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Introdução Crítica às Sagradas Escrituras
ESCOLA DIOCESANA DE CATEQUESE
ROBERTO BOCALETE
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“Toda escritura é inspirada por Deus e
é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para
educar na justiça, a fim de que
o homem de Deus seja perfeito,
preparado para toda boa obra” (II Timóteo 3, 16-17)
A Bíblia
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PROGRAMA
• INTRODUÇÃO GERAL: o que é a Bíblia, o texto bíblico, geografia bíblica.
• PALAVRA HUMANA: a formação da Bíblia,comunicação e interpretação, e gênero literário.
• PALAVRA DE DEUS: o cânon, a autoridadebíblica, a inerrância e a inspiração.
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BIBLIOGRAFIAARENS, Eduardo. A Bíblia sem mitos: uma Introdução crítica. 3ª Ed. São Paulo: Paulus, 2007.
ARTOLA, Antônio; CARO, José Manuel Sachez. Bíblia e Palavra de Deus. Introdução ao estudo da Bíblia.
FRIES, Heinrich. Dicionário de Teologia: Conceitos fundamentais da teologia atual. Volume I – Adão – Dogma. São Paulo: Loyola, 1970.
BIBLIA DE JERUSALÉM. São Paulo: Edições Paulinas, 1986.
RODRIGUES, Maria Paula; RODRIGUES, Elisa; GONÇALVES, Pedro Lima; SILVA, Rafael Rodrigues; LARA, Valter Luiz. Palavra de Deus, Palavra da Gente: As Formas Literárias na Bíblia. São Paulo: Paulus, 2004.
SILVA, Cássio Murilo Dias da. Leia a bíblia como literatura. São Paulo: Loyola, 2007.
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• É preciso que o acesso à Sagrada Escritura sejaamplamente aberto aos fiéis. (DV 22)
• O conteúdo da palavra de Deus é palavra dagente que fez uma profunda experiência de fé.(RODRIGUES)
• A bíblia é um conjunto de testemunhos vividos,não de informações; conhecer a bíblia é entrar emseu mundo, é saber como e porque se relatouaquilo que se escreveu, é vibrar com seusautores. (ARENS)
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O que é a Bíblia
A palavra Bíblia significa "livrinhos", pois é o plural da palavra grega biblíon ("livrinho"),que por sua vez é o diminutivo da palavra biblos ("livro").
A Bíblia é um conjunto de escritos que são o produto eo testemunho da vida de um povo (Israel – AT) e de umacomunidade (cristianismo – NT) em diálogo com Deus.
A Bíblia é, assim, uma coleção de livros menores,diferentes entre si, cada qual contendo uma mensageme procurando iluminar a vida do povo de Deus deacordo com a realidade de quando foram escritos.
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• Só se começará a conhecer e a compreender aSagrada Escritura:
• quando se estiver familiarizado com sua origem ecom sua formação;
• quando se souber porque e com que formaforam escritos os diferentes livros;
• quando se souber algo do mundo daqueles paraos quais foram escritos diretamente, sua cultura ecircunstancias (Oriente Médio);
• quando se entender que os escritos foramcompostos por pessoas concretas, num dadotempo.
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Os livros da BíbliaFalam da história e da experiência deste povo de Deus,
ou povo de Israel. Escravo no Egito, este povo experimentou Deus como o Deus da vida e da liberdade.
Deus e o povo de Israel fizeram juntos uma Aliança, um pacto, um acordo:
Deus prometeu acompanhar e proteger sempre seu povo, e o povo prometeu
caminhar sempre segundo a vontade do seu Deus, vivendo na fraternidade, como
irmãos.
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Muitos anos de história e vidaA Bíblia conta acontecimentos que cobrem um período de tempo que vai:
desde a experiência do primeiro pai, Abraão, por volta do ano 1850 a.C.,
até a experiência de perseguição dos primeiros cristãos, no livro do Apocalipse de João,
100 d.C
Mais de dois mil anos, portanto, estão presentes
nas páginas da Bíblia.
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História do Povo de Deus
Jesus
Patriarcas
1850
1250
Êxodo
1030
Reis
587
Exílio da Babilônia
333
Período Grego
63
Período Romano
27
6 a.C.
Batismo
30
Paixão
Nascimento
538
Período Persa
Comunid. Jerusalém
34
36
Conversão Paulo
Comunid. Antioquia
49
Viagens pastorais
70
Destruição Jersusalém
Ev: Mc
80
115
Expansão da Igreja
Ev: Mt, Lc, Jo
Livro do ApocalipseOrigem do
Universo:12 a 20
bilhões de anos atrás
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Para compreensão correta da bíblia é precisoconsiderar que se trata de um conjunto de livrosque se originaram e foram compostos há muitosséculos e em um ambiente cultural muitodiferente do nosso.
É do verdadeiro Deus que se fala na Bíblia. Neleos profetas e Jesus puseram sua fé e com eleentraram em íntima comunhão, um Deus que sevem manifestando na própria história humana.
Os livros da Bíblia
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O Hebraico era a língua original do povo de Israel (idioma sonoro, sem muita abstração e generalização: é instrumento)
O Aramaico era falado pelos povos da Mesopotâmia e aparece em alguns trechos do Primeiro Testamento ( trechos de Dn e Esd)
O Grego koiné é a língua do Novo Testamento: é polido, com gramática refinada, para reflexão: é arte.
( Deuterocanônicos: Tb, Jt, 1 Mac, 2 Mc, Eclo, Sb e Br)
Os livros antigos
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Manuscrito em forma de códicePapiro enrolado
Os livros antigos
Argila cozida, pedrasCerâmica
Pergaminhos de couro de ovelhaPalimpsestos: reutilizados
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O texto e a sua história
•Os textos originais (autógrafos) daBíblia – tal como os da literaturaclássica antiga – perderam-se, nãose conserva nenhum.
•Conservamos alguma fontedocumental? Sim, conservam-semanuscritos, cópias dos originaisescritas à mão ainda que fossemais exato dizer, “cópias decópias”.
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Um pouco do mundo (GEOGRAFIA)
Américas
Asia
Oceania
Africa
Europa
OrienteMédio
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IsraelPalestina
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Os rios Nilo, e o Tigre e Eufrates Mesopotâmia
Egito
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Rio Jordão
Mar da Galiléia*
Mar Morto
(*) Lago de Genezaré Tiberíades
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Mar morto
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A Bíblia foi longamente preparada e gerada
Como um conjunto de testemunhosmultiformes da relação de diálogo entre Deus eos homens, relação histórica e humanamentevivida.
O único personagem que perdura é Deus; osoutros aparecem e morrem, e são julgadossegundo sua relação com Deus
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A FORMAÇÃO DA BÍBLIA1) ACONTECIMENTO OU EXPERIÊNCIA (FATO)
2) INTERPRETAÇÃO ( Qual o significado? olhar de fé)
3) FORMULACÃO (linguagem acessível para ser contada)
4) TRANSMISSÃO ORAL (A, B,C = X) elaboração do central
5) REINTERPRETAÇÃO (crise + novos fatos = repensar)
6) ESCRITURA do essencial (autor [retoque] e gênero literário)
7) CÂNON (inspiração bíblica/ normatividade)
8) TRADUÇÃO (formal e funcional/ interpretação) 9) LEITURA MULTIFACETADA... (oração, exegese analítica,
teologia, catequese, liturgia e pregação, ciências humanas)
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TRADIÇÃO ORAL• O tecer dos relatos mantinha viva a tradição do
povo.
• Tradição é um processo de crescimento no curso doqual se preserva o velho, mas interpretado comonovo (alterações).
• O que não tinha relevância era esquecido, por issona Bíblia encontramos enormes vazios deinformação que gostaríamos de conhecer (infânciade Jesus)
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O povo já estabelecido,consciente da identidade própria,preocupa-se por manter viva atradicão oral, suas histórias eexperiências.
A Escritura começa a ganharcorpo durante o reinado de Davi eSalomão (X-IX séc. a.). Toma forçaquando os assírios destroem o Reinode Isreal (730) e é frutuosa noperíodo do cativeiro da Babilônia(598) e na reconstrução.
DA TRADIÇÃO ORAL À ESCRITA
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Para não esquecer o passadoe a história (identidade), Para transmitir a Revelaçãode Deus às gerações futuras(projetar-se no futuro), Para alimentar a fé, a
e para ser proclamada nascelebrações litúrgicas.
3O que ouvimos e aprendemos, o que nossos pais nos contaram, 4não oocultaremos aos seus descendentes; tudo contaremos às geraçõesvindouras: as glórias do Senhor e o seu poder, e as maravilhas que Elefez. (Sl 78,3-4)
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FIXAÇÃO ESCRITA
• Com o passar do tempo, e por razões diversas, asdiferentes tradições que circulavam e sepreservavam como unidades independentes umasdas outras foram reunidas em pequenos “livros”.
• Trabalho editorial do escritor: em alguns casos, aordem era cronológica; em outros, temática, ousegundo o que o escritor queria comunicar.
• O autor é considerado um autêntico autor literário,passou de receptor para emissor do atocomunicativo.
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• É importante frisar que cada livro foi compostoindependentemente dos outros.
• Os autores não se propuseram em fixar seusescritos com a intenção de que eles fizessemparte de uma coleção (isso é posterior).
• Os textos escritos foram reinterpretados,retocados, revisados, tendo partes perdidas,outras acrescentadas, de acordo com o enfoque.
• A forma escrita permitia se dirigir ao texto comcaráter de norma, o que o rodeava de umasacralidade que a forma oral não tinha.
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COMUNICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO• Interpretar é perguntar-se pelo significado de tal
coisa, pelo seu valor ou importância. Interpretamosconforme os “óculos de nossa realidade cultural”.
• A Bíblia é uma interpretação do autor que arecebeu como tradição oral e depois a escreveu.Toda interpretação é apreciação ou valoração sobrealguém ou algum acontecimento: a morte de Jesus.
• Os textos bíblicos apresentam interpretaçõesprimordialmente religiosas, mas não exclusivamente
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• As interpretações na Bíblia sobre os diversosacontecimentos relaciona-se ao nível deconhecimento e ao grau de cultura dos diversosintérpretes (exemplo: epilepsia nos evangelhos).
• Para entender um texto é necessáriocompreender o significado dos termos nocontexto (sócio-político-econômico-geográfico-cultural)
• Autor bíblico: é filho de seu tempo, estácondicionado e influenciado pela situação e pelacultura em que vive. Há de se destacar que aimportância está na mensagem (salvífica) enão em quem a escreve.
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COMUNICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO
• Os escritos da Bíblia são TESTEMUNHOS DAVIDA DA COMUNIDADE (judaica e cristã) emseu processo de formação, em suaafirmação de identidade – que distingue essacomunidade de outros povos – e na expressãode sua fé – que a distingue de outras religiões.
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• O que entendemos por Gênero Literário? Podemosresumidamente dizer que Gênero Literáriodesigna os vários tipos ou modelos de textoque encontramos na Bíblia.
• Gênero Literário é uma abstração linguística quepermite associar na mesma categoria os textos quepossuem forma literária semelhante.
• Forma é o conjunto de dos elementos linguísticosque dão fisionomia precisa e única ao texto
GÊNEROS LITERÁRIOS
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• A Bíblia é um conjunto de pequenos textos, que secaracterizam por suas formas e gêneros literáriosespecíficos (vasta biblioteca).
• O autor emprega o gênero literário adequado paraexpressar seu propósito.
• O gênero literário é produto da necessidade decomunicar-se adequadamente – relação cominterpretação
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Diversos géneros literários combinados no interior de cada livro:poesia e lendas, relatos históricos, leis e normas, discursos emeditações, genealogias, evangelhos, cartas, fábulas, parábolas,reflexão histórica, novelas, sagas, chamados vocacionais,apocalipses, profecias…
Diversos gêneros literários
Para falar de uma experiência religiosa : Deus que amae faz Aliança com o Seu povo e caminha com eleconduzindo-o da escravidão para a liberdade…
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• Aspectos fundamentais para o estudo dosgêneros e formas literários:
• compreensão clara dos temas/assuntoscentrais do texto;
• análise da estrutura literária;• uso da linguagem/forma que em que o texto
se apresenta ou é apresentado;• e, sobretudo, a identificação do propósito do
texto.
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CONTEXTO• Compreensão do texto tem estreita relação com o
contexto vital em que foi escrito
• Contexto vital (âmbito mais amplo): contextohistórico, político, econômico, social, religioso,cultural, determinando por um momento e lugar.
• Situação vital (circunstância): circunstâncias queafetam a vida e ocasionam uma reação imediata(Sitz im Leben).
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• Entender e conhecer a situação vital é essencialporque está estreitamente relacionada acompreensão dos textos, já que respondem asituações concretas.
CONTEXTO CULTURAL
• Destaque para mentalidade semítica x gregaGrego: admira, quer encontrar a essência,comtempla, é lógico e racional.Semita: aproxima, percebe, sente, é prático erelacional
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• A mentalidade semita é percebida e sentida,prática e relacional; é uma mentalidade movidapela ação, por isso, muitas vezes tende a serexagerada (exemplo: parábolas).
• Sua linguagem é simples e rústica, porém, cheiade metáforas, imagens e relatos
• O grego analisa, quer definir, entender,sistematizar, aponta para perfeição das formas,busca a harmonia
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O CÂNON• O conceito cânon se refere à coleção dos escritos
bíblicos considerados “inspirados” por Deus,que constituem a regra ou norma para fé e paraa vida do crente.
• A origem da canonicidade deu-se por causa deuma crise de identidade tanto no judaísmo quantono cristianismo. Uma das principais causas foi acirculação de escritos de diversas índoles queofereciam uma visão equivocada da fé judaicae cristã.
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• Para compreender a decisão de fixar o cânon é necessário ter presente:
1. Dimensão comunitária é importante e ja existiaantes de qualquer escrito.
2. Nenhum escrito foi composto com a decisão defazer parte do cânon: decisão foi bem posterior aoescrito.
3. A comunidade já reconhecia o livro comonormativo antes da decisão de compor o cânon
4. A decisão de fixar um cânon surgiu a partir desituações conflitivas (escritos duvidosos eproduções diversas)
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• O cânon é um produto de um processohistórico (ganhando consistência até serfixado) e de uma decisão teológica(convicções de fé).
• A razão de oficializar o cânon, sobretudo doNT, estava no fato de assegurar a unidadeem torno de uma mesma confisão de fé
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CRITÉRIOS DE CANONICIDADE
• Regula fidei: identidade entre a fé vivida e oescrito
• Coerência com os demais escritos sagrados
• Antes de fazer parte do cânon já servia deconduta para comunidades e era aceito por outrascomunidades (tradição e universalidade).
• Serem escritos de época fundacional, situadosnum limite cronológico.
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CÂNONE HEBRAICO: TANAK
CRITÉRIOS
1. O livro não poderia ter sido escrito fora do territóriode Israel.
2. O livro não poderia conter passagens ou textos emaramaico ou grego, mas apenas em hebraico.
3. O livro não poderia ter sido redigido após a época deEsdras (458-428 aC).
4. O livro não poderia contradizer a Lei de Moisés(Pentateuco).
5. Inspiração divina e autor eram critérios importantes
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• Septuaginta (Bíblia dos LXX) – cânon Alexandrino– tradução do hebraico para o grego (sec. II a.C.)feita por 70 sábios.
• Bíblia Hebraica (cânon palestinense) – cânonoficial do judaísmo até hoje (não inclui osdeuterocanônicos)
• Deuterocanônicos: não são aceitos nem pelojudaísmo e nem pelo protestantismo – retiradosno cânon palestinenses por serem escritos emgrego (Lutero assumiu a tradução palestinense)
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Livros deuterocanônicosDeuteros (segundo) +canônico
Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico, Sabedoria, 1 Macabeus e 2 Macabeus, - seções gregas de Ester e
Daniel.
Vaticano I (1870): confirmou a validade dosdeuterocanônicos do Antigo Testamento, baseando-se naautoridade dos Apóstolos e da Sagrada Tradição.
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Primeiro Testamento / Bíblia hebraicaPentateuco Livros históricos Livros sapienciais Livros proféticos
1. Gênesis-Gn 1. Josué-Js 1. Jó-Jo 1. Isaias-Is2. Êxodo-Ex 2. Juízes – Jz 2. Salmos-Sl 2. Jeremias-Jr3. Levítico-Lv 3. Rute-Rt 3. Provérbios-Pr 3. Lamentações-Lm4. Números-Nm 4. I Samuel-I Sm 4. Eclesiastes-Ecl 4. Baruc-Br5. Deuteronômio-Dt 5. II Samuel-II Sm 5. Cânt. dos Cânticos-Ct 5. Ezequiel-Ez
6. I Reis-I Rs 6. Sabedoria-Sb 6. Daniel-Dn 7. II Reis-II Rs 7. Eclesiástico-Eclo 7. Oséias-Os 8. I Crônicas-I Cr 8. Joel-Jl 9. II Crônicas-II Cr 9. Amós-Am 10. Esdras-Esd 10. Abdias-Ab 11. Neemias-Ne 11. Jonas-Jn 12. Tobias-Tb 12. Miquéias-Mq 13. Judite-Jt 13. Naum-Na 14. Ester-Est 14. Habacuc-Hab 15. I Macabeus-I Mc 15. Sofonias-Sf 16. II Macabeus-II Mc 16. Ageu-Ag 17. Zacarias-Zc
18. Malaquias
46 livros x 39 livros
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• OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
• A ordem em que se encontram os blocos da Bíbliahebraica, conhecidos como Torah, Profetas eEscritos, não correspondem ao período de suacomposição, mas à ordem na qual foram aceitoscomo normativos.
• A ordem dos proféticos obedece umaclassificação por importância e não cronológica
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CÂNONE CRISTÃOCRITÉRIOS
1.A proximidade do escrito com a missão de Jesus(limite cronológico).2.Origem apostólica (garantia de tradição).3.Papel formativo de um determinado texto cristãodentro da comunidade (regula fidei).4.Coerência do texto com os demais escritos noPrimeiro Testamento e voltados para a tradição e paraa catolicidade.5.Os textos só foram considerados como inspiradosdepois de serem canonizados (diferença com ojudaísmo).
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• Vulgata: traduzida para o latim feita por S.Jerônimo (sec. IV), baseada na LXX.
• O Cânon do Novo Testamento ficoudefinitivamente fixado na segunda metade doséculo IV
• Concílio de Trento (1546) declarou como canônicaa Vulgata com os apocrífos.
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OS LIVROS APÓCRIFOS
Chama-se apócrifo a um livro de autor desconhecidoque tem certa afinidade com os livros sagrados noargumento ou no título mas ao qual a Igreja Universalnunca reconheceu autoridade canónica por não serinspirado.
Têm um certo valor porque mostram ideias religiosas e morais maisou menos difundidas nos tempos próximos de Jesus Cristo e porquerecolhem dados da Tradição que não se encontram nos Evangelhos;por exemplo, os nomes dos pais da Santíssima Virgem, a suaapresentação no Templo, etc.
O termo grego apokrypha, da raiz Kryphein (ocultar),no seu sentido primitivo significava coisas ocultas,ou mais exactamente livros ocultos ou secretos.
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A AUTORIDADE DA BÍBLIA
• Relação com o cânon e a inspiração
• O cristianismo não pode ser considerado comoreligião do livro, mas da Revelação. Nossa fé nãoestá na Bíblia (como conjunto de escritos), masnaquele a quem a Bíblia se refere: Deus.
• A autoridade da Bíblia está no fato de que o escritoremete a alguém que está na sua origem: Deusrevelador e inspirador.
• A autoridade tem relação com Revelação, depois févivida e em seguida escrita
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• A Bíblia não tem autoridade por si mesma, masem relação a Deus
• Os escritos da Bílbia tem autoridade porquecontêm testemunhos da REVELAÇÃO quedeu origem a indentidade judeu-cristã econtêm testemunhos de FÉ FUNDANTE
• A Bíblia é o conjunto de testemunho devivências que foram interpretadas comoreveladoras de Deus
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• A Bíblia é limitada e condicionada por diversosfatores (do tempo de sua composição), nelaencontram-se diversos erros científicos ehistóricos (NÃO TEM AUTORIDADESUPREMA).
• A Bíblia mostra sua autoridade em suacapacidade de questionar seriamente aspessoas.
• Sua autoridade está na eficácia e no impactoquem tem na vida das pessoas.
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• A autoridade da Bíblia não reside nos escritoscomo tais, mas na autoridade de quem serevelou e continua se revelando, de queminspirou e continua inspirando: Deus.
• A autoridade da Bíblia continua eficaz, porquemostra o caminho da relação de fé entre Deus eo homem, o caminho de nossa salvação –felicidade e realização em plenitude.
• Sua autoridade se manifesta em seu poder dedar forma à nossa realidade, de transformá-lae conduzi-la pelo caminho traçado por Deus.
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RESUMINDO:
• Deus é fonte da Revelação e da Interpretação, issodá a dimensão de autoridade
• A fé está na pessoa (Deus) a quem se refere e nãono escrito
• Por detrás da Bíblia há valores humanos (estilo,língua, linguagem, ideologias humanas, contexto,interpretações)
• A Bíblia não é manual de respostas a todos osprobleas válidos para todos os tempos
• Autoridade da Bíblia está no fato de ser testemunhode fé fundante.
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A INERRÂNCIA BÍBLICA
• A inerrância (ausência de mentira) é umaqualidade da Bíblia que está estritamenterelacionada com a sua autoridade e com ainspiração divina
• A não-verdade acidental é denominada erro, epode ocorrer devido desconhecimento, distração,informação incorreta; a não-verdade intencional édenominada mentira: na Bíblia há erros e nãomentiras.
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• A Bíblia chegou a nós mediante cópias de originaisque se perderam: possibilidade de alguns errosinvoluntários ou introduzidos intencionalmente peloscopistas ou também escritores bíblicos.
• A verdade que Deus quis manifestar na Bíblia é averdade salvífica; portanto, verdade na Bíblia nãoé sinônimo de exatidão informativa.
• Na Bíblia encontra-se uma série de erroscientíficos e históricos. As informações econhecimentos presentes são marcas doconhecimento que os autores humanos tinham naépoca, e não Deus: está aí a evidência de que aBíblia foi escrita por homens.
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• Dentre os muitos erros presentes na Bíblia:• citações do Antigo Testamento por parte dos
escritores do Novo Testamento que não coincidem;• as discrepâncias entre textos ou ainda repetições;• conceitos teológicos divergentes e inconsistências
de ordem moral;• opiniões pessoais do autor, que não correspondem
a revelação divina;
• a Bíblia é livre de erro somente naquilo queconcerne à salvação, a dimensão religiosa,porém, não é um livro que expressa tudo o que dizrespeito a essa salvação, mas o indispensável.
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• A Bíblia é filha de seu tempo e torna-se um grande equívocopensar que os textos foram escritos por uma espécie deditado sagrado à margem das pessoas e de sua vidahistórica real.
• A verdade da Bíblia, portanto, situa-se no âmbito religioso,concretamente no salvífico e os dados históricos ecientíficos não caem sob a inerrância bíblica
• Deve-se saber, portanto, distinguir entre verdade científica,que responde a perguntas referentes ao como, quando eonde, da verdade teológico-religiosa, que responde o que epara quê.
• A verdade da Bíblia é o encontro do homem com Deus, éverdade salvífica.
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INSPIRAÇÃO BÍBLICA
• Inspiração vem do latim que quer dizer soprar paradentro. No âmbito religioso remete ao sopro divino.
• Aplicado à Bíblia refere-se a comunicação poriniciativa divina a pessoas de algo vital
• A inspiração bíblica é um carisma ou dom deDeus dado as pessoas envolvidas no processodesde a tradição oral até a fixação escrita(comunidade)
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• O autor inspirado: eram guiados de tal modo quereconhecessem, compreendessem e interpretassemdeterminados acontecimentos e vivências em suadimensão reveladora, os transmitissem correta eadequadamente ao seu auditório, para suaedificação e orientação na fé ao longo do tempo,pelo caminho que conduz à salvação (fundacional).
• Deus inspirou, iluminou, capacitou e guioucapacidades mentais para que reconhecessem, nosfatos da vida, sua presença libertadora.
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• Texto inspirado: são entendidos comoinspirados somente a medida que seus autores oestiveram (a inspiração dirige a pessoas e não aescritos).
• Deus inspirador: os escritos bíblicos sãotestemunhos de vivências ou experiências dapresença ativa de Deus.
• Os textos bíblicos são produtos de pessoasinspiradas e, por isso mesmo, são capazes deinspirar outras pessoas (leitores atentos).
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• A inspiração, no entanto, não eliminava aslimitações naturais dos autores humanos e,portanto, as de suas obras, que se dirigiam amomentos concretos com conceitos própriosdaquele tempo.
• A inspiração deu-se muito antes que seescrevesse uma só letra, e é a inspiraçãodivina que move as pessoas e comunidadesa compreenderem a mensagem salvífica quea Bíblia comunica.
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• A inspiração divina não pode ter concluído com acomposição do último livro da Bíblia: Deus nãodeixou de guiar seu povo.
• Para compreender o texto é preciso conhecer osentido pretendido pelo autor (fidelidade àintenção de quem escreve)
• A inspiração bíblica inclui a comunicação humana:o Espírito conduziu a fixação por escrito darevelação histórica, o que faz da Bíblia um livrode identidade
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BÍBLIA SAGRADA
HOJE
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Primeiro Testamento
Pentateuco Livros históricos Livros sapienciais Livros proféticos1. Gênesis-Gn 1. Josué-Js 1. Jó-Jo 1. Isaias-Is2. Êxodo-Ex 2. Juízes – Jz 2. Salmos-Sl 2. Jeremias-Jr3. Levítico-Lv 3. Rute-Rt 3. Provérbios-Pr 3. Lamentações-Lm4. Números-Nm 4. I Samuel-I Sm 4. Eclesiastes-Ecl 4. Baruc-Br5. Deuteronômio-Dt 5. II Samuel-II Sm 5. Cânt. dos Cânticos-Ct 5. Ezequiel-Ez
6. I Reis-I Rs 6. Sabedoria-Sb 6. Daniel-Dn7. II Reis-II Rs 7. Eclesiástico-Eclo 7. Oséias-Os8. I Crônicas-I Cr 8. Joel-Jl9. II Crônicas-II Cr 9. Amós-Am10. Esdras-Esd 10. Abdias-Ab11. Neemias-Ne 11. Jonas-Jn12. Tobias-Tb 12. Miquéias-Mq13. Judite-Jt 13. Naum-Na14. Ester-Est 14. Habacuc-Hab15. I Macabeus-I Mc 15. Sofonias-Sf16. II Macabeus-II Mc 16. Ageu-Ag
17. Zacarias-Zc18. Malaquias-Ma
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Segundo testamento
Evangelhos Escritos de Lucas Cartas de São Paulo Epístolas Católicas
1. Mateus-Mt 1. Atos dos Apóstolos-At 1. Romanos-Rm 1. Tiago-Tg2. Marcos-Mc 2. I Coríntios-ICor 2. I Pedro-I Pd 3. Lucas-Lc 3. II Coríntios-II Cor 3. II Pedro-II Pd 4. João-Jo 4. Gálatas-Gl 4. I João-I Jo
5. Efésios-Ef 5. II João-II Jo 6. Filipenses-Fl 6. III João-III Jo 7. Colossenses-Cl 7. Judas-Jd 8. I Tessalonicenses-I Ts 9. II Tessalonicenses-II Ts 10. I Timóteo-I Tm 11. II Timóteo-II Tm 12. Tito-Tt 13. Filemôn-Fm 14. Hebreus-Hb
Escritos de João1. Apocalipse-Ap
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A Bíblia, Palavra de Deus
Quem lê a Bíblia, percebe que ela não se trataantigo tesouro literário ou uma mina dedocumentação sobre a história das idéias moraise religiosas de um povo.
A Bíblia não é somente um livro no qual se fala deDeus; ela se apresenta como um livro no qual Deusfala ao homem, como atestam os autores bíblicos:
Não se trata de uma palavra sem importância para vós: é vossa vida
(Dt 32,47)
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I. A PALAVRA É COMO...
alimento para quem come, 11assim também acontece com minha palavra: El1111111-11).
CHUVA QUE FECUNDA A TERRA
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10E como a chuva e a neve que caem docéu para lá não voltam sem antes molhara terra e fazê-la germinar e brotar, a fimde produzir semente para quem planta ealimento para quem come, 11assim tambémacontece com minha palavra: Ela sai daminha boca e para mim não volta semproduzir seu resultado, sem fazer aquiloque planejei, sem cumprir com sucesso asua missão (Is 55,10-11)
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FOGO QUE QUEIMA POR DENTRO
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Pensei: “Nunca mais hei de lembrá-lo,não falo mais em seu nome!” Masparecia haver um fogo a queimar-mepor dentro, fechado nos meus ossos (Jr20,9)
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ALUZ QUE ILUMINA A CAMINHADA
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Lâmpada para meus passos é tuapalavra e luz para o meu caminho(Sl 119,105)
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Pensei: “Nunca mais hei de lembrá-lo, não falo mais emseu nome!” Mas parecia haver um fogo a queimar-me pordentro, fechado nos meus ossos (Jr 20,9).
ESPADA AFIADA QUE CORTA
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Fez de minha língua uma espadaafiada que ao alcance da mão eleguardou, fez de mim uma setapontiaguda e em sua aljava meescondeu (Is 49,2)
esthercardoso
ATLETA QUE CORRE VELOZ
Manda à terra a sua mensagem, suapalavra corre veloz (Sl 147,15)
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ALIMENTO QUE SACIA
esthercardoso
2Eu abri a boca e ele me fez comer o rolo,3dizendo: “Filho do homem, alimenta teu ventree sacia as entranhas com este rolo que te dou”.Eu o comi, e era doce como mel em minha boca(Ez 3,2-3)
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REMÉDIO QUE CURA
esthercardoso
Enviou sua palavra para
curá-los e preservá-los de
descer ao túmulo(Sl 107,20)
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A PALAVRA ANIMA A VIDA E A PASTORAL
A PALAVRA NA TOTALIDADE DA VIDA
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