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Comunidade de Vida Cristã

Informação aos amigosBoletim . nº344 Janeiro/Março 2012

“A Colaboração no Centro da Missão”

Projeto Casa Velha

JESUÍTAS

Ficha Técnica

Jesuítas – Informação aos Amigos – Boletim; Nº 344; Janeiro/Março 2012Diretor: Domingos de Freitas, SJ • Coordenação: Ana Guimarães • Redação: Ana Guimarães; António Amaral, SJ; Avelino Ribeiro, SJ •Propriedade: Província Portuguesa da Companhia de Jesus • Sede, Redação e Administração: Estrada da Torre, 26, 1750-296 LISBOA(Portugal) • Telef.: 217 543 060; Fax: 217 543 071 • Impressão: Grafilinha – Trabalhos Gráficos e Publicitários; Rua Abel Santos, 83Caparide - 2775-031 PAREDE • Depósito Legal: Nº 7378/84 • Endereço Internet: www.jesuitas.pt • E-mail: [email protected] • Foto:Projeto Casa Velha.

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“A colaboração no centro da missão”

Em Outubro de 2011, o P. Geral, AdolfoNicolás, nomeou o P. Anthony da Silva, SJ, daProvíncia de Goa, Secretário do novo Secretariadopara a colaboração com outros. A criação destenovo Secretariado está em linha com as orientaçõese recomendações do Decreto 6 da CG35 – “A cola-boração no centro da missão” e pretende ajudar adinamizar os diferentes tipos de colaboração quejesuítas e outros estabelecem para levarem a cabouma determinada missão. Já Santo Inácio no seutempo “procurou colaboradores e com eles estabe-leceu organizações e redes” para poder prestar ajudaàs muitas necessidades de então. Hoje, aCompanhia de Jesus continua esta dinâmica, cola-borando com muitos outros em atividades e obrasque, não sendo da Companhia, visam alcançar obje-tivos de promoção da justiça, de crescimento huma-no e espiritual. Neste Boletim e nos próximos, pro-curaremos realçar algumas destas colaborações,dando a conhecer movimentos, instituições e ativi-dades em que os jesuítas estão presentes de formaativa.

P. Domingos de Freitas, SJ

JESUÍTAS

BREVES DA PROVÍNCIA ........................................ 3

DA COMPANHIA DE JESUS EM RESUMO ........... 6

JRS - 20 ANOS DE ATIVIDADE EM PORTUGAL . 7

FUNDAÇÃO GONÇALO DA SILVEIRA ................ 8

CVX - COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ ............. 9

PROJETO CASA VELHA .......................................... 12

MEIOS QUE UNEM O INSTRUMENTO COM DEUS................................... 15

Informação aos amigos

LISBOABoletim | nº 344

Janeiro/Março 2012

editorial

Breves da PROVÍNCIA

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Nomeação do Cardeal PatriarcaO Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José

Policarpo, nomeou o P. Rafael Mourão Defensor doVínculo do Tribunal Patriarcal.

Nomeação O P. Provincial nomeou

- o Ir. José da Silva Almeida, Ministro daComunidade do Colégio das Caldinhas, continuando, porinerência de cargo, a ser Consultor da Casa.

- o P. António Júlio Trigueiros, Coordenadordo Jubileu 2014 em Portugal;

- o E. João Manuel Silva, Delegado do EJIF.

Orações- pelo P. António Maria Cabral Ferreira

(Comunidade do Porto); - pelo Ir. Armando TomazAcúrsio (Comunidade do Colégio de Cernache); - por umirmão do P. António Vaz Pinto (Comunidade da Brotéria- Lisboa); - por um irmão do P. Carlos Vasconcelos e porum irmão do P. João Caria (ambos da Comunidade do CIL- Lisboa), recentemente falecidos.

34ª Congregação Provincial De 26 a 29 de Dezembro de 2011, decorreu em

Soutelo, no Centro de Espiritualidade e Cultura, a 34ªCongregação Provincial, preparatória da 70ª Congregaçãode Procuradores, que terá lugar a partir de 9 de Julho de2012, em Nairobi, Quénia.

Foram três os objectivos desta CongregaçãoProvincial: eleger o Procurador e seu Substituto àCongregação de Procuradores; analisar e discutir os pos-tulados; e responder às perguntas que o P. Geral, AdolfoNicolás, SJ, tinha formulado quando convocou aCongregação de Procuradores.

Foram eleitos Procurador e Substituto, respecti-vamente, os PP. Hermínio Rico e Nuno da SilvaGonçalves. O Procurador apresentará ao Padre Geral um

relatório sobre o estado da Província. A Congregação deProcuradores decidirá se deverá ser convocada umaCongregação Geral.

A Congregação Provincial decorreu numambiente fraterno e descontraído, e constituiu uma verda-deira experiência de Companhia para os 54 jesuítas parti-cipantes.

Passo-a-Rezar faz dois anosNo dia 17 de Fevereiro de 2010, quarta-feira de

cinzas, tinha início o projecto www.passo-a-rezar.net,uma página que disponibiliza gratuitamente todos os diasuma oração em formato mp3 para ser descarregada eouvida em qualquer aparelho que suporte este formato.Desde o início, o passo-a-rezar.net afirmou-se como ummeio privilegiado de oração pessoal, a partir dos textos daliturgia do dia, e é usado diariamente por mais de 9000pessoas. O objectivo deste projecto é levar a oração parao quotidiano das pessoas, que poderão assim rezar emqualquer tempo e em qualquer lugar.

Para celebrar o segundo aniversário, as vozesescolhidas para esta semana foram o P. Vasco Pinto deMagalhães, SJ e a atriz Susana Arrais. Também foramintroduzidas algumas funcionalidades no site, desde umnovo grafismo até à secção “passo-a-ouvir” onde se pode-rá ouvir a oração diretamente no computador, com umaimagem que ajude a rezar. O passo-a-rezar.net resulta dotrabalho voluntário de um grande número de pessoas,desde a equipa de 30 leitores que, em Lisboa e no Porto,dão voz aos textos, escritos por uma equipa de 15 escrito-res. Os conteúdos são gravados e editados nos estúdios daRádio Renascença, com a qual existe um protocolo decolaboração, garantindo assim a qualidade do projeto e aajuda extraordinária que se faz aos milhares de portugue-ses que usam o passo-a-rezar.

Escola secundária S. Inácio de LoiolaA Região Moçambicana da Companhia de Jesus

vai dar início à construção de uma nova escola secundária,em Msaladzi, no Planalto da Angónia, Distrito de Tsangano.

A população deste distrito é maioritariamentejovem, com cerca de 50% das pessoas com idades entre os11 e os 15 anos. Apenas menos de um terço dos jovens temacesso ao ensino secundário e só uma minoria o conclui. Asdesistências ocorrem maioritariamente entre as raparigas.

O projeto integral prevê a construção de 12 salasde aulas, salas de professores, internato masculino e femi-nino e casas para os professores, para além de salas demúsica, informática, biblioteca, laboratórios, auditório,salão desportivo e instalações administrativas.

A construção será executada por gestão direta e deforma faseada, estando previsto iniciar em Abril a constru-ção da primeira fase: três salas de aula, uma sala de profes-

sores, casas de banho e três casas de professores, de modoa que a escola comece a funcionar em Fevereiro de 2013.

Peregrinação a Oriyur (Índia)Promovida pela revista “Amar e Servir” e tendo o

P. João Caniço como impulsionador e assistente espiritual,realizou-se, de 28 de Janeiro a 15 de Fevereiro, mais umaperegrinação a Oriyur e a outros lugares da Índia. O seu fimprincipal era visitar os santuários de quatro santos: SãoJoão de Brito, em Oriyur; São Francisco Xavier, em Goa;São Tomé Apóstolo, em Chennai (Maddras - Meliapor); eSanta Afonsa Muttathupadathu, em Kudamaloor eBharananganam. Os 27 participantes vieram, na sua maio-ria, da região de Lisboa. Mas Marinha Grande, Aveiro,Carrazeda e Mirandela também se fizeram representar.

O Santuário de São João de Brito, em Oriyur, fimprimordial da peregrinação, está a passar por obras de res-tauro e de modernização, como aliás já se sabia desde oano passado, aquando da visita a Portugal do seu reitor edo bispo da diocese de Sivagangai, onde se situa o santuá-rio. Ali, depois do reconhecimento do conjunto dos edifí-cios e da celebração eucarística, festiva e emocionante, nafesta de São João de Brito, houve tempo para convivercom os alunos do colégio e com a comunidade jesuíta quebrindou o grupo com um belo almoço. Os peregrinos dei-xaram uma oferta, que, junta a outro donativo, coligido emLisboa pelo Padre João Caniço, antes da partida, deve terrondado os cinco mil euros.

Emoção especial foi vivida também na Igreja doBom Jesus, em Velha Goa, durante a Eucaristia celebradaaos pés de São Francisco Xavier, o grande apóstolo doOriente. A Igreja do Bom Jesus, monumental e viva, nomeio da Velha Goa abandonada, respira ainda hoje a gran-diosa epopeia missionária de vários séculos.

Embora não se faça uma menção pormenorizadadas visitas aos Santuários de São Tomé e de Santa Afonsa,não deixará de realçar-se a fé das muitas pessoas que alirezavam e a sensibilização que as visitas e as celebraçõestransmitiram aos peregrinos.

João Caniço, SJ

Deixou de pertencer à Companhia de Jesus oEsc. Filipe de Noronha (Comunidade Pedro Arrupe -Braga).

Encontro de juniores ibéricosPessoas com diferentes antecedentes e talentos

diversos podem viver juntas como verdadeiros “amigos

no Senhor”. A identidade jesuíta é relacional; cresce em

e através da nossa diversidade de cultura, nacionalidades

e línguas, enriquecendo-nos e desafiando-nos. Este é um

processo que encetamos ao entrar na Companhia e nele

crescemos cada dia. CG XXXV, Dec. 2, 19

O Encontro de Juniores Ibéricos não existia. Foiesperado durante bastantes meses e tornou-se realidade nofim-de-semana, de 17 a 19 de fevereiro, em Braga. Ojuniorado português recebeu o de Salamanca (Espanha).Conhecer a cidade, visitar as obras da Companhia que nelaexistem, descansar, conviver, celebrar… Isto tudo, e mais,foi vivido durante estes dias por estes juniores que se reco-nhecem e sabem companheiros, situados em lados diferen-tes da fronteira, mas imersos na mesma etapa de formação.

“Foi bem antes da chegada dos Companheirosde Salamanca que começámos a preparar o fim-de-sema-na que passámos juntos. Preparar um programa e a casa eviver a expectativa de quem espera alguém há muitotempo. O mais impressionante no encontro dosCompanheiros de Jesus é a familiaridade do trato, que é averdadeira Amizade no Senhor que o Padre Inácio e osPrimeiros Companheiros pediam e experimentaram. Foi,portanto, um tempo de muita proximidade, de partilha dasalegrias e dificuldades de quem está na mesma etapa deformação, de nos sabermos parte de um Corpo que émuito maior do que a nossa Província. A maior graça ésaber que nosso Senhor chama homens tão diferentes àCompanhia para servir a Sua Igreja – homens que se vãoformando e ganhando um mesmo modo de proceder.”

Juniores portugueses

“Sentimo-nos como em casa graças à hospitali-dade dos juniores que nos acolheram e acomodaram commuito carinho. Além de conhecermos a cidade, visitámosa Faculdade de Filosofia e as diversas obras daCompanhia na cidade de Braga e arredores. Tivemos,também, um encontro com o P. Provincial, que nos falouda Província de Portugal e respondeu às perguntas quefizemos. Mas, sem dúvida, o melhor do encontro foram osmomentos em que pudemos partilhar e celebrar juntos –formal e informalmente – sentindo-nos membros de ummesmo corpo e aprofundando a nossa amizade no Senhor.

Muito obrigado por tudo!”Juniores espanhóis

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Breves da PROVÍNCIA continuação

Boletim “Jesuítas”O boletim “Jesuítas” é enviado gratuitamente a

familiares, amigos e colaboradores. Se desejar contribuir para as despesas de publi-

cação e envio, pode fazê-lo por transferência bancáriapara o NIB 0033 0000 000000 700 41 84, MillenniumBCP, ou mediante envio de cheque em nome de ProvínciaPortuguesa da Companhia de Jesus, para Estrada da Torre,nº 26 - 1750-296 LISBOA. Em ambos os casos, solicita-sereferência ao Boletim Jesuítas.

Projeto da escola de Msaladzi

E se um desconhecido lhe oferecer umavisita guiada a um espaço sagrado?

É esta a proposta dos grupos de espiritualidadeinaciana Pietre Vive (Pedras vivas) em cidades comoBolonha, Roma, Ravena, Génova, Nápoles, Barcelona,Madrid, Munique, Praga, cidades onde não faltam igrejasque não são apenas expressões artísticas de alta qualida-de, mas também são fruto de oração de quem as produziu.Quantas vezes não saímos de uma visita guiada a ummonumento com uma confusão de datas e nomes na cabe-ça e toda a informação técnica sobre o mesmo mas comum vazio profundo em relação à mensagem e aos objecti-vos das obras de arte que vimos? E afinal de contas, amensagem na obra de arte cristã é o fundamental dessamesma produção. É para transmitir uma mensagem muitoclara que foi realizada.

As Pietre Vive, como comunidades de oração deleigos e religiosos, têm uma formação exigente a níveltécnico, mas querem ir mais longe nas visitas que organi-zam: a apresentação de uma igreja tem sobretudo a vercom a sua mensagem teológica e de fé que nos quer sertransmitida pelas suas pinturas, esculturas ou arquitectura.Pouco a pouco, o visitante vai sendo confrontado, sem sedar conta, com a proposta de amor que Deus nos faz. E namensagem de salvação que vai emergindo, a perguntaessencial, ainda que inconsciente, está lá: onde me encon-tro eu diante de Deus e da minha história pessoal?

Os resultados são desconcertantes. As perguntasexistenciais mais profundas estão colocadas e as respostassão as mais variadas. Algumas pessoas tentam oferecerdinheiro como escape inconsciente a este confronto comDeus. É uma das fugas possíveis. Por isso, para as PietreVive a gratuidade, como sinal do amor de Deus, é muitoimportante e não aceitamos qualquer doação. Outras pes-soas quando percebem que está um grupo numa das cape-las da igreja a rezar por todos os que estão a fazer as visi-tas comovem-se e abrem a sua vida, de coração nas mãos,ao mistério de Deus. Não é raro que uma visita para a qualinicialmente só havia 5 ou 10 minutos de disponibilidadese transforme numa conversa de uma hora ou mais. Nofim, as marcas são evidentes quer em quem recebe, querem quem oferece a visita.

Portugal tem inúmeras possibilidades para a rea-lização deste tipo de oferta, nomeadamente em igrejas quea Companhia de Jesus foi construindo ao longo daHistória. Porque não pensar em iniciar um grupo de PietreVive em Portugal? Quem estará interessado?

Para mais informações consultar: http://pietrevi-ve.wordpress.com/

Francisco Campos, SJ

4º aniversário www.essejota.netNo dia 1 de Março saiu a 71º edição do

www.essejota.net, que celebrou o seu 4º aniversário comuma pergunta: “Ainda há esperança?”, respondida por 16personalidades do mundo das artes, cultura, comunicação,política e igreja. Esta edição reúne assim 16 contributosvindos de colaboradores como os cantores TiagoBettencourt e Carminho, o escritor Manuel António Pina, aactriz Cleia Almeida, os jornalistas António Marujo e PaulaMoura Pinheiro, os jesuítas P. Federico Lombardi - porta-voz da Santa Sé -, P. Michael-Paul Gallagher e P. AlbertoBrito, entre outros, que apresentam um olhar atento e provo-cador sobre o tema que ocupa o sentir de tantos portugueses.

Este projecto, iniciado em 2008, resulta da cola-boração entre jovens jesuítas e leigos universitários oujovens profissionais; uma equipa de 110 pessoas, que dis-ponibiliza quinzenalmente uma série de reflexões acercados acontecimentos do mundo, da arte, do fenómenohumano e da fé. Esta edição especial acabou por ter umimpacto muito positivo em diversos meios de comunica-ção social, dando destaque a um projeto que continua acrescer e a consolidar a presença de uma visão cristã nomundo da internet, com uma linguagem acessível a todos.

Encontro Inter-noviciadosDe 2 a 5 de Janeiro decorreu em Fátima, o

Encontro inter-noviciados subordinado ao tema“Discernimento espiritual e tomada de decisões”.Orientado pelo P. Domingos de Freitas, SJ, e pela IrmãMarta Silva, ACI, contou com a presença de cerca de 50noviços(as) das diferentes famílias religiosas que têm onoviciado em Portugal e respectivos formadores.Curiosamente, mais de metade dos noviços não são portu-gueses, sendo de salientar o numeroso grupo de noviçastimorenses e moçambicanas.

O encontro decorreu num ambiente muito sim-pático e alegre, com conferências temáticas, trabalhos degrupo, tempo de oração pessoal e comunitária, e serõesbem animados pela criatividade e imaginação dos partici-pantes. Um dos momentos altos consistiu no visionamen-to do filme “Dos homens e dos deuses” de XavierBeauvois, como exemplo de um discernimento pessoal ecomunitário na procura sincera da vontade de Deus, e noassumir as consequências e riscos inerentes à tomada dedecisão.

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Nomeações do Santo PadreO Papa Bento XVI nomeou: - Cardeal o P. Karl Becker (1928), que foi pro-

fessor na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma,durante muitos anos, e consultor da Congregação para aDoutrina da Fé;

- o P. Antonio Spadaro (1966), Consultor doConselho Pontifício para a Comunicação Social. O P.Spadaro é Director da revista La Civiltà Cattolica.

Nomeações do Padre GeralO Padre Geral, Adolfo Nicolás, nomeou: - o P. Fratern Masawe Conselheiro Geral e

Assistente Regional para África. Depois de ter sido Provincial da Província de

África Oriental e Presidente do JESAM, o P. Masawe estáactualmente em ano sabático. Assumirá as suas novas fun-ções em Setembro próximo, sucedendo ao P. Jean RogerNdombi.

- Superior Regional da Região do Nepal, o P.Boniface Tigga (1966). O P. Boniface é atualmenteDirector de St. Xavier's School, em Godavari;

- Provincial de Madagáscar, o P. Pierre AndréRanaivoarson (1957). O P. Pierre André é atualmente rei-tor do Collège Saint François Xavier, em Fianarantsoa;

- Provincial da Suiça o P. Christian Rutishauser(1965), atualmente diretor de Lasalle-Haus de BadSchönbrunn;

- Superior Regional da Jamaica o P.Christopher G. Llanos (1960), atualmente Superior eMestre de Noviços em Kingston.

200 anos da restauração daCompanhia de Jesus

Em carta de 1 de Janeiro de 2012, dirigida a todaa Companhia de Jesus, o P. Adolfo Nicolás convida todosos jesuítas a preparar uma data importante que se avizinhadentro de dois anos: a celebração do 200º aniversário de 7de Agosto de 1814 – data em que o Papa Pio VII publicouSollicitudo omnium ecclesiarum, a bula papal com querestaurava a Companhia de Jesus em todo o mundo.

Para esse efeito, nomeou uma comissão de jesuí-tas composta pelos padres Nuno da Silva Gonçalves, PaulGallagher, James Grummer, Brian Mac Cuarta e AntónioSpadaro, para que alcancem três objectivos fundamentais:

a) difundir amplamente o conhecimento quetemos da história da Companhia entre os anos 1760 e 1820;

b) aprofundar a nossa compreensão desse perío-do impulsionando o estudo e a investigação do mesmo;

c) promover uma reflexão orante sobre o nossopassado de modo a que possamos servir mais eficazmen-te no futuro.

O P. Geral acrescenta ainda que as datas impor-tantes oferecem-nos sempre uma oportunidade parareflectir e aprender algo de novo. São uma boa ocasiãopara agradecer o muito recebido, para recordar quantascoisas temos sido capazes de descobrir, para melhorar onosso modo de sermos servidores da missão do Senhor, epara nos arrependermos, se necessário for, por não termosestado à altura do que se esperava de nós.

“Tempo forte”No início do ano novo, o Conselho do Padre

Geral reuniu-se na Cúria Geral durante quatro dias, paratratar de assuntos referentes à missão e governo daCompanhia de Jesus, período designado de “Tempoforte”. A avaliação das recomendações que aCongregação Geral 35ª fez ao Padre Geral e a próximaCongregação de Procuradores, a realizar no próximoverão em Nairobi, foram os temas prioritários da reunião.Passaram já quatro anos desde o início da CG35ª, e oConselho entendeu que era oportuno fazer uma reflexãoprofunda sobre as preferências apostólicas da Companhia,a vida espiritual e comunitária e a formação dos jesuítas.Os membros do Conselho dedicaram-se também à progra-mação da Congregação de Procuradores e aos temas queserão submetidos à discussão. Com o objetivo de reforçaro sentido de equipa entre os membros do Conselho, umadas sessões foi dedicada à partilha de algumas reflexõesde caráter mais pessoal. A Eucaristia e a oração emcomum ajudaram a manter o espírito de discernimentoque caracteriza este tipo de reuniões na Companhia deJesus.

Colóquio Internacional sobre aEducação Secundária Jesuíta

De 29 de julho a 2 de agosto de 2012, decorrerá,em Boston (USA), o Colóquio Internacional sobre aEducação Secundária Jesuíta. Organizado pela ICAJE(Comissão Internacional da Educação SecundáriaJesuíta), este evento pretende dar seguimento ao apelo daCongregação Geral 35ª quando sublinha “o potencialextraordinário que temos enquanto corpo internacional emulticultural”. No entendimento dos organizadores, esteColóquio reforçará a rede internacional de Colégios daCompanhia de Jesus ao proporcionar uma partilha deideias, uma discussão sobre as potencialidades e desafioscomuns e uma análise sobre a identidade e missão Jesuítano campo da educação. O modo como os educadores doscolégios da Companhia preparam os seus alunos paraserem líderes globais, para servirem a Igreja e o mundo,será um dos focos deste Colóquio. Pretende-se, ainda,mostrar aos responsáveis dos colégios da Companhia aforma como esse potencial se pode tornar realidade.

Mais informações em: http://www.icjse.org bole

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Da Companhia EM RESUMO

Inspirado pelas perigosas viagens encetadaspelos boat people vietnamitas e cambojanos em busca doexílio, o Pe. Pedro Arrupe fundou o Serviço Jesuíta aosRefugiados em 1980, para ajudar aqueles que são esque-cidos na tragédia. Hoje como ontem, muitas pessoas con-tinuam a enfrentar esta mesma realidade no nosso mundo,seja devido às cheias que devastam Mindanao, nasFilipinas, ou em barcos à deriva no mar Mediterrâneo,tentando escapar à perseguição de regimes ditatoriais.

Como obra internacional da Companhia deJesus, o JRS está presente em cerca de 50 países em todoo mundo, cumprindo a sua missão de Acompanhar,Servir e Defender refugiados, deslocados e migrantesem situação de grande vulnerabilidade, de acordo com ascircunstâncias próprias de cada região:

Em 2012, o JRS celebra 20 anos de activida-de em Portugal. Fundado em 1992, até finais dos anos90 funcionou essencialmente como plataforma deconhecimento e informação sobre matérias relacionadascom as leis de asilo e de imigração. A partir de 1998, assu-miu uma intervenção directa com a população migrante erefugiada e, desde então, presta apoio a imigrantes e refu-giados que chegam à sociedade portuguesa provindos de

vários pontos do mundo, com toda a espécie de necessida-des básicas de sobrevivência. Sozinhas no país, muitasdestas pessoas desconhecem a língua portuguesa, a formade organização da nossa sociedade e os direitos e deverespartilhados pelos cidadãos. Desprotegidas e vulneráveis,mas com grande coragem, desejam acima de tudo recons-truir a sua vida num novo lugar. No JRS encontram o con-forto de uma voz orientadora e vêem renascer o ânimo deque precisam para acreditar no futuro.

Em 2011, recebemos no nosso Centro deAtendimento em Lisboa cerca de 3500 pessoas portadorasde muitas carências. Dia após dia, ouvimos os apelos dequem nada tinha, ajudámos a combater o desespero evimos renascer a esperança em muitos rostos. Isto foi pos-sível através do apoio social, psicológico, jurídico, médi-co e medicamentoso, através da dinamização de aulas delíngua portuguesa e do acompanhamento na procura deemprego. Ao todo, prestámos cerca de 8000 atendimentostotalmente gratuitos.

Em 2012, queremos continuar a apoiar estas pes-soas. Para o fazer, contamos com o envolvimento detodos.

Dê força à nossa missão!

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Sentir e SABOREAR

Serviço Jesuíta aos Refugiados: 20 anos de atividade em Portugal

Depois de um ano cheio, a Fundação Gonçalo daSilveira (FGS) gostaria de agradecer a todos os contribu-tos dados. É a partir da ajuda de cada um que se vai tornan-do possível, à FGS, cumprir a sua missão de promover oDesenvolvimento Humano Integral junto de todos, em par-ticular junto dos mais desfavorecidos.

Como Obra da Companhia de Jesus, a FGS dedica--se prioritariamente ao apoio aos missionários jesuítas, epopulações locais, nos países de expressão lusófona, atravésda concretização de projectos que respondem às necessida-des identificadas pelos missionários. Mas o seu objectivo, aprazo, alarga-se à dimensão mais vasta da missão daCompanhia de Jesus: O “serviço da fé e das implicaçõesradicais da fé num mundo onde se torna mais fácil confor-mar-se com algo menos que a fé e menos que a justiça”, naconvicção de que “a fé que busca a justiça é, inseparavel-mente, a fé que se compromete no diálogo com outras tradi-ções e a fé que evangeliza as culturas” (CG 34, d. 2, 11 e 21).

Neste sentido, a FGS - ONGD Jesuíta apresentaum breve resumo das suas principais actividades ao longodo ano de 2011:

EM MOÇAMBIQUE

O Projecto Nhangau, coordenado pelo PeEmílio, arrancou com 9 cursos de alfabetização de adultose para crianças e colaborou no financiamento de sete bol-sas de estudos para ensino secundário e superior vocacio-nadas para a formação de novos professores. Através desteprojeto, e com o intuito de promover o futuro destas esco-las e tornar as comunidades sustentáveis, cooperamos tam-bém na criação de associações agrícolas e piscatórias nascomunidades.

Na Província de Tete, com o apoio do Pe DavidFerreira da Silva e através do Projecto na Mpenha, torná-mos possível a reabilitação de um moinho, permitindo asustentabilidade do Cento de Formação e PromoçãoFeminina da Mpenha, desenvolvido pela FGS desde2004/2005.

EM PORTUGAL

A Campanha educativa “M-Igual?” alargou-se a ummaior número de escolas e foram realizadas todas as acti-vidades previstas, com uma enorme participação e óptimosresultados atingidos.

A Campanha Global pela Educação (apresentada noBoletim de Junho 2011) completou o seu quarto ano deactividades sob a coordenação da FGS, superando os anosanteriores em termos de participação de escolas e outrasinstituições na Semana de Acção Global pela Educação.

Em diversas iniciativas houve colaboração comparceiros jesuítas: JRS-Serviço Jesuítas aos Refugiados,

Fundação Alboan, Fundação Entreculturas, Jesuitenmis-

sion e MAGIS, e outros da sociedade civil, de modo a levara cabo:

NA SOMÁLIA

Campanha de Emergência Contra a Fome no Corno deÁfrica;

NO SUDÃO

Ações no âmbito da Plataforma por Darfur;

NO HAITI

Continuamos a colaborar na Reabilitação de Escolas noHaiti.

OBRIGADO a todos os que nos acompanham na nossamissão!

Para nos conhecer melhor, visite www.fgs.org.pt e acom-panhe-nos no facebook em Fundação Gonçalo da Silveira.

Se estiver interessado em receber a nossa newsletter, porfavor informe-nos para [email protected].

Apoie-nos através do NIB: 0033 0000 4527 0952 7420 5

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Sentir e SABOREAR

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CVX - Comunidade de Vida CristãPara apresentar a CVX, mais do que a uma defi-

nição que é sempre insuficiente, recorro, ainda que breve-mente, à sua história, que é afinal uma história que oEspírito foi escrevendo ao longo de quase quinhentosanos, na Igreja.

A identidade da CVX está radicalmente associa-da à experiência de Inácio e dos seus companheiros, quedesde o início reuniram à sua volta grupos de leigos,para a colaboração nas atividades de apostolado quedesenvolviam.

Em 1563, o jesuíta belga Jean Leunis reuniu umgrupo de estudantes do Colégio Romano para os prepararpara o trabalho apostólico na cidade de Roma. Tratou-seda primeira Congregação Mariana. Os seus membros, queeram preparados na escola dos Exercícios Espirituais,mantendo uma intensa vida espiritual e buscando a unifi-cação da fé e da vida em todas as suas dimensões, procu-ravam responder às necessidades apostólicas da época elugar em que viviam, em colaboração com a Companhiade Jesus.

As Congregações Marianas tiveram uma enormeexpansão pelos Colégios ou outras obras apostólicas daCompanhia de Jesus. Contudo, após a extinção desta em1773, foram entregues ao cuidado dos bispos locais e per-deram a originalidade do seu carisma, transformando-seem grupos de piedade mariana.

Houve que esperar até 1922, altura em que, poriniciativa do P. Ledochowski, então Geral da Companhiade Jesus, se iniciou o processo de regresso às raízes ina-cianas. À data, apenas 5% das Congregações Marianas seencontravam ligadas à Companhia de Jesus, mas em 1948o Papa Pio XII, reconhecendo o trabalho que estava a serdesenvolvido, promulgou a Constituição Apostólica “BisSaeculari” em que fez um convite a todos os grupos paraque voltassem às suas origens, enraizadas nos ExercíciosEspirituais de Santo Inácio. Por vir do Papa, este convitedirigia-se a toda a Igreja e, portanto, a todas asCongregações Marianas, mesmo que não estivessem liga-das à Companhia de Jesus.

O encontro com a inspiração original dasCongregações Marianas, e especificamente com osExercícios Espirituais, deu início a um movimento derenovação que desembocou numa verdadeira refundação,também animada pelo espírito do Concílio Vaticano II.

Assim, a 21 de Outubro de 1967, os participan-tes da Assembleia Geral da Federação Mundial dasCongregações Marianas aprovaram os novos PrincípiosGerais e deliberaram a mudança do nome paraComunidades de Vida Cristã.

O regresso à inspiração inicial dos primeirosgrupos de leigos formados nos Exercícios Espirituais, quese reuniam para a unificação da vida e para o trabalhoapostólico, por um lado, e o chamamento do Concílio diri-gido aos leigos para que assumissem a sua parte na tarefa

do trabalho pelo Reino, enquanto membros plenos doCorpo de Cristo e configurados pelo Batismo na Suamissão, marcaram esta refundação.

Nos Princípios Gerais sobressai o estilo de vidaque é proposto aos membros das Comunidades de VidaCristã, no seguimento de Jesus pobre e humilde: umaintensa vida espiritual, apoiada na oração diária, revisãode vida e Exercícios Espirituais; em Comunidade e uniãocom a Igreja; em disponibilidade para o serviço, procu-rando responder às necessidades dos nossos tempos ecomprometendo-se no trabalho pela justiça e pela paz.

Assim como estavam presentes nos primeirosgrupos de leigos reunidos por Inácio e os seus companhei-ros, encontramos aqui presentes em coexistência e condi-cionamento mútuo, como três pilares que sustentam todaa vida em CVX, a dimensão da espiritualidade fundadanos EE, a dimensão comunitária e a dimensão apostólica.

Constatamos o caminho feito pela CVX nestesquase cinquenta anos, ao percorrermos a história das suasAssembleias Mundiais.

As primeiras Assembleias da Federação deComunidades Nacionais dedicaram-se a aprofundar osPrincípios Gerais e a confirmar a sua identidade arraigadanos Exercícios Espirituais. Mas a experiência que se foigerando, Assembleia após Assembleia, de reconhecidacomunhão na procura de caminhos de fidelidade aoCarisma recebido, propiciou que, em 1979, na AssembleiaMundial de Roma, os delegados aí reunidos colocassem a

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Assembleia Mundial em Fátima - 2008: a universalidade da CVX

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questão: deveriam passar de uma Federação deComunidades Nacionais, a uma Comunidade Mundial?Haveria ainda que amadurecer essa decisão, mas final-mente na Assembleia Mundial de 1982 em Providence,foi possível responder sim ao chamamento a tornar-seuma única Comunidade Mundial.

Em consequência, na Assembleia de Loiola em1986, confirmou-se o sentir de que é a Comunidade que éenviada ao serviço do Reino e, em Guadalajara, em 1990,procedeu-se à revisão dos Princípios Gerais, de modo arefletirem a sua nova natureza de Comunidade Mundial.Por outro lado, reconhecendo as graças recebidas, aComunidade toma igualmente consciência dos seus limi-tes, reconhecendo-se necessitada de maior unidade eliberdade espiritual.

Em 1994, a Assembleia Mundial da CVX reu-niu-se em Hong Kong sob o lema “CVX – umaComunidade em missão”, e em 1998, em Itaici, reforçoua consciência de que a uma Comunidade Mundial corres-ponde uma missão comum: “Aprofundando a nossa iden-tidade como um corpo apostólico – clarificar a nossaMissão Comum”. O documento final da Assembleia deItaici, “A Nossa Missão Comum”, destaca três áreas demissão: “Primeiro desejamos trazer o poder libertador deJesus Cristo à nossa realidade social. Em segundo lugar,desejamos encontrar Jesus Cristo em toda a variedade deculturas, permitindo que a Sua graça ilumine tudo o quenecessita de ser transformado. Em terceiro lugar, deseja-mos viver em união com Jesus Cristo, para que Ele possapenetrar todos os aspectos da nossa vida quotidiana nomundo.”

Na Assembleia Mundial de Nairobi em 2003, aComunidade sentiu-se chamada a “chegar a ser um corpoapostólico que partilha a responsabilidade pela missãodentro da Igreja”. A Assembleia, que teve como lema“Enviados por Cristo, membros de um só corpo”, refletiusobre como poderá esta comunidade mundial funcionarcomo um corpo apostólico de leigos, com uma missãocomum. Foram apresentados quatro passos necessários à

partilha da responsabilidade pela missão: discernir,enviar, apoiar e avaliar. Os famosos verbos de Nairobi, aque nos referimos tantas vezes pela sigla DEAA, consti-tuem assim a chave que operacionaliza a vivência damissão da CVX enquanto corpo apostólico, definindo-secomo o seu específico modo de proceder.

Na Assembleia Mundial de Fátima 2008, sob olema “Caminhando como corpo apostólico: a nossa res-posta a esta graça de Deus”, a Comunidade, sentindo-seconfirmada nas graças recebidas em Nairobi, em 2003,entendeu que o chamamento a viver como um corpo apos-tólico de leigos que discerne a missão comum, se senteenviado e apoiado pela Comunidade, e que com ela ava-lia os frutos da missão, é, afinal, um chamamento a vivercomo uma comunidade profética no mundo de hoje.

Nessa senda, a Comunidade CVX em Portugal,na sua Assembleia Nacional de 2010, escolheu como lema“Desafiados a ser Comunidade Profética”.

Inseridos no seguimento de Jesus, o profeta porexcelência, homem do seu povo, profundamente lúcido,que leva a cabo a missão que o Pai lhe confia através degestos e de palavras, sentimo-nos chamados a colocarconstantemente a pergunta: “Encarnados nas vicissitudesdo nosso tempo, partindo do que somos e atentos aos ape-los dos contextos em que nos movemos, que lugares mais

Assembleia Mundial em Fátima - 2008: a nova equipa mundial

Eucaristia presidida pelo P Geral na Assembleia Mundial em Fátima

Servidores DA MISSÃO DE CRISTO continuação

necessitam da esperança que podemos dar?” As conclusõesdos trabalhos da Assembleia Nacional de 2010, expressa-ram o desejo de sermos sinais de esperança e de agirmoscomo profetas, mais de gestos do que de palavras, queordenámos em cinco grandes áreas: temáticas da família,serviço nas estruturas eclesiais, maior aproximação à rea-lidade dos excluídos, testemunho profético no meio profis-sional e formação e consolidação do corpo apostólico.

Reconhecemos o compromisso pessoal e comu-nitário dos membros da CVX em Portugal nestas váriasáreas de missão, designadamente em cursos de preparaçãopara o matrimónio, na catequese e outros serviços nasParóquias, nos Exercícios Espirituais na Vida Quotidiana,no apostolado nas prisões e com populações mais despro-tegidas, na formação de lideranças através do cursoLições Inacianas de Liderança e em termos gerais, noempenhamento profissional, social e familiar em que,enquanto leigos, o nosso apostolado mais se concretiza. Odesafio que agora se coloca é como viver todo este dina-mismo e criatividade como um corpo apostólico de leigos.Sendo um caminho em aberto que é necessário ir percor-rendo, recebemos como dom do Espírito a intuição da AMde Nairobi de que essa integração se fará através da assi-milação e prática do nosso modo de proceder - discernir,enviar, apoiar e avaliar – em todos os níveis de funciona-mento e estruturas.

Por outro lado, o desenvolvimento e consolida-ção do corpo exigem um trabalho sério e empenhado na

formação de todos os membros da CVX, mas especial-mente das suas lideranças, pelo que se têm assegurado deforma regular cursos de animadores, jornadas de forma-ção e reuniões de animadores a nível regional.

Acresce que tendo-se registado nos últimos anosum notável crescimento da Comunidade, deparámos coma dificuldade de assegurar a presença de um guia Jesuíta acada grupo, pelo que sentimos que o Senhor nos lançavaum desafio mais: encetar um programa de formação paraguias leigos, recrutados entre membros mais experientesda Comunidade. Consistiu num programa de dois anos deformação, que teve como condição de acesso a experiên-cia de Exercícios Espirituais completos, seja na modalida-de de retiro de 30 dias ou na Vida Quotidiana. O primeiroano de formação foi dedicado ao estudo dos ExercíciosEspirituais e o segundo dos documentos da CVX, dinâmi-cas de grupo e de acompanhamento pessoal na tradiçãoinaciana.

Dando resposta ao desejo de vários estudantesuniversitários de conhecerem o estilo de vida propostopela CVX, e reconhecendo também neste desafio umaoportunidade para preparar o futuro da Comunidade, aCVX apoiou o nascimento da CVX-U. Sendo uma orga-nização autónoma, recebe da CVX a disponibilização deguias para acompanhamento dos grupos, e a presença deum representante na direção da CVX-U. Ao fim de umpercurso de formação de três anos, os grupos entram, seassim o decidirem, para a CVX.

Em todas estas iniciativas, contamos semprecom a preciosa colaboração da Companhia de Jesus, quetendo embora a sua expressão mais visível no facto deserem os nossos Assistentes Eclesiásticos, são tambémguias de muitos grupos e colaboram generosamente com aCVX, nos vários momentos formativos que esta organiza.

Tornar-se um corpo apostólico de leigos, quepartilha a missão na Igreja, é um enorme ideal, pelo quefazemos constantemente a experiência da desproporçãoentre a grandeza da missão que nos é confiada e a nossarealidade atual. No entanto, sabemos que o Senhor traba-lha constantemente também nas nossas fragilidades, peloque arriscamos traçar este caminho, confiantes que Elenos conduzirá nesta obra que, afinal, é Sua.

Teresa Cardoso

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Formação de guias

Projeto Casa Velha

Dentro do contexto da colaboração dos Jesuítascom outros, foi-me pedido que apresentasse o “ProjetoCasa Velha”, o que para mim é uma alegria e um privilé-gio. Agradeço esta oportunidade de partilhar esta expe-riência, que vai sendo sempre uma forma de a conhecer ecaptar melhor. É também forma de agradecer a todos osque têm vindo a colaborar e a apoiar este desafio, muitosdeles “amigos dos jesuítas” e da rede ou família inaciana.

Vou fazer esta apresentação em dois níveis:um mais objetivo, relatando o que é ou vai sendo,alguns dados, principais marcos e planos para o futuro.Numa segunda volta, farei o exercício de perceber ahistória e marca de Deus na “Casa Velha”, que é afinalo substrato, o princípio, o meio e o fim deste projeto edesta colaboração.

1 Ficha de projeto

O que é?O “Projeto Casa Velha” teve início em 2008 e

desenvolve-se na Quinta da Casa Velha, em Vale Travesso- Ourém, a 17 km de Fátima. A quinta pertence à famíliaAlvim há já quatro gerações, sendo um patrimóniocomum de vários irmãos, um dos quais (Henrique), apóso seu casamento (com Catherine), estabeleceu aqui a suaresidência. Atualmente, a casa é ainda habitada por estenúcleo familiar. A quinta é constituída por cerca de 67hectares agro-florestais e diversas casas agrícolas. Esteespaço está a ser requalificado com o intuito de permitir oacolhimento de pessoas e grupos, que por aqui têm passa-do em diversas atividades, num encontro forte com anatureza, em ambiente rural.

Missão (que já se vai tornando mais clara…)Contribuir para o desenvolvimento humano em

espaço rural, através do acolhimento, da experiência devida simples, do contacto com a natureza, do trabalhocomunitário e da oração.

Principais marcosDesde 2008, passaram até hoje pela “Casa Velha”

1256 pessoas, 700 das quais em 2011, em mais de 100 diasde atividades. Para além das muitas pessoas que forampassando de forma individual, a “Casa Velha” tem propor-cionado o cruzamento e crescimento partilhado de gruposde diversos movimentos/instituições de matriz cristã, entreos quais a Associação CAMTIL, Campinácios, Carraças,SAIREF, Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas,Fundação Fé e Cooperação (FEC), Leigos para oDesenvolvimento, Fundação Gonçalo da Silveira,Movimento Apostólico de Schoensttat – Jornadas daJuventude Feminina. A Companhia de Jesus e as Escravasdo Sagrado Coração de Jesus têm dado apoio espiritual amuitas das atividades. A nível local, a “Casa Velha” temacompanhado um grupo de 20 jovens do Vale Travesso, os“Reparadores” e assegura, desde novembro de 2011, ativi-dade pastoral e social no Vale Travesso e Ourém, com umgrupo de 15 voluntários universitários ligados ao CUPAVe às Escravas do Sagrado Coração de Jesus. De forma a irpercebendo e encontrando a melhor forma de concretizar asua missão na comunidade em que se insere, este projetotem sido acompanhado por D. António Marto, Bispo daDiocese Leiria-Fátima, bem como pela Junta de Freguesiade Nossa Senhora da Piedade, pela Câmara Municipal deOurém (através da empresa OuremViva), e pelo InstitutoPolitécnico de Leiria (IPL).

Projetos em cursoDuas linhas estruturantes estão a marcar a “Casa

Velha” e marcarão o ano de 2012, permitindo o caminhode sustentabilidade deste projecto e a consolidação dos ali-cerces que se têm vindo a construir. Trata-se do desenvol-vimento do eixo de negócio de Agroturismo (com dimen-são de turismo de natureza e religioso) e da estruturação doeixo sem fins lucrativos de actividades de formação huma-na e espiritual. São dois módulos que se complementam

Quinta da Casa Velha Agroturismo Lda:

Aprovação em 29 de Outubro de 2011 do pedidode apoio à Medida 3.1.1 do PRODER (Programa debo

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Apoio ao Desenvolvimento Rural da EU, Medida “OutrosUsos da Exploração Agrícola”) apresentado em janeiro de2011. Investimento total de 295.000€, dos quais 60% sãoconcedidos a fundo perdido pelo PRODER (177.000€),40% pela Quinta da Casa Velha Agroturismo Lda.Estamos à procura de formas de conseguir este auto finan-ciamento. O início do projeto deverá acontecer no 2ºsemestre de 2012, devendo estar concluído até 2014.

Associação “Casa Velha, Ecologia e Espiritualidade”:

Será muito em breve oficializada a associação“Casa Velha, Ecologia e Espiritualidade”, que vem aoencontro de uma reflexão que tem vindo a ser feita tam-bém com os Jesuítas, entre outros. A sustentabilidadedeste projecto sem fins lucrativos e o número de activida-des e pessoas já envolvidas, justifica e conduz à criaçãodesta entidade autónoma que terá como missão o planea-mento e dinamização das actividades que têm vindo a serdesenvolvidas no espaço da “Casa Velha”. A experiênciaadquirida ao longo dos últimos três anos mostra-nos queas duas dimensões mais marcantes da “Casa Velha”, dife-renciadoras e ao mesmo tempo que vêm iluminar inquie-tações do nosso tempo, são o encontro entre a ecologia ea espiritualidade. A ecologia leva-nos ao “cuidar da casa”,casa que é a Terra/Criação, da qual somos parte integran-te, e por isso mesmo, também casa que somos nós, indivi-dualmente e na relação com os outros.

Dos Estatutos em construção da Associação Casa Velha:A “Casa Velha” pretende ser um espaço de

encontro e desenvolvimento pessoal, no contacto directocom a natureza, em atividades culturais, sociais e espiri-tuais que promovem o crescimento saudável das relaçõesconsigo mesmo, com Deus e com os outros. Através doacolhimento em ambiente familiar, experimentando umavida simples de cariz comunitário em espaço rural, privile-giando momentos de silêncio e de partilha, através do tra-balho no campo, de espaços de criatividade, de formação eda reflexão/oração, a “Casa Velha” pretende ser um espa-ço aberto a todos, proporcionando uma experiência fortedo essencial da vida, de cada pessoa, da comunidade eassim contribuindo para o desenvolvimento humano inte-gral, nas suas diferentes dimensões: pessoal, comunitária,local, em comunhão com toda a Terra e com a humanida-de. Atenta a cada tempo, a “Casa Velha” quer constituir umsinal profético de fraternidade, simplicidade e solidarieda-de na sociedade onde se insere. Aberta a todos, a “CasaVelha” tem uma identidade cristã, guiada pelos valores doEvangelho. Para isso, conta com o apoio espiritual e insti-tucional das Escravas do Sagrado Coração de Jesus e daProvíncia Portuguesa da Companhia de Jesus.

Colaboração com os jesuítas“Nos últimos anos, tenho acompanhado a multi-

plicação de iniciativas na ’Casa Velha’ e o sonho de que,

pouco a pouco, se vá transformando num local em que o

encontro com a natureza e com Deus andem lado a lado.

Tenho-me “cruzado” com várias actividades mas, mais

importante do que isso, tem sido a experiência do acolhi-

mento familiar e da amizade partilhada. Nesse acolhi-

mento, vive-se a tranquilidade da manifestação de Deus

reconhecido na vida de cada um. Muitas vezes, tive a ale-

gria de O tornar mais presente pela Eucaristia, ocasião

privilegiada para celebrarmos a vida entregue e reparti-

da por todos.”

Nuno da Silva Gonçalves, SJ

Desde há vários anos que a “Casa Velha” temvindo a promover diversas atividades organizadas com osjesuítas, em especial os mais “agricultores” ou “arquitetos”.

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Nos últimos anos ao longo do inverno/primavera, têm-sefeito fins-de-semana de “Rezar no Campo” e “Poda eEspiritualidade”, com grupos de 10 a 12 pessoas, onde seassocia o trabalho no campo, próprio de cada época, aotrabalho interior.

Nas Páscoas de 2010 e 2011 (e também naPáscoa 2012) a “Casa Velha” acolheu também os“Trolhas”, um campo de trabalho e formação de cerca de40 animadores do CAMTIL e, em Setembro de 2011, umCampo de “Calhambeques” (Campinácios).

No Verão passado, a Casa Velha acolheu umaexperiência MAG+S, de Ecologia e Espiritualidade.

Desde há 10 anos que se celebra uma Missa deAdvento para crianças num palheiro, com a orientação doP. Vasco Pinto de Magalhães.

“Ao celebrar Missa como se fosse num presépio

e ao percorrer a Quinta buscando e encontrando as arvo-

res da Bíblia, senti e pressenti como a ‘Casa Velha’ é e

pode ser um espaço onde reencontramos o cristianismo na

sua simplicidade pacificadora e experimentamos o Amor

com que Deus abraça o mundo e nos fala através dele.”

P. Vasco Pinto de Magalhães

Mais do que a colaboração concreta em ativida-des próprias ou apoiando actividades da casa (enraizadasnuma amizade espiritual de identidade inaciana), os jesuí-tas têm vindo a ser companheiros de caminho na desco-berta desta missão. Passo a passo se vai percebendo maise se vai percebendo melhor por onde passa e poderá pas-sar esta colaboração.

2 Marcas do caminho - história de Deus coma Casa Velha

Num exercício de memória, que ajuda a ver ocaminho andado, tem-se vindo a editar aquilo a que cha-mámos “Casa Velha Notícias”, uma espécie de relatóriode atividades onde todos podem ir captando o todo, paraalém da parte que a cada um tocou na sua passagem pela“Casa Velha”. Um exercício muito simples, sobretudomarcado pelas fotografias e testemunhos reveladores doque se passou, sobretudo da alegria, do serviço, da parti-lha, da transformação, da multiplicação, da diversidade,do encontro nessa diversidade, de complementaridade.Todas estas marcas contrastam com a escassez e a preca-riedade dos recursos disponíveis para acolher e sustentartanta vida. Um Mistério.

Nos últimos tempos, vários grupos vão pergun-tando: que condições tem a casa? A resposta verdadeira é:“quase nenhumas”, e por isso quase nos sentimos a fazerpublicidade enganosa do projeto. Mas surpreendentemen-te, as pessoas e grupos vêm, e vão alimentando estasemente que vai ganhando raízes e germinando, lenta-mente, silenciosamente.

A história deste projeto começa em sementeslançadas bem mais atrás, numa experiência forte de famí-lia e de casa. Estas são duas marcas a que as pessoas que

passam se referem invariavelmente, “que se sentem emcasa”. Pois este “sentirmo-nos em casa” tem a ver semdúvida com sentirmo-nos em Deus – revelado na beleza emistério da Criação, na história de cada um que é “ressus-citada” pelo contacto com as raízes de ruralidade, comreferências comuns de estar à lareira ou à mesa, com aexperiência comunitária.

E depois, a grande marca do tempo em que seentra, de ritmo lento, natural, que nos ensina a espera,bem expressa nas estações do ano. Que nos ensina apaciência, a fidelidade, o abandono da pequena sementeque, sem vermos e sem sabermos como, vai crescendo.Esta é, parece-me, a grande marca que vai ficando emtodos os que se aproximam deste projeto. Pelo que tem deeternamente inacabado (tantas obras para fazer, tanto porrecuperar…como vai ser possível?), de ainda não consu-mado, mas ao mesmo tempo de já atingido, em cadapequena etapa. O gozo de cada passo do caminho, mesmosem saber onde nos leva.

“Por todo o caminho que percorreste até chegara este lugar…”, foi assim que começou o “Casa VelhaNotícias” 2009. “Ora a fé é garantia das coisas que seesperam e certeza daquelas que não se vêem” (Hb 11, 1)marcava o de 2010. “Eu sou a porta: se alguém entrar pormim, estará salvo; há-de entrar e sair e achará pastagens.”(Jo 10, 9), o de 2011. Por aqui vai a história de Deus coma “Casa Velha”, lugar de encontro com Ele.

Margarida Alvimhttp://www.facebook.com/projectoCasaVelha

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Meios que unem O INSTRUMENTO COM DEUS

3 DIAS12 a 15 | em Soutelo, com o P. José Frazão19 a 22 | no Rodízio, com o P. António Santana26 a 29 | em Palmela, com o P. Nuno Branco e a

Irª Marta Heleno, aci

7 DIAS04 a 11 | em Fátima, com o P. Hermínio Vitorino21 a 28 | em Soutelo, com o P. António Vaz Pinto23 a 30 | com o P. Nuno Tovar de Lemos - vocacionais

29 a 05 | em Soutelo, com o P. Vasco Pinto Magalhães

8 DIAS03 a 11 | em Soutelo, com o P. João Norton de Matos03 a 11 | em Soutelo, com o P. João Carlos Onofre Pinto06 a 14 | em Soutelo, com o P. Dário Pedroso13 a 21 | em Fátima, com o P. Gonçalo Eiró16 a 24 | em Soutelo, com o P. Nuno Branco21 a 29 | no Rodízio, com o P. Fernando António21 a 29 | no Rodízio, com o P. José Eduardo Lima21 a 29 | em Palmela, com o P. Vasco Pinto de

Magalhães21 a 29 | em Soutelo, com a Drª Alzira Fernandes e o

P. José Carlos Belchior23 a 31 | em Fátima, com o P. Dário Pedroso

30 DIAS20 a 20 Ago | em Soutelo, com o P. Mário Garcia

3 DIAS03 a 06 | na Costa Nova, com o P. Carlos Carneiro03 a 06 | em Soutelo, com P. Gonçalo Castro Fonseca03 a 06 | com o P. João Norton - pé descalço

10 a 13 | no Rodízio, com o P. Domingos de Freitas10 a 13 | no Rodízio, com o P. Gonçalo Castro Fonseca17 a 20 | em Palmela, com o P. Nuno Tovar de Lemos17 a 20 | em Soutelo, com o P. José Carlos Belchior17 a 20 | em Soutelo, com o P. António Valério

8 DIAS15 a 23 | em Fátima, com o P. António José Coelho17 a 25 | em Soutelo, com o P. Luís Maria da

Providência

CASAIS11 a 13 | em Soutelo, retiro para Casais, com o P. Roque

Cabral

Exercícios Espirituais

Consulte o programa anual em www.jesuitas.pt

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Exercícios Espirituais

Maio

Exercícios Espirituais

Julho

Exercícios Espirituais

Junho

2 DIAS01 a 03 | em Soutelo com a Drª Teresa Olazabal - amigos

de rua

3 DIAS07 a 10 | no Rodízio, com o P. Manuel Morujão07 a 10 | em Soutelo, com o P. Carlos Carneiro

4 DIAS06 a 10 | em Soutelo, com a Drª Alzira Fernandes 06 a 10 | no Rodízio, com o P. Carlos Azevedo Mendes

7 DIAS06 a 13 | no Rodízio, com o P. Miguel Almeida06 a 13 | em Soutelo, com o P. Afonso Seixas -

pé descalço

8 DIAS05 a 13 | no Rodízio, com o P. Luís Maria da

Providência14 a 22 | em Soutelo, com o P. Manuel Bello20 a 28 | em Fátima, com o P Luís Maria da Providência

CASAIS01 a 03 | em Soutelo, retiro para Casais, com o

P. Mário Garcia