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Jornal O Hierofante, uma publicação semestral da EDUNI . Editora UNICENTRO . 1ª Edição . 2011

Editora UNICENTRO . [email protected] . www.unicentro.br/editora . @eduni_ . Guarapuava, PR . Brasil

O Hierofante

Catálogo completo p. 4 e 5.

Títulos à Venda:

Moacyr Scliar, o morto-vivoCláudio Mello

Quando cogitaram, em junho passado, que Moacyr Scliar seria convidado para falar na UNICENTRO, não botei muita fé, muito embora tenhamos recebido intelectuais importantes do Brasil e do exterior. É que o escritor gaúcho é daqueles escritores consagrados, eu diria adorados por meio de sua literatura, diante dos quais, queiramos ou não, interpõem-se uma distância esquisita.

Podem calcular, portanto, qual foi minha reação quando me pediram para ir a Curitiba buscá-lo no aeroporto: um misto de alegria, orgulho, receio, satisfação... Naquela noite de véspera (06/agosto), preocupado com o horário, acordei várias vezes e, meio sonolento, ficava pensando sobre o que conversaríamos numa viagem de 250 km. p. 3

HIp Hop de New York a Guarapuava

Thiago Cancelier Dias

Hip hop era o nome dado a festas que ocorriam nas ruas do Bronx (New York) nos anos 70, momento que jovens negros e latino-americanos dançavam, cantavam, ouviam músicas e pintavam os muros com sprays. Nas festas do hip hop havia batalhas da dança break, o ritmo e as disputas de rima dos mc´s e rappers e os desenhos feitos com sprays dos grafiteiros. Nas festas os jovens construíram uma alternativa de diversão, ocupando as ruas para expressar sua arte. p. 2

A Editora UNICENTRO fechou um convênio com a EMBRAPA e está revendendo seus livros e DVDs. Confira alguns destaques abaixo.

Livros da EMBRAPA

O que poderia ser um simples livro de recei-tas, passa a apresentar uma nova leitura da culiná-ria brasileira, enriquecida com um ingrediente rico e saudável - o cogumelo.

Cogumelos e Suas DelíciasArailde Fontes Urben, Paulo Siqueira Filho

Preço: R$ 35,00

Genética da SojaFrancisco de Jesus Vernetti, Francisco de Jesus Vernetti Júnior

Preço: R$ 13,00

Esta obra interessa, assim, aos que dedicam suas atividades à multipli-cidade de facetas de que se reveste o trabalho de pesquisa e de produção da espécie.

História da Agricultura na AmazôniaAlfredo Kingo Oyama Homma

Preço: R$ 84,00

Estante VirtualConfira nesta primeira edição a lista

atualizada dos 30 livros mais vendidos na Estante virtual, portal que reúne mais de 1.826 sebos e desde 2005 auxilia na negociação de livros semi-novos virtualmente. p. 7

Buscar o futuro da Amazônia com base no co-nhecimento do passado é o grande desafio deste livro. Seu conteúdo revela, em escalas cronológica e sinté-tica, os principais fatos his-tóricos, vultos, inovações tecnológicas e políticas pú-

blicas que marcaram a história da agricultura na região, desde a presença dos primeiros pa-leoíndios até à atualidade.

A lista completa de títulos está na página 5.

Catálogo EDUNIA página 4 desta primeira edição de O Hierofante traz um catálogo atualizado das principais publicações da Editora UNICENTRO. Estes livros, bem como os títulos da EMBRAPA, estão disponíves para a venda através de solicitação pelo telefone (42) 3621-1019, ou pelo e-mail [email protected].

O escritor Moacyr Scliar

Giges e Seu AnelWaldemar Feller

Friedrich Hebbel (1813-1863) dramatur-go alemão considerado o mais vigoroso gênio dramático da literatura alemã do século XIX, tem entre suas obras Giges e seu anel consi-derado obra-prima da literatura universal. p. 6

Dizeres em ConfrontoÉverly Pegoraro

Preço: R$ 25,00

Trata da análise do discurso em tor-no da Revolta dos Posseiros de 1957 na Imprensa Pa-ranaense (jornais Gazeta do Povo e O Estado do Paraná).

O livro aborda o discurso político de Luiz Inácio Lula da Silva enquanto es-paço privilegiado da fala e constitui uma das razões para a luta pelo poder.

Lula - Do Sindicalismo à ReeleiçãoLuciana Panke

Preço: R$ 36,00

Região: Espaço, Linguagem e PoderJean Rodrigues Sales

Preço: R$ 46,00

Problematizando os pactos de verdade historicamente esta-belecidos a respeito da região, pesqui-sadores se reuniram para colocar a região em questão.

“Desde criança nunca fui como os outros foram” o primeiro verso de um poema que me parece de uma singela honestidade, caminhando quase para um relato biográfico daquele que, ao menos, é uma dos mais famosos escritores americanos. p. 7

Nunca mais Lenore Marcio Fraga de Oliveira

Foto: Edu Simões, Acervo IMS

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2O Hierofante - Editora UNICENTRO - (42) 3621-1019 - www.unicentro.br/editora

Thiago Cancelier Dias

Hip hop era o nome dado a festas que ocorriam nas ruas do Bronx (New York) nos anos 70, momento que jovens negros e latino-americanos dançavam, cantavam, ouviam músicas e pintavam os muros com sprays. Nas festas do hip hop havia batalhas da dança break, o ritmo e as disputas de rima dos mc´s e rappers e os desenhos feitos com sprays dos grafiteiros. Nas festas os jovens construíram uma alternativa de diversão, ocupando as ruas para expressar sua arte.

O hip hop teve grande influência da cultura jamaicana e estadunidense, sua origem foi também a Jamaica, e teve como um dos disseminadores nos EUA o dj Kool Herc. Ele participava de festas de rua na Jamaica, que tinham como base as sound-systems, caminhonetes em que se levava todo um equipamento para tocar discos e que podia parar em qualquer praça e reunir muita gente em torno da música. Kool Herc se mudou para o Bronx levando suas sound-systems e com isso, as festas rapidamente se tornaram alternativas de diversão. Outros dj´s incorporaram e aprimoraram as idéias de Kool Herc, enquanto tocavam em suas pick-ups, falavam em cima da batida da música. Neste momento surgiu a figura dos mc´s que, a princípio, faziam uma fala simples, saudando as pessoas e animando as festas. Aos poucos, essa fala, que se fazia na batida da música, foi ganhando rima e poesia, e falando dos problemas que os jovens enfrentavam.

Destas falas dos mc´s surgiu o rap (ritmo e poesia), que foi formado a partir da mistura de culturas variadas: das músicas ligadas à cultura negra, como blues, jazz, soul e funk e com as novas tecnologias musicais. O blues, surgido nos Estados Unidos, quando entrou na Jamaica, somou-se à música que se fazia naquela ilha do Caribe, dando origem ao ska e ao reggae, que também influenciaram o Rap. A pick-up, uma inovação tecnológica, quando incorporada nestas festas, possibilitou ampliar a faixa instrumental da música, pela técnica do back to back (repetição da mesma parte da música), o que deu aos Mc´s mais espaço para falar. Ampliou-se também o espaço dos dançarinos, que só entravam no break da música, ou seja, no momento de repetição de determinada parte da música.

B. Boy e B. Girl são abreviações de Break Boy e Break Girl, ou seja, jovens que dançam no break da música. Inicialmente, estes dançarinos também se organizavam em gangues, sendo que o break se tornou uma alternativa para resolver a disputas entre as gangues, que agora disputavam suas rixas nas batalhas de dança break. Os movimentos

do break evoluíram do soul e do funk. Os giros dados por James Brown foram se tornando mais complexos nos passos dos breakers, passando para o chão e tornando-se o break que conhecemos hoje.

Outro elemento artístico é o grafite. Tudo começou com Taki 183, que fazia tags pelas ruas de New York. A partir de uma entrevista sua ao jornal New York Times, muitos jovens começaram a fazer assinaturas e inscrições de gangues nas paredes. Estas inscrições representavam demarcações dos territórios destas gangues, que eram rivais. Colocar um tag no território de outra gangue era uma vitória e também motivo de muitas brigas. As pichações feitas pelas gangues deram origem a arte do grafite. Dentro da cultura hip hop, o grafite ganhou conteúdo político, deixou de representar uma simples demarcação de territórios entre gangues e passou a significar uma

arte de contestação da juventude dos guetos, no centro da cidade e nas áreas nobres. O grafite ganhou importância no mundo da arte, sendo considerado e respeitado como arte pública.

O hip hop hoje, é uma cultura de rua, mas também em muitos casos se configura como movimento social. Chegou ao Brasil por meio dos bailes Black, que congregavam toda uma juventude que cultuava a Black Music e pelos programas na televisão e vídeoclipes de rap e do Michael Jackson. Em Guarapuava, tal como aconteceu em outros contextos urbanos, o hip hop teve inicio pela dança break. Inspirados pelos clipes do Michael Jackson alguns jovens formaram o primeiro grupo de dança da cidade, chamado Rappenz, que dançavam muito nas danceterias da região, como o Clube Operário (Free Way). Aprofundando-se na cultura hip hop, conhecendo os grupos de rap de São Paulo, resolveram, então, criar o grupo de rap UKPela que, inicialmente,

queria ser um cover dos Racionais MC’s (1997).

A periferia foi o único espaço aberto ao estabelecimento da cultura hip hop na cidade, os jovens das várias periferias da cidade, embalados pelo rap grafitam e dançam em diversos pontos do centro da cidade, como a pista de skate do Parque do Lago ou a Praça Cleve, e nos embalos de final de semana. Hoje, apenas para citar alguns exemplos, encontram-se na cidade grupos de rap como Psycorap, Conecção MZL, Conceito Urbano, Central Rap, O Ativista, Revolução da Mente, há a crew de grafitti Elements, as crews de break Freezy´s e Magia das Ruas e o dj Japa. Além de haver um programa de rádio Sintonia Hip-Hop que toca os grandes nomes do rap nacional e as produções locais.

HIp Hop de New York a Guarapuava

Os 4 elementos do Hip Hop, por Juliana Gotlieb.

O conteúdo do livro enfatiza a impor-tância da informa-ção e dos estudos básicos sobre cli-matologia regional.

Esta obra surge em momento muito oportuno, pois, coin-cide com a intensifi-cação do interesse público nos impac-tos ambientais.

Este livro docu-menta pesquisa em reprodução de bo-vinos de corte, reu-nindo dados sobre a fertilidade pós--parto de vacas de corte.

A obra traz uma discussão sobre esse tema, abran-gendo as doenças das principais plan-tas cultivadas no País.

Preço: R$ 10,00Preço: R$ 30,00Preço: R$ 15,00 Preço: R$ 42,00

Mudanças ClimáticasAilton Reis (Org.)

BovinosCarlos José Hoff de Souza (Org.)

Agrotóxicos e AmbienteAldemir Chaim (Org.)

Lidando com Riscos ClimáticosAldemir Pasinato (Org.)

Catálogo completo p. 4 e 5.

Títulos à Venda (EMBRAPA):

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Giges e Seu AnelWaldemar Feller

Friedrich Hebbel (1813-1863) dramatur-go alemão considerado o mais vigoroso gênio dramático da literatura alemã do século XIX, tem entre suas obras Giges e seu anel conside-rado obra-prima da literatura universal.

Para Hebbel estão intimamente ligados o conceito de tragédia e a ideia de Deus, por pa-tentearem ambos o conflito irredutível da exis-tência – tema fundamental e único da tragédia.

O mundo é a grande ferida de Deus; é o seu pecado original. Deus nescessita dos ho-mens para sua plena realização.

Hebbel situa seus dramas em épocas de transição. Quando uma cultura em declínio, com vitalidade relativa, cede o passo a uma nova concepção do cosmo, uma luta de vida e de morte.

Em Giges e seu anel duas culturas visce-ralmente diferentes se defrontam, respectiva-mente, o rei Candaulus, e sua esposa Ródope.

Nas tragédias de Hebbel não há culpa-dos, é a própria vida que está cheia de contradi-ções, entre as quais a oposição entre o homem e a mulher.

A ação é pré-histórica e mítica e tem como personagens principais: Candaulus, rei da Lídia, Ródope, sua esposa e Giges, o grego, além de duas escravas, dois escravos e o povo.

No primeiro ato, Candaulus dialoga com Giges, demonstrando sua admiração pelos gre-gos e ao mesmo tempo exaltando sua própria terra, a Lídia.

Um escravo lhe traz o diadema, eram os festejos de Héracles, mas Candaulus não quer mais as insignias convencionais, exige que lhe sejam trazidas as novas.

Giges pede para tomar parte nos jogos, Candaulus o adverte da violência dos mesmos, mas Giges considera a advertência como con-sentimento e em troca lhe oferece um anel como presente. Um anel que adequadamente manipulado torna o usuário invisível.

Candaulus pergunta pela procedência do anel e Giges conta que o encontrou numa sepultura, então o rei indaga se ele havia vio-lado uma sepultura. Giges diz que não, e re-lata que encontrara uma sepultura aberta e nela se escondeu para fugir de um bando de salteadores, e entre as urnas reviradas perce-beu o anel e o colocou no dedo. Na luta que se seguiu entre Giges e os salteadores, girando involuntariamente o anel, Giges se torna invi-sível, descobre o mecanismo e ora aparece e ora desaparece, amedrontando os salteadores.

Candaulus recebe o anel e mais tarde revela o segredo a Ródope que lhe pede que o jogue fora, mas Candaulus resiste.

Giges vence os jogos e não aceita uma bela escrava como presente.

Candaulus insinua que a beleza de Ró-dope é infintamente superior à da escrava. Mas para convencer-se a si mesmo precisa de uma

testemunha, Giges o adverte que isso contraria a tradição e os costumes da Lídia, mas é lem-brado dos poderes do anel.

Amanhece e Giges está inquieto e quer devolver o anel, Candaulus lhe pergunta “- Não tens confiança em ti?”

Giges – “Perdoa-me, por ter suspira-do”...

Candaulus – “Nele consiste todo o meu triunfo”...

Segue-se a descrição do sucedido e Can-daulus está satisfeito por alguém, além dele, ter visto a beleza proibida de Ródope.

Giges se arrepende e diz: “- Os deuses se afastam das criaturas maculadas”, e oferece sua vida para espiar sua culpa, a que Candau-lus replica não culpá-lo de coisa alguma.

Passadas algumas horas Candaulus ob-serva que Giges mudara, e conclue que ele ama, e diz: “- Estás amando Ródope”.

Giges se propõe a partir, no que Candau-lus consente.

No terceiro ato, Ródope que de alguma forma percebera ter sido vista por outro ho-mem, se inquieta, “- Acaso pesa sobre mim al-guma maldição?”

Não tendo certeza de como as coisas aconteceram, estremece à chegada do rei, pen-sando que viera matá-la.

Candaulus desconversa e pergunta: “- Assustou-te algum sonho?” Mas Ródope res-ponde “- Para mim não sobrou nenhum.”

E conta, que ouvira um suspiro durante a noite e sentira falta de uma jóia, que Can-daulus lhe devolve e aparentemente volta a tranquilidade. Ródope pede que Candaulus lhe estenda a mãe e contrariando a expectativa ve-rifica a presença do anel.

Acentua-se a deconfiança contra Giges e ela diz: “- Ele te ofendeu como ninguém o fez até hoje.”

Foi Giges, ninguém mais. E esse rei dei-xa o criminoso fugir.

A escrava diz à rainha que Giges a ama e Ródope pergunta “- Amar podemos a quem nunca vimos?” Confirma-se na mente da rainha o que antes somente suspeitara.

Quarto ato.

Ródope não consegue compreender seu marido - e comenta: “- Ouvi sempre dizer, des-de menina, que a consorte manchada não po-dia continuar a viver”.

Ródope manda chamar Giges que per-gunta: “- Para que me chamaste?” E ela res-ponde “- Para a morte!”

É preciso que o rei vingue a honra da esposa, é preciso que alguém morra, ou Giges ou o rei.

Giges se nega a assassinar o rei, e pro-põe um duelo.

Ródope, melhor Hebbel, acena, para o final inesperado quando diz: “- Meu vestido de noiva é meu sudário, é nossa hora”.

Candaulus e Giges se encontram e este diz: “- Num mau dia encontrou-se o rei da Lídia com o grego Giges”. E Candaulus responde: “- Mas não o maldigo”.

Giges conta a Candaulus que se a honra não for vingada, Ródope “vai matar-se”.

Ambos ponderam que teria sido melhor nunca ter encontrado o anel e menos ainda tê--lo usado numa tola farsa. Candaulus diz: “- Te-nho consciência da grandeza do meu erro”. E pondera “... não deves perturbar nunca o mun-do no seu sono”.

Trava-se o combate e o escravo anun-cia: “- Caiu o último Heráclida”.

Mais tarde o mesmo escravo entrega a coroa a Giges.

Giges já rei, precisa enfrentar os ini-mígos que acabam de invadir o país, encontra--se com Ródope mas esta não admite espera.

Giges comenta o heroísmo de Candau-lus “- Se visto tu tivesses a maneira como ele morreu”... e mais “a quem como a ele deve o mundo tanto? E contudo, saiu do mundo como nele os outros ingressam”.

Após ouvir Giges, Ródope diz: “- Se com tanta nobreza ele baixou para o domínio das trevas ... de bom grado sairei ao seu encontro”.

Realizam-se as núpcias.

Ródope pede a Giges:

“Agora afasta-te,

e cumprimento dá à tua promessa, como farei em relação a minha.

Estou purificada pois ninguém me viu, senão quem tinha esse direito.

E agora eu me separo (apunhala-se) as-sim de ti!”.

Extraído e adaptado do original.

Aborda questões relacionadas aos estudos de Nietzsche e as

questões do universo universitá-rio de que fez parte.

O Jovem Nietzeche e a História

Hélio Sochodolak

Preço: R$ 30,00

Page 4: Jornal - O Hierofante

4O Hierofante - Editora UNICENTRO - (42) 3621-1019 - www.unicentro.br/editora

A Editora UNICENTRO tem 10 anos de experiência na editoração de livros e periódicos, contribuindo para a disseminação do conhecimento acadêmico-científico na região de Guarapuava. Conheça algumas de nossas publicações.

Editora UNICENTROEditora da Universidade Estadual do Centro-Oeste

Trata de questões do fazer jornalísti-co, como a suposta neutralidade narra-tiva e a relação com recursos teóricos e políticos.

Preço: R$ 15,00

Rota 66 em RevistaAriane Carla Pereira

Sobre a técnica do anaglifo e os inúmeros procedi-mentos existentes para a observação estereoscópica de fotografias aéreas e terrestres.

Preço: R$ 40,00

Anaglifo DigitalAttilio Disperati

Crédito e CobrançaAirton José trento

O livro trata da análise pertinente ao crédito em rela-ção às micro e pe-quenas empresas.

Preço: R$ 35,00

Língua, Leitura e LiteraturaMárcia Regina Pawlas Carazzai

DendometriaSebastião do Amaral Machado e Afonso Figueiredo Filho

Preço: R$ 25,00 Preço: R$ 40,00

Apresenta reflexões teóricas e caminhos alternativos para a promoção da leitura e para o incremento às metodologias do ensino da língua e da literatura.

Este livro versa so-bre a parte básica da dendometria, abordando aspectos de medições em ge-ral, instrumentos e volumetria de árvo-res e povoamentos.

De Lustosa a João do PlanaltoWalderez Pohl da Silva

Preço: R$ 25,00

A autora apresenta clara e sucintamen-te um enorme volu-me de informações, p ropo r c i onando uma equilibrada vi-são da história de Guarapuava.

Entre o Ócio e o OfícioJossan Karsten

Preço: R$ 20,00

Crônicas sobre a liberdade de esco-lha que envolvem pessoas comuns em situações coti-dianas.

História e TragicidadeHélio Sochodolak et al. (Org.)

Preço: R$ 30,00

A Publicação é oriunda do projeto “História e Tragici-dade”, executado por pesquisadores dos (historiadores e filósofos) da UNI-CENTRO.

Preço: R$ 40,00

Pontes e MuralhasBeatriz Anselmo Olinto

Analisa o discur-so de deterioração identitária dos le-prosos em Guara-puava e no Lepro-sário São Roque (Piraquara) no iní-cio do século XX.

Fotografias Aéreas de Pequeno FormatoAttilio Antonio Disperati

Preço: R$ 47,00

Trata de aplicações práticas da analise ambiental de foto-grafias aéreas de pequeno formato, envolvendo câma-ras analógicas e digitais.

Em Busca da Cidade ModernaMárcia Tembil

Preço: R$ 30,00

O livro apresen-ta um rigoroso e amplo trabalho de pesquisa e é uma contribuição funda-mental para a com-preensão da histó-ria de Guarapuava.

Paranaenses em MovimentoAncelmo Schörner

Preço: R$ 20,00

Este livro discute a ocupação do morro da Pedra, em Ja-raguá do Sul (SC), por migrantes, no-tadamente parana-enses.

Língua, Literatura, EnsinoNíncia C. R. B. Teixeira et al. (Org)

O livro apresenta ensaios, artigos e reflexões sobre práticas pedagó-gicas inovadoras, no campo de Le-tras, Lingüística e Artes.

Preço: R$ 25,00

Vozes da ResistênciaMarlene Lucia S. Sapelli et al. (Org.)

O livro busca com-preender a reali-dade em seus mo-vimentos a partir do trabalho huma-no e da educação nos campos ocu-pados pelo MST.

Preço: R$ 25,00

Pluralismo MetodológicoAngela Maria Hidalgo et al. (Org.)

O livro apresenta uma análise das atuais Diretrizes Curriculares bem como o histórico do currículo no Pa-raná.

Preço: R$ 25,00

Ensino Profissional no ParanáMarlene Lucia Siebert Sapelli

Cada capítulo de Ensino profissio-nal no Paraná tra-duz um fragmento singular do que a autora vai compor ao longo de toda a obra.

Preço: R$ 25,00

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5O Hierofante - Editora UNICENTRO - (42) 3621-1019 - www.unicentro.br/editora

Títulos da EMPRAPAEditora da Universidade Estadual do Centro-OesteEm 2010, a Editora UNICENTRO fechou um convênio com a EMBRAPA, e está, desde então, revendendo seus livros e DVDs. Confira abaixo uma lista dos títulos à venda.

Livros50 Hortaliças: como comprar, conservar e consumir R$ 40,00

A Coleção Nuclear de Germoplasma de Milho para o Brasil (2000) Produto: Boletim de Pesquisa R$ 5,00

A Cultura do Milho Irrigado R$ 90,00

A produção de semente de trigo no Brasil R$ 5,00

Agricultura, meio ambiente e inclusão social: questões para debate R$ 15,00

Agroindústria Familiar: Batata Frita R$ 15,00

Agrotóxicos e Ambiente R$ 30,00

Artrite Encefalite Caprina a Vírus - Prevenção e Controle Produto: Circular Técnica R$ 3,00

Bioecologia e nutrição de insetos: Base para o manejo integrado de pragas R$ 160,00

Bovinos: condição corporal e controle da fertilidade R$ 10,00

Brucelose e Tuberculose Bovina: Epidemiologia, controle e diagnóstico R$ 25,00

Catálogo da coleção de culturas de fungos entomopatogênicos R$ 10,00

Catálogo de nematóides fitoparasitos encontrados associados a diferentes tipos de plantas no Brasil

R$ 25,00

Cevada Cervejeira: avaliação de cultivares recomendadas em 1998 para a região sul do Brasil

R$ 3,00

Cogumelos e suas delícias R$ 35,00

Coleção Plantar - A Cultura do Milho-Verde R$ 10,00

Coleção Plantar - A Cultura do Tomateiro (para mesa) R$ 10,00

Coleção Saber - Adubação Verde com Leguminosas R$ 10,00

Coró do trigo R$ 3,00

Dinâmica populacional e manejo da praga de Soja R$ 2,00

Doenças Bacterianas das Hortaliças: Diagnose e Controle R$ 24,00

Doenças parasitárias de caprinos e ovinos: epidemiologia e controle R$ 50,00

Educação Ambiental - Vol. 1 R$ 38,00

Educação Ambiental – Vol. 2 R$ 38,00

Educação Ambiental – Vol. 3 R$ 38,00

Educação Ambiental – Vol. 4 R$ 38,00

Educação Ambiental – Vol. 5 R$ 38,00

El Niño, la Niña, oscilação do sul e seus impactos sobre as culturas de trigo e de cevada no Brasil

R$ 3,00

Espécies Arbóreas Brasileiras - Vol. 2 R$ 190,00

Espécies Arbóreas Brasileiras - Vol. 3 R$ 150,00

Destaques:

50 Hortaliças - Como Comprar, conservar e

consumir

Milza Moreira Lana e Selma Aparecida Tavares

Espécies Arbóreas Brasileiras - Volume 3

Paulo Ernani Ramalho Carvalho

DVDsAgronegócio da carne e da pele de caprinos e ovinos R$ 35,00

Alternativas para recuperação de áreas degradadas R$ 35,00

Arborização de pastagens - caminho para uma pecuária sustentável R$ 35,00

Boas práticas na criação de bovinos de corte R$ 35,00

Colheita de Soja com Qualidade R$ 35,00

Conforto e bem-estar aumentam a produtividade do rebanho R$ 35,00

Correção da acidez de solos sob sistema plantio direto R$ 35,00

Cultivares para artesanato com palha de milho R$ 35,00

Cultivo de Cogumelos Comestíveis e Medicinais R$ 35,00

Cultivo de peixes em tanques-rede R$ 35,00

Elaboração de vinhos e sucos em pequenas propriedades rurais R$ 35,00

Fossa séptica biodigestora - solução simples e barata p/o saneamento básico na zona rural

R$ 35,00

Irrigás -Irrigas: simplicidade e eficiência no controle da irrigação R$ 35,00

Licenciamento ambiental para criação de suínos R$ 35,00

Novas cultivares de gramíneas e leguminosas para pastagens R$ 35,00

Plantio de eucalipto na pequena propriedade rural R$ 35,00

Plantio direto agroecológico R$ 35,00

Produção e uso de silagem de capim para bovinos de corte R$ 35,00

Produção orgânica de alimentos - menos adubos químicos e agrotóxicos R$ 35,00

Produção Orgânica de Hortaliças R$ 35,00

Recuperação ambiental com manejo intensivo de pastagens na pecuária leiteira R$ 35,00

Recuperação de áreas degradadas com plantas inoculadas com microrganismos R$ 35,00

Recuperação e preservação de nascentes R$ 35,00

Recuperação e renovação de pastagens degradadas R$ 35,00

Silagem de milho e sorgo para novilhos confinados R$ 35,00

Sistema alternativo para criação de galinha caipira R$ 40,00

Sistemas Agroflorestais - diversificação da produção na pequena propriedade agrícola R$ 35,00

Uso de espécies vegetais como adubação verde R$ 35,00

Uso racional da água na produção de alimentos R$ 35,00

Fabricação de doce de leite de cabra tipo pastoso (Circular Técnica) R$ 3,00

Frutas do Brasil - Ameixa Pós-colheita R$ 12,60

Frutas do Brasil - Ameixa Produção R$ 21,60

Genética da Soja: Caracteres Qualitativos e Diversidade Genética R$ 13,00

Gestão Ambiental na Agropecuária R$ 30,00

História da Agricultura na Amazônia: da era pré-colombiana ao terceiro milênio R$ 84,00

Instrumentação Agropecuária: Contribuições no limiar do novo século R$ 37,00

Lidando com Riscos Climáticos: Clima, Sociedade e Agricultura R$ 15,00

Manchas foliares mais comuns em Soja R$ 5,00

Manejo da cultura de Cevada Cervejeira R$ 3,00

Manejo de Corós em Lavouras sob Plantio Direto R$ 5,00

Manejo Integrado dos Pulgões de Trigo R$ 5,00

Manutenção de Instrumentos Laboratoriais na Pesquisa Agropecuária R$ 24,00

Maximização da eficiência de produção das culturas R$ 33,00

Métodos alternativos de controle fitossanitário R$ 20,00

Mudanças Climáticas: Impactos sobre doenças de plantas no Brasil R$ 42,00

O Futuro do Melhoramento Genético Vegetal no Brasil R$ 55,00

Patenteamento em Biotecnologia: um guia prático p/os elaboradores de pedidos de patente R$ 25,00

Produção de cogumelos por meio de tecnologia chinesa modificada R$ 25,00

Produção e Utilização de Silagem de Milho e Sorgo R$ 60,00

Queijo andino fabricado com leite de cabra (Circular Técnica) R$ 4,00

Recursos Genéticos Vegetais R$ 150,00

Sabores das Carnes Caprina e Ovina R$ 32,00

Série Agronegócios: Processamento da Carne Caprina R$ 24,00

Série Agronegócios: Processamento da Mandioca R$ 24,00

Soja orgânica: alternativas para o manejo dos insetos-pragas R$ 10,00

R$ 40,00 R$ 150,00

Todos os títulos podem ser adquiridos através de solicitação pelo telefone (42) 3621-1019 ou pelo e-mail [email protected]

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6O Hierofante - Editora UNICENTRO - (42) 3621-1019 - www.unicentro.br/editora

Cláudio Mello

Quando cogitaram, em junho passado, que Moacyr Scliar seria convidado para falar na UNICENTRO, não botei muita fé, muito embora tenhamos recebido intelectuais importantes do Brasil e do exterior. É que o escritor gaúcho é daqueles escritores consagrados, eu diria adorados por meio de sua literatura, diante dos quais, queiramos ou não, interpõem-se uma distância esquisita.

Podem calcular, portanto, qual foi minha reação quando me pediram para ir a Curitiba buscá-lo no aeroporto: um misto de alegria, orgulho, receio, satisfação... Naquela noite de véspera (06/agosto), preocupado com o horário, acordei várias vezes e, meio sonolento, ficava pensando sobre o que conversaríamos numa viagem de 250 km.

O painel marcou a aterrissagem, e fiquei esperando na porta de desembarque. Tinha-o visto pessoalmente uma única vez, há uns seis anos, em um congresso em Belo Horizonte. Quando o divisei entre os passageiros, pensei que o tempo não perdoa nem os imortais (da Academia Brasileira de Letras): mais velho e magro, menos cabelo, rosto cansado. Depois de um pão de queijo e um café, “que a Gol não serve como nos bons tempos da Varig”, 3 horas de estrada.

Fui atrás com ele, falamos de tudo um pouco, literatura, medicina, política, filosofia, caos aéreo, PT, Porto Alegre, escritores. Mesmo numa conversa informal, chama a atenção a sua lucidez, o conhecimento enciclopédico e a generosidade. Vê-se logo que o escritor não tem nada de velhinho. Perguntei-lhe como se desvencilhava do stress, com tantas atividades, crônicas semanais, romances, ensaios, palestras, viagens. Lembrei-lhe o caso da crônica publicada no dia anterior pela Folha de São Paulo, ficcionalizando uma notícia da véspera, da qual, aliás, até minha filha de 11 anos gostou. Ele disse que não tem problemas com stress e que até acha bom não ter tempo sobrando, pois isso significa que está produzindo bem. E contou, como sempre faz, uma história. Em umas férias, precisava enviar um texto de 40 linhas a uma revista, mas quando chegou à única lan house do lugar, o funcionário informou que não poderia atendê-lo, pois fecharia em 15 minutos. Scliar insistiu, alegando que não se importava em pagar pelo período mínimo de uma hora e usar apenas o tempo restante, comprometendo-se a terminar dentro do horário estabelecido. Quando o jovem avisou que precisava desligar a máquina, ele já havia enviado o arquivo.

Para produzir tanto assim, em vez de passear à tarde em Guarapuava, preferiu ficar no hotel trabalhando, mas aceitou uma “caminhadinha” às 05h15minh. Até comentei em casa: “será que o cara ia trabalhar nesses quinze minutos?” Já estava eu pronto pra sair, quando me lembrei que ele havia sugerido “De shorts e tênis?”. Eu tinha concordado na hora por ser o anfitrião, embora pensando que íamos passar frio, a cidade é das mais frias do estado. Cheguei no horário combinado, e ele, mais jovial, de shorts e camiseta. Também eu mais à vontade, demos uma volta no lago, nosso cartão postal, duas voltas, o homem anda mais rápido que eu, 30 anos mais novo que ele, mais uma volta, eu já cansado, ele ainda em forma, qual um menino, agora chega, ufa! Apesar do esforço, as conversas tornaram o passeio extremamente agradável.

Moacyr Scliar, o morto-vivo

Dali a meia hora, eu o apanhava no hotel, vestindo um terno sóbrio, para uma conferência acerca da importância das humanidades. Chegando ao saguão da universidade, os alunos queriam cumprimentá-lo, abraçá-lo, tirar fotos, pegar autógrafo. E ele sempre gentil, sorridente, paciente, atencioso.

No início da fala, acabou nos convencendo de que, diante da beleza natural da cidade e de tanta receptividade, ele é que se sentia agradecido por estar ali, entre nós! E o povo foi se descontraindo...

Contou que de certa feita foi convidado a ensinar literatura nos EUA a alunos de medicina, em face do distanciamento entre médicos e pacientes, e nos mostrou, sempre com causos, a relevância das humanidades na contemporaneidade, inclusive para as ciências exatas, da saúde e biológicas. Dentre outros, contou o episódio de um senhor que lhe telefonou num sábado à tarde, para lhe dizer algo que só ele, sendo médico e escritor, poderia escutar. E confessou-lhe que na segunda-feira iria morrer. Surpreso e curioso com a inusitada notícia, Scliar pediu-lhe que contasse a sua história. Então ouviu o seu interlocutor dizer, do outro lado da linha, que dali a dois dias faria uma terrível cirurgia, durante a qual inevitavelmente acabaria perdendo a vida. Mesmo acostumado com os meandros da carreira, o médico não se mostrou insensível, e quis saber mais. O pobre homem contou então que se tratava de uma retirada de cálculo renal! Scliar compreendeu que havia ali um problema de incompreensão, de falta de humanidade e comunicação. E em vez de despachar rapidamente o indivíduo, pediu com jeito que ele falasse dos seus temores, seus receios, da história da sua saúde, e percebeu que, provavelmente, nunca um profissional havia ouvido aquele ser humano narrar a sua experiência. Já mais calmo, pela oportunidade de exteriorizar seu dilema, o homem pôde aprender com a história então contada pelo escritor-médico, que a intervenção cirúrgica que o admoestava na verdade se tratava de um procedimento simples, seguro, com riscos mínimos para o paciente.

A platéia não acreditava. Como pode alguém falar de coisas tão importantes com tanta simplicidade e humor, de forma tão envolvente? Boquiaberta com o escritor em ação, a assistência ora ria, ora se surpreendia, uns gargalhavam, outros derrubavam, como eu, lágrimas, não sei se de,emoção, se de tanto rir, se de admiração!

Lá pelas tantas, após responder atenciosamente mais uma das infindáveis perguntas que se seguiram à palestra, o gaúcho saiu-se com essa: “Vocês não jantam, não?” Só então nos demos conta de que o ouvíamos há mais de duas horas. Mas seu estômago teria que aguardar mais 40 minutos de fila de abraços, outros autógrafos, cumprimentos, fotografias, mais abraços e livros de autores iniciantes, tudo com um sorriso de acolhimento no rosto.

Na despedida do jantar, acompanhado de professores de literatura e de uma autora de TCC sobre sua obra, a Tati, que mal comeu e pouco falou, parece que encantada pelo carisma de seu objeto de estudo, o escritor de mais de 70 obras disse que não tinha palavras para, mais uma vez, agradecer.

Não sei se a Academia Brasileira de Letras possui realmente poderes sobrenaturais, mas uma coisa parece certo: Moacyr Scliar é mesmo um imortal.

Títulos à Venda:

Catálogo completo p. 4 e 5.

Fragmentos de Um Livro Sem NomeRogério Camargo

Preço: R$ 12,00

O livro nos permite conhecer e sentir a vertigem do ato de escrever, entramos num espaço poético com toda a sua car-ga de interioridade.

Só o Amor Vale a PenaAlexandro de Andrade

Preço: R$ 12,00

O livro nos faz crer que é preciso ten-tar e seguir lutan-do, mesmo que nada dê certo e que a falta de amor aos homens nos huma-nos infelizes.

Olhares de Guarani para GuaraniJuçara Elza Hennerich (Coord.)

Preço: R$ 10,00

Este livro visando conservar e valo-rizar os aspectos culturais antigos dos povos Guara-ni, bem como suas convicções e ritos espirituais.

Dos Campos Nativos ao AgronegócioAnton Gora

Preço: R$ 30,00

A obra é crucial para a popula-ção guarapuava-na, principalmente para a comunidade de descendeêntes suábios de Entre Rios.

Page 7: Jornal - O Hierofante

7O Hierofante - Editora UNICENTRO - (42) 3621-1019 - www.unicentro.br/editora

1º Pedro Bandeira - A droga da Obediência

2º Divando Pereira Franco - Transição Planetária

3º Gracilianao Ramos - Vidas Secas

4º Nelson Dacio Tomazi - Sociologia para o Ensino Médio

5º Moacyr Scliar - O Mistério da Casa Verde

6º Graça Proença - História da Arte

7º Pedro Bandeira - A Marca de Uma Lágrima

8º Clarisse Lispector - A Hora da Estrela

9º Antoine de Saint Exupéry - O Pequeno Príncipe

10º John Boyne - O Menino do Pijama Listrado

Estante Virtual

os 30 livros usados mais vendidosVivemos hoje a revolução da informação e não poderia ser diferente quanto ao comércio de livros. Em 2004, calculava-se que havia no

Brasil 6 sebos com catálogo de venda on-line e aproximadamente 100 com sistemas rudimentares que serviam mais para divulgar os sebos, do que colocar seus livros a venda. Em 2005, uma grande mudança no mercado de livros usados ocorreu, foi lançado o portal Estante Virtual (www.estantevirtual.com.br). Este portal reúne hoje, aproximadamente 1.826 sebos e livreiros, de mais de 322 cidades. Com mais de 7 milhões de livros disponíveis e uma média de 25 mil novos livros cadastrados por dia, uma verdadeira revolução na forma de comercialização de livros de usados no nosso país. Confira a lista dos 30 livros mais vendidos pela Estante virtual.

“Desde criança nunca fui como os outros foram” o primeiro verso de um poema que me parece de uma singela honestidade, caminhando quase para um relato biográfico daquele que, ao menos, é uma dos mais famosos escritores americanos.

Edgar Poe realmente teve uma vida conturbada, uma vez que perdeu os pais, dois atores itinerantes, logo cedo, deixando para ser criado por um comerciante abastado chamado Allan, do qual ele herdou o sobrenome. A biografia de Poe é tão conturbada e mesmo assim tão divulgada que não ouso me estender sobre ela neste momento. Vou logo ao ponto central que almejo chegar: o poema O Corvo.

Desde minha adolescência, na qual eu costumava ler um pouco mais do que a maioria dos meus colegas, O Corvo é meu poema preferido. Embora não seja de um autor brasileiro, e por isso mesmo meu primeiro contato com ele foi através de uma tradução, a história de um personagem comum, aparentemente um vagabundo apaixonado, entregue a seus livros, atormentado pelas lembranças de sua amada que já morrera e enlouquecendo com uma estranha visita noturna, sempre me levava a uma viagem pelas regiões mais sombrias de minha mente.

O poema em si consta de 108 versos distribuido em 18 estrofes de 6 versos cada. O trabalho de Poe é minucioso, uma vez que toda estrutura do poema é pensada para que

ele não fique grande demais para se tornar enfadonho, nem pequeno demais para que não seja digno de leitura. Poe elenca os elementos que estruturaram a sua escrita no texto A filosofia da composição. Além da questão da medida do poema “para ser lido em apenas uma sentada”, há ainda a temática voltada para a melancolia e a tristeza. Que são as mais fortes emoções que podemos sentir. Para marcar o ritmo do poema Poe escolhe a repetição do estribilho e marca o estribilho com uma palavra: “Nevermore” (Nunca mais). Esta palavra é então repetida ao final de cada verso por um corvo, uma figura agourenta que combina muito bem com o tema do poema. Este tema tem na morte sua principal expressão e assim surge a figura de uma amante que perdeu sua amada, e se estabelece o uso da palavra nevermore como movendo o diálogo entre o corvo e seu interlocutor. A partir daí Poe elenca a pergunta última que o amante faria ao corvo: “Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida verá essa hoje perdida entre hostes celestiais, esta cujo nome sabem as hostes celestiais/ Disse o corvo: Nunca mais!” A partir daí, praticamente em seu fim, é que o poema começa a ser montado.

Este processo todo rígido e matemático utilizado na produção da obra colaborou para torná-la, ao menos, a mais famosa de Poe, ganhando várias traduções para o português, sendo a minha preferida a feita por Fernando Pessoa. Esta tradução,

não posso deixar de dizer, tem um detalhe diferenciado da maioria das traduções portuguesas: na segunda e na décima sexta estrofe, o nome da amada Lenore (que no inglês faz a rima com nevermore) é omitida, o que torna esta tradução alvo de algumas críticas. Mas justamente este detalhe, além é claro, da força poética de Fernando Pessoa, me fazem recomendar esta tradução, uma vez que a omissão do nome da amada permite ao próprio leitor relocar qualquer figura que lhe pertença, ao lugar da amada perdida. Assim, o efeito almejado pelo poema, de despertar uma emoção triste ganha o espaço da subjetividade de cada leitor. O que causa um efeito muito mais vasto e arrebatador.

Enfim, O Corvo é uma belo poema que vale a pena tirar uma sentada para se ler. E para quem já conhece a obra há algumas releituras que merecem ser indicadas: uma versão musicada pelo grupo The Alan Parsons Project, no disco Tales of mystery and imagination – Edgar Allan Poe, disco aliás que é todo inspirado nas obras de Poe; uma versão para o cinema de 1963, com a presença de grandes atores de filmes B como Vincent Price e Boris Karlof, e até mesmo de uma versão humorística/satírica realizada pelo programa Os Simpsons.

Para uma melhor compreensão do tema recomenda-se ainda a leitura das Notas sobre Edgar Poe, na edição das obras estéticas de Charles Baudelaire.

Marcio Fraga de Oliveira

Nunca mais Lenore (ou sobre como arrebatar o leitor)

11º José Mauro de Vasconcelos - O Meu Pé de Laranja Lima

12º Machado de Assis - Dom Casmurro

13º Luis Fernando Veríssimo - Comédias para se Ler na Escola

14º Gabriel Garcia Márquez - Cem Anos de Solidão

15º Jostein Gaarder - O Mundo de Sofia

21º Pedro Bandeira - O Fantástico Mistério de Feiurinha

22º Valéria Piassa Polizzi - Depois Daquela Viagem

23º Mario de Andrade - Contos Novos

24º Machado de Assis - O Alienista

25º Markus Zusak - A Menina que Roubava Livros

26º José de Alencar - Iracema

27º J. K. Rowling - Harry Potter e a Pedra Filosofal

28º Giselda Laporta Nicolelis - Como é Duro Ser Diferente

29º Graça Proença - Descobrindo a História da Arte

30º Nicholas Sparks - A Última Música

16º Ariano Suassuna - Auto da Compadecida

17º Clarissa Pinkola Estés - Mulheres que Correm com os Lobos

18º Walcyr Carrasco - Estrelas Tortas

19º Dale Carnegie - Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas

20º Aldous Huxley - Admirável Mundo Novo

Page 8: Jornal - O Hierofante

8O Hierofante - Editora UNICENTRO - (42) 3621-1019 - www.unicentro.br/editora

Todos os títulos podem ser adiquiridos através de solicitação pelo telefone (42) 3621-1019 ou pelo e-mail [email protected]

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história, verdade e ÉticaAldo Nelson Bona

A Pertinência da Educação Filosófica no Ensino Médio

Germán Calderón Calderón

Introdução à Tecnologia de Leite e Derivados

José Raniere Mazile Vidal Bezerra (Coord.)

O Oitavo DiaMarcos Nestor Stein

O propósito deste ensaio é inquirir, analisar e compreender a pertinência da disciplina filosofia no âmbito do ensino médio.

A educação, como um todo, atualmente, em particular, a filosofia fazem parte de análise e debate entre os setores mais atuantes e conscientes da sociedade brasileira que pensa e espera que o desenvolvimento econômico, social, o progresso sustentável e a construção e consolidação de uma sociedade democrática, igualitária e cidadã têm como base e garantia a educação dos cidadãos.

Donauschwaben, ou “suábios do Danúbio”, é como se identificam os imigrantes oriundos da antiga Iugoslávia, Hungria e Romênia, e seus descendentes, que vivem na colônia Entre Rios, situada no município de Guarapuava, Centro-Sul do Estado do Paraná. A colônia é constituída por cinco vilas: Vitória, Jordãozinho, Socorro, Samambaia e Cachoeira.

A formação de Entre Rios, a partir de 1951, está ligada ao desfecho da Segunda Guerra Mundial. Trata-se de um processo de diáspora que trouxe cerca de quinhentas famílias de refugiados para o Paraná por meio de instituições de ajuda humanitária, principalmente a Schweizer Europahilfe (Ajuda Suíça à Europa), com o apoio da Organização das Nações Unidas, ONU, e o governo paranaense.

Conforme propõe o título desse trabalho, seu intuito é assumir o risco de realizar uma discussão epistemológica. Quando nos referimos a risco, estamos sinalizando que temos clareza de que, no campo da historiografia brasileira, as discussões puramente epistemológicas não gozam de grande reputação. Paul Ricouer, autor que escolhemos para conduzir nossa reflexão, talvez tenha oferecido um caminho para a interpretação desse pouco gosto pelo debate epistemológico na historiografia brasileira.

O principal propósito deste livro é o de induzir o estudante de Engenharia de Alimentos, Tecnologia de Alimentos, nutrição e outras áreas afins, a entender alguns tópicos referentes à Tecnologia de Leites e Derivados. Procuramos tratar o assunto sob três aspectos: primeiro, como veículo para o conhecimento dos conceitos básicos que envolvem o processamento de leites e derivados; segundo, como material de consulta técnica para aqueles que pretendem trabalhar diretamente na produção desses produtos e, finalmente, como material de apoio para aulas práticas e teóricas em laboratórios e usinas de processamento de leite.