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Em destaque Lisboa na Rua | Pág. 3

Música O jazz saiu à rua | Pág. 4

cinemaCinema multicultural | Pág. 5

Música Clássicos modernos | Pág. 6

ReportagemAs noites quentes do jazz | Pág. 7

Curtas | Pág. 9

Em Agenda | Pág. 10

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Edição: CML | Direcção Municipal de Cultura Departamento de Acção Cultural | Divisão de Promoção e Comunicação Cultural Editor: Frederico Bernardino Redacção: Sara Ferreira Designer: Tiago MoraisFoto de Capa: Humberto Mouco - Lisboa na RuaContactos: Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 218 170 600 [email protected]

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16 a 28 de AGOSTO de´11 #224

Ficha

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Wadada Leo Smith Reportagem Jazz em Agosto | Pag 7

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Quem ainda não reparou que, em Agosto, Lisboa já não vai de férias tem andado certamente distraído. Mais uma vez, o último terço do Verão alfacinha vai ser animado por uma programação muito especial de jazz, música clássica e cinema a acontecer nas ruas, largos e travessas, nos miradouros e jardins da cidade. Até 11 de Setembro, Lisboa na Rua faz-se de Big Bands de jazz, de quintetos clássicos, de DJs, de pequenas formações jazzisticas e de muitos, e bons, filmes. Tudo a acontecer cá fora e à borla, enquanto os entardeceres e as noites convidam a um passeio, ao convívio entre amigos ou à tranquila fruição da nossa cidade. Nas páginas seguintes, deixamos-lhe as propostas para a próxima quinzena, certos que, nas semanas que se seguem, todos os motivos são válidos para sair de casa.

LISBOA NA RUA

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A Arte da Big BandQuintas-feiras | 19h

Vários locais ……………………

Entrada livrewww.egeac.pt

Depois do sucesso do ano passado, as big bands – en-semble associado ao jazz que normalmente reúne cerca de 18 músicos – regressam às ruas da capital em A Arte da Big Band – 5 Orquestras de Jazz em Portugal, uma iniciativa que integra o programa Lisboa na Rua.

Depois da abertura, a 11 de Agosto com a Reunion Big Jazz Band, segue-se a Orquestra de Jazz de Matosinhos (OJM) que, a 18 de Agosto, vai animar o Largo de São Carlos, sob direcção de Pedro Guedes e Carlos Azevedo. Considerada a mais “internacional” e uma das mais dinâmi-cas orquestras de jazz portuguesas, a OJM conta já com dez anos de actividade, ao longo dos quais se destacam espectáculos como o con-certo de encerramento do Porto 2001, a recriação de Sketches of Spain com o Remix Ensemble, os concertos com John Hollenbeck e Dee Dee Bridgewater ou a actução no Carneggie Hall em Nova Iorque.

A 25 de Agosto é a vez de ouvir o Lisbon Underground Music En-semble (L.U.M.E.), no Jardim de Campolide. Composto por músicos com experiências diversas nos campos do jazz, rock, música clássica, contemporânea e experimental, este é um projecto do músico Mar-co Barroso, que procura aliar a composição escrita com elementos de improvisação, num contexto ecléctico e autoral.

Os concertos têm início às 19 horas e são de entrada livre. A estas big bands seguem-se ainda a Big Band da Nazaré, que a 1 de Setembro to-cará no Jardim de São Pedro de Alcântara, e, a 8 de Setembro, no Largo da Estação do Rossio, a Big Band do Hot Clube de Portugal.Sara Ferreira

O JAZZ SAIU À RUA

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Fitas na RuaVários locais

Sábados e domingos | 22h……………………

Entrada livrewww.egeac.pt

CINemA mULtICULtURAL As Fitas na Rua estão de regresso à cidade com o melhor cinema do mundo. Até final do mês, a multiculturalidade das estéticas e linguagens vão levar o público à Índia de Bollywood, à Suécia contemporânea, à França de Varda e Millet, e de Siza Vieira e Arpad Szenes, ou ao Portugal marginal de Kilas e Pepsi-Rita.

De um cineasta que em 40 anos rodou apenas quatro filmes, Tu, Que Vives, de Roy Andersson, é exibido na Praça do Rossio no próximo dia 19, numa noite dedicada ao cinema sueco, mas que não inclui Bergman. Na noite seguinte, as Fitas vão estar sob o Arco da Rua Augusta, onde se apresenta um épico do cinema indiano, Umrao Jaan, de J.P. Dutta, com a mais famosa actriz de Bollywood, Aishawya Rai, no papel de uma cortesã real do século XIX enleada nos laços da paixão.

A fechar o fim-de-semana, no dia 21, as escadinhas da Travessa dos Teatros, mesmo ao lado do São Luiz Teatro Municipal, transformam-se em plateia para um reencontro muito especial com a arte de Mário Viegas, protagonista de Kilas – O Mau da Fita. Dirigido em 1980 por José Fonseca e Costa, Kilas foi um dos maiores sucessos de sempre do cinema português. Da banda sonora, da autoria de Sérgio Godinho, sairia o já clássico Balada de Rita, interpretado no filme por Lia Gama.

A 27 de Agosto, no Mercado de Benfica, Agnés Varda convida, a partir de um quadro de Millet, a uma inquietante reflexão sobre a persistência, tema do aclamado documentário Os Respigadores e a Respigadora. A fechar o mês, no Jardim das Amoreiras, oportunidade rara para ver a primeira obra de José Álvaro Morais, Ma Femme Chamada Bicho, um olhar intimista sobre dois “franceses por adopção”: os pintores Maria Helena Vieira da Silva, portuguesa, e Arpad Szenes, húngaro. Nessa noite de 28 de Agosto, a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva estará de portas abertas das 20h30 às 22h30.

Frederico Bernardino

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Em Agosto e Setembro, os fins de tarde de domingo podem ser passados na companhia das diferentes formações de músicos da Metropolitana. Esta é a proposta de Clássicos da Rua que, pelo terceiro ano consecutivo, integram mais uma edição de Lisboa na Rua.

Assim, a 21 de Agosto, na Avenida da Liberdade, ou a 28 de Agosto na Tapada das Necessidades, pelas 19 horas, pode relaxar ao som dos Almost6, um quinteto de trompetes com percussão, formado em 2007, cujo repertório vai do barroco ao pop

e do jazz à música portuguesa contemporânea. Andrés, Escher e Carlos Santana são alguns dos compositores presentes no alinhamento destas actuações.

A 4 ou a 11 de Setembro, nos Jardins Móveis do Cais do Sodré e no Largo Camões, respectivamente, é a vez do Quinteto de Metais da Metropolitana, formação que aposta num reportório marcado pela versatilidade dos ritmos e pelo calor das melodias, apresentar temas de Riviera, Tom Jobim e P. Prado, entre outros.Sara Ferreira

clássicos modernos

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Quando as noites de Verão teimavam em não querer aparecer, eis que, a coincidir com mais uma edição do Jazz em Agosto, elas chegaram. Poder-se-ia dizer que o calor veio com o jazz para que se conjugassem condições óptimas para usufruir de boa música num lugar singular da cidade, o Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian. Mas, pondo-se à prova de caprichos climatéricos, o Jazz em Agosto garantira este ano habitar os dias úteis outras paragens, mais especificamente no Teatro do Bairro que, ao longo de três noites, se transformou em clube de jazz, onde num ambiente bem informal se conversa, se fuma e bebe um copo e, claro está, se ouve excelente música.

Se aqui não nos cabe fazer a história meteorológica das noites do Jazz em Agosto, nem tão pouco narrar concerto a concerto as incidências deste festival que, todos os anos, anima o mês mais veraneante do ano, podemos permitir-nos olhar alguns momentos e protagonistas, ou até mesmo algumas noites que, mais do que estivais, foram, garantidamente, inesquecíveis para quem as viveu. A começar pela primeira, quando uma lenda viva do jazz fez lotar o Anfiteatro e mostrou o quão relativo é ter 82 anos de idade.

Com uma surpreendente vitalidade criativa, bem evidente nas improvisações que fez ao piano, balançando entre o registo erudito da música ocidental e o experimentalismo jazzistico, Cecil Taylor apresentou-se ao público sem beliscar minimamente os pergaminhos que construíram a lenda em seu redor.

AS NOITES QUENTES DO JAZZ

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Musicalmente, e como nos sublinhou um fã que ali, naquele mesmo local, assistira ao espectáculo de 1988, “os anos não passam por Cecil e ele continua brilhante”. A cumplicidade do músico com o público só terá sido traída quando a récita de um poema do próprio se tornou longa demais e muita gente acabou por abandonar o recinto. Inevitavelmente, no final, quem ali ficou teve a honra de aplaudir de pé um dos nomes maiores do jazz contemporâneo.

A fechar o primeiro fim-de-semana do festival, um dos mais memoráveis concertos desta edição do Jazz em Agosto, coube ao noneto Organic, liderado pelo trompetista Wadada Leo Smith. Ao longo de duas horas de muito groove, experimentalismo e improvisação, a plateia saiu rendida ao talento meticuloso de Wadada e dos seus extraordinários e talentosos músicos. Um concerto empolgante onde estiveram bem presentes a memória do jazz (de Duke Ellington a Miles Davis) e o futuro perfilado na música que não se confina a qualquer tipo de fronteira.

Ao longo da semana, no “clube de jazz” Teatro do Bairro, formações mais pequenas apresentaram excelentes espectáculos a um público muito descontraído e animado. A estreia da sala da Rua Luz Soriano no Jazz em Agosto fez-se com um concerto vibrante do Humanization 4tet, liderado pelo guitarrista português Luís Lopes. O quarteto luso-americano (para além de Lopes, constituído por Rodrigo Amado e pelos irmãos Stefan e Aaron González) centrou a sua actuação em Electricity, álbum editado no ano passado pela francesa Ayler Records, deixando bem presente um som poderosamente rítmico onde confluem múltiplos elementos e linguagens musicais que vão do universo do rock pesado ao jazz mais clássico.

No regresso à casa-mãe, o Anfiteatro da Fundação Calouste Gulbenkian, e ainda com as noites a proporcionarem o conforto e a tranquilidade estival, assinala-se o regresso muito saudado do saxofonista Peter Brötzmann, nome inigualável da improvisação europeia que completou, em Março passado, 70 anos de idade. A fechar esta formidável edição do Jazz em Agosto, Lisboa teve a honra de proporcionar a estreia do Large Ensemble, de John Hollenbeck, na Europa. Junto de músicos de elite, o baterista norte-americano apresentou o seu projecto mais arrojado de sempre, naquela que foi mais uma noite quente de jazz. Para o ano, há mais.Frederico Bernardino

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Cadernos Moleskine ilustrados por português

Vídeo português integra exposição no MoMA

Sangue do meu Sangue marca presença em festivais

As inscrições de filmes para a 9.ª edição do IndieLisboa, a decorrer de 26 de Abril a 6 de Maio de 2012, encontram-se abertas até 23 de Janeiro do próximo ano. As inscrições de filmes devem ser feitas através de formulário próprio mediante consulta de regulamento, disponíveis no sítio HYPERLINK “http://www.indielisboa.com” www.indielisboa.com. O objectivo do festival continua a ser a exibição das obras mais interessantes que se vão fazendo na produção cinematográfica nacional e mundial.

O mais recente filme de João Canijo, Sangue do meu Sangue, vai ter a sua estreia mundial em quatro dos mais importantes festivais de cinema do mundo. No espaço de um mês, entre 6 de Setembro e 18 de Outubro, o filme vai ser apresentado em competição no Festival de San Sebastian, seguindo-se o Festival de Toronto, o do Rio de Janeiro e ainda o Festival de Busan, na Coreia. Por cá, Sangue do meu Sangue terá a sua estreia nas salas a 6 de Outubro

O trabalho de um jovem investigador português integra a exposição Talk to me, patente no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque. Criado por Pedro Miguel Cruz, investigador da Universidade de Coimbra, Visualizing Lisbon’s Traffic é um vídeo que representa a dinâmica da circulação automóvel durante um dia, como se o mapa da cidade fosse um organismo vivo. Talk to me é uma exposição temporária sobre o modo como o design estabelece efeitos de comunicação entre pessoas e objectos.

É já em Setembro que chega às papelarias e livrarias não um, mas dois, cadernos Moleskine ilustrados por um português. Em Abril de 2009, a marca italiana começou a aceitar contribuições externas numa área da sua página de internet a que chamou MyMoleskine. A iniciativa pretendeu homenagear a “criatividade e liberdade de expressão” e contou com mais de 2.400 imagens recebidas, entre as quais duas do lisboeta Ricardo Cabral, que acabaram seleccionadas.

Abertas inscrições para o Indie 2012

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:::ExposiçõEs:::

O Começo de um Novo CicloAté 12 de setembro, na praça do império, junto à entrada do Centro Cultural de Belém, está patente o quarto momento expositivo do projecto CONTENTORES. Uma intervenção do artista angolano António ole, que resulta numa instalação, íntima e reflexiva, que explora o movimento contemplativo e o potencial hipnótico da água. Nascido em Luanda, em 1951, onde vive e trabalha, ole apresenta um trabalho que marca o “fecho de um ciclo” protagonizado pela série de trabalhos Township Walls, de onde se destaca a mediática instalação feita com contentores – The Entire World/Transitory Geometry (2010) –, que cobriu parte da fachada do Hamburger Bahnhof – Museum for Contemporary Art, em Berlim.

ExpOsiçõEs

- pequenos pessoas | Até 31 de Agosto | Casa Fernando pessoa http://mundopessoa.blogs.sapo.pt

- A João Guimarães Rosa: fotografias de Maureen Bisilliat | Até 1 de setembro | Casa Fernando pessoa

- Gestalt | pintura de Taita Cunha | Até 2 de setembro | Biblioteca-Museu República e Resistência | Estrada de Benfica, 419 | 21 771 23 10

- Resto | De Ramiro Guerreiro | Até 4 de Setembro | Pavilhão Branco do Museu da Cidade

- Exposição de Finalistas de pintura 09’10 | Até 4 de SetembroGaleria Palácio Galveias | Campo Pequeno | 21 817 05 34

- Ruin’Arte | Fotografia de Gastão de Brito e Silva | Até meados de setembro | Museu do Teatro Romano | pátio do Aljube, 5 | 21 882 03 20

- Hemeroteca Municipal de Lisboa: História e património | Mostra documental | Até 24 de Setembro | Átrio e escadaria da Hemeroteca Municipal de Lisboa | http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt

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O Outro

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Lago dos Cisnes

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página 11eem agenda

:::exposições:::

O Corpo como PaisagemA exposição O Corpo como Paisagem traz pela primeira vez a portugal a obra de Jorge Marín, um dos artistas plásticos mexicanos com maior projecção na arte contemporânea mundial. Composta por esculturas de bronze que representam o corpo humano em imagens diversas, esta é uma exposição itinerante que já passou por Barcelona e Madrid, e passará ainda por istambul, Bruxelas, Berlim, Viena, Bucareste, Budapeste e Moscovo. Vinte e uma esculturas deste conceituado artista plástico mexicano, podem ser apreciadas, a partir de 18 de Agosto, no Museu da Água na Mãe d’Água das Amoreiras. Na próxima edição da Lisboa Cultural será publicada uma entrevista exclusiva com o artista..

Cinema

- Filmes das nossas Vidas | Até 26 de setembro | segundas-feiras, 21h30 | Casa da Achada | www.centromariodionisio.org

músiCa

- OutJazz | até setembro | Vários locais | entrada livre | www.ncs.pt

- noites do atlântico: ekundayo Band | Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga | 25 de Agostowww.casamericalatina.pt

- Play | Até 18 de setembro | Galeria Quadrum | Rua Alberto oliveira, palácio dos Coruchéus 52 | 218 170 534

- m&m – mnaa/mUDe artes e Design | Museu Nacional de Arte Antiga – até 2 de outubro | MUDe – até 4 de setembrowww.mude.pt

- a Voz das Vítimas | Até 5 de outubro | Antiga Cadeia do Aljube | Rua Augusto Rosa, n.º 42, à sé

- Retratos em Barro | Até 23 de outubro | Galeria do Museu Rafael Bordalo pinheiro | Campo Grande, 382entrada livre | 218 170 671

- Duarte Pacheco – Do Técnico ao Terreiro do Paço | Até 23 de Novembro | instituto superior Técnico de Lisboa Átrio do pavilhão central | entrada livre | 218 417 622