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O primeiro trimestre foi bastante positivo para a CPFL Energia. No seg-mento de distribuição, as altas temperaturas verificadas no país no início do ano contribuíram para o bom desempenho dos segmentos residen-cial e comercial, que cresceram 13,5% e 11,3%, respectivamente. Assim, as vendas na área de concessão da empresa registraram um dos maiores crescimentos da sua história no comparativo anual: alta de 7% comparada ao crescimento de 6% no Brasil.

Outro destaque dos três primeiros meses do ano foi obtido pelo seg-mento de comercialização, que, diante de um cenário de escassez hídrica, trabalhou com uma sobrecontratação de energia em relação aos com-promissos de entrega, liquidando o excesso no mercado de curto prazo, a preços elevados. Essa estratégia combinada com a carteira de obras da CPFL Serviços resultou em um EBITDA de R$ 77 milhões durante o primei-ro trimestre, mais do que o total gerado em todo o ano passado.

Esses números contribuíram para que a CPFL Energia registrasse lucro líquido de R$ 174 milhões no primeiro trimestre, com uma receita opera-cional líquida de R$ 3,7 bilhões e EBITDA de R$ 787 milhões. A empresa investiu, entre janeiro e março, R$ 240 milhões para aumentar a eficiência de suas operações. Cabe destacar ainda que, em 8 de maio, a companhia distribuiu R$ 568 milhões (R$ 0,59 por ação) aos seus acionistas, em divi-dendos complementares, referentes ao segundo semestre de 2013.

RELAÇÕES COM INVESTIDORES | 51 | ANO 10 | ABRIL-JUNHO DE 2014

Investidor CPFLVendas na área de concessão batem recorde histórico

Nesta edição

3CPFL Paulista e RGE têm tarifas reajustadas

3CPFL Paulista é eleita a melhor empresa de energia

2Complexo Eólico Macacos I está apto a operar

O ano de 2014 tem sido desafiador para o setor elétrico. A escassez de chuvas e as altas temperaturas registradas no início do ano exi-giram o acionamento de usinas térmicas para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas e elevaram o preço da energia no mercado de curto prazo. Esse cenário vinha pressionando o caixa das distribuidoras, dada a forte eleva-ção nos custos de compra de energia, que só podem ser repassados ao consumidor final no reajuste tarifário anual.

Diante deste cenário, a CPFL Energia lide-rou, juntamente com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee), uma frente de diálogo com o governo federal e a Aneel, para mitigar esses impactos. O esforço culminou em um pacote de medidas, anun-

ciado em março de 2014, que injetou no seg-mento de distribuição R$ 12,4 bilhões em re-cursos e possibilitou a realização de um leilão, no final de abril, para contratação imediata de energia. Tais ações resolveram boa parte das dificuldades enfrentadas pelo setor.

Quanto ao desempenho da CPFL Energia neste primeiro trimestre de 2014, gostaria de destacar a recontratação da energia prove-niente da Usina Serra da Mesa, em condições bastante vantajosas para nós. Já a nossa subsi-diária CPFL Renováveis concluiu a construção do Complexo Eólico Macacos I, que foi conside-rado apto a operar pela Aneel desde o início de maio. Destaco ainda o excelente desempenho do nosso segmento de comercialização, fruto da correta estratégia adotada, que permitiu a

obtenção de uma sobra de energia e a liquida-ção desse montante a preços elevados no mer-cado de curto prazo.

Estamos cientes de que este é um ano di-fícil e volátil. Por outro lado, é justamente nos ambientes adversos que as oportunidades emergem. Por este motivo, tenho trabalha-do juntamente com toda minha equipe para colocar a CPFL Energia em uma posição de vanguarda, buscando nos antecipar aos mo-vimentos do setor, sempre baseados em uma estratégia financeira sólida e conservadora e uma busca incessante de eficiência.

Wilson Ferreira Jr.Presidente da CPFL Energia

Palavra do Presidente

DESTAQUES 1T14 Crescimento de 7,0% nas vendas na área de

concessão - residencial (+13,5%) e comercial (+11,3%); Aporte de CDE no montante de R$ 1.170

milhões no 1T14, para cobertura de exposição involuntária e despacho de térmicas; Comercialização e Serviços - EBITDA de R$

77 milhões no 1T14; Expansão CPFL Renováveis: (i) aprovações

do CADE (abr/14) e ANEEL (mai/14), relativas à associação com a DESA, e (ii) conclusão da construção do complexo eólico Macacos I (mai/14); Pagamento em 08/mai de R$ 568 milhões (R$

0,59/ação) em dividendos complementares, referentes ao 2S13, com dividend yield de 4,8% (Últ. 12M); Aumento de 16,6% no volume médio diário

de negociação das ações (BM&FBOVESPA + NYSE), atingindo R$ 44,4 milhões; aumento de 59,9% no número de negócios (BM&FBOVESPA), atingindo uma média diária de 6.292; Implantação da CPFL Telecom: cobertura de

10 cidades e 544 km de redes implantados.

IFRSEBITDA

1T13R$ 1.055

milhões

1T13R$ 1.081

milhões

1T14R$ 787milhões

1T14R$ 1.086

milhões

IFRSLucro Líquido

1T13R$ 405

milhões

1T13R$ 429

milhões

1T14R$ 174milhões

1T14R$ 396milhões

-7,9%+0,5%+8,2%

Receita LíquidaIFRS Gerencial* Gerencial* Gerencial*

*IFRS + Consolidação Proporcional + Ativos e Passivos Regulatórios - Itens não-recorrentes

1T13R$ 3.457

milhões

1T13R$ 3.517

milhões

1T14R$ 3.739

milhões

1T14R$ 3.827

milhões

-25,4% -57,0%+8,8%

Abril de 2014 Itaú BBA - 4th Utilities Day

Maio de 2014 Itaú BBA 9th Annual Latam CEO Conference Goldman Sachs: Rio Conference

De-bottlenecking Latin America

Junho de 2014 Citi - 7th Annual Citi Brazil Equity Conference Palestra com Investidores – JP Morgan J. Safra – Non Deal Road Show

Complexo Eólico Macacos I está apto a operar

O Complexo Eólico Macacos I foi con-siderado apto a operar pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a partir de 1º de maio de 2014. Os quatro parques eólicos que compõem o com-plexo totalizam 78,2 MW de capacidade instalada e 37,5 MW médios de garantia física, contratados no Leilão de Fontes Alternativas de 2010. A receita anual es-timada é de R$ 52,6 milhões, com venci-mento em 2033.

O complexo é formado pelos parques eólicos Pedra Preta, Costa Branca, Jure-mas e Macacos, que estão localizados no

município de João Câmara, no Rio Gran-de do Norte. Atualmente, a empresa mantém diversos projetos em operação e em construção no estado, perfazendo 12 parques eólicos e uma usina de bio-massa em operação, mais 9 parques eó-licos em construção.

Macacos I é mais um projeto que se junta a muitos outros no processo de ex-pansão da CPFL Renováveis, que atingiu 1,495 mil MW de capacidade instalada no seu portfolio de ativos em operação e possui mais 305 MW em eólicas em construção na região Nordeste do país.

Mercado de Capitais e desempenho na Bolsa

CPFL celebra novo contrato com Furnas

Fonte: Economática Variações com ajuste por proventos

CPL DJBr20 DJIA

Performance das ações - NYSE - 1S14

3,9%

30/12/13 15,67 24.919 16.50430/06/14 18,20 25.880 16.827Var. 16,2% 3,9% 2,0%

16,2% 2,0%7,2%

CPFE3 IEE IBOV30/12/13 18,51 26.250 51.50730/06/14 20,33 28.133 53.168Var. 9,8% 7,2% 3,2%

9,8% 3,2%

Performance das ações - Bovespa - 1S14

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Em abril, a CPFL celebrou novo con-trato de suprimento de energia da Usi-na Hidrelétrica Serra da Mesa com Fur-nas. O contrato original expirou em 31 de março de 2014. A parcela de 51,54% da disponibilidade da potência e de energia do empreendimento, corres-pondente a 345,4 MW médios, foi re-contratada a R$ 156,70 por MWh, valor

líquido de encargos setoriais, na data base de 01 de abril de 2014. O preço bruto equivalente, incluindo os respec-tivos encargos setoriais, é de R$ 182,90 por MWh. O contrato, cujo início se deu em 01 de abril desse ano, expira em 16 de abril de 2028 e será reajustado anu-almente pela variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).

“Estudávamos algumas possibilida-des para recontratação desta parcela de energia. Nossa estratégia se ba-seou na contratação de longo prazo, priorizando a estabilidade de fluxo de caixa e a minimização de volatilidade em nosso braço de geração”, afirmou o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr.

Conferências, Road Shows e eventos

Complexo Eólico Macacos I acrescentou 78,2 MW de capacidade ao parque gerador da CPFL Renováveis

CPFL Paulista e RGE têm tarifas reajustadas

CPFL Paulista é eleita melhor empresa de energia

Medidas atenuam impacto da estiagem

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Duas distribuidoras do Grupo – CPFL Pau-lista e RGE – tiveram suas tarifas reajustadas recentemente. Em abril, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajuste total de 17,18%, aos consumidores da CPFL Paulista, que reúne mais de quatro milhões de clientes no interior de São Paulo. As novas tarifas vigora-rão de 08 de abril de 2014 a 07 de abril de 2015. Em junho, a Aneel reajustou as tarifas da RGE, que atende mais de 1,3 milhão de clientes no estado do Rio Grande do Sul. O reajuste total foi de 21,82% e as novas tarifas irão vigorar de 19 de junho 2014 a 18 de junho de 2015.

Assim como em outras empresas de distri-buição de energia do país, o aumento do custo da energia influenciou o resultado. Apenas as despesas com compra de energia tiveram um impacto no total do reajuste tarifário de 10,98% para a CPFL Paulista e de 16,08% para a RGE. Os principais fatores que contribuíram para esse efeito foram: (i) o aumento da compra de ener-gia de usinas térmicas, que são mais caras; (ii) ele-vação do preço da energia no mercado de curto prazo (PLD), pressionado pela hidrologia ruim; e (iii) o aumento do dólar, que influencia o contra-to de compra de energia da Usina de Itaipu.

A CPFL Paulista, distribuidora do grupo CPFL Energia que atende a pouco mais de quatro milhões de clientes na região me-tropolitana de Campinas e interior de São Paulo, foi a grande vencedora na catego-ria Energia na edição 2014 da publicação “Maiores e Melhores”, organizada pela re-vista Exame, da Editora Abril. A conquista é resultado de uma análise de critérios técnicos dos balanços financeiros de três mil empresas relativos ao ano de 2013.

Apesar do cenário desafiador do se-tor elétrico em 2013, em razão das mu-danças regulatórias promovidas pela Medida Provisória (MP) 579 e pela fraca hidrologia no começo do ano, a CPFL Paulista conseguiu ampliar o seu lucro lí-

quido em 46,4% de 2012 para 2013, tota-lizando R$ 620 milhões. Isso é reflexo do rigoroso controle de custos gerenciáveis executado pela concessionária ao longo do ano passado.

A sólida gestão financeira fez com que a CPFL Paulista obtivesse o melhor retor-no sobre o investimento entre as em-presas de energia. A publicação destaca a rentabilidade da concessionária, de 53,6%, ante a mediana do setor de 11%.

O grupo CPFL Energia também foi apontado pela edição como um dos 200 maiores grupos empresariais da América Latina, conquistando o 58º lugar nes-te ranking. A RGE foi considerada a 21ª maior empresa da região Sul do País.

A estiagem observada em 2014 impôs uma série de desafios para as distribuidoras de energia elétrica. Diante da escassez de chuvas, o gover-no federal teve de acionar usinas termelétricas para reduzir o ritmo de queda dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Aliada a esse cenário, a distribuição de quotas na renovação das concessões foi insuficiente para suprir a demanda das distribuidoras. A frustração parcial no leilão A-1, realizado no fim de 2013 para preencher essa lacuna da demanda, aumentou a exposição das distribuidoras para 3,5 GW médios em 2014.

Para atenuar o cenário, o governo anunciou uma série de medidas. Foi realizado no fim de abril o leilão A, que contratou, para entrega imediata e prazo até dezembro de 2019, pouco mais de 2.000 MW médios a um preço médio de R$268,33/MWh. Estima-se que, dada a

sazonalidade da carga das distribuidoras, este montante é suficiente para cobrir cerca de 85% da exposição involuntária das empresas no período entre maio e dezembro de 2014.

Por meio do Decreto nº 8.221/14, foi criada a Conta ACR, permi-tindo que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica levantas-se R$ 11,2 bilhões junto a um sindicato de bancos para amortecer os repasses dos custos elevados com aquisição de energia para o consumidor final. Até abril, a CPFL Energia recebeu R$ 1,7 bilhões, sendo R$ 167 milhões, em aportes do Tesouro, para cobrir a exposi-ção involuntária de janeiro e mais R$ 1,548 bilhão, por meio da Con-ta ACR, referentes ao despacho de térmicas e exposição involuntária nos meses de fevereiro a abril.

Diretor-presidente da CPFL Paulista, Luis Henrique Ferreira Pinto, recebe o prêmio da Maiores e Melhores da revista Exame

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INVESTIDOR CPFL é uma publicação da área de Relações com Investidores da CPFL Energia, editada pela Diretoria de Comunicação Empresarial e Relações Institucionais, Rodovia Campinas Mogi Mirim, Km 2,5 - Jd. Santana - Campinas/ SP, CEP 13.088-900. Telefone: (19) 3756-7050 – Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores: Gustavo Estrella, Diretor de RI: Eduardo Atsushi Takeiti, Diretor deComunicação Empresarial e Relações Institucionais: Augusto Rodrigues. Conteúdo: Rockmann Press. Edição: Wellington Bahnemann. Diagramação: Produção Coletiva. Site: Relações com Investidores: www.cpfl.com. br/ri - email: [email protected]. Telefone: (19) 3756-6083 / Fax: (019) 3756-6089.

CPFL desenvolve nova plataforma de sustentabilidadeEm consonância com a es-

tratégia de aperfeiçoar con-tinuamente seus processos, a CPFL Energia lançou, em 2013, a sua Plataforma de Sustentabilidade, com defini-ção de temas prioritários para sua atuação, indicadores e metas de desempenho. Além de permitir o gerenciamento contínuo da performance da empresa em relação ao tema, essa iniciativa promove a identificação de oportunida-des que alavancarão o cres-

cimento no setor energético.O processo de criação da

Plataforma teve início em 2012 e continuou ao longo de 2013 com o diagnóstico das ações já realizadas pela empresa e consulta a diversos públicos de interesse, docu-mentos e publicações inter-nos e externos. Dos temas que emergiram desse trabalho, seis foram priorizados: gestão da cadeia de suprimentos; de-senvolvimento comunitário; gestão de impactos socioam-

bientais; relacionamento com clientes; ecoeficiência e saúde e segurança.

O ano de 2014 está sendo dedicado à disseminação da Plataforma por meio de seis pi-lares de atuação: Governança; Gestão de desempenho; Incul-turação/Educação; Advocacy; Inovação; e Comunicação. Cada pilar possui planos de ação es-pecíficos para que a cultura de sustentabilidade seja reforçada e alavanque a geração de valor da companhia.

Reforço extra para a Copa do Mundo

No fim de maio, a CPFL Energia inaugurou o Centro de Monitoramento da Copa, loca-lizado no Centro de Operações do Sistema (COS), na sede da empresa, em Campinas (SP). Com equipe 24 horas, o Centro disponibilizou tecnologia para acompanhar em tempo real o sistema elétrico das oito distribuidoras do Grupo, dando atenção especial aos dias de jogos do Brasil e para 45 pontos-chave, entre subestações e torres de transmissão das cida-des que receberam as seleções para a Copa.

Sete cidades da área de concessão da em-presa no interior paulista – Campinas, Itu, Sorocaba, Ribeirão Preto, Águas de Lindóia, Santos, Porto Feliz – foram escolhidas como sede de seleções que vieram ao Brasil para a Copa. O fornecimento de energia às instala-ções usadas pelas equipes, assim como hotéis e centros de treinamentos, foi acompanhado em tempo real pelo Centro de Monitoramen-to da Copa.

A inauguração do Centro marcou a conclu-são da força-tarefa para aperfeiçoar o sistema elétrico nas áreas de concessão das distri-buidoras da CPFL Energia durante o evento

Centro de Monitoramento da Copa do Mundo acompanhou em tempo real 45 pontos estratégicos

da rede das distribuidoras do grupo CPFL

esportivo mais assistido no mundo. Foram investidos R$ 2 milhões nos últimos cinco me-ses na realização de obras no sistema elétrico nas cidades da Copa para a criação de siste-mas de redundância de alimentação e instala-ção de chaves comandadas à distância.

Nos dias de jogos do Brasil, equipes de campo estiveram de prontidão em pontos previamente definidos para assegurar agili-dade no atendimento de eventuais emergên-cias. As partidas da semifinal e final também participaram desse esquema especial.