São Paulo Abril/ 2011
PESQUISA – CNPq / PPSUS Proj_012_9269256
Estudos avaliativos sobre a implantação do Plano Diretor de Regionalização no Estado do Acre
Sítio Norte – Universidade Federal do Acre
AM
Questões geográficas e sociais locais são fundamentais para construção de estratégias de descentralização dos serviços de saúde
Condição traçadora: Controle ao Câncer de Colo de Útero
• alta incidência no Brasil e no Estado do Acre
• acompanhamento da trajetória de usuárias no sistema de saúde, com a família e pelo território
Analisar as potencialidades e dificuldades da política estadual de regionalização e descentralização no Estado do Acre, com foco nos processos de mediação do acesso às práticas terapêuticas na perspectiva da integralidade.
Redes sociais Aspectos relacionais: pessoas, contextos, instituições. Forma,
conteúdo e relação entre eles; fluxos e movimentos no SUS
Perceber nas articulações cotidianas pistas para construção de cidadania democrática (MARTINS; FONTES, 2004)
Integralidade Cotidiano das práticas: articulação de ações e serviços de
saúde na oferta do cuidado nos diferentes níveis de atenção do sistema, em aspectos preventivos, curativos, individuais ou coletivos. (PINHEIRO, 2008).
Mediação Ressignificação, modificação, efeito, impacto em sujeitos e
situações (ALMEIDA, 2008; DAVALLON, 2007)
Pesquisador como mediador (MENDONÇA, 2004)
Operacionalização do conceito: dispositivos técnicos e sociais nos serviços e no território, que facilitam ou dificultam a busca por cuidado
Relações baseadas na dádiva gratidão, relações de troca, generosidade, alteridade - alicerce
para a formação de laços entre pessoas ou grupos (CAILLÉ, 2000, p. 15).
Regionalização • diretriz política-administrativa que visa a descentralização
de ações e serviços de saúde (VIANA, 2007)
Contexto da regionalização da saúde • avaliação em diferentes níveis de cuidado • identificação de mediadores acessados pelos usuários • produção e apropriação de informações e conhecimentos
Medidas de integralidade • condições traçadoras / trajetória de usuários para avaliar
serviços (HARTZ e CONTANDRIOPOULOS, 2004)
Avaliação centrada no usuário
Itinerários terapêuticos Caminhos percorridos na busca por cuidado Mediadores nesse percurso: presentes nas redes sociais
Triangulação de métodos (Minayo, 2006) Entrevistas em profundidade - história de vida focal
(usuárias, mediadores e informantes - chave) Entrevistas semi-estruturadas com gestores Grupo focal – MARES (Martins, 2009) Diário de campo Vídeo etnográfico
Recorte territorial: Regional de Cruzeiro do Sul
Usuárias em diferentes contextos
urbana/sede da regional
rural de difícil acesso
rural de fácil acesso, mas fora do limite estadual (Amazonas)
Mediações formais e informais - atuação dos mediadores heterogênea nas redes sociais das usuárias para a garantia de acesso ao cuidado
Quando as relações formais se mostram frágeis, as mediações informais e privadas interferem na organização dos serviços públicos, em aspectos como percurso, duração e continuidade no tratamento
Nos processos de mediação observou-se relações onde é favorecida a circulação da dádiva, onde se manifestam a alteridade e o vínculo como atributos da relação. Outras são predominantemente de caráter utilitário, aproveitando as necessidades iminentes das usuárias.
A identificação e o reconhecimento dos processos de mediação da busca por cuidado pode aproximar do cotidiano o processo de planejamento da regionalização no Estado do Acre.
Melhorar a organização dos serviços de saúde, possibilitando:
Uso de tecnologias avaliativas pela gestão e serviços (itinerários terapêuticos e vídeo)
Incorporação de diferentes aspectos ao planejamento de ações e investimentos (acrescentando dados qualitativos aos dados quantitativos / epidemiológicos).
Otimização de processos (potencialidade no uso de tecnologias de informação e comunicação – rádio, informática e vídeo)
Texto completo em: PINHEIRO, R.;MARTINS, P.H. (org). Usuários, redes sociais, medições e integralidade em saúde. Rio de Janeiro: UERJ/IMS/ LAPPIS, 2011.
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