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Lenda do Senhor Jesus de Ponta Delgada – São MiguelActualizado em Quarta, 11 Fevereiro 2015 17:33

No início do povoamento da ilha, quando Ponta Delgada ainda era apenas um pequenopovoado que fazia parte de Vila Franca do Campo, uma mulher andava pelas rochas dabeira-mar a apanhar lapas quando viu a flutuar nas águas do mar um crucifixo em tamanhonatural, com uma grande imagem a representar Jesus Cristo. Como o crucifixo estava aalguma distância da costa, apesar das tentativas a mulher não lhe conseguiu chegar, pelo queentão resolveu voltar ao povoado para alertar a povoação. Correu para a igreja a avisar o padre do que tinha visto. Este e outras pessoas dasredondezas acompanharam a mulher novamente para a costa, junto da praia, para ver com osseus próprios olhos e decidirem o que fazer. Perante os factos, o padre resolveu entrar no mare retirar a cruz com a respectiva imagem antes que as águas a levassem para longe. O achadofoi levado em procissão por grande número de habitantes da localidade que tinham acorrido àpraia, alertados pelos acontecimentos. Chegados ao povoado, a imagem com a respectiva cruz foi posta na capela do povoado. Noentanto, no dia seguinte e para espanto de toda a população, o crucifixo tinha desaparecido daigreja e foi encontrado pela população enterrado a prumo na areia da praia, próximo ao localonde tinha sido achado no dia anterior. Novamente levado em procissão para a capela pelo povo, poucas horas depois estavanovamente na praia e enterrado profundamente na areia, rodeado de canas que delimitavamuma área com a forma de um templo. Perante isto, e acreditando que era a vontade do Cristo,o povo da localidade resolveu não voltar a retirar a cruz e a imagem do lugar onde estava ederam início à construção de um templo nesse lugar. Com o passar dos séculos essa primitivaigreja viria a ser a igreja paroquial de Ponta Delgada. Junto à igreja, e dada a sua proximidade com o mar, foi erguido um muro de protecção contraa fúria das águas do mar no Inverno. No entanto e segundo reza a lenda, as águas do marnunca ultrapassaram o muro e nem mesmo chegaram ao adro, nunca se atrevendo a entrardentro da igreja.

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