jb folhassetembro/outubro 2009 | ano 6 | nº32 distribuição gratuita
em
o informativo do jardim botânico
JB em Folhas em revistaInformativo completa seis anos correndo
atrás do que é notícia no bairro. (Páginas 4 e 5)
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ExpedienteO JB em Folhas é uma publicação bimestral, editadapelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.www.armazemcomunica.com.brEditora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ)
Redação: Betina DowsleyProjeto Gráfico: Paulo Pelá - www.bolaoito.com.brRevisão: Carla Paes LemePublicidade: Célia Medeiros - 9311-9174Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406Secretária de Redação: Sheila GomesFotos da Capa: Chris Martins, divulgação (Cachoeirados Primatas e Márcio Montarroyos) e Paulo Pelá (JB).Tiragem: 5.000 exemplaresTelefone: 2294-4926e-mail: [email protected] site: www.jbemfolhas.inf.br
Editorial Seis anos de olho no Jardim Botânico
Caro Leitor,
Parece que foi ontem que fomos convidadas a apresentar um modelo de jornal de bairro para a As-
sociação dos Amigos e Moradores do Jardim Botânico. Por motivos que não cabem explicar aqui, a
AMA-JB desistiu da parceria e nós, como já estávamos no pique e animadas com a ideia de escrever
sobre o bairro em que morávamos, fomos à luta e criamos o JB em Folhas.
De lá pra cá, como costumamos dizer, o Jardim Botânico bombou em tudo, inclusive em jornais
de bairro. Se antes não tinha nenhum, agora são quatro. Mas, sem falsa modéstia, o nosso sempre
manteve sua qualidade, que é atestada toda vez que alguém da nossa equipe passa por uma ban-
ca ou que um vizinho nos aborda perguntando quando sairá o próximo exemplar ou para fazer um
elogio a uma matéria publicada.
Nesse tempo de publicação não ficamos ricas – como chegaram a pensar algumas pessoas sem
noção do que é produzir um jornal nesse país, ainda mais de bairro –, mas, com esta realização,
temos certeza de que, como cidadãs, fizemos nossa parte pela comunidade. Não foram poucas as
vezes em que o JB em Folhas pautou jornais maiores ou mesmo chamou a atenção das autoridades
para problemas da região. É um pouco desse feito que o leitor poderá conferir em nossa matéria
de capa (páginas 4 e 5), na qual fazemos um retrospecto das matérias publicadas aqui nesses seis
anos, o que conseguimos mudar e o que ainda falta acontecer para melhorar (ainda mais) esse
bairro tão querido.
Estes seis anos de existência nos dão muito orgulho, pois mostram que é possível realizar qual-
quer boa ideia, desde que se tenha força de vontade. E nós temos muita, pois, além do jornal,
também estamos comemorando os cinco anos de Sebinho nas Canelas, troca-troca de livros infantis.
Um pouco dessa história está na coluna “Dedo de Prosa” (página 6).
Nada disso seria possível sem a participação fundamental do leitor, de nossos anunciantes, que
acreditaram nesse veículo, e da gráfica CMYK, nossa parceira de todas as horas que nos presenteou
com uma edição toda colorida. Todos foram importantes para melhorarmos o nosso trabalho. A to-
dos, o nosso muito obrigado e que a gente consiga sempre corresponder a esta confiança.
Até dezembro,
Christina Martins e Betina Dowsley
Distribuição:Bancas de jornais, galerias e prédios comer ciais do
Jardim Botânico, Bibi Sucos, Cavídeo, Jardim Botânico,
Parque Lage, Agência dos Correios da rua Jardim
Botânico. Display: Galeria da Rua Maria Angélica.
Telefones úteisBombeiros 193 / 3399-1234Cedae (água e esgoto) 195 / 0800 281195CEG (emergência) 0800 240197CET-Rio 2286- 8010Comlurb 2204-9999Defesa Civil 199 / 2576-5665Disque-Denúncia 2253-1177Disque-Luz (Iluminação urbana) 2535-5151Disque-Barulho e Patrulha Ambiental 2503-2795Guarda Municipal 153 Light 0800 21019615ª DP 2332-2871Polícia Militar 190Subprefeitura da Zona Sul 2274-4049 / 2511-0501Vigilância Sanitária 2503-2280 Tele-Dengue 3553-4025Tele-gripe 0800 2810 100Procon 151
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Carolina Martins Brandão e Joana Tostes dos Santos são as musas inspiradoras do Sebinho nas
Canelas, principal evento infantil do bairro, que já se tornou tradição em seus cinco anos de
atividade. Hoje com dez anos, as verdadeiras amigas da pracinha são leitoras compulsivas e
curtem tanto as histórias da turma do Menino Maluquinho como as da Mafalda. Ajudantes
mirins na organização do evento, elas já moldam a brincadeira a seu gosto, convocando as
colegas não apenas para trocar livros, mas também para criar bijuterias, que revendem, infor-
malmente, em busca de um trocado para o sorvete.
Cara do JB Carolina Martins e Joana Tostes
Carece de urgência um “choque de ordem” no tre-
cho entre as ruas Faro e Lopes Quintas, cuja calçada
se transformou numa pista de corridas de bicicletas,
triciclos, motos etc. A circulação, proibida por lei, é
vista todos os dias – impunemente – pelos guardas de
trânsito que nada fazem para garantir os direitos dos
transeuntes, contra os invasores.
Marcelo Correia Lima
Cartas s Sou moradora do JB há seis meses e adoro o “JB em Fo-
lhas”. Além de informativo, o jornal celebra a natureza e
dá boas oportunidades de lazer no bairro. Porém, confes-
so que fico enojada e chocada cada vez que saio a pé de
casa, especialmente na Lopes Quintas e arredores, com a
quantidade de cocô de cachorro. Como pode ser que os
moradores sejam tão displicentes e pouco higiênicos em
relação ao própio bairro? Sugiro uma matéria de capa so-
bre o assunto. Continuem com o ótimo trabalho!
Bárbara Vieira
“Sou moradora do Ed. Gemini, na rua JB número 616,
e gostaria que soubessem que me orgulho muito
por ter uma revista de bairro tão bem escrita e com
matérias super interessantes em diversas áreas.
Esta, particularmente, está ótima! Ofereço-me para
colaborar em que precisarem no jornal. Sugiro uma
campanha de limpeza, talvez em vez de “ NÃO jogar
lixo no chão”, “Pegue um lixo esquecido e jogue na
lixeira” ou algo no gênero.”
Ana Luiza Ford
Seis anos de notícia!No próximo mês de outubro, o JB em Folhas
completa seis anos de circulação e, como no pri-
meiro ano, vai comemorar! O jornal convoca seus
leitores a mostrarem seus conhecimentos sobre
o bairro num quiz especial, no próximo dia 23 de
outubro, no Lunático Café. Será possível participar
do jogo sozinho ou em grupos. Compareçam!
Consciência ambiental no JB
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saudáveis, formando, desde pequeno, o cidadão
do futuro. Os passeios acontecem no primeiro
sábado do mês, das 9h30 às 11h30. O próximo
está agendado para o dia 3 de outubro. O ponto
de encontro é na Alamedas do Jardim.
Curso gratuito para domésticasEstão abertas as inscrições para o curso para em-
pregadas domésticas na Paróquia da Divina Provi-
dência, na rua Lopes Quintas. A primeira turma se
formou em agosto, com direito a confraternização
entre patroas e empregadas. O curso é gratuito e
oferece certificado. As aulas acontecem às segun-
das-feiras, das 18h às 19h, e são divididas em 13
módulos, sendo possível começar em qualquer
época do ano. Entre as lições estão arrumar a
mesa, lavar e passar roupa, além de dicas culiná-
rias. Inscrições e informações na secretaria da pa-
róquia ou pelo email [email protected].
ABBR inaugura fábrica de cadeira de rodasEm setembro, foi inaugurada a fábrica de cadei-
ra de rodas da Associação Brasileira Beneficente
de Reabilitação (ABBR), com a presença de Lygia
Lowndes, Presidente do grupo de legionárias da
entidade, e de Márcio Pacheco, Secretário Muni-
Folhas do Jardim q cipal da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro
(foto abaixo). A instituição produzirá 150 cadeiras
de rodas, além de cadeiras higiênicas, andadores
e muletas, mas a meta é chegar a 600 peças/
mês. A fábrica de cadeiras de rodas da ABBR faz
parte da Oficina Ortopédica, setor da entidade
que já produz dezenas de órteses, próteses e cal-
çados, fornecidos pela instituição.
Mello Mattos IA Casa Maternal Mello Mattos, que já vinha en-
frentando dificuldades há algum tempo, teve
sua situação agravada por conta do atraso no
repasse das verbas estaduais e municipais. As
crianças que lá residiam foram todas adotadas
e agora o espaço funciona apenas como escola
pública. Para tentar reverter a situação, o casa-
rão está sendo alugado para eventos. Mais infor-
mações pelo telefone 2512-1266.
Mello Mattos IIA partir deste ano, o Circuito das Artes do Jar-
dim Botânico, que aconteceu no final de agos-
to e início de setembro, programou uma ação
social especial. No próximo dia 30 de outubro,
sexta-feira, alguns artistas do Circuito farão ofi-
cinas gratuitas para os alunos do educandário
Mello Mattos.
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O projeto “Eu Neutralizo” realizou ações educativas,
palestras e visitas guiadas contra o aquecimen-
to global no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O
evento – promovido pela Brasil 1 Entretenimento,
com sede aqui no bairro – aconteceu nos dias 20
e 21 de setembro e contou com sessões de teatro
infantil e artistas circenses, teatro de bonecos, ofici-
na de reciclagem, gincana ecológica, capoeira (fo-
to), apresentação do coro da Companhia Bachiana
Brasileira e palestras com personalidades ativas no
combate ao aquecimento global.
Trilhas no JB para criançasO grupo Pés Verdes vem fazendo sucesso dentro
do Jardim Botânico, organizando caminhadas pe-
las trilhas do parque com crianças. O objetivo é
repensar a relação do ser humano com o planeta
e possibilitar a criação de hábitos de vida mais
AULAS DE PIANO – professora formada na França, com mais de 10 anos de experiência, especializada em aulas para crianças a partir de 4 anos. Em domicílio ou na rua Pacheco Leão. Béatrice: 2512-1940 ou 8149-0070
AULAS DE FRANCÊS – professor francês diplomado pela Sorbonne – Universidade de Paris. Todos os níveis. Pascal: 2512-1940
ORGANIZAÇÃO DE ARMÁRIOS – qualquer tipo de arrumação, da cozinha aos quartos. Ana Luiza: 9425-3765
CLASSIFICADOS
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Seis anos de notíciasde maio deste ano, sobre a calçada em frente
ao Centro Espírita Estrela do Oriente deu resulta-
do, como pode ser visto na foto acima.
O Jardim Botânico e o Parque Lage são assun-
tos de prioridade para este nosso informativo e,
por duas vezes ao longo desses seis anos, foram
matéria de capa, além de inúmeros registros na
coluna Folhas do Jardim. O primeiro sempre foi
motivo de orgulho, por sua história, sua admi-
nistração cuidadosa e sua projeção internacio-
nal, tendo merecido destaque com a inauguar-
ção do Museu do Meio Ambiente e a comemo-
ração de seus 200 anos em 2008. Já no caso
do Parque Lage, registramos o total abandono
em que se encontrava o local entre os anos de
2005 e 2006, apesar de ser administrado por
três poderes (municipal, estadual e federal). E
foi com alegria que este ano publicamos a re-
cuperação da área e o momento de glória pelo
qual ele passa, com exposições interessantes e
área bem cuidada.
Além dos problemas domésticos, o JB em Fo-
lhas acompanhou o crescimento do bairro. Onde
mais é possível encontrar os mais variados sa-
bores - da alta gastronomia aos botecos de bai-
Quando imaginamos fazer o JB em Folhas, pen-
samos logo em todas as coisas boas que o bair-
ro oferece: o verde, o comércio diferenciado, a
vizinhança simpática, a gastronomia, os eventos
culturais... Mas para que serve um jornal – espe-
cialmente um de bairro – senão para informar?
Nossa proposta nesta edição é fazer uma re-
trospectiva do que foi publicado aqui e conferir
o que mudou e o que continua na mesma. A
matéria principal da primeira edição, por exem-
plo, apontava a Linha 4 do Metrô como solução
para o tráfego intenso no bairro. Em outubro de
2003, a obra já tinha sido licitada havia cinco
anos; entretanto, até hoje não saiu do papel e,
ao que tudo indica, não passará mais pelo Jar-
dim Botânico.
Ainda no primeiro número, a AMA-JB lançou
a campanha “O melhor amigo do homem é o
dono do cão, que não deixa cocô no chão”, es-
palhando simpáticos galhardetes com o lembre-
te pelas ruas. A moda pegou por um tempo e,
dois anos depois, frequentadores da praça Pio
XI se mobilizaram e estenderam a faixa “Cocô
de cachorro: aqui se faz, aqui se pega”. O as-
sunto ainda dá pano para mangas, como pode-
mos constatar na seção de Cartas desta edição
(página 2), que traz reclamação de moradora e
proposta de uma nova campanha.
A Praça Pio XI, aliás, sempre foi alvo de grandes
manifestações e vitórias. Foi a partir de uma suges-
tão do casal Katia B. e João Barone, que se or gani-
zou um mutirão para customizar a escadaria do
lo c al com azulejos (foto acima). Complementando
a decoração, recentemente, o paredão ao lado foi
grafitado pela turma do Fleshbeck Crew, expoente
do bairro nesta manifestação artística. Também foi
lá que moradores se reuniram para colher assinatu-
ras pedindo mais segurança depois de um arrastão
que assustou a vizinhança no ano passado.
O trânsito (foto), a conservação das calçadas
e a questão da segurança são assuntos sempre
presentes no jornal, seja na ‘boca do povo’ ou
como tema de matérias de capa, com maior
destaque. Não são raros os dias em que rece-
bemos e-mail ou ouvimos comentários nas ruas
sobre a má conservação das calçadas, o desres-
peito às leis de trânsito e o quanto isso piora o
fluxo de veículos. A Prefeitura exige dos mora-
dores a conservação das calçadas e, muitas ve-
zes, tem retorno. Um flagrante nosso, na edição
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O
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xa renda (vide coluna Flagrante, na página 6)?
Muita gente falou aqui que sentia falta de uma
sala de cinema no bairro. Não surgiu – ainda –
uma grande sala, mas já temos três cineclubes:
o do Jardim Botânico, o do Parque Lage e o do
Baukurs. Isso sem falar nas inúmeras produto-
ras e produções que circulam por aqui. O Jardim
Botânico é também berço de atores graças ao
teatro Tablado e seus cursos, prestes a come-
morar 50 anos!
E o que dizer de um grande hospital com vis-
ta panorâmica para a Lagoa e atendimento de
primeira? Ou da excelência dos serviços médicos
da ABBR, referência em todo o estado quando o
assunto é reabilitação? Não faltam consultórios
médicos, clínicas e laboratórios particulares, mas
também encontramos instituições sem fins lucra-
tivos como o Ambulatório Praia do Pinto (foto) e
o Patronato da Gávea. No quesito cidadania, tive-
mos algumas baixas com o fechamento do Depsi
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(Desenvolvimento de personalidade sócio-infan-
til), no Horto, que atendia crianças portadoras de
necessidades especiais; e também da biblioteca
comunitária Canto da Leitura do Horto.
A força do bairro encontra-se no poder dos
seus moradores. Não fosse isso, o Jardim Bo-
tânico não teria tantas associações, como foi
registrado na edição de abril de 2005, quando
o jornal chamou a atenção para grupos que se
formaram para defender a comunidade, como as
Associações de Moradores do Horto, do Jardim
Corcovado e a própria AMA-JB, que aparece co-
mo porta-voz do bairro para tantas questões.
Voz do bairro, o JB em Folhas está sempre
alerta, não só para os problemas, mas também
para o lazer e as compras, revelando os endere-
ços e serviços secretos que a gente só encontra
aqui e que dão mais charme ao bairro. As dicas
vêm em forma de cartas, anúncios, entrevistas...
Alguma sugestão?
O JB, que é polo gastronômico com bares e restaurantes
de grife, também reserva espaço para botequins despo-
jados como o Bar Gente Bem, na Visconde da Graça; o
Bar da Ponte, na Pacheco Leão; e o Flor do Horto e Bons
Amigos, ambos no Horto. Os mais gaiatos já chamam os
points de BR (baixa renda) – pelo preço mais em conta –,
mas eles ajudam a manter o espírito de cidade do inte-
rior, tão decantado entre os moradores do bairro.
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UM DEDO DE PROSApor Chris Martins
Uma ideia e uma praça
A ideia quando é boa segue a estrada, sem
que ninguém perceba quanto tempo se pas-
sou. A frase serve para ilustrar o meu espanto
ao perceber que, agora em outubro, o Sebi-
nho nas Canelas – troca de livros infantis que
acontece a cada bimestre, na Praça Pio XI -
completa cinco anos de muita atividade.
Foi totalmente por acaso que surgiu a ideia
de fazer uma troca de livros infantis. Eu e An-
gela Tostes, minha parceira no site Amigas
da Pracinha (www.amigasdapracinha.com.br),
conversávamos, quando a pauta “livro” entrou
em discussão. Por conta do gosto das nossas
filhas – Carolina e Joana, ambas hoje com dez
anos – pela leitura e o quanto custava manter
esse hábito saudável, surgiu a proposta: e se a
gente fizesse um troca-troca de livros?
Da sugestão à realização, ainda levou um
tempinho. Faltava decidir o local e o forma-
to. A Praça Pio XI, com seu cantinho acon-
chegante no Jardim Botânico, acabou sendo
escolhida pela proximidade de casa.
Nós tínhamos na cabeça Bolinha e Luluzi-
nha vendendo revistinhas em caixotes, como
no gibi, mas como o evento seria em uma
praça pública, não podia haver circulação de
dinheiro. A solução foi adotar fichas: a criança
traz um livro em bom estado – sem rasuras e
completo – e troca por uma ficha, que dá di-
reito a um livro disponível na banca. Funciona
assim até hoje.
E foi assim que esticamos nossa lona, nu-
ma tarde nublada de outubro de 2004. Não
éramos mais do que 50 pessoas (foto) e ro-
lou até um pão de queijo entre os presentes,
que assistiam à perfomance do Circo Pionzinho,
dos palhaços Filomena e Salame. Hoje a praça
recebe entre 200 a 300 pessoas, a cada edição,
que acontece pela manhã, das 10h às 13h.
Nesses cinco anos, fomos gradualmente agre-
gando amigos e parceiros, fazendo com que o
Sebinho não fosse apenas uma simples troca
de livros, mas um programa para toda a famí-
lia. Cada edição costuma ter um tema ligado a
uma data especial, que pode ser o Dia do Meio
Ambiente ou o do Folclore. O importante é que
passe uma mensagem sobre meio ambiente e
cidadania para os pequenos. É como eu costumo
dizer: as esperanças de um mundo melhor (e
mais humano) estão nas mãos e na consciência
dos pequenos. Durante as três horas de duração
do Sebinho, o que se cultiva são as palavras tro-
ca, parceria, amizade e respeito pela praça, pri-
meiro espaço de sociabilização da criança.
É bacana a gente passear pela praça e ver fa-
mílias interagindo em torno de um livro ou de
um contador de histórias. Boas lembranças não
faltam nesses cinco anos, como a de pessoas
que já chegaram carregadas de livros apenas
para serem doados às várias bibliotecas comuni-
tárias que são beneficiadas com o que não é tro-
cado no Sebinho. Tem uma história clássica
que costumo contar para mostrar a força do
troca-troca e do poder infantil: uma criança
que estava sem livro se apaixonou por um
exemplar da banca e não o largava de jeito
nenhum. Só restou à mãe ir até o posto de
gasolina e comprar um outro livro para que a
filha pudesse fazer a troca.
Nesse período, o Sebinho ganhou edições
diferenciadas – com troca-troca de brinque-
do –, outras fora da praça Pio XI – como re-
centemente no Parque Lage -, e até entrou
para o calendário de atividades do colégio
Andrews, na manhã da família. Só que, para
quem acompanha o evento, bom mesmo é
na praça Pio XI!
Mas, além das crianças e dos pais, é im-
portante agradecer a todos os parceiros que
esti veram presentes, fazendo com que cada
edição fosse melhor do que a outra. É com
esse espírito que vamos ocupar novamente a
Praça Pio XI no dia 24 de outubro das 14h às
18h, reunindo todos os que já participaram,
para comemorar essa idade nova e bem su-
cedida. Vida longa ao Sebinho e que ele con-
siga se replicar em outras praças!
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A gente que mora e vive no Jardim Botânico es-
tá tão acostumada a cruzar com o ator Gustavo
Falcão pelas ruas do bairro que custa a imagi-
nar que o pernambucano veio morar no Rio há
pouco mais de oito anos, sendo apenas metade
deles por aqui.
Pudera! Gustavo não gosta de ficar parado.
Em outubro, além das ruas do JB, ele poderá ser
visto no teatro, no cinema e na TV, com as es-
treias, quase simultâneas, da peça “Linha reta,
linha curva”, de Machado de Assis, com direção
de Dudu Sandroni; no canal por assinatura HBO,
com a segunda temporada da série “Filhos do
Carnaval”, de Cao Hamburger; e no cinema, com
o longametragem “Praça Saens Peña”, uma ho-
menagem aos 250 anos da Tijuca.
Na dramaturgia, Gustavo tira tudo de letra. Di-
fícil, segundo ele, é seu cargo de administrador,
ao lado da mulher Juliana Feres, no Lunático Ca-
fé. Aberto há dois anos e meio, o lugar já se es-
tabeleceu no cenário do bairro, sendo referência
em toda a cidade quando o assunto é aula de
acrobacia aérea.
- Setenta e cinco por cento dos nossos alunos
são daqui mesmo do bairro, mas tem gente de
Copacabana, Botafogo, Barra... A novidade é a
realização de festas de aniversário, que têm
sucesso garantido entre as crianças, com os te-
cidos, e também entre os adultos, no café, ob-
serva Gustavo.
Mas cuidar dos cursos, para ele, é a parte fácil
do negócio. Ele já fazia isso quando dava aulas
em Botafogo e na rua Lopes Quintas. Funcionan-
do numa casa na rua Visconde de Carandaí, o Lu-
nático cresceu. Tem 10 funcio nários e o que seria
inicialmente uma cafeteria funciona como bar e
restaurante, aberto diariamente não só para os
alunos da casa. Dos lanches rápidos, passou a
oferecer almoço executivo durante o dia e pizzas,
à noite, com direito à entrega em domicílio.
- Esta movimentação de caixa é grande e exi-
ge muito cuidado e atenção, mas a gente está
se virando, garante ele.
Quando não está ensaiando, gravando ou fil-
mando, Gustavo mal sai daqui do bairro e con-
segue ir a pé de casa para o trabalho. No ca-
minho, resolve suas compras e suas pendências
bancárias, passa pelo Vídeo Nacional e, quando
quer um pouco mais de agitação, vai ao Bel-
monte ou ao Garrafeiro.
Para encontrar os amigos, ele assume que
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nem precisa sair de casa. “O Lunático virou pon-
to de encontro, todo mundo vem aqui, seja para
o quiz, na última sexta-feira do mês; seja para
a feijoada de sábado ou para a pizza de todo
dia!”, conta o ator satisfeito. “Onde mais poderia
reunir tanta gente boa?”, completa.
O ator vê semelhanças entre o JB e sua cida-
de natal, Recife: ambas têm um clima provincia-
no gostoso, em que todo mundo conhece todo
mundo. Para ele, só precisava mesmo é melho-
rar o trânsito daqui!
Ilustre Morador q
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A programação gratuita de cineclubes no Jardim Botâ-
nico, no Parque Lage e no Baukurs ajuda a suprir a falta de uma sala
de cinema de verdade no bairro.
A falta de respeito de muitos donos de cachorro que
insistem em deixar a sujeira de seus animais nas ruas.
Para elogiar ou para reclamar, este aqui é o seu espaço. Mande a sua opinião por e-mail jbemfo [email protected].
Valeu!
Foi mal!
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Criada há 30 anos, a instituição - que abriga 25 idosos, entre ho-
mens e mulheres com idade acima de 70 anos - está precisando
de material de enfermaria, como soro fisiológico, gaze, esparadrapo,
álcool hospitalar, ataduras de crepe, água oxigenada, além de remé-
dios como Cataflan (pomada), Reparil gel ou Gelol e Dorflex. Infor-
mações e doações podem ser feitas na Rua Lopes Quintas 302 ou
pelo telefone 2294-5648, de segunda a sexta, das 8h às 17h.
DE OLHO NO JB Cidadania Comunidade de Betânia
AdvogadaMichelli Ferreira Barros
Michelli Ferreira Barros | OAB/RJ
EDIÇÃO DE NATAL: NOVEMBRO/DEZEMBRO 2009. RESERVE JÁ O SEU ESPAÇO: 2294-4926
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