UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA ndash UnB
FACULDADE DE CEILAcircNDIA ndash FCe
CURSO DE ENFERMAGEM
UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO EM PACIENTES DA ATENCcedilAtildeO DOMICILIAR
LUCAS LOBATO DE SOUZA
CEILAcircNDIA
2014
LUCAS LOBATO DE SOUZA
UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO EM PACIENTES DA ATENCcedilAtildeO DOMICILIAR
Monografia apresentada agrave disciplina Trabalho
de Conclusatildeo de Curso II em Enfermagem
como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de
Bacharel em Enfermagem pela Faculdade de
Ceilacircndia da Universidade de Brasiacutelia
Orientador Prof MSc Luciano Ramos de Lima
CEILAcircNDIA
2014
Autorizo a reproduccedilatildeo e divulgaccedilatildeo total ou parcial desse trabalho por qualquer meio
convencional ou eletrocircnico para fins de estudo e pesquisa desde que cite a fonte
Lobato Lucas
Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar Lucas Lobato de Souza
Brasiacutelia [sn] 2014
60f il
Monografia (graduaccedilatildeo) ndash Universidade de Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Curso de
Enfermagem 2014
Incluem anexos e apecircndices
Orientador Prof Msc Luciano Ramos de Lima
1 Uacutelcera por pressatildeo 2 Assistecircncia Domiciliar 3 Enfermagem
I Lobato Lucas II Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar
Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar
LUCAS LOBATO DE SOUZA
Comissatildeo Julgadora
______________________________________________________
Prof MSc Luciano Ramos de Lima
Orientador
______________________________________________________
ProfordfDrordf Marina Morato Stival
Avaliadora
______________________________________________________
Profordf Drordf Walterlania Silva Santos
Avaliadora
DEDICATOacuteRIA
A toda a minha famiacutelia pela forccedila e por acreditarem em mim E em especial agrave
minha matildeeMaria Aparecida Lobato de Souza que me concedeu o dom da vida me
formou e educou agrave minha tia Antocircnia Lobato Piauilino que me acolheu como filho em
sua casa e sempre me deu todo o apoio necessaacuterio antes e durante a faculdade e agrave
minha avoacute Celi Lobato Barros falecida devido a um cacircncer de pacircncreas Saudades de ti
vovoacute Celi
Aos enfermeiros que satildeo os protagonistas no processo do cuidare que se
dedicam em construir uma sauacutede puacuteblica melhor fazendo a diferenccedila no campo de
atuaccedilatildeo profissional
Aos pacientes acometidos com a presenccedila de uacutelceras por pressatildeo
AGRADECIMENTOS
Gratidatildeo primeiramente a Deus por seu imenso amor e bondade Obrigado
Senhorporque de maneira concreta os meus planos e projetos se prostram diante de Ti e
da Tua vontade Onde estaria eu se natildeo fosse o Teu amor Senhor A Ti todo o louvor e
todo o reconhecimento pelas obras que realizas em mim e pelo Teu senhorio em minha
vida Sejas meu tudo Senhor e engrandeceis o meu nada Sejas a vida que pulsa em
mim Eu te agradeccedilo Senhor por me proporcionar a oportunidade de cursar e concluir
esta graduaccedilatildeo em enfermagem
Agrave minha Matildee do ceacuteu Nossa Senhora Aparecida que intercede sempre em meu
favor e me conduz a estar proacuteximo doteu Filho O Cristo que ressuscitado estaacutes Eacutes tu
Maria exemplo de esperanccedila de humildade de simplicidade de vida de oraccedilatildeo de
serviccedilo de doaccedilatildeo e de amor ao proacuteximo Totus Tuus Mariae
Aos meus pais agraves minhas irmatildes e agrave minha tia Antocircnia por acreditarem em mim
por me formarem e me ensinarem a ser a pessoa que sou hoje Meu muito obrigado por
todo o apoio que vocecircs me deram para que esse sonho se concretizasse Gratidatildeo
tambeacutem a todos os meus familiares que torceram e apostaram em mim
Agrave minha namorada que esteve ao meu lado desde a preparaccedilatildeo preacute-vestibular
ateacute a conclusatildeo desta graduaccedilatildeo A ti sou grato meu anjo por sua paciecircncia por seu
companheirismo e por sua compreensatildeo durante os momentos difiacuteceis desta caminhada
Amo vocecirc
Ao meu orientador o professor e mestre Luciano Ramos de Lima por sua
paciecircncia ensino e dedicaccedilatildeo pontos fundamentais que me auxiliaram na construccedilatildeo
econcretizaccedilatildeo desta pesquisa
Agrave Universidade de Brasiacutelia e ao corpo docente da Faculdade de Ceilacircndia por
contribuiacuterem com a minha formaccedilatildeo como enfermeiro e como cidadatildeo
Agrave enfermeira Valdenisia Apolinario Alencar pela colaboraccedilatildeo com esta
pesquisa a toda a equipe do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia e ao
Prof Dr Emerson Fachin Martins que coordenou o Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo
Continuada ldquoMelhor em Casardquo e o Projeto de Pesquisa ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia Aos acadecircmicos que participaram desses projetos e em especial ao meu
amigo Luiacutes Carlos Beda do Nascimento por sua colaboraccedilatildeo durante a aacuterdua coleta de
dados nos prontuaacuterios natildeo informatizados
Aos membros da Liga Acadecircmica de Feridas em Enfermagem da Universidade
de Brasiacutelia ndash Faculdade de Ceilacircndia (LAFEn-UnB) que se empenham no estudo
aprofundado do que tange ao conhecimento teacutecnico-cientiacutefico sobre o manejo com
feridas visando prestarem uma melhor assistecircncia aos pacientes acometidos pelos mais
diversos tipos de lesotildees em pele
Aos meus amigos de curso que fizeram desta caminhada universitaacuteria uma fase
divertida e inesqueciacutevel Que possamos ser fieacuteis a esta amizade e levaacute-la por toda a vida
pois foi muito bom ter convivido e partilhado a minha vida com vocecircs durante este
periacuteodo acadecircmico Obrigado pelo apoio que encontro em vocecircs
Aos meus irmatildeos da Comunidade Catoacutelica Shalom por me conduzirem agrave
experiecircncia de verdadeiramente conhecer Deus Gratidatildeo por me fazerem encontrar o
sentido do meu viver Agradeccedilo pela fraternidade e pela alegria que encontro em meio agrave
vivecircncia comunitaacuteria Obrigado pelas oraccedilotildees e pela forccedila durante esta reta final da
faculdade
A todos o meu muito obrigado
Shalom do Pai e o amor de Maria
ldquoO senhor natildeo daria banho em um leproso nem por
um milhatildeo de doacutelares Nem eu Somente por amor
se pode dar banho em um leproso
Eu vejo Deus em cada ser humano Quando limpo
as feridas do leproso sinto que estou cuidando do
proacuteprio Senhor Natildeo eacute uma experiecircncia
maravilhosardquo
Madre Teresa de Calcutaacute
LOBATO L Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar 60p 2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) ndash Universidade de
Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Brasiacutelia 2014
RESUMO
INTRODUCcedilAtildeO A uacutelcera por pressatildeo (UP) eacute uma complicaccedilatildeo multifatorial frequente
em pacientes internados na atenccedilatildeo domiciliar sendo assim eacute importante investigar as
caracteriacutesticas desses indiviacuteduos e de suas feridas para melhor planejar o cuidado de
enfermagem OBJETIVO Descrever o perfil dos pacientes com UP na Atenccedilatildeo
Domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
(NRAD-CEI) - DF METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida a partir do levantamento de dados
em 82 prontuaacuterios de pacientes acometidos por UP assistidos pelo NRAD-CEI num
periacuteodo de quatro anos entre maio de 2009 a abril de 2013 RESULTADOS O perfil
dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de homens idosos
acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica e Diabetes Mellitus com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e
com presenccedila de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados O NRAD-CEI foi resolutivo na cicatrizaccedilatildeo ou melhora de
quase 60 das UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe de enfermagem a cada
paciente por mecircs CONCLUSAtildeO O aparecimento de UPs esteve relacionado com a
condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e com sua capacidade funcional comprometida Destacou-
se neste contexto de Atenccedilatildeo Domiciliar o protagonismo do enfermeiro no que tange ao
tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia nos
cuidadosao paciente portador de lesotildees a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Descritores Uacutelcera por Pressatildeo Assistecircncia Domiciliar Enfermagem
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
LUCAS LOBATO DE SOUZA
UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO EM PACIENTES DA ATENCcedilAtildeO DOMICILIAR
Monografia apresentada agrave disciplina Trabalho
de Conclusatildeo de Curso II em Enfermagem
como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de
Bacharel em Enfermagem pela Faculdade de
Ceilacircndia da Universidade de Brasiacutelia
Orientador Prof MSc Luciano Ramos de Lima
CEILAcircNDIA
2014
Autorizo a reproduccedilatildeo e divulgaccedilatildeo total ou parcial desse trabalho por qualquer meio
convencional ou eletrocircnico para fins de estudo e pesquisa desde que cite a fonte
Lobato Lucas
Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar Lucas Lobato de Souza
Brasiacutelia [sn] 2014
60f il
Monografia (graduaccedilatildeo) ndash Universidade de Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Curso de
Enfermagem 2014
Incluem anexos e apecircndices
Orientador Prof Msc Luciano Ramos de Lima
1 Uacutelcera por pressatildeo 2 Assistecircncia Domiciliar 3 Enfermagem
I Lobato Lucas II Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar
Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar
LUCAS LOBATO DE SOUZA
Comissatildeo Julgadora
______________________________________________________
Prof MSc Luciano Ramos de Lima
Orientador
______________________________________________________
ProfordfDrordf Marina Morato Stival
Avaliadora
______________________________________________________
Profordf Drordf Walterlania Silva Santos
Avaliadora
DEDICATOacuteRIA
A toda a minha famiacutelia pela forccedila e por acreditarem em mim E em especial agrave
minha matildeeMaria Aparecida Lobato de Souza que me concedeu o dom da vida me
formou e educou agrave minha tia Antocircnia Lobato Piauilino que me acolheu como filho em
sua casa e sempre me deu todo o apoio necessaacuterio antes e durante a faculdade e agrave
minha avoacute Celi Lobato Barros falecida devido a um cacircncer de pacircncreas Saudades de ti
vovoacute Celi
Aos enfermeiros que satildeo os protagonistas no processo do cuidare que se
dedicam em construir uma sauacutede puacuteblica melhor fazendo a diferenccedila no campo de
atuaccedilatildeo profissional
Aos pacientes acometidos com a presenccedila de uacutelceras por pressatildeo
AGRADECIMENTOS
Gratidatildeo primeiramente a Deus por seu imenso amor e bondade Obrigado
Senhorporque de maneira concreta os meus planos e projetos se prostram diante de Ti e
da Tua vontade Onde estaria eu se natildeo fosse o Teu amor Senhor A Ti todo o louvor e
todo o reconhecimento pelas obras que realizas em mim e pelo Teu senhorio em minha
vida Sejas meu tudo Senhor e engrandeceis o meu nada Sejas a vida que pulsa em
mim Eu te agradeccedilo Senhor por me proporcionar a oportunidade de cursar e concluir
esta graduaccedilatildeo em enfermagem
Agrave minha Matildee do ceacuteu Nossa Senhora Aparecida que intercede sempre em meu
favor e me conduz a estar proacuteximo doteu Filho O Cristo que ressuscitado estaacutes Eacutes tu
Maria exemplo de esperanccedila de humildade de simplicidade de vida de oraccedilatildeo de
serviccedilo de doaccedilatildeo e de amor ao proacuteximo Totus Tuus Mariae
Aos meus pais agraves minhas irmatildes e agrave minha tia Antocircnia por acreditarem em mim
por me formarem e me ensinarem a ser a pessoa que sou hoje Meu muito obrigado por
todo o apoio que vocecircs me deram para que esse sonho se concretizasse Gratidatildeo
tambeacutem a todos os meus familiares que torceram e apostaram em mim
Agrave minha namorada que esteve ao meu lado desde a preparaccedilatildeo preacute-vestibular
ateacute a conclusatildeo desta graduaccedilatildeo A ti sou grato meu anjo por sua paciecircncia por seu
companheirismo e por sua compreensatildeo durante os momentos difiacuteceis desta caminhada
Amo vocecirc
Ao meu orientador o professor e mestre Luciano Ramos de Lima por sua
paciecircncia ensino e dedicaccedilatildeo pontos fundamentais que me auxiliaram na construccedilatildeo
econcretizaccedilatildeo desta pesquisa
Agrave Universidade de Brasiacutelia e ao corpo docente da Faculdade de Ceilacircndia por
contribuiacuterem com a minha formaccedilatildeo como enfermeiro e como cidadatildeo
Agrave enfermeira Valdenisia Apolinario Alencar pela colaboraccedilatildeo com esta
pesquisa a toda a equipe do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia e ao
Prof Dr Emerson Fachin Martins que coordenou o Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo
Continuada ldquoMelhor em Casardquo e o Projeto de Pesquisa ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia Aos acadecircmicos que participaram desses projetos e em especial ao meu
amigo Luiacutes Carlos Beda do Nascimento por sua colaboraccedilatildeo durante a aacuterdua coleta de
dados nos prontuaacuterios natildeo informatizados
Aos membros da Liga Acadecircmica de Feridas em Enfermagem da Universidade
de Brasiacutelia ndash Faculdade de Ceilacircndia (LAFEn-UnB) que se empenham no estudo
aprofundado do que tange ao conhecimento teacutecnico-cientiacutefico sobre o manejo com
feridas visando prestarem uma melhor assistecircncia aos pacientes acometidos pelos mais
diversos tipos de lesotildees em pele
Aos meus amigos de curso que fizeram desta caminhada universitaacuteria uma fase
divertida e inesqueciacutevel Que possamos ser fieacuteis a esta amizade e levaacute-la por toda a vida
pois foi muito bom ter convivido e partilhado a minha vida com vocecircs durante este
periacuteodo acadecircmico Obrigado pelo apoio que encontro em vocecircs
Aos meus irmatildeos da Comunidade Catoacutelica Shalom por me conduzirem agrave
experiecircncia de verdadeiramente conhecer Deus Gratidatildeo por me fazerem encontrar o
sentido do meu viver Agradeccedilo pela fraternidade e pela alegria que encontro em meio agrave
vivecircncia comunitaacuteria Obrigado pelas oraccedilotildees e pela forccedila durante esta reta final da
faculdade
A todos o meu muito obrigado
Shalom do Pai e o amor de Maria
ldquoO senhor natildeo daria banho em um leproso nem por
um milhatildeo de doacutelares Nem eu Somente por amor
se pode dar banho em um leproso
Eu vejo Deus em cada ser humano Quando limpo
as feridas do leproso sinto que estou cuidando do
proacuteprio Senhor Natildeo eacute uma experiecircncia
maravilhosardquo
Madre Teresa de Calcutaacute
LOBATO L Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar 60p 2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) ndash Universidade de
Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Brasiacutelia 2014
RESUMO
INTRODUCcedilAtildeO A uacutelcera por pressatildeo (UP) eacute uma complicaccedilatildeo multifatorial frequente
em pacientes internados na atenccedilatildeo domiciliar sendo assim eacute importante investigar as
caracteriacutesticas desses indiviacuteduos e de suas feridas para melhor planejar o cuidado de
enfermagem OBJETIVO Descrever o perfil dos pacientes com UP na Atenccedilatildeo
Domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
(NRAD-CEI) - DF METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida a partir do levantamento de dados
em 82 prontuaacuterios de pacientes acometidos por UP assistidos pelo NRAD-CEI num
periacuteodo de quatro anos entre maio de 2009 a abril de 2013 RESULTADOS O perfil
dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de homens idosos
acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica e Diabetes Mellitus com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e
com presenccedila de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados O NRAD-CEI foi resolutivo na cicatrizaccedilatildeo ou melhora de
quase 60 das UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe de enfermagem a cada
paciente por mecircs CONCLUSAtildeO O aparecimento de UPs esteve relacionado com a
condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e com sua capacidade funcional comprometida Destacou-
se neste contexto de Atenccedilatildeo Domiciliar o protagonismo do enfermeiro no que tange ao
tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia nos
cuidadosao paciente portador de lesotildees a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Descritores Uacutelcera por Pressatildeo Assistecircncia Domiciliar Enfermagem
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 3 p391-397 2005 Disponiacutevel em
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SILVIA DP et al Uacutelcera por pressatildeo avaliaccedilatildeo de fatores de risco em pacientes
internados em um hospital universitaacuterio Rev Eletr Enf v 13 n 1 p 118-23
janmar 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwfenufgbrrevistav13n1pdfv13n1a13pdfgt Acesso em setembro de
2014
SOARES D AS et al Anaacutelise da incidecircncia de uacutelcera de pressatildeo no Hospital
Metropolitano de Urgecircncia e Emergecircncia em Ananindeua PA Rev Bras Cir Plaacutest
Satildeo Paulo v 26 n 4 Dec 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophppid=S1983-51752011000400007ampscript=sci_arttextgt
Acesso em junho de 2014
STUDART RMB et al Tecnologia de enfermagem na prevenccedilatildeo da uacutelcera por
pressatildeo em pessoas com lesatildeo medular Rev bras enferm v 64 n 3 p 494-500
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrebenv64n3v64n3a13gt Acesso em
setembro de 2013
55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
Autorizo a reproduccedilatildeo e divulgaccedilatildeo total ou parcial desse trabalho por qualquer meio
convencional ou eletrocircnico para fins de estudo e pesquisa desde que cite a fonte
Lobato Lucas
Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar Lucas Lobato de Souza
Brasiacutelia [sn] 2014
60f il
Monografia (graduaccedilatildeo) ndash Universidade de Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Curso de
Enfermagem 2014
Incluem anexos e apecircndices
Orientador Prof Msc Luciano Ramos de Lima
1 Uacutelcera por pressatildeo 2 Assistecircncia Domiciliar 3 Enfermagem
I Lobato Lucas II Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar
Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar
LUCAS LOBATO DE SOUZA
Comissatildeo Julgadora
______________________________________________________
Prof MSc Luciano Ramos de Lima
Orientador
______________________________________________________
ProfordfDrordf Marina Morato Stival
Avaliadora
______________________________________________________
Profordf Drordf Walterlania Silva Santos
Avaliadora
DEDICATOacuteRIA
A toda a minha famiacutelia pela forccedila e por acreditarem em mim E em especial agrave
minha matildeeMaria Aparecida Lobato de Souza que me concedeu o dom da vida me
formou e educou agrave minha tia Antocircnia Lobato Piauilino que me acolheu como filho em
sua casa e sempre me deu todo o apoio necessaacuterio antes e durante a faculdade e agrave
minha avoacute Celi Lobato Barros falecida devido a um cacircncer de pacircncreas Saudades de ti
vovoacute Celi
Aos enfermeiros que satildeo os protagonistas no processo do cuidare que se
dedicam em construir uma sauacutede puacuteblica melhor fazendo a diferenccedila no campo de
atuaccedilatildeo profissional
Aos pacientes acometidos com a presenccedila de uacutelceras por pressatildeo
AGRADECIMENTOS
Gratidatildeo primeiramente a Deus por seu imenso amor e bondade Obrigado
Senhorporque de maneira concreta os meus planos e projetos se prostram diante de Ti e
da Tua vontade Onde estaria eu se natildeo fosse o Teu amor Senhor A Ti todo o louvor e
todo o reconhecimento pelas obras que realizas em mim e pelo Teu senhorio em minha
vida Sejas meu tudo Senhor e engrandeceis o meu nada Sejas a vida que pulsa em
mim Eu te agradeccedilo Senhor por me proporcionar a oportunidade de cursar e concluir
esta graduaccedilatildeo em enfermagem
Agrave minha Matildee do ceacuteu Nossa Senhora Aparecida que intercede sempre em meu
favor e me conduz a estar proacuteximo doteu Filho O Cristo que ressuscitado estaacutes Eacutes tu
Maria exemplo de esperanccedila de humildade de simplicidade de vida de oraccedilatildeo de
serviccedilo de doaccedilatildeo e de amor ao proacuteximo Totus Tuus Mariae
Aos meus pais agraves minhas irmatildes e agrave minha tia Antocircnia por acreditarem em mim
por me formarem e me ensinarem a ser a pessoa que sou hoje Meu muito obrigado por
todo o apoio que vocecircs me deram para que esse sonho se concretizasse Gratidatildeo
tambeacutem a todos os meus familiares que torceram e apostaram em mim
Agrave minha namorada que esteve ao meu lado desde a preparaccedilatildeo preacute-vestibular
ateacute a conclusatildeo desta graduaccedilatildeo A ti sou grato meu anjo por sua paciecircncia por seu
companheirismo e por sua compreensatildeo durante os momentos difiacuteceis desta caminhada
Amo vocecirc
Ao meu orientador o professor e mestre Luciano Ramos de Lima por sua
paciecircncia ensino e dedicaccedilatildeo pontos fundamentais que me auxiliaram na construccedilatildeo
econcretizaccedilatildeo desta pesquisa
Agrave Universidade de Brasiacutelia e ao corpo docente da Faculdade de Ceilacircndia por
contribuiacuterem com a minha formaccedilatildeo como enfermeiro e como cidadatildeo
Agrave enfermeira Valdenisia Apolinario Alencar pela colaboraccedilatildeo com esta
pesquisa a toda a equipe do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia e ao
Prof Dr Emerson Fachin Martins que coordenou o Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo
Continuada ldquoMelhor em Casardquo e o Projeto de Pesquisa ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia Aos acadecircmicos que participaram desses projetos e em especial ao meu
amigo Luiacutes Carlos Beda do Nascimento por sua colaboraccedilatildeo durante a aacuterdua coleta de
dados nos prontuaacuterios natildeo informatizados
Aos membros da Liga Acadecircmica de Feridas em Enfermagem da Universidade
de Brasiacutelia ndash Faculdade de Ceilacircndia (LAFEn-UnB) que se empenham no estudo
aprofundado do que tange ao conhecimento teacutecnico-cientiacutefico sobre o manejo com
feridas visando prestarem uma melhor assistecircncia aos pacientes acometidos pelos mais
diversos tipos de lesotildees em pele
Aos meus amigos de curso que fizeram desta caminhada universitaacuteria uma fase
divertida e inesqueciacutevel Que possamos ser fieacuteis a esta amizade e levaacute-la por toda a vida
pois foi muito bom ter convivido e partilhado a minha vida com vocecircs durante este
periacuteodo acadecircmico Obrigado pelo apoio que encontro em vocecircs
Aos meus irmatildeos da Comunidade Catoacutelica Shalom por me conduzirem agrave
experiecircncia de verdadeiramente conhecer Deus Gratidatildeo por me fazerem encontrar o
sentido do meu viver Agradeccedilo pela fraternidade e pela alegria que encontro em meio agrave
vivecircncia comunitaacuteria Obrigado pelas oraccedilotildees e pela forccedila durante esta reta final da
faculdade
A todos o meu muito obrigado
Shalom do Pai e o amor de Maria
ldquoO senhor natildeo daria banho em um leproso nem por
um milhatildeo de doacutelares Nem eu Somente por amor
se pode dar banho em um leproso
Eu vejo Deus em cada ser humano Quando limpo
as feridas do leproso sinto que estou cuidando do
proacuteprio Senhor Natildeo eacute uma experiecircncia
maravilhosardquo
Madre Teresa de Calcutaacute
LOBATO L Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar 60p 2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) ndash Universidade de
Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Brasiacutelia 2014
RESUMO
INTRODUCcedilAtildeO A uacutelcera por pressatildeo (UP) eacute uma complicaccedilatildeo multifatorial frequente
em pacientes internados na atenccedilatildeo domiciliar sendo assim eacute importante investigar as
caracteriacutesticas desses indiviacuteduos e de suas feridas para melhor planejar o cuidado de
enfermagem OBJETIVO Descrever o perfil dos pacientes com UP na Atenccedilatildeo
Domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
(NRAD-CEI) - DF METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida a partir do levantamento de dados
em 82 prontuaacuterios de pacientes acometidos por UP assistidos pelo NRAD-CEI num
periacuteodo de quatro anos entre maio de 2009 a abril de 2013 RESULTADOS O perfil
dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de homens idosos
acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica e Diabetes Mellitus com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e
com presenccedila de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados O NRAD-CEI foi resolutivo na cicatrizaccedilatildeo ou melhora de
quase 60 das UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe de enfermagem a cada
paciente por mecircs CONCLUSAtildeO O aparecimento de UPs esteve relacionado com a
condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e com sua capacidade funcional comprometida Destacou-
se neste contexto de Atenccedilatildeo Domiciliar o protagonismo do enfermeiro no que tange ao
tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia nos
cuidadosao paciente portador de lesotildees a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Descritores Uacutelcera por Pressatildeo Assistecircncia Domiciliar Enfermagem
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar
LUCAS LOBATO DE SOUZA
Comissatildeo Julgadora
______________________________________________________
Prof MSc Luciano Ramos de Lima
Orientador
______________________________________________________
ProfordfDrordf Marina Morato Stival
Avaliadora
______________________________________________________
Profordf Drordf Walterlania Silva Santos
Avaliadora
DEDICATOacuteRIA
A toda a minha famiacutelia pela forccedila e por acreditarem em mim E em especial agrave
minha matildeeMaria Aparecida Lobato de Souza que me concedeu o dom da vida me
formou e educou agrave minha tia Antocircnia Lobato Piauilino que me acolheu como filho em
sua casa e sempre me deu todo o apoio necessaacuterio antes e durante a faculdade e agrave
minha avoacute Celi Lobato Barros falecida devido a um cacircncer de pacircncreas Saudades de ti
vovoacute Celi
Aos enfermeiros que satildeo os protagonistas no processo do cuidare que se
dedicam em construir uma sauacutede puacuteblica melhor fazendo a diferenccedila no campo de
atuaccedilatildeo profissional
Aos pacientes acometidos com a presenccedila de uacutelceras por pressatildeo
AGRADECIMENTOS
Gratidatildeo primeiramente a Deus por seu imenso amor e bondade Obrigado
Senhorporque de maneira concreta os meus planos e projetos se prostram diante de Ti e
da Tua vontade Onde estaria eu se natildeo fosse o Teu amor Senhor A Ti todo o louvor e
todo o reconhecimento pelas obras que realizas em mim e pelo Teu senhorio em minha
vida Sejas meu tudo Senhor e engrandeceis o meu nada Sejas a vida que pulsa em
mim Eu te agradeccedilo Senhor por me proporcionar a oportunidade de cursar e concluir
esta graduaccedilatildeo em enfermagem
Agrave minha Matildee do ceacuteu Nossa Senhora Aparecida que intercede sempre em meu
favor e me conduz a estar proacuteximo doteu Filho O Cristo que ressuscitado estaacutes Eacutes tu
Maria exemplo de esperanccedila de humildade de simplicidade de vida de oraccedilatildeo de
serviccedilo de doaccedilatildeo e de amor ao proacuteximo Totus Tuus Mariae
Aos meus pais agraves minhas irmatildes e agrave minha tia Antocircnia por acreditarem em mim
por me formarem e me ensinarem a ser a pessoa que sou hoje Meu muito obrigado por
todo o apoio que vocecircs me deram para que esse sonho se concretizasse Gratidatildeo
tambeacutem a todos os meus familiares que torceram e apostaram em mim
Agrave minha namorada que esteve ao meu lado desde a preparaccedilatildeo preacute-vestibular
ateacute a conclusatildeo desta graduaccedilatildeo A ti sou grato meu anjo por sua paciecircncia por seu
companheirismo e por sua compreensatildeo durante os momentos difiacuteceis desta caminhada
Amo vocecirc
Ao meu orientador o professor e mestre Luciano Ramos de Lima por sua
paciecircncia ensino e dedicaccedilatildeo pontos fundamentais que me auxiliaram na construccedilatildeo
econcretizaccedilatildeo desta pesquisa
Agrave Universidade de Brasiacutelia e ao corpo docente da Faculdade de Ceilacircndia por
contribuiacuterem com a minha formaccedilatildeo como enfermeiro e como cidadatildeo
Agrave enfermeira Valdenisia Apolinario Alencar pela colaboraccedilatildeo com esta
pesquisa a toda a equipe do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia e ao
Prof Dr Emerson Fachin Martins que coordenou o Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo
Continuada ldquoMelhor em Casardquo e o Projeto de Pesquisa ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia Aos acadecircmicos que participaram desses projetos e em especial ao meu
amigo Luiacutes Carlos Beda do Nascimento por sua colaboraccedilatildeo durante a aacuterdua coleta de
dados nos prontuaacuterios natildeo informatizados
Aos membros da Liga Acadecircmica de Feridas em Enfermagem da Universidade
de Brasiacutelia ndash Faculdade de Ceilacircndia (LAFEn-UnB) que se empenham no estudo
aprofundado do que tange ao conhecimento teacutecnico-cientiacutefico sobre o manejo com
feridas visando prestarem uma melhor assistecircncia aos pacientes acometidos pelos mais
diversos tipos de lesotildees em pele
Aos meus amigos de curso que fizeram desta caminhada universitaacuteria uma fase
divertida e inesqueciacutevel Que possamos ser fieacuteis a esta amizade e levaacute-la por toda a vida
pois foi muito bom ter convivido e partilhado a minha vida com vocecircs durante este
periacuteodo acadecircmico Obrigado pelo apoio que encontro em vocecircs
Aos meus irmatildeos da Comunidade Catoacutelica Shalom por me conduzirem agrave
experiecircncia de verdadeiramente conhecer Deus Gratidatildeo por me fazerem encontrar o
sentido do meu viver Agradeccedilo pela fraternidade e pela alegria que encontro em meio agrave
vivecircncia comunitaacuteria Obrigado pelas oraccedilotildees e pela forccedila durante esta reta final da
faculdade
A todos o meu muito obrigado
Shalom do Pai e o amor de Maria
ldquoO senhor natildeo daria banho em um leproso nem por
um milhatildeo de doacutelares Nem eu Somente por amor
se pode dar banho em um leproso
Eu vejo Deus em cada ser humano Quando limpo
as feridas do leproso sinto que estou cuidando do
proacuteprio Senhor Natildeo eacute uma experiecircncia
maravilhosardquo
Madre Teresa de Calcutaacute
LOBATO L Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar 60p 2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) ndash Universidade de
Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Brasiacutelia 2014
RESUMO
INTRODUCcedilAtildeO A uacutelcera por pressatildeo (UP) eacute uma complicaccedilatildeo multifatorial frequente
em pacientes internados na atenccedilatildeo domiciliar sendo assim eacute importante investigar as
caracteriacutesticas desses indiviacuteduos e de suas feridas para melhor planejar o cuidado de
enfermagem OBJETIVO Descrever o perfil dos pacientes com UP na Atenccedilatildeo
Domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
(NRAD-CEI) - DF METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida a partir do levantamento de dados
em 82 prontuaacuterios de pacientes acometidos por UP assistidos pelo NRAD-CEI num
periacuteodo de quatro anos entre maio de 2009 a abril de 2013 RESULTADOS O perfil
dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de homens idosos
acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica e Diabetes Mellitus com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e
com presenccedila de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados O NRAD-CEI foi resolutivo na cicatrizaccedilatildeo ou melhora de
quase 60 das UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe de enfermagem a cada
paciente por mecircs CONCLUSAtildeO O aparecimento de UPs esteve relacionado com a
condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e com sua capacidade funcional comprometida Destacou-
se neste contexto de Atenccedilatildeo Domiciliar o protagonismo do enfermeiro no que tange ao
tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia nos
cuidadosao paciente portador de lesotildees a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Descritores Uacutelcera por Pressatildeo Assistecircncia Domiciliar Enfermagem
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
DEDICATOacuteRIA
A toda a minha famiacutelia pela forccedila e por acreditarem em mim E em especial agrave
minha matildeeMaria Aparecida Lobato de Souza que me concedeu o dom da vida me
formou e educou agrave minha tia Antocircnia Lobato Piauilino que me acolheu como filho em
sua casa e sempre me deu todo o apoio necessaacuterio antes e durante a faculdade e agrave
minha avoacute Celi Lobato Barros falecida devido a um cacircncer de pacircncreas Saudades de ti
vovoacute Celi
Aos enfermeiros que satildeo os protagonistas no processo do cuidare que se
dedicam em construir uma sauacutede puacuteblica melhor fazendo a diferenccedila no campo de
atuaccedilatildeo profissional
Aos pacientes acometidos com a presenccedila de uacutelceras por pressatildeo
AGRADECIMENTOS
Gratidatildeo primeiramente a Deus por seu imenso amor e bondade Obrigado
Senhorporque de maneira concreta os meus planos e projetos se prostram diante de Ti e
da Tua vontade Onde estaria eu se natildeo fosse o Teu amor Senhor A Ti todo o louvor e
todo o reconhecimento pelas obras que realizas em mim e pelo Teu senhorio em minha
vida Sejas meu tudo Senhor e engrandeceis o meu nada Sejas a vida que pulsa em
mim Eu te agradeccedilo Senhor por me proporcionar a oportunidade de cursar e concluir
esta graduaccedilatildeo em enfermagem
Agrave minha Matildee do ceacuteu Nossa Senhora Aparecida que intercede sempre em meu
favor e me conduz a estar proacuteximo doteu Filho O Cristo que ressuscitado estaacutes Eacutes tu
Maria exemplo de esperanccedila de humildade de simplicidade de vida de oraccedilatildeo de
serviccedilo de doaccedilatildeo e de amor ao proacuteximo Totus Tuus Mariae
Aos meus pais agraves minhas irmatildes e agrave minha tia Antocircnia por acreditarem em mim
por me formarem e me ensinarem a ser a pessoa que sou hoje Meu muito obrigado por
todo o apoio que vocecircs me deram para que esse sonho se concretizasse Gratidatildeo
tambeacutem a todos os meus familiares que torceram e apostaram em mim
Agrave minha namorada que esteve ao meu lado desde a preparaccedilatildeo preacute-vestibular
ateacute a conclusatildeo desta graduaccedilatildeo A ti sou grato meu anjo por sua paciecircncia por seu
companheirismo e por sua compreensatildeo durante os momentos difiacuteceis desta caminhada
Amo vocecirc
Ao meu orientador o professor e mestre Luciano Ramos de Lima por sua
paciecircncia ensino e dedicaccedilatildeo pontos fundamentais que me auxiliaram na construccedilatildeo
econcretizaccedilatildeo desta pesquisa
Agrave Universidade de Brasiacutelia e ao corpo docente da Faculdade de Ceilacircndia por
contribuiacuterem com a minha formaccedilatildeo como enfermeiro e como cidadatildeo
Agrave enfermeira Valdenisia Apolinario Alencar pela colaboraccedilatildeo com esta
pesquisa a toda a equipe do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia e ao
Prof Dr Emerson Fachin Martins que coordenou o Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo
Continuada ldquoMelhor em Casardquo e o Projeto de Pesquisa ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia Aos acadecircmicos que participaram desses projetos e em especial ao meu
amigo Luiacutes Carlos Beda do Nascimento por sua colaboraccedilatildeo durante a aacuterdua coleta de
dados nos prontuaacuterios natildeo informatizados
Aos membros da Liga Acadecircmica de Feridas em Enfermagem da Universidade
de Brasiacutelia ndash Faculdade de Ceilacircndia (LAFEn-UnB) que se empenham no estudo
aprofundado do que tange ao conhecimento teacutecnico-cientiacutefico sobre o manejo com
feridas visando prestarem uma melhor assistecircncia aos pacientes acometidos pelos mais
diversos tipos de lesotildees em pele
Aos meus amigos de curso que fizeram desta caminhada universitaacuteria uma fase
divertida e inesqueciacutevel Que possamos ser fieacuteis a esta amizade e levaacute-la por toda a vida
pois foi muito bom ter convivido e partilhado a minha vida com vocecircs durante este
periacuteodo acadecircmico Obrigado pelo apoio que encontro em vocecircs
Aos meus irmatildeos da Comunidade Catoacutelica Shalom por me conduzirem agrave
experiecircncia de verdadeiramente conhecer Deus Gratidatildeo por me fazerem encontrar o
sentido do meu viver Agradeccedilo pela fraternidade e pela alegria que encontro em meio agrave
vivecircncia comunitaacuteria Obrigado pelas oraccedilotildees e pela forccedila durante esta reta final da
faculdade
A todos o meu muito obrigado
Shalom do Pai e o amor de Maria
ldquoO senhor natildeo daria banho em um leproso nem por
um milhatildeo de doacutelares Nem eu Somente por amor
se pode dar banho em um leproso
Eu vejo Deus em cada ser humano Quando limpo
as feridas do leproso sinto que estou cuidando do
proacuteprio Senhor Natildeo eacute uma experiecircncia
maravilhosardquo
Madre Teresa de Calcutaacute
LOBATO L Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar 60p 2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) ndash Universidade de
Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Brasiacutelia 2014
RESUMO
INTRODUCcedilAtildeO A uacutelcera por pressatildeo (UP) eacute uma complicaccedilatildeo multifatorial frequente
em pacientes internados na atenccedilatildeo domiciliar sendo assim eacute importante investigar as
caracteriacutesticas desses indiviacuteduos e de suas feridas para melhor planejar o cuidado de
enfermagem OBJETIVO Descrever o perfil dos pacientes com UP na Atenccedilatildeo
Domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
(NRAD-CEI) - DF METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida a partir do levantamento de dados
em 82 prontuaacuterios de pacientes acometidos por UP assistidos pelo NRAD-CEI num
periacuteodo de quatro anos entre maio de 2009 a abril de 2013 RESULTADOS O perfil
dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de homens idosos
acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica e Diabetes Mellitus com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e
com presenccedila de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados O NRAD-CEI foi resolutivo na cicatrizaccedilatildeo ou melhora de
quase 60 das UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe de enfermagem a cada
paciente por mecircs CONCLUSAtildeO O aparecimento de UPs esteve relacionado com a
condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e com sua capacidade funcional comprometida Destacou-
se neste contexto de Atenccedilatildeo Domiciliar o protagonismo do enfermeiro no que tange ao
tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia nos
cuidadosao paciente portador de lesotildees a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Descritores Uacutelcera por Pressatildeo Assistecircncia Domiciliar Enfermagem
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
AGRADECIMENTOS
Gratidatildeo primeiramente a Deus por seu imenso amor e bondade Obrigado
Senhorporque de maneira concreta os meus planos e projetos se prostram diante de Ti e
da Tua vontade Onde estaria eu se natildeo fosse o Teu amor Senhor A Ti todo o louvor e
todo o reconhecimento pelas obras que realizas em mim e pelo Teu senhorio em minha
vida Sejas meu tudo Senhor e engrandeceis o meu nada Sejas a vida que pulsa em
mim Eu te agradeccedilo Senhor por me proporcionar a oportunidade de cursar e concluir
esta graduaccedilatildeo em enfermagem
Agrave minha Matildee do ceacuteu Nossa Senhora Aparecida que intercede sempre em meu
favor e me conduz a estar proacuteximo doteu Filho O Cristo que ressuscitado estaacutes Eacutes tu
Maria exemplo de esperanccedila de humildade de simplicidade de vida de oraccedilatildeo de
serviccedilo de doaccedilatildeo e de amor ao proacuteximo Totus Tuus Mariae
Aos meus pais agraves minhas irmatildes e agrave minha tia Antocircnia por acreditarem em mim
por me formarem e me ensinarem a ser a pessoa que sou hoje Meu muito obrigado por
todo o apoio que vocecircs me deram para que esse sonho se concretizasse Gratidatildeo
tambeacutem a todos os meus familiares que torceram e apostaram em mim
Agrave minha namorada que esteve ao meu lado desde a preparaccedilatildeo preacute-vestibular
ateacute a conclusatildeo desta graduaccedilatildeo A ti sou grato meu anjo por sua paciecircncia por seu
companheirismo e por sua compreensatildeo durante os momentos difiacuteceis desta caminhada
Amo vocecirc
Ao meu orientador o professor e mestre Luciano Ramos de Lima por sua
paciecircncia ensino e dedicaccedilatildeo pontos fundamentais que me auxiliaram na construccedilatildeo
econcretizaccedilatildeo desta pesquisa
Agrave Universidade de Brasiacutelia e ao corpo docente da Faculdade de Ceilacircndia por
contribuiacuterem com a minha formaccedilatildeo como enfermeiro e como cidadatildeo
Agrave enfermeira Valdenisia Apolinario Alencar pela colaboraccedilatildeo com esta
pesquisa a toda a equipe do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia e ao
Prof Dr Emerson Fachin Martins que coordenou o Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo
Continuada ldquoMelhor em Casardquo e o Projeto de Pesquisa ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia Aos acadecircmicos que participaram desses projetos e em especial ao meu
amigo Luiacutes Carlos Beda do Nascimento por sua colaboraccedilatildeo durante a aacuterdua coleta de
dados nos prontuaacuterios natildeo informatizados
Aos membros da Liga Acadecircmica de Feridas em Enfermagem da Universidade
de Brasiacutelia ndash Faculdade de Ceilacircndia (LAFEn-UnB) que se empenham no estudo
aprofundado do que tange ao conhecimento teacutecnico-cientiacutefico sobre o manejo com
feridas visando prestarem uma melhor assistecircncia aos pacientes acometidos pelos mais
diversos tipos de lesotildees em pele
Aos meus amigos de curso que fizeram desta caminhada universitaacuteria uma fase
divertida e inesqueciacutevel Que possamos ser fieacuteis a esta amizade e levaacute-la por toda a vida
pois foi muito bom ter convivido e partilhado a minha vida com vocecircs durante este
periacuteodo acadecircmico Obrigado pelo apoio que encontro em vocecircs
Aos meus irmatildeos da Comunidade Catoacutelica Shalom por me conduzirem agrave
experiecircncia de verdadeiramente conhecer Deus Gratidatildeo por me fazerem encontrar o
sentido do meu viver Agradeccedilo pela fraternidade e pela alegria que encontro em meio agrave
vivecircncia comunitaacuteria Obrigado pelas oraccedilotildees e pela forccedila durante esta reta final da
faculdade
A todos o meu muito obrigado
Shalom do Pai e o amor de Maria
ldquoO senhor natildeo daria banho em um leproso nem por
um milhatildeo de doacutelares Nem eu Somente por amor
se pode dar banho em um leproso
Eu vejo Deus em cada ser humano Quando limpo
as feridas do leproso sinto que estou cuidando do
proacuteprio Senhor Natildeo eacute uma experiecircncia
maravilhosardquo
Madre Teresa de Calcutaacute
LOBATO L Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar 60p 2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) ndash Universidade de
Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Brasiacutelia 2014
RESUMO
INTRODUCcedilAtildeO A uacutelcera por pressatildeo (UP) eacute uma complicaccedilatildeo multifatorial frequente
em pacientes internados na atenccedilatildeo domiciliar sendo assim eacute importante investigar as
caracteriacutesticas desses indiviacuteduos e de suas feridas para melhor planejar o cuidado de
enfermagem OBJETIVO Descrever o perfil dos pacientes com UP na Atenccedilatildeo
Domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
(NRAD-CEI) - DF METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida a partir do levantamento de dados
em 82 prontuaacuterios de pacientes acometidos por UP assistidos pelo NRAD-CEI num
periacuteodo de quatro anos entre maio de 2009 a abril de 2013 RESULTADOS O perfil
dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de homens idosos
acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica e Diabetes Mellitus com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e
com presenccedila de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados O NRAD-CEI foi resolutivo na cicatrizaccedilatildeo ou melhora de
quase 60 das UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe de enfermagem a cada
paciente por mecircs CONCLUSAtildeO O aparecimento de UPs esteve relacionado com a
condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e com sua capacidade funcional comprometida Destacou-
se neste contexto de Atenccedilatildeo Domiciliar o protagonismo do enfermeiro no que tange ao
tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia nos
cuidadosao paciente portador de lesotildees a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Descritores Uacutelcera por Pressatildeo Assistecircncia Domiciliar Enfermagem
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
amigo Luiacutes Carlos Beda do Nascimento por sua colaboraccedilatildeo durante a aacuterdua coleta de
dados nos prontuaacuterios natildeo informatizados
Aos membros da Liga Acadecircmica de Feridas em Enfermagem da Universidade
de Brasiacutelia ndash Faculdade de Ceilacircndia (LAFEn-UnB) que se empenham no estudo
aprofundado do que tange ao conhecimento teacutecnico-cientiacutefico sobre o manejo com
feridas visando prestarem uma melhor assistecircncia aos pacientes acometidos pelos mais
diversos tipos de lesotildees em pele
Aos meus amigos de curso que fizeram desta caminhada universitaacuteria uma fase
divertida e inesqueciacutevel Que possamos ser fieacuteis a esta amizade e levaacute-la por toda a vida
pois foi muito bom ter convivido e partilhado a minha vida com vocecircs durante este
periacuteodo acadecircmico Obrigado pelo apoio que encontro em vocecircs
Aos meus irmatildeos da Comunidade Catoacutelica Shalom por me conduzirem agrave
experiecircncia de verdadeiramente conhecer Deus Gratidatildeo por me fazerem encontrar o
sentido do meu viver Agradeccedilo pela fraternidade e pela alegria que encontro em meio agrave
vivecircncia comunitaacuteria Obrigado pelas oraccedilotildees e pela forccedila durante esta reta final da
faculdade
A todos o meu muito obrigado
Shalom do Pai e o amor de Maria
ldquoO senhor natildeo daria banho em um leproso nem por
um milhatildeo de doacutelares Nem eu Somente por amor
se pode dar banho em um leproso
Eu vejo Deus em cada ser humano Quando limpo
as feridas do leproso sinto que estou cuidando do
proacuteprio Senhor Natildeo eacute uma experiecircncia
maravilhosardquo
Madre Teresa de Calcutaacute
LOBATO L Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar 60p 2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) ndash Universidade de
Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Brasiacutelia 2014
RESUMO
INTRODUCcedilAtildeO A uacutelcera por pressatildeo (UP) eacute uma complicaccedilatildeo multifatorial frequente
em pacientes internados na atenccedilatildeo domiciliar sendo assim eacute importante investigar as
caracteriacutesticas desses indiviacuteduos e de suas feridas para melhor planejar o cuidado de
enfermagem OBJETIVO Descrever o perfil dos pacientes com UP na Atenccedilatildeo
Domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
(NRAD-CEI) - DF METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida a partir do levantamento de dados
em 82 prontuaacuterios de pacientes acometidos por UP assistidos pelo NRAD-CEI num
periacuteodo de quatro anos entre maio de 2009 a abril de 2013 RESULTADOS O perfil
dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de homens idosos
acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica e Diabetes Mellitus com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e
com presenccedila de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados O NRAD-CEI foi resolutivo na cicatrizaccedilatildeo ou melhora de
quase 60 das UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe de enfermagem a cada
paciente por mecircs CONCLUSAtildeO O aparecimento de UPs esteve relacionado com a
condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e com sua capacidade funcional comprometida Destacou-
se neste contexto de Atenccedilatildeo Domiciliar o protagonismo do enfermeiro no que tange ao
tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia nos
cuidadosao paciente portador de lesotildees a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Descritores Uacutelcera por Pressatildeo Assistecircncia Domiciliar Enfermagem
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
ldquoO senhor natildeo daria banho em um leproso nem por
um milhatildeo de doacutelares Nem eu Somente por amor
se pode dar banho em um leproso
Eu vejo Deus em cada ser humano Quando limpo
as feridas do leproso sinto que estou cuidando do
proacuteprio Senhor Natildeo eacute uma experiecircncia
maravilhosardquo
Madre Teresa de Calcutaacute
LOBATO L Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar 60p 2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) ndash Universidade de
Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Brasiacutelia 2014
RESUMO
INTRODUCcedilAtildeO A uacutelcera por pressatildeo (UP) eacute uma complicaccedilatildeo multifatorial frequente
em pacientes internados na atenccedilatildeo domiciliar sendo assim eacute importante investigar as
caracteriacutesticas desses indiviacuteduos e de suas feridas para melhor planejar o cuidado de
enfermagem OBJETIVO Descrever o perfil dos pacientes com UP na Atenccedilatildeo
Domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
(NRAD-CEI) - DF METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida a partir do levantamento de dados
em 82 prontuaacuterios de pacientes acometidos por UP assistidos pelo NRAD-CEI num
periacuteodo de quatro anos entre maio de 2009 a abril de 2013 RESULTADOS O perfil
dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de homens idosos
acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica e Diabetes Mellitus com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e
com presenccedila de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados O NRAD-CEI foi resolutivo na cicatrizaccedilatildeo ou melhora de
quase 60 das UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe de enfermagem a cada
paciente por mecircs CONCLUSAtildeO O aparecimento de UPs esteve relacionado com a
condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e com sua capacidade funcional comprometida Destacou-
se neste contexto de Atenccedilatildeo Domiciliar o protagonismo do enfermeiro no que tange ao
tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia nos
cuidadosao paciente portador de lesotildees a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Descritores Uacutelcera por Pressatildeo Assistecircncia Domiciliar Enfermagem
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
LOBATO L Uacutelceras por pressatildeo em pacientes da atenccedilatildeo domiciliar 60p 2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo em Enfermagem) ndash Universidade de
Brasiacutelia Faculdade de Ceilacircndia Brasiacutelia 2014
RESUMO
INTRODUCcedilAtildeO A uacutelcera por pressatildeo (UP) eacute uma complicaccedilatildeo multifatorial frequente
em pacientes internados na atenccedilatildeo domiciliar sendo assim eacute importante investigar as
caracteriacutesticas desses indiviacuteduos e de suas feridas para melhor planejar o cuidado de
enfermagem OBJETIVO Descrever o perfil dos pacientes com UP na Atenccedilatildeo
Domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
(NRAD-CEI) - DF METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
descritiva de abordagem quantitativa desenvolvida a partir do levantamento de dados
em 82 prontuaacuterios de pacientes acometidos por UP assistidos pelo NRAD-CEI num
periacuteodo de quatro anos entre maio de 2009 a abril de 2013 RESULTADOS O perfil
dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de homens idosos
acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica e Diabetes Mellitus com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e
com presenccedila de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados O NRAD-CEI foi resolutivo na cicatrizaccedilatildeo ou melhora de
quase 60 das UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe de enfermagem a cada
paciente por mecircs CONCLUSAtildeO O aparecimento de UPs esteve relacionado com a
condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e com sua capacidade funcional comprometida Destacou-
se neste contexto de Atenccedilatildeo Domiciliar o protagonismo do enfermeiro no que tange ao
tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia nos
cuidadosao paciente portador de lesotildees a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Descritores Uacutelcera por Pressatildeo Assistecircncia Domiciliar Enfermagem
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
LOBATO L Pressure ulcers in home care patients 60p 2014 Completion of
course work (Nursing Course) ndash University of Brasilia Faculty of Ceilacircndia Brasilia
2014
ABSTRACT
INTRODUCTION Pressure ulcers (UP) is a common multifactorial complication in
patients admitted to home careso it is important to investigate the characteristics of
these individuals and their wounds better plan for nursing care OBJECTIVE To
describe the profile of patients with UP in Home Care assisted by the Regional Center
for Home Care Ceilacircndia (NRAD-CEI) -Federal District METHODS The study is a
retrospective cross-sectional descriptive quantitative research approach developed from
survey data in medical records of 82 patients affected by UP assisted by NRAD-CEI in
a period of four years from May 2009 to April 2013 RESULTS Profile of patients with
UPs in Home Care is predominantly bedridden elderly men with neurological diagnosis
and or cancer carriers of Hypertension and Diabetes Mellitus with an average length
of stay of a year and with the presence of one to three pressure sores in sacral
trochanteric and calcaneal in varying degrees The NRAD-CEI was resolute in healing
or improvement of almost 60 of patients with UPs with the average of 221 visits the
nursing staff to each patient per month CONCLUSION The appearance of UPs was
related to the clinical condition of the patient and their compromised functional
capacity He excelled in this context the role of Home Care nurses regarding the
treatment and prevention of UPs and the effective insertion of the caregiver and the
family in the care of patients with UPs from health education
Keywords Pressure Ulcer Home Nursing Nursing
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndashDF segundo a quantidade de uacutelceras por
pressatildeo por usuaacuterio maio de 2009 a abril de 2013 28
Tabela 2 Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 29
Tabela 3 Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 30
Tabela 4 Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 31
Tabela 5 Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos
pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 32
Figura 2 Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 32
Figura 3 Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 33
Figura 4 Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF
maio de 2009 a abril de 2013 34
Figura 5 Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013 35
Figura 6 Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem
(VDE) aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013 36
Figura 7 Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por
paciente com uacutelcera por pressatildeo usuaacuterio do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria
AVC Acidente Vascular Cerebral
AVD Atividades de Vida Diaacuteria
CA Cacircncer
CEI Ceilacircndia
CFM Conselho Federal de Medicina
CIPNSP Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP
COFEn Conselho Federal de Enfermagem
DF Distrito Federal
DM Diabetes Mellitus
DP Desvio Padratildeo
DPOC Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica
EMAD Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar
EMAP Equipes Multidisciplinar de Apoio
FCe Faculdade de Ceilacircndia
Fiocruz Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz
HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica
HRC Hospital Regional de Ceilacircndia
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
Maacutex Maacuteximo
Miacuten Miacutenimo
MS Ministeacuterio da Sauacutede
MSc Mestre
NRAD Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar
OMS Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede
PID Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
PNH Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
8 REFEREcircNCIAS
ALVES N DEANA NF O accediluacutecar refinado no tratamento da infecccedilatildeo por
pseudomonas sp em uacutelcera por pressatildeo Rev enferm UERJ Rio de Janeiro v 17 n
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
PNSP Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente
POD Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
Prof Professor
SAD Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar
SAMU Serviccedilo de Atendimento Moacutevel de Urgecircncia
SES-DF Secretaria de Estado de Sauacutede do Distrito Federal
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
UnB Universidade de Brasiacutelia
UPs Uacutelceras por pressatildeo
VDE Visitas Domiciliares de Enfermagem
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 15
2 OBJETIVOS 19
21 Geral 19
22 Especiacuteficos 19
3 REVISAtildeO DE LITERATURA 20
31 Uacutelcera por pressatildeo 20
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar22
4 METODOLOGIA 25
5 RESULTADOS 27
6 DISCUSSAtildeO 37
7 CONCLUSAtildeO 46
8 REFEREcircNCIAS 48
ANEXO
APEcircNDICES
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
1 INTRODUCcedilAtildeO
As uacutelceras por pressatildeo (UPs) satildeo lesotildees de uma aacuterea localizada na pele e dos
tecidos subjacentes causadas por pressatildeo tensatildeo tangencial fricccedilatildeo eou uma
combinaccedilatildeo destes fatores As UPs tambeacutem estatildeo associadas a outros fatores
contribuintes cujo papel ainda natildeo se encontra totalmente esclarecidos no
acometimento (EPUAP 2011) As UPs custam e afetam milhotildees de pacientes nos
domiciacutelios nos centros de sauacutede e nas instituiccedilotildees hospitalares (LOURO et al 2007)A
Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) utiliza a prevalecircncia e incidecircncia das UPs como
indicadores para determinar a qualidade dos cuidados prestados (SOARES et al 2011)
Alguns dados recentes descrevem a epidemiologia das UPs entre os encontrados
estaacute um estudo realizado nas unidades de cliacutenica meacutedica e ciruacutergica em um hospital
puacuteblico de Uberaba-MG que aponta um grupo com idade meacutedia acima de 50 anos
sendo que natildeo houve diferenccedila significativa entre sexo masculino e feminino
predominando em pacientes de cor branca (SILVIA et al 2011) Haacute afirmaccedilotildees que a
pele negra tem maior resistecircncia agrave agressatildeo externa causada pela umidade e fricccedilatildeo
somado agrave dificuldade em identificar lesotildees de grau I em indiviacuteduos negros (MORO et
al 2007) Uma pesquisa realizada em Unidade de Terapia Intensiva Cliacutenicas Meacutedica e
Ciruacutergica de um hospital em Joatildeo Pessoa-PB demonstrou que as UPs tiveram
prevalecircncia de 71 no sexo feminino 428 em pacientes com idade acima de 59 anos
e 40 com doenccedilas crocircnicas degenerativas (ARAUacuteJO et al 2010)
Outro estudo realizado sobre assistecircncia domiciliar em Fortaleza-CE apresentou
a ocorrecircncia de UPs com predominacircncia de 692 em pacientes do sexo feminino e
68 em idosos acima de 80 anos de idade As principais comorbidades predisponentes
ao aparecimento de UPs foram a doenccedila de Alzheimer em 33 dos pacientes e sequelas
de Acidente Vascular Cerebral em 263 dos pacientes sendo que do total 263 eram
hipertensos e 119 eram diabeacuteticos fatores que prejudicam o processo cicatricial da
ferida (COEcircLHO et al 2012) Haacute tambeacutem pesquisas que obtiveram como resultado
incidecircncia maior no sexo masculino 882 em Unidade de Urgecircncia e Emergecircncia do
estado do Paraacute e confirmando prevalecircncia elevada de 588 em idosos acima de 60
anos (SOARES et al 2011)
Entre os principais fatores de risco associados ao aparecimento de UPs estatildeo
fatores bioloacutegicos como idade avanccedilada nutriccedilatildeo desequilibrada hiporexia anorexia
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
8 REFEREcircNCIAS
ALVES N DEANA NF O accediluacutecar refinado no tratamento da infecccedilatildeo por
pseudomonas sp em uacutelcera por pressatildeo Rev enferm UERJ Rio de Janeiro v 17 n
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
16
processos infecciosos diversas patologias integridade da pele prejudicada (umidade
excessiva ou ressecamento extremo) incontinecircncia urinaacuteria e fecal e fatores fiacutesicos e
mecacircnicos como atritos abrasotildees traumasimobilidade falta da mudanccedila de decuacutebito
etc Similarmente ao paciente que tem diminuiccedilatildeo do niacutevel de consciecircncia o paciente
imoacutevel tambeacutem natildeo alivia a pressatildeo nas regiotildees de proeminecircncias oacutesseas mantendo
assim os fatores de intensidade e duraccedilatildeo da pressatildeo como a maior causa do
desenvolvimento da lesatildeo (MORO et al 2007STUDART et al 2011)
Soares et al (2011) afirmam que as lesotildees por pressatildeo representam uma das
principais complicaccedilotildees que acometem pacientes criacuteticos institucionalizados devido agrave
exposiccedilatildeo aos fatores predisponentes para UPs e devido a ocorrecircncia de procedimentos
ciruacutergicos de longa duraccedilatildeo
Segundo a OMS cerca de 95 das UPs satildeo evitaacuteveis por isso eacute imprescindiacutevel
que sejam utilizados todos os meios disponiacuteveis para realizar uma prevenccedilatildeo eficaz
aleacutem do tratamento das UPs jaacute estabelecidas (SOARES et al 2011) As orientaccedilotildees
relacionadas aos cuidados e prevenccedilatildeo de UPs satildeo essenciais para o bom prognoacutestico do
paciente acometido por UPs Entre as principais orientaccedilotildees para esses pacientes estatildeo
mudanccedila de decuacutebito a cada duas horas manter lenccediloacuteis secos e esticados colchotildees
articulados nutriccedilatildeo adequada hidrataccedilatildeo da pele entre outros (LOURO et al 2007)
No acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar poucos estudos cientiacuteficos relatam a
frequecircncia de uacutelceras por pressatildeo entre os pacientes talvez isso se deva ao fato de
atenccedilatildeo domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede(SUS) ser uma modalidade recente
Mesmo apoacutes a publicaccedilatildeo da portaria que instituiu a atenccedilatildeo domiciliar muitos lugares
no Brasil ainda demoraram a implementaacute-la por questotildees de organizaccedilatildeo de espaccedilo
fiacutesico formaccedilatildeo de equipes e disponibilizaccedilatildeo de recursos aleacutem disso soma-se o fato de
que muitas cidades brasileiras ainda natildeo tenham implementado essa modalidade de
atenccedilatildeo por essas e outras dificuldades proacuteprias (SILVA et al 2005) Gargano et al
(2004) aponta que 65 dos pacientes de um programa de atenccedilatildeo domiciliar no sul do
Brasil apresentaram como motivo de internaccedilatildeo a presenccedila de infecccedilotildees cutacircneas
Bendo et al (2005) descrevem as UPs como diagnoacutestico principal em 17 dos
pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de Cascavel (MG) Outro estudo mais
recente aponta que entre um grupo de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar no municiacutepio de
Ribeiratildeo Preto (SP) 191 apresentavam uacutelcera por pressatildeo (CHAYAMITI CALIRI
2010) Atraveacutes das evidecircncias destes estudos fica claro tambeacutem que as UPs tecircm
prevalecircncia maior em idosos por conta da proacutepria natureza dessa faixa etaacuteria que estaacute
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
17
associada ao aparecimento de doenccedilas crocircnicas que muitas vezes ocasionam a reduccedilatildeo
da mobilidade fiacutesica favorecendo o aparecimento das UPs Quanto agrave ocupaccedilatildeo alguns
estudos demonstram frequecircncia acima de 90 em aposentados ou pensionistas Aleacutem
disso ficouevidenciado ainda nestes estudos a frequecircncia maior de UPs no sexo
feminino Ressalta-se que aspectos relativos agrave estrutura familiar e aquela proporcionada
pelos serviccedilos de atenccedilatildeo domiciliar devem ser investigados com maior atenccedilatildeo para
que melhor se compreenda o problema (GARGANO et al 2004 BENDO et al 2005
CHAYAMITI CALIRI 2010 COEcircLHO et al 2012)
A internaccedilatildeo domiciliar eacute uma modalidade de atenccedilatildeo implantada pelo SUS que
visa atender pacientes crocircnicos em estado grave estaacutevel eou em cuidados paliativos
Um dos seus principais focos eacute a desospitalizaccedilatildeo e a humanizaccedilatildeo do cuidado No
Distrito Federal o projeto de implantaccedilatildeo do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar soacute foi
publicado em 2008 baseado nas diretrizes operacionais doPlano Diretor de
Regionalizaccedilatildeo da Assistecircncia do Distrito Federal2005 nos Pactos pela Vida em
Defesa do SUS e de Gestatildeo2006 do CITCONASS na PoliacuteticaNacional de
Humanizaccedilatildeo e na Portaria ndeg 25292006 do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2004
2005 2006a 2006b 2008)
Nesse sentido enfatiza-se o cuidado com a UP que deve ser realizado por uma
equipe multiprofissional Os principais profissionais que devem compor a equipe
multiprofissional no acircmbito da Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo o enfermeiro o teacutecnico de
enfermagem o assistente social o odontologista o meacutedico o nutricionista o psicoacutelogo
o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional Eacute importante ressaltar que aleacutem da situaccedilatildeo
cliacutenica comprometida e da dependecircncia para realizar as atividades diaacuterias um dos
principais criteacuterios para admissatildeo no programa eacute a existecircncia de um cuidador que fique
responsaacutevel pelo paciente no ambiente domiciliar esse cuidador pode ser simplesmente
algueacutem da famiacutelia ou uma pessoa que tenha feito um curso de capacitaccedilatildeo para
cuidador A participaccedilatildeo da famiacutelia no cuidado eacute fundamental pois este programa natildeo
funciona como um Home Care A assistecircncia eacute prestada apenas na forma de visitas
domiciliares durante a semana e por acompanhamento telefocircnico sendo assim a equipe
multiprofissional habilita a famiacuteliacuidador a prestar os cuidados necessaacuterios de acordo
com os seus conhecimentos teacutecnicos e suas capacidades (BRASIL 2008 2012b)
Chama-se atenccedilatildeo para cuidado domiciliar com vistas a ser desenvolvido nestes
pacientes O cuidado domiciliar tem se mostrado efetivo na resposta agraves demandas de
indiviacuteduos dependentes para Atividades de Vida Diaacuteria (AVD) oferecendo aleacutem da
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
8 REFEREcircNCIAS
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
18
estabilidade cliacutenica pelos cuidados de sauacutede no domiciacutelio a dignidade e conforto
preconizados pela Poliacutetica Nacional de Humanizaccedilatildeo (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede ndash
MS (BRASIL 2004 2012b)
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
2 OBJETIVOS
21 OBJETIVO GERAL
Descrever o perfil dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar
assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF
22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Identificar o percentil de ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo em pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar na cidade de Ceilacircndia (DF) no periacuteodo avaliado
Descrever caracteriacutesticas cliacutenico-demograacuteficas dos pacientes com uacutelceras por
pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
Caracterizar o perfil das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes estudados na Atenccedilatildeo
Domiciliar
Verificar o tempo de internaccedilatildeo dos pacientes com uacutelceras por pressatildeo na
Atenccedilatildeo Domiciliar
Identificar a resolutividade do tratamento referente agraves uacutelceras por pressatildeo no
acircmbito domiciliar
Verificar a quantidade de visitas domiciliares de enfermagem aos pacientes
acometidos por uacutelceras por pressatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
3 REVISAtildeO DE LITERATURA
31 Uacutelcera por pressatildeo
A UP eacute uma complicaccedilatildeo frequente em pacientes internados tanto na atenccedilatildeo
hospitalar como domiciliar Pacientes acometidos por morbidades que levam agrave
imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como idade avanccedilada
desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele quadro de sauacutede
deficiente anemia possiacuteveis edemas incontinecircncia urinaacuteria por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento desse tipo de lesotildees cutacircneas ocasionadas pela fricccedilatildeo eou
pressatildeo da pele contra o leito comumente em pontos proacuteximos as proeminecircncias oacutesseas
como p ex regiatildeo trocanteacuterica sacral e calcacircneo ou em aacutereas onde o tecido adiposo
subcutacircneo eacute escasso Com isso haacute reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo perifeacuterica do sangue em aacutereas
sob pressatildeo acarretando em maacute perfusatildeo tecidual e consequentemente surgimento de
feridas (LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012)
O aparecimento de UPs eacute um problema tanto para a qualidade de vida do
paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais
provindos de recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria
famiacutelia do paciente (BRASIL 2013a)
Existe uma classificaccedilatildeo publicada pela European Pressure Ulcer Advisory
Panel (EPUAP) que auxilia o enfermeiro no estadiamento das UPs esta classificaccedilatildeo
contribui para estabelecer o perfil de ferida e possibilitaa definiccedilatildeo de uma estrateacutegia de
cuidados para tratamento evitando recorrecircncia e o aparecimento de outras feridas A
classificaccedilatildeo define o estadiamento em Grau I ndash eritema natildeo branqueaacutevel em pele
intacta a lesatildeo precursora da pele Em pacientes de pele escura o calor o edema e o
endurecimento da regiatildeo tambeacutem podem ser indicadores Grau II ndash perda parcial da
pele que envolve a epiderme a derme ou ambas Grau III ndash perda de espessura total da
pele podendo incluir lesotildees ou mesmo necrose do tecido subcutacircneo com extensatildeo ateacute
a faacutescia subjacente mas natildeo atraveacutes dessa Grau IV ndash destruiccedilatildeo extensa necrose dos
tecidos ou lesatildeo muscular eou exposiccedilatildeo oacutessea ou das estruturas de apoio Grau ldquonatildeo
estadiaacutevelrdquo - perda tissular de espessura completa em que a base da uacutelcera estaacute coberta
por crosta (amarela marrom-claro cinza verde ou castanha) eou escara (marrom-claro
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
21
castanha ou negra) Sendo assim ateacute que a pele macerada eou necrosada seja removida
expondo a base da ferida a profundidade verdadeira e o grau natildeo podem ser
determinados (EPUAP 2011)
Atualmente existem diversos instrumentos de medidas e escalas que avaliam e
classificam o risco de pacientes desenvolverem UPs Entre os mais conhecidos e
utilizados estaacute a escala de Braden que avalia o risco de UP focalizando no cuidado agrave
pele com accedilotildees terapecircuticas preventivas e de educaccedilatildeo em sauacutede aleacutem de abordar
sobre a superfiacutecie de suporte e aliacutevio de carga mecacircnica A escala de Braden jaacute foi
testada e validada em diversos paiacuteses e eacute considerada de grande confiabilidade aleacutem de
possuir faacutecil utilizaccedilatildeo e vasta aceitaccedilatildeo tanto pelos enfermeiros como pelos proacuteprios
pacientes No entanto eacute importante ressaltar que haacute outras escalas bastante conhecidas
como p ex a escala de Norton a escala de Gosnell e a escala de Waterlow (ARAUacuteJO
et al 2010 COEcircLHO et al 2012)
Coecirclho et al (2012 p41) explica ainda de maneira bastante clara como estaacute
estruturada e organizada a escala de Braden e quais fatores satildeo avaliados em cada item
Sua organizaccedilatildeo baseia-se na fisiopatogenia da UP Assim eacute composta por
seis subescalas as quais avaliam a percepccedilatildeo sensorial a umidade da pele a
atividade a mobilidade o estado nutricional a fricccedilatildeo e o cisalhamento Das
seis subescalas trecircs medem determinantes cliacutenicos de exposiccedilatildeo para pressatildeo
prolongada e intensa (percepccedilatildeo sensorial atividade e mobilidade) e trecircs
mensuram a toleracircncia do tecido agrave pressatildeo (umidade nutriccedilatildeo fricccedilatildeo e
cisalhamento) Cada subescala eacute acompanhada de um tiacutetulo e cada niacutevel de
um conceito descritor-chave aleacutem de uma ou duas frases descrevendo ou
qualificando os atributos a serem avaliados
Arauacutejo et al (2010) referem que a escala de Braden pode variar de 4 a 23
pontos Escores abaixo de 11 pontos indicam alto risco para desenvolver UPs
pontuaccedilatildeo entre 11 e 16 aponta risco moderado e igual ou superior a 16 pontos eacute
considerado como pequeno risco para o aparecimento de UPs
Na Europa e Aacutesia encontram-se mais de 40 protocolos relacionados agrave prevenccedilatildeo
e ao tratamento de feridas e UPs (ARAUacuteJO et al 2011) No entanto ateacute recentemente
dentro do contexto de sauacutede brasileira ainda natildeo havia uma padronizaccedilatildeo da atenccedilatildeo ou
mesmo um protocolo oficial rotina de trabalho etc que auxiliasse a atuaccedilatildeo do
enfermeiro diante do surgimento de feridas e prevenccedilatildeo de uacutelceras por pressatildeo o que
pode levar o mesmo algumas vezes a uma avaliaccedilatildeo subjetiva e focada somente na
cicatrizaccedilatildeo da ferida mas sem uma fundamentaccedilatildeo profilaacutetica adequada para cada caso
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
22
(ROGENSKI SANTOS 2005) A partir dessa e outras necessidades quanto agrave seguranccedila
do paciente o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou a portaria nordm 529 de 1ordm de abril de 2013 que
institui o Programa Nacional de Seguranccedila do Paciente ndash PNSP Nesta portaria ficou
instituiacutedo um Comitecirc de Implementaccedilatildeo do PNSP (CIPNSP) ao qual foi designado
promover accedilotildees que visem agrave melhoria da seguranccedila do cuidado em sauacutede por meio da
elaboraccedilatildeo consensual e validaccedilatildeo de protocolos em sauacutede entre os diversos membros
que participam do CIPNSP entre eles CFM COFEN ANVISA e Fiocruz (BRASIL
2013b) Alguns meses depois foi lanccedilado pelo Ministeacuterio da Sauacutede o Protocolo para
Prevenccedilatildeo de Uacutelcera por Pressatildeo (BRASIL 2013a) de acordo com a Portaria nordm 1377
de 9 de julho de 2013 que aprovou esse e outros protocolos de seguranccedila do paciente
(BRASIL 2013c)
32 Poliacuteticas para assistecircncia domiciliar
O Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID) eacute uma modalidade de internaccedilatildeo
extra-hospitalar que assiste a pacientes que necessitam de cuidados especiais de sauacutede
mas que podem permanecer internados em seu domiciacutelio O PID objetiva a
desospitalizaccedilatildeo humanizada eficaz e de qualidade com foco nas atividades de
promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo agrave sauacutede representando uma estrateacutegia na reversatildeo do atual
modelo hospitalocecircntrico (BRASIL 2008 MARTELLI et al 2011)
A melhor utilizaccedilatildeo do siacutetio hospitalar eacute um desafio para os atuais sistemas de
sauacutede com a otimizaccedilatildeo de recursos hospitalares e reduccedilatildeo de internaccedilotildees evitaacuteveis Em
resposta a esta demanda houve um ato na consolidaccedilatildeo da atual Poliacutetica de Atenccedilatildeo
Domiciliar com o lanccedilamento da Portaria 2527 de 27 de Outubro de 2011 que
regularizou o Programa Melhor em Casa e definiu a Atenccedilatildeo Domiciliar como nova
modalidade de atenccedilatildeo agrave sauacutede substitutiva ou complementar agraves jaacute existentes
caracterizada por um conjunto de accedilotildees de promoccedilatildeo agrave sauacutede prevenccedilatildeo e tratamento
de doenccedilas e reabilitaccedilatildeo prestadas em domiciacutelio com garantia de continuidade de
cuidados e integrada agraves redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede (BRASIL 2011 2012b)
Os NRADrsquos satildeo Nuacutecleos Regionais de Atenccedilatildeo Domiciliar que nasceram no DF
a partir da necessidade de se implantar o PID eles estatildeo vinculados agraves Regionais de
Sauacutede das cidades sateacutelites conforme a organizaccedilatildeo feita pela Secretaria de Estado de
Sauacutede do Distrito Federal (SES-DF) O DF eacute composto por 15 Nuacutecleos Regionais de
Atenccedilatildeo Domiciliar e um deles eacute o NRAD - Ceilacircndia (NRAD-CEI) cujo atendimento
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
23
abrange uma populaccedilatildeo de 402729 mil habitantes na referida cidade segundo dados do
censo de 2010 do IBGE De acordo com a Portaria nordm 25272011 que redefine a atenccedilatildeo
domiciliar no acircmbito do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) o ideal seria que cada Equipe
Multidisciplinar de Atenccedilatildeo Domiciliar (EMAD) atenda apenas um grupo populacional
de 100 mil habitantes As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes
Multidisciplinar de Apoio (EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede
na atenccedilatildeo domiciliar A Portaria nordm 15332012 altera e acrescenta alguns pontos agrave
Portaria nordm 25272011 estabelecendo que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil habitantes
o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio poderaacute
constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes Esta
portaria estabelece ainda que satildeo requisitos miacutenimos para a instalaccedilatildeo do Serviccedilo de
Atenccedilatildeo Domiciliar (SAD) que o municiacutepio apresente populaccedilatildeo igual ou superior a 40
mil habitantes possua cobertura do SAMU ou de algum outro tipo de serviccedilo moacutevel de
urgecircncia e possua um hospital referecircncia na sua aacuterea de abrangecircncia (BRASIL 2008
2011 2012a IBGE 2010)
A transiccedilatildeo epidemioloacutegica e demograacutefica tem causado grande impacto social
com repercussatildeo em diversas aacutereas como economia habitaccedilatildeo previdecircncia e sauacutede
Tais mudanccedilas exigem uma reengenharia multidimensional Particularmente na sauacutede eacute
preciso empreender e fortalecer poliacuteticas puacuteblicas que viabilizem os princiacutepios e
diretrizes do SUS Neste cenaacuterio a Atenccedilatildeo Domiciliar tem se consolidado na reversatildeo
do atual modelo de sauacutede centrado nos hospitais para uma modalidade de accedilotildees
desenvolvidas no domiciacutelio por uma equipe multiprofissional a partir do diagnoacutestico da
realidade em que o paciente estaacute inserido considerando seus potenciais e limitaccedilotildees A
Atenccedilatildeo Domiciliar visa agrave promoccedilatildeo da sauacutede ao paciente minimizando ou controlando
as sequelas de condiccedilotildees crocircnicas de maneira a favorecer o restabelecimento de sua
independecircncia e a preservaccedilatildeo de sua autonomia (BRASIL 2008 MENDES 2011
MENDES 2012)
Diante do exposto sobre a atenccedilatildeo domiciliar e da mudanccedila na piracircmide etaacuteria
do Brasil nos uacuteltimos anos considera-se que o aumento da populaccedilatildeo idosa e
consequentemente a elevaccedilatildeo no nuacutemero de casos de doenccedilas crocircnicas tornam as accedilotildees
desenvolvidas pelas equipes multiprofissionais do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar
(PID) e do Programa de Oxigenoterapia Domiciliar (POD) como ferramentas essenciais
para impulsionar o Programa Melhor em Casa e fortalecer a Poliacutetica Nacional de
Humanizaccedilatildeo aleacutem de contribuir consideravelmente na reduccedilatildeo dos custos hospitalares
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
24
e na disponibilizaccedilatildeo de leitos em hospitais puacuteblicos para pacientes em estado instaacutevel
que necessitam de monitoramento contiacutenuo Os NRADrsquos vecircm proporcionando entre
outras coisas uma seacuterie de cuidados paliativos aos pacientes do SUS que podem
permanecer internados em domiciacutelio e que satildeo portadores de doenccedilas crocircnicas graves
estaacuteveis tais como Doenccedila Pulmonar Obstrutiva Crocircnica (DPOC) sequela de Acidente
Vascular Cerebral (AVC) cacircncer (CA) e diversos distuacuterbios crocircnicos degenerativos
agravos estes que podem acabar contribuindo para o aparecimento das uacutelceras por
pressatildeo como uma complicaccedilatildeo (BRASIL 2004 2012b)
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
8 REFEREcircNCIAS
ALVES N DEANA NF O accediluacutecar refinado no tratamento da infecccedilatildeo por
pseudomonas sp em uacutelcera por pressatildeo Rev enferm UERJ Rio de Janeiro v 17 n
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
4 METODOLOGIA
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva de abordagem quantitativa
desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes acometidos
por uacutelceras por pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de
Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2013
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada
ldquoMelhor em Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do
programa de internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por
portadores de doenccedilas crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade
de Ceilacircndia e foi autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede
do Governo do Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 (Anexo)
Enfatiza-se que foi respeitado os princiacutepios da Resoluccedilatildeo nordm4662012 no que se refere a
pesquisas com seres humanos (BRASIL 2012) Destaca-se que coordenador do projeto
e a chefia do NRAD-CEI autorizaram a utilizaccedilatildeo dos dados mediante termo de
consentimento livre e esclarecido (Apecircndice A) visto que o autor desta pesquisa foi
bolsista deste projeto e trabalhou na coleta de dados durante o periacuteodo de abril de 2012
a abril de 2013
Foram incluiacutedos dados de prontuaacuterios de pacientes acometidos por uacutelceras por
pressatildeo assistidos pelo NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio de 2009 a abril de 2013
somando-se amostra final de 82 prontuaacuterios pesquisados Os criteacuterios de exclusatildeo foram
pacientes natildeo acometidos por uacutelceras por pressatildeo pacientes natildeo assistidos pelo NRAD-
CEI periacuteodo anterior a maio de 2009 e posterior a abril de 2013 e prontuaacuterios com
dados insuficientes ou incompletos
Entre os benefiacutecios do presente estudo estatildeo o levantamento de informaccedilotildees que
posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos cuidados
multiprofissionais e especificamente de enfermagem para pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo no ambiente domiciliar Os riscos deste estudo consistiram em expor
informaccedilotildees dos pesquisados de forma a identificar a sua identidade desta forma este
risco foi minimizado devido agrave manutenccedilatildeo de sigilo com substituiccedilatildeo de nomes e natildeo
divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees que possam remeter a sua identificaccedilatildeo
A anaacutelise de dados se deu a partir do levantamento de dados consultados em
prontuaacuterios dos pacientes com instrumento de coleta (Apecircndice B) apoacutes realizada
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
26
tabulaccedilatildeo dos dados organizados eletronicamente por meio da criaccedilatildeo de planilhas em
arquivo do software de Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versatildeo 210
Foi realizada uma anaacutelise exploratoacuteria dos dados (descritiva) as variaacuteveis numeacutericas
foram exploradas pelas medidas descritivas de centralidade (meacutedia) e de dispersatildeo
(miacutenimo maacuteximo e desvio padratildeo) e as variaacuteveis categoacutericas foram exploradas por
frequecircncias simples absolutas e percentuais A apresentaccedilatildeo dos dados foi organizada
por meio graacuteficos e tabelas
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
5 RESULTADOS
Foram avaliados na pesquisa os prontuaacuterios de 313 pacientes no entanto
somente 82 apresentaram registros de ocorrecircncia de UPs o que equivale ao
acometimento de 262 dos pacientes atendidos no NRAD-CEI entre o periacuteodo de maio
de 2009 a abril de 2013
Dos 82 pacientes avaliados a idade meacutedia foi de 722 anos (DP=plusmn184 anos
Miacuten=10 anos Maacutex=98 anos) A maioria dos prontuaacuterios revisados demonstra que
827 da amostra satildeo idosos com faixa etaacuteria acima de 60 anos de idade Dentre os
pacientes identificados a tabela 1 demonstra que a maior representatividade foi 329
dos pacientes entre 80-89 anos 292 de 70-79 anose a menor foi de 48 entre 50-59
anos
Quanto agrave variaacutevel sexo percebe-se uma frequecircncia proacutexima entre os
sexos525masculino e475 feminino No entanto relacionando-se a variaacutevel sexo
com a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por paciente nota-se que os usuaacuterios do sexo
masculino com duas trecircs quatro cinco ou mais UPs apresentaram de discreta a elevada
predominacircncia em niacutevel crescente (563 579 629 e 667 respectivamente)
quando comparados agraves usuaacuterias do sexo feminino As pacientes do sexo feminino
apresentaram valores superiores aos homens (63) apenas quando se trata de
pacientesacometidos por apenas uma uacutenica UP (Tabela 1)
Dentre os pacientes atendidos na atenccedilatildeo domiciliar identificou-se que 952
dos usuaacuterios com UPs fazem parte do Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar (PID)
enquanto apenas 48 estatildeo vinculados ao Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
(POD)
No que se refere agrave situaccedilatildeo dos pacientes atendidos pelo NRAD entre os anos de
2009 a 2013 a maioria 658 dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito 245
permaneceu internado na atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia e apenas 97 receberam alta
da equipe do PID ou POD
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
28
Tabela 1- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF segundo a quantidade de uacutelceras por pressatildeo por usuaacuterio
maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS NUacuteMERO DE UacuteLCERAS POR PRESSAtildeO
1 UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
n n n n n n
27 329 16 195 19 231 8 97 12 146 82 100
FAIXA ETAacuteRIA
10- 49 anos 2 74 1 63 2 105 1 125 4 333 10 121
50-59 anos 1 37 1 63 2 105 - - - - 4 48
60-69 anos 3 111 1 63 3 158 2 25 1 83 10 121
70-79 anos 11 407 5 313 2 105 4 50 2 167 24 292
80-89 anos 7 259 6 375 9 474 1 125 4 333 27 329
ge 90 anos 3 111 2 125 1 53 - - 1 83 7 85
SEXO
Masculino 10 37 9 563 11 579 5 625 8 667 43 525
Feminino 17 63 7 437 8 421 3 375 4 333 39 475
PROGRAMA
PID 24 888 15 938 19 100 8 100 12 100 78 952
POD 3 112 1 62 - - - - - - 4 48
EVOLUCcedilAtildeO
Internado 7 259 4 25 5 263 2 25 2 167 20 245
Alta 2 74 2 125 1 53 2 25 1 83 8 97
Oacutebito 18 667 10 625 13 684 4 50 9 75 54 658
Uacutelcera por pressatildeo Programa de Internaccedilatildeo Domiciliar Programa de Oxigenoterapia Domiciliar
A pesquisa identificou que a quantidade meacutedia de UPs na admissatildeo do paciente
eacute de aproximadamente duas lesotildees e a quantidade total de UPs no decorrer da internaccedilatildeo
eacute em meacutedia 25 UPs por paciente No que tange agrave quantidade de UPs por paciente a
maior representatividade foi dos pacientes com apenas uma lesatildeo (329) e o menor
percentual (97) foi referente aos pacientes com quatro lesotildees simultacircneas
Outra variaacutevel interessante eacute sobre o tempo de permanecircncia dos pacientes nos
programas de internaccedilatildeo do NRAD-Ceilacircndia sendo o tempo meacutedio de 3877 dias o
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
8 REFEREcircNCIAS
ALVES N DEANA NF O accediluacutecar refinado no tratamento da infecccedilatildeo por
pseudomonas sp em uacutelcera por pressatildeo Rev enferm UERJ Rio de Janeiro v 17 n
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
29
que equivale a pouco mais de 1 ano de internaccedilatildeo por paciente com miacutenimo de 4 dias e
maacuteximo de 1520 dias equivalente a pouco mais de 4 anos (Tabela 2)
Tabela 2- Caracterizaccedilatildeo do perfil dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
VARIAacuteVEIS MEacuteDIA DP MIacuteNIMO MAacuteXIMO
Idade 722 184 10 98
Tempo de permanecircncia do
paciente no NRAD (dias) 3877 3961 4 1520
Quantidade de UPs na admissatildeo 21 16 0 7
Quantidade de UPs por paciente 25 15 1 7
Desvio Padratildeo
De acordo com a tabela 3 percebe-se que 804 dos pacientes possuem como
diagnoacutestico principal algum tipo de agravo em sauacutede relacionado ao sistema
neuroloacutegico Outros 17 possuem algum diagnoacutestico oncoloacutegico (CA hepaacutetico
prostaacutetico uterino bexiga metaacutestase oacutessea entre outros) apenas 13 com agravo
respiratoacuterio e 13 com agravo osteomuscular
Considerando os 804 de pacientes com algum agravo neuroloacutegico os
principais diagnoacutesticos encontrados foram sequela AVC (658) Dentre estes 561
com AVC como diagnoacutestico uacutenico e os demais pacientes que representam 97
possuiacuteam sequela de AVC associada a outras doenccedilas entre elas Parkinson Alzheimer
e Encefalopatia anoacutexica Ainda dentro do rol de outros problemas neuroloacutegicos (146)
tambeacutem foi possiacutevel encontrar Siacutendrome de Rasmussen Siacutendrome de Devic Demecircncia
Senil Esclerose Muacuteltipla Paralisia Cerebral Lesatildeo Espinomedular (Tetraplegia) e
Alzheimer (Tabela 3)
Como diagnoacutestico secundaacuterio 39 dos pacientes tambeacutem eram acometidos com
HAS e 232 com DM Sendo que destes 134 apresentaram HAS e DM
simultaneamente Outros pacientes apresentaram ainda desnutriccedilatildeo crocircnica e fratura do
fecircmur 61 cada (Tabela 3)
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
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almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
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Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
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dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
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por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
30
Tabela 3-Caracterizaccedilatildeo do perfil cliacutenicodos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
DIAGNOacuteSTICO PRINCIPAL n
Agravos Neuroloacutegicos 66 804
Agravos Neoplaacutesicos 14 17
Agravos Respiratoacuterios 1 13
Agravos Osteomusculares 1 13
COMORBIDADES n
Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) 32 39
Diabetes Mellitus(DM) tipo I ou II 19 232
Desnutriccedilatildeo Crocircnica 5 61
Fratura de fecircmur 5 61
DPOC 3 36
Outros agravos 18 22
Dos agravos neuroloacutegicos 658 eram sequelas de AVC Destes 134 apresentavam diagnoacutestico
de DM e HAS concomitantemente
Em uma visatildeo geral diante dos dados da tabela 4 nota-se que a assistecircncia de
enfermagem no tratamento das UPs gerou resolutividade em 378 dos pacientes 22
apresentou melhora da UPs e apenas 85 apresentaram quadro de piora Referente ao
nuacutemero de UPs os pacientes que apresentaram maiores percentis de piora 25 e de
manutenccedilatildeo da UP 50 foram aqueles que possuiacuteam quantidade igual ou superior a
cinco UPs
Do total da amostra 158 apresentaram infecccedilatildeo em alguma UP durante
determinado momento do tratamento Eacute interessante perceber que quanto maior a
quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de infecccedilatildeo na ferida Identifica-
se isso em 211 dos usuaacuterios com trecircs UPs 25 com quatro UPs e 333 dos
pacientes com cinco ou mais lesotildees que apresentaram infecccedilatildeo na ferida (Tabela 4)
Apenas 6 dos clientes apresentaram em algum momento reabertura de lesotildees
jaacute anteriormente resolvidas Tambeacutem seguindo a mesma loacutegica das infecccedilotildees de feridas
nota-se que quanto maior a quantidade de UPs por paciente maiores satildeo os iacutendices de
reabertura de lesotildees isto foi possiacutevel identificar nos resultados que evidenciam que
105 dos pacientes com trecircs lesotildees 125 dos clientes com quatro lesotildees e 167
daqueles com cinco ou mais lesotildees apresentaram reabertura de UP (Tabela 4)
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
8 REFEREcircNCIAS
ALVES N DEANA NF O accediluacutecar refinado no tratamento da infecccedilatildeo por
pseudomonas sp em uacutelcera por pressatildeo Rev enferm UERJ Rio de Janeiro v 17 n
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
31
Tabela 4 - Caracteriacutesticas relacionadas agraves uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do
Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de
2013
1UP 2UP 3UP 4UP ge 5UP TOTAL
DESFECHO
DAS UPs
PACIENTE
n n n n n n
Cicatrizada 15 556 7 438 6 316 3 375 - - 31 378
Melhora 3 111 5 313 6 316 1 125 3 25 18 22
Piora 1 37 1 63 1 53 1 125 3 25 7 85
Mantida 8 296 3 188 6 316 3 375 6 50 26 317
INFECCcedilAtildeO
Sim 2 74 1 63 4 211 2 25 4 333 13 158
Natildeo 25 926 15 937 15 789 6 75 8 667 69 842
REABERTURA
Sim - - - - 2 105 1 125 2 167 5 6
Natildeo 27 100 16 100 17 895 7 875 10 833 77 94
ADMISSAtildeO
Com UP 20 741 12 75 19 100 8 100 12 100 71 865
Sem UP 7 259 4 25 - - - - - - 11 135
QUANTIDADE
UPs na
admissatildeo
1 UP 20 741 3 188 1 53 2 25 - - 26 317
2UPs - - 9 563 3 158 1 125 - - 13 158
3UPs - - - - 15 789 1 125 2 167 18 22
4UPs - - - - - - 4 50 1 83 5 6
5UPs - - - - - - - - 6 50 6 73
6UPs - - - - - - - - 2 167 2 24
7UPs - - - - - - - - 1 83 1 12
Vale ressaltar que segundo o resultado da pesquisa 865 destes pacientes
atendidos pelo NRAD jaacute foram admitidos com a presenccedila de UPs Somente 135 dos
usuaacuterios que passaram pela atenccedilatildeo domiciliar de Ceilacircndia desenvolveram UPs apoacutes a
admissatildeo em um dos programas natildeo ultrapassando a quantidade de duas UPs por
paciente Dos 865 de pacientes que jaacute foram internados em domiciacutelio com UP 317
apresentavam apenas uma UP na admissatildeo 22 com trecircs UPs e 12 com sete UPs jaacute
desde a admissatildeo conforme visualizado na figura 1
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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setembro de 2013
55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
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APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
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informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
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APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
32
Figura 1 ndash Quantidade de Uacutelceras por Pressatildeo no momento da admissatildeo dos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
Foram estudadas 212 uacutelceras por pressatildeo em 82 prontuaacuterios de pacientes
Conforme a figura 2 houve certa predominacircncia de UPs em grau II (345) seguida de
UPs em estaacutegio III (184) Ao longo da coleta de dados notou-se que em 268 das
UPs natildeo haviam estadiamento registrado no prontuaacuterio do paciente
Figura 2 ndash Estadiamento das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 3 demonstra que as localizaccedilotildees que apresentaram maiores iacutendices de
UPs foram as regiotildees trocanteacuterica 339 sacral 283 e calcacircnea 198 Eacute importante
destacar que destas 241 eram bitrocanteacutericas e 103 eram bicalcacircneas Outras
regiotildees corpoacutereas apresentaram baixas incidecircncias se comparadas agraves demais citadas
317
158
22
6
73
24 12
1 UP na admissatildeo
2 UPs na admissatildeo
3 UPs na admissatildeo
4 UPs na admissatildeo
5 UPs na admissatildeo
6 UPs na admissatildeo
7 UPs na admissatildeo
268
95
184
345
108
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Grau natildeo identificado
Grau IV
Grau III
Grau II
Grau I
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
33
anteriormente sendo 61 maleolar 28 gluacutetea 28 cotovelo 24 escapular 19
dorsal 1 haacutelux 05 orelha e 05 hemitoraacutecica As regiotildees trocanteacuterica e sacral
foram as que mais apresentaram iacutendices de infecccedilatildeo 47 e 37 respectivamente e de
reabertura de lesotildees 04 e 09 respectivamente
Figura 3 ndash Localizaccedilatildeo das uacutelceras por pressatildeo dos pacientes usuaacuterios do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A tabela 5 expotildee o tempo que cada paciente levou para ter todas as uacutelceras por
pressatildeo resolvidas apoacutes a admissatildeo na Atenccedilatildeo Domiciliar Os resultados foram
organizados em faixas de dois em dois meses Dessa forma percebe-se que 23 dos
pacientes pesquisados tiveram resoluccedilatildeo das feridas em menos de dois meses apoacutes a
admissatildeo na atenccedilatildeo domiciliar e 49 dos pacientes tiveram UPs resolvidas entre trecircs e
quatro meses Destaca-se que no periacuteodo da pesquisa 85 dos prontuaacuterios pesquisados
eram de pacientes ativos que ainda encontravam-se com o tratamento das feridas em
andamento Outro dado que chama atenccedilatildeo eacute que 475 dos pacientes natildeo tiveram o
tratamento das lesotildees finalizado devido evoluccedilatildeo a oacutebito durante o periacuteodo de
internaccedilatildeo domiciliar
Trocacircnter
339
Sacral
283
Calcacircneo
198
Maleacuteolo
61
Gluacuteteo
28
Cotovelo
28
Escaacutepula
24
Dorsal
19
Haacutelux
1
Hemitoacuterax
05
Orelha
05Outras
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
34
Tabela 5 ndash Tempo de tratamento das uacutelceras por pressatildeo por paciente do Nuacutecleo
Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 4 evidencia em porcentagem a proporccedilatildeo de visitas domiciliares
realizadas pela equipe multiprofissional aos pacientes atendidos pelo NRAD-CEI Nota-
se que a equipe de enfermagem foi a que mais realizou visitas domiciliares (43)
seguida por248 da equipe meacutedica 126 da nutriccedilatildeo 72 da fisioterapia e 58
assistecircncia social
Figura 4 ndash Porcentagem de visitas domiciliares por aacuterea profissional aos pacientes
usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a
abril de 2013
TEMPO DE TRATAMENTO DAS UPs
POR PACIENTE n
0-2 meses 19 230
3-4 meses 4 49
5-6 meses 3 37
7-8 meses 2 25
9-10 meses 2 25
11-12 meses 4 49
gt12meses 2 25
Natildeo concluiacutedo devido oacutebito 39 475
Tratamento em andamento 7 85
43
248
126
72
5835 31
Enfermagem
Medicina
Nutriccedilatildeo
Fisioterapia
Assistecircncia Social
Odondologia
Terapia Ocupacional
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
8 REFEREcircNCIAS
ALVES N DEANA NF O accediluacutecar refinado no tratamento da infecccedilatildeo por
pseudomonas sp em uacutelcera por pressatildeo Rev enferm UERJ Rio de Janeiro v 17 n
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
35
No periacuteodo que corresponde aos quatro anos pesquisados foram realizadas um
total de 1124 visitas domiciliares de enfermagem (VDE) aos pacientes acometidos por
uacutelceras por pressatildeo Ao descartar os resultados parciais de 2013 observa-se que ocorreu
um aumento no nuacutemero anual de VDE se comparado ao ano imediatamente anterior
sendo 2009 o ano com menos VDE (124) e 2012 o ano com mais VDE (330) conforme
ilustrado no graacutefico da figura 5
Figura 5 ndash Total de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) aos pacientes com
uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash
DF maio de 2009 a abril de 2013
Quanto agrave meacutedia mensal de VDE 2013 foi o ano com menor meacutedia (155 visitas)
e 2012 com maior meacutedia (275 visitas) conforme visualizado no graacutefico da figura 6
Referente a esses dados a meacutedia total do periacuteodo de quatro anos pesquisados eacute de 217
visitas de enfermagem por mecircs isso significa que no periacuteodo de um mecircs a equipe de
enfermagem realizava aproximadamente 22 visitas domiciliares A pesquisa demonstrou
que o ano de 2011 foi o que apresentou maior quantidade de VDE em um mesmo mecircs
com o total de 56 visitas da equipe de enfermagem Vale ressaltar que os dados de 2009
e 2013 satildeo parciais visto que no primeiro caso contou-se a meacutedia de oito meses a partir
da instalaccedilatildeo do NRAD-CEI no mecircs de maio de 2009 ateacute o fim do mesmo ano e no
segundo caso a meacutedia eacute de quatro meses sendo os dados obtidos de janeiro a abril de
2013
124
291
321 330
58
0
50
100
150
200
250
300
350
2009 2010 2011 2012 2013
Nuacutemero de VDE
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
36
Figura 6 -Meacutedia da quantidade mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE)
aos pacientes com uacutelceras por pressatildeo usuaacuterios do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
A figura 7 ilustra que tanto em 2009 quanto em 2010 as meacutedias de VDE por
paciente apresentaram o mesmo valor 161 visitas mensais Jaacute em 2011 e 2012 ambas
as meacutedias tambeacutem foram idecircnticas 272 visitas mensais por paciente apresentando
relativa elevaccedilatildeo se comparadas aos anos anteriores e relativa queda se comparada ao
ano subsequente com meacutedia de 241 em 2013 Neste estudo a meacutedia total de VDE por
paciente com UP entre 2009 e 2013 foi de 221 o que significa que em meacutedia cada
paciente era visitado em torno de duas vezes por mecircs
Figura 7 - Meacutedia mensal de Visitas Domiciliares de Enfermagem (VDE) por paciente
comuacutelcera por pressatildeousuaacuterio do Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia
ndash DF maio de 2009 a abril de 2013
155
242
267 275
145
0
5
10
15
20
25
30
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
161 161
272 272
241
0
05
1
15
2
25
3
2009 2010 2011 2012 2013
Meacutedia mensal de VDE
por paciente
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
6 DISCUSSAtildeO
A UP eacute um acometimento frequente na internaccedilatildeo domiciliar e atinge 26 dos
pacientes conforme estudo de Brick Smith e Linkewich (2006) Chayamiti e Caliri
(2010) e Bendo et al (2005) tambeacutem descreveram a ocorrecircncia de UPs em 191 e em
17 dos pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar no municiacutepios de Ribeiratildeo Preto - SP e de
Cascavel ndash MG respectivamente Estes valores satildeo proacuteximos ao encontrado nesta
pesquisa entre os pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia ndash DF sendo que o valor
encontrado por Brick Smith e Lindewich eacute praticamente idecircntico ao do NRAD-CEI
Os idosos satildeo mais suscetiacuteveis ao comprometimento da integridade da pele
inclusive ao aparecimento de UPs jaacute que com o avanccedilo da idade haacute reduccedilatildeo do turgor e
da elasticidade da pele alteraccedilotildees na sensibilidade taacutetil e nos mecanismos de defesa que
atuam como fatores de proteccedilatildeo Natildeo existem associaccedilotildees diretas entre idade e o
aparecimento de UPs no entanto as piores condiccedilotildees de mobilidade nutriccedilatildeo ou
oxigenaccedilatildeo estatildeo entre os muacuteltiplos fatores que contribuem para o surgimento destas
(QUEIROZ et al 2014 STUDART et al 2011)
No que tange agrave Atenccedilatildeo Domiciliar diversos estudos comprovam que a
populaccedilatildeo com idade superior a 60 anos eacute a mais prevalente entre os pacientes sendo
representada por 607 no estudo de Maroldi et al (2012) 635 em Martelli et al
(2011) e 738 em Fernandez e Casas (2012) Embora a presente pesquisa tenha
demonstrado um percentil de idosos acima de 80 anos o resultado segue proacuteximo da
linha da prevalecircncia desse tipo de puacuteblico atendidos na Atenccedilatildeo Domiciliar de outras
localidades Eacute provaacutevel que o fato da maioria de pacientes seja de idosos tenha relaccedilatildeo
com o aumento da expectativa de vida associado ao acometimento por enfermidades
crocircnicas o que os deixam mais propiacutecios a precisarem de cuidados domiciliares
Ainda com relaccedilatildeo agrave idade as pesquisas apontam meacutedias entre 64 a 683 anos
(BLANES et al 2004 MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ
e CASAS 2012 MAROLDI et al 2012) A idade meacutedia do presente estudo (722
anos)mostrou-se discretamente maior que as encontradas na literatura Sendo assim as
pesquisas corroboram o resultado deste estudo
Maroldi et al (2012) e Blanes et al (2004) demonstram que o sexo masculino
possui prevalecircncia entre os pacientes com UPs nos usuaacuterios do serviccedilo de Atenccedilatildeo
Domiciliar 572 e 577 respectivamente Estes achados confirmam os resultados da
pesquisa na Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia-DF no entanto outras pesquisas revelam
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o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
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ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
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Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
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pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
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reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
38
o contraacuterio sendo o puacuteblico feminino prevalente em internaccedilotildees domiciliares
(MARTELLI et al 2011 LUCENA et al 2011 FERNANDEZ CASAS 2012
COEcircLHO et al 2012)
Sendo assim o fato dos pacientes apresentarem perfil predominante de idosos
implica para a Atenccedilatildeo Domiciliar uma maior necessidade de vigilacircncia dos cuidadores
e de orientaccedilotildees da enfermagem visto que pelas caracteriacutesticas proacuteprias do
envelhecimento associado agraves doenccedilas crocircnico-degenerativas de forma avanccedilada e com
repercussotildees cliacutenicas que limitam a mobilidade e o estado nutricional os tornam mais
propensos ao aparecimento de UPs Uma possiacutevel explicaccedilatildeo para a prevalecircncia de UPs
em homens na atenccedilatildeo domiciliar eacute o fato destes comumente apresentarem maior peso
corpoacutereo que as mulheres fator que talvez dificulte a realizaccedilatildeo adequada de mudanccedilas
de decuacutebito no domiciacutelio pelo cuidador destes que geralmente eacute uma pessoa do sexo
feminino (irmatilde esposa ou filha) e que naturalmente apresenta maior dificuldade em
movimentar o paciente por questotildees como a fragilidade feminina em contraste com o
peso do paciente masculino acamado No entanto na literatura natildeo se encontram
associaccedilotildees entre o sexo masculino e a ocorrecircncia de UPs
Natildeo foram encontrados na literatura estudos comparativos entre pacientes da
Atenccedilatildeo Domiciliar nas modalidades de PID e POD Entretanto sabe-se que o PID
presta assistecircncia a pacientes acamados portadores de sequelas e comorbidades de
doenccedilas crocircnicas como cuidados paliativos oncoloacutegicos e neuroloacutegicos uacutelceras de
decuacutebito em graus moderado e grave traqueostomia e com quadros cliacutenicos estaacuteveis
que natildeo necessitem de ventilaccedilatildeo mecacircnica invasiva cuidados intensivos de
enfermagem entre outros Por outro lado o POD eacute destinado a assistir pacientes com
agravos pulmonares que apresentem insuficiecircncia respiratoacuteria crocircnica ocasionada por
lesotildees pulmonares irreversiacuteveis (BRASIL 2013d) Sendo assim considerando-se as
caracteriacutesticas dos pacientes em cada modalidade de atenccedilatildeo domiciliar eacute natural que a
quase totalidade dos pacientes com UPs estudados nesta pesquisa pertenccedilam ao PID
devido agraves suas caracteriacutesticas cliacutenicas associadas ao estado de imobilidade fiacutesica
A Atenccedilatildeo Domiciliar tem crescido e ganhado destaque como estrateacutegia
assistencial tanto em instituiccedilotildees de sauacutede puacuteblica e como particulares Neste sentido o
enfermeiro que atua neste cenaacuterio desempenha papel essencial no cuidado ao paciente
junto agrave equipe multiprofissional Sua importacircncia ultrapassa a assistecircncia ao agravo em
sauacutede e destaca-se pela inserccedilatildeo do cuidador e da famiacutelia na assistecircncia ao paciente
intra-domiciliar por meio de praacuteticas de educaccedilatildeo em sauacutede e assim como em outros
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
39
ambientes do cuidado na Atenccedilatildeo Domiciliar a enfermagem tambeacutem eacute norteada pela
sistematizaccedilatildeo da assistecircncia (GOMES et al 2008) A enfermagem domiciliar eacute uma
praacutetica profissional considerada como especialidade em enfermagem Sendo assim a
atuaccedilatildeo neste campo exige conhecimento teacutecnico-cientiacutefico e habilidades de autonomia
lideranccedila relacionamento interpessoal para lidar com a equipe pacientes cuidador e
familiares (LACERDA et al 2006)
Quanto agrave evoluccedilatildeo cliacutenica do paciente da atenccedilatildeo domiciliar Martelli et al
(2011) identificaram em Montes Claros - MG que 59 receberam alta com melhora do
quadro 28 faleceram e 13 permaneceram internados com quadro cliacutenico inalterado
ou transferido para outra instituiccedilatildeo de assistecircncia domiciliar Nenhuma pesquisa
encontrada demonstrou a evoluccedilatildeo cliacutenica dos pacientes com UPs na atenccedilatildeo domiciliar
Os resultados obtidos a partir da pesquisa em questatildeo revelam que na assistecircncia
domiciliar de Ceilacircndia a maioria dos pacientes com UPs evoluiu a oacutebito e uma pequena
parte recebeu alta da equipe de atenccedilatildeo domiciliar Talvez esse alto percentil de
pacientes que evoluiacuteram a oacutebito nesta pesquisa se deva ao fato de que em sua maioria
satildeo pacientes terminais em cuidados paliativos
A pesquisa de Queiroz et al (2014) sobre UPs em pacientes sob cuidados
paliativos domiciliares revela que com relaccedilatildeo agrave quantidade de lesotildees por pressatildeo
583 desenvolveram apenas uma UP 25 desenvolveram duas UPs e 167 trecircs UPs
Este mesmo estudo natildeo demonstrou pacientes com quantidades iguais ou superiores a
quatro UPs simultacircneas Costa et al (2005) revelou em seu estudo que sua amostra
possuiacutea quantidade meacutedia de 17 UPs por paciente Estes achados validam os
encontrados na presente pesquisa que demonstrou que a maior representatividade de
pacientes com UPs satildeo aqueles que apresentam apenas uma lesatildeo por pressatildeo sendo um
terccedilo dos pacientes avaliados A porcentagem de pacientes com duas e trecircs UPs tambeacutem
se mostraram proacuteximas do percentual do estudo de Queiroz et al (2014) no entanto eacute
demonstrado ainda na pesquisa da Ceilacircndia que haviam pacientes com quatro UPs
(97) e com cinco ou mais UPs (146) concomitantes sendo a meacutedia do nuacutemero de
UPs por paciente em Ceilacircndia (25) superior agrave encontrada na pesquisa citada
O tempo meacutedio de cada internaccedilatildeo dos pacientes na assistecircncia domiciliar no
programa Hospital Universitaacuterio em casa de Montes Claros - MG segundo Martelli et
al (2011) foi de 30 dias e 482 dos usuaacuterios necessitaram de reinternaccedilotildees Jaacute na
assistecircncia domiciliar de Ceilacircndia o tempo meacutedio foisuperior equivalente ao periacuteodo
aproximado de um ano de internaccedilatildeo poreacutem sem relatos de reinternaccedilotildees
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
40
Os principais motivos de internaccedilatildeo de pacientes na atenccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia estatildeo em acordo com os evidenciados na literatura cientiacutefica prevalecendo os
distuacuterbios neuroloacutegicos e as complicaccedilotildees neoplaacutesicas Somados os agravos
neuroloacutegicos tanto cerebrovasculares como neurodegenerativas siacutendromes e distuacuterbios
do sistema nervoso estes representam respectivamente 75 731 e 664 nos
pacientes estudados por Maroldi et al (2012) Fernandez e Casas (2012) e Lucena et al
(2011) valores proacuteximos ao encontrado em Ceilacircndia As neoplasias tambeacutem satildeo
evidenciadas na literatura com proporccedilotildees de 17 16 e 137entre os pacientes
pesquisados respectivamente por Fabriacutecio et al (2004) Santos et al (2013) e Lucena et
al(2011) concordando com os percentualentre os internados com UPs em Ceilacircndia
Santos et al (2013) explicam que pacientes acometidos por AVC tem
predisposiccedilatildeo em desenvolver UPs pelo fato de permanecerem muito tempo acamados
ou restritos em cadeiras de rodas O mesmo autor expotildee que com o avanccedilo do cacircncer e
com os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia os pacientes oncoloacutegicos
tendem a ter dificuldades de alimentaccedilatildeo e consequentemente deacuteficit nutricional e
quadros de magreza possibilitando maior probabilidade de surgimento de UPs
As comorbidades mais frequentes neste tipo de puacuteblico satildeo a Hipertensatildeo
Arterial Sistecircmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM) Autores evidenciam frequecircncias
de hipertensos iguais a 56 40 436 respectivamente em Blanes et al (2004)
Lucena et al (2011) e Fernandez e Casas (2012) Quanto a DM os estudos demonstram
sua presenccedila em 27 244 e 238 dos casos de pacientes com UPs avaliados por
Lucena et al (2011) Blanes et al (2004) e Fernandez e Casas (2012) respectivamente
Ressalta-se que estes resultados especialmente os de Fernandez e Casas (2012) que
estudaram especificamente no acircmbito da atenccedilatildeo domiciliar apresentam-se muito
proacuteximos aos encontrados nesta pesquisa com HAS em maior percentual e DM em
segundo lugar Ainda quanto agraves comorbidades Maroldi et al (2012) evidenciam
presenccedila de fraturas em 6 dos pacientes na internaccedilatildeo domiciliar o que ratifica o valor
similar encontrado o presente estudo
Sabe-se que no diabetes em especial ocorre um desequiliacutebrio entre o
fornecimento e a demanda de insulina fator que pode desencadear complicaccedilotildees
vasculares perifeacutericas e diminuiccedilatildeo da sensibilidade que satildeo fatores de risco para a
formaccedilatildeo das lesotildees (MORO et al 2007 IRION 2012)
Natildeo foi encontrado na literatura estudos que revelassem sobre a resolutividade
do tratamento de UPs no contexto domiciliar no entanto os resultados da presente
41
pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
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informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
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APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
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pesquisa evidenciam que o serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no
fechamento ou na melhora das UPs na maior parte dos casos Costa et al (2005) revelou
em seu estudo com pacientes acamados predominantemente devido lesatildeo medular
apresentaram taxa de sucesso no tratamento de UPs entre 66 e 84 dos casos valores
que variaram de acordo com a localizaccedilatildeo das uacutelceras
Quanto agrave presenccedila de infecccedilotildees nas UPs Alves e Deana (2009) afirmam que isto
pode ocasionar inuacutemeras complicaccedilotildees e agravar o estado cliacutenico dos pacientes
especialmente em idosos debilitados visto que possuem alteraccedilotildees fisioloacutegicas proacuteprias
do envelhecimento como a suscetibilidade do sistema imune Aleacutem disso as UPs em
estaacutegios mais avanccedilados estatildeo mais propensas a apresentarem infecccedilatildeo e retardar o
processo de cicatrizaccedilatildeo tecidual elevando a morbidade e podendo causar a morte do
paciente pela bacteremia Hans Bitencourt e Pinheiro (2011) demonstram em seu
estudo que haacute correlaccedilatildeo entre o desenvolvimento de UP com os fatores de risco
adicionais agrave Escala de Braden entre eles infecccedilatildeo e sepse Nesta pesquisa realizada em
Ceilacircndia a minoria dos pacientes apresentou nos prontuaacuterios o relato de infecccedilatildeo em
UP no entanto natildeo haacute tambeacutem registros sobre a realizaccedilatildeo de culturas de bioacutepsias da
ferida ou cultura de swab nas lesotildees o que indica que a detecccedilatildeo de infecccedilatildeo se deu
somente a partir dos sinais cliacutenicos presentes na ferida
Irion (2012) relata que em feridas crocircnicas como UPs a infecccedilatildeo pode ser
detectada visualmente como um escurecimento circundado por tecido avermelhado
anormal indicando invasatildeo de bacteacuterias em tecido circunvizinho sadio outros sinais
indicativos de infecccedilatildeo satildeo a presenccedila de secreccedilatildeo purulenta secreccedilatildeo
serosanguinolenta com tom esverdeado descamaccedilatildeo amarelo fibrinosa odor feacutetido
presenccedila dos sinais de inflamaccedilatildeo como induraccedilatildeo febre dor edema e eritema Dessa
maneira as infecccedilotildees podem levar agrave necrose tecidual piorando e aumentando a
extensatildeo da UP O mesmo autor explica que o tecido necroacutetico retarda a regeneraccedilatildeo da
ferida e aumenta o risco de infecccedilatildeo neste sentido o desbridamento auxilia na reduccedilatildeo
do risco de infecccedilatildeo e relata ainda que no tratamento de UPs infectadas eacute recomendado
o uso de antibioticoterapia sistecircmica e toacutepica conforme prescriccedilatildeo meacutedica
Com relaccedilatildeo agrave reabertura de UPs Queiroz et al (2014) afirmam que
aproximadamente 50 dos pacientes de seu estudo com pacientes em cuidados
paliativos domiciliares jaacute haviam apresentado UP anteriormente Segundo o autor a
incidecircncia de reaberturas pode ser explicada pelo fato de na uacuteltima etapa do processo
cicatricial haver a formaccedilatildeo do tecido de granulaccedilatildeo e posteriormente ocorrer a
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reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
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almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
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Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
42
reepitelizaccedilatildeo com reorganizaccedilatildeo das fibras de colaacutegeno o que leva a pele a ganhar
maior resistecircncia no fim deste processo No entanto este fortalecimento epitelial
demanda meses e enquanto isso a regiatildeo permanece fina e com maior sensibilidade que
o normal e por consequecircnciaisso eleva a suscetibilidade do paciente ao surgimento de
novas feridas nos mesmos locais o que pode explicar a ocorrecircncia de reaberturas de
UPs
Neste sentido cabe ao enfermeiro a importante atribuiccedilatildeo de orientar
extensivamente o cuidador e a famiacutelia sobre os cuidados com a pele a fim de prevenir a
abertura eou reabertura de lesotildees como tambeacutem para evitar o agravamento das lesotildees jaacute
existentes visando ainda manter e melhorar a toleracircncia tecidual agrave compressatildeo Dessa
maneira eacute recomendada a inspeccedilatildeo sistemaacutetica da pele no miacutenimo uma vez ao dia com
especial atenccedilatildeo para as proeminecircncias oacutesseas Ressalta-se que se deve evitar massagear
as proeminecircncias oacutesseas com sinais de injuacuteria na pele jaacute que tal praacutetica pode provocar
lesotildees em vez de preveni-las Deve-se dar especial atenccedilatildeo aos pacientes com
incontinecircncia visto que tanto a composiccedilatildeo da urina como das fezes apresentam em
geral acidez devido ao pH urinaacuterio e agraves concentraccedilotildees dos aacutecidos biliares fatores que
podem irritar a pele (IRION 2012 BRASIL 2013a)
Aleacutem disso eacute essencial evitar tanto a umidade excessiva da pele como o
ressecamento da mesma Eacute importante orientar sobre o uso de agentes de limpeza
brandos que minimizam a irritaccedilatildeo e manteacutem a umidade adequada da pele A pele seca
deve ser tratada com agentes umectantes como p ex os emolientes com concentraccedilatildeo
elevada de oacuteleo e soacutelidos natildeo sendo muito efetivo o uso de loccedilotildees aquosas jaacute que os
umectantes adequados ajudam a reter o liacutequido na pele e ao mesmo tempo a protege da
umidade excessiva como incontinecircncia transpiraccedilatildeo ou secreccedilotildees das feridas No
entanto quando natildeo eacute possiacutevel controlar as fontes de umidade pode-se optar pelo uso de
fraldas absortivas nessas condiccedilotildees Outro cuidado que pode ser tomado eacute o
encaminhamento agrave fisioterapia visando quando possiacutevel a melhora da mobilidade e o
encaminhamento agrave nutricionista visando a melhora do quadro dieteacutetico do paciente
fator que influi tanto na prevenccedilatildeo como no tratamento das lesotildees (IRION 2012
BRASIL 2013a)
Ainda no que tange aos cuidados o enfermeiro deve orientar a famiacutelia e o
cuidador quanto aos materiais de proteccedilatildeo como p ex o uso de placas de hidrocoloide
peliacuteculas transparente compressas protetoras espuma protetora de calcacircneo etc
Ressaltam-se tambeacutem as orientaccedilotildees quanto agraves superfiacutecies de acomodaccedilatildeo uso de
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
43
almofadas e colchotildees de redistribuiccedilatildeo e aliacutevio de pressatildeo Outra preocupaccedilatildeo eacute quanto
aos esquemas de reposicionamento do paciente que deve ser um esquema
individualizado de acordo com o quadro cliacutenico de cada paciente e realizado pelo
cuidador a cada duas horas com mudanccedilas de decuacutebito que tradicionalmente se alternam
entre decuacutebito lateral esquerdo decuacutebito dorsal decuacutebito lateral direito e decuacutebito
ventral sendo esta uacuteltima a menos utilizada por conta da pressatildeo no osso frontal patela
e dorso do peacute As posiccedilotildees de decuacutebito lateral devem ser utilizadas com o paciente
girado em 30deg a fim de se evitar a compressatildeo direta sobre o trocanter maior
recomenda-se utilizar o auxiacutelio de travesseiros neste posicionamento No decuacutebito
dorsal pode-se utilizar o travesseiro sob as pernas a fim de deixar os calcacircneos
suspensos aliviando a pressatildeo nestes locais Entre outros inuacutemeros cuidados deve-se
estar atento ao cuidado com os lenccediloacuteis que devem estar secos limpos e esticados O
risco de cisalhamento pode ser diminuiacutedo utilizando a posiccedilatildeo semi-Fowler que evita
que o paciente deslize no leito aleacutem disso as orientaccedilotildees sobre as teacutecnicas de
transferecircncias e movimentaccedilatildeo do paciente no leito com o auxiacutelio do traccedilado ajudam a
reduzir o atrito na pele do paciente (LOURO et al 2007 IRION 2012 BRASIL
2013a)
Vale considerar que a maneira como o cuidador desempenha os cuidados e
aplica ou natildeo as orientaccedilotildees dadas pelo enfermeiro influenciamnas condiccedilotildees das
feridas de cada enfermo No entanto apesar dos cuidados criteriosos as UPs podem
apresentar piora do quadro caso as condiccedilotildees sistecircmicas do paciente sejam
desfavoraacuteveis conforme afirmam Queiroz et al (2014)
Referente ao ambiente em que surgiram as UPs Queiroz et al (2014) revelam
que quase 60 dos pacientes de seu estudo jaacute foram admitidos com presenccedila de UPs no
serviccedilo de atenccedilatildeo domiciliar e pouco mais de 40 desenvolveram as lesotildees no
decorrer do atendimento assistencial em domiciacutelio Os resultados da presente pesquisa
revelam que a maioria dos pacientes atendidos jaacute foram admitidos no serviccedilo domiciliar
de Ceilacircndia com presenccedila de lesotildees por pressatildeo e um pequeno percentual de pacientes
tiveram UPs que surgiram apoacutes a admissatildeo O mesmo autor explica que geralmente uma
parte consideraacutevel dos pacientes em cuidados paliativos recebe tardiamente o
encaminhamento para o serviccedilo domiciliar com isso muitos adentram nessa modalidade
de atenccedilatildeo jaacute apresentando a presenccedila de UPs Isso aleacutem de gerar sobrecarga do serviccedilo
pode ainda prejudicar o acompanhamento desses pacientes por exigirem visitas
perioacutedicas mais frequentes e que nem sempre eacute possiacutevel ser realizado pela equipe
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
44
Quanto agrave classificaccedilatildeo das UPs Santos et al (2013) identificam em sua pesquisa
que 90 das UPs foram classificadas como estaacutegio I e 10 como estaacutegio II ou mais
Fernandez e Casas (2012) relatam que 75 das lesotildees estudadas apresentavam-se em
graus superficiais como grau I ou grau II Jaacute nas UPs estudadas por Blanes et al (2004)
244 eram de estaacutegio I 385 em estaacutegio II 115 grau III e 128 grau IV
totalizando assim 872 das UPs em questatildeo dessa maneira subentende-se que as
demais 128 das UPs deste estudo natildeo foram possiacuteveis identificar o estadiamento A
partir da anaacutelise das 212 UPs estudadas nos 82 pacientes da Ceilacircndia nota-se que os
resultados obtidos aproximam-se mais daqueles encontrados por Blanes et al (2004)
evidenciando-se na presente pesquisa os resultados com as UPs grau II tambeacutem em
primeiro lugar seguidas das grau III e I
No que tange agraves localizaccedilotildees anatocircmicas afetadas a pesquisa na Ceilacircndia segue
o padratildeo encontrado na literatura que aponta as regiotildees sacral trocanteacutericas e calcacircneas
como as que apresentam maiores ocorrecircncias de desenvolvimento de UPs (BLANES et
al 2004LUZ et al 2010 FERNANDES et al 2012 QUEIROZ et al 2014)
Estes resultados relativos ao estadiamento e agraves localizaccedilotildees frequentes das UPs
implicam para o enfermeiro da Atenccedilatildeo Domiciliar e para o cuidador uma maior
necessidade de protocolar e aplicar medidas de prevenccedilatildeo como o uso de escalas de
avaliaccedilatildeo de risco para UPs mudanccedilas de decuacutebito de duas em duas horas proteccedilatildeo das
proeminecircncias oacutesseas identificaccedilatildeo precoce de lesotildees em estaacutegios iniciais e
conhecimento das coberturas para tratamento adequado das lesotildees conforme
treinamento e orientaccedilotildees do enfermeiro aos cuidadores
Sobre otempo de tratamento das UPs no contexto domiciliar tambeacutem natildeo foram
encontrados na literatura pesquisas que revelassem tal dado No entanto sabe-se que o
tempo de tratamento das lesotildees variade acordo com a extensatildeo e a gravidade da UP
entre outros inuacutemeros fatores jaacute mencionados neste trabalho No estudo de Costa et al
(2005) o tempo meacutedio de tratamento das UPs foi de quase trecircs meses Na internaccedilatildeo
domiciliar deste estudo a maior representatividade foi das UPs resolvidas em menos de
dois meses no entanto houve presenccedila de tratamentos de UPs que perduraram periacuteodos
entre trecircs meses e um ano Uma parcela das UPs tratadas no NRAD-CEI natildeo teve
tratamento concluiacutedo devido o oacutebito do paciente
Considerando-se as Portarias nordm 25272011 e nordm 15332012 que tratam da
organizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Domiciliar no acircmbito do SUS e considerando tambeacutem o
tamanho populacional da cidade de Ceilacircndia-DF (402729 mil habitantes) segundo
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
45
dados do censo de 2010 do IBGE percebe-se que os requisitos miacutenimos para instalaccedilatildeo
do Serviccedilo de Atenccedilatildeo Domiciliar satildeo atendidos pelo NRAD-CEI jaacute que existe uma
populaccedilatildeo superior a 40 mil habitantes haacute a cobertura do SAMUe haacute o hospital de
referecircncia na aacuterea de abrangecircncia no caso o Hospital Regional de Ceilacircndia Ressalta-se
que a Portaria nordm 15332012 define que a primeira Equipe Multidisciplinar de Atenccedilatildeo
Domiciliar (EMAD) deve ser constituiacuteda para atender apenas um grupo populacional de
100 mil habitantes estabelecendo ainda que ao atingir a populaccedilatildeo de 150 mil
habitantes o municiacutepio poderaacute constituir uma segunda EMAD e apoacutes isso o municiacutepio
poderaacute constituir sucessivamente uma nova EMAD a cada 100 mil novos habitantes
As EMADs podem ainda solicitar a implantaccedilatildeo de Equipes Multidisciplinar de Apoio
(EMAPs) para dar suporte e complementar as accedilotildees de sauacutede na atenccedilatildeo domiciliarNo
entanto atualmente o NRAD-CEI conta apenas com uma EMAD e nenhuma EMAP
sendo assim para que seja oferecida uma melhor assistecircncia dentro desse nuacutecleo faz-se
necessaacuterio a formaccedilatildeo de no miacutenimo mais trecircs EMADs levando-se em conta o tamanho
populacional da referida cidade (BRASIL 2011 2012a IBGE 2010)
Possivelmente a sobrecarga da equipe do NRAD-CEI seja um dos fatores que
explique o baixo nuacutemero de visitas domiciliares realizada pela equipe de enfermagem e
pelos outros profissionais a partir do que foi evidenciado nos resultados da presente
pesquisa Deve-se levar em conta ainda que a equipe do NRAD-CEI possui dificuldade
em conseguir transporte da SES-DF e motorista para o deslocamento da equipe ateacute os
domiciacutelios Notou-se durante as vivecircncias com a equipe que muitas vezes os
profissionais se deslocavam com os proacuteprios veiacuteculos para realizar as visitas devido agraves
dificuldades encontradas com a liberaccedilatildeo do transporte da SES-DF que natildeo era de uso
exclusivo do NRAD-CEI mas servia tambeacutem as demandas dos Centros de Sauacutede da
referida cidade e portanto nem sempre se encontrava disponiacutevel para a realizaccedilatildeo da
visitas domiciliares
Apesar dessas dificuldades percebeu-se que a equipe de enfermagem foi a que
mais realizou visitas domiciliares fator que corrobora com o estudo de Maroldi et al
(2012) que demonstrou em sua pesquisa que mais de 60 das visitas domiciliares eram
realizadas pela equipe de enfermagem do Serviccedilo de Internaccedilatildeo Domiciliar de um
hospital no interior do estado de Satildeo Paulo
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
7 CONCLUSAtildeO
O perfil dos pacientes com UPs na Atenccedilatildeo Domiciliar eacute predominantemente de
homens idosos acamados com diagnoacutestico neuroloacutegico eou oncoloacutegico portadores de
HAS e DM vinculados ao PID com tempo meacutedio de internaccedilatildeo de um ano e com
presenccedila predominante de uma a trecircs lesotildees por pressatildeo em regiotildees sacral trocanteacuterica e
calcacircnea em graus variados com maioria de grau II sendo quase 90 da UPs
adquiridas no ambiente hospitalar antes da admissatildeo na internaccedilatildeo domiciliar de
Ceilacircndia O serviccedilo de atendimento domiciliar foi resolutivo no fechamento ou
melhora de quase 60 dos pacientes com UPs tendo a meacutedia de 221 visitas da equipe
de enfermagem a cada paciente por mecircs aleacutem do acompanhamento telefocircnico
Notou-se tambeacutem que o paciente domiciliar possui caracteriacutesticas diferenciadas
quando comparadas as comumente encontradas no paciente hospitalar visto que na
atenccedilatildeo domiciliar os usuaacuterios geralmente estatildeo em cuidados paliativos possuem
quadro cliacutenico estaacutevel e natildeo necessitam de procedimentos invasivos
O aparecimento de UPs esteve relacionado com a condiccedilatildeo cliacutenica do paciente e
com sua capacidade funcional comprometida aleacutem disso ressalta-se que o
aparecimento de UPs eacute um indicador negativo da qualidade da assistecircncia de uma
instituiccedilatildeo de sauacutede mesmo em atendimentos domiciliares
Sendo assim os profissionais de sauacutede devem embasar seus conhecimentos e
habilidades a fim de obterem sucesso na prevenccedilatildeo e no tratamento de feridas
reduzindo-se assim os indicadores negativos e aumentando a qualidade da assistecircncia
prestada
O trabalho em equipe neste espaccedilo do cuidado eacute um dos fatores essenciais para a
adequada intervenccedilatildeo terapecircutica e boa evoluccedilatildeo cliacutenica do enfermo No entanto
destaca-se dentro deste contexto o protagonismo do profissional enfermeiro no que
tange ao tratamento e prevenccedilatildeo de UPs e na inserccedilatildeo eficaz do cuidador e da famiacutelia no
cuidado a partir da educaccedilatildeo em sauacutede
Evidencia-se ainda a necessidade de implantar uma escala sistematizada de
identificaccedilatildeo de pacientes em riscos de desenvolvimento de UPs e outro instrumento
padronizado de avaliaccedilatildeo e acompanhamento da evoluccedilatildeo das feridas para aqueles
pacientes que jaacute se encontram com lesotildees por pressatildeo
Diante do exposto eacute fundamental tambeacutem que os profissionais de sauacutede
envolvidos em especial o enfermeiro atue na prevenccedilatildeo ena educaccedilatildeo em sauacutede como
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
47
por exemplo na escolha da cobertura adequada a fim de promover a qualidade de vida
dos pacientes propiciando a cicatrizaccedilatildeo da ferida e impedindo a abertura de novas
uacutelceras e a reincidecircncia das jaacute anteriormente cicatrizadas aleacutem de otimizar a reduccedilatildeo na
demanda de recursos materiais adquiridos pela famiacutelia ou pela instituiccedilatildeo e gerenciados
pelo enfermeiro
Enfatiza-se que foi encontrado reduzido nuacutemero de produccedilotildees cientiacuteficas no que
tange a temaacutetica sobre a ocorrecircncia de uacutelceras por pressatildeo especificamente na atenccedilatildeo
domiciliar o que entre outros motivos tornou justificaacutevel a realizaccedilatildeo do presente
estudo que poderaacuteapoiaros enfermeiros na praacutetica profissional durante a tomada de
decisotildees conforme o cuidado baseado em evidecircncias aleacutem depoder contribuir para o
ensino e para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea por meio das reflexotildees e
dos resultados encontrados neste estudo
8 REFEREcircNCIAS
ALVES N DEANA NF O accediluacutecar refinado no tratamento da infecccedilatildeo por
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
8 REFEREcircNCIAS
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
49
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55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
50
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MORO A et al Avaliaccedilatildeo dos pacientes portadores de lesatildeo por pressatildeo internados em
hospital geral Rev Assoc Med Bras v 53 n 4 p 300-304 2007 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-42302007000400013gt
Acesso em agosto de 2014
QUEIROZ ACCM et al Uacutelceras por pressatildeo em pacientes em cuidados paliativos
domiciliares prevalecircncia e caracteriacutesticas Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 48 n
2 abr 2014 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-
62342014000200264amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
ROGENSKI N M B SANTOS VLCG Estudo sobre a incidecircncia de uacutelceras por
pressatildeo em um hospital universitaacuterio Rev Latino-Am Enfermagem v13 n4 p
474-480 2005Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrlaev13n4v13n4a03pdfgt
Acesso em outubro de 2014
SANTOS CT et al Indicador de qualidade assistencial uacutelcera por pressatildeo anaacutelise de
prontuaacuterio e de notificaccedilatildeo de incidente Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v
34 n 1 mar 2013 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-
14472013000100014amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
SILVA KL et al Internaccedilatildeo Domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede Rev Sauacutede
Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 3 p391-397 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrpdfrspv39n324792pdfgt Acesso em novembro de 2013
SILVIA DP et al Uacutelcera por pressatildeo avaliaccedilatildeo de fatores de risco em pacientes
internados em um hospital universitaacuterio Rev Eletr Enf v 13 n 1 p 118-23
janmar 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwfenufgbrrevistav13n1pdfv13n1a13pdfgt Acesso em setembro de
2014
SOARES D AS et al Anaacutelise da incidecircncia de uacutelcera de pressatildeo no Hospital
Metropolitano de Urgecircncia e Emergecircncia em Ananindeua PA Rev Bras Cir Plaacutest
Satildeo Paulo v 26 n 4 Dec 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophppid=S1983-51752011000400007ampscript=sci_arttextgt
Acesso em junho de 2014
STUDART RMB et al Tecnologia de enfermagem na prevenccedilatildeo da uacutelcera por
pressatildeo em pessoas com lesatildeo medular Rev bras enferm v 64 n 3 p 494-500
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrebenv64n3v64n3a13gt Acesso em
setembro de 2013
55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
51
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002010000100005gt
Acesso em julho de 2014
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COSTA MPet al Epidemiologia e tratamento das uacutelceras de pressatildeo experiecircncia de
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78522005000300005amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
EPUAPEuropean Pressure Ulcer Advisory PanelDiretrizes para a Prevenccedilatildeo de
Uacutelceras de Pressatildeo Conference 2011 Disponiacutevel em lthttpwwwepuaporggt
Acesso em outubro de 2013
FABRIacuteCIO SCC et al Assistecircncia domiciliar a experiecircncia de um hospital do
interior paulista Rev Latino-Am Enfermagem v 12 n 5 p721-6 2004
Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophppid=S0104-
11692004000500004ampscript=sci_arttextgt Acesso em julho de 2014
FERNANDES MGM et al Risco para uacutelcera por pressatildeo em idosos hospitalizados
aplicaccedilatildeo da escala de Waterlow Rev enferm UERJ v 20 n 1 p 56-60 janmar
2012 Disponiacutevel em lthttpwwwe-
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2014
FERNANDEZ OS CASAS S B Caracterizacioacuten de salud dependencia inmovilidad
y riesgo de uacutelceras por presioacuten de enfermos ingresados al programa de atencioacuten
domiciliaria Cienc enferm Concepcioacuten v 18 n 3 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwscieloclscielophpscript=sci_arttextamppid=S0717-
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52
GARGANO F et al Internaccedilatildeo domiciliaacuteria uma experiecircncia no sul do Brasil Revista
AMRIGS v 48 n 2 p 90-94 2004 Disponiacutevel em
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GOMES I et al A atenccedilatildeo domiciliar agrave sauacutede e seu estado da arte estudo
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HANS M BITENCOURT JVOV PINHEIRO F Fatores de risco adicionais agrave
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LUZ SR et al Uacutelceras de Pressatildeo Geriatria amp Gerontologia v 4 n 1 p 36-43
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MAROLDI MAC et al Internaccedilatildeo domiciliar caracterizaccedilatildeo de usuaacuterios e
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lthttpfundacaopadrealbinoorgbrfacfipanerpdfCuidArte20Enfermagem20v20
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MARTELLI DRB et al Internaccedilatildeo domiciliar o perfil dos pacientes assistidos pelo
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MENDES EV As redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede Brasiacutelia Organizaccedilatildeo Pan-Americana
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MENDES EV O cuidado das condiccedilotildees crocircnicas na atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede o
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MORO A et al Avaliaccedilatildeo dos pacientes portadores de lesatildeo por pressatildeo internados em
hospital geral Rev Assoc Med Bras v 53 n 4 p 300-304 2007 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-42302007000400013gt
Acesso em agosto de 2014
QUEIROZ ACCM et al Uacutelceras por pressatildeo em pacientes em cuidados paliativos
domiciliares prevalecircncia e caracteriacutesticas Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 48 n
2 abr 2014 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-
62342014000200264amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
ROGENSKI N M B SANTOS VLCG Estudo sobre a incidecircncia de uacutelceras por
pressatildeo em um hospital universitaacuterio Rev Latino-Am Enfermagem v13 n4 p
474-480 2005Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrlaev13n4v13n4a03pdfgt
Acesso em outubro de 2014
SANTOS CT et al Indicador de qualidade assistencial uacutelcera por pressatildeo anaacutelise de
prontuaacuterio e de notificaccedilatildeo de incidente Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v
34 n 1 mar 2013 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-
14472013000100014amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
SILVA KL et al Internaccedilatildeo Domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede Rev Sauacutede
Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 3 p391-397 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrpdfrspv39n324792pdfgt Acesso em novembro de 2013
SILVIA DP et al Uacutelcera por pressatildeo avaliaccedilatildeo de fatores de risco em pacientes
internados em um hospital universitaacuterio Rev Eletr Enf v 13 n 1 p 118-23
janmar 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwfenufgbrrevistav13n1pdfv13n1a13pdfgt Acesso em setembro de
2014
SOARES D AS et al Anaacutelise da incidecircncia de uacutelcera de pressatildeo no Hospital
Metropolitano de Urgecircncia e Emergecircncia em Ananindeua PA Rev Bras Cir Plaacutest
Satildeo Paulo v 26 n 4 Dec 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophppid=S1983-51752011000400007ampscript=sci_arttextgt
Acesso em junho de 2014
STUDART RMB et al Tecnologia de enfermagem na prevenccedilatildeo da uacutelcera por
pressatildeo em pessoas com lesatildeo medular Rev bras enferm v 64 n 3 p 494-500
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrebenv64n3v64n3a13gt Acesso em
setembro de 2013
55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
52
GARGANO F et al Internaccedilatildeo domiciliaacuteria uma experiecircncia no sul do Brasil Revista
AMRIGS v 48 n 2 p 90-94 2004 Disponiacutevel em
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LUZ SR et al Uacutelceras de Pressatildeo Geriatria amp Gerontologia v 4 n 1 p 36-43
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MAROLDI MAC et al Internaccedilatildeo domiciliar caracterizaccedilatildeo de usuaacuterios e
cuidadores CuidArte Enferm v 6 n 1 p24-29 jan-jun 2012 Disponiacutevel em
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620n20120jan20jun202012pdfgtAcesso em setembro de 2014
MARTELLI DRB et al Internaccedilatildeo domiciliar o perfil dos pacientes assistidos pelo
Programa HU em Casa Physis Revista de Sauacutede Coletiva Rio de Janeiro v21
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MENDES EV As redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede Brasiacutelia Organizaccedilatildeo Pan-Americana
da Sauacutede 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwconassorgbrpdfRedes_de_Atencaopdfgt Acesso em julho de 2014
MENDES EV O cuidado das condiccedilotildees crocircnicas na atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede o
imperativo da consolidaccedilatildeo da estrateacutegia da sauacutede da famiacutelia Brasiacutelia Organizaccedilatildeo
Pan-Americana da Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpapsredesorgsite2012wp-
contentuploadsdownloads201204RedesdeAtencaocondicoescronicaspdfgt Acesso
em julho de 2014
MORO A et al Avaliaccedilatildeo dos pacientes portadores de lesatildeo por pressatildeo internados em
hospital geral Rev Assoc Med Bras v 53 n 4 p 300-304 2007 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-42302007000400013gt
Acesso em agosto de 2014
QUEIROZ ACCM et al Uacutelceras por pressatildeo em pacientes em cuidados paliativos
domiciliares prevalecircncia e caracteriacutesticas Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 48 n
2 abr 2014 Disponiacutevel em
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-
62342014000200264amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
ROGENSKI N M B SANTOS VLCG Estudo sobre a incidecircncia de uacutelceras por
pressatildeo em um hospital universitaacuterio Rev Latino-Am Enfermagem v13 n4 p
474-480 2005Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrlaev13n4v13n4a03pdfgt
Acesso em outubro de 2014
SANTOS CT et al Indicador de qualidade assistencial uacutelcera por pressatildeo anaacutelise de
prontuaacuterio e de notificaccedilatildeo de incidente Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v
34 n 1 mar 2013 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-
14472013000100014amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
SILVA KL et al Internaccedilatildeo Domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede Rev Sauacutede
Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 3 p391-397 2005 Disponiacutevel em
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SILVIA DP et al Uacutelcera por pressatildeo avaliaccedilatildeo de fatores de risco em pacientes
internados em um hospital universitaacuterio Rev Eletr Enf v 13 n 1 p 118-23
janmar 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwfenufgbrrevistav13n1pdfv13n1a13pdfgt Acesso em setembro de
2014
SOARES D AS et al Anaacutelise da incidecircncia de uacutelcera de pressatildeo no Hospital
Metropolitano de Urgecircncia e Emergecircncia em Ananindeua PA Rev Bras Cir Plaacutest
Satildeo Paulo v 26 n 4 Dec 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophppid=S1983-51752011000400007ampscript=sci_arttextgt
Acesso em junho de 2014
STUDART RMB et al Tecnologia de enfermagem na prevenccedilatildeo da uacutelcera por
pressatildeo em pessoas com lesatildeo medular Rev bras enferm v 64 n 3 p 494-500
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrebenv64n3v64n3a13gt Acesso em
setembro de 2013
55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
53
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-
11692011000300011amplng=enampnrm=isogt Acesso em 16 de outubro de 2014
LUZ SR et al Uacutelceras de Pressatildeo Geriatria amp Gerontologia v 4 n 1 p 36-43
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MAROLDI MAC et al Internaccedilatildeo domiciliar caracterizaccedilatildeo de usuaacuterios e
cuidadores CuidArte Enferm v 6 n 1 p24-29 jan-jun 2012 Disponiacutevel em
lthttpfundacaopadrealbinoorgbrfacfipanerpdfCuidArte20Enfermagem20v20
620n20120jan20jun202012pdfgtAcesso em setembro de 2014
MARTELLI DRB et al Internaccedilatildeo domiciliar o perfil dos pacientes assistidos pelo
Programa HU em Casa Physis Revista de Sauacutede Coletiva Rio de Janeiro v21
n1 2011 Disponiacutevel em
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73312011000100009amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
MENDES EV As redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede Brasiacutelia Organizaccedilatildeo Pan-Americana
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MENDES EV O cuidado das condiccedilotildees crocircnicas na atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede o
imperativo da consolidaccedilatildeo da estrateacutegia da sauacutede da famiacutelia Brasiacutelia Organizaccedilatildeo
Pan-Americana da Sauacutede 2012 Disponiacutevel em lthttpapsredesorgsite2012wp-
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hospital geral Rev Assoc Med Bras v 53 n 4 p 300-304 2007 Disponiacutevel em
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QUEIROZ ACCM et al Uacutelceras por pressatildeo em pacientes em cuidados paliativos
domiciliares prevalecircncia e caracteriacutesticas Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 48 n
2 abr 2014 Disponiacutevel em
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ROGENSKI N M B SANTOS VLCG Estudo sobre a incidecircncia de uacutelceras por
pressatildeo em um hospital universitaacuterio Rev Latino-Am Enfermagem v13 n4 p
474-480 2005Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrlaev13n4v13n4a03pdfgt
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SANTOS CT et al Indicador de qualidade assistencial uacutelcera por pressatildeo anaacutelise de
prontuaacuterio e de notificaccedilatildeo de incidente Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v
34 n 1 mar 2013 Disponiacutevel em
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14472013000100014amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
SILVA KL et al Internaccedilatildeo Domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede Rev Sauacutede
Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 3 p391-397 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrpdfrspv39n324792pdfgt Acesso em novembro de 2013
SILVIA DP et al Uacutelcera por pressatildeo avaliaccedilatildeo de fatores de risco em pacientes
internados em um hospital universitaacuterio Rev Eletr Enf v 13 n 1 p 118-23
janmar 2011 Disponiacutevel em
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SOARES D AS et al Anaacutelise da incidecircncia de uacutelcera de pressatildeo no Hospital
Metropolitano de Urgecircncia e Emergecircncia em Ananindeua PA Rev Bras Cir Plaacutest
Satildeo Paulo v 26 n 4 Dec 2011 Disponiacutevel em
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Acesso em junho de 2014
STUDART RMB et al Tecnologia de enfermagem na prevenccedilatildeo da uacutelcera por
pressatildeo em pessoas com lesatildeo medular Rev bras enferm v 64 n 3 p 494-500
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrebenv64n3v64n3a13gt Acesso em
setembro de 2013
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ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
54
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-
62342014000200264amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
ROGENSKI N M B SANTOS VLCG Estudo sobre a incidecircncia de uacutelceras por
pressatildeo em um hospital universitaacuterio Rev Latino-Am Enfermagem v13 n4 p
474-480 2005Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrlaev13n4v13n4a03pdfgt
Acesso em outubro de 2014
SANTOS CT et al Indicador de qualidade assistencial uacutelcera por pressatildeo anaacutelise de
prontuaacuterio e de notificaccedilatildeo de incidente Rev Gauacutecha Enferm Porto Alegre v
34 n 1 mar 2013 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1983-
14472013000100014amplng=enampnrm=isogt Acesso em outubro de 2014
SILVA KL et al Internaccedilatildeo Domiciliar no Sistema Uacutenico de Sauacutede Rev Sauacutede
Puacuteblica Satildeo Paulo v 39 n 3 p391-397 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrpdfrspv39n324792pdfgt Acesso em novembro de 2013
SILVIA DP et al Uacutelcera por pressatildeo avaliaccedilatildeo de fatores de risco em pacientes
internados em um hospital universitaacuterio Rev Eletr Enf v 13 n 1 p 118-23
janmar 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwfenufgbrrevistav13n1pdfv13n1a13pdfgt Acesso em setembro de
2014
SOARES D AS et al Anaacutelise da incidecircncia de uacutelcera de pressatildeo no Hospital
Metropolitano de Urgecircncia e Emergecircncia em Ananindeua PA Rev Bras Cir Plaacutest
Satildeo Paulo v 26 n 4 Dec 2011 Disponiacutevel em
lthttpwwwscielobrscielophppid=S1983-51752011000400007ampscript=sci_arttextgt
Acesso em junho de 2014
STUDART RMB et al Tecnologia de enfermagem na prevenccedilatildeo da uacutelcera por
pressatildeo em pessoas com lesatildeo medular Rev bras enferm v 64 n 3 p 494-500
2011 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfrebenv64n3v64n3a13gt Acesso em
setembro de 2013
55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
55
ANEXO A ndash Autorizaccedilatildeo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
56
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
57
APEcircNDICE A ndash Termo de consentimento da chefia da equipe do NRAD-CEI
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Eu Lucas Lobato de Souza responsaacutevel pela pesquisa ldquoUacutelceras por pressatildeo em
pacientes da Atenccedilatildeo Domiciliarrdquo sob supervisatildeo do Prof Dr Emerson Fachin Martins
solicito autorizaccedilatildeo da chefia do NRAD Ceilacircndia para utilizaccedilatildeo de dados referentes
aos pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo coletados no periacuteodo de estaacutegio em
projeto de extensatildeo pela Universidade de Brasiacutelia
Estes dados seratildeo utilizados para elaboraccedilatildeo de trabalho de conclusatildeo de curso
em enfermagem da Universidade de Brasiacutelia e pretende revelar o perfil dos pacientes
com uacutelceras de pressatildeo na atenccedilatildeo domiciliar assistidos pelo Nuacutecleo Regional de
Atenccedilatildeo Domiciliar de Ceilacircndia - DF A realizaccedilatildeo desta pesquisa eacute relevante pelos
seguintes motivos
Pacientes tanto da atenccedilatildeo hospitalar como domiciliar acometidos por morbidades
que levam agrave imobilidade fiacutesica ou agrave restriccedilatildeo no leito associado a fatores como
idade avanccedilada desnutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo inadequada umidade excessiva da pele
quadro de sauacutede deficiente anemia possiacuteveis edemas por exemplo estatildeo
suscetiacuteveis ao aparecimento de uacutelceras de pressatildeo
O aparecimento de uacutelceras de pressatildeo eacute um problema tanto para a qualidade de vida
do paciente como do cuidador e da famiacutelia que muitas vezes natildeo estatildeo preparados
psicologicamente e tecnicamente para lidar com o curativo da ferida realizada em
acircmbito domiciliar
Aleacutem disso a realizaccedilatildeo de curativos demanda insumos materiais provindos de
recursos nem sempre disponiacuteveis da instituiccedilatildeo de sauacutede ou da proacutepria famiacutelia do
paciente
A OMS considera a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo como um indicador negativo
de sauacutede
Algumas pesquisas apontam a ocorrecircncia de uacutelceras de pressatildeo com iacutendices
superiores a 17 em grupos de pacientes da atenccedilatildeo domiciliar (BENDO et al
2005 CHAYAMITI CALIRI 2010)
Existem poucos estudos cientiacuteficos que abordam a frequecircncia de uacutelceras de pressatildeo
especificamente na atenccedilatildeo domiciliar
O estudo eacute uma pesquisa retrospectiva descritiva transversal de abordagem
quantitativa desenvolvida a partir de levantamento de dados em prontuaacuterios de pacientes
acometidos por uacutelceras de pressatildeo assistidos pelo Nuacutecleo Regional de Atenccedilatildeo
Domiciliar de Ceilacircndia (NRAD-CEI) no Distrito Federal no periacuteodo de 2009 a 2012
Este estudo eacute parte integrante do Projeto de Extensatildeo de Accedilatildeo Continuada ldquoMelhor em
Casardquo e do Projeto de Pesquisa intitulado ldquoLimites e possibilidades do programa de
internaccedilatildeo domiciliar desocupar leitos hospitalares ocupados por portadores de doenccedilas
crocircnico-degenerativasrdquo da Universidade de Brasiacutelia - Faculdade de Ceilacircndia e foi
autorizado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Secretaria de Sauacutede do Governo do
Distrito Federal mediante o parecer de nuacutemero 04462011 respeitando os princiacutepios da
Resoluccedilatildeo nordm 19696 no que se refere a pesquisas com seres humanos A anaacutelise de
dados se daraacute a partir do levantamento de dados consultados em prontuaacuterios dos
pacientes apoacutes realizada tabulaccedilatildeo e consistiraacute na correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis
descritas nos objetivos especiacuteficos buscando-se traccedilar um perfil dos pacientes em
questatildeo
Eacute possiacutevel que aconteccedilam os seguintes desconfortos ou riscos (desconfortos e
riscos previsiacuteveis) Entre os benefiacutecios do presente estudo estaacute o levantamento de
58
informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
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informaccedilotildees que posteriormente poderatildeo subsidiar o desenvolvimento de estrateacutegias nos
cuidados multiprofissionais baseado em evidecircncias e especificamente de enfermagem
para pacientes acometidos por uacutelceras de pressatildeo no ambiente domiciliar aleacutem de servir
como base para o desenvolvimento de novas pesquisas nesta aacuterea
A autorizaccedilatildeo deste estudo eacute voluntaacuteria e vocecirc possuiraacute o direito de desautorizar
a utilizaccedilatildeo dos dados qualquer momento da realizaccedilatildeo da pesquisa sem prejuiacutezos ou
retaliaccedilotildees Durante todo o periacuteodo da pesquisa vocecirc tem o direito de tirar qualquer
duacutevida ou pedir qualquer outro esclarecimento bastando para isso entrar em contato
com algum dos pesquisadores ou com o Conselho de Eacutetica em Pesquisa
As informaccedilotildees desta pesquisa seratildeo confidenciais e seratildeo divulgadas apenas
em eventos ou publicaccedilotildees cientiacuteficas natildeo havendo identificaccedilatildeo dos pacientes a natildeo
ser entre os responsaacuteveis pelo estudo sendo assegurado o sigilo dos dados
Autorizaccedilatildeo
Eu ______________________________________ responsaacutevel pela chefia do NRAD
apoacutes a leitura deste documento e ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador
responsaacutevel para esclarecer todas as minhas duacutevidas acredito estar suficientemente
informado ficando claro para mim que minha autorizaccedilatildeo eacute voluntaacuteria e que posso
retirar este consentimento a qualquer momento sem penalidades Estou ciente tambeacutem
dos objetivos da pesquisa dos procedimentos dos possiacuteveis danos ou riscos deles
provenientes e da garantia de confidencialidade e esclarecimentos sempre que
desejarDiante do exposto expresso minha concordacircncia de espontacircnea vontade em
autorizar a utilizaccedilatildeo de dados dos prontuaacuterios de NRAD- Ceilacircndia neste estudo
Assinatura __________________________________________
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntaacuteria o Consentimento Livre e
Esclarecido para a realizaccedilatildeo deste estudo
Assinatura do responsaacutevel pela obtenccedilatildeo do TCLE
_______________________________
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APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
59
APENDICE B Formulaacuterio de Coleta de Dados
1 Nome _______________________________
2 Faixa etaacuteria ( ) lt40 ( ) 40-49 ( ) 50-59 ( ) 60-69 ( ) 70-79 ( ) 80-89 ( ) 90-99
( )gt99
3 Sexo ( )Masc ( )Fem
4 Modalidade de internaccedilatildeo ( ) PID ( ) POD
5 Diagnoacutestico principal ___________________________
6 Tempo de Internaccedilatildeo (meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
7 Situaccedilatildeo atual ( )Internado ( )Alta ( )Oacutebito
8 Foi admitido com uacutelceras ( )Sim ( )Natildeo
9 Se sim quantas uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ( )6 ( )mais de 6
10 Qual o grau das uacutelceras( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )natildeo identificado
11 Qual a localizaccedilatildeo das uacutelceras ( )Sacral ( )Calcacircneo ( )Calcacircneo bilateral
( )Maleolar ( )Maleolar bilateral ( )Trocanteacuterica ( )Trocanteacuterica bilateral
( )Escapular ( )Isquiaacutetica ( )Haacutelux ( )Orelha ( )Cotovelo ( )CostasDorsal
( )Hemitoacuterax ( )Outra localizaccedilatildeo
12 Alguma uacutelcera apresentou infecccedilatildeo ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
13 Alguma uacutelcera resolvida apresentou reabertura ( )Natildeo ( )Sim quantas ______
14 Quantidade de uacutelceras resolvidas _____
15 Tempo de resoluccedilatildeo(em meses) ( )lt2 ( )2-4 ( )4-6 ( )6-8 ( )8-10 ( )10-12
( )12-14 ( )14-16 ( )16-18 ( )18-20 ( )20-22 ( )22-24 ( )gt24
16 Quantidade de uacutelceras natildeo resolvidas _____
Motivo ( )Oacutebito do paciente ( )Alta do paciente ( )Tratamento em andamento
paciente segue internado
17 Quantidade de visitas domiciliares do enfermeiro _____
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