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Page 1: Jornal Lapa News

Projeto piloto da Subpre-feitura da Lapa pretente, até o final de dezembro, efetuar podas e remoções de árvores

que estão doentes e com riscos de queda.

DEVIDO AS CHUVAS,

ÁRVORES DO BAIRRO SÃO

PODADAS

APÓS PROTESTOS, TENDAL ESCAPADE DEMOLIÇÃO

Pág. 4

Pág. 10

Ameaça de fechamento e demolição da Casa Cultural

causou indgnição em moradores.

SESC POMPÉIACOMEMORA

100 ANOSFesta solene foi pro-

movida para festejar o centenário do clube.

“PELEZÃO” ATINGE 500

ATENDIMENTOS

Pág. 8

Clube encerra ano com novos projetos para

2011Pág. 3

NEWSLAPADistribuição Gratuita

www.lapanews.com.brSemanal 04 a 10/Dezembro de 2010 Edição 500

A informação do seu bairro com velocidade !!!

População pedeinterdição do Parque Villas Boas Pág. 3

Paróquia da Laparealiza reuniõesdo A.A. Pág. 7

Page 2: Jornal Lapa News

EDITORIAL

Os desafios de ser uma publicação com foco comunitário

exigem renovações constantes, porque o que torna o jornal antenado

com os acontecimentos do bairro, da política e da cultura é a filosofia

de se transformar acompanhando as novas tendências da sociedade,

porém, não abrindo mão das características locais.

Nosso objetivo continua sendo o mesmo: trazer a tona os

problemas que nossa comunidade enfrenta em seu dia a dia para

que estes sejam encaminhados as autoridades e, então, para que as

providências devidas sejam tomadas. Da mesma forma, mantemos a

proposta de informar os moradores sobre os acontecimentos do bairro

que tenham influência direta ou indireta na vida dos moradores.

Além da organização do conteúdo do jornal através da distribuição de

matérias por editorias, nossa equipe realizou uma nova concepção

de projeto gráfico, elaborada para tornar mais prática e agradável à

leitura.

Pensando na melhor forma de manusear e transportar seu

jornal, o Lapa News optou pela redução do tamanho, sendo este tipo

de formato uma tendência mundial. Houve também uma melhora na

distribuição da publicidade dentro dos cadernos. Com isso, queremos

privilegiar você, leitor, com uma informação organizada e qualificada

sobre os acontecimentos da região da Lapa, e para o entretenimento,

um novo espaço para jogos e passatempos, além de tirinhas humora-

das estão presentes.

O “Espaço do Leitor” é o canal para reduzir distância entre a

rua e a redação do Lapa News, através de cartas e mídias sociais,

respeitando este momento em que a comunicação se tornou quase

instantânea. Todos que quiserem dar sugestões para melhorar ainda

mais o jornal podem enviar e-mails ou cartas, no endereço locali-

zado ao final da página, e assim contribuir com o desenvolvimento

da comunicação em nosso bairro. Toda opinião será bem vinda, pois

apenas com a participação dos moradores poderemos ter um veículo

de informação que atenda aos interesses de nossa comunidade.

Por fim, o que não muda é o compromisso em fornecer infor-

mação de qualidade e de ser a voz da Lapa na luta por melhorias.

ESPAÇO DO LEITOR

@gabrielayguedesAdoro a lapa! o lugar mais

democrático do planeta, para

escutar um sambinha, isso não

mudou praticamente nada mesmo

no boteco da rodada.@a_caroline

Já efetuei 3 solicitações para poda na rua guaricanga. Vamos ter

época de chuvas, e se a arvore cair sobre a rede elétrica, ou pior

numa pessoa?

Estou solicitando ajuda para que interfiram e consigam esta poda.

Alex Mario, por e-mail

“Estudei em colégio público. Naquela época a escola era mel-

hor. Agora, tudo é muito fácil”. José Purcinelli, 72,

aposentado, morador da Lapa

“Entendo que o jornal comunitário emerge como um elemento de

extrema relevância, que possa ampliar os debates e circular por

toda a comunidade”. Gutenberg Aguiar, 32 Escritor

EXPEDIENTE

Jornal LAPA NEWS Editor chefe: Cesár Caressato

Projeto Gráfico e Diagramação: Dayane SouzaReportagem:

Camilla Carvalho, Elton Ramos, Flávio Lúcio,

Juliana Dias, Priscila Rosa,

Filiado à AJORB

Endereço: Largo da Matriz Velha, 36

Site: www.lapanews.com.brEmail: [email protected]

Siga-nos:@lapanews

Quando a Rita Lee, disse “não

como cadáver”, essa expressão

me fez refletir para a gente

aprender a não comer porcaria. Que a Internet está cada dia mais

presente ao nosso cotidiano, isso

todo mundo sabe. Agora, será

que estamos a par de como anda

esta relação?

@rafa_lins83

A partir desta edição, o seu jornal Lapa News está de cara nova!

Boa leitura!

Tiragem: 20.000 exemplares

Fone:3931 – 6383

Freguesia do Ó

ContatosEquipeExtra Publicações com.ltda

CNPJ:00.507.412/001

Distribuição Gratuita

Impressão: Alpha Graphics

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A Villa Pompeia comemorou em outubro deste ano, seus 100 anos de existência. A região está em festa lado a lado com seus estabelecimen-tos e moradores. Para a celebração solene da data, o vereador Flo-riano Pesaro, o Grupo de Trabalho Centenário da Pompéia e o Centro Cultural da Pompéia reuniram lide- ranças e representantes de algumas vertentes da região. Para o vereador, o bairro continua em franca expansão. “Centenária, a Pompeia faz parte do desenvolvi-mento de São Paulo, com suas in-dústrias referências na cidade, como as Indústrias Reunidas Matarazzo e a Fábrica de Vidros Santa Marina,

por exemplo”. Atualmente, o bairro vem se destacando na área cultural, com as atividades do Sesc Pompéia, da Companhia de Dança Ivaldo Ber-tazzo, o Centro Cultural Pompéia e a badalada Feira da Pompéia, entre outros tantos espaços. Pesaro ainda fez questão de res-saltar em seu discurso que o bairro consta como berço do rock paulista, na década de 60, em função do grupo Mutantes. Para ele, a Pompéia já faz parte da vida cultural e musical da cidade de São Paulo. A solenidade também homenageou algumas categorias que estruturam o bairro, socialmente. Entre elas temos a Sociedade Esportiva Palmeiras, o Centro Universitário São Camilo, a Subprefeitura Lapa, o Hospital São Camilo, o Colégio Estadual Profes-sora Zuleika de Barros, a Casa das

Sesc Pompeia sedia Sessão Solene dos 100 anos do bairro

Festa foi promovida pelo vereador Floriano Pesaro, juntamente à duas outras entidades

Camilla Carvalho

Em razão do descuido, parque deve ser interditado à pedido da popula-ção. O conselho de associações de bairro da Lapa, acionou o Ministério Público em abril deste ano, para in-

Parque Villas Boas pode ser interditado

População identifica descuido do local e aciona Ministério Público

Caldeiras e o Sesc Pompéia. Ainda houve uma homenagem à Maria Salatino Giorni, que completou 100 anos de idade, junto com o bairro. As celebrações continuam até o fim

deste ano e estão disponíveis no blog do Centro Cultural Pompéia: http://centroculturalpompeia.blogspot.com

formar que o local estava totalmente abandonado. O parque que custou R$ 2,5 milhões, hoje acumula mato alto, sujeira, entulho, portas e ar-quibancadas quebradas, vias inaca-

badas e falta de funcionários. Sem contar, é claro, com o Ministério Público Estadual, que agora luta pela interdição do espaço. O mato alto tomou conta do parque como um todo. Da área infantil às quadras. Segundo José Benedito Morelli, presidente do conselho de associações de bairro da Lapa, o parque apenas inaugurou e já está totalmente largado. “Desde a década de 70 lutávamos por um parque na área. Quando inauguram, é desse jeito”.

O parque ainda sofre com suspeita de contaminação pois, no passado, abrigou uma usina de compostagem de lixo nos seus 55m² de área. Além disso, o parque ainda conta com um vizinho tóxico: uma indústria química. O custo final do projeto, para que o local fique adequado ao uso da população, é de R$ 4,5 milhões e o dinheiro deverá vir de compensações ambien-tais. C.C

Com a interdição do parque, graças aos descuidos, muitas crianças terão

que mudar de playground

Para o vereador, a Pompéia já faz parte da vida cultural e musical da cidade de São PauloD

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Na Lapa,árvores recebem 356 podase 103 remoções, através de projeto-piloto da Sub-prefeitura em conjunto com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente,que tem duração prevista até dezem-bro deste ano, de modo com que evitem,no período de chuvas, as quedas das árvores e danifica-ção dos fios elétricos. Porém, nesta nova sociedade individu-alizada e urbana, as árvores causam problemas na infra-es-trutura das ruas, não planejadas para elas. A motoserra é só uma das ferramentas de agressão, pois existem outras estratégias mais simples, como fazer um anel na casca da árvore, o que impede a circulação da seiva e mata a planta, ou aplicar herbi-cida na base do caule da planta, fazendo com que em um mês a árvore fique seca, morta por en-venenamento. Outra maneira é a poda radi-cal, aquela que dizima mais de um terço da copa da árvore e pode matar a planta. Seja por

despreparo do manejo,sejapor má intenção, a poda radical deixa a ár-vore suscetível a pragas que podem causar sua morte. Na AvenidaMercedes, na qual está localizado um símbolo do bairro, a praça “semente da vida”, com a escultura de um sino, as ár-vores recebemum corte ornamental por motivo estético. Além de evitar o contato com os fios elétricos, os galhos são podados para valorizar a região, considerada nobre no bairro, comportando mansões em toda sua extensão. Não existe uma regra nacional para regular a poda no Brasil, sendo necessário o bom senso e alguns cri-térios de leis estaduais ou munici-pais. O consenso da poda é aceitável

para retirada de galhos que trazem risco à segurança das pessoas e ao patrimônio, além da eliminação de partes doentes, ou para estruturar o desenvolvimento, evitando contato com edificações e postes de fiação elétrica. A poda ornamental seria para restringir o espaço das plantas na área urbana, porém deve ser feita periodicamente e passo a passo, pois de forma radical prejudica o cresci-mento da planta, podendo causar o surgimento de fungos que molestam a árvore. Quando feitas de modo correto, “a poda é como cortar o ca-belo, é necessária, serve para forta-lecer e equilibrar a vida da planta”, diz Francisco, diretor da Performace Ambiental. Nas regiões mais afastadas do bair-

ÁRVORES SOFREM PODA E REMOÇÃODevido ao crescimento da sociedade sem pensar nas árvores, elas se tornam o problema

ro, moradores já haviam reclamado com a prefeitura, pedindo remoção ou poda, mas não foram atendidos, “O maior receio dos moradores é que as plantas caiam em cima de carros ou de pedestres.” diz Márcia Fernandes, moradora da Lapa. As árvores agora são acusadas e perseguidas por atrapalhar a ilumi-nação pública, deixandoàs escuras áreas perigosas, de danificar os fios elétricos que abastecem a luz para as casas. Além disso, existem denúncias que árvores destroem patrimônios como carros e casas com suas que-das, sendo incriminadas de ferir e assassinar pessoas. A árvore agora se tornou um mal para a sociedade urbana, que cresce sem respeitar o espaço necessário às plantas.

Flávio Lucio

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Galhos, na praça Semente da Vida, recém-podados devido ao projeto piloto

da subprefeitura da Lapa. Além das podas, estão

sendo realizadas remoções de espécies com ameaça de queda no período de

chuvas.

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São Paulo aproveita apenas 5% do lixo reciclável. Por dia a cidade produz 17 mil toneladas, sendo que poderia reutilizar 2 mil toneladas, mas só capta 100 toneladas, segundo dados do Plano Diretor. O lixo acarreta inúmeros pro- blemas urbanos, contribui à pro-liferação de pragas, ratos, baratas, causa enchentes ao entupir bueiros, poluição visual, mau-cheiro. Segun-do pesquisa do IRMV (Instituto Re-cicle Milhões de Vidas) uma pessoa produz 500 gramas de lixo por dia, sendo que em média 50% poderiam ser reciclados. O cidadão pode levar o material em locais publico como no Clube Escola Pelezão, na lapa, ou numa das 29 Pevs, “realizada pelo corpo de bombeiros, em parceria com en-tidades sociais, para coleta seletiva de lixo, isso entra na preservação do meio ambiente que é uma das nossas missões institucionais”, diz Capital Martinho de Morais, gestor central do programa reciclável do Corpo de Bombeiros. Para um prédio ter a coleta sele-tiva, deve conter em cada andar ces-tos separadores, além de um espaço, geralmente no estacionamento, para comportar a caçamba de lixo, e o apoio dos condôminos. Empresas também são incentivadas a partici-

par, com escritórios reciclando pa-péis e copos plásticos, e restaurantes separando o lixo orgânico. Os 4 cestos mais conhecidos são o azul, para o papel que evita o corte de árvores, o vermelho, destinado ao plástico derivado do escasso petró-leo, o verde, referente ao vidro que é derivado da areia, e o amarelo, voltado para o metal presentes nas latas. Além delas, existem para o da madeira, resíduos radioativos, am-bulatórias, perigosos, os não reci-cláveis, e o mais desperdiçado que são os orgânicos.

Coleta seletiva tem resultados insignificantesLixo causa inúmeros problemas sociais por falta de reciclagem

Árvore Sibipiruna, encontrada na Lapa, contém uma seiva vermelha na casca, que circula os nutrientes para toda sua extensão. Na aparên-

cia, que lembra sangue, esta resina fascinantemente vermelha é chamada Dragon’sBlood, ou traduzindo, Sangue de Dragão.

Várias árvores possuem essa seiva. No século I d.C, a resina era convertida e usada como corante, além de medicinalmente ser usada para tratar de problemas respiratórios e gástricos. Com o passar dos anos, tam-

bém serviu para tratar febre, garganta, úlceras na boca, diarreia, intestinos e estômago, e antiviral respiratório.

Ao longo da história, o Sangue de Dragão ficou ligado aos rituais de magia e alquimia por séculos, tendo seu uso banido por ser considerado bruxaria, principalmente após se mostrar um ótimo coagulante do sangue. Unir o sangue com o Sangue de Dragão era bruxaria, por considerar que

aumentava a potencia dos feitiços. Hoje o Sangue de Dragão é considerado pelos neopagãos símbolo de proteção, amor e sexualidade.

Resíduos orgânicos, como a bor-ra de café pode se tornar adubo, ou como a gordura que pode se transfor-mar em sabão, produtos de beleza, ração animal e até o mesmo o biod-iesel. Sem um devido destino pode destruir o meio ambiente, segundo a Sabesp “1 litro de óleo polui mi- lhares de litros de água”, o óleo cria uma camada fina impermeável sobre a água e não permite que os raios so-lares penetrem, não permitindo que as plantas produzam a fotossíntese, responsável pela oxigenação da água, causando assim, a morte de

Sangue de Dragão

toda matéria viva aquática. A importancia de reciclar vem de manter de forma sustentavel o con-sumo no mundo. Reciclagem, vem da palavra repetir ciclo, que con-siste em transformar o material em um novo produto, ou reutilizar, ou seja, utilizar de uma nova maneira o material usado. Levando seus reci- cláveis ao destino da coleta seletiva, você colabora com causas sociais e com o planeta em que você vive. Adotar a coleta, para dar um destino mais ecológico ao lixo vão muito além da questão ambiental. Reciclar lixo significa também aumentar a vida útil dos aterros sanitários, diminuir os gastos com a limpeza pública, gerar empregos e renda para classes menos favore-cida, e o mais importante: exercer o seu papel de cidadão na conservação da região e do planeta. F.L

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Árvore Sibipiruna sangrando na Avenida Mercedes: a seiva vermelha que aparenta ser sangue é devido ao corte estético

Ponto de coleta seletiva instalado pela Subprefeitura da Lapa no Clube Escola Pelezão

Page 6: Jornal Lapa News

Cai números de adolescentes grávidas em São Paulo

Número de jovens mães diminui nos últimos dez anos, mas índices apontam outras questões

O número de adolescentes grávidas caiu no Estado de São Paulo, segundo dados de um le-vantamento feito pela Secreta- ria de Estado da Saúde em par-ceria com a Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados). Este levantamento inclui o período entre 1998 e 2008, no qual houve uma queda de 36,2% no número de adoles-centes grávidas. Em 1998, foram registrados 148.018 jovens grávidas com idades de até 19 anos. Já em 2008, foram 94.461 casos. Es-ses são os dados oficiais divul-gados pelo Estado, mas só essa informação estatística não basta para fazer uma análise sobre a questão da gravidez e da sexu-alidade na adolescência. O Lapa News entrevistou psicólogos, a fim de esclarece essas questões acerca dessa fase de transição entre infância e vida adulta. A adolescência é um con-ceito recente da sociedade con-temporânea, já que antigamente

os jovens se casavam e tinham filhos mais cedo. A sociedade evoluiu, e começou a enxergar seus jovens de uma nova maneira. Entretanto, cer-tos tabus permanecem, e um deles é sobre a sexualidade. Quando se fala esta palavra, grande parte das pes-soas pensa que ela está relacionada apenas com o sexo em si, o que não é verdade. Alguns pais pensam que conver-sam abertamente sobre o assunto, mas informações são apenas joga-das para os adolescentes, e não são contextualizadas para o seu mundo, sendo assim facilmente descarta-das. “Porque o que a gente vê hoje em dia, muitas vezes, são pais que falam assim ‘não, eu converso com o meu filho sobre tudo, eu dou infor-mação sobre tudo’, mas uma coisa é você dar a informação ‘olha você pega e coloca a camisinha assim, camisinha serve para isso’. Informa-ção de como se coloca uma cami- sinha, como toma uma pílula, é im-portante, tem que ter, mas tudo isso tem que estar atrelado a uma outra conversa ‘de como é que é?, como é que você tá?, como é que você se sente?’englobar toda a parte afetiva com o lado sexual”, afirma Kate Delfim, psicóloga e pesquisadora do

Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo. Os adolescentes muitas vezes não estão preparados para serem pais. Nesse contexto, muitas jovens aca-bam procurando clínicas de aborto. Por esse motivo, dados de baixo índice de partos na rede pública não servem como um único padrão para a avaliação dessa questão. “Apesar de, em função do abordo ser ilegal no Brasil, as pesquisas mostram um

aumento. Em função dos fatores psi-cossociais e familiares, eles possuem um peso muito grande no destino dessa gravidez na adolescência”, diz Diana Dadoorian, psicóloga do In-stituto de Psiquiatria da UFRJ. Diálogo com a família, educação e informação são essenciais para que os jovens adquiram mais consciência de si e do impacto que um filho pode trazer para eles, para a família, para a sociedade e aos órgãos públicos.

Juliana Dias

Em dez anos caiu de 148 mil para menos de 94 mil os casos de adolescentes, com idade de até 19 anos, grávidas

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Page 7: Jornal Lapa News

O alcoolismo é uma doença que atinge de 14% a 20% da população brasileira. A vida corrida, as cobran-ças, problemas familiares, são vários dos fatores que levam uma pessoa à dependência do álcool. Mesmo as-sim, a sociedade ainda é muito pre-conceituosa com quem enfrenta esse problema. Primeiramente, é importante en-tender que, segundo especialistas, a dependência de álcool é uma doença crônica, multifatorial e compreende diferentes sintomas como desejo in-controlável de beber, não conseguir parar depois de ter começado, de-pendência física (sintomas físicos como sudorese, tremedeira e ansie-dade quando a pessoa está sem o álcool). Nesse contexto, organizações sem fins lucrativos, como os Alcoólicos Anônimos (AA), e o Centro de in-formações sobre Saúde e Álcool (Cisa), auxiliam na recuperação das pessoas que enfrentam essa doença. O AA. é uma espécie de congrega-ção, onde as pessoas compartilham suas experiências, reunindo-se uma vez por semana. A Lapa também possui um centro do AA., localizado na Paróquia Nossa Senhora da Lapa. A reunião acontece todos os dias, exceto domingos (mais informações no final desta matéria). Os efeitos emocionais também deixam marcas na família e no indi-

viduo, como prejuízo na vida fami- liar do alcoolista, que pode ocasio- nar desentendimento com o cônjuge, problemas emocionais e diminuição da produtividade no trabalho. A informação é um passo muito importante para não iniciar esse ví-cio, para procurar tratamento ade-quado e para avaliar se você ou al-guém que conheça é um alcoólatra em potencial. O CISA é uma orga-nização não governamental, cujo

Reuniões auxiliam no tratamento do alcoolismo

Organizações prestam serviço à população e ajudam na recuperação da doença

objetivo é ser uma fonte de infor-mações sobre a relação de saúde e álcool. (mais informações no final desta matéria). Lugares como esse ajudam as pessoas a dar o primeiro passo rumo ao tratamento, mas a participação da família não deixa de ser fundamen-tal nesse processo. “É importante que os familiares e as pessoas mais próximas do dependente de álcool também recebam acompanhamento

profissional, para que pos-sam aceitar e compreender essa doença e, principal-mente, sejam informados sobre a melhor forma de ajudar o paciente”, declara a Dra. Camila Magalhães, psiquiatra e coordenadora do CISA. J.D

Paróquia Nossa Senhora da LapaEndereço: Rua Nossa Senhora da Lapa, 298 /Lapa - São Paulo

Grupo familiar - Reuniões de Segunda-feira à sexta-feira: 17h00Grupo de jovens - Reuniões aos Sábados: 17h00

Reuniões do A.A.

Centro dos Alcoolicos Anônimos, localizado na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, onde acontecem reuniões diárias

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Page 8: Jornal Lapa News

“Pelezão” comemora números

mesmo que baixa”. afirma. Para 2011, a meta é renovar cerca de 20 % da oferta de atividades, que hoje conta com futebol, capoeira, tênis, vôlei, entre outros esportes. Também esta prevista conclusão da reforma da quadra poliesportiva e do campo de futebol, devidamente adaptados aos portadores de ne-cessidades especiais, como já havia acontecido com as piscinas em 2009. “Este é um pequeno passo, além de ser uma obrigação nossa enquanto clube: dar a todos o mesmo trata-mento, sem exceção”. explica Elias Abbdoud. Recentemente o Pelezão, realizou a final do campeonato de Beach Soc-cer. A proximidade com os craques

Clube oferece mais de 20 atividades esportivas e culturais a custo zero para a população

Em meio a uma intensa disputa, tanto pelo título, envolvendo

Fluminense, Corinthians e Cru-zeiro, como para escapar do

rebaixamento, entre Atlético-GO e Vitória, está chegando ao fim

mais uma edição do Campeonato Brasileiro.

Considerado por muitos como mais justo, os pontos corridos,

desde que foram instituídos, em 2003, já começaram a levantar suspeitas. Primeiro, a máfia de

arbitragem, em 2005, onde onze jogos foram anulados e o time de Parque São Jorge sagrou-se

campeão.Agora, boatos sobre malas pretas

e brancas, a falta de empenho de São Paulo e Palmeiras em vencerem seus jogos para, por consequência, impedir o rival

Corinthians de conquistar mais um título, faz com que a prefe-

rência pela volta do sistema mata-mata ganhe cada vez mais força nos bastidores do futebol.

Neste domingo, o Brasil conhecerá seu novo campeão.

Sob este título irão pairar dúvi-das quanto sua idoneidade,

demonstrando quanta organiza-ção ainda falta às federações e

aos clubes nacionais, que encon-tram no amadorismo uma ma-neira de continuarem com suas seus modelos de gestão falidos.Enquanto a CBF não se mani-festa sobre o assunto, visando

apenas agendar polpudos amistosos da Seleção Brasileira contra adversários inexpressivos no cenário mundial, assistimos

ao futebol brasileiro definhar em meio a escândalos, e ficamos no aguardo para os preparativos da Copa do Mundo no Brasil. E.R

Disputas X Polêmicas

da areia fez o número de matrículas aumentar significativamente. Para o professor de educação física Wesly Ottoni, isso faz parte de um projeto de reconhecimento, de um trabalho que teve início em 2008. “Estamos adquirindo respeito e credibilidade, pois já havíamos pro-movido o vôlei de areia, em 2009”. A ideia dos organizadores era levar o evento para o litoral. Segundo Ot-toni “Conseguimos o apoio da Fe- deração Paulista e da Confederação Brasileira de Futebol de Areia, que confiaram o projeto ao clube. Com este trabalho junto aos garotos, al-guns até foram convocados para de-fender a Seleção brasileira e clubes, como o Corinthians”, comemora.

O Clube Escola Edson Arantes do Nascimento, o Pelezão, pretende encerrar o ano em festa por alcançar o número de 500 pessoas aten-didas entre as diversas práticas esportivas oferecidas. Para o coordenador admi- nistrativo do clube, Elias Ab-dboud, este é um grande feito. “Somos o único na região da Lapa que oferece está quanti-dade de eventos esportivos, e mesmo artísticos, sem nenhum custo, ao contrário de SESI ou SESC, que cobram uma taxa,

Elton Ramos

Árbitro Edilson Pereira que confessou participa-ção em esquema de manipilação de resultados

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Portaria principal do Clube Escola Edson

Arantes do Nasci-mento, o “Pelezão”.

O clube comemora o número alcançado de

500 pessoas atendidas

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Tendal da Lapa escapa da demoliçãoDepois de vários protestos a casa cultural permanece na região

Em 2006, houve um plane-jamento da construção de um poupa tempo no local onde encontra-se o Tendal da Lapa, causando protesto e manifesta-ções da comunidade artística, freqüentadores, ex-funcionári-os, políticos, líderes comuni-tários, oficineiros e muita gente indignada com a hipótese de fechar a Casa de Cultura.

Na época, a senadora Sonia Fran-cine também foi protestar com o então Chefe de Gabinete Roberto Nappo, que confirmou a retirada do núcleo, mandando as atividades cul-turais para outra região. A prefeitura alega que seria bom para o bairro, por estar perto da estação de trem e por ter espaço suficiente para a construção. Segundo os moradores da região, se a casa fosse fechada, seria perdido um grande núcleo cultural para os jovens, que são o publico de maior freqüência atualmente. Segundo a

artista plástica Suzana Moreira. “Ia ficar difícil, porque é o único es-paço aberto em São Paulo. A Lapa, a comunidade, ficaria órfã desse es-paço publico” afirma o coordenador do Tendal, Gerisvaldo Barbosa de Souza. Depois de tantos protestos da população, a prefeitura suspendeu a liminar de demolição do Tendal, partindo em busca de outro terreno para a construção do Poupa Tempo, na mesma Rua Guaicuru. Até o fe-chamento dessa matéria, não foi possível contato com a prefeitura Municipal da Lapa. O Tendal da Lapa abriga há 18 anos um Centro Cultural, que pro-move música e teatro para a co-munidade. Localizado no bairro da Lapa, mais precisamente na Rua Constança número 72, o edifício foi tombado em 2007 pelo Compresp (Conselho Municipal de Preserva-ção do Patrimônio Histórico, Cul-tural e Ambiental da Cidade de São Paulo). Em sua arquitetura destaca-se as características de Arte Déco no con-junto, bem como a estrutura de seu telhado, com tesouras de metal e tel-has de fibrocimento, o piso em tijolo vitrificado e as vigas de concreto ar-mado, que apoiavam os trilhos onde eram penduradas as peças de carne do matadouro, além da plataforma externa (doca), onde caminhões e trens descarregavam a carne.

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Tendal da Lapa, tombado em 2007 pelo Compresp, abriga há 18 anos um Centro Cultural onde acontecem apresentações de música e teatro. O local foi impedido de ser demolido após protesto de moradores

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A feira de artesanatos da Pra-ça Cornélia, localizada na Rua Guaicurus, ganhou novas atrações, além de novas exposições de arte-sanato. As novidades são brinque-dos voltados para a criançada e música ao vivo, de diferentes esti-los musicais, além de novos artis-tas do ramo artesanal. Com a direção da coordenadora Luciana Faloppa, a movimentação da praça aumentou e novos artis-tas foram se instalando “Com o apoio da subprefeitura do bairro, pudemos (sic) melhorar um espaço que estava esquecido, ajudando os artistas a ter uma oportunidade de mostrar seu trabalho, lucrando e interagindo com o público do bair-ro” diz Faloppa a TV Lapa. A feira é freqüentada por adul-tos, crianças e idosos, sendo con-siderada lazer para a família toda, procurando valorizar o espaço es-

Praça da lapa sob nova direção

quecido pelos moradores e autori-dades. A maioria dos artesãos são pessoas aposentadas e pessoas que encontraram na arte uma terapia, “Freqüento a feira há 5 anos, an-tes eu vinha na praça e não tinha quase nada de barracas. Hoje, eu faço parte dela, que me ajudou a vencer minha depressão. Então, a arte, além de me ajudar financei-ramente, ela é uma terapia para minha doença”, conta a moradora e artesã, Gertudes Amaral Costa, 82, formada em ciências política, ciências e direito. Os interessados em divulgar seus utensílios na praça devem comparecer na subprefeitura da Lapa, na Rua Guaicurus 1000, e preencher a inscrição, que será avaliada em seguida. Cada bar-raca exposta na feira tem que pa-gar mensalmente uma taxa de R$ 15,00 para manutenção. P.R

Feira de artesanato trás novas atrações para moradores

A artesã Gertudes Amaral Costa, frequentadora da feira de artesanato da praça da Lapa há cinco anos, aproveita o espaço para vender suas confecções como terapia de sua depressão

www.joaoejoanas.com.br

Resposta: folha; antena; lago; laço; antena encaracolada; árvore; mão

www.smilinguido.com.br

João e Joanas

Pri

scila

Ros

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CLASSIFICADOS