA

pode ser explicada por outras ocorrecircncias tais como dificuldades na gravidez ou parto

prematuro abuso de substacircncias durante a gravidez e lesotildees nas zonas preacute-frontais do

ceacuterebro durante o desenvolvimento da crianccedila (Barkley amp Russel 2006 Parker 2003)

Como jaacute anteriormente assinalado eacute importante reforccedilar que as praacuteticas

educativas parentais natildeo satildeo referidas como uma causa da PHDA devendo ser retirada

10

essa carga emocional aquando de uma intervenccedilatildeo com a crianccedila e seus familiares (Lopes

2004)

17 Intervenccedilatildeo Psicoterapecircutica para a PHDA

As perturbaccedilotildees do desenvolvimento infantil onde se enquadra a PHDA

requerem intervenccedilotildees atempadas e eficazes que devem ser encaradas sob diversas

perspetivas educativa comportamental emocional social e meacutedica

De acordo com Bronfenbrenner (1979) o desenvolvimento e comportamento

humanos satildeo apenas plenamente compreendidos quando analisados nos contextos em que

os indiviacuteduos se inserem (sistemas) Daiacute a importacircncia de se intervir nos variados

contextos de vida da crianccedilajovem (familiar e escolar sem esquecer a proacutepria crianccedila)

ao mesmo tempo que se combinam vaacuterias terapecircuticas (farmacoloacutegica psicossocial e

cognitivo comportamental) como forma de se alcanccedilar maior eficaacutecia na intervenccedilatildeo

A este tipo de intervenccedilatildeo daacute-se o nome de Intervenccedilatildeo Multimodal que combina

vaacuterios tipos de abordagem envolvendo a crianccedilajovem e a sua famiacutelia bem como uma

equipa multidisciplinar composta por meacutedicos (pediatra pedopsiquiatra neuropediatra)

psicoacutelogos professores outros teacutecnicos e elementos da comunidade

Confere-se deste modo que a PHDA requer uma intervenccedilatildeo abrangente

(proacuteprio casa escola e comunidade) onde devem ser estabelecidas estrateacutegias a longo

prazo e delineados objetivos como os exemplos que se seguem melhorar as relaccedilotildees

sociais (pais colegas professores) diminuir os comportamentos disruptivos melhorar as

competecircncias acadeacutemicas promover a independecircncia o autocontrolo e a assertividade

melhorar a autoestima e permitir um desenvolvimento emocional mais harmonioso

prevenir a evoluccedilatildeo para comportamentos disruptivos e de marginalidade

Desta forma a intervenccedilatildeo visa maximizar a funccedilatildeo e performance da crianccedila em

casa na escola e na comunidade e natildeo curar a sua perturbaccedilatildeo Como refere Lopes

(2003) natildeo se ldquotratardquo a PHDA aprende-se a lidar com ela e procura-se manter os seus

sintomas dentro dos limites que natildeo se revelem gravosos para o proacuteprio e para aqueles

que com ele convivem

Citando Rodrigues (2008) quando se planifica uma intervenccedilatildeo na PHDA haacute que

ter em conta a fase de desenvolvimento da crianccedilajovem de modo a ajustaacute-la aos

periacuteodos e agraves circunstacircncias da sua vida Haacute que ter em conta a especificidade da PHDA

11

para aferir estrateacutegias de acordo com o perfilavaliaccedilatildeo funcional realizada e ainda

garantir o seu acompanhamento ao longo do tempo e a manutenccedilatildeo de mais do que uma

metodologia de intervenccedilatildeo

A intervenccedilatildeo deve entatildeo ser Multimodal podendo incluir trecircs grandes tipos de

intervenccedilatildeo a farmacoloacutegica a cognitivo comportamental e a psicossocial

171 Farmacoloacutegica

A intervenccedilatildeo farmacoloacutegica pode natildeo ser indicada eou necessaacuteria em todos os

casos de PHDA Pereira amp Fernandes (2001) alertam que sempre que se pondere iniciar

a terapecircutica farmacoloacutegica eacute necessaacuterio ter um diagnoacutestico correto que avalie a

frequecircncia a severidade e o impacte dos sintomas na vida da crianccedila do jovem com

PHDA e caso se justifique utilizar os faacutermacos mesmo conhecendo os seus potenciais

riscos e efeitos adversos

Apesar de existirem ainda duacutevidas quanto agraves causas da PHDA haacute evidecircncia de

alteraccedilotildees neuropsicoloacutegicas e neuroquiacutemicas ao niacutevel do coacutertex cerebral (preacute-frontal)

designadamente uma menor concentraccedilatildeo sinaacuteptica da dopamina um neurotransmissor

normalmente associado a mecanismos de prazer e recompensa Daiacute que o tratamento

farmacoloacutegico ao contraacuterio do que se pensa natildeo consiste em calmantes mas sim em

psicoestimulantes designadamente o metilfenidato (Moura 2013)

Desta forma os faacutermacos de eficaacutecia documentada satildeo os psicoestimulantes mais

conhecidos por Ritalina Concerta e Rubifen Estes satildeo inibidores seletivos de recaptaccedilatildeo

da dopamina que ao aumentarem os niacuteveis de dopamina melhoram o grau de

funcionalidade dos lobos frontais e por consequecircncia atenuam os sintomas da PHDA

Segundo Moura (2014) diversos estudos comprovam a existecircncia de uma clara

melhoria apoacutes a utilizaccedilatildeo de faacutermacos com o princiacutepio ativo metilfenidato em crianccedilas

com PHDA nas seguintes aacutereas atenccedilatildeo impulsividade fiacutesica e cognitiva tempo de

reaccedilatildeo memoacuteria a curto prazo aprendizagem de material verbal e natildeo verbal

comportamentos de oposiccedilatildeo e sintomas de hiperatividade (perante doses mais elevadas)

A abordagem farmacoloacutegica natildeo poderaacute nunca constituir-se como uacutenica

intervenccedilatildeo mas sim ser parte integrante de um plano de atuaccedilatildeo alargado e

transdisciplinar Segundo Rodrigues (2008) a grande vantagem da intervenccedilatildeo

12

farmacoloacutegica reside no facto de ao diminuir os sintomas disruptivos permitir que outras

estrateacutegias de intervenccedilatildeo possam assumir uma maior eficaacutecia Isto eacute ao levar a uma

diminuiccedilatildeo significativa dos comportamentos desajustados permite um maior sucesso das

outras intervenccedilotildees

De referir ainda a importacircncia de antes de se iniciar a terapecircutica farmacoloacutegica

em crianccedilas com perturbaccedilotildees do desenvolvimento se dever discutir com os pais de uma

forma calma e detalhada os objetivos da mesma a sua duraccedilatildeo e a eficaacutecia esperada

(Pereira amp Fernandes 2001)

172 Cognitivo comportamental

Segundo Moura (2014) a intervenccedilatildeo psicoterapecircutica revela-se de extrema

importacircncia no processo terapecircutico da PHDA funcionando como um complemento a

outras intervenccedilotildees

A terapia cognitivo comportamental revela-se como a intervenccedilatildeo

psicoterapecircutica mais eficaz na PHDA realizada por psicoacutelogos especializados atraveacutes

de uma intervenccedilatildeo cliacutenica direta com a crianccedila o jovem Esta divide-se na intervenccedilatildeo

comportamental (adequada em crianccedilas pequenas ateacute ao 2ordm ciclo do ensino baacutesico) e na

intervenccedilatildeo cognitiva (indicada para adolescentes)

Segundo Loro-Loacutepez et al (2009) a intervenccedilatildeo comportamental integra

- Contratos comportamentais ndash especificam de forma clara e objetiva os

comportamentos adequados a adotar e os comportamentos desajustados a

eliminar bem como as recompensas e as consequecircncias negativas desse mesmo

comportamento satildeo assinados pelo aluno pais professor psicoacutelogo eou outro

teacutecnico

- Registos comportamentais ndash folha de registo dos comportamentos em sala de

aula com o objetivo de monitorizar o comportamento adequado

- Programa de economia de fichaspontos ndash sistema de atribuiccedilatildeo de pontos e

obtenccedilatildeo de recompensas pela ocorrecircncia dos comportamentos definidos como

desejados

- Correccedilatildeo do comportamento atraveacutes da manifestaccedilatildeo de outro comportamento

13

- Extinccedilatildeo do comportamento atraveacutes da implementaccedilatildeo de reforccedilos

A intervenccedilatildeo cognitiva segundo os mesmos autores pressupotildee

- Modelos de autoinstruccedilatildeo ndash o objetivo eacute regular o comportamento atraveacutes da

linguagem interna seleciona-se um problema de cada vez e trabalha-se passo a

passo ateacute ao comportamento desejado estar internalizado

- Modelos de automonitorizaccedilatildeo e autoregulaccedilatildeo comportamental ndash eacute o

proacuteprio indiviacuteduo que se vai autoregular autoreforccedilar e autopenalizar atraveacutes da

anaacutelise e da avaliaccedilatildeo do seu comportamento utiliza registos comportamentais

como ferramenta para reflexatildeo e autoavaliaccedilatildeo

- Estrateacutegias de resoluccedilatildeo de problemas ndash treino e desenvolvimento de

competecircncias atraveacutes de 6 fases para a resoluccedilatildeo de situaccedilotildees-problema o

objetivo eacute interiorizar atraveacutes da modelaccedilatildeo como se resolve determinado

problema e depois ser capaz de generalizar para as restantes situaccedilotildees quotidianas

promovendo a sua autonomia nas tomadas de decisatildeo

- Desconstruccedilatildeo das cogniccedilotildees irrealistas e desajustadas sobre o seu proacuteprio

comportamento

- Teacutecnicas de relaxamento

- Atividades e treino de competecircncias sociais em grupo

Mais uma vez importa referir que a intervenccedilatildeo cognitivo comportamental

aplicada isoladamente natildeo traz os ganhos e benefiacutecios necessaacuterios Haacute que conjugaacute-la

com a intervenccedilatildeo psicossocial e com a abordagem farmacoloacutegica nos casos em que esta

se justifica

173 Psicossocial

Este tipo de intervenccedilatildeo engloba diferentes metodologias e atua nos contextos

familiar e escolar de forma a abranger o maior nuacutemero de contextos e situaccedilotildees de vida

da crianccedila do jovem com PHDA

14

1731 Contexto familiar

A intervenccedilatildeo em contexto familiar reveste-se da maior importacircncia uma vez que

eacute fundamental que os pais conheccedilam e estejam informados sobre as caracteriacutesticas da

PHDA para assim desenvolverem adequadas praacuteticas educativas parentais

Devem desenvolver competecircncias de forma a reforccedilar os comportamentos

adaptativos e ao mesmo tempo diminuir os comportamentos disruptivos adotando

praacuteticas educativas consistentes (se hoje eacute puniccedilatildeo amanhatilde tambeacutem) firmes (se eacute dado

castigo este tem de ser colocado em praacutetica) e adequadas quer agrave idade da crianccedila quer

agrave gravidade do comportamento disruptivo

Os pais devem aprender como promover a disciplina e potenciar comportamentos

positivos nos filhos com PHDA

De acordo com Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo com a famiacutelia pode assumir

diferentes formas

- Programas de treino de pais - o grande objetivo eacute melhorar as relaccedilotildees entre

pais e filhos ensinando os pais a lidar de diferentes formas com os problemas de

comportamento dos seus filhos quer em casa quer em lugares puacuteblicos eacute

indicado para crianccedilas com idades ateacute aos 11 anos e em famiacutelias sem problemas

associados (psicopatologia depressiva na matildee stress familiar ou situaccedilotildees de

rutura matrimonial)

- Grupos de suporte para pais - o principal objetivo eacute a interajuda e o suporte

muacutetuo entre os pais onde a partilha e a troca de experiecircncias se apresenta como

uma vantagem na aprendizagem dos pais quanto agrave lideranccedila dos desafios

comportamentais dos seus filhos

- Intervenccedilatildeo na relaccedilatildeo e interaccedilatildeo pais-filhos - utilizada na adolescecircncia (a

partir dos 11 anos de idade) eacute constituiacuteda por programas que combinam o

aconselhamento dos pais e as terapias cognitivo comportamentais

A eficaacutecia da intervenccedilatildeo estaacute relacionada com o grau de severidade dos sintomas

das crianccedilas nomeadamente com comportamentos de oposiccedilatildeo e problemas de conduta

bem como da motivaccedilatildeo e do empenho dos pais e das crianccedilas em todo o processo

15

1732 Contexto escolar

A intervenccedilatildeo em contexto escolar com alunos com PHDA reveste-se da maior

pertinecircncia e deve ser implementada em diversas vertentes e aacutereas educativas Em todas

elas eacute fundamental ser-se capaz de se colocar no lugar do aluno com PHDA com as

limitaccedilotildees e dificuldades com que eacute confrontado sistematicamente em sala de aula e fora

dela

Eacute importante natildeo esquecer que aquilo que parece rotineiro e simples para a maioria

dos alunos pode-se revelar um obstaacuteculo de grande proporccedilatildeo para alunos com PHDA

Um aluno com essa perturbaccedilatildeo revelaraacute imensa dificuldade em i) manter a atenccedilatildeo numa

mesma atividade no periacuteodo de tempo desejado para a sua faixa etaacuteria e para o seu niacutevel

de escolaridade ii) passar os conteuacutedos do quadro para o caderno no tempo facultado

pelo professor iii) estar sentado todo o tempo da aula iv) realizar uma tarefa sem

interrupccedilotildees e pausas e em reter informaccedilatildeo (Barkley amp Murphy 2006)

Todas estas caracteriacutesticas tiacutepicas dos alunos com PHDA colocam aos

professores desafios diaacuterios no espaccedilo de sala de aula Cabe ao professor construir e

desenvolver em conjunto com o aluno as suas capacidades de funcionalidade de

autonomia e de autoestima que conduziratildeo a um melhor desempenho escolar

Os comportamentos perturbadores e as dificuldades de aprendizagem associadas

agrave PHDA tornam-se manifestaccedilotildees frustrantes para o professor e para o aluno podendo

conduzir ao desenvolvimento de sentimentos muacutetuos de aversatildeo ou mesmo de hostilidade

(Vasquez 1997) Assim eacute importante estabelecer estrateacutegias que permitam com mais

facilidade ajustar o comportamento da crianccedila de tal modo que esta aprenda e deixe que

os outros alunos da turma onde se encontra integrada aprendam tambeacutem

Natildeo se trata de ir pelo caminho mais faacutecil o do facilitismo mas antes trabalhar

em cooperaccedilatildeo para ajudar o aluno a perceber que eacute capaz e que consegue bons resultados

Desta forma a atitude do aluno eacute de persistecircncia (e natildeo de desistecircncia) e de empenho (e

natildeo de desinteresse) o que conduz a sentimentos de pertenccedila ao grupo turma

Segundo Rodrigues (2008) a intervenccedilatildeo psicossocial em contexto escolar pode

integrar os seguintes domiacutenios (a) formaccedilatildeo de professores (b) colaboraccedilatildeo e

cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola (c) intervenccedilatildeo comportamental em sala de aula (d)

ensino especial (e) treinodesenvolvimento de competecircncias sociais

16

(a) Formaccedilatildeo de professores

Inclui sessotildees de sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo sobre a PHDA e eacute essencial para um

melhor desempenho profissional dos professores A investigaccedilatildeo tem revelado que o

conhecimento e a atitude dos professores face agrave PHDA influenciam a sua disponibilidade

para a intervenccedilatildeo em contexto de sala de aula (Ghanizadeh Bahredar amp M 2006 Bekle

2004 cit por Rodrigues 2008)

(b) Colaboraccedilatildeo e cooperaccedilatildeo casateacutecnicosescola

O objetivo eacute efetivar uma parceria ao niacutevel da aplicaccedilatildeo de teacutecnicas especiacuteficas de

modificaccedilatildeo do comportamento De acordo com Barkley (2006) eacute importante que os

professores e os pais tenham um bom conhecimento sobre a PHDA tenham objetivos

realistas para as suas intervenccedilotildees e estejam motivados para uma efetiva colaboraccedilatildeo

Importa ser-se flexiacutevel para modificar e adequar estrateacutegias de intervenccedilatildeo

sempre que necessaacuterio e estar-se disponiacutevel para colaboraccedilotildees conjuntas e com

articulaccedilatildeo entre todos os intervenientes educativos

(c) Intervenccedilatildeo comportamental na sala de aula

Segundo Du Paul amp Stoner (1994) os problemas comportamentais e os problemas

de aprendizagem estatildeo intimamente ligados A intervenccedilatildeo seraacute mais eficaz se investir

para aleacutem dos aspetos comportamentais tambeacutem no rendimento das aacutereas acadeacutemicas A

melhoria destas conduz agrave diminuiccedilatildeo dos comportamentos perturbadores pelo que a

metodologia mais adequada para o atendimento das crianccedilas dos jovens com PHDA

deve incidir nos problemas da aprendizagem a par das condutas perturbadoras (Du Paul

amp Stoner 1994 Vasquez 1997 Pfiffner amp Barkley 1998)

Os alunos com PHDA apresentam normalmente baixo rendimento escolar

(apesar de muitas vezes revelarem um bom potencial de aprendizagem) elevados iacutendices

de comportamento fora da tarefa e dificuldades na realizaccedilatildeo de trabalho individual

Assim e de acordo com Rodrigues (2008) este tipo de intervenccedilatildeo deve basear-se numa

aprendizagem de competecircncias para a automonitorizaccedilatildeo onde se inclui a prestaccedilatildeo

acadeacutemica e natildeo somente o comportamento nos seus objetivos focando assim as vaacuterias

situaccedilotildees escolares que constituem um problema

17

Segundo a mesma autora distinguem-se trecircs domiacutenios onde este tipo de

intervenccedilatildeo se deve centrar

- Modificaccedilatildeo do contexto

Sendo a sala de aula o local onde os alunos passam a maior parte do tempo em

que estatildeo na escola e tambeacutem onde lhes eacute exigido trabalho e esforccedilo mental esta

apresenta-se como o local de eleiccedilatildeo para o surgimento de comportamentos disruptivos

nos alunos com PHDA Daqui adveacutem a importacircncia na reorganizaccedilatildeo dos contextos

fiacutesicos de sala de aula ao niacutevel da colocaccedilatildeo da crianccedila no espaccedilo-sala da organizaccedilatildeo

dos espaccedilos de trabalho e no posicionamento dos materiais ludicopedagoacutegicos (eg

calendaacuterio quadro de tarefas) (Rodrigues 2008)

Segundo vaacuterios autores nomeadamente Lopes (2004) Du Paul amp Stoner (2007)

Riefs (1998) e Fernandes (2007) existem diferentes estrateacutegias que se podem e devem

implementar em contexto de sala de aula com alunos com PHDA com o objetivo de

modificar comportamentos e rentabilizar o desempenho escolar

Relativamente agrave organizaccedilatildeo do espaccedilo podem-se enunciar as seguintes

estrateacutegias

- Sala de aula bem estruturada com poucos estiacutemulos visuais

- Localizaccedilatildeo do aluno na sala de aula (sentar o aluno na primeira fila o mais

proacuteximo possiacutevel do professor e afastado de estiacutemulos de possiacutevel distraccedilatildeo com

boa visibilidade para o quadro e proacuteximo de um bom modelo)

- Ter em cima da mesa apenas o material necessaacuterio

- Existecircncia de um espaccedilo na sala onde o aluno possa trabalhar individualmente

eou realizar atividades diferentes

- Existecircncia de ldquocantinhosrdquo onde o aluno possa realizar atividades manuais ou

artiacutesticas

No que respeita agrave organizaccedilatildeo e gestatildeo da aula importa ter em atenccedilatildeo as

seguintes estrateacutegias

- Sala de aula estruturada com rotinas escolares diaacuterias consistentes ao longo do

tempo

- As tarefas e os trabalhos repetitivos e monoacutetonos devem ser evitados

18

- As tarefas e atividades devem ser curtas e explicadas de forma clara

- Dividir eou reduzir as tarefas

- Alternar tarefas em funccedilatildeo do interesse e da complexidade

- Permitir um periacuteodo de pausa entre a realizaccedilatildeo de tarefas que exijam esforccedilo

mental

- Dar outra tarefa que a crianccedila consiga fazer com entusiasmo e autonomia (dentro

dos conteuacutedos da disciplina) quando se estaacute a transmitir um conteuacutedo difiacutecil para

o aluno com PHDA

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixar o aluno menos

ansioso e mais seguro pode funcionar como estrateacutegia de inclusatildeo)

- Dar possibilidade de o aluno participar dando feedback

- Programar a aula de forma a haver mais intervalos permitindo que o aluno tenha

tempo de realizarterminar as tarefas

- Conceder se necessaacuterio tempo extra para completar tarefas

- Estabelecer limites para terminar as tarefas

- Permitir que o aluno se possa movimentar na sala

- Encorajar o aluno a questionar o que natildeo compreende

- Procurar envolver o aluno promovendo a sua participaccedilatildeo ativa

- Usar o contacto visual (fazer com que o aluno olhe para o professor quando este

se lhe dirige)

- Deslocar-se pela sala para manter a visibilidade

- Recorrer a apresentaccedilotildees mais dinacircmicas e apelativas (eg uso do quadro

interativo de filmes diapositivos

- As apresentaccedilotildees orais devem ser acompanhadas de ajudas visuais

- Fazer uma abordagem geneacuterica de antecipaccedilatildeo dos conteuacutedos antes de iniciar a

apresentaccedilatildeo

- Rever os conteuacutedos anteriores antes de iniciar novos

- Relacionar os conteuacutedos com as experiecircncias dos alunos (aumentar niacuteveis de

motivaccedilatildeo e de interesse)

19

- Resumir os conteuacutedos (oralmente e por escrito)

- Apresentar um maior nuacutemero de explicaccedilotildees realccedilando os pontos mais

importantes (ideias chave)

- Transmitir a informaccedilatildeo com loacutegica e organizaccedilatildeo

- Evitar o uso de linguagem abstrata (metaacuteforas ou trocadilhos)

- Transmitir informaccedilatildeo em pequenas quantidades

- Ler os materiais em voz alta

- Utilizar versotildees reduzidas de textos

- Simplificar vocabulaacuterio do texto

- Dar pistasdicas ao aluno na realizaccedilatildeo de trabalhos

- Ter a certeza de que o aluno compreendeu o trabalho que tem de realizar antes

de o colocar a realizaacute-lo individualmente

- Os trabalhos de reforccedilo devem ser curtos e apenas os necessaacuterios (natildeo se deve

sobrecarregar o aluno com trabalho extra)

- Modificaccedilatildeo do comportamento na sala de aula

Trata-se da intervenccedilatildeo mais bem estudada no contexto escolar na qual se utilizam

teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento como por exemplo os ldquocontratos de

comportamentordquo (ver anexo 1) ldquocontratos de etiquetasrdquo (ver anexo 2) os ldquosistemas de

trocasrdquo o time-out entre outras

A eficaacutecia deste tipo de teacutecnicas depende da sua utilizaccedilatildeo coerente e sistemaacutetica

As estrateacutegias mais utilizadas satildeo a elaboraccedilatildeo de Contratos Comportamentais

e de Programas de Economia de Fichas com o objetivo de alcanccedilar o comportamento

desejado utilizando recompensas

- Identificar de forma clara e objetiva os comportamentos desajustados a

modificar

- Iniciar pelos comportamentos mais faacuteceis de modificar deixando os mais difiacuteceis

para o fim

20

- Definir claramente qual a recompensa (reforccedilo positivo) e a consequecircncia

negativa (reforccedilo negativo) pela modificaccedilatildeo ou natildeo do comportamento

- As recompensas tal como os castigos devem ser imediatas (os) apoacutes a

observaccedilatildeo do comportamento

- Ter em consideraccedilatildeo que os castigos longos e os reforccedilos a longo prazo natildeo

funcionam

- O ideal eacute existirem mais reforccedilos positivos do que reforccedilos negativos pois

pretende-se que o aluno mude o seu comportamento natildeo pelo castigo mas pela

ausecircncia de reforccedilo

- Os objetivos iniciais devem ser pequenos devendo ser alargados agrave medida que

as crianccedilas vatildeo conseguindo alcanccedilar os anteriores

- Utilizaccedilatildeo de um sistema de pontosfichas ou de um contrato terapecircutico

O contrato comportamental eacute um acordo formal e escrito que tem como objetivo

a mudanccedila de comportamento do aluno apresentando-se como uma excelente forma de

encorajar comportamentos adequados De acordo com Lourenccedilo (2009) eacute uma teacutecnica

de gestatildeo de comportamento que envolve a negociaccedilatildeo de um acordo contratual entre o

aluno e o professor

O contrato refere quais os comportamentos a modificar os objetivos relativamente

a esses comportamentos e as consequecircncias do seu cumprimento ou do natildeo cumprimento

atribuindo um papel ativo ao aluno onde lhe eacute dada autonomia para que possa avaliar o

seu progresso responsabilizando-o pelo seu empenho pessoal

O Programa de Economia de Fichas tem por base a utilizaccedilatildeo de pontos ou fichas

que o aluno obteacutem atraveacutes da adoccedilatildeo de comportamentos adequados e que se trocam por

preacutemios ou reforccedilos Segundo Du Paul amp Stomer (2007) este programa serve para

recompensar os alunos pela implementaccedilatildeo de um determinado comportamento que vai

ao encontro das expectativas do professor Eacute estabelecida pelo professor em conjunto

com o aluno uma lista de privileacutegios preacutemios ou atividades na escola para trocas pelas

fichas As fichas devem ser trocadas diariamente pelos privileacutegios ou reforccedilos

estabelecidos de acordo com os pontos atribuiacutedos previamente a cada comportamento

O time-out (tempo de afastamento de reforccedilo positivo) consiste em retirar todo o

reforccedilo social agrave crianccedila Du Paul amp Storner (2007) referem que este procedimento para

21

ser eficaz deve ser implementado logo apoacutes a manifestaccedilatildeo do comportamento

indesejado (entre 1 a 5 minutos) Eacute fundamental que este procedimento restritivo seja

utilizado apenas em conjunto com programas de reforccedilo positivo ou preacutemios sendo

considerado como uma medida de uacuteltimo recurso (apenas utilizada quando nenhuma

outra resulta)

Para reduzir a indisciplina e os comportamentos natildeo desejados em contexto de

sala de aula existe ainda um leque de estrateacutegias que podem ser implementadas pelo

professor (Lopes 2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs 1998 Fernandes 2007) e que

satildeo

- Aceitar o aluno tal como ele eacute

- Olhar o aluno nos olhos enquanto conversa com ele

- As regras devem ser negociadas e afixadas em local visiacutevel

- Estabelecer regrasconsequecircncias claras

- Rever as regras da sala de aula antes de iniciar as atividades e sempre que

necessaacuterio

- Estabelecer alternativas para comportamentos inadequados

- Ignorar alguns comportamentos (aqueles que se assumem como pouco

gravosos)

- Evitar criticar o aluno

- Sempre que o aluno aja em conformidade com as regras da sala de aula deve ser

elogiado (comunicar aos pais para que seja feito reforccedilo adicional em casa)

- Ser inflexiacutevel no desrespeito pelas regras mas sempre de forma calma e positiva

- Tentar controlar os comportamentos sem ser demasiado dominador

- Reagir de forma imediata e constante a cada comportamento

- Antecipar os problemas (planear antecipadamente em particular os momentos

de transiccedilatildeo)

- Afirmar assertivamente o que deve fazer e natildeo o que estava a fazer ou como

estava a fazer (eg ldquoJoatildeo volta imediatamente para o trabalhordquo e natildeo ldquoJoatildeo natildeo

estaacutes a prestar atenccedilatildeordquo)

22

- Falar em privado com o aluno acerca dos seus comportamentos inapropriados

- Estabelecer na sala um local para ldquoacalmarrdquo

- Saber diminuir os niacuteveis de pressatildeo e ansiedade

- Teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo

Segundo Rodrigues (2008) a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de autoregulaccedilatildeo a par da

implementaccedilatildeo das teacutecnicas de modificaccedilatildeo de comportamento satildeo as mais direcionadas

para o comportamento de impulsividade e de desorganizaccedilatildeo

Estas teacutecnicas satildeo segundo Costa et al (2010)

- Automonitorizaccedilatildeo ndash Atraveacutes de treino preacutevio requer que o aluno aprenda a

observar e a registar o seu proacuteprio comportamento

- Autoreforccedilo ndash O aluno monitoriza o seu comportamento avalia e reforccedila o seu

proacuteprio desempenho quer positivo quer negativo quando confrontados com

tarefas escolares e em interaccedilotildees com os seus colegas

- Autoinstruccedilatildeo ndash Ensinar estrateacutegias cognitivas que permitam ao aluno realizar

com sucesso as tarefas escolares e as situaccedilotildees em que eacute necessaacuterio que haja um

controlo dos comportamentos

Estas estrateacutegias fornecem ao aluno ferramentas de autoregisto para que se

consiga monitorizar o seu comportamento e em colaboraccedilatildeo com o professor realizar a

avaliaccedilatildeo do seu desempenho face ao contexto com vista a adoccedilatildeo de novos e adequados

comportamentos

(d) Ensino Especial

Rodrigues (2008) refere que a crianccedila com PHDA tem um estilo de aprendizagem

especiacutefico aprendendo de forma mais eficaz se forem utilizados estilos de ensino

multimodal ativos e que impliquem a accedilatildeo direta da crianccedila

Torna-se vital que se adapte o ensino agraves necessidades e capacidades individuais do

aluno com o objetivo de rentabilizar o seu potencial de aprendizagem alcanccedilando o

maacuteximo dos objetivos e das competecircncias delineados (as) para o seu niacutevel de ensino

23

Nessa loacutegica os alunos com PHDA podem quando necessaacuterio e beneacutefico ser

integrados na educaccedilatildeo especial e beneficiar de medidas educativas ao abrigo do decreto-

lei nordm 32008 de 7 de janeiro Para isso eacute necessaacuterio fazer a sinalizaccedilatildeo em contexto

escolar permitindo que se avance para o despiste de crianccedilas eou jovens que estejam

associadas (os) a fatores de risco e que possam estar no cerne das limitaccedilotildees escolares e

da possiacutevel existecircncia de necessidades educativas especiais (NEE) de caraacuteter permanente

Em seguida indicam-se as dificuldades detetadas ao niacutevel da comunicaccedilatildeo

aprendizagem mobilidade autonomia relacionamento interpessoal eou participaccedilatildeo

social

Podem proceder agrave sinalizaccedilatildeo os pais ou encarregados de educaccedilatildeo o conselho

executivo da entidade os docentes e outros teacutecnicos que tenham contacto contiacutenuo com

o aluno

Em seguida formaliza-se o processo atraveacutes do preenchimento de um formulaacuterio-

modelo (ver anexo 3) o qual deve conter informaccedilotildees acerca do motivo que levou o

indiviacuteduo a proceder agrave sinalizaccedilatildeo outros dados que se apresentem relevantes para a

posterior avaliaccedilatildeo ndash e intervenccedilatildeo ndash e documentaccedilatildeo necessaacuteria e pertinente

Depois em reuniatildeo de equipa multidisciplinar o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo

(SPO) e o Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial refletem sobre a ficha de sinalizaccedilatildeo e a eventual

necessidade de se avanccedilar para uma avaliaccedilatildeo especializada Sendo esse o caso define-

se o responsaacutevel pela coordenaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo referida e os elementos que iratildeo

participar utilizando diversos instrumentos No acircmbito da avaliaccedilatildeo psicoloacutegica

aplicam-se testes de avaliaccedilatildeo da capacidade cognitiva geral - eg Terceira Ediccedilatildeo da

Escala de Inteligecircncia de Wechsler (WISC-III) que ldquoserve para orientar hipoacuteteses sobre

as aacutereas de disfuncionamento cognitivo e para a escolha das provas complementares com

o objetivo de alcanccedilar um diagnoacutestico diferencialrdquo (Simotildees 2002) Uma dos instrumentos

de medida complementares agrave avaliaccedilatildeo eacute o d2 ndash Teste de Atenccedilatildeo (ver anexo 4) que

consiste na avaliaccedilatildeo da atenccedilatildeo seletiva e da capacidade de concentraccedilatildeo Segundo

Brickenkamp (2006) o d2 permite medir a atenccedilatildeo concentrada (caraacuteter seletivo e

intensivo) e a atenccedilatildeo sustentada (manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo) sendo que pressupotildee

concentraccedilatildeo focalizada em estiacutemulos visuais da atividade

Desencadeia-se em seguida o Relatoacuterio Teacutecnico-Pedagoacutegico (RTP) (ver anexo 5)

no qual se identifica o perfil de funcionalidade do aluno em questatildeo Esse RTP

24

determinaraacute se o aluno apresenta (ou natildeo) NEE e qual a sua tipologia Se sim

determinam-se os apoios especializados as adequaccedilotildees no processo de ensino e

aprendizagem ndash e as possiacuteveis tecnologias de apoio ndash de que iraacute beneficiar e que constaratildeo

no Projeto Educativo Individual (PEI) (ver anexo 6) assegurando-se a participaccedilatildeo ativa

dos pais ou encarregados de educaccedilatildeo assim como a sua anuecircncia

Quando natildeo se verificam NEE que justifiquem a necessidade de intervenccedilatildeo do

SPO e ou do Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial encaminham-se os alunos para apoios

disponibilizados pela escola que melhor se adequem a uma situaccedilatildeo especiacutefica (natildeo eacute o

caso dos alunos com PHDA pois os mesmos integram o Regime de Educaccedilatildeo Especial)

As medidas educativas mais indicadas para alunos com PHDA satildeo as enumeradas

nos artigos 17ordm - Apoio pedagoacutegico personalizado (beneficiar de apoio nas aacutereas

disciplinares onde apresentam maiores dificuldades como forma de melhorar a aquisiccedilatildeo

e aplicaccedilatildeo de conhecimentos) e 20ordm - Adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

(periodicidade ndash realizar mais momentos de avaliaccedilatildeo reduzindo quantidade de mateacuteria

utilizando perguntas mais diretas duraccedilatildeo ndash dividir a realizaccedilatildeo do teste em dois

momentos manter periacuteodo de tempo mas reduzir o teste local ndash realizar o teste numa

outra sala onde o aluno se possa concentrar melhor)

Relativamente agrave avaliaccedilatildeo que continua a assumir um papel essencial no processo

de ensino-aprendizagem dos alunos sendo uma aacuterea que se reveste da maior importacircncia

nas escolas faz sentido deixar algumas sugestotildees importantes a implementar nos alunos

com PHDA tomando como referecircncia Chiolas (2010)

- Fichas de avaliaccedilatildeo

- Evitar a palavra natildeo e nunca (apenas sublinhaacute-lasdestacaacute-las)

- Colocar instruccedilotildees para cada pergunta

- Listar as instruccedilotildees verticalmente em vez de na horizontal

- Sublinhar aumentar ou colocar a negrito as palavras chave da instruccedilatildeo

- Utilizar apenas mateacuteria dada na sala

- Testes curtos e com seccedilotildees curtas

- Fornecer modelos de itens corretamente respondidos (dar exemplo)

- Colocar na mesma paacutegina um tipo semelhante de pergunta

- Evitar textos extensos

25

- Colocar poucas questotildees por paacutegina

- Numerar todas as paacuteginas e questotildees

- Organizar o teste para que as primeiras perguntas tenham mais cotaccedilatildeo

- Tipos de teste

- Respostas por escolha muacuteltipla

- Evitar muitas opccedilotildees

- Evitar opccedilotildees confusas (eg este ou aquele todas as anteriores)

- Circular a resposta certa (em vez de pedir coacutepia da resposta correta)

- Alinhar verticalmente as respostas

- Ser consistente na organizaccedilatildeo gramatical

- Evitar mais de dez questotildees com escolha muacuteltipla

- Se possiacutevel cotar o raciociacutenio mesmo que a resposta esteja incorreta

- Respostas por correspondecircncia

- Colocar todos os itens na mesma paacutegina

- Colocar espaccedilo extra entre os itens

- Utilizar pequenos grupos de itens

- Colocar os itens da coluna da direita por ordem alfabeacutetica (ajuda na localizaccedilatildeo)

- Colocar uma resposta fantasma (absurda) numa das colunas

- Dar um exemplo correto

- Colocar a coluna mais longa do lado esquerdo

- Respostas Verdadeiro ou Falso

- Utilizar ateacute 10 questotildees por teste

- Evitar pedir para transcrever a resposta correta ou falsa

- Colocar Verdadeiro e Falso no final de cada item e deixar o aluno circundar a

resposta correta

- Respostas para preencher e espaccedilos

- Evitar frases descontextualizadas (eg frases retiradas de textos)

- Deixar espaccedilos em branco proporcionais ao tamanho da resposta

- Fornecer a lista das palavras imediatamente a seguir agrave questatildeo

- Se uma palavra vai ser usada mais do que uma vez repeti-la na lista o nuacutemero

de vezes que for para usar

26

- Dividir o teste por seccedilotildees de 5 questotildees cada

- Respostas de desenvolvimento

- Dividir as perguntas de desenvolvimento em duas ou trecircs perguntas de resposta

mais curta

- Dar respostas curtas e o aluno poder circundar a resposta correta

- Descrever o que se espera dar recomendaccedilotildees e ajudar na organizaccedilatildeo

Outras sugestotildees

- Durante o teste o professor deve percorrer a sala para verificar se o aluno tem

alguma dificuldade e natildeo a verbaliza

- Consultar os alunos com PHDA durante o teste

- Atenccedilatildeo individualizada verificando as respostas no decorrer do teste

- Dar oportunidade se necessaacuterio de repetir o teste

- Deixar o aluno fazer o teste em outro ambiente

- Fazer o teste em dois dias

- Fazer intervalos durante o teste

- Utilizar reforccedilos positivos

- Evitar termos como ldquodespacha-terdquo ldquotanto tempordquo etc

- Treinar os vaacuterios tipos de perguntas e respostas

- Fornecer um guiatildeo de estudo

- Pedir ao aluno para rever todo o teste no final

(e) TreinoDesenvolvimento de competecircncias sociais

Na PHDA e no que diz respeito ao contexto escolar eacute importante estar atento e

trabalhar as questotildees relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem mas tambeacutem

com o estabelecimento de relaccedilotildees saudaacuteveis e positivas quer com os pares quer com os

adultos

27

Segundo Lopes et al (2011) as implicaccedilotildees nas relaccedilotildees com os pares estatildeo

diretamente relacionadas com a dificuldade que as crianccedilas com PHDA tecircm em esperar

pela sua vez e com o facto de falarem e entrarem em confronto com maior facilidade

Os alunos com esta perturbaccedilatildeo tendem a manifestar deacutefices nas competecircncias

sociais sendo vistos pelos pares como intrusivos e inoportunos levando agrave rejeiccedilatildeo

(Landau amp Moore cit por Lopes et al 2011) Satildeo assim alunos considerados pelos

seus colegas como intrometidos inapropriados com dificuldades na interaccedilatildeo social

sem respeito pelas regras impostas (mesmo que as conheccedilam) com respostas agressivas

perante situaccedilotildees problemaacuteticas e com deacutefices na autoregulaccedilatildeo do comportamento

Sabendo que as competecircncias sociais se regem pela reciprocidade social (Brophy

Good amp Brophy Doyle Everston amp Kounin cit por Lopes et al 2011) eacute importante

analisar e avaliar os comportamentos dos professoresadultos para tambeacutem se perceber a

sua implicaccedilatildeo eou influecircncia nos comportamentos dos alunos e desta forma entender

o que motiva os alunos a comportamentos adequados com alguns professores e

inadequados com outros

Fica assente a importacircncia que os comportamentos e atitudes dos professores

assumem perante alunos com PHDA cujos comportamentos satildeo inadequados em

contexto de sala de aula Haacute entatildeo que mobilizar estrateacutegias promotoras do

desenvolvimento de competecircncias sociais quanto ao autoconceito acadeacutemico agrave

autoestima e agrave inclusatildeo no grupoturma (Lopes2004 Du Paul amp Stoner 2007 Riefs

1998 Fernandes 2007)

- Procurar aacutereas em que o aluno se possa destacar

- Estabelecer uma relaccedilatildeo professor-aluno positiva (carinho compreensatildeo

respeito incentivo)

- Demonstrar interesse e participar ativamente na vida do aluno

- Promover a participaccedilatildeo ativa do aluno na aula

- Evitar linguagem de confronto e de provocaccedilatildeo

- Dar responsabilidade agrave crianccedila (eg distribuir cadernos ficar a tomar conta da

sala quando o professor se ausenta)

- Natildeo expor o aluno perante a turma (soacute o fazer quando a situaccedilatildeo eacute muito grave)

28

- Ignorar os comportamentos menos graves (falar depois individualmente com o

aluno sobre esses comportamentos)

- Dar reforccedilos positivos e elogios sempre que o aluno adota comportamentos

adequados

- Permitir a realizaccedilatildeo de trabalhos de pares e em grupo (deixam o aluno menos

ansioso e mais seguro e ajudam a turma a criar estrateacutegias de inclusatildeo)

- Adotar atitudes promotoras da autoestima do aluno (evitar os comentaacuterios

destrutivos em frente agrave turma roacutetulos e chamadas de atenccedilatildeo e criacuteticas devem ser

pela positiva e construtivos (as))

- Desenvolver programas de treino de competecircncias sociais

Se os professores conhecerem as caracteriacutesticas positivas e negativas dos seus

alunos com PHDA enquanto reconhecem as caracteriacutesticas positivas e as negativas vatildeo

aceitar e compreender melhor os seus alunos esforccedilando-se por adotar atitudes e accedilotildees

que vatildeo ao encontro das especificidades desses mesmos alunos

18 Importacircncia da formaccedilatildeo de professores como estrateacutegia de

intervenccedilatildeo terapecircutica (psicossocial) em PHDA

Para que a educaccedilatildeo inclusiva aconteccedila eacute fundamental que os professores tenham

acesso a informaccedilatildeo especiacutefica relativamente agrave diversidade de patologias encontradas

hoje nas escolas de ensino regular bem como tenham acesso ldquo a meacutetodos estrateacutegias e

teacutecnicas que lhes permitam uma accedilatildeo educativa inclusiva e simultaneamente promotora

do potencial acadeacutemico emocional e socialrdquo do aluno (Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp

Saragoccedila 2011 p 367)

Centrando o olhar no aluno com PHDA encontram-se especificidades

desenvolvimentais de conduta e de aprendizagem que obrigam ao delineamento de um

processo de inclusatildeo no grupo turma

Sabe-se hoje que a educaccedilatildeo inclusiva natildeo tem subjacente uma diminuiccedilatildeo de

expetativas face ao percurso escolar do aluno mas antes a funccedilatildeo de segundo Graacutecio

Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) responder adequadamente agraves suas necessidades

29

e promover o seu potencial Esta mudanccedila de paradigma escolar implica uma adaptaccedilatildeo

por parte do sistema de ensino e dos seus principais agentes (professores) exigindo o

decliacutenio de um ensino baseado na homogeneidade desenvolvimental

Segundo o ldquoWorld Report Disabilityrdquo (World Health Organization amp The World

Bank 2011) eacute fundamental face agrave diversidade educativa que os professores invistam e

melhorem as suas proacuteprias competecircncias para ensinarem crianccedilas com patologias

diversificadas que atualmente se encontram a frequentar escolas do ensino regular

Assim eacute tambeacutem fundamental promover oportunidades de encontro e partilha que sirvam

de suporte e apoio aos professores no sentido de estes dominarem e mobilizarem

abordagens de ensino-aprendizagem mais flexiacuteveis que permitam uma maior adequaccedilatildeo

e proximidade agraves necessidades dos alunos

O aumento do conhecimento dos professores eacute fundamental para as praacuteticas

escolares contribuindo tambeacutem para o desempenho acadeacutemico dos alunos com PHDA

A aquisiccedilatildeo de informaccedilatildeo especiacutefica pode contribuir para

- Melhorar a capacidade de anaacutelise das especificidades da crianccedila

- Permitir discussotildees mais objetivas das preocupaccedilotildees encontradas no

processo ensino-aprendizagem e descriccedilatildeo de comportamentos que os

preocupam nas crianccedilas contribuindo de forma ativa e adequada para a

obtenccedilatildeo de diagnoacutesticos precisos (Reis amp Camargo 2008)

- A melhor compreensatildeo dos diagnoacutesticos da informaccedilatildeo e da especificidade

do funcionamento de cada aluno (Simatildeo 2013)

- Uma participaccedilatildeo efetiva no processo de intervenccedilatildeo delineado e integraccedilatildeo

na rede de suporte constituiacuteda assumindo-se como agentes facilitadores de

aprendizagens (Correia 2010)

Um estudo realizado por Graacutecio Chaleta Cid Fialho amp Saragoccedila (2011) mostra

que uma percentagem muito significativa de professores (94 da amostra) refere sentir

necessidades de formaccedilatildeo relativa a aspetos associados agrave distraccedilatildeo das crianccedilas Cerca de

74 dos professores assume necessitar de saber mais para lidar com crianccedilas que revelam

dificuldades nos comportamentos de autocontrolo como o natildeo conseguir ficar parado

30

inquietude motora ou hiperatividade Logo o estilo de formaccedilatildeo que os professores deste

estudo referem como estando mais interessados cumpre os seguintes fatores

- Identificaccedilatildeo de crianccedilas com dificuldade na atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo

autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

- Construccedilatildeo desenvolvimento e uso de materiais educativos para crianccedilas

com dificuldades de aprendizagem

- Organizaccedilatildeo da liccedilatildeo e das atividades baseadas em praacuteticas inclusivas no

domiacutenio da atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo competecircncias sociais e

emocionais e realizaccedilatildeo de tarefas

- Avaliaccedilatildeo do progresso da crianccedila do jovem com dificuldades de

aprendizagem e das crianccedilas dos jovens com comportamentos desafiantes

- Promoccedilatildeo de relaccedilotildees positivas entre pares sobretudo no autocontrolo

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo ldquo (pp 375-376)

Em suma estes professores portugueses constituindo-se como uma amostragem

das necessidades sentidas na sua classe centram o seu interesse de formaccedilatildeo especiacutefica

no domiacutenio da educaccedilatildeo da atenccedilatildeo hiperatividade dificuldade de controlo emocional e

de impulso bem como da autoestima

Torna-se por isso pertinente o desenho de um programa de formaccedilatildeo para

professores em PHDA que seraacute descrito em seguida com base em diversos autores

Entende-se o programa de formaccedilatildeo como um contributo ajustado agraves reais necessidades

dos docentes promovendo a aquisiccedilatildeo de benefiacutecios em termos da adequaccedilatildeo de praacuteticas

educativas que permitam um melhor desenvolvimento e maiores progressos nas

aprendizagens dos alunos com PHDA integrados em escolas do ensino regular

181 Programa de Formaccedilatildeo de Professores em PHDA

Devido agrave necessidade de formaccedilatildeo em aacuterea especiacutefica referida anteriormente iraacute ser

apresentada em seguida uma proposta de programa de formaccedilatildeo de professores em

PHDA que pretende centrar-se nas experiecircncias dos professores a partir de dinacircmicas de

grupo divididas em sessotildees Deste modo exploram-se os conhecimentos dos professores

31

relacionando-os com as dinacircmicas de grupo baseadas em autores de referecircncia

devidamente citados ao longo das sessotildees e em sugestotildees da investigadora

Essas dinacircmicas de grupo dinamizadas por formador com competecircncias pedagoacutegicas

na aacuterea da PHDA (eg psicoacutelogo) contribuem para o desenvolvimento do plano praacutetico

dos docentes atraveacutes de estrateacutegias formativas que auxiliam no processo de

aprendizagem Essas dinacircmicas divididas em sessotildees possibilitam a mobilizaccedilatildeo de

processos coletivos de reflexatildeodiscussatildeo ampliam o conhecimento individual e coletivo

da classe docente e potenciam a transformaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo da informaccedilatildeo partilhada

182 Descriccedilatildeo das sessotildees

Sessatildeo 1 - ldquoO que jaacute faccedilo bem o que poderei fazer melhor e o que poderei fazer de novordquo

Tema Autoconhecimento do professor (pontos fortes e pontos a melhorar)

Objetivos

- Proceder agrave apresentaccedilatildeo do grupo de professores e formadores

- Recolher as expectativas face ao programa de formaccedilatildeo

- Identificar razotildees para procurarem integrar este programa de formaccedilatildeo

- Apresentar o organograma do programa de formaccedilatildeo

- Dinamizar a situaccedilatildeo de avaliaccedilatildeo inicial

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias dos professores e pontos de fragilidade que

consideram ser elementos importantes a melhorar

Dinacircmica 1 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting inicial

Objetivos da dinacircmica

- Avaliar os conhecimentos iniciais dos professores acerca da PHDA

32

Estrateacutegias

- Trabalho individual

Procedimentos da dinacircmica

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 7) onde consta um pequeno questionaacuterio que

pretende perceber os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

e um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e tambeacutem

mobilizariam na organizaccedilatildeo e no planeamento de um momento educativo (parte

de uma aula) sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de

PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

Dinacircmica 2 ndash Espelho meu espelho meu

Fonte Coelho amp Belo (2011)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Identificar caracteriacutesticas pessoais e competecircncias que valorizam enquanto

professores

- Hierarquizar por niacutevel de importacircncia as caracteriacutestica e competecircncias

identificadas em funccedilatildeo da integraccedilatildeo de crianccedilas com PHDA no seu grupo turma

33

- Refletir sobre caracteriacutesticas e competecircncias que consideram tornaacute-los

professores mais aptos e aquelas que procuram melhorar e desenvolver

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo de grupo

Procedimentos

- Eacute distribuiacutedo aos professores um exemplar (ver anexo 8) solicitando-lhes que

reflitam sobre outros professores que conhecem (natildeo tendo que fazer parte do

grupo com quem trabalham) e que consideram professores aptos de referecircncia

para si e para o desenvolvimento do seu trabalho enquanto professores

- Apoacutes essa reflexatildeo devem nomear 3 desses professores

- De seguida propor que construam uma lista de no total 10 caracteriacutesticas e

competecircncias que identificam nesses professores nomeados e que os fazem ser

vistos e considerados ldquoextraordinaacuteriosrdquo enquanto classe docente

- Transcrever para a folha entregue inicialmente (ver anexo 6) a listagem que

elaboraram identificando quais dessas satildeo tambeacutem caracteriacutesticas suas

- Posteriormente refletir e assinalar quais consideram as mais importantes para si

- ldquo (hellip) os princiacutepios pelos quais se rege satildeo as coisas mais importantes para si

aquelas de que seria mais difiacutecil abdicar Os que se mantecircm inalteraacuteveis por mais

voltas que a vida decircrdquo (Belo amp Coelho 2010)

- Refletir sobre aquelas que jaacute possuem na dimensatildeo desejada e que os tornam

tambeacutem professores aptos e quais as que pretendem melhorar tendo como

referecircncia a especificidade de inclusatildeo de alunos com PHDA no grupo turma

- Partilhar o resultado da reflexatildeo com o grande grupo

- O formador deveraacute neste momento da dinacircmica proceder agrave sistematizaccedilatildeo da

informaccedilatildeo partilhada organizando-a em dois grupos as potencialidades do grupo

de professores e as fragilidades e caracteriacutesticas a melhorar

34

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica para aleacutem de permitir a cada elemento do grupo um tempo de

autoreflexatildeo e de busca das suas potencialidades conferindo-lhes desta forma

um sentido de autoeficaacutecia e de autoaceitaccedilatildeo (Barbosa 1995) permite tambeacutem

a identificaccedilatildeo do outro sobretudo quando se trata de identificar fragilidades

(competecircncias a melhorar) desenvolvendo um sentido de pertenccedila (natildeo estou

sozinho neste desafio)

- Estar consciente das suas caracteriacutesticas potencialidades e fragilidades pode ser

facilitador na organizaccedilatildeo na dinacircmica desenvolvida e no seu trabalho de gestatildeo

pedagoacutegica e de comportamentos do grupo turma

- Aos formadores daacute-lhes a possibilidade de organizar a partilha de informaccedilatildeo

durante a formaccedilatildeo de forma a privilegiar e fazer uso das competecircncias que foram

inicialmente identificadas pelo grupo bem como criar oportunidades de reflexatildeo

sobre formas de desenvolver as que foram identificadas como mais fraacutegeis

Sessatildeo 2

Tema PHDA

Objetivos

- Potenciar oportunidades para aprofundar conhecimentos relacionados com o aluno com

PHDA

- Promover um espaccedilo de partilha e discussatildeo teoricamente sustentado necessaacuterio agrave

compreensatildeo do aluno com PHDA e especificidade do seu modo de interaccedilatildeo e inclusatildeo

no sistema de ensino

Dinacircmica 3 ndash ldquoDesenho cegordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

35

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo dos conceitos a explorar

Objetivos da dinacircmica

- Sensibilizar para a importacircncia que a forma de transmissatildeo e receccedilatildeo de

informaccedilatildeo bem como o entendimento dos conceitos assume num processo

eficaz de comunicaccedilatildeo

- Refletir sobre o papel da comunicaccedilatildeo no conhecimento da PHDA

Estrateacutegias

- Trabalho a pares

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organiza-se o grupo de professores em pares de forma aleatoacuteria

- Pede-se que se sentem formando um grande ciacuterculo e de costas viradas uns para

os outros de forma a que o elemento da frente de cada par natildeo consiga ver o detraacutes

e esse natildeo veja as matildeos do colega da frente

- A cada um dos elementos que se encontra atraacutes de cada par eacute entregue uma folha

com uma representaccedilatildeo graacutefica (ver anexo 9) e aos elementos da frente uma folha

em branco e uma caneta

- De seguida eacute pedido aos elementos que possuem o suporte com a representaccedilatildeo

graacutefica que partilhem informaccedilatildeo sobre essa representaccedilatildeo de forma a que o seu

par consiga produzir uma imagem o mais idecircntica possiacutevel

- O colega da frente que assume o papel de recetor da informaccedilatildeo natildeo pode fazer

qualquer tipo de comentaacuterio referente agrave informaccedilatildeo recebida nem questionar o

emissor

- No final de todos os pares terem terminado a tarefa o formador deve recolher

todas as produccedilotildees graacuteficas e afixaacute-las de forma a que sejam visiacuteveis a todos

36

- Em grupo importa refletir sobre o processo de comunicaccedilatildeo as estrateacutegias que

cada um utilizou para transmitir informaccedilatildeo os obstaacuteculos encontrados por

emissores e recetores comparar resultados finais com a matriz inicial e integrar

esta experiecircncia em questotildees associadas agrave temaacutetica da sessatildeo

Reflexatildeo

- A utilizaccedilatildeo desta dinacircmica permite ao formador ilustrar o ruiacutedo que muitas

vezes se instala nos canais de comunicaccedilatildeo estabelecidos entre os diferentes

intervenientes no processo educativo

- Permite ainda sensibilizar os professores para a importacircncia da clareza de

domiacutenio e entendimento dos conceitos envolvidos nesta perturbaccedilatildeo bem como

ilustrar as dificuldades que se assistem quando a informaccedilatildeo partilhada natildeo eacute

suficiente para que o recetor dessa informaccedilatildeo possa entender e construir o seu

proacuteprio quadro concetual que lhe permitiraacute atuar posteriormente de forma mais

adequada e proacutexima das reais especificidades desenvolvimentais e de

aprendizagem da crianccedila

Dinacircmica 4 ndash ldquoInventaacuterio de caracteriacutesticas de crianccedilas com PHDArdquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Perceber quais as caracteriacutesticas das crianccedilas com PHDA mais conhecidas no

grupo alvo e os mitos que poderatildeo estar presentes

- Utilizar o conhecimento preacutevio do professor e integrar a restante informaccedilatildeo

Estrateacutegias

37

- Trabalho individual

- Trabalho em pequeno grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se a cada professor a elaboraccedilatildeo de uma lista de caracteriacutesticas que

associam agrave crianccedila ao jovem com PHDA desta forma evita-se o efeito de

fixaccedilatildeo demasiado presente em estrateacutegias de brainstorming que contribui para

a diminuiccedilatildeo da eficaacutecia de construccedilatildeo de ideias e criatividade na informaccedilatildeo

apresentada (Kohn amp Smith 2010)

- Posteriormente os professores satildeo convidados a reunirem-se em pequenos

grupos por forma a partilharem as listas individuais e a reorganizarem-nas numa

nova lista de caracteriacutesticas que identificam e associam aos alunos com PHDA

- Apoacutes esta fase inicial do trabalho pede-se a cada grupo que apresente a sua lista

ao grande grupo

- As caracteriacutesticas apresentadas deveratildeo ser registadas pelos formadores em

suporte legiacutevel para todo o grupo

- Partindo dessa lista como forma de valorizaccedilatildeo do conhecimento que os

professores jaacute possuem relativamente a esta perturbaccedilatildeo deve-se iniciar a

integraccedilatildeo de informaccedilatildeo teoacuterica relativamente agrave especificidade da PHDA nas

seguintes unidades

ndash Criteacuterios de diagnoacutestico (a lista teraacute jaacute subjacente informaccedilatildeo

suficiente para a interpretaccedilatildeo e identificaccedilatildeo dos diferentes criteacuterios

de construccedilatildeo do diagnoacutestico de PHDA)

ndash Caracteriacutesticas e mitos (conduzir os professores a refletir sobre a

possibilidade de algumas das caracteriacutesticas identificadas na lista

conjunta serem mitos associados agrave crianccedila ao jovem com PHDA e

partilhar o enquadramento e compreensatildeo desses mitos)

38

ndash Prevalecircncia e comorbilidade (alertar para o facto de existirem

caracteriacutesticas enunciadas que poderatildeo tambeacutem pertencer a outros

quadros patoloacutegicos)

ndash Etiologia (desconstruir ideias preconcebidas relativamente agraves causas

da PHDA)

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica possibilita-se a criaccedilatildeo de um espaccedilo de partilha de

conhecimento permitindo a integraccedilatildeo de novas informaccedilotildees em referenciais jaacute

construiacutedos assim como a reorganizaccedilatildeo de informaccedilatildeo em diferentes unidades

de conteuacutedo

- O papel ativo do formador na procura de exemplos praacuteticos e vivenciais dos

professores a partir da lista construiacuteda tambeacutem se constitui como um fator

facilitador para a melhor compreensatildeo da crianccedila com PHDA pois ilustra os

conteuacutedos teoacutericos partilhados

Sessatildeo 3

Tema Ser criativo eacute urgente

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Fundamentaccedilatildeo Breve enquadramento da importacircncia de serem definidas estrateacutegias

especiacuteficas para lidar com as crianccedilas com PHDA em contexto escolar

Objetivos

- Refletir sobre a necessidade de diferenciar formas de atuaccedilatildeo pedagoacutegica e relacional

face agrave crianccedila ao jovem com PHDA

- Explorar diferentes estrateacutegias e tipologias de atividades estudadas como adequadas ao

funcionamento do aluno com PHDA

39

Dinacircmica 5 ndash ldquoOnde estaacute o ratordquo

Objetivos da dinacircmica

- Perceber a importacircncia da observaccedilatildeo e da diferenciaccedilatildeo de focos

- Explorar a ideia de alternacircncia de procedimentos para atingir os objetivos

definidos para cada aluno

Estrateacutegias

- Exploraccedilatildeo ativa do material

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- A cada professor seraacute distribuiacuteda uma folha ldquoOnde estaacute o ratordquo (ver anexo 10)

- Pede-se para observarem o desenho com atenccedilatildeo e descobrirem onde se encontra

o rato

- Apoacutes resposta dos professores deve-se refletir sobre o processo de descoberta

Encontraram o rato Se natildeo porquecirc Que fatores consideraram facilitadores na

pesquisa e quais os que dificultaram a tarefa Qual a finalidade deste desafio

Reflexatildeo

- Esta dinacircmica permite ao formador ilustrar os vaacuterios niacuteveis de intervenccedilatildeo que

estatildeo subjacentes agrave inclusatildeo da crianccedila do jovem com PHDA na turma e no seu

processo de aprendizagem (estrateacutegias de atuaccedilatildeo individual e direta indireta de

manipulaccedilatildeo de fatores contextuais organizaccedilatildeo de ambientes educativos e

intervenccedilatildeo grupal)

40

- Perceber que apesar do mesmo diagnoacutestico cada crianccedila eacute diferente entre si

contemplando caracteriacutesticas especiacuteficas que devem ser tidas em conta na

mobilizaccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo

Dinacircmica 6 ndash ldquoO que descubrordquo

Fonte Coelho amp Belo (2014)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo ndash professores

Objetivos da dinacircmica

- Construir uma oportunidade de identificaccedilatildeo ao outro

- Promover oportunidade de reforccedilo de relaccedilatildeo ao outro (aluno com PHDA) e de

reflexatildeo sobre a importacircncia de conhecer e compreender as caracteriacutesticas do

professor e do aluno (focos de conflito eou de entendimento)

- Sensibilizar para estrateacutegias promotoras do desenvolvimento de competecircncias

sociais (autoconceito acadeacutemico autoestima inclusatildeo no grupoturma) na crianccedila

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Pedir aos professores que reflitam e respondam agraves questotildees apresentadas ldquoQual

a minha caracteriacutestica positiva que revejo na crianccedilardquo e ldquoQue caracteriacutestica

minha da qual natildeo me orgulho revejo no alunordquo

- Integrar as reflexotildees individuais nos conteuacutedos teoacutericos a apresentar

nomeadamente na possibilidade dessas respostas poderem estar na base de

constituiccedilatildeo de um foco de conflito ou de aproximaccedilatildeo ao aluno

41

Reflexatildeo

- Com esta experiecircncia de reflexatildeo proposta ao grupo de professores cria-se um

ambiente facilitador de permeabilidade agrave aceitaccedilatildeo da diferenccedila e de possibilidade

de identificaccedilatildeo com a mesma O professor ao realizar o caminho de identificaccedilatildeo

de caracteriacutesticas partilhadas com os alunos estaraacute mais consciente da forma

como teraacute de atuar em termos de estabelecimento da relaccedilatildeo para que respeitando

a especificidade de ambos consiga criar uma relaccedilatildeo suficientemente segura que

lhe permita experimentar formas de atuaccedilatildeo social e do saber diversificadas e

cada vez mais adequadas ao desenvolvimento de ambos no processo de ensino

aprendizagem

Dinacircmica 7 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

Fonte Barbosa (1995)

Adaptaccedilatildeo livre em funccedilatildeo do grupo alvo e da unidade do programa a

desenvolver

Objetivos da dinacircmica

- Ilustrar os benefiacutecios inerentes a algumas estrateacutegias de intervenccedilatildeo

comportamental em sala de aula

Estrateacutegias

- Role-playing

- Trabalho em grupo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

42

- Solicita-se ao grupo de professores que se organizem em grupos de 3 ou 4

elementos de forma aleatoacuteria

- A cada grupo eacute pedido que um dos elementos se ausente por um periacuteodo de cerca

de 10 minutos solicitando que apoacutes esse tempo volte a integrar o grupo e a

discussatildeo que neste estaacute a decorrer

- Apoacutes a saiacuteda dos elementos os grupos teratildeo acesso a uma pequena descriccedilatildeo de

uma situaccedilatildeo para discussatildeo (ver anexo 11)

- Com cada grupo eacute ainda partilhada a seguinte informaccedilatildeo Grupo 1 ndash Natildeo pode

partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi dada anteriormente nem informar o novo

elemento dos aspetos jaacute abordados na discussatildeo Grupo 2 ndash Apenas pode

responder a questotildees que sejam colocadas pelo elemento que integrou o grupo

Grupo 3 ndash Deve partilhar a informaccedilatildeo que lhe foi facultada no iniacutecio da discussatildeo

bem como partilhar com o novo elemento os diferentes pontos jaacute abordados

durante o periacuteodo de discussatildeo (envolver o outro elemento)

- Apoacutes um periacuteodo de cerca de mais 10 minutos para integraccedilatildeo dos novos

elementos convidar os professores a refletir em pequenos grupos relativamente

agrave facilidadedificuldade que o elemento em situaccedilatildeo de time-out sentiu bem como

o sentimento dos elementos do grupo que o receberam a meio da discussatildeo

- Num uacuteltimo momento da dinacircmica solicitar a todos os grupos que partilhem as

suas reflexotildees tendo o formador o papel de integrar tais reflexotildees no quadro

adaptativo da estrateacutegia de time-out

Reflexatildeo

- Como em dinacircmicas anteriormente apresentadas esta por permitir a construccedilatildeo

de um espaccedilo vivencial de uma situaccedilatildeo similar agraves que acontecem com os alunos

em contexto de sala de aula constituir-se-aacute como facilitadora no entendimento e

na anaacutelise das especificidades inerentes agrave utilizaccedilatildeo adequada de estrateacutegias de

intervenccedilatildeo comportamental seja o time-out ou a importacircncia da participaccedilatildeo

ativa do aluno na aula

- Permitir que os professores ganhem consciecircncia de que o time-out se apresenta

como uma estrateacutegia de uacuteltima linha por ser extremamente restritiva

43

Sessatildeo 4

Tema Ser criativo eacute urgente (continuaccedilatildeo)

Intervenccedilatildeo Terapecircutica nas crianccedilas com PHDA ndash Intervenccedilatildeo Psicossocial

Dinacircmica 8 ndash ldquoA Torrerdquo

Fonte Kombo - Gestatildeo estrateacutegica de pessoas (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Exploraccedilatildeo de estrateacutegias de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo para atingir um objetivo

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Organizam-se os professores em pequenos grupos

- Eacute entregue a cada grupo o seguinte material reacutegua de 30 cm cartolina tesoura

e cola

- Com o material que lhes foi dado deveratildeo construir uma torre

- Metade dos grupos formados soacute poderatildeo construir a torre com tiras de cartolina

que natildeo ultrapassem o tamanho da reacutegua tanto nos 30 centiacutemetros quanto na

44

largura Esta torre deveraacute ser mais alta que 30 centiacutemetros e no final a reacutegua

deveraacute ser colocada horizontalmente sobre a torre

- A outra metade dos grupos tem o mesmo material disponiacutevel e a indicaccedilatildeo que

teraacute de construir uma torre sendo que no final a reacutegua deveraacute ser colocada

horizontalmente sobre a torre

- Apoacutes cada grupo concluir a sua tarefa deve dar-se um periacuteodo de reflexatildeo tendo

como ponto de partida algumas das seguintes questotildees Que sentimentos surgiram

durante a realizaccedilatildeo da tarefa Surgiu algum liacuteder Como conduziu o grupo

Quais foram as dificuldades encontradas E as estrateacutegias utilizadas para as

superar Que fatores foram identificados como auxiliadores para a concretizaccedilatildeo

da tarefa Como avaliam o trabalho do grupo

- Posteriormente deve existir uma reflexatildeo conjunta em grande grupo onde se

comparam os resultados finais conseguidos e os processos diferentes que foram

assumidos pelos grupos de forma a fazer-se a ponte para as questotildees da

diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica

Reflexatildeo

- Com esta dinacircmica o formador tem a oportunidade de assumir uma funccedilatildeo

integradora de vivecircncias pessoais no que pretende desenvolver em termos de

conteuacutedos chave no trabalho pedagoacutegico com a crianccedila eou o jovem com PHDA

que assenta na partilha de estrateacutegias claras de diferenciaccedilatildeo pedagoacutegica e natildeo em

estrateacutegias limitativas

Dinacircmica 8 ndash ldquoNatildeo parem os balotildeesrdquo

Fonte Aline Ulyssea ndash Universidade do Panamaacute (adaptaccedilatildeo livre)

Objetivos da dinacircmica

- Vivenciar as vantagens de trabalho cooperativo de modo a atingir um objetivo

45

- Sensibilizar para a importacircncia das redes de suporte na crianccedila eou no jovem

com PHDA

- Promover a reflexatildeo sobre o papel que cada um deve assumir e desenvolver nessa

rede bem como na definiccedilatildeo de estrateacutegias partilhadas

Estrateacutegias

- Jogo

- Reflexatildeo em grande grupo

Procedimentos

- Solicita-se aos professores que fiquem de peacute organizados em ciacuterculo

- A cada um deles seraacute entregue um balatildeo que devem encher imaginando que esse

balatildeo representa um desafio associado ao trabalho com alunos com PHDA

- Depois de todos terem enchido o balatildeo e atado pedir-lhes para que atirem os

balotildees para o ar e para o centro e que a partir desse momento natildeo os deixem mais

cair e tocar no chatildeo

- Ao fim de 1 ou 2 minutos de todos estarem em atividade o formador deve

comeccedilar a retirar elementos do ciacuterculo mas deixando o balatildeo permanecer

relembrando aos elementos que permanecem no ciacuterculo que os balotildees continuam

a natildeo poder tocar no chatildeo

- Este procedimento repete-se ateacute ao momento em que eacute observado pelos

elementos que foram saindo do ciacuterculo que com os balotildees restantes natildeo se

consegue manter a tarefa e haacute balotildees que tocam no chatildeo

- No final lanccedilar o periacuteodo de reflexatildeo partilhada Trabalharam em equipa O que

sentiram quando todos estavam a cooperar O que sentiram quando foram

perdendo elementos Houve definiccedilatildeo de estrateacutegias claras para obter sucesso na

tarefa As estrateacutegias foram redefinidas agrave medida que foram perdendo elementos

Haacute problemasdesafios que conseguiram resolver sozinhos

46

Reflexatildeo

- As reflexotildees partilhadas pelos grupos que experienciaram a dinacircmica permitiratildeo

ao formador introduzir de forma sustentada questotildees de intervenccedilatildeo na crianccedila

eou no jovem com PHDA tatildeo importantes como a constituiccedilatildeo de redes de

suporte a forma como se devem organizar e partilhar intervenccedilatildeo e

responsabilidades a perspetiva de quem lidera a intervenccedilatildeo a importacircncia da

partilha e a avaliaccedilatildeo constante de resultados face agrave intervenccedilatildeo desenhada para

cada uma das crianccedilas em intervenccedilatildeo direta

Dinacircmica 9 ndash ldquoDescobrir para Intervirrdquo - Setting final

Objetivos da dinacircmica

- Perceber os conhecimentos adquiridos pelos professores no momento final da

formaccedilatildeo

Estrateacutegias

- Trabalho individual

- Reflexatildeo em grupo

Procedimentos

- Convidar os professores a participarem num pequeno momento de reflexatildeo sobre

aspetos inerentes agrave PHDA

- Distribuir o material (ver anexo 6) onde consta a) um pequeno inqueacuterito que

pretende avaliar os conhecimentos iniciais do grupo de professores face agrave PHDA

b) um segundo ponto que corresponde ao desafio de inventariarem os diferentes

criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo que teriam em atenccedilatildeo e mobilizariam na

47

organizaccedilatildeo e planeamento de um momento educativo (parte de uma aula)

sabendo que tecircm integrado na turma um aluno com diagnoacutestico de PHDA

- Explicar aos professores que este levantamento de informaccedilatildeo eacute de extrema

importacircncia para os formadores no sentido de lhes permitir a adequaccedilatildeo de

informaccedilatildeo a ser partilhada

- Promover um momento de partilha e reflexatildeo conjunta relativamente agrave

informaccedilatildeo partilhada no iniacutecio e no final da formaccedilatildeo

183 Siacutentese geral

A proposta de formaccedilatildeo acima descrita para aplicaccedilatildeo em tempo real com

professores que se proponham agrave inscriccedilatildeo surge porque uma grande amostra da classe

docente ndash como referido anteriormente com base no estudo de Graacutecio Chaleta Cid

Fialho amp Saragoccedila (2011) ndash demonstra a necessidade de formaccedilatildeo na aacuterea da atenccedilatildeo

dos alunos enquanto complemento para intervenccedilatildeo direta com os mesmos Segundo

Selikowitz (2009) atualmente haacute uma noccedilatildeo mais oacutebvia acerca dessa problemaacutetica sendo

que os professores jaacute recebem formaccedilatildeo acadeacutemica nos seus estaacutegios profissionais No

entanto parece natildeo ser suficiente para aplicaccedilatildeo em contexto de sala de aula Deste modo

os professores participando de uma formaccedilatildeo com atividades semelhantes agraves propostas

no programa acima delineado melhorariam as suas teacutecnicas pedagoacutegicas

complementadas com informaccedilatildeo e identificaccedilatildeo de carateriacutesticas de diagnoacutestico de

PHDA

48

2 ESTUDO EMPIacuteRICO METODOLOGIA E ESTRATEacuteGIAS DE

INVESTIGACcedilAtildeO

21 Introduccedilatildeo

O objetivo do estudo decorre da necessidade jaacute referenciada no capiacutetulo anterior

de melhor conhecer as carateriacutesticas causas e formas de intervenccedilatildeo na PHDA Sendo

assim surgiu a partir da revisatildeo da literatura uma proposta de possiacutevel formaccedilatildeo de

professores enquanto estrateacutegia terapecircutica na aacuterea da PHDA

Este estudo combina a investigaccedilatildeo qualitativa com a quantitativa ndash teacutecnica mista

ndash e numa posterior triangulaccedilatildeo de dados que segundo Coutinho (2011) eacute uma forma de

conseguir uma anaacutelise de maior alcance e riqueza Havendo diferenccedilas as mesmas podem

ser usadas como forma de tentar encontrar uma explicaccedilatildeo vaacutelida

De acordo com Bogdan amp Biklen (2013) a investigaccedilatildeo qualitativa apresenta

cinco carateriacutesticas 1) o ambiente natural ndash fonte direta de dados ndash que constitui o

investigador enquanto instrumento principal 2) a descriccedilatildeo dos dados por se

apresentarem sob forma de palavras 3) a importacircncia que o investigador entrega aos

resultados 4) a tendecircncia do investigador analisar os dados de forma indutiva e contiacutenua

5) a importacircncia do significado na abordagem qualitativa No entanto natildeo satildeo todos os

estudos a utilizar as cinco carateriacutesticas acima referidas (Bogdan amp Biklen 2013) Assim

atraveacutes do objeto de investigaccedilatildeo explicar a situaccedilatildeo da questatildeo de partida Acrescentam

que o investigador qualitativo faz desenvolver um sistema de codificaccedilatildeo de modo a

organizar os dados obtidos Para isso eacute necessaacuterio criar categorias de codificaccedilatildeo atraveacutes

de procura de dados da sua regularidade e dos seus padrotildees e toacutepicos Estes dados

permitem a clarificaccedilatildeo dos dados descritivos da investigaccedilatildeo Neste estudo a questatildeo de

investigaccedilatildeo daacute origem a uma categoria especiacutefica ndash pensamentos dos sujeitos sobre

pessoas eou objetos ou seja o alvo de classificaccedilatildeo foram os professores e os alunos

com PHDA

22 Desenho do estudo

As etapas do procedimento iniciam-se com

49

- A pergunta de partida (de investigaccedilatildeo) atraveacutes da anaacutelise e definiccedilatildeo dos

conceitos pretendidos e dos toacutepicos necessaacuterios agrave iniciaccedilatildeo da exploraccedilatildeo Para isso

fazem-se leituras exploratoacuterias sobre a temaacutetica e definem-se os toacutepicos de relevacircncia

suprema para a investigaccedilatildeo avanccedilar

- Depois surge o planeamento da observaccedilatildeo exploratoacuteria em funccedilatildeo dos toacutepicos

devidamente definidos (inventaacuterios por questionaacuterio observaccedilatildeo e seus registos em

fotografia e em viacutedeo e tambeacutem conversas informais de opiniatildeo) e a construccedilatildeo do

modelo de anaacutelise (a quem a quantos onde como etc)

- Prossegue-se para a anaacutelise do problema de investigaccedilatildeo dimensionando o

problema incorporando com a nova informaccedilatildeo teoacuterica e empiacuterica A pesquisa

documental eacute relevante para complementar os dados obtidos com a investigaccedilatildeo no

terreno

23 Participantes

Os participantes deste estudo satildeo 26 professores e 5 alunos do 3ordm ciclo do ensino

baacutesico e secundaacuterio de uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Em todo o estudo haveraacute a prevalecircncia de um aluno com 12 anos do sexo

masculino Podia considerar-se um estudo de caso dada a afluecircncia de informaccedilatildeo do

aluno referido e por ter sido escolhido para observaccedilatildeo e filmagem poreacutem natildeo era esse

o objetivo Os outros 4 alunos apenas contribuiacuteram atraveacutes dos instrumentos de avaliaccedilatildeo

entregues por um dos elementos da equipa multidisciplinar (psicoacuteloga) que pediu que

zelasse pelas informaccedilotildees que neles consistissem

As idades dos participantes que responderam aos inventaacuterios por questionaacuterio

estatildeo entre os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

Os participantes inicialmente seriam um grupo de 70 pessoas (46 do sexo feminino

e 24 do sexo masculino) embora tenham sido recebidos apenas 26 inventaacuterios por

questionaacuterio

50

24 Instrumentos e procedimentos de recolha de dados

No presente estudo realizou-se a recolha de dados utilizando a combinaccedilatildeo de

vaacuterios instrumentos o questionaacuterio a observaccedilatildeo naturalista (fotografia e viacutedeo)

decorrente dos resultados e tambeacutem as conversas informais Utilizaram-se estes

instrumentos para complemento na recolha de informaccedilatildeo e enriquecimento do estudo

em causa

Primeiro foi realizado neste estudo o estabelecimento de contacto com a escola

escolhida para recolha de dados Este contacto foi de faacutecil acesso

Em seguida procedeu-se agrave realizaccedilatildeo de um inqueacuterito por questionaacuterio ndash teacutecnica

de observaccedilatildeo natildeo participante apoiada em questotildees com o objetivo de obter

informaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica abordada ndash a alguns dos professores dessa

escola que foram aplicados posteriormente com o propoacutesito de conhecer as praacuteticas

educativas desses professores mediante presenccedila de alunos com PHDA em contexto de

sala de aula

Apoacutes receccedilatildeo dos questionaacuterios que foram entregues em suporte de papel tratou-

se dos dados dos questionaacuterios sob a forma de graacuteficos com as respetivas percentagens e

anaacutelise textual referente a cada um deles

Nos questionaacuterios aos professores codificaram-se os mesmos sendo os

respondentes designados da seguinte forma P1 ndash P26

Apoacutes esse processo percecionou-se a necessidade de mais instrumentos que

completassem e adicionassem maior informaccedilatildeo Por isso elaborou-se uma autorizaccedilatildeo

para o encarregado de educaccedilatildeo de um aluno com PHDA na qual pedia-se o seu

consentimento para observar fotografar e filmar o aluno em contexto de sala de aula

Codificou-se o observado atraveacutes de SS

Aleacutem disso os outros instrumentos tornaram-se informaccedilatildeo adicional de grande

importacircncia Essas conversas foram codificadas em P1 e P2

Aquando da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios e feita a observaccedilatildeo garantiu-se a

confidencialidade e o anonimato dos respondentes sendo os dados utilizados apenas para

tratamento

241 Inqueacuteritos por Questionaacuterio

51

Os questionaacuterios (ver anexo 12) elaborados pela investigadora tecircm por objetivo

conhecer as medidas utilizadas pelos professores com alunos com PHDA em contexto

de sala de aula pressupondo conseguir obter mais informaccedilotildees acerca do assunto Foi de

administraccedilatildeo direta visto que o preenchimento foi realizado pelos proacuteprios professores

facultando assim as suas informaccedilotildees baseadas em criteacuterios de intervenccedilatildeo do seu dia a

dia Em formato digital teria o benefiacutecio de ser virtual poreacutem natildeo teria tantas respostas

face agrave sua entrega pois em matildeos houve sempre uma conversa e explicaccedilatildeo informais

de modo a explicar e explicitar determinados aspetos fulcrais do questionaacuterio

Foram entregues 70 questionaacuterios poreacutem apenas 26 responderam (e entregaram)

os mesmos

Como resultado da aplicaccedilatildeo dos questionaacuterios aos professores realizou-se a

anaacutelise dos mesmos sendo possiacutevel obter alguns elementos relevantes

O grupo de professores eacute constituiacutedo por 26 respondentes (1 com 23 anos 1 com

34 anos 2 com 35 anos 3 com 36 anos 2 com 37 anos 6 com 40 anos 2 com 41 anos 1

com 42 anos 1 com 43 anos 1 com 45 anos 1 com 46 anos 1 com 48 anos 1 com 49

anos 1 com 52 anos 1 com 57 anos e 1 sem colocar a idade) ndash rondando as idades entre

os 23 e os 57 anos sendo 5 do sexo masculino e 21 do sexo feminino

25 Caracterizaccedilatildeo dos participantes

Geacutenero (ver anexo 17)

No graacutefico que se segue verifica-se que o sexo feminino foi o maior respondente

aos questionaacuterios (81) tendo aderido e respondido 19 de elementos do sexo

masculino No entanto este resultado seria previsiacutevel pois foram entregues 46

questionaacuterios ao sexo feminino e 24 ao sexo masculino

Idade (ver anexo 17)

Dos 26 questionaacuterios recebidos a prevalecircncia assoberbada foi dos professores

com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (54) Os professores com idades

entre os 30 e os 39 compreendem 31 da populaccedilatildeo alvo A classe docente com mais de

52

50 anos corresponde a 7 dos respondentes 4 tem apenas entre 20 e 29 anos e outros

4 natildeo colocou a idade

26 Anaacutelise dos resultados do inqueacuterito por questionaacuterio

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

(ver anexo 18)

Segundo os questionaacuterios os resultados estatildeo muito proacuteximos quanto agrave presenccedila de

alunos com PHDA nas salas de aula dos professores respondentes No entanto a maioria

natildeo tem alunos com PHDA (54)

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades (ver anexo 18)

Os professores respondentes tecircm claramente maior dificuldade em gerir a

concentraccedilatildeo e o comportamento dos alunos com PHDA (58) poreacutem haacute outros fatores

tais como arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar a distraccedilatildeo (17) e a presenccedila de

subestima inferioridade tristeza desconfianccedila ansiedade e descrenccedila nesses alunos

(8) Uma reduzida percentagem de professores natildeo justificou as suas dificuldades

(17)

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA (ver anexo 18)

Apesar da maioria dos professores respondentes natildeo ter alunos com PHDA inseridos nas

suas salas de aula o facto eacute que 54 possui conhecimentos acerca da problemaacutetica

envolvida em todo o estudo PHDA Os outros 46 refere natildeo ter conhecimentos na aacuterea

21 Se sim quais (ver anexo 18)

Dos professores respondentes que referiram os seus conhecimentos na PHDA 50

domina as carateriacutesticas gerais dos alunos (concentraccedilatildeo execuccedilatildeo de tarefas etc) e

atitudes a tomar Quanto aos conhecimentos gerais adquiridos atraveacutes de por exemplo

53

documentaacuterios foram 15 a afirmaacute-lo Cerca de 14 dos professores tem conhecimento

dos criteacuterios de diagnoacutestico e de intervenccedilatildeo Cerca de 7 natildeo evidencia quaisquer

conhecimentos outros 7 evidencia algunspoucos conhecimentos E outros 7 natildeo

considera que a falta de empenho ou o comportamento seja resultado da educaccedilatildeo

parental

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais (ver

anexo 18)

Uma grande maioria dos professores respondentes (73) referiu que identifica alunos

com PHDA Os restantes 27 natildeo identificam a problemaacutetica

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique (ver anexo 18)

Os resultados desta questatildeo presente no questionaacuterio foram muito semelhantes

sendo que 29 tem dificuldade em assimilar a identificaccedilatildeo de alunos com PHDA outros

29 natildeo tecircm conhecimentos logo natildeo o conseguem fazer 28 da populaccedilatildeo alvo natildeo

tem formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA e 14 refere que o facto de haver a possibilidade de

outras problemaacuteticas associadas poderaacute influenciar a identificaccedilatildeo desses alunos

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas

suas praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula (ver anexo 18)

De salientar que 58 dos respondentes respondeu que constroacutei materiais para os seus

alunos serem incluiacutedos em sala de aula O oposto tambeacutem se verificou com 38 das

respostas Sem resposta 4

41 Se natildeo por que natildeo o faz (ver anexo 18)

Os valores satildeo muito proacuteximos rondando os 10 e os 20 natildeo terem oportunidade

para construccedilatildeo de tais instrumentos natildeo ter alunos com PHDA nas suas turmas natildeo

54

sentir necessidade de diferenciar os materiais natildeo ter conhecimento de estrateacutegias

sobrecarga de horaacuterio escolar e sem resposta

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos

alunos com PHDA (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (54) referiu que organiza o plano de aula de acordo

com as dificuldades de tais alunos Haacute professores a natildeo organizar o plano de aula (42)

e apenas 4 que natildeo responde agrave questatildeo

51 Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos (ver anexo 18)

A grande maioria dos respondentes (46) refere natildeo ter alunos com PHDA Dos

professores que tentam ultrapassar essas dificuldades com os seus alunos 36 faz gestatildeo

individual da situaccedilatildeonecessidade do (s) aluno (s) Os professores solicitam que esses

alunos participem afincadamente nas tarefas (9) Os restantes 9 elabora um plano

geral sem diferenciaccedilotildees para alunos com PHDA

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA juntos dos

intervenientes no processo educativo do aluno (ver anexo 18)

Uma parte significativa dos respondentes refere que avalia o progresso dos alunos

com PHDA (58) no entanto 31 natildeo o faz Sem resposta foram os restantes 11

61 Se sim quais (ver anexo 18)

O diretor de turma eacute o interveniente de maior procura com 25 Segue-se com 17

o professor de educaccedilatildeo especial Depois com 13 o conselho de turma e outros 13

com o encarregado de educaccedilatildeo Com 8 apelam ao SPO Os outros 8 natildeo tecircm

resposta 4 com o professor de Educaccedilatildeo Moral Religiosa e Catoacutelica (EMRC) 4 pede

auxiacutelio apenas quando os alunos jaacute tecircm diagnoacutestico de PHDA outros 4 quando satildeo

acompanhados pelo SPO e ainda outros 4 que apenas procuram ajuda para gestatildeo do

comportamento dos alunos com PHDA

55

611 Maioritariamente quem (ver anexo 18)

Confirma-se como no graacutefico anterior que o diretor de turma eacute o interveniente de

maior procura (40) seguido do psicoacutelogo (27) do encarregado de educaccedilatildeo (17)

do professor de educaccedilatildeo especial (10) do professor de EMRC (3) Sem resposta

3 Apesar da prevalecircncia do diretor de turma o facto eacute que cada um dos elementos da

equipa exerce o seu papel ao proporcionar a melhor educaccedilatildeo possiacutevel agrave crianccedila

(Selikowitz 2009)

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes (58) refere que os professores devem envolver-se nas

tarefasatividades dos alunos com PHDA 23 natildeo tem opiniatildeo formada e os restantes

19 natildeo consideram esse o seu papel educativo

Se sim justifique (ver anexo 18)

Cerca de 34 dos professores respondentes consideram que devem participar no

processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do aluno com PHDA enquanto interveniente

ativo no processo de aprendizagem Outros 33 sugerem maior apoio Apesar dessa

participaccedilatildeo 7 considera que a intervenccedilatildeo sistemaacutetica deve ser parte essencial do SPO

A rentabilizaccedilatildeo do aproveitamento cumpre 13 Os restantes 13 natildeo deram resposta

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

(ver anexo 18)

Confirmando os dados anteriores a percentagem eacute superior quanto agrave importacircncia da

formaccedilatildeo de professores na aacuterea da PHDA (80) Apenas 20 natildeo considera necessaacuteria

formaccedilatildeo especializada

71 Se natildeo porquecirc (ver anexo 18)

56

Dos anteriores 20 que mencionam a natildeo formaccedilatildeo 50 justifica com a razatildeo de

ausecircncia de formaccedilatildeo na regiatildeo Os outros 50 considera que existe equipa especializada

para intervir com alunos com PHDA

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar (ver anexo 18)

A maioria dos respondentes natildeo fez quaisquer consideraccedilotildeessugestotildees para a

praacutetica de formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA para melhoria das teacutecnicas de ensino com esses

alunos o que parece indicar que os professores natildeo tecircm conhecimento sobre a PHDA

natildeo tendo informaccedilotildees suficientes para sugerir nos questionaacuterios Essa ausecircncia de

resposta natildeo implica desinteresse ateacute porque ldquomuitos deles querem obter informaccedilatildeo

acerca dela (PHDA) quando datildeo conta que tecircm um aluno com esta perturbaccedilatildeordquo

(Selikowitz 2009)

Um dos respondentes (4) refere assim como Selikowitz (2009) que muitos

departamentos de ensino lanccedilam (deviam lanccedilar) brochuras com orientaccedilotildees e informaccedilatildeo

sobre PHDA para professores

27 A Observaccedilatildeo

Apoacutes os resultados dos inqueacuteritos por questionaacuterio sentiu-se a necessidade de

partir para a observaccedilatildeo naturalista com o objetivo de complementar as informaccedilotildees

obtidas A partir dos objetivos do estudo e do problema inicial selecionaram-se as

unidades de anaacutelise e de observaccedilatildeo e tambeacutem os toacutepicos de exploraccedilatildeo e organizaccedilatildeo

de informaccedilatildeo descritiva Depois elaborou-se uma ficha de autorizaccedilatildeo para o

encarregado de educaccedilatildeo do aluno escolhido para a observaccedilatildeo referida (ver anexo 13)

No entanto foram feitas apenas as seguintes observaccedilotildees (ver anexo 14) uma observaccedilatildeo

em contexto de situaccedilatildeo de sala de aula teoacuterica com registo fotograacutefico outra em aula

praacutetica (Educaccedilatildeo Fiacutesica) (gravaccedilatildeo de viacutedeo) e por fim no recreio (uma situaccedilatildeo nesse

contexto) (registo fotograacutefico) Foi escolhido apenas um aluno com PHDA tendo em

conta os testemunhos dos teacutecnicos que trabalham diretamente com o aluno Conotaram

maior particularidade a esse aluno e aos resultados que dele suscitariam Modificou-se

entatildeo a trajetoacuteria social e teacutecnica tendo-se alargado os elementos de estudo para

completamento do mesmo

57

A observaccedilatildeo permitiu tambeacutem identificar as maiores dificuldades dos proacuteprios

alunos com PHDA em contexto escolar Exemplo disso eacute a ficha que o aluno observado

estava a realizar com a colega em contexto de sala de aula que demonstrou alguma

desatenccedilatildeo (ver anexo 15)

Sendo assim a observaccedilatildeo conseguiu consolidar e acentuar os resultados

demonstrando-se pertinente face aos dados jaacute existentes Permitiu percecionar-se a

dificuldade que de facto os professores tecircm em lecionar uma turma na qual esteja (m)

inserido (s) aluno (s) com PHDA pois o (s) mesmo (s) exige (m) maior atenccedilatildeo sobre a

sua desatenccedilatildeo

28 Outros instrumentos

Aleacutem dos instrumentos de maior dimensatildeo fez-se pesquisa documental de 5

alunos e utilizaram-se instrumentos complementares atraveacutes de fichas de elementos

fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno (ver anexo 16) De acordo com

os 5 alunos participantes sugeridos por um dos elementos da equipa multidisciplinar (eg

psicoacuteloga) os professores contrastam opiniotildees semelhantes como refere a anaacutelise de

conteuacutedo (ver anexo 17) Segundo P1 os alunos em geral tecircm dificuldade em controlar

o comportamento incapacidade em focar a atenccedilatildeo e reter a informaccedilatildeo Aleacutem disso tecircm

desadequaccedilatildeo de conduta e de inibiccedilatildeo da atenccedilatildeo e da concentraccedilatildeo No entanto refere

que as mesmas podem ser desenvolvidas com trabalho Alguns alunos tecircm tiques Outros

por terem pertubaccedilotildees especiacuteficas de aprendizagem (PEA) podem agravar os sintomas

anteriores Outro aspeto relevante eacute a incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo A

medicaccedilatildeo pode influenciar as melhorias comportamentais dos alunos poreacutem alguns

continuam inquietos e impulsivos Quanto P2 o mesmo menciona a dificuldade no

controlo dos impulsos podendo demonstrar atos agressivos sem maldade Refere um

dos alunos com PHDA como ldquomeigo e atenciosordquo no entanto egoiacutesta preferindo os

trabalhos individuais Partilha da mesma opiniatildeo de P1 quanto aos tiques

29 Limitaccedilotildees

De acordo com as limitaccedilotildees do estudo eacute de esperar que se refira primeiramente

a pouca adesatildeo dos professores na entrega dos questionaacuterios devidamente preenchidos

58

isto eacute embora se tenha procedido agrave entrega de 70 questionaacuterios apenas foram devolvidos

26 Dos 26 referidos alguns professores natildeo responderam a questotildees de elevada

importacircncia e uma grande maioria natildeo apresentou sugestotildees para eventuais estrateacutegias

com alunos com PHDA deixando portanto espaccedilos em branco

Aleacutem disso as observaccedilotildees dado o escasso tempo de investigaccedilatildeo natildeo

permitiram que a investigadora as realizasse a mais do que um aluno e de modo

sistemaacutetico em mais do que um contexto

210 Siacutentese final

Toda a investigaccedilatildeo pretende desenvolver de modo a implementar futuramente

a filosofia inclusiva atraveacutes de formaccedilatildeo especializada para intervenccedilatildeo adequada com

alunos com PHDA (e com alunos NEE em geral) A formaccedilatildeo NEE em outros paiacuteses eacute

de significativa preocupaccedilatildeo ao contraacuterio de em Portugal pois o Decreto-Lei revigorou

o Artigo 15ordm Ponto 2 do Decreto-Lei nordm 34489 de 11 de Outubro que determinava que

os cursos regulares de formaccedilatildeo de educadores de infacircncia e de professores do ensino

baacutesico e secundaacuterio devem incluir preparaccedilatildeo inicial no campo da educaccedilatildeo especial

(Correia 2013) O estudo efetuado trouxe a perceccedilatildeo real de necessidade de preparaccedilatildeo

dos agentes educativos neste caso os professores para adquirirem aptidotildees de

identificaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na PHDA Por isso torna-se relevante que as instituiccedilotildees de

ensino superior insiram unidades curriculares com planos de estudo referentes agraves NEE

Caso essa situaccedilatildeo natildeo surja a instituiccedilatildeo onde o docente exerce funccedilotildees deve segundo

Correia (citado por Correia et al 1997 p 162) desenvolver formaccedilotildees de meacutedia duraccedilatildeo

jornadas de trabalho mesas-redondas ciclos de conferecircncias coloacutequios simpoacutesios

congressos e seminaacuterios

59

CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES

O estudo apresentado visou identificar os conhecimentos e as estrateacutegias dos

professores de alunos com PHDA em contexto de sala de aula Para tal selecionou-se

uma escola secundaacuteria da Regiatildeo Autoacutenoma dos Accedilores

Nesta escola procedeu-se agrave recolha de dados e opiniotildees a partir dos questionaacuterios

aos professores e da observaccedilatildeo filmagem e fotografia a um aluno com PHDA conversas

informais a teacutecnicos e acesso a instrumentos de avaliaccedilatildeo a alguns alunos com PHDA

Os meacutetodos de recolha de dados aplicados aos grupos de participantes pretenderam

verificar o devido ponto de vista em relaccedilatildeo ao assunto em anaacutelise

No que se refere ao objetivo foi possiacutevel identificar elementos que conferem

credibilidade ao estudo com os inventaacuterios por questionaacuterio e na perspetiva da

observaccedilatildeo naturalista que visa explicar o porquecirc e o para quecirc atraveacutes do como (Estrela

2008)

Constatou-se deste modo a necessidade de maior recetividade dos professores

de menor defesaresistecircncia por parte dos mesmos em aplicar as medidas do PEI ndash

fundamentais para o sucesso escolar desses alunos sendo que quando natildeo beneficiam

dessas medidas o insucesso escolar e desmotivaccedilatildeo acrescem ndash e da maior

disponibilidade e cooperaccedilatildeo entre a equipa multidisciplinar Haacute que perceber portanto

o quatildeo beneacutefico eacute o trabalho em cooperaccedilatildeo entre teacutecnicos e professores com o objetivo

de melhor encontrar as estrateacutegias para utilizaccedilatildeo com os alunos com PHDA Eacute de

salientar a sensibilidade da investigadora para a aacuterea da Educaccedilatildeo Especial pois a mesma

tem formaccedilatildeo na aacuterea

No entanto e apesar da grande parte haacute professores interessados em aprender e

aplicar as estrateacutegias que surgem no seu contexto educativo para acompanhar e assim

compreender e intervir com esses alunos como referem os resultados obtidos atraveacutes da

investigaccedilatildeo

Deixam-se algumas recomendaccedilotildees 1) Os professores deveratildeo proceder agrave sua

incriccedilatildeo em formaccedilotildees relacionadas com a temaacutetica da PHDA aderindo agraves mesmas de

modo a aplicar as estrateacutegias corretas na praacutetica escolar 2) Haacute ainda para praacutetica dessas

estrateacutegias a necessidade de elaboraccedilatildeo de materiais adequados como os sugeridos no

60

presente trabalho 3) A escola utilizada para o estudo deveraacute promover accedilotildees de

formaccedilatildeo na aacuterea destinadas aos intervenientes com alunos com PHDA 4) Quanto aos

recursos humanos satildeo necessaacuterias mais turmas e mais professores sendo que muitas

vezes haacute turmas com mais do que um (ou mais) aluno (s) por turma o que natildeo auxilia

nas praacuteticas e no desenvolvimento das mesmas

Sugere-se que num proacuteximo estudo relacionado com a temaacutetica se utilizem mais

escolas como referecircncia e alunos para a observaccedilatildeo sistemaacutetica Pois atraveacutes dos dados

conseguidos natildeo eacute possiacutevel fazer generalizaccedilotildees pensando sempre nas exceccedilotildees ndash de

escola para escola de aluno para aluno de meacutetodo para meacutetodo

Relacionados com a temaacutetica eacute possiacutevel desenvolver-se artigos cientiacuteficos na aacuterea

da PHDA enquanto ferramenta de trabalho rotineiro para os professores Propotildee-se que

se apresente o projeto da presente dissertaccedilatildeo pelas escolas da Regiatildeo Autoacutenoma dos

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61

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Simatildeo S A (2013) Os conhecimentos perceccedilotildees e estrateacutegias dos docentes dos

1ordm e 3ordm ciclos do ensino baacutesico face agrave PHDA (Dissertaccedilatildeo de Mestrado natildeo

publicada) Viseu Universidade Catoacutelica Portuguesa

Simotildees M R (2002) Utilizaccedilotildees da WISC-III na Avaliaccedilatildeo Neuropsicoloacutegica de

Crianccedilas e Adolescentes Portugal Universidade de Coimbra

Vasquez I (1997) Hiperactividade Avaliaccedilatildeo e Tratamento Necessidades

Educativas Especiais (p 159-184) Lisboa Dinalivro

Ulyssea A (Data desconhecida) Dinacircmicas de Grupo Consultado em Junho 12

2016 httpwwwrhportalcombrartigos-rhdinmicas-de-grupo

World Health Organization amp The World Bank (2011) World report on disability

Malta World Health Organization

65

ANEXOS

66

Anexo 1 ndash Exemplos de contratos de comportamento

67

Exemplo de contrato com aluno com PHDA

Retirado de Correia 2013 p 181

68

Retirado de Beane (2006)

69

Anexo 2 ndash Exemplo de contratos de etiquetas

70

CONTRATO DE ETIQUETAS

Recebes uma etiqueta cada vez

que___________________________________________________

No entanto se te comportares

mal em seguida

__________________________________________

Quando conseguires ________________ etiquetas na tua carta podes

Adaptado de Parker 1994 p 121

71

Anexo 3 ndash Fichas de sinalizaccedilatildeo

72

FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

I - PEDIDO DE AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Tel

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Tel

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Ens Secundaacuterio Ano Turma

73

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Aspectos relevantes da histoacuteria escolar

Nuacutemero de retenccedilotildees Anos de escolaridade em que ocorreram

Foi elaborado Plano Individual (PI) Sim Natildeo

Beneficiou do Regime de Apoio Educativo Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar modalidades de apoio aplicadas

Beneficiou do Regime Educativo Especial Sim Natildeo

Se assinalou sim indicar respostas educativas aplicadas

Estrateacutegias pedagoacutegicas jaacute implementadas para minimizar as dificuldades apresentadas

Na sala de aula Sim Natildeo

Se assinalou sim indique quais

Flexibilizaccedilatildeo de curriacuteculo Sim Natildeo

Se assinalou sim indique em que aacutereasdisciplinas

Planificaccedilotildees e ensino individualizado Sim Natildeo

Se assinalou sim indique qual

Outros

74

2 MOTIVO DO PEDIDO DE SINALIZACcedilAtildeO

Suspeita de alteraccedilotildees de caraacutecter permanente nos seguintes domiacutenios

(assinale com X onde considera haver alteraccedilotildees mais acentuadas)

Sensoriais Visatildeo

Audiccedilatildeo

Cognitivo

Comunicacional

EmocionalPersonalidade

Motor

Sauacutede Fiacutesica - Diagnoacutestico meacutedico

Especificar algum aspecto que considere pertinente

3 CARACTERIZACcedilAtildeO DAS DIFICULDADES DO ALUNO (indicadores de desempenho

por referecircncia agrave CIF-CJ 1)

(Assinale com X apenas o que considerar relevante para a caracterizaccedilatildeo)

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras percepccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interacccedilatildeo com os objectos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Adquirir linguagem adicional

d135 Ensaiar (Repetir)

d137 Adquirir conceitos

75

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

d210 Realizar uma uacutenica tarefa

d220 Realizar tarefas muacuteltiplas

d230 Realizar a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Gerir o proacuteprio comportamento

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees preacutendashlinguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens usando linguagem gestual

d345 Escrever mensagens

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de comunicaccedilatildeo

d410 Mudar a posiccedilatildeo baacutesica do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Auto-transferecircncias

d430 Levantar e transportar objectos

d435 Mover objectos com os membros inferiores

d440 Movimentos finos da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

76

d530 Cuidados relacionados com os processos de excreccedilatildeo

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da proacutepria seguranccedila

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar as tarefas domeacutesticas

d650 Cuidar dos objectos da casa

d660 Ajudar os outros

d710 Interacccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interacccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

___________________

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do

Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do

Porto)

4 FACTORES AMBIENTAIS

Identificar factores do ambiente escolar familiar social ou outro que poderatildeo estar a

Factores

Constituir barreira ao desempenho

do aluno

Facilitar ou ajudar o desempenho do aluno

Familiar

Escolar

77

Social

Outros

5 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES QUE CONSIDERE NECESSAacuteRIO DESCREVER

6 INTERVENIENTES NO PROCESSO DE SINALIZACcedilAtildeO

Data de Preenchimento Responsaacutevel pela sinalizaccedilatildeo

Tomada de conhecimento pelo Enc Educaccedilatildeo Ass

Recepccedilatildeo no Conselho Executivo Ass

Entrega ao Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo Ass

Entrega ao Nuacutecleo de Educaccedilatildeo Especial Ass

7 O ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Natildeo Concordo com a proposta de avaliaccedilatildeo especializada

Proponho

Assinatura

78

II - ANAacuteLISE E REFLEXAtildeO DA FICHA DE SINALIZACcedilAtildeO

1 TOMADA DE DECISAtildeO

a) Natildeo se confirma a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

Encaminhamento

b) Confirma-se a necessidade de uma avaliaccedilatildeo especializada

2 PLANIFICACcedilAtildeO DA AVALIACcedilAtildeO

Componentes Categorias a avaliar Quem avalia Calendarizaccedilatildeo

Funccedilotildees do

Corpo

79

Actividades e

Participaccedilatildeo

Factores

Ambientais

Observaccedilotildees

3 A EQUIPA PLURIDISCIPLINAR DE AVALIACcedilAtildeO

Indicaccedilatildeo do Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome Cargo

Docente Titular Director de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

80

Encarregado de Educaccedilatildeo Ass

Outros Intervenientes

Ass

Ass

Ass

Ass

81

82

83

Anexo 4 ndash Testes de Atenccedilatildeo (d2)

84

85

86

87

88

89

90

Anexo 5 ndash Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegicos (RTP)

91

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 1 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

1 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

1 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

92

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano Turma

Professor Titular Director de Turma

Percurso Escolar do Aluno

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo

Docente TitularDiretor de Turma

Docente da Educaccedilatildeo Especial

Psicoacutelogo

Outros intervenientes

93

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

2 Atividade e participaccedilatildeo

3 Fatores ambientais

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas

funccedilotildees ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou

uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b110 Funccedilotildees da consciecircncia

b114 Funccedilotildees da orientaccedilatildeo no espaccedilo e no tempo

b117 Funccedilotildees intelectuais

b122 Funccedilotildees psicossociais globais

b126 Funccedilotildees do temperamento e da personalidade

b130 Funccedilotildees da energia e dos impulsos

b134 Funccedilotildees do sono

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo

b144 Funccedilotildees da memoacuteria

b147 Funccedilotildees psicomotoras

b152 Funccedilotildees emocionais

b156 Funccedilotildees da perceccedilatildeo

b160 Funccedilotildees do pensamento

94

b164 Funccedilotildees cognitivas de niacutevel superior

b167 Funccedilotildees mentais da linguagem

b172 Funccedilotildees do caacutelculo

b176 Funccedilotildees mentais para a sequecircncia de movimentos

complexos

CAPIacuteTULO 3 ndash FUNCcedilOtildeES DA VOZ E DA FALA

b310 Funccedilotildees da voz

b320 Funccedilotildees de articulaccedilatildeo

b330 Funccedilotildees de fluecircncia e do ritmo da fala

b340 Funccedilotildees de outras formas de vocalizaccedilatildeo

b398 Funccedilotildees da voz e da fala outras especificadas

CAPIacuteTULO 7 ndash FUNCcedilOtildeES NEUROMUSCULOESQUELEacuteTICAS E FUNCcedilOtildeES RELACIONADAS COM O MOVIMENTO

b710 Funccedilotildees relacionadas com a mobilidade das

articulaccedilotildees

b715 Estabilidade das funccedilotildees das articulaccedilotildees

b730 Funccedilotildees relacionadas com a forccedila muscular

b735 Funccedilotildees relacionadas com o toacutenus muscular

b740 Funccedilotildees relacionadas com a resistecircncia muscular

b750 Funccedilotildees relacionadas com reflexos motores

b755 Funccedilotildees relacionadas com reaccedilotildees motoras

involuntaacuterias

b760 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

voluntaacuterio

b765 Funccedilotildees relacionadas com o controlo do mov

involuntaacuterio

b770 Funccedilotildees relacionadas com o padratildeo de marcha

b780 Funccedilotildees relacionadas c os muacutesculos e funccedilotildees do

movimento

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

95

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d110 Observar

d115 Ouvir

d120 Outras perceccedilotildees sensoriais intencionais

d130 Imitar

d131 Aprender atraveacutes da interaccedilatildeo com os objetos

d132 Adquirir informaccedilatildeo

d133 Adquirir linguagem

d134 Desenvolvimento da linguagem

d135 Ensaiar

d137 Adquirir conceitos

d140 Aprender a ler

d145 Aprender a escrever

d150 Aprender a calcular

d155 Adquirir competecircncias

d160 Concentrar a atenccedilatildeo

d161 Dirigir a atenccedilatildeo

d163 Pensar

d166 Ler

d170 Escrever

d172 Calcular

d175 Resolver problemas

d177 Tomar decisotildees

CAPIacuteTULO 2 ndash TAREFAS E EXIGEcircNCIAS GERAIS

d210 Levar a cabo uma tarefa uacutenica (quando as atividades

satildeo do interesse do aluno este faacute-las sozinho)

d220 Levar a cabo tarefas muacuteltiplas

d230 Levar a cabo a rotina diaacuteria

d240 Lidar com o stress e outras exigecircncias psicoloacutegicas

d250 Controlar o seu proacuteprio comportamento

CAPIacuteTULO 3 ndash COMUNICACcedilAtildeO

d310 Comunicar e receber mensagens orais

d315 Comunicar e receber mensagens natildeo verbais

d320 Comunicar e receber mensagens usando linguagem

gestual

d325 Comunicar e receber mensagens escritas

d330 Falar

d331 Produccedilotildees Preacute-linguiacutesticas

d332 Cantar

d335 Produzir mensagens natildeo verbais

d340 Produzir mensagens na linguagem formal dos sinais

d345 Escrever mensagens

96

d350 Conversaccedilatildeo

d355 Discussatildeo

d360 Utilizaccedilatildeo de dispositivos e de teacutecnicas de

comunicaccedilatildeo

CAPIacuteTULO 4 ndash MOBILIDADE

d410 Mudar as posiccedilotildees baacutesicas do corpo

d415 Manter a posiccedilatildeo do corpo

d420 Autotransferecircncias

d430 Levantar e transportar objetos

d435 Mover objetos com os membros inferiores

d440 Atividades de motricidade fina da matildeo

d445 Utilizaccedilatildeo da matildeo e do braccedilo

d450 Andar

d455 Deslocar-se

CAPIacuteTULO 5 ndash AUTO-CUIDADOS

d510 Lavar-se

d520 Cuidar de partes do corpo

d530 Higiene pessoal relacionada com as excreccedilotildees

d540 Vestir-se

d550 Comer

d560 Beber

d570 Cuidar da sua proacutepria sauacutede

d571 Cuidar da sua proacutepria seguranccedila

CAPIacuteTULO 6 ndash VIDA DOMEacuteSTICA

d630 Preparar refeiccedilotildees

d640 Realizar o trabalho domeacutestico

d650 Cuidar dos objetos domeacutesticos

d660 Ajudar os outros

CAPIacuteTULO 7 ndash INTERACcedilOtildeES E RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS

d710 Interaccedilotildees interpessoais baacutesicas

d720 Interaccedilotildees interpessoais complexas

d730 Relacionamento com estranhos

d740 Relacionamento formal

d750 Relacionamentos sociais informais

d760 Relacionamentos familiares

d770 Relacionamentos iacutentimos

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d810 Educaccedilatildeo informal

d815 Educaccedilatildeo preacute-escolar

d820 Educaccedilatildeo escolar

d825 Formaccedilatildeo profissional

d840 Estaacutegio (preparaccedilatildeo para o trabalho)

97

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social

e atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua

vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com

(bull) se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se

a estaacute a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos)

e115 Para uso pessoal na vida diaacuteria

e120 Para facilitar a mobilidade e o

transporte pessoal

e125 Para a comunicaccedilatildeo

e130 Para a educaccedilatildeo

e135 Para o trabalho

e140 Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto

CAPIacuteTULO 2 ndash AMBIENTE NATURAL E MUDANCcedilAS AMBIENTAIS FEITAS PELO HOMEM

e225 Clima

e240 Luz

e250 Som

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310 Famiacutelia proacutexima

e315 Famiacutelia alargada

e320 Amigos

e325 Conhecidos pares colegas vizinhos e

membros da comunidade

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

e340 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e355 Profissionais de sauacutede

e360 Outros profissionais

CAPIacuteTULO 4 ndash ATITUDES

e410 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia proacutexima

e415 Atitudes individuais dos membros da

famiacutelia alargada

98

e420 Atitudes individuais dos amigos

e425 Atitudes individuais de conhecidos

pares colegas e membros da

comunidade

e430 Atitudes individuais de pessoas em

posiccedilatildeo de autoridade

e445 Prestadores de cuidados pessoais e

assist pessoais

e450 Atitudes individuais de profissionais de

sauacutede

e455 Atitudes individuais de outros

profissionais

CAPIacuteTULO 5 ndash SERVICcedilOS SISTEMAS E POLIacuteTICAS

e515 Relacionados com a arquitetura e a

construccedilatildeo

e540 Relacionados com os transportes

e570 Relacionados com a seguranccedila social

e575 Relacionados com o apoio social geral

e580 Relacionados com a sauacutede

NOTA Deveratildeo ser eliminados os itens natildeo selecionados

4 OUTRAS INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES

5 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

a) Natildeo se confirma a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo Especial o

perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) natildeo remete para a integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo

Especial uma vez que natildeo existem graves limitaccedilotildees ou incapacidades nas suas Funccedilotildees do Corpo que

expliquem o seu niacutevel atual de desempenho na Atividade e Participaccedilatildeo

SugestotildeesRecomendaccedilotildees

99

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em

consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos

diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor Cognitivo

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicaci

onal Audiccedilatildeo Visatildeo

6 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

a) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

b) ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Turma com um projeto curricular adaptado

100

c) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE MATRIacuteCULA

Especificar

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

f) ADAPTACcedilOtildeES MATERIAIS E DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS DE COMPENSACcedilAtildeO

Especificar

g) CURRIacuteCULO

ESPECIacuteFICO

INDIVIDUAL

Desenvolvido em turma do ensino regular

Especificar

Desenvolvido em unidade especializada com curriacuteculo adaptado

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de alunos cegos e com baixa visatildeo

Educaccedilatildeo de alunos com paralisia cerebral e multideficiecircncia

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do

espectro do autismo

Com Programa Especiacutefico do REE (cf nordm 6 do artordm 48ordm do RGAPA)

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Com Outro Programa (anexar curriacuteculo)

Especificar

101

(outras informaccedilotildees pertinentes)

7 DOCUMENTOS EM ANEXO

Sim Natildeo

Se sim quais

8 OBSERVACcedilOtildeES

9 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

10 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

102

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

11 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

103

RELATOacuteRIO TEacuteCNICO-PEDAGOacuteGICO

O presente relatoacuterio tem como objetivo sintetizar os resultados da avaliaccedilatildeo efetuada pela

equipa pluridisciplinar visando a caracterizaccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno pelo

referencial CIF- 2 a adequaccedilatildeo de respostas educativas as tomadas de decisatildeo

promotoras de um aumento do niacutevel de participaccedilatildeo do aluno e o seu emporwerment

CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome e Nordm

Data de Nascimento 15042002 Idade 13 anos

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38 anos

Nome da Matildee Idade 40 anos

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40 anos

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Outras informaccedilotildees pertinentes

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

2 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens (Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

104

Situaccedilatildeo Escolar

3ordm CEB Ano 7 Turma F

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas dificuldades ao niacutevel

da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB no ano letivo 20082009 no iniacutecio

do 2ordm ano (20092010) foi realizado relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico o comeccedilou a beneficiar

de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou retido no 3ordm ano Em

20112012 o aluno foi transferido para a escola onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos

relativos ao 3ordm ano isto em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo seguinte (20122013) o aluno

foi sinalizado e realizado um relatoacuterio-teacutecnico-pedagoacutegico onde foi realizada avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo Integrou o 2ordm

CEB em 20132014 na Escola Baacutesica onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas

Salientar que no 2ordm CEB eacute referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm

CEB no ano letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria onde foi realizado pedido de reavaliaccedilatildeo

2 DADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

Equipa Responsaacutevel pela Avaliaccedilatildeo

Coordenador do Processo de Avaliaccedilatildeo

Nome

Cargo Psicoacuteloga

Docente TitularDiretor de Turma

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo

Psicoacutelogo

Instrumentos utilizados

1 Funccedilotildees do Corpo

De acordo com o RTP de 2013 e Relatoacuterio Circunstanciado 2015 PROLEC-R ndash

leitura de pseudopalavras Teste de avaliaccedilatildeo da ortografia Teste de

Avaliaccedilatildeo Semacircntica (TAS) Meacutetodo Distema Avaliaccedilatildeo da Linguagem Oral

(ALO) ndash subteste de completamento de frases

105

2 Atividade e participaccedilatildeo Provas formais e informais das aptidotildees acadeacutemicas Observaccedilatildeo em

contexto de sala de aula (PORT)

3 Fatores ambientais Anamnese EE e Aluno

12 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO(A) ALUNO(A)

SIacuteNTESE DESCRITIVA DAS FUNCcedilOtildeES DO CORPOATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeOFATORES

AMBIENTAIS

FUNCcedilOtildeES DO CORPO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Funccedilotildees do corpo satildeo as funccedilotildees fisioloacutegicas dos sistemas orgacircnicos

(incluindo as funccedilotildees psicoloacutegicas) Deficiecircncias satildeo problemas nas funccedilotildees

ou nas estruturas do corpo tais como um desvio importante ou uma perda

0 - Nenhuma deficiecircncia 1 - Deficiecircncia ligeira 2 - Deficiecircncia moderada

3 - Deficiecircncia grave 4 - Deficiecircncia completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash FUNCcedilOtildeES MENTAIS

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS GLOBAIS)

b117

Funccedilotildees intelectuais ndash Supremacia das capacidades

intelectuais fluidas sobre as capacidades intelectuais

cristalizadas Encontra-se mais orientado para a accedilatildeo

em detrimento da reflexatildeo Processa melhor a

informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do canal

visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute

comparativamente ao canal auditivo-vocal e ao

processamento sequencial

0

b134 Funccedilotildees do sono ndash Recorre a medicaccedilatildeo 2

(FUNCcedilOtildeES MENTAIS ESPECIacuteFICAS)

b140 Funccedilotildees da atenccedilatildeo ndash Manutenccedilatildeo da Atenccedilatildeo 1

b144 Funccedilotildees da memoacuteria ndash Memoacuteria de longo prazo e

conhecimento adquirido 1

b152

Funccedilotildees emocionais ndash Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila

ansiedade egocentrismo e tendecircncias narcisistas

Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e

regulaccedilatildeoexpressatildeo emocional adequadas

Instabilidade emocional

1

106

b156

Funccedilotildees da perceccedilatildeo

Perceccedilatildeo auditiva deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva

imediata de silabas de palavras e de pseudopalavras

Perceccedilatildeo visual contudo natildeo domina as relaccedilotildees

espaciais de lateralidade e direccedilatildeo reagindo a uma

figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com

a sua exatidatildeo

1

b167

Funccedilotildees mentais da linguagem

Receccedilatildeo da linguagem escrita ndash Correccedilatildeo velocidade e

compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e

sussurro labial Faz inversotildees e substituiccedilotildees de letras

e de silabas nas palavras ndash Dislexia

Expressatildeo da linguagem escrita ndash deacutefices ao niacutevel da

composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash

Disortografia (mais acentuado) e Disgrafia (menos

acentuada)

2

b172 Funccedilotildees do caacutelculo 0

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

QUALIFICADORES 0 1 2 3 4 8 9

Atividade eacute a execuccedilatildeo de uma tarefa ou accedilatildeo por um indiviacuteduo

Participaccedilatildeo eacute o envolvimento de um indiviacuteduo numa situaccedilatildeo da vida real

Limitaccedilotildees da atividade satildeo as dificuldades que o indiviacuteduo pode ter na

execuccedilatildeo das mesmas

0 - Nenhuma dificuldade 1 - Dificuldade ligeira 2 - Dificuldade moderada

3 - Dificuldade grave 4 - Dificuldade completa 8 - Natildeo especificada 9 - Natildeo aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash APRENDIZAGEM E APLICACcedilAtildeO DE CONHECIMENTOS

d135 Ensaiar 2

d137 Adquirir conceitos 2

d145 Aprender a escrever 3

d155 Adquirir competecircncias 2

d160 Concentrar a atenccedilatildeo 2

d161 Dirigir a atenccedilatildeo 2

d166

Ler O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha

contudo perde-se Natildeo respeita a pontuaccedilatildeo O tom de

leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta

movimento psicomotor A leitura de pseudopalavras

demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no

entanto a leitura eacute estrateacutegica o que evidencia deacutefice

na competecircncia leitora

2

107

d170

Escrever Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo

escrita na gramaacutetica (atividades de sufixaccedilatildeo

prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste

de portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave

data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de composiccedilatildeo

denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os

erros ortograacuteficos satildeo na sua grande maioria devido a

confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia)

omissotildees (ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel

semacircntico compreende resultados abaixo da meacutedia

esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical

e na sinoniacutemia e antoniacutemia

3

d250 Controlar o proacuteprio comportamento 1

d325 Comunicar e receber mensagens escrita 3

d345 Escrever mensagens 3

CAPIacuteTULO 8 ndash AacuteREAS PRINCIPAIS DA VIDA

d820 Educaccedilatildeo escolar 2

FATORES AMBIENTAIS

QUALIFICADORES

Barreira

ou

Facilitador

0 1 2 3 4 8 9

Os fatores ambientais constituem o ambiente fiacutesico social e

atitudional no qual as pessoas vivem e conduzem a sua vida

As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto

barreiras ou facilitadores Assinale para cada categoria com (bull)

se a estaacute a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a estaacute

a considerar como facilitador

Assinale com uma cruz (X) agrave frente de cada categoria o valor

que considera mais adequado agrave situaccedilatildeo de acordo com os

seguintes qualificadores

0-Nenhum facilitadorbarreira 1-Facilitadorbarreira ligeiro

2-Facilitadorbarreira moderado 3-Facilitadorbarreira grave

4-Facilitadorbarreiracompleto 8-Natildeo especificada 9-Natildeo

aplicaacutevel

CAPIacuteTULO 1 ndash PRODUTOS E TECNOLOGIA

e110 Para consumo pessoal (medicamentos) Facilitador 3

e310 Famiacutelia proacutexima Proporciona cuidados

de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo

Barreira

Facilitador 2

e130 Para a educaccedilatildeo beneficiaria de auxilio

na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa Barreira 1

e140

Para a cultura a recreaccedilatildeo e o

desporto Valoriza as atividades rurais

de cultura e tradiccedilatildeo familiares

mostrando-se ambientado em contextos

maioritariamente campestres

Facilitador 3

CAPIacuteTULO 3 ndash APOIO E RELACIONAMENTOS

e310

Famiacutelia proacutexima Matildee acompanha o

aluno no percurso escolar Dificuldades

na supervisatildeo de rotinas bem como em

educar de forma consistente

Facilitador

Barreira 1

108

e320

Amigos (colegas) Fez transferecircncia da

EB para a ES pois a sua turma fecirc-lo e

todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees

interpessoais do aluno conferem-lhe

grande importacircncia

Facilitador 3

e330 Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade

apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga

Facilitador 2

13 TOMADA DE DECISAtildeO ndash RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO ESPECIALIZADA

b) Confirma-se a necessidade de integraccedilatildeo no Regime de Educaccedilatildeo Especial

Fundamentaccedilatildeo da decisatildeo

De acordo com o referencial CIF-CJ adotado pela lei vigente no acircmbito do Regime Educativo

Especial o perfil atual de funcionalidade do(a) aluno(a) remete para a integraccedilatildeo no Regime

de Educaccedilatildeo Especial uma vez que o(a) aluno(a) revela alteraccedilotildees ao niacutevel das funccedilotildees e

estruturas do corpo que comprometem o seu niacutevel de atividade e desempenho manifestando

necessidades educativas especiais de caraacuteter permanente e de natureza endoacutegena

Consequentemente o seu processo de ensino e aprendizagem deveraacute ser adaptado agraves suas

necessidades especiacuteficas designadamente ao niacutevel da aplicaccedilatildeo das respostas educativas que

deveratildeo ser devidamente operacionalizadas de acordo com o seu PEI

Se assinalou a opccedilatildeo b) assinale com X a(s) categoria(s) de NEE tendo em consideraccedilatildeo as alteraccedilotildees mais acentuadas ao niacutevel do seu funcionamento nos diferentes domiacutenios

TIPOLOGIA DAS NEE - DOMIacuteNIOS

Sensorial

Motor

Cognitivo

(atenccedilatildeo perceccedilatildeo

auditiva visual e memoacuteria

de longo prazo)

Emocional

Personalidade

Sauacutede

Fiacutesica

Comunicacional

(Receccedilatildeo e receccedilatildeo

da linguagem

escrita) Audiccedilatildeo Visatildeo

14 PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO (respostas educativas do REE)

REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

c) APOIO PEDAGOacuteGICO PERSONALIZADO

Especificar

Tendo por base o RTP de 2013 e o Relatoacuterio Circunstanciado de 2015 eacute

necessaacuterio o desenvolvimento de competecircncias especificas com docente

de educaccedilatildeo especial durante o bloco de cidadania para reeducaccedilatildeo da

leitura e da escrita

Atenccedilatildeo especial ao aluno para evitar a dispersatildeo e desatenccedilatildeo uma vez

que o aluno apresenta PHDA tipo misto

109

d)

ADEQUACcedilOtildeES

CURRICULARES

Adequaccedilotildees curriculares individuais

Especificar Introduccedilatildeo de objetivos miacutenimos e conteuacutedos intermeacutedios nas

disciplinas que o revelar mais dificuldades nomeadamente o inglecircs

Turma com um projeto curricular adaptado

d) ADEQUACcedilOtildeES NO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO

Especificar

Apoio na Leitura e compreensatildeo dos enunciados provas escritas com

exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de questotildees Tempo

suplementar Avaliaccedilatildeo oral complementar (Ao criteacuterio dos docentes)

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com supervisatildeo de

um docente

e) ADEQUACcedilAtildeO DA TURMA

Especificar

- Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar

uma turma sem problemas comportamentais

- Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

Outras informaccedilotildees pertinentes

- Necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno

- Desenvolver os aspetos atitudionais e motivacionais essenciais no processo de ensino-

aprendizagem

- Deve-se atender agraves necessidades do aluno quanto aos haacutebitos e meacutetodos de estudo em cooperaccedilatildeo

com o ambiente familiar Para isso a sua inscriccedilatildeo no programa de competecircncias de estudo

ldquoAprender a Aprenderrdquo

- O aluno beneficiaraacute de acompanhamento psicoloacutegico sistemaacutetico

15ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO RELATOacuteRIO

TEacuteCNICO- PEDAGOacuteGICO

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Psicoacutelogo Ass

Teacutecnico Superior de Educaccedilatildeo Ass

110

Outros intervenientes

Representante NEE Ass

Ass

Ass

16 ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o encaminhamento proposto

Natildeo concordo com o encaminhamento proposto

Proponho

Assinatura

17 HOMOLOGACcedilAtildeO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

111

Anexo 6 ndash Projetos Educativos Individuais (PEI)

112

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade

Morada Telefone

Nome do Pai Idade

Nome da Matildee Idade

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade

Grau de Parentesco

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

113

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ3

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

3 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

114

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

Antecipaccedilatildeo e reforccedilo da aprendizagem de conteuacutedos

Identificar

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Liacutengua Gestual

Braille

Hidroterapia

Hipoterapia

Fisioterapia

Terapia da Fala

Desporto Adaptado

Terapia Ocupacional

Psicoterapia

Arteterapia (musicoterapia dramoterapia )

115

Identifique qual ou quais

Apoio Psicoloacutegico

Apoio Social

Outras identifique qual ou quais

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar

Apoio familiar (bolsa ocupacional)

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de aacutereas curriculares especiacuteficas

Especificar

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar

Ensino Bilingue e adequaccedilatildeo do curriacuteculo

Especificar

Dispensa das atividades que se revelem de difiacutecil execuccedilatildeo em funccedilatildeo da

incapacidade

Especificar

116

422

Turma com Projeto Curricular Adaptado

Modalidade de Ensino

Niacutevel de Ensino

43 Adequaccedilotildees no Processo de Matriacutecula

Aluno deslocado da aacuterea de residecircncia

Dispensa dos limites etaacuterios

Especificar

Adiamento de matriacutecula

Antecipaccedilatildeo de matriacutecula (aplicaacutevel apenas ao 1ordm ano do 1ordm ciclo)

Matriacutecula por disciplinas (aplicaacutevel apenas aos 2ordm e 3ordm ciclos)

(discriminar ano de escolaridade e disciplinas)

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

117

Especificar

Instrumento de avaliaccedilatildeo e certificaccedilatildeo

Especificar

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Periodicidade

Duraccedilatildeo

Local de execuccedilatildeo

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Outro Qual

46 Curriacuteculo Especiacutefico Individual

461

Desenvolvido no acircmbito dos Programas Especiacuteficos do REE

Ocupacional

Socioeducativo

Despiste e Orientaccedilatildeo Vocacional

Preacute-Profissionalizaccedilatildeo

Outro Programa (anexar curriacuteculo)

462

Integraccedilatildeo em Turma do Ensino Regular

118

A tempo inteiro

A tempo parcial

Especificar

Integraccedilatildeo numa unidade especializada com curriacuteculo adaptado

(UNECA)

Ocupacional

Socioeducativa

Transiccedilatildeo para a Vida Ativa

Educaccedilatildeo de Surdos

Educaccedilatildeo de crianccedilas e jovens com distuacuterbios comportamentais do espectro do

autismo

463

Plano Individual de Transiccedilatildeo (anexar PIT)

47 Adaptaccedilotildees materiais e de equipamentos especiais de compensaccedilatildeo (indicar quais

os materiais)

Para problemas visuais

Para problemas auditivos

Para problemas motores

Outro Qual

Dispositivos de compensaccedilatildeo

Auxiliares oacuteticos

Auxiliares auditivos

119

Equipamento informaacutetico

Cadeira de rodas

Proacuteteses

Outro Qual

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

6 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

7 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

CIF-CJ

120

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

Qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

8 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

9 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

10 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

121

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

11 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

12 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

Assinatura

122

PROJETO EDUCATIVO INDIVIDUAL

Ano Letivo 20152016

1 IDENTIFICACcedilAtildeO DA ESCOLA

Unidade Orgacircnica

Estabelecimento de Ensino

2 CARACTERIZACcedilAtildeO DO ALUNO

Identificaccedilatildeo do Aluno

Nome

Data de Nascimento Idade 13

Morada Telefone

Nome do Pai Idade 38

Nome da Matildee Idade 40

Encarregado de Educaccedilatildeo

a

Idade 40

Grau de Parentesco Matildee

Morada Telefone

Situaccedilatildeo Escolar do Aluno

Estabelecimento de Ensino

Situaccedilatildeo Escolar

123

Preacute-Escolar Nordm de anos de frequecircncia

1ordm CEB Ano Niacutevel

2ordm CEB Ano Turma

3ordm CEB Ano Turma

Ens

Secundaacuterio

Ano Turma

Outra modalidade de ensino

Professor Titular Diretor de Turma

Percurso Escolar do Aluno

Integrou o ensino preacute-escolar no ano letivo 20052006 sendo apontadas

dificuldades ao niacutevel da concentraccedilatildeo e do respeito das regras Integrou o 1ordm CEB

na EB1JI da Casa da Ribeira no ano letivo 20082009 No iniacutecio do 2ordm ano

(20092010) foi realizado um Relatoacuterio de Avaliaccedilatildeo Diagnoacutestico e o aluno comeccedilou

a beneficiar de apoio educativo No ano letivo seguinte (20102011) o aluno ficou

retido no 3ordm ano Em 20112012 o aluno foi transferido para a escola EB1JI de

Fonte do Bastardo onde trabalhou conteuacutedos programaacuteticos relativos ao 3ordm ano isto

em resultado da retenccedilatildeo No ano letivo 20122013 o aluno foi sinalizado tendo

sido realizado um Relatoacuterio Teacutecnico Pedagoacutegico resultante de uma avaliaccedilatildeo

Especializada Dessa avaliaccedilatildeo resultaram adequaccedilotildees no processo de avaliaccedilatildeo

Integrou o 2ordm CEB em 20132014 na Escola Baacutesica Integrada da Praia da Vitoacuteria

onde manteve as adequaccedilotildees anteriormente referidas Salientar que no 2ordm CEB eacute

referido que o aluno tem uma assiduidade inconstante Integrou o 3ordm CEB no ano

letivo 20152016 na Escola Secundaacuteria Vitorino Nemeacutesio onde foi realizado pedido

de reavaliaccedilatildeo

Outras informaccedilotildees pertinentes

(contexto socioeconoacutemico agregado familiar diagnoacutestico meacutedico antecedentes relevantes a niacutevel de

sauacutede ou outras)

O aluno apresenta DIFICULDADES ESPECIacuteFICAS DE APRENDIZAGEM reunindo criteacuterios

de diagnoacutestico para perturbaccedilatildeo especiacutefica da leituradislexia e da

escritadisortografia e disgrafia

Em fevereiro de 2013 foi observado por um pediatra de desenvolvimento (no Centro

Diferenccedilas) sendo diagnosticada uma Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade com Deacutefice de

Atenccedilatildeo (PHDA de tipo misto) Na sequecircncia da referida consulta comeccedilou a ser medicado

com psicoestimulante Usa oacuteculos desde 2012

124

3 PERFIL DE FUNCIONALIDADE DO ALUNO POR REFEREcircNCIA Agrave CIF-CJ4

(funccedilotildees e estruturas do corpo atividade e participaccedilatildeo fatores ambientais)

FUNCcedilOtildeES E ESTRUTURAS DO CORPO

Funccedilotildees Mentais Globais

i Funccedilotildees intelectuais (b1170) - O aluno encontra-se mais orientado para a accedilatildeo em

detrimento da reflexatildeo Processa melhor a informaccedilatildeo quando lhe eacute transmitida atraveacutes do

canal visuo-motor e de modo simultacircneo isto eacute comparativamente ao canal auditivo-vocal

e ao processamento sequencial

ii Funccedilotildees do sono (b1342) - Recorre a medicaccedilatildeo

Funccedilotildees Mentais Especiacuteficas

Deficiecircncia moderada

i Funccedilotildees mentais da linguagem (b1672) - Receccedilatildeo da linguagem escrita (correccedilatildeo

velocidade e compreensatildeo da leitura Leitura silenciosa gestos e sussurro labial Faz inversotildees

e substituiccedilotildees de letras e de siacutelabas nas palavras ndash Dislexia) e na expressatildeo da linguagem

escrita (deacutefices ao niacutevel da composiccedilatildeo e mais acentuados na ortografia ndash Disortografia e

Disgrafia)

Deficiecircncia ligeira

i Funccedilotildees da atenccedilatildeo (b1401) - Manutenccedilatildeo da atenccedilatildeo

ii Funccedilotildees da memoacuteria (b1441) - Memoacuteria de longo prazo e conhecimento adquirido

iii Funccedilotildees emocionais (b1521) - Autoafirmaccedilatildeo inseguranccedila ansiedade egocentrismo e

tendecircncias narcisistas Deacutefices no reconhecimento compreensatildeo e regulaccedilatildeoexpressatildeo

emocional adequadas Instabilidade emocional

iv Funccedilotildees da perceccedilatildeo (b1561) - Perceccedilatildeo auditiva (deacutefices na descriminaccedilatildeo auditiva de

sons nas palavras na retenccedilatildeo e memoacuteria auditiva imediata de silabas de palavras e de

pseudopalavras) Perceccedilatildeo visual (natildeo domina as relaccedilotildees espaciais de lateralidade e direccedilatildeo

reagindo a uma figura-fundo de modo panoracircmico sem concordar com a sua exatidatildeo)

ATIVIDADE E PARTICIPACcedilAtildeO

Aprendizagem e Aplicaccedilatildeo de Conhecimentos

Dificuldade grave

i Aprender a escrever (d1453)

ii Escrever (d1703) - Apresenta dificuldades na interpretaccedilatildeo escrita na gramaacutetica

(atividades de sufixaccedilatildeo prefixaccedilatildeo e morfologia flexatildeo adjetival) ndash uacuteltimo teste de

portuguecircs (sem utilizaccedilatildeo das adequaccedilotildees) ateacute agrave data de finalizaccedilatildeo do relatoacuterio O texto de

composiccedilatildeo denota pobreza lexical e ausecircncia de estrutura SVO Os erros ortograacuteficos satildeo

4 Consultar a Classificaccedilatildeo Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Sauacutede - Versatildeo para Crianccedilas e Jovens

(Versatildeo Experimental traduzida e adaptada com base na CIF (2003) e ICF-CY (2007) Centro de Psicologia do Desenvolvimento e Educaccedilatildeo da Crianccedila Faculdade de Psicologia e de Ciecircncias da Educaccedilatildeo da Universidade do Porto)

125

na sua grande maioria devido a confusotildees (ex giboia) substituiccedilotildees (ex fanilia) omissotildees

(ex _eroi) e adiccedilotildees (ex adeveacuterbio) A niacutevel semacircntico compreende resultados abaixo da

meacutedia esperada para a sua idade sobretudo no campo lexical e na sinoniacutemia e antoniacutemia

iii Comunicar e receber mensagens escrita (d3253)

iv Escrever mensagens (d3453)

Dificuldade moderada

i Ensaiar (d1352)

ii Adquirir conceitos (d1372)

iii Adquirir competecircncias (d1552)

iv Concentrar a atenccedilatildeo (d1602)

v Ler (d1662) - O aluno utiliza o apoio do dedo ao longo da linha contudo perde-se Natildeo

respeita a pontuaccedilatildeo O tom de leitura eacute audiacutevel (alto por vezes) Apresenta movimento

psicomotor A leitura de pseudopalavras demarca dificuldades (ex fetra ndash fetar) Faz

reconhecimento automaacutetico de palavras comuns no entanto a leitura eacute estrateacutegica o que

evidencia deacutefice na competecircncia leitora

Dificuldade ligeira

i Controlar o proacuteprio comportamento (d2501)

Aacutereas Principais da Vida

Dificuldade moderada

i Educaccedilatildeo escolar (d8202)

FATORES AMBIENTAIS

Produtos e Tecnologia

Fatores de proteccedilatildeo facilitador

i Para consumo pessoal (medicamentos) (e110+3)

ii Para a cultura a recreaccedilatildeo e o desporto (e140+3) - Valoriza as atividades rurais de cultura

e tradiccedilatildeo familiares mostrando-se ambientado em contextos maioritariamente campestres

(facilitador grave)

iii Famiacutelia proacutexima (e330+2) - Proporciona cuidados de sauacutede alimentaccedilatildeo higiene pessoal

seguranccedila e educaccedilatildeo (facilitador moderado)

Fatores barreira

i Para a educaccedilatildeo (e1301) - Beneficiaria de auxiacutelio na realizaccedilatildeo dos trabalhos de casa

(barreira ligeira)

126

Apoios e Relacionamentos

i Amigos (colegas) (e320+3) - Fez transferecircncia da EB Francisco Ornelas da Cacircmara para a

ES Vitorino Nemeacutesio pois a sua turma fecirc-lo e todos os elementos satildeo muito proacuteximos

Confirma-se assim que as relaccedilotildees interpessoais do aluno conferem-lhe grande importacircncia

(facilitador grave)

ii Pessoas em posiccedilatildeo de autoridade (e330+2) - Apoio individual e diferenciado prestado

pelos docentes e psicoacuteloga (facilitador moderado)

iii Famiacutelia proacutexima (e310+1) - Matildee acompanha o aluno no percurso escolar Dificuldades na

supervisatildeo de rotinas bem como em educar de forma consistente (barreira e facilitador

ligeiro)

4 RESPOSTAS EDUCATIVAS APOIO EDUCATIVO A APLICAR

41 Apoio Pedagoacutegico Personalizado

Reforccedilo das estrateacutegias utilizadas ao niacutevel de

Organizaccedilatildeo

Espaccedilo

Atividades

Identificar

O aluno necessita de estar sentado num siacutetio sossegado e longe de estiacutemulos

distratores de preferecircncia junto da secretaacuteria do professor Necessita de

tarefas diversificadas e que impliquem movimento intercaladas com as

atividades que implicam estar sentado uma vez que o aluno apresenta PHDA

tipo misto

Precisa de feedbacks informativos encorajadores e regulares

Estiacutemulo e reforccedilo das competecircncias e aptidotildees envolvidas na aprendizagem

Identificar

O aluno deveraacute beneficiar de apoio pedagoacutegico personalizado em todas as

disciplinas especialmente nas de caraacutecter mais teoacuterico

Reforccedilo e desenvolvimento de competecircncias especiacuteficas

Identifique qual ou quais

Reeducaccedilatildeo da leitura e da escrita por docente de educaccedilatildeo

especial

Meacutetodos de Estudo (atraveacutes do programa de

competecircncias de estudo ldquoAprender a Aprenderrdquo orientado

pelo SPO)

127

Apoio Psicoloacutegico

411 Responsaacuteveis pelo Apoio

Apoio individualizado prestado por docente do nuacutecleo de educaccedilatildeo especial

Apoio individualizado prestado por teacutecnico especializado

Apoio pedagoacutegico prestado pelo Educador de InfacircnciaProfessor da TurmaDisciplina ndash Indicar

aacutereasdisciplinas

Identificar Professores titulares das disciplinas

42 Adequaccedilotildees Curriculares

421

Adequaccedilotildees Curriculares Individuais

Introduccedilatildeo de objetivos e conteuacutedos intermeacutedios

Identificar Nas disciplinas em que o aluno revelar mais dificuldades

nomeadamente em Inglecircs

44 Adequaccedilotildees no Processo de Avaliaccedilatildeo

Tipo de provas

Especificar Provas escritas com exerciacutecios mais simples e com um menor nuacutemero de

questotildees

Condiccedilotildees de avaliaccedilatildeo (itens formas e meios de comunicaccedilatildeo)

Especificar

Apoio na leitura e compreensatildeo dos enunciados Avaliaccedilatildeo oral

complementar (ao criteacuterio dos docentes) Natildeo penalizaccedilatildeo dos erros

ortograacuteficos de construccedilatildeo fraacutesica e sintaacutetica de pontuaccedilatildeo ocorridos em

virtude de o aluno ser portador de Perturbaccedilatildeo Especiacutefica da Linguagem

(dislexia disortografia disgrafia) Valorizaccedilatildeo do conteuacutedo em

detrimento da forma

Duraccedilatildeo Fornecer tempo suplementar para a realizaccedilatildeo das provas

128

Local de execuccedilatildeo

Possibilitar a realizaccedilatildeo da prova fora da sala de aula com a

supervisatildeo de um docente sempre que o docente da disciplina

assim o entender

Aluno com dislexia (anexar ficha caraterizadora das dificuldades especiacuteficas)

45 Adequaccedilatildeo da Turma

Reduccedilatildeo de turma

Natildeo deve integrar uma turma com mais de 20 alunos Deve integrar uma

turma sem problemas comportamentais

Manter o aluno na turma em que se insere ateacute que termine o 3ordm ciclo

do Ensino Baacutesico

5 RESPONSAacuteVEIS PELAS RESPOSTAS EDUCATIVAS

Tipo de

Apoios

Identificaccedilatildeo dos

Intervenientes

Funccedilotildees Desempenhadas

(Indicar funccedilatildeo de cada profissional)

Horaacuterio

Apoio

Direto

Consultadoria

Aconselhamento

Apoio

Individualizado Conselho de Turma X

Horaacuterio da

Turma

Educaccedilatildeo

Especial X

2X45m

(Matemaacutetica

e

Portuguecircs)

SPO X

ldquoAprender

a

Aprenderrdquo

SPO

X Sistemaacutetico

(1ordm Periacuteodo)

129

13 INFORMACcedilOtildeES RELEVANTES PARA A ORGANIZACcedilAtildeO DA INTERVENCcedilAtildeO

EDUCATIVA

Eacute necessaacuterio dar especial atenccedilatildeo agrave assiduidade do aluno e desenvolver os aspetos atitudinais e

motivacionais essenciais no processo de ensino-aprendizagem

No final do Primeiro Periacuteodo seraacute feita uma reavaliaccedilatildeo das medidas implementadas e caso seja

necessaacuterio o Serviccedilo de Psicologia e Orientaccedilatildeo continuaraacute a acompanhar o aluno e o docente de

educaccedilatildeo especial trabalharaacute com o aluno as competecircncias especiacuteficas para a reeducaccedilatildeo da leitura e

da escrita em contexto fora sala de aula

14 IMPLEMENTACcedilAtildeO E AVALIACcedilAtildeO DO PEI

71 Sistema de Avaliaccedilatildeo

O sistema utilizado para a avaliaccedilatildeo eacute o referencial CIF-CJ de acordo com a legislaccedilatildeo em vigor

72 Indicadores a Utilizar na Avaliaccedilatildeo

A monitorizaccedilatildeo da evoluccedilatildeo do perfil de funcionalidade do aluno seraacute realizada com base nas

classificaccedilotildees escolares e nos qualificadores alfanumeacutericos CIF-CJ

73 Instrumentos de Avaliaccedilatildeo

Como instrumentos de avaliaccedilatildeo poderatildeo ser utilizados a observaccedilatildeo direta do desempenho em sala de

aula e em outros contextos escolares trabalhos individuais testes de avaliaccedilatildeo formativa e sumativa

registos de assiduidade pontualidade e responsabilidade

74 Momentos de Avaliaccedilatildeo

A avaliaccedilatildeo assume um caraacutecter de continuidade sendo que as medidas educativas propostas seratildeo

avaliadas no que diz respeito agrave sua implementaccedilatildeo e eficaacutecia em conselho de turma no final de cada

periacuteodo envolvendo os vaacuterios intervenientes no processo educativo do aluno Dos resultados obtidos com

a aplicaccedilatildeo das medidas estabelecidas neste PEI seraacute elaborado um relatoacuterio circunstanciado no final do

ano letivo Este PEI poderaacute ser revisto a qualquer momento se julgado necessaacuterio pelos vaacuterios

intervenientes mediante proposta devidamente fundamentada

15 ASSINATURA DOS RESPONSAacuteVEIS PELA ELABORACcedilAtildeO DO PEI

Docente Titular Diretor de Turma Ass

130

Docente da Educaccedilatildeo Especial Ass

Psicoacutelogo Ass

Outros intervenientes

Ass

Ass

Ass

16 COORDENACcedilAtildeO DO PEI

Nome Cargo

Assinatura

17 ANUEcircNCIA DO ENCARREGADO DE EDUCACcedilAtildeO

Concordo com o PEI

Natildeo concordo com o PEI

Proponho

Assinatura

18 APROVADO PELO CONSELHO PEDAGOacuteGICO

Assinatura

19 HOMOLOGADO PELO CONSELHO EXECUTIVO

131

Assinatura

132

Anexo 7 ndash ldquoDescobrir para intervirrdquo

133

1 Por favor responda Verdadeiro (V) ou Falso (F) agraves seguintes questotildees

11 Uma das causas da PHDA encontra-se no desenvolvimento de praacuteticas educativas

parentais inadequadas ____

12 Eacute frequente a PHDA existir em simultacircneo com outras perturbaccedilotildees_____

13 Eacute frequente o aluno com PHDA natildeo realizar as tarefas porque natildeo se esforccedilou o

suficiente _____

14 A PHDA eacute uma perturbaccedilatildeo neurodesenvolvimental____

15 Eacute comum na PHDA existir uma dificuldade em organizar os materiais necessaacuterios e

ser responsaacutevel pela realizaccedilatildeo das tarefas escolares ____

16 Pode existir deacutefice de atenccedilatildeo sem hiperatividade ____

17 A PHDA pode ser diagnosticada em qualquer idade ____

18 Um aluno que natildeo mantem a atenccedilatildeo durante o periacuteodo necessaacuterio para a realizaccedilatildeo

da tarefa proposta deveraacute tomar medicaccedilatildeo ____

2 Organize uma lista onde constem diferentes criteacuterios e estrateacutegias de intervenccedilatildeo

que teria em atenccedilatildeo e mobilizaria na organizaccedilatildeo e planeamento de um momento

educativo (parte de uma aula) sabendo que tem integrado na turma um aluno com

diagnoacutestico de PHDA

Obrigada por colaborarem neste desafio

134

Anexo 8 ndash Espelho meu espelho meu

135

Belo S amp Coelho A (2011)

136

Anexo 9 ndash Desenho cego

137

Coelho A amp Belo S (2014)

138

Anexo 10 ndash Onde estaacute o rato

139

140

Anexo 11 ndash ldquoSaiacute do grupo e agorardquo

141

Para discussatildeo e reflexatildeo

ldquohellip revela muita dificuldade na organizaccedilatildeo e arrumaccedilatildeo dos seus materiais

escolares que muitas vezes andam pelo chatildeo a mochila caiacuteda Natildeo sabe do laacutepis e da

borracha Perde com muita frequecircncia os materiais que usa com maior regularidade

A sua mochila estaacute sempre uma confusatildeo uma vez que guarda tudo em qualquer

siacutetio sem nenhum criteacuterio Quando leva trabalhos de casa natildeo os guarda na capa adequada

Natildeo mostra os recados ou informaccedilotildees em casa porque natildeo sabe deles Leva

sempre a mochila com as bolsas abertas e a perder material

Na sala de aula eacute um aluno que se distrai com bastante facilidade Inicia bem uma

tarefa mas passado pouco tempo paacutera ou comeccedila a ser trapalhatildeo no que estaacute a fazer Vira-

se para traacutes a falar com os colegas ou fica a observar o que os colegas ou a professora

estatildeo a fazer

No seu caderno diaacuterio eacute frequente encontrar trabalhos incompletos contudo

quando consegue estar atento completa os seus trabalhos que tecircm boa apresentaccedilatildeohelliprdquo

Antunes (2009)

142

Anexo 12 ndash Inqueacuteritos por questionaacuterio

143

INQUEacuteRITO POR QUESTIONAacuteRIO

Geacutenero Masculino Feminino

Idade

1 Tem alunos com Perturbaccedilatildeo de Hiperatividade e Deacutefice de Atenccedilatildeo (PHDA)

Sim Natildeo

11 Se sim quais as suas maiores dificuldades

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

2 Tem conhecimentos acerca da PHDA

Sim Natildeo

21 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3 Na sua opiniatildeo acha que consegue identificar alunos com dificuldades na

atenccedilatildeoconcentraccedilatildeo autocontrolo e competecircncias emocionais e sociais

Sim Natildeo

31 Caso a sua resposta seja negativa justifique

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4 Constroacutei materiais eou utiliza instrumentos que beneficiem esses alunos nas suas

praacuteticas inclusivas em contexto de sala de aula

Sim Natildeo

144

41 Se natildeo por que natildeo o faz

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5 Organiza o plano de aula pensando nas dificuldades de aprendizagem dos alunos

com PHDA

Sim Natildeo

Se natildeo como ultrapassa as dificuldades desses alunos

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6 Tem por haacutebito avaliar o progresso dos seus alunos com PHDA junto dos

intervenientes no processo educativo do aluno

Sim Natildeo

61 Se sim quais

________________________________________________________________

________________________________________________________________

611 Maioritariamente quem

Diretor de turma Psicoacutelogo Encarregado de

Educaccedilatildeo

Outro Qual ___________________________________________

62 Acha que devia participar afincadamente no processo de intervenccedilatildeo e de

integraccedilatildeo do aluno facilitando a sua aprendizagem

Sim Natildeo

Se sim justifique

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7 Considera importante que os professores tenham formaccedilatildeo na aacuterea da PHDA

Sim Natildeo

71 Se natildeo porquecirc

145

________________________________________________________________

________________________________________________________________

72 Tem alguma sugestatildeo a acrescentar

________________________________________________________________

________________________________________________________________

Obrigada pela sua colaboraccedilatildeo

146

147

148

149

Anexo 13 ndash Autorizaccedilotildees para observaccedilatildeo

150

151

152

Anexo 14 ndash Fichas de observaccedilatildeo do aluno

153

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Portuguecircs

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 15102015

Hora 1415H Tempo letivo 43min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1425H Conversas paralelas deixa cair

coisas no chatildeo vai buscaacute-las

dispersa-se olha para traacutes de

modo sistemaacutetico faz perguntas

aleatoacuterias e descontextualizadas

Aluno sem medicaccedilatildeo

Aluno afirma natildeo ter feito o

TPC

1430H Tece um comentaacuterio ldquoPossa taacutes

bem atrasadardquo relativamente a

uma colega no entanto o aluno

tambeacutem estaacute atrasado Natildeo

espera pela sua vez Responde

sem ser chamado estaacute distraiacutedo

nunca sabe qual o exerciacutecio em

que se encontram natildeo

acompanhando os colegas

Faz referecircncia ao seu colega e

amigo Oxiang

1436H Tira a borracha do colega do

lado esquerdo sempre a olhar

para traacutes a mexer com as matildeos

a levantar da cadeira

1440H Natildeo encontra o estojo

Encontra-se sentado de lado na

154

cadeira A professora diz para

ele se endireitar

1444H A professora ajuda o aluno na

realizaccedilatildeo da atividade contudo

ele distrai-se com a borracha

1448H Os colegas fazem perguntas e o

aluno responde (de tipo coacutemico)

e vira-se para traacutes

1450H Fica confuso com o exerciacutecio

iniciado

1452H A professora pergunta se o

aluno jaacute terminou O mesmo diz

que natildeo batendo na mesa

1455H O aluno responde corretamente

quando solicitado

1458H O aluno coloca o gorro na

cabeccedila e diz que vai faltar ao

teste de HIST Em seguida diz

que vai claro e que teraacute uma

nota final positiva Entretanto

sai da sala e regressa apenas

para fechar a mochila Volta a

sair para o intervalo

Professora relembra a data do

teste

Aluno referiu que teve cerca de

60 na nota do uacuteltimo teste de

HIST

155

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (NA AULA)

Aluno SS

Ano 7ordm

Disciplina Cidadania

Assunto Avaliaccedilatildeo dos antecedentes e consequentes do comportamento e a sua

gravidade (frequecircncia e discrepacircncia)

Em 31052016

Hora 1415H Tempo letivo 44min

Observadores Investigadora

Tempo (horas) Descriccedilatildeo (situaccedilotildees

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1445H SS eacute chamado agrave atenccedilatildeo pelo

professor de CID em contexto

de sala de aula de Informaacutetica

Ri e olha agrave volta Professor diz

ldquoS acalma-te ou vou-me

chatearrdquo

Aluno com medicaccedilatildeo

1447H Aluno sempre a mexer o dedo

1448H Aluno muda o comportador

portaacutetil de siacutetio Professor volta

a intervir ldquoS tens 10 minutos

para terminar o trabalhordquo

1449H Fala com a colega do lado

1450H S com os olhos semicerrados

Professor volta a chamar a

atenccedilatildeo Aluno diz agrave colega

ldquoChega-te para laacuterdquo Em seguida

diz ldquoEacute comercialrdquo (sobre um

trabalho de publicidade

enganosa)

1452H Professor interpela o aluno e o

mesmo faz caretas enquanto diz

156

agrave colega ldquoSoacute temos um minuto e

dezrdquo Olha para o lado mexe no

cabelo tira a folha da colega e

arregala os olhos (tiques)

1455H Chama a professor e ele

pergunta ldquoO que eacute enganosordquo

A professora responde

1456H Fica apoiado na matildeo e lecirc ldquoQual

a tua opiniatildeo pessoalrdquo

1457H Professor vai ateacute ao aluno e diz

que na proacutexima aula teraacute de

apresentar o seu trabalho em

modo de alerta de tempo O

aluno repete (de acordo com o

viacutedeo que estaacute a ver) ldquoTu natildeo eacutes

tu quando tens fomerdquo Logo em

seguida ldquoQuando tenho fome e

como um chocolate fico mal

dispostordquo ndash enquanto isso

estava a olhar para a professor

de cabeccedila de lado metendo o

laacutepis na boca Professora

responde e ele diz ldquoNatildeo seiiiirdquo

1459H Alunos preparam-se para sair da

sala e o aluno vagueia (em

formato labirinto) ateacute agrave porta

volta para traacutes para entregar a

ficha de trabalho (ver anexo 16)

agrave colega e diz ldquoPara entregar na

proacutexima aulardquo

157

FICHA DE OBSERVACcedilAtildeO DO ALUNO (EM SITUACcedilAtildeO DE RECREIO)

Aluno SS

Ano 7ordm

Em 31052016 Hora 1503H Entre 1503H e 1513H

Tempo

Descriccedilatildeo

(lugares intervenientes

atividades tarefas material

comportamentos inferecircncias)

Observaccedilotildees

1503H O aluno e um fotoacutegrafo

dirigem-se ao auditoacuterio da

escola O fotoacutegrafo senta-se e o

aluno mantem-se em peacute

Aluno com medicaccedilatildeo

1504H O aluno de repente comeccedila a

falar de um padre ldquoEstava a

mudar as reses e ele laacute para fora

comeccedila a aguindar (marca

linguiacutestica) a aacutegua bentardquo

Fala de um padre Parece

recordar-se que tem EMRC agraves

1515H

1507H O aluno entretanto comeccedila a

abordar o tema relacionado com

negoacutecios de lavradores e o

fotoacutegrafo desenvolve a

sustentabilidade

1508H O aluno senta-se devagar

muito atento e diz ldquoEu tenho

um amigo querdquo

1510H O fotoacutegrafo diz ldquoOs lavradores

estatildeo a gastar mais do que

deviamrdquo O aluno volta a

mencionar o amigo ldquoO meu

amigo tem muitos alqueiros e

tira leite 3 vezes por diardquo

O aluno quer ser lavrador

1513H O fotoacutegrafo continua a alertaacute-lo

para as vantagens e

desvantagens de ter uma lavoura

e o aluno ndash pensativo ndash diz

ldquoQuando chegar laacute haacute de se ver

158

Se natildeo der natildeo deurdquo

Entretanto pergunta as horas e

diz que tem EMRC

159

Anexo 15 ndash Ficha elaborada por aluno com PHDA durante observaccedilatildeo

160

161

162

Anexo 16 ndash Fichas de elementos fornecidos pelo professor para a caraterizaccedilatildeo do aluno

163

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome JM Idade 15 anos

Professor P1

O aluno J revela uma enorme incapacidade de controlo do comportamento bem como

incapacidade de focar e dirigir a atenccedilatildeo Natildeo consegue fixar mais do que uma ordem de cada vez Natildeo

reteacutem a informaccedilatildeo a longo prazo

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

164

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome SS Idade 14 anos

Professor P1

O aluno S revela desadequaccedilatildeo de conduta dentro e fora da sala de aula Apresenta inuacutemeras

dificuldades ao niacutevel da inibiccedilatildeo de conduta bem como atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo Tecircm inuacutemeros tiques

principalmente ao niacutevel da face

Associada agrave Perturbaccedilatildeo de HiperatividadeDeacutefice de Atenccedilatildeo o aluno apresenta a Perturbaccedilatildeo da

Linguagem com predominacircncia na escrita e leitura o que contribui para o agrupamento da primeira

perturbaccedilatildeo uma vez que as suas dificuldades de concentraccedilatildeo satildeo agravadas por esta problemaacutetica

Para finalizar o aluno apresenta uma incapacidade de lidar com a frustraccedilatildeo

Em 08062016

Professor P2

Uma colega do SS haacute pouco tempo apareceu no gabinete a dizer que o aluno agrediu um colega

na aula de Educaccedilatildeo Fiacutesica partindo-lhe os oacuteculos propositadamente O aluno quando chamado agrave atenccedilatildeo

por mim negou Disse que foi ldquosem quererrdquo que natildeo tinha essa intenccedilatildeo O facto eacute crediacutevel pois o aluno

estimulado natildeo consegue controlar os impulsos de modo que muito provavelmente o deva ter feito sem

um objetivo pejorativo O aluno eacute meigo e atencioso no entanto quando em contexto de apoio manifesta

tiques vozeadosgritos levanta-se sai da sala e regressa Natildeo se manteacutem quieto e eacute um pouco egoiacutesta quer

em trabalhos individuais quer em trabalhos de grupo

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

165

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome DG Idade 13 anos

Professor P1

O D inicialmente revelava graves dificuldades de concentraccedilatildeo dificuldades estas que com

trabalho foram sendo colmatadas

Apresenta inuacutemeras dificuldades ao niacutevel das funccedilotildees executivas

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

166

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome ES Idade 12 anos

Professor P1

O aluno uma vez que faz a medicaccedilatildeo e jaacute foi diagnosticado haacute algum tempo encontra-se

bastante adaptado ao contexto de sala de aula

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

167

FICHA DE ELEMENTOS FORNECIDOS PELO PROFESSOR PARA A CARACTERIZACcedilAtildeO

DO ALUNO

(adaptado de Estrela 2008 p 266)

Nome FS Idade 13 anos

Professor P1

O aluno F embora esteja diagnosticado e a tomar medicaccedilatildeo haacute algum tempo demonstra

inquietude no ambiente de aula bem como alguma impulsividade

Em 08062016

NOTAS

1 Pedem-se todas as informaccedilotildees uacuteteis para a caracterizaccedilatildeo do aluno (se possiacutevel indicando

situaccedilotildees e comportamentos que permitam uma melhor compreensatildeo)

2 Estas informaccedilotildees destinam-se ao grupo de trabalho e teratildeo um caraacutecter estritamente

confidencial

168

Anexo 17 ndash Graacuteficos de Caraterizaccedilatildeo dos Participantes

169

19

81

Geacutenero

Masculino

Feminino

44

31

54

7

Idade

Natildeo colocou idade

20-29

30-39

40-49

mais de 50

170

Anexo 18 ndash Graacuteficos de anaacutelise de resultados do inqueacuteritos por questionaacuterio

171

4654

Tem alunos com PHDA

Sim

Natildeo

17

58

17

8

Maiores dificuldades

Sem justificaccedilatildeo

Gestatildeo da concentraccedilatildeo e docomportamento

Arranjar atividadesestrateacutegias para colmatar adistraccedilatildeo

Subestima inferioridadetristeza desconfianccedilaansiedade descrenccedila

5446

Conhecimentos acerca da PHDA

Sim

Natildeo

172

73

27

Identificaccedilatildeo de alunos com PHDA

Sim

Natildeo

7

7

15

50

14

7

Quais os conhecimentos acerca da PHDA

Natildeo evidencia os conhecimentos

Poucos conhecimentos

Conhecimentos gerais (porexemplo atraveacutes dedocumentaacuterios e internet)

Carateriacutesticas gerais dos alunos(concentraccedilatildeo execuccedilatildeo detarefas etc) e atitudes a tomar

Criteacuterios de diagnoacutestico eintervenccedilatildeo

173

28

29

14

29

Natildeo identifica alunos com PHDA

Natildeo tem formaccedilatildeo

Natildeo tem conhecimentos

Existecircncia de outrasproblemaacuteticas associadas

Dificuldadeconfusatildeo naidentificaccedilatildeo

58

38

4

Construccedilatildeo de materiais

Sim

Natildeo

Sem resposta

20

20

1020

20

10

Justificaccedilatildeo da natildeo construccedilatildeo de materiais

Natildeo houve oportunidade

Natildeo tem alunos com PHDA

Natildeo sentiu necessidade

Natildeo tem conhecimento deestrateacutegias a aplicar

Escassez (sobrecarga) detempo

Sem resposta

174

5442

4

Organizaccedilatildeo do plano de aula

Sim

Natildeo

Sem resposta

46

36

99

Estrateacutegias para ultrapassar as dificuldades com alunos com PHDA

Natildeo tem alunos com PHDA

Gestatildeo individual dasituaccedilatildeonecessidade doaluno

Maior solicitaccedilatildeo paraparticipar nas tarefas(exemplo ir ao quadro)

5831

11

Avaliaccedilatildeo do progresso do aluno com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

175

4 44

25

17

13

13

8

4

8

Intervenientes

Quando os alunos satildeodevidamente identificados comPHDA

Somente alunos acompanhadospelo Serviccedilo de Psicologia eOrientaccedilatildeo (SPO)

Para progresso na gestatildeo docomportamento e consequentedesempenho escolar

Diretor de Turma

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Encarregado de Educaccedilatildeo

Conselho de Turma

SPO

Professor de Educaccedilatildeo MoralReligiosae Catoacutelica

40

27

17

1033

Contacto com os seguintes intervenientes

Diretor de Turma

Psicoacutelogo

Encarregado de Educaccedilatildeo

Professor de Educaccedilatildeo Especial

Professor de EMRC

Sem resposta

176

5819

23

Participaccedilatildeo dos professores na intervenccedilatildeo e integraccedilatildeo dos alunos com PHDA

Sim

Natildeo

Sem resposta

34

33

13

7

13

Razotildees para os professores participarem no processo de intervenccedilatildeo e de integraccedilatildeo do

aluno com PHDA

Interveniente ativo noprocesso educativo

Necessidade de maior apoio

Rentabilizaccedilatildeo deaproveitamento

Intervenccedilatildeo ativa dosprofessores e afincada doSPO

Sem resposta

177

80

20

Importacircncia da formaccedilatildeo dos professores na aacuterea da PHDA

Sim

Natildeo

5050

Razotildees para a natildeo formaccedilatildeo dos professores

Falta de oferta formativa

Existecircncia de equipaespecializada

114

444

73

Sugestotildees dos professores respondentes

Accedilotildees de formaccedilatildeo

Melhorar a capacidade deidentificaccedilatildeo para sinalizaccedilatildeo

Instrumentos de intervenccedilatildeonos departamentos

Identificaccedilatildeo precoce paraintervenccedilatildeo mais eficaz

Psicologia convertida agraveglobalidade

Sem resposta

178

Anexo 19 ndash Anaacutelise de Conteuacutedo das Fichas de Elementos Fornecidos pelo

Professor para Caraterizaccedilatildeo do Aluno

179

Categorias Sub-categorias Respondentes

Identificaccedilatildeo de

carateriacutesticas de alunos

com PHDA

Dificuldades em P1 P2

1 Controlar o comportamento times times

2 Focar a atenccedilatildeo times

3 Reter informaccedilatildeo times

4 Inibir a atenccedilatildeo e concentraccedilatildeo times

5 Lidar com a frustraccedilatildeo times

Presenccedila de

1 Tiques times times

2 PEA times

3 Medicaccedilatildeo que

31 Atenua comportamento times

32 Manteacutem comportamento times

4 Agressividade ingeacutenua times

5 Afetividade times

6 Egoiacutesmo times

7 Preferecircncia por trabalhos

individuais

times

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