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Ano XX - nº 222 A P E S P Trabalhadores da Segurança - Irmãos de ofício Março de 2014

Distribuição gratuita

Construtores da SegurançaPessoas que devotaram sua vida ao serviço

da sociedade

Cel Itamar de CastroSistemas de Comunicação

Pág. 12

Cel Antônio SilveiraEscritorPág. 08

Cel Rodolfo PachecoO negociador - depoimento

Pág. 06

Queremos que a história da segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul, quando lida, pesquisada ou processada, para qualquer finalidade, tenha a referência concreta de todos os seus construtores e de todas as suas instituições policiais (BM, PC, Susepe, IGP e Detran).

Cel Moacir SimõesHistoriador Pág. 10

Atenção empresário anuncianteEstá sendo utilizado indevidamente o nome

Correio Brigadiano.Solicite a credencial da empresa e na insistência

comunique imediatamente à polícia (BM ou PC).direção do abc/JCB

Eriston promovido a 2º Sgt, o que por sí, só, não encerra o casoAutor da pedrada se queixa de ameças ao Comandante da BM que abre Sindicância contra PMs

Pág - 3

O incêndio das viaturas na APMO que realmente está por trás desse atentado

Pág - 14

Ten Busin, Nelton JoséLiderança de Lagoa VermelhaPág. 05

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Correio Brigadiano pág 2 - Março de 2014

Os artigos publicados com assinatura nesta página não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. As cartas devem ser remetidas para a coluna Mural do Leitor, com assinatura, identificação e endereço. A Redação do JCB fica na Rua Bispo Willian Thomas, 61, CEP.: 91.720-030, Porto Alegre/RS. Por razões de clareza ou espaço, as cartas poderão ser publicadas resumidamente.

Quem anda em sinceridade , anda seguro;

mas o que perverte os seus caminhos ficará

conhecido.Provérbio 10 v.9

Mur

al d

o Le

itor

O P I N I Ã O

Presidente: Ten Claudio Medeiros BayerleVice-Presidente: Cel Délbio Ferreira Vieira Tesoureiro: Ten RR Luiz Antonio R. VelasquesSecretário: Maj RR Pércio Brasil Álvares

Endereço: Rua Bispo Willian Thomas, 61 - CEP: 91720-030 - Porto Alegre/RS

Utilidade Pública Estadual e Municipal

Distribuição gratuita para todos os servidores civis e militares, da ativa e inativos da BM, policiais da ativa e aposentados da Polícia Civil, servidores da Susepe, IGP, instituições municipais de segurança, vereadores, prefeitos e parlamentares.

Associação Pró-Editoração à Segurança Pública

Correio Brigadiano Editora Jornalística LtdaCNPJ: 05974805/0001-50

Telefones e Fax:(51) 3354-1495 (51) 8481-6459

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Jornal “abc da Segurança Pública”

Diretor: Vanderlei Martins Pinheiro – Ten Cel RRRegistro no CRE 1.056.506 INPI nºs 824468635 e 824466934

Administrativo: Franciele Rodrigues Lacerda Relações Institucionais: Cel Délbio Ferreira Vieira e Ten Valter Disnei (colaboradores) Comercial: Paulo Teixeira e equipe de vendedores (ver www.abcdadeseguranca.org.br) Atendimento e elabora anúncios: Janaina Bertoncello Secretária da redação e postagens web: Estagiária Gislaine GuimarãesCirculação: Ten Jorge Ubirajara Barros (colaborador) Redação: TC Vanderlei Martins Pinheiro – MTb/RS nº 15.486Assessoria: TC e Jorn Paulo César Franquilin Pereira – MTb/RS nº 9751 (colaborador) Web Mídia/Redator: Sgt Rogério de Freitas Haselein (colaborador) Fotografia: Ten RR Enídio Pereira – Fotógrafo Jornalista MTE nº12368 e arquivos de OPMs E ACS da BM/RS e Arq da ACS PC/RS.

Tiragem: 15.000 exemplaresImpressão: Gráfica Correio do Povo

Ano XX – nº 222 – Mar de 2014 – Correio Brigadiano: uma voz na Segurança Pública

Questões legais

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PODERES DECORRENTES DO PODER HIERÁRQUICO PARTE 5

Marlene Inês Spaniol - Cap QOEM Bacharel em Ciências Jurídicas pela PUC/RS Mestre em Ciências Criminais pela PUC/RSDoutoranda em Ciências Sociais pela PUC/RSServindo no Departamento Administrativo DA/BM

Repúdio dos Direitos Humanos da Brigada Militar( Caso Sd Erislton - do boneco da Coca-Cola)

Este sujeito imundo, mau caráter, bandido que permeia a escória da sociedade, não será esquecido, até que pague, o crime cometido..Isso acontecerá de alguma maneira, mais cedo ou mais tarde.

Particularmente conto as horas para ver este verme, enjaulado e pedidno água para a mamãe lá dentro do presídio central. Nós da Comissão dos Direitos Humanos do Policiais Da Polícia Militar do RS, já divulgamos e vamos relembrar sempre todo o início de semana, a tua imagem.

Podes te esconder onde quiseres, em qualquer buraco. Nós te iremos encontrar e te levar ao banco dos Réus como merecimento teu, e troféu para que atos abomináveis como os teus, jamais saiam da memória da polícia e do povo gaúcho.

Marlon Willrich - Presidente do Movimento DH BM

Outra nota de repúdioAos interessados após muitas buscas pela net eis que encontrei o que parece ser o perfil do

F.D.P ele bloqueou as fotos mas de cara parece ser o perfil de um legitimo rebelde existe também uma foto em que aparece o rosto encoberto com fotografias na frente, mas do nariz pra baixo é possível ver que se trata do individuo em questão! Pena não existirem dados como endereço, telefone… Espero que este f.... pague pelo que fez, pq se fosse um PM por muito menos que isso teria ido parar no presidio do BOE.

[email protected]

Uma das maiores característica - primado principal da democracia está em sua submissão ao império da lei. Por outro lado, por paradoxal que pareça, é sob esse império da lei que deve e ocorrem os embates acirrados nos parlamentos das três esferas nacionais (município, estado membro e união).

Em todos os níveis da sociedade, o embate de ideias tem de ser processado pela sociedade e, muitas vezes, expresso por manifestações. Embate que necessita ser forte e profundo para ser produtivo. As oposições sociais se engalfinham, dentro dos parâmetros da lei, sendo capazes de gerar nos limites do bom senso, os quais serão norteadores nacionais, do que se define doutrinari-amente como, aspirações nacionais.

O império da lei em risco (1ª parte)Por isso se diz que a democracia é o regime

das pressões. Elas (as pressões) ocorrem na comunidade; no boca a boca; nas relações virtuais; nas manifestações populares; nas associações de bairro, sindicatos de empregados e patronais; nas entidades filantrópicas, na mídia de toda espécie, na ocupação de todo espaço possível de fazer política. E esse eco manifestante, ordeiro mesmo que até turbulento, que vai reverberar em todos os parlamentos, sensibilizando os gestores da lei.

Mas, só realmente será pressão, e surtirá os efeitos satisfatórios de transformação da vontade social e ou popular, quando tudo estiver arregi-mentado, treinado e capaz de se fazer presente, nos locais que tenham de ser percebidos pelos parlamentos. Quando o canal de comunicação

necessita dessa estratégia, mais forte, já está sinalizando que há problemas na relação dos legislativos e executivos, na interpretação dos anseios sociais e populares. Assim se diz que a pressão democrática é consequência da sua capacidade de organização ou da incapacidade dos administradores públicos. E essa só pode ter existência quando há legitimidade, pelo desres-peito da política praticada por parlamentares e inte-grantes do executivo. Assim, quando um executivo e sua base parlamentar fomentam manifestações, como foi o caso dos Black Boc, pago por forças estranhas, amiga das bases do governo federal, iniciou o grande risco do populismo controlado pela violência de grupos invisíveis, mas totalmente conectados ao poder. (continua)

Sobre o poder de delegação e avocação, especificamente, convém lembrar os artigos 11 a 15 da Lei nº. 9.784/99 que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal e sobre o tema da competência diz que:

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for con-veniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:I - a edição de atos de caráter normativo;II - a decisão de recursos administrativos;III - as matérias de competência exclusiva

do órgão ou autoridade.Art. 14. O ato de delegação e sua revogação

deverão ser publicados no meio oficial.§ 1º O ato de delegação especificará as

matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos

da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.

§ 2º O ato de delegação é revogável a qual-quer tempo pela autoridade delegante.

§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

Art. 15. Será permitida, em caráter excep-cional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competên-cia atribuída a órgão hierarquicamente inferior. (grifou-se)

Com base no poder hierárquico, pode haver distribuição de poderes e funções entre os diversos órgãos e agentes, sendo conseqüência deste poder a possibilidade dos órgãos superiores determinarem, supervisionarem, coordenarem, corrigirem e avocar as atividades dos órgãos e agentes inferiores e/ou subordinados.

Mas o poder hierárquico não se constitui apenas de deveres aos agentes subordinados, mas também constitui dever aos órgãos e agentes superiores, que devem supervisionar os atos dos subordinados e, se for o caso, determinar a cor-reção ou mesmo avocá-los. Chama-se de revisão hierárquica o ato praticado pelo superior que, de ofício ou mediante provocação do interessado, aprecia os atos praticados pelos subordinados, podendo mantê-lo ou reformá-lo, salvo se ele já

produziu direito adquirido pelo particular e exauriu seus efeitos, hipótese em que a revisão não é mais possível.

CONSIDERAÇÕES FINAISObjetivamente o poder hierárquico é típico da

função administrativa e executiva e decorre das relações de subordinação, distribuição de funções e gradação de autoridade, decorrendo dele as faculdades de dar ordens, fiscalizar, delegar, avocar e rever ou reexaminar seus atos.

Os poderes administrativos, entre eles o poder hierárquico, são instrumentos de trabalho essenciais para que a administração possa de-sempenhar as funções que lhes são atribuídas pela Constituição Federal, permitindo ao Estado manifestar concretamente sua vontade que de-verá ser balizada pelo efetivo interesse público e pela legalidade.

Os poderes da administração o são em razão da organização política e social estabelecida a partir da nossa Constituição Federal. No contexto atual da sociedade brasileira, em que se vive em um estado democrático de direito, deve haver um respeito muito grande às leis, aos poderes con-stituídos e, também, ao poder público, para que prevaleçam os pilares democráticos do modelo de Estado adotado em nossa Constituição.

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E S P A Ç O

P O L Ê M I C A

O incêndio em Vtrs da BM na APM

O sinistro em investigação pela Brigada, ainda não apontou evidências de autoria concreta.

O que realmente está por trás desse atentado?Com saldo posotivo de quase meio milhão, contas IBCM são aprovadas

A assembleia geral de associados IBCM aprovou por unanimidade o parecer do Conselho Fiscal sobre o balanço anual exercício 2013 da instituição. Os conselheiros já haviam aprovado as contas. O saldo positivo no ano passado foi de quase meio milhão de Reais.Durante a assembleia, realizada no dia 14 de março, foi apresentado o relatório da consultoria Davi & Correa Auditores Independentes S/S. O documento revela que as demonstrações financeiras foram adequadas “em todos os aspectos relevantes”.O consultor contábil da instituição, Salézio Dagostim, completou que “a gestão finan-ceira está bem, a exemplo da gestão econômica, sob controle”. Ele ainda reconheceu os esforços da direção para “melhor ofertar serviços a seus associados”, ao mesmo tempo que precisa se preocupar com o pagamento das obrigações com dívidas e empregados.O presidente da instituição, Daniel Lopes dos Santos, comentou que os pareceres do consultor contábil, dos auditores e do conjunto de conselheiros “mostram a transpar-ência com as contas da IBCM e o trabalho sério que vem sendo realizado”.

IBCM lança campanha Volta às Aulas 2014Com a presença de dezenas de crianças e autoridades a IBCM lançou em março a campanha Volta às Aulas 2014. Durante o lançamento, meninos e meninas partici-param de brincadeiras, ouviram a Banda da Brigada Militar e receberam o carinho dos organizadores.A entrega dos kits com lápis, canetas, cadernos e tudo mais que as crianças precisam em sala de aula ocorreu no auditório da IBCM aos alunos da creche Tio Chico. Du-rante todo o ano letivo mais garotos e garotas vão receber o material. O propósito da campanha é arrecadar de empresas privadas parceiras da instituição e entregar a famílias que não têm condições de comprar material didático a seus filhos.O presidente da IBCM, Daniel Lopes dos Santos, comentou que a ajuda que está sendo dada vai ser importante para pais com dificuldade financeira. “Sabemos das necessidades da família brigadiana. Este é um pequeno ato de ajuda, mas de muito significado”, comentou Daniel.O ano letivo na rede estadual em 2014 começou em 24 de fevereiro e tem previsão de término em 19 de dezembro. Nas redes municipais e privada o início das aulas foi entre os dias 17 e 24 de fevereiro, dependendo de cada cidade. Em Porto Alegre o começo do período letivo foi no dia 26 do mês passado. O recesso escolar de inverno será entre 19 de julho e 3 de agosto.

Dez veículos foram atingidos pelas chamas, sendo que quatro ficaram completamente destruídos

Após ter quatro viaturas completamente destruídas em um incêndio no pátio da Academia de Polícia Militar em Porto Alegre, a Brigada Militar ainda não tem ao certo o valor do prejuízo. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o Chefe do Estado Maior da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas Moreira afirmou não ter ao certo o tamanho do prejuízo com o incêndio.

— Ainda precisamos levantar quantas viaturas foram realmente atingidas. Elas não tinham seguro. Precisamos aguardar o trabalho dos peritos para ter uma dimensão melhor do que e como aconteceu. (Zero Hora de 25/02/s2013)

O incêndio que danificou 10 viaturas zero-quilômetro da Brigada Militar (BM) na noite de segunda-feira, em Porto Alegre, é tratado como atentado contra a corporação. Em averiguação preliminar, peritos constataram sinais de que houve mais de um foco de incêndio, indicativo de que seria um ataque efetuado por mais de uma pessoa. Uma das suspeitas é que gente da própria BM esteja envolvida, já que o local é vigiado por policiais armados, e dificilmente um grupo civil entraria sem ser notado.

Opróprio governador Tarso Genro foi taxativo ao falar na probabilidade de atentado.– Houve uma provocação nesse incêndio. Alguém deve ter feito aquilo. É difícil crer

que tenha sido combustão espontânea dos veículos – declarou, em entrevista coletiva no Palácio Piratini, na Capital, depois da formatura de 200 alunos do ensino técnico.

A BM deslocou pelo menos 30 policiais do serviço de inteligência para investigar o incêndio, ocorrido por volta das 23h no pátio da Academia de Polícia Militar, na Avenida Aparício Borges, na zona leste da Capital. A origem do fogo deverá ser determinada pelo levantamento feito durante toda a manhã de ontem pelos peritos do Instituto-geral de Perícias (IGP) – o relatório final sai em até 30 dias. Um Inquérito Policial-militar (IPM) foi aberto pela Corregedoria de Polícia para investigar o caso.

– A hipótese de atentado é muito grande, pelas características, pelo horário – alertou o coronel Alfeu Freitas Moreira, chefe do Estado Maior da BM. (Site da ABAMF)

Governador diz que incêndio foi provocado

Semana decisivaA BM corre contra o tempo para elucidar

o caso. O entendimento entre os oficiais que trabalham no IPM é de que os próximos dias serão decisivos para definir os rumos da investigação. Se os criminosos não forem identificados em três ou quatro dias, o sen-timento é que o crime ficará insolúvel, assim como o incêndio em duas viaturas da BM (um Prisma e um Astra), em julho de 2013, no pátio da Secretaria da Segurança Pública. Fonte: Carlos Wagner e José Luís Costa - Zero Hora

Postado por Comunicação ASSTBM

Recortes de uma triste realidadeO estrago não começa neste episódio. Faz parte de uma cadeia

de acontecimentos em que todos somos responsáveis. Já estavam viaturas depositadas na APM quando houve problemas de motivo e ameaças sérias ao governador e sua família.

Os IPMs elaborados foram de excelente qualidade. Mas na prática não resultou muito, pois responsáveis por aqueles tipos de procedi-mento - companheiros, que foram protegidos pelo sistema político.

O jornal foi procurado por PMs que se sentem prejudicados ao verem seus colegas que enxovalharam o nome da instituição, ainda assim, protegidos. E, o principlal envolvido, só não está como os outros, em vagas de prestígio, por estar preso. Essa é a realidade e vem mais...

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Correio Brigadiano pág 4 - Março de 2014

Governo encaminha sua proposta para desvincular o

Corpo de Bombeiros

Comandante/BM palestra sobre a Copa em Brasília e São Paulo

Corrupção será prioridade para o novo Chefe PC/RS

Instituições de Segurança

Juarez Pinheiro - AdvSecretário Adjunto da SSP/RS

Uma voz à Segurança Pública

O Governo do Estado, embasado pelo RS na PAZ, com fundamento nas deliberações do 12º Congresso da ONU, real-izado no ano de 2010, que teve como título “Prevenção ao Crime e Justiça Criminal”, bem como na literatura mais recente, no que tange ao enfrentamento do fenômeno social da violência, que caracteriza a sociedade pós-moderna está buscando construir uma política de segurança pública cidadã, fundada no fortalecimento institucional do Estado para atuar preventi-vamente. Uma nova concepção de atuação policial, estabelecendo laços de aproximação e parceria com a população, sem nunca abdicar das necessárias estratégias de repressão qualificada e combate à impunidade. Baseada no aprofundamento das relações federativas inclui os municípios como protagonistas de uma política que vise garantir o exercício pleno da cidadania, com a integral garantia de direito. Essa política se aperfeiçoa com a valorização dos profissionais da segurança pública e do incremento de ferramentas operacionais e tecnológicas, objetivando não só o enfrentamento à violência, mas, principalmente, a promoção de uma cultura de paz.

Para que essa política de segurança pública cidadã tenha total efetividade se faz cogente que os municípios, não só a compreendam como também assumam de forma definitiva seu papel protagonista, na temática da segurança pública, em especial na área da prevenção.

Porto Alegre, 11 de novembro de 2013.

PROTAGONISMO DOS MUNICÍPIOS NA CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA CIDADÃ

O jornal oportuniza o texto completo da palestra do Sub Secretário Juarez Pinheiro, sobre o tema, em sua estante virtual no ISSUU, no endereço abaixo:

www.issuu.com/brigadiano/docs

Os temas segurança pública e segurança na Copa do Mundo de Futebol de 2014 farão parte dos encontros que o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, terá em Brasília e São Paulo. Na tarde desta quarta-feira (19), na capital federal, vai debater questões relativas à segurança na Copa de 2014 com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Na quinta e sexta-feira (20 e 21), o co-mandante-geral, participará da reunião ordinária do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros (CNCG-PM/CBM), em São Paulo-SP.

No encontro – que contará com repre-sentantes das Polícias Militares e Corpo de Bombeiros de todo o país - serão debatidos

assuntos relacionados à segurança pública. Na ocasião também acontece a eleição da nova diretoria do Colegiado.

O evento ocorre no Expo Center Norte, em São Paulo, e junto à ISC Brasil e 9ª Feira e Conferência Internacional de Segurança.

O governador Tarso Genro assinou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que separa as estruturas dos bombeiros da BM. O ato ocorreu no Salão dos Espelhos do Palácio Piratini, e o texto foi encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa.

“Nós chegamos a um ponto comum decorrente de um diálogo de altíssimo nível. Nesses três anos, debatemos com clareza de argumentos, o que nos recomendou essa ação, prontamente acatada pelo governo por seu forte interesse social”, afirmou Tarso.

A medida é apontada como um dos meios para melhorar o combate a incêndios no Estado e valorizar o trabalho dos profissionais. A desvinculação é um pedido histórico dos bombeiros gaúchos.

Um dos pontos destacados pelo novo Chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, o delegado Guilherme Yates Wondracek, para a sua nova atividade é o combate à corrupção. Ele afirmou em coletiva de imprensa, que a polícia passará a se preocupar também com os crimes contra a administração pública. O novo chefe é natural de Ijuí, substitui Ranolfo Vieira

Júnior, que deixa o título para concorrer como deputado estadual nas eleições de outubro.

“A Polícia Civil, pela primeira vez, se preocupa com crimes contra a administração pública. Antes, apenas a Polícia Federal e o Ministério Público se preocupavam com isso”, afirmou Wondracek na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Porto Alegre.

Delegada toma posse no Conselho Superior de Polícia

A Delegada Flávia Colossi Frey, Chefe de Gabinete da Chefia de Polícia, tomou posse, às 14 horas desta quarta-feira (19/03) como Conselheira no Conselho Superior de Polícia (CSP), em cerimônia realizada no Plenário do Conselho. Participaram da posse o Vice-Presidente do CSP, Delegado Delmes Colombo Feiten, o Secretário do CSP, Delegado Carlos

Alberto Sperotto e os Conselheiros Luiz Felipe Lima de Magalhães (OAB), Luiz Felipe Torga (PGE), e os Delegados Hilton Müller Rodrigues, Del. Odival Soares e Del. Conceição Pinheiro. Prestigiaram o evento o Subchefe de Polícia, Delegado Ênio Gomes de Oliveira, o Consel-heiro Delegado Francisco Tubelo e a Diretora da DAJ, Delegada Jovenessa Soares.

O CEPGESP da BM/2014 forma 21 tenentes coronéis

A Brigada Militar concluiu em 18 de março, mais uma edição do Curso de Espe-cialização em Políticas e Gestão de Segurança Pública (CEPGSP), com 21 tenentes-coronéis formandos. A solenidade ocorreu no auditório da Academia de Polícia Militar (APM), em Porto Alegre, após quatro meses de instrução e produção de monografias relacionadas à área da segurança pública.

O tenente-coronel Antonio Osmar da Silva, orador da turma, agradeceu ao Comando-Geral da BM pela realização do Curso e disse

que os oficiais fizeram a formação buscando conhecimentos para melhor conduzir a institu-ição. Ele ressaltou, também, a importância de todos que participaram do processo: os famili-ares, os instrutores, o efetivo da APM e do De-partamento de Ensino e outros colaboradores.

Delegado Ranolfo, ex-chefe da PC/RS Delegado Guilherme, novo chefe da PC/RS

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Correio Brigadiano pág 5 - Março de 2014

E S P A Ç O

História de vida JCB 222

Ten Busin exemplo um grande motivadorA liderança dos brigadianos na cidade de Lagoa Vermelha

Nelton José Busin, com 61 anos, 1º Ten da Brigada Militar (BM), nasceu em 04 de fevereiro de 1953, na cidade de vacaria/RS.

Filho de Nelson Busin e Belisária Pas-choal Busin, seu pai Nelson trabalhava como mecânico de veículos automotores e sua mãe Belisária do lar, tem dois irmãos o Nilson , com 59 anos e Adilson com 58 .

Em 1960 começou a estudar, aos sete anos, no grupo escolar padre pacifico, em Vacaria.

Em 1967 frequentou o colégio São Fran-cisco (irmãos maristas). Começou a trabalhar, com apenas dez anos de idade, como ajudante em um posto de gasolina, sua função era de frentista. O trabalho ocorreu por iniciativa própria e pelo convite do proprietário do posto, seu pai permitiu que fosse trabalhar, para aprender a fazer alguma coisa na vida, e ao mesmo tempo ter o seu meio salário, que ganhava como menor, assim ajudando nas despesas da casa, e no meio tempo estudava.

Relata que teve uma vida de garoto normal para a sua idade, estudando e trabalhando, ao lado de seus dois irmãos que foram citados acima.

Algumas de suas brincadeiras na época eram a de brincar de esconde-esconde, polícia e ladrão, jogar cinco marias, roda-roda, bolinhas de gude na roda, futebol no chão de terra e outras. Seus amigos de brincadeiras eram da própria turma de sala de aula.

Adorava participar das festas juninas que a escola promovia. Como nas festas comemorati-vas ao dia das crianças, quando depois tomavam muito refrigerantes, comiam muitos doces, bolos e outros tipos de salgadinhos.

Em 1968 frequentou o curso de datilografia, na antiga escola de mecanografia chamada de Comagol, tendo como professor o senhor Orli Goularte. Era localizada na Rua Ramiro Barcelos, na cidade de Vacaria, seu curso durou um ano, até 1969.

Em 1971 foi para o colégio estadual José Fernandes de Oliveira.

Em 1972 foi para o Exército Brasileiro (EB), onde permaneceu por um ano, no serviço militar inicial obrigatório. Neste mesmo ano, em 30 de novembro, recebeu diploma de honra ao mérito, entregue (ao Busin) pelo Comandante do 1º/18º/RI - TC Roberto dos Santos, por ter demonstrado um excelente desempenho e modelar o comportamento, durante sua prestação de serviço militar inicial

Em 1973 frequentou o curso de parap-sicologia em Vacaria, e também fez o curso de formação de soldado PM (CFS de PM) no 10º BPM, na cidade de Vacaria. O curso teve duração de sete meses. Busin obteve o 4º lugar da turma. Seu primeiro comandante foi o TC Ênio Teixeira Coelho. Por ter a formação em engenharia, o Cel Ênio, determinou que antes da inclusão, oficialmente pela BM, efetuassem, os recrutas, serviços de obras, no desmanche e reconstrução, do que havia sido explodido pelo o então, 3º Batalhão Rodoviário do Exército, quando esteve sediado, na área onde hoje está o nosso majestoso e imponente 10º BPM, nos campos de cima da serra. Ele trata de “nosso querido 10º BPM” a unidade em que começou sua carreira na BM, também chamada pelos colegas brigadianos, de dez de ouro. Outra forma carinhosa de tratamento é o de chamarem de Batalhão Pinguim, por

estar sua sede localizada nos campos de cima da serra de Vacaria, região das mais frias, no Interior do estado gaúcho.

No mesmo ano (1973) continuou seus estudos no colégio estadual José Fernandes de Oliveira onde fez o concurso para ingressar na Brigada Militar.

No ano de 1974, foi transferido como SD PM, para CSMINT(SI) em Porto Alegre, teve uma vida diferente, com tudo muito estranho, serviços de confecções de materiais, fardamen-tos, coturnos, cintos, cassetetes e tirar serviços de guarda ao quartel.

Em 1975 foi para Lagoa Vermelha-RS e concluiu o 2º grau no colégio estadual Dr Arabi Augusto Nacul. Neste mesmo ano foi transferido novamente para o 10º BPM.

Em 1978 foi para a cidade de Porto Alegre, fazer o Curso de Formação de Sargento, da BM na Academia de Polícia Militar (APM). E foi a APM sua primeira organização onde ex-erceu seu cargo de 3º sargento. Para ele sua percepção não mudou do que esperava, pois o regime que passou dentro do Exército Brasileiro no 1º /18º /RI, em Porto Alegre, era de disciplina rígida, e depois que veio para a Brigada Militar o regulamento e a disciplina e hierarquias eram as mesmas do EB. La no nível federal é o RDE e na BM, o RDBM.

A única diferença estava no preparo do profissional, sendo que respectivamente um prepara para a guerra e o outro prepara para atuar, diretamente, no policiamento ostensivo, junto às comunidades e o público civil em geral.

Em 1979 voltou novamente para o 10 BPM, na sede da 2ª CIA PM, em Lagoa Vermelha. Neste mesmo ano, em quatro de janeiro, casou com Cristina Suzana Schutz Busin. Permaneceu Busin, no 10º BPM, por 27 anos efetivos, onde galgou suas graduações hierárquicas.

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 1. Brigadianos

Sicredi Mil realiza Assembleia Geral Ordinária

Na manhã do dia 13 de março, a Sicredi Mil RS realizou sua Assembleia Geral Ordinária. O evento contou com a participação de integrantes da Brigada Militar, dirigentes e colaboradores de entidades ligadas à BM, dirigentes das entidades de classe da BM, dirigentes do Sistema Sicredi, dirigentes de cooperativas co-irmãs, conselheiros, dirigentes e colaboradores da Sicredi Mil. A Assembleia ocorreu na sede social da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM), em Porto Alegre.

Na ocasião, as contas de 2013 e a distribuição das sobras foram aprovadas, sendo que 25% do valor total das sobras líquidas do exercício será creditado em conta corrente aos associados, conforme sua participação no uso de produtos e serviços durante o ano. Após o encerramento das atividades, os presentes participaram de um almoço no CTG da ASSTBM.

Unidade Centro – Tr. Francisco Leonardo Truda, nº 40 Sala 23 Fone 51 3221 40033Unidade Menino Deus – Getúlio Vargas 1039 Fone 51 3233 4333

OUVIDORIA SICREDI 0800 646 2519

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Correio Brigadiano pág 6 - Março de 2014

Cel Pacheco fez emergir na carreira a figura do “Negociador” Que não se iniciou pela operação midiática de resgate ao refém da lotação em 1999 - depoimento -

História de Vida JCB 221

O Cel Rodolfo Pacheco nasceu em 16 de março de 1960, entrou para o CFO, com 17 anos, em feveriro de 1978, sendo declarado Aspirante em novembro de 1980. Ele mesmo denominou seu depoimento de “Uma carreira com conflitos, cercada de audácias e desafios”.

UMA CARREIRA COM CONFLITOS, CERCADA DE AUDÁCIAS E DESAFIOS - depoimentoPor opção e por entender na época, que

seria a Unidade da Brigada Militar, ideal para servir, minhas 03 (três) opções de classificação foram no mesmo Batalhão, o 11º BPM. Na época os alunos pouco conheciam as OPMS da BM, mas o 11º BPM, era conhecido como o Batalhão POLÍCIA, de enfrentamento, de tiroteios, comandado pelo Ten Cel KELLETER, que poucos tiveram a oportunidade de servir sob seu comando e no 11º BPM. O tempo foi passando, outros Comandantes lá chega-ram e saíram e no final de 1983, o jovem 2º Tenente Pacheco, é punido no 11º BPM, por fato que deveria sim, ser apreciado o aspecto disciplinar, mas não com o rigor como foi, 06 dias de prisão, com decoro da classe, que iria me prejudicar o resto de minha carreira. Não me envergonho nem um pouco desta punição, mas sim do gestor da época, que se socorreu do Cmt Geral da BM, para avocar para si e agravar a punição para 10 dias de prisão, e

ainda , pedir a transferência do Batalhão, pois estava preparando uma queixa contra o Cmt do OPM, surge minha primeira necessidade, meu primeiro grande ensinamento na Brigada, aprender a administrar recursos humanos.

Em meados do ano de 1994, deixo o 11º BPM, transferido para o Batalhão de Ferro, Unidade na época Escola, com diversos cur-sos de formação de Soldados. Lembro-me saudosamente, das formaturas para os jogos, em especial um Grenal...mais de 600 PMs em forma, para atuar no evento, desde o trânsito até o Policiamento no Gramado. Durante um período de quase 06 (seis) anos, fui por di-versas vezes Oficial Disciplina dos cursos de Formação de Soldados e de Cabos. Com esta dedicação fui indicado, para fazer o primeiro CTE (Curso de Técnica de Ensino) da Brigada Militar em 1987, após a conclusão do curso, realizamos uma viagem de estudos para a Argentina. Já no inicio de 1999, fui transferido

do Btl de Ferro para a APM, servindo direta-mente como Tenente Subalterno do Corpo de Alunos, vindo no ano seguinte, a ser o Cmt da 2ª Companhia, que para esse Oficial, já era um troféu, pois era uma premiação por muita dedicação e esforço, onde não se deixou abater pela punição que recebeu, que naquele ano, foi solicitada sua anulação pelo Comandante da APM, para o Cmt Geral da BM, que aceitou a solicitação e anulou a punição que havia sido imposta em 1993. Durante o transcorrer de 1990 e o 1º semestre de 1991, sou indicado para freqüentar na PUCRS o Curso de Pós Graduação em Segurança Pública, o único, que foi exclusivamente para oficiais da Brigada. Nesse mesmo ano, já em Novembro, com a promoção a Capitão, fui transferido para o Bat-alhão de Polícia de Choque (BPChq), onde tive o privilégio de servir por 05 (cinco) anos, mas especialmente de poder comandar para minha satisfação e opinião a principal Companhia

da Brigada, a 3ª Companhia de Operações Especiais, composta pelo GATE, BATEDORES MOTOCICLISTAS e o CANIL, de lambuja, era responsável pela segurança da Casa do Cmt Geral. Surge aí, o grande interesse e o inicio da carreira de NEGOCIADOR da Brigada Militar. Os casos foram se sucedendo, o primeiro caso na rua Di Primo Becker, o segundo o teste de fogo, em julho de 1994 o ultimo grande motim do Presídio Central , culminando com a invasão do Hotel Plaza San Rafael, pelos apenados Melara e Fernandinho. Longa e tensa negociação, mais de 12 (doze) horas, e a rendição de ambos, com a libertação dos 03 (três) reféns.

Exatamente um ano após , em Julho de 1995, ocorreu por determinação do Governador do Estado, uma intervenção nos principais presídios do Estado, PCPA,PEJ,PEC,PASC e Hospital Penitenciário. A Brigada Militar , recebeu a determinação, através de Portaria, para assumir essas casas prisionais, desde a direção até a carceragem. Era para ser seis meses, podendo ser renovada a portaria por mais seis meses, no PCPA e na PEJ, a Brigada esta até hoje. Foram 03 (três) anos, no Sistema

Prisional, um ano e meio na PASC e um ano e meio na PEJ, como Diretor Administrativo e Operacional de ambos, tempos difíceis, mas, que experiência Profissional e de vida . Durante ainda nesse período, realizei viagem de estudos e aperfeiçoamento, para os Estados Unidos e para a Alemanha, sempre com recursos próprios. Passado os três anos já em 1998, fui promovido a Major e como disseram na época, voltei para a Brigada e fui ser Comandante da 1ª Companhia do Destacamento Especial do Centro, ou seja , comandar o centro nervoso da Capital. Eu, mais executei Policiamento, do que pensei esse policiamento. No final de 1999, por castigo, por tentar pensar Policiamento, discordando de meu Comandante na época, fui transferido para Alvorada.

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 1. Brigadianos

Page 7: JCB 222 Mar/2014

Correio Brigadiano pág 7 - Março de 2014

Cel Itamar Castro Profissão “Correspondente de guerra”

Escritores Policiais

Correspondente de guerra é um pseudo soldado, que usa capacete, colete, trincheira, mas não usa arma e não se acha super-herói, nunca sai de peito aberto achando que uma logomarca será seu escudo.

Meu correspondente de guerra preferido sempre o Flávio Alcaraz Gomes.

Lá pelo final dos anos setenta pela rádio Guaíba ele narrava as batalhas em que participara. Todos eles sem exceção deviam seguir as regras ditadas pelos militares, mas nenhum deles seria escudado fisica-mente por soldados, pois as regras estavam postas.

Ontem o ministro da justiça (bem assim em minúsculo)

disse que estão elaborando uma cartilha para as polícias militares protegerem os jornalistas e afins.

Pergunto se haverá cartilha para os afins se

enquadrarem?Será que algum PM se jogará na frente de um afim como

um escudo humano?A ânsia pela tal exclusividade tem feito vítimas (reparem

que a a maioria das matéria são ditas: com exclusividade o Jornal Nacional ...), se assim preferem abrir mão da segurança pela exclusividade que seja por conta e rico, ou comprem um caveirão que possa acomodar vários afins.

Certamente não dará certo, pois a competição entre as empresas é pior que a competição entre escorpiões.

Ministro menos, menos, mais respeito com os policiais militares.

Em tempo - uma complementação do Cel Itamar: “Se o cineasta estivesse de capacete e colete e num ponto abrigado provavelmente ainda estivesse vivo. A exclusividade colocou-lhe um escudo invisível que não era a prova de rojão!”

Ten Claudio BayerleA ti, Ullysses!

De: penélope@odisséiaPara: ullysses@troiaCc [email protected],medéia@cólquida.gr,laodâmia@rmCco [email protected]

Amado Uly, cá estou novamente chorando as pitangas por tua causa. Acaso esqueceu que tu tem mulher, filhos e empregadas para cuidar? Saiba que a barra aqui em casa tá pesadíssima. Telêmaco, depois que a internet foi instalada aqui, não quer mais saber de outro coisa senão ficar num tal sítio chamado ‘yogurt’. Passa o dia todo adicionando amigos, imagina que ele tá de moderador duma comunidade chamada Tróya. Presta atenção no que to te dizendo a cia telefônica já consumiu com metade do butim que tu tá trazendo... E, como se não bastasse, o velho Laertes se enturmou com um grupo da tal terceira-geração e vai todo dia ao bingo do Heitor, suspeito que ele vai acabar deixando toda a aposentadoria lá. E por falar em aposentadoria, sabe que o novo soberano mudou todos

os decretos-reais? Pois é, mas ele tem uma coisa em comum contigo: Vive viajando! E por falar em viajar, sabe que dia desses estiveram me visitando aqui a Dido e a Medéia (não me lembro se já te contei que a Laodâmia se matou e o Jasão abandonou a Medéia para ficar com uma riquinha chata chamada Creúsa? Se bem que não foi por falta de aviso: eu sempre disse a Medéia que o Jasão tinha pinta de ser “galinha”). Pra ti ver, a Medéia me disse que qualquer dia desses vai fazer uma barbaridade que ficará para sempre na história e a Dido só fica repetindo que foi ludibriada por um tal Enéias (acho que é aquele político, mas não tenho bem certeza...). Por ora é isso, mas te digo que se não vieres logo algum pretendente pode querer assumir tua casa e tua mulher.

Kisses da tua Pneh!PS: Soube que o blog da Helena e do Páris tá fazendo o

maior sucesso e já atingiu a marca de um milhão de acessos e scraps.

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Correio Brigadiano pág 8 - Março de 2014

Cel Antônio Silveira da Silva grande historiador vivo da BMNove livros publicados: nasceu em 37; na BM em 58; Oficial em 61; Bel em História e Cel da Reserva

História de Vida JCB 221

Antônio Silveira da Silva, Tenente Coronel da Brigada Militar, se formou em História na Faculdade PUC em Uruguaiana, nasceu no dia nove de Junho de 1937 em Santana do Livramento, filho de Irineu Medeiros da Silva(jornaleiro, naquela época designação para quem trabalha em indústrias)e Júlia Silveira da Silva(do lar), uma família constituída com seis irmão, Elpídio, Angélica, Helena, Pedro, Maria, todos já falecidos.Levava uma vida simples com seus pais e irmãos no interior, com muitas brincadeiras na rua com seus amigos do peito, Vilmar P. Flor, Alan K. Garcia e Ari Severo brincavam de soltar pandorga, jogar bolita, andar de perna de pau, jogo de futebol com bola de pano e confecção de carrinhos de lata.Frequentava muitos bailes de carnaval com seus amigos na sua adolescência.Em 1945 até 1949 frequentou o Grupo Escolar Rivadávia Correa, em Santana do Livramento, 1ºgrau.Em 1950 até 1953 estudou no Ginásio Marista Santanense, 2ºgrau.Em 1955 fez um curso de datilografia, e de Segurança de Empresas e Segurança

do Trabalho.Em 1º de Março de 1958 prestou exame no Curso de Formação de Oficiais (CFO) no Centro de Instrução Militar (CMI) em Porto Alegre, atual Academia de Policia Militar (APM) com duração de quatro anos, seu comandante era o Cel Otávio Machado. Logo após começou a atuar na Brigada Militar (BM). Os principais motivos que levaram Antônio a entrar na BM foi sua apreciação e era vizinho do 2ºRegimento em Santana do Livramento, seu irmão Elpí-dio e o seu cunhado Hipólito Gallo também o influenciaram para atuar na BM. Sua família ficou satisfeita com suas escolhas.Em 18/11/1961 foi declarado com Aspi-rante Oficial, no CIM, seu comandante foi o TC Carlos Cravo Rodrigues.Sua 1ª unidade foi no 2º Regimento de Cavalaria (RC) em 1961 até 1967, onde foi promovido a Capitão em 1967, de Capitão foi Comandante do esquadrão de

Policia Montada em Santiago, lá trabalhou com cinco comandantes do Exército, teve um bom relacionamento com a Policia Civil, foi professor de História do Brasil e do Rio Grande do Sul além de Geografia regional e Didática Especial de História na Faculdade de Filosofia de Santiago no curso de Estudo Sociais.Em 1967 até 1974 foi para 1ºEsquadrão da Policia Rural Montada, então promovido a Major no dia 29/06/1974. Fez o curso de Técnica de Ensino no CIAW, no Rio de Janeiro na Marinha do Brasil no Centro de Instrução Almirante Vandelkolk, em 1974.De 1974 a 1979 foi chefe da Seção de Aperfeiçoamento e especialização das atividades da BM referente ao curso.No dia 6/06/1979 foi promovido a TC e classificado como Diretor na Diretoria de Ensino em Porto Alegre.Quando entrou na BM se sentiu impor-tante, pois estava entrando em um órgão

importante do Estado, encontrou muitos companheiros e se deparou com situações de todos os tipos, como desfiles, instrução movimentada, instrução em aula, patrulha-mento e atividades em cancha de futebol.Em todos os lugares em que serviu tirou proveito para seu engrandecimento pes-soal através dos inúmeros fatos complica-dos ou pitorescos ao longo das atividades profissionais. Frequentou também o curso acadêmico de especialização em História na Universidade de Santa Maria e com este teve as experiências nas aulas que ministrou nos cursos de habilitação de Oficiais da Administração no CIM, como também instrução de História do Rio Grande do Sul no CFO e instrutor de Metodologia na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos da Brigada

Militar (EsFAS).Cel Antônio é colorado adora escutar músicas de todos os estilos, escrever e ler romances históricos e livros de Sydney Sheldon. Casado aproximadamente há 50 anos com Jandira Santos da Silva, tem três filhos, Paulo 50, Maria Rita 49, e Fer-nando 46. Seus filhos são pessoas bem sucedidas cada um com sua profissão e só um filho resolveu seguir a carreia do pai, o Fernando que é policia civil. Todos eles adoram uma leitura até então sua casa é um centro de revistas, pois todos os seus filhos compram e assinam muitas.Plenamente satisfeito com o legado que deixou como professor e atualmente com seus livros sobre a História da Brigada e do Rio Grande do Sul. Tem os seguintes livros não publicados: Uma Aventura no Ártico, Imperador Justiniano, A Marcha da Coluna Prestes, Em Busca de um Tesouro, Buscando Visão em Cuba e outros.

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Correio Brigadiano pág 9 - Março de 2014 Escritores Policiais

AP Márcio Mércio CAFEZINHO

Cap Oscar Bessi A amante intelectual

Quinta rodada de chope, em pleno calçadão, e o Mendonça larga aquela.

- Preciso de uma amante. Três minutos de silêncio. Amante? O Mendonça? Melhor parar

com a bebida. “Uma amante intelectual”, completou. Outro silêncio, os amigos se entreolhando. O Silva piscou o olho.

- Entendi. Saia xadrez, óculos na ponta do nariz, caneta na boca? Também gosto.

- Eu prefiro enfermeira.- Eu, Vamp.- Eu, ministra da economia.- Hein?O Mendonça se irritou.- Não é fantasia! Quero uma mulher que seja minha parceira

não só na questão sexual. Mas que fale comigo. Que converse. Que discuta a brevidade da vida, os rumos do planeta, a nova zaga do Internacional. Que leia Rubem Fonseca e seja idealista.

- Mulheres não leem Rubem Fonseca.- A minha lê.- Professora não vale. E professoras não podem ser amantes,

são muito inteligentes, o sujeito não consegue enrolar. - Hum, sei não. Os governos sempre conseguem enrolar

as professoras.

- Acham que conseguem. Acham. Mas tu não tá cogitando a minha mulher como amante do Mendonça, tá?

- Vocês podem focar no meu problema? Na minha neces-sidade?

- Mendonça, tu precisa é de mais um chope.- Ou uma biaba na orelha. Pra gente tirar foto e postar no

facebook. – bradou o Guto.Gargalhadas. O Mendonça quieto, girando o caneco quase

vazio entre os dedos. Os outros começaram a pigarrear, sem jeito. O Silva amenizou a voz.

- Eu conheço uma psicanalista. Pode te ajudar.- Não quero psicanalista. Quero amante.- Eu conheço um padre.- Ei! Olha o respeito!- Eu quis dizer pra conversar, ué.- Eu conheço um desentupidor de ralos!O Mendonça levantou de supetão. Deixou sem dizer mais nada

uma nota de cinquenta sobre a mesa e foi embora, irritado. O Silva cobrou, pô, desentupidor de ralos? Não podia pegar mais leve com o cara? Mas é gente fina, bom de papo, retrucou o Guto. Pediram mais uma rodada. Até que alguém gritou, celular na mão, “Caras, ele tá no face!”. Os amigos, emocionados, sacaram seus celulares e entraram a noite conversando com o Mendonça.

Outro dia, em Gramado eu e Mary procurávamos um cafezinho expresso, aquele expresso mesmo, ou espresso de espremido, feito sob pressão. Não acho errado dizer café espresso, já que nosso vocabulário admite palavras estrangeiras, então prefiro esta, só para complicar.

Procurei o tal “cafezinho” expresso que significa rápido e só sentando. Se sentar já não é rápido. É que sentando cobram mais ou todo mundo que vai a Gram-ado e Canela é rico ou entando por lá, viram esnobes.

Não que eu seja viciado, na verdade, a não ser pela perspectiva de um expresso ou espresso autêntico, prefiro não toma-lo. Então, em Santa Maria, na Boca Maldita, ali na Bozzano, no Calçadão, ninguém senta e o café, num caso de propulsão irresistível, vem rápido e quente de queimar os beiços.

O espresso ou cappuccino são importações estrangeiras do século passado e requerem a devida sofisticação, com um copinho de água mineral e uma balinha doce ou até mesmo uma bolachinha arredia de acompanhamento. Mas o brasileiro criou o “pingado”,

meio café, meio leite...Sem frescuras. Tinha que ser.Mas se o cliente sentar, ai tudo muda. Pede-se e espera-se

e ainda se assiste ver o cafezinho esfriando no balcão e o garção correndo de um lado para outro, trazer-lhe o produto frio. Isso nos angustia.

O cafezinho espresso, tipo português mesmo, é um cafezinho rápido, vem espremido, feito sob pressão para nosso paladar, ali no balcão de fórmica do Café Central ou do Tropical ou mesmo no tradicional Café Aquarius de Pelotas, onde diz, todas as notícias começam, que ninguém senta, só ser for muito velho mesmo.

Em POA, tem alguns assim, o velho Rian da Rua da Praia não tinha mesa... De boa memória, deu lugar a Panvel. Em São Gabriel tivemos o “Chave de Ouro”, hoje Mercado Nacional, em Carazinho tem Café ali na Av. Bento, outro em P.Fundo, na praça Central, em Capão e Tramandaí, terra de idosos, pululam os cafezinhos, mas sempre sentados, como convém a um idoso. Em S.Leopoldo, o “Senadinho” é o encontro da velharia, na Rua Grande... Só vendo eles ali sentadinhos, os tarados da 3a.idade, quando uma boazuda passa...Igual ao Boca Maldita de Santa Maria...E haja café para tantos....

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Correio Brigadiano pág 10 - Março de 2014

Cel Simões - advogado e pesquisador de história da BM Estudioso da legislação brigadiana contempôrea - o continuador da obra do Cel Hélio Mariante

História de Vida JCB 221

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 1. Brigadianos

Coronel Moacir Almeida Simões tem 63 anos, nasceu em Santana do Livramento no bairro Passo da Tafona, filho de Manoel José Simões (falecido) e Alaíde Rosa de Almeida 82, seu pai trabalhava como agricultor (ex-praça da FEB), foi condecorado com a medalha da FEB e com a medalha correspondente a atirador da metralhadora ponto 50 em Monte castelo na Itália, sua mãe trabalhava em casa. Eram seis irmãos, Anselmo 61, e Enilda 58, trabal-ham juntos em um comércio em Santana do Livramento, seus outros irmãos Zenilda, Rosa Maria e Cleni já faleceram.

Sua infância foi bastante difícil, era um menino retraído, no entanto brincava com seu irmão, mas não era sempre, realizava suas atividades individualmente. Até hoje busca o isolamento, para tentar entender as pessoas e o mundo. Dos 5 aos 12 anos de idade morou no bairro Passo do Guedes, interior de Santana do Livramento, com 7 anos auxiliava o seu pai na agricultura. Quando tinha 13 anos seu pai abandonou a família, ficou mais responsável juntamente com sua mãe a partir deste mo-mento por ser o irmão mais velho.

Em 1963 a 1966 foi coroinha (sacristão), inclusive morava na Igreja do rosário em Livra-mento, quando estourou a Revolução de 1964.

Frequentou a Escola Rural do Passo do Guedes, que mais tarde recebeu o nome de Claudio Moreira (professor de sua mãe e o pes-soal da região), irmão de sua avó materna Cân-dida Moreira; frequentou até o 5º ano primário. Logo após frequentou o Ginásio na Escola Estadual Liberato Salzano Vieira da Cunha, em Livramento. Seu 2º grau (2º e 3º Colegial) concluiu no Inácio Montanha em Porto Alegre.

Sua adolescência foi empolgante quando tinha seus 15 anos, pois começou a surgir reuniões dançantes, jovem guarda e outros.

Em 1969, aos 18 anos ingressou na Brigada Militar (BM) no 2º Regimento Heróico Cel Jovêncio (RPRMont)Santana do Livra-mento, seu primeiro comandante Cel Esmeraldo Fonseca Filho. Os motivos que levaram o Cel a entrar na BM, foram quando os colegas de aula numa sexta feira em uma pracinha tiveram a ideia de ingressar na BM, foi neste instante que deu um instalo e de todos os colegas de aula somente ele compareceu na segunda-feira no Regimento para fazer a inscrição de ingresso.

Conversou somente com minha mãe, ela lhe deu maior apoio.

Em fevereiro de 1972 frequentou o Curso de Formação de Sargento (CFS), na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos da Brigada Militar (ESFAS).

Em 1973 foi classificado no 1º Batalhão de Policia Militar (BPM).

Em 17 de fevereiro de 1975 apresentou-se na Academia de Policia Militar (APM) para frequentar o Curso de Formação de Oficiais (CFO), para ingressar neste curso prestou vestibular na UFRGS.

Em 18 de novembro de 1977 a 1981, declarou-se Aspirante a Oficial, no final deste ano foi classificado no 9º BPM, onde serviu de Aspirante a Oficial para 1º Tenente, suas funções no 9º BPM eram de comandante de pelotão e adjunto da 3ª Seção do Batalhão (Btl).Guarda as melhores recordações desse Btl, pois participou da formação de várias turmas de soldados que lhe proporcionaram experiên-cias boas como instrutor. Na sua condição de comandante de pelotão, foi algo fascinante como profissional de policia, pois neste período a BM atuava maciçamente no policiamento ostensivo, inclusive no trânsito do centro de Porto Alegre. Sem esquecer a figura de um

grande comandante que teve nesse Btl, não só como chefe, mas também na qualidade de um amigo orientador e sempre atento com seus subordinados, do soldado ao oficial, a figura impoluta do Cel José Pedro da Silva Campos.

Em 1981 foi transferido para a Diretoria de Pessoal, onde serviu dois anos como chefe da Sub Seção de Pessoal Civil da BM. Foi sua primeira experiência profissional no campo administrativo da Força. Foi uma grande ex-periência que teve na formação de oficiais da Corporação.

Em março de 1983 foi transferido para a APM, onde ficou durante seis anos exercendo a função de comandante de pelotão do Corpo de Alunos e de instrutor. Foi nesse período que passou a exercer efetivamente o exercício do magistério em estabelecimento de nível superior, que se alongou por aproximadamente 20 anos. Nesse mesmo ano de 1983 ingressou no curso de Direito na PUCRS (concluído em 1990). Na condição de fundador da Revista Unidade (criada no ano de 1982 – as atividades inerentes ao seu funcionamento ocorriam na APM), deu continuidade as atividades de-sta entidade cultural juntamente com o então

primeiros-tenentes, Paulo Rogério Machado Porto e Reuvaldo Antonio Vasconcelos e o então capitão Santos Roberto Rocha. Desde que se apresentou na APM até sua saída desse órgão, exerceu a função de comandante de pelotão no Corpo de Alunos; função que era exercida cumulativamente com a função de instrutor e coordenador de turma. Ainda, no momento, grande parte da oficialidade de nível superior da BM que se encontram na ativa foram seus alunos na condição de instrutor ou como oficial orientador no Corpo de alunos. Foi sem dúvida sua grande experiência profissional e uma história de vida compartilhada com uma massa crítica que representava a continuidade da Instituição.

Em 18 de novembro de 1988 promoção ao posto de Capitão, classificado na Escola de Formação e Especialização de Cabos e Soldados (EsFECS), exerceu a função de co-mandante do Corpo de Alunos, com um efetivo de aproximadamente 500 alunos. Já tinha um

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Correio Brigadiano pág 11 - Março de 2014

Ten Everaldo josé PavãoO pai de meus papais noéis

Escritores Policiais

Cel Afonso CamargoTUDO É CAVALO

Dia desses, enquanto observava o céu limpo de nuvens e me entretia com a algazarra dos pássaros ao final da tarde, lembrei-me com incomoda lucidez, ornamentada de uma saudade humanamente impossível de se desfazer, do quanto eu também fui feliz numa época passada, num tempo em que se acreditava mais em papais noéis e ainda não se computava tantos votos, no Presidente ‘Nulo’ ou no Governador ‘Em Branco’.

Assim como num automóvel novo, a pouca quilometragem de seu odô-metro faz com que a potencia do motor e a segurança do sistema como um todo funcionem no ápice de sua eficiência, assim também ocorreu com meus cinco sentidos, os quais associados e auxiliados por outro sem numero de nervos e glândulas, fizeram com que eu ouvisse, degustasse, sentisse, cheirasse e visse aquele MUNDO, com minha máquina humana no auge de seu desempenho.

Potencializada ao infinito pela farta imaginação e... Ingenuidade pueril! E foram nessas condições, nesse terreno fértil, amplamente favorável para

o florescimento de sentimentos de paz, amor e esperança que vivenciei meus insólitos e fantasiosos encontros com o Papai Noel e com pessoas que presumiam e proclamavam viver num mundo perfeito.

Seres pertencentes de uma sociedade equilibrada e de um povo íntegro e organizado. Fiéis discípulos duma igreja séria e altruísta. Contribuintes pontuais e crédulos de um estado incorruptível. Merecedores da atenção do bom velhinho que viria com seu trenó e suas renas até o nosso telhado e desceria a chaminé na madrugada do dia 25 de dezembro, distribuindo bicicletas que nunca vieram, carrinhos quebrados e super-heróis aleijados.

Sim. Acreditava-se mesmo em Papai Noel naqueles idos tempos, mas não apenas.

Acreditava-se também, que todos estavam coesos e comprometidos com o bem comum. Que todos seriam inabaláveis e se manteriam retos em seus princípios e fins. Que vivíamos num mundo composto por padres, vizinhos, parentes, políticos, professores, policiais e papais noéis de verdade. Seres que caminhavam no mundo sob os holofotes da justiça e da honra. Que se preocupavam e fariam de tudo para não ver apagar-se a última centelha de chama que ornamentava a menina dos olhos das crianças, INDEPENDENTE, se eram pobres ou ricas.

Éramos felizes na proporcionalidade de nossa inocência. Convivíamos com duendes, gnomos e elfos e não conhecíamos e por conseguinte, não nos preocupá-vamos com taxas de desemprego, IPVA, juros ou triglicerídeos.

Nossas cercas e divisas se localizavam para além do horizonte daquilo que nossas pernas, nossos olhos e nosso espírito teimavam em nos levar e dizer, ser REAL. Teimavam em dizer: - Não perca a esperança garoto, no natal do ano que vêm, com certeza ELE virá.

Hoje, mais amadurecido, não guardo mágoas se ele não veio e agradeço a Deus por fazer-me compreender ainda em vida - ainda em tempo - quão grande foi minha sorte de ter em, praticamente todos os natais, a presença do PAI de meus Papais Noéis.

A presença de meu pai (Portalício) na distancia impar e singular de um passo é IMPAGÁVEL e todos os Papais Noéis e as as bicicletas do mundo não valeriam um segundo de seu CARO ABRAÇO!

Nas unidades de policiamento montado ( os Regi-mentos) sempre são realizadas in-struções obrigatórias “a cavalo”, participando todos, oficiais e praças indistinta-mente.

Num desses regimentos, servia um Major, como subcomandante. Bastante cor-pulento, por essa condição, tinha dificuldades até para calçar as botas. Sem contar a dificul-dade dos pobres cavalos para suportá-lo.

Apesar dos problemas, associados ao fato de que nunca foi bom cavaleiro, para dar exemplo aos demais participantes das instruções, nunca deixou de montar, mesmo que fosse por poucos minutos.

Na instrução, quando todos os cava-leiros se prepa-ram, com suas montarias, para saltar obstáculos armados na pista de treinamento, o Major, como de hábito, tomou a iniciativa.

Esporeando o cavalo, galopou em di-reção ao pri-meiro obstáculo,não muito alto, e o animal, já com dificul-dades em suportar o pesado cavaleiro, recusou-se a saltar, dando o tradicional “refugo” antes do obstáculo e levando-o por diante. O nosso cavaleiro, com a “freiada” inespera¬da, saiu de cima da sela e foi parar no pescoço do pobre animal, sem cair no entanto.

Tudo isto aconteceu abaixo das risadas dos demais participantes que assistiam a cena, satisfeitos. Afinal, não é comum montar um cavalo, assim, pelo pescoço.

Ouvindo e não gostando das risadas, o Major, no pescoço do quadrúpede, que cedeu e lhe fazia encostar os pés no chão, dirigiu-se ao alegre grupo:

- Vocês estão rindo de quê? Por acaso pescoço também não é cavalo?

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Correio Brigadiano pág 12 - Março de 2014

Esta é a história de vida do Coronel da Reserva remunerada Itamar dos Santos Castro, filho de Euclides Teixeira de Castro Funcionário público Municipal de Porto Alegre e Marlene dos Santos Castro, do lar.

História de Vida JCB 221

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 1. Brigadianos

Um “Up” sistemas de comunicação, o modernizador da BMO coronel Itamar dos Santos Castro, atualmente, também moderniza a informática na JME

O Coronel Itamar tem como irmãos mais velhos a Iara Rubia, e o João Luiz (falecido), depois o próprio e Maria das Graças a mais moça. Ambas as irmãs vivem bem com suas respectivas famílias, uma é funcionária pública aposentada e a outra é do lar.Lembra-se dos familiares pertencentes à Brigada Militar Modesto Julio Duro Duarte - 1º Tenente (falecido), Frederico Quevedo - 1º Sargento (falecido), ambos da Brigada Militar.Na infância e adolescência relata que se relacionava bem com os familiares e as visitas eram frequentes, embora os mais distantes, ou seja, de Bagé e Pelotas tenham se perdido no tempo e nunca mais os reencontrado. Internamente tinham al-guns problemas, pois o pai era alcoólatra. Fase que foi superada, quando se uniram ainda adolescentes e recrudesceram com o pai e ele foi submetido a tratamento. De uma relação conturbada na adolescência, na fase adulta e na velhice dele, o pai, não poderia ter sido melhor e seguidamente se visitavam e na sabedoria da idade

sempre recebia aconselhamentos. A mãe faleceu ainda bem jovem, com 49 anos em decorrência de câncer no aparelho digestivo.Nascido em 25 de novembro de 1955, Rua Pereira Neto, bairro Cavalhada, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, aos três anos mudaram-se para o bairro de Belém Novo onde aos cinco anos começou os estudos na Escola Nossa Senhora do Belém, em 1962 retornaram ao bairro Cavalhada, mais precisamente para a Vila Madepinho, onde frequentou a Escola Praça Aratiba. No primeiro semestre de 1963 morou com os padrinhos, tendo frequentado a Escola Gabriela Mistral, rua São Manoel. Em 1964 a necessidade de transporte urbano mais regular fez com que passassem a residir no bairro Teresópolis próxima ao fim da linha do bonde, nesta ocasião estudou na Escola da Dona Maria. Em janeiro de 1965 mudaram-se à Lomba do Pinheiro, tendo frequentado a Escola Municipal São Pedro e Escola Dona Ra-faela, entre os anos de 1965 a 1968 e Ginásio padre Rambo entre os anos de 1969 a 1972.A infância era rotineira, pela manhã cui-dava da horta até às nove horas aproxi-madamente, depois fazia os temas e pela a tarde ia à escola, no retorno jogava bola até escurecer, à noite sob a luz do lampião estudava e escutava rádio. Nos finais de semana brincava de carro de lomba, patinete, bolinha de gude e corridas de

carreteiras. Depois dos 14 anos gastava as ruas internas do Saint Hilaire andando de bicicleta. Durante a adolescência fre-quentava quermesses na Igreja Católica e festas no Colégio.Findo o Ginásio o Coronel Itamar conta que no ano de 1972 que estava numa encruzilhada, entrar na Prefeitura como estagiário e estudar a noite ou frequentar um curso técnico, pois tinha pendores para eletrônica e mecânica, quando então o 1º Sargento Modesto Julio Duro Duarte, primo de sua mãe sugeriu que prestasse concurso para frequentar o CFO - Curso de Formação de Oficiais, onde estudaria e trabalharia por cinco anos e receberia um salário e ao final teria uma profissão. Diz o Coronel que sempre admirou o militarismo, tanto que construía quarteizinhos parta brincar, pensa que era isto que precisava e em meados de abril de 1972 começou a preparação para os exames físicos, pois para o intelectual, diz que sem falsa modéstia, sabia que iria passar, pois era um aluno exemplar. Na ocasião diz o Coronel que sua mãe ficou apreensiva, pois o tio Modesto (as-sim que era chamado) disse que a APM - Academia de Policia Militar seria dureza, eu teria que crescer e pegar corpo, pois

tinha somente 1,62 e 56 kg. Prestado o concurso à APM onde começou a frequentar o CFO, em 19 de fevereiro de 1973, à época o nível de escolaridade exigido era o ginásio, então as matérias de segundo grau eram ministradas nos dois primeiros anos, concomitantemente com as matérias militares e profissionalizantes, nos dois últimos anos do CFO as matérias predominantemente eram as de ciências jurídicas e sociais, sendo o único concurso que participou durante a vida profissional, a Brigada Militar foi o primeiro e único emprego durante 35 anos, admitido medi-ante concurso aos 16 anos e incorporado recém-completos 17 anos.A formatura aconteceu no dia 20 de novembro de 1976, recebendo a espada - símbolo do oficialato das mãos de sua mãe.Considera que para a formação profis-sional e como individuo foram importantes os diversos cursos que frequentou dentre eles os Cursos de Chefia e Liderança, de Expressão em Público, Liderança em Grupos, Trabalho Comunitário, Trabalho Social, todos pela Igreja Católica, entre 1972 e 1976.Ainda frequentou o Curso de Eletrotécnica, pela Escola Técnica Parobé de 1992 a 1993, além dos mais de 50 cursos técnicos na área de Tecnologia da Informação, alguns à distância, entre 1996 e 2012.O Coronel Itamar relata que começou a carreira de Oficial no 1º BPM onde serviu

de dezembro de 1976 a junho de 1977, sendo promovido em 21 de abril de 1977 ao posto de 2º Tenente e classificado no 2º BPM. Lembra que a Unidade era muito bem organizada, havia respeito mutuo, preparo profissional e comprometimento diuturno. Apresentou-se no 2º BPM em 13 de junho de 1977, sendo transferido para Encruzil-hada do Sul, localidade que servia quando casou com a senhorita Tânia Regina dos Santos Castro. Casamento realizado em 16 de julho de 1977 na Igreja da Sagrada Família em Porto Alegre, teto de aço for-mado por oficiais da turma e do 2º BPM. Do casamento vieram os filhos Tiago dos Santos Castro, 34 anos e Alan dos Santos Castro, 33 anos. O Tiago é analista de TI e o Alan também labutava na área de TI, agora está me acompanhando nesta travessia do tratamento oncológico, começado no HBMPA Unidade indispen-sável na vida da família brigadiana.A promoção ao primeiro posto embora tenha ocorrido no 1º BPM o compromisso só foi prestado em 18 de novembro de 1977 no 2º BPM, nesta mesma OPM foi promovido em 18 de novembro de 1979 por merecimento ao posto de 1º Tenente.

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Correio Brigadiano pág 13 - Março de 2014

Agradecimento IBCM

Cel Moisés Siveira de MenezesSalvo conduto - conto

Escritores Policiais

“Declaro , a quem interessar possa, que o portador deste tem autorização de livre andar, pois trata-se de cidadão de bem, homem de paz e não professa ideologia contrária ao nosso governo.” Assina Ramirez Pinto, sub-delegado de Santo Inácio.

Em silêncio, o policial leu o documento, que lhe apresentava o andante, cuidadosamente dobrado em quatro partes e envolto em um saco plástico, fumaceou lentamente um de palha buena e fumo barato, cumprimentou-o mecanicamente com um costumeiro “até a vista”, indo reunir-se de pronto com o parceiro de volante que mateava junto ao acampamento improvisado à beira do rio. A vida escorria lenta e preguiçosa naquela rotina de fiscalizar andejos, tropas e vez por outra algum fordeco reluzente, mas esses eram muito raros e sempre não fiscalizados, pois, a importância do dono não admitia sequer desconfiança alguma quanto menos uma ação de simples averiguação, a menos que o graúdo fosse desafeto político, mas isso é assunto para outro momento que não esse.

Respondeu ao cumprimento com um leve toque da mão direita na aba do Ramenzone; guardou cuidadosamente o salvo-conduto no bolso interno lado esquerdo do paletó; bateu a cinza do lenço colorado; atirou longe o toco de palheiro apagado; convidou o zaino estrela na espora para um galopito curto sem deixar de pensar na tarde antepenúltima quando entrara ao passo lento pela rua principal de Santo Inácio procurando um sobrado branco de dois pisos, largos e vistosos janelões azuis, sombreado

“Este é o único conto postado, pelo coronel/poeta, no www.recantodasletras.com.br/. Texto ambientado em questões políticas de segurança pública e Brigada Militar, do século passado.

por frondosa e hospitaleira figueira ali plantada por cuidadosas mãos quase sessenta anos antes. Apeara e dirigira-se à porta frontal no mesmo matiz das janelas, ostentando trab-alhado arco superior onde se entendia, em romanos bem desenhados, o ano de 1851. Respondera à batida seca e forte na porta, um moreno claro, magro, rosto afilado, oscilando por volta de um e noventa de altura, expressão serena, de inspirar confiança pela serenidade do rosto, tranqüilidade dos gestos e clareza na voz pausada em tom educado e seguro. A essa figura, que assomara à porta do imponente casarão abrindo-a num gesto firme e decidido, foi logo se apressando nas formalidades o que chegara deixando ao palanque de guajuvira, amarrado, um zaino-negro, luzidio , pele de lontra, estrela à testa.

- Boa tarde “dotor”. A voz forte e bem pausada transpassou a sala de visitas e pen-etrou não muito forte na varanda, ali as mulheres da casa, mãe e filha, tomavam chá com algumas visitas costumeiras.

- Boa tarde, em que posso servi-lo? Re-spondeu o dono da casa que detinha o

cargo de sub-delegado de polícia e respon-dia pelo cargo onde quer que se encontrasse, já que não existia a sub-delegacia de polícia, pois o único prédio público no distrito era a sub-prefeitura, aliás nem tão público assim, posto que era uma cedência do Cel. Zeca Leal, chefe Chimango local muito relacionado na capital, inclusive com o próprio Gen. Flores da Cunha,diziam.

- Sou Juvenal Correa, moro no Ga-rupá, na costa do Taragüi, passo da Timbaúva e vim pra mode lhe pedir um salvo-conduto, pois tenho pai e mãe já de idade avançada os dois, na fronteira do Quaraí e assim ando sempre de viagem nessas estradas e o senhor sabe como é, um documento da autoridade é por demais importante e ajuda muito nas andanças por aí.

A voz do sub-delegado Ramirez Pinto era quase inaudível na varanda,

mas o que se sabe é que Juvenal Correa, depois daquele dia, nunca mais fora visto no Garupá nem pelas colônias vizinhas. Todavia comentavam, à boca pequena, pelos galpões, pelos bolichos, ajuntamentos quaisquer de povo que se bandeara para os rumos da fronteira,

assunto que, passado alguns meses, também caiu no esquecimento, algo natural naqueles dias, naqueles rincões.

Dois anos, dois anos e pouco, depois desse fato aparentemente sem maiores conseqüências, Mariana Krause disse ao recém-marido, Antonio Fuentes, que ouvira da varanda quando charlava com a esposa e filha de Ramirez Pinto, mais uma amiga, ouvira sim, tornou a repetir, um diálogo entre um tal Juvenal Correa e o dito sub-delegado, tendo ouvido que o primeiro pedira um salvo-conduto à autoridade, não sabendo porém se o conse-guira, pois não escutara a resposta de Ramirez embora a conversa tenha se passado na sala contígua à varanda onde estava de conversa solta com as amigas.

Nada disse Antonio Fuentes à mulher, mas lembrara perfeitamente do dito cujo Ju-venal que lhe matara um irmão numa festa em Toroquá, coisa pra mais de dois anos atrás, e desde então não tinha tido mais paz nem des-canso, vivera esse tempo todo preparando-se para um encontro que “havera” de ser final e agora via, por essa conversa, que teria mais conta “pra ajustá”, devia cuidar também de quem lhe facilitara pra “ganhá” mundo, botando tempo e distância entre ao dois. Mariana nada percebeu, tampouco, imaginaria que estava se desatando um temporal muito grande e bem feio, assim continuou no seu mister de recolher-se aos afazeres da casa no silêncio e eficiência habituais, nem em sonhos percebeu que mexera numa “vespera”, mas isso era fato consumado e o tempo comprovaria.

O tempo, por sua vez, ia como de costume, passando vagarosamente naquele distrito onde descendentes de imigrantes alemães e italianos viviam em harmonia com “pelo duro” oriundos da Ibéria Cristã, mais arredios e reservados os primeiros; mais barulhentos, falastrões e festeiros os segundos e muito desconfiados os terceiros, pessoas de escasso vocabulário e código de princípios muito rígidos. Tudo acon-tecia como de costume, sucessão encadeada de fatos e assuntos corriqueiros entre roças,

Continuação do Conto em:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: C O N T O S

ou “Busque” pelo nome do alutor

Agradeço imensamente a solidariedade, carinho, atenção e constante amparo da Dra. Carla Adriane Jarczewsk, Dr. André Meister D. Ricardi e da Assis-tente Social Andréa Dutra Rieger do Hospital da Brigada Militar e da IBCM pelo atendimento ímpar oferecido por ela e sua equipe durante a hospita-lização de meu marido no período de 26/12/13 a 10/01/14, a vítima de enfarte. Foi nestre momento que percebi o real sig-nificado de um termo tão defendido hoje nos meios de comunicação sobre a questão do atendimento humanitário em Medicina, mas a qual muitas vezes sequer conhecemos seu real âmbito. Pois neste momento conheci a diferença entre o atendimento humanitário, que analisa não apenas a saúde física do paciente, mas também o emocional que afeta toda a família, necessitando de acolhimento, atenção e informações adequadas e acessíveis, para assim poder superar um momento de crise. A doença não escolhe classe social e nem momento para aparecer, mas nos coloca frente a frente com a necessidade de superação e nos proporciona, algumas vezes, a oportunidade de conhecermos a qualidade profissional e humana de pessoas como a Dra Carla, que supera qualquer tecnocratização do atendimento, passando a olhar todos os aspectos da doença e se tornando mais que um médico: um amigo que ampara e ajuda a reconstruir a saúde e acreditar cada vez mais no valor da vida. Muito obrigada em nome de meu marido Jairo Fortes, meu nome Tânia Simões Fortes e de toda nossa família, pelo carinho e pela atenção, tornando-se nosso anjo em um momento tão difícil de nossas vidas!

Assinam os associados Tânia e família

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Histórico do projeto PM Mirim do 17º BPM em GravataíTrabalho que se iniciou com grupo de policiais voluntários no ano de 2006 e persiste...

Reportagem histórica

COLUNA CAP MORAES

PORTARIA N 2 - COLOG, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2014

Cristiano Luís de Oliveira Moraes - Cap QOEMMestre em Ciências Criminais na PUC/RS

Especialista em Segurança Pública - UFRGS - 2007Instrutor de Tiro da Brigada Militar - 2009

Instr. de Operações Não-Letais -CONDOR Brasil - 2008Instrutor TASER - 2009

Serve na Corregedoria da Brigada MilitarE-mail: [email protected]

O projeto Policial Militar Mirim do 17º Batalhão de Policia Militar foi criado em 28 de Maio de 2006, por um grupo de Policiais voluntários do 17º BPM, em parceria com a Escola Estadual Carlos Bina, com uma turma de 25 alunos, com a intenção de solidariedade, Consciente da importância de ações sociais voltadas a crianças, junto a suas comunidades através do resgate de auto-estima e fortaleci-mento de hábitos e condutas que as afastem da criminalidade e da exploração infantil é que A Brigada Militar deseja atuar, preparando-as para o convívio harmônico na sociedade. O 1º coor-denador do projeto foi o 1º Tenente Pedro Luis da Silva Seixas, hoje na reserva remunerada.

De 2006 à 2012, já participaram do projeto mais de 250 crianças. Neste ano de

2013, 50 integram o pelotão mirim de 2012. O período normal do curso é de apenas um ano. Entretanto, cerca de 8 dessas crianças ficam para o 2º ano e são promovidas a graduação de sargento Mirim. Também, cerca de 2 sargentos mirins acabam ficando para o 3º ano, sendo promovidos a 1º tenente-mirim.

O Projeto abrange crianças na faixa etária de 09 a 12 anos, as quais recebem instruções duas vezes por semana, pelos Policiais voluntários da unidade em seus horários de folga. Esses policiais, na grande maioria são os integrantes da patrulha escolar do 17ºBPM.

O PM Mirim estimula o crescimento de cada ser humano como indivíduo que é. Aos PM Orientadores cabe conciliar esta individuali-dade à unidade do grupo social que o Pelotão

representa.Em 04 de Dezembro de 2006, o projeto foi

agraciado pelo Câmara Municipal de Gravataí, em sessão solene com o Prêmio “PROMO-TOR DA PAZ”

Desde 2010, o coordenador do projeto é o 1º Sargento Marcos Paulo Bastos Silveira. O comandante da unidade é o Ten.Cel Dirceu Francisco Rodrigues Lopes, que em 2006 tam-bém era um dos oficiais superiores do 17º BPM.

Considerações acerca do projeto:O projeto PM Mirim tem o objetivo de

aproximar a comunidade com a instituição. Tem como principais focos a disciplina, o respeito, o espírito de corpo e a consciência das atitudes. Observa-se a mudança gradual das crianças durante o ano letivo. Outro ponto importante de trazer a baila é que o projeto PM Mirim, além de ser um projeto social da Brigada Militar, tem se mostrado uma verdadeira fonte de líderes, a medida que as crianças participantes destacam-se em sua vida pessoal. Durante o ano existe a

obrigatoriedade de que estas crianças estejam freqüentando normalmente as aulas, no período inverso ao curso. Inclusive há o acompanha-mento das notas por parte do efetivo da patrulha escolar do 17º BPM.

“Sem qulaquer sombra de dúvida, o apoio do comando da unidade é imprescindível para o sucesso do projeto PM Mirim.”

No ano de 2013, o projeto PM Mirim do 17º BPM representou os projetos sociais da BM, no desfile de 20 de Setembro em Porto Alegre.

Para os integrantes do projeto foi um verdadeiro reconhecimento e uma satisfação muito grande por parte dos pais e das crianças que vibraram com o brado do pelotão sendo cantado na avenida do desfile.

Durante o ano são realizadas várias atividades, entre elas a participação das crian-ças no projeto salva vidas mirim da BM, dois acampamentos, e diversas atividades sociais desenvolvidas pelas próprias crianças, como por exemplo a campanha do agasalho, eventos de páscoa solidária, dia da criança solidária e natal solidário. Nestes eventos as crianças do projeto são conscientizadas da importância de serem solidários, exercitando sua consciência social.

DEUS É FIEL (publicação da família de Eriston, no Facebook)Saiu no Diário Oficial que o acidente que do Ériston foi acidente em trabalho, por isso e por

muito mais que louvo a Deus todos os dias, porque sei que ELE nunca me abandonou. Muitas pessoas me diziam que eu tinha que procurar este ou aquele, para que fosse provado que a doença do Ériston não era algo hereditário como queriam provar, mas eu sabia que aquela criança que Deus me deu a 26 anos atrás era saudável, cheio de vida, uma criança perfeita, e não do jeito que me entregaram. Sempre falo dois versículos que muito me fortalece “Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos assusteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele: porque um há maior do que está com ele.

Com ele está o braço de carne, mas conosco, o SENHOR, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras.” (2 Cron 32- 7 e 8 ). Eu sei que luta por mim e é com esta certeza que vou ver o meu filho caminhando e dando testemunho da sua vitória.

Eriston foi promovido a 2º Sgt e reconhjecido como se em serviço

O Sgt reformado Eriston, entre seus pais, Ari Luz dos Santos e Belquis de Moura Santos, na casa em Cachoeira do Sul

Prezados leitores nesta edição gostaria de divulgar a todos que o Exército Brasileiro publicou no Diário Oficial da União do dia 24 de fevereiro de 2014 a referida portaria que regulamenta a aquisição por parte de policiais e bombeiros militares de armas nos calibres .357 Magnum e .45 ACP, foi incluído também o calibre .40 S&W que já havia sido regulamentado anteriormente. Assim concito a todos a tomarem conhe-cimento. Segue a portaria...... Estabelece normas para a aquisição, o registro, o cadastro e a transferência de propriedade de armas de uso restrito por policial rodoviário federal, policial fer-roviário federal, policial civil, policial militar e bombeiro militar dos estados e do Distrito Federal, e dá outras providências. O COMANDANTE LOGÍSTICO, no uso das atribuições constantes do inciso IX do art. 14 do Regulamento do Comando Logístico (R-128), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército n 719, de 21 de novembro 2011; e art. 2º da Portaria do Comandante do Exército n 1.042, de

10 de dezembro de 2012; e de acordo com o que propõe a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), resolve: Art. 1º Aprovar as Normas Reguladoras para a aquisição, o registro, o cadastro e a transferência de propriedade das armas de uso restrito por policial rodoviário federal, policial ferroviário federal, policial civil, policial militar e bombeiro militar dos estados e do Distrito Federal.

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 2º Os policiais rodoviários federais, os policiais ferroviários federais, os policiais civis, os policiais e bombeiros militares dos estados e do Distrito Federal estão autor-izados a adquirir, na indústria nacional, até 2 (duas) armas de uso restrito, para uso próprio, dentre os calibres .357 Magnum, .40 S&W ou .45 ACP, de qualquer modelo. Art. 3º A arma adquirida não deve ser brasonada nem ter gravado o nome da instituição ou corporação de vinculação do adquirente.

CAPÍTULO II DA AQUISIÇÃO, DO REGISTRO E DO CADASTRO Art. 4º A autorização para aquisição de arma de fogo de uso restrito de que trata esta Portaria é concedida pelo Comando Logístico (COLOG), por intermédio da DFPC, mediante requerimento (Anexo I) enviado pelo órgão de vinculação do adquirente da arma. Art. 5º A indústria nacional deve enviar a arma para o órgão de vinculação do ad-quirente e cadastrar os dados no Sistema de Controle Fabril de Armas (SICOFA). Art. 6º Os dados da arma e do adquirente devem ser publicados em documento ofi-cial de caráter permanente e cadastrados no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA) ou no Sistema Nacional de Armas (SINARM). § 1º Os dados de que trata o caput são os previstos no § 2º do art. 18 do Decreto 5.123, de 1 de julho de 2004.

(continua na próxima edição)

Sgt Bastos autor da matéria

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Correio Brigadiano pág 15 - Março de 2014

Cel Joaquim MoncksO PoetinhaJM

Escritores Policiais

Articulistas abc on-line do Correio Brigadiano

Articulistas abc on-line do Correio Brigadiano

http://abcdaseguranca.org.br/abc/

DH do TC FranquilimPaulo Cézar Franquilim Pereira – TC QOEMAssessor de Direitos Humanos do Cmt-Geral

Cristo no combate às drogasJoel Vieira Lopes – Sgt PM CRPO LitoralPastor e Missionário Evangélico

História da BM - Pesquisas...Paulo Rogério Machado Porto Cel - Pesquisador

José Luiz ZibettiTen PM de Passo Fundo

Arte de somar... - Parlamentos

Questões de TrânsitoLauro Pedot – Sgt do 1º BRBMConsultor em Trânsito

Ordem e Justiça é LiberdadeJorge Bengochea – Cel - Escritor, Consultor e Blogueiro

Colaboradores para a circulção do jornal, no Interior do Estado, por respectivos municípios

- Polícia nas manifestações- Cercamento de praç[email protected] - No Facebook pelo nome

- Jesus na nossa casa- Por que não fazer se todo mundo [email protected] - No Facebook pelo nome

- Os provisórios da Brigada Militar?????

[email protected] - No Facebook pelo nome

- Chegou o momento - vamos aceitar ou resistir

[email protected] - No Facebook pelo nome

- O transporte de produtos perigosos gera riscos?

[email protected] - http://lauropedot.blogspot.com

- Segurança Polí[email protected] - http://sistemadejusticacriminal.blogspot.

com.br/ - http://mazelasdojudiciario.blogspot.com/

O DIÁLOGO COM O TEXTOA propósito do “PENSAR: O LIMBO DAS ESFERAS”, um ensaio publicado em

meu perfil neste Face, há poucos dias. Peço que o examines bem, para que possas vir a deduzir que em Poética, o texto que aparenta singeleza formal, na verdade nunca é tão simples assim... Vai sempre depender, para o entendimento da proposta imagética, da capacidade de sonho e fantasia que tem o consumidor do poema. Enfim, em arte, tudo depende da ótica do leitor. Seria bom pesquisar, através do Google, sobre os trabalhos que tratam da Estética da Recepção e Teoria do Efeito. Passarás a entender melhor o assunto exposto no meu texto e também, sobre a temática referida. Entendo ser importante que o criador poético saiba o que está fazendo enquanto criador artístico. Acabo de lembrar as lições do padre Antonio Vieira, séc. XVII: “Palavras sem obras são tiros sem bala; atroam, mas não ferem.”. Vê-se, de imediato: aparentas ser uma pessoa portadora de honestos princípios, sincera e franca; uma criatura humana plena de escrúpulos, de postura conservadora, e, por estares te afeiçoando somente agora ao

processo de criação literária, percebe-se que o teu espiritual está em constante ebulição... Vais alargar em muito a concepção sobre a poética e o poetar, graças à ampliação da capacidade de dialogar com o texto. E logo haverá possível repercussão na concepção estética e na interpre-tação dos escritos, com ganhos em profundidade. Vais te aperceber mais facilmente do “Novo” inicialmente incompreensível... Toca em frente. Sempre demora um pouco para se chegar à plenitude do falar poeticamente à maioria dos leitores. Cada um deles é de uma universalidade distinta. Afinal, são bem poucos os criadores artísticos que se apercebem do “estranhamento” que existe no universo da palavra poética. E ficam apenas na possessão dos signos por eles criados e trazidos à compreensão dos leitores. Esquecem que o poema não pertence ao seu autor, e, sim, ao receptor que o toma como seu... Só assim se perfaz a relação literária.

– Do livro O CAPITAL DAS HORAS, 2014.http://www.recantodasletras.com.br/tutoriais/4702888

Luís Fernando QuaresmaInspetor de Polícia da PC/RS

Assim...Nós Brasileiros Vamos VivendoNosso governo, em nome de prestar um serviço a toque de caixa e garantir a reeleição, criou às pressas o programa

Mais Médico. Aceitou que médicos cubanos viessem como escravos de uma Ilha dita Comunista. Pobres médicos enfiados no interior de nossa nação, achando que nós estávamos valorizando a dedicação deles para com nossa população. Acreditando que este país trata todos os trabalhadores com devido valor e respeito. Os governos brasileiro e cubano acha que todos são ingênuos, nós e esses profissionais.

Uma médica desconfiou por que comia marmita e seu colega de outro país caviar em terras brasileiras. Ela não aceitou mais ser explorada e enganada. Colocou a boca no trombone e se rebelou. Com certeza, outros trabalhadores

cubanos a seguirão. Acordem!!!!O Palácio do Planalto, agora está preo-

cupado. O programa está a perigo, e com ele a reeleição.

Mudando de assunto, os mensaleiros realmente são milagrosos, além de fazerem chover dinheiro para o bolso deles, até morto ressuscitaram. Não é mesmo, Sr. Pizzolato?

Outra coisa interessante, entre muitas que aqui ocorrem, quase diariamente, foi a vontade do vice-presidente da Câmara dos Deputados dar uma cotovelada em Joaquim Barbosa no início dos trabalhos naquela casa. Não estranhei. Todos os dias, nós brasileiros, somos agredidos por nossos políticos. E as-sim, nós brasileiros vamos vivendo...

Ten José Luiz ZibettiFone: 54 3313 6077

Em Passo Fundo

Ten Nelton José BusinFone: 54 9173 5419

Em Lagoa Vermelha

Ten Hélio Valdoir Fone:55 3028 4128

Em Santa Maria

Sgt Jose Luis Ferrão54 3282 1611

Em Gramadoe Canela

Sgt Zingale BuenoFone: 51 3717 1100

Em Santa Cruz

Ten Plínio BernardiFone:54 3231 1300

Em Vacaria

Sgt Abraão S. Souza Fone: 51 9929 3823

S ã o J e r ô n i m o e Região

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Correio Brigadiano pág 16 - Março de 2014

Edição 222 - Março de 2014

S i c r e d i

Prezados Comandantes:Os agenciadores do jornal, conforme está previsto

em nossas normas, sempre irão visitá-lo, ao chegar na sua cidade, antes

de contatos com clientes. Isto consta em:

www.abcadaseguranca.org.br/?page_id=20direção do abc/JCB