16 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Última Página dezembro 2016
Bem merecido-Logo pela manhã cedo sai a camioneta a caminho da Arrábida, com o intuito de conhecer o mítico Convento
da Arrábida A serra estava coberta pela luz do sol. Foi uma lição ao vivo dado pelo sr. Quirino de Almeida, um
frade franciscano que viveu 22 anos nesse espaço. A paragem seguinte foi no Mercado do Livramento, em
Setúbal. Espaço amplo e luminoso, fruta fresca, peixe fresco, sorrisos e gargalhadas, valeu! Mas o momento por
muitos espero aconteceu cerca das 13h00 no restaurante Bombordo. Peixe grelhado de qualidade variada, sala-
da, açorda e batatas… bem regado. O resto da tarde foi no Convento de Jesus onde estão representadas coleções
relacionadas com arte, história, arqueologia e numismática. A nível artístico sobressaem as coleções de pintura,
sobretudo a do século XVI, escultura sacra, ourivesaria, azulejaria e outras artes decorativas. What a Day!RV
HOJE FOMOS PASSEAR—O tradicional passeio de final de ano letivo 2015 –2016 CONVENTO DA ARRÁBIDA E CIDADE DE SETÚBAL
Mais um património português descober-
to por investigadores estrangeiros.
Pág. 8
Atentado em Paris—um ano depois.
Pág. 5
HOJE FOMOS PASSEAR AO CONVENTO DE
ARRÁBIDA E EM SETUBAL
FUTUROS DOUTORES SAIRAM DA JOSEFA
Obrigado pelo vosso desempenho. Pág. 9
Provas Finais Nacionais do 9º ano—2016
Parabéns aos nossos professores pelos resultados alcançados.
(ler editorial e pag 8)
Português Médias Matemática
57,00% Nacional 47,00%
61,77% Josefa de Óbidos 57,95%
S R É
V RÉS-VÉS
Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão - Escola Josefa de Óbidos - Ano 6 nº 1 dezembro 2016— -1=
Próximo número é
dedicado ao Natal
A escola tem uma unidade
de multideficiência Pág. 7
Última página
15
Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
dezembro 2016 DESPORTO
Participação da Equipa de Voleibol da Escola Josefa de Óbidos nos Encontros de Iniciados Femininos no Torneio de Desporto Escolar
5º encontro (Final) em 14 de Maio de 2016
Escola Josefa de Óbidos vrs Escola Secundária do Restelo
Decorreu no passado sábado, 14 de maio, o último encontro de voleibol iniciadas feminino que contou mais
uma vez com a presença da Escola Josefa de Óbidos. Foi com muito fair-play, atitude positiva e bastante
energia que a nossa equipa se debateu com equipas cujas jogadoras na sua maioria jogam ao nível mais alto
de Voleibol federado. Trazemos um merecido 6° lugar num to-
tal de 16 equipas!!! Estas alunas/equipa estão de PARABÉNS
não só pela sua atitude, como pela dedicação e esforço manifes-
tados ao longo destes 8 meses de treino neste ano letivo, abdi-
cando a maioria da sua hora de almoço para dedicarem 90 mi-
nutos por semana ao Voleibol. Para elas os nossos PARA-
BÉNS!!!!
A professora e treinadora, Margarida Leite
2 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Editorial
Rés-Vés Propriedade do Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de
Gusmão. Escola sede - Escola Básica e Secundária Josefa de
Óbidos - Rua Coronel Ribeiro Viana, nº11 - 1399-040 Lisboa -
tel. 213929000, fax.-213929003
COORDENACÃO: Francisco R. Lopes, Jorge Lagoa,
COLABORADORES: Anabela Antunes, Alexandra Lopes,
Sandra Pires, Susana Bessa
JORNALISTAS: (alunos): Alexandre Resende, Ana Cardo-
so, Carlos Filipe Cátia Santos, Daniela Sousa, Flávio Ferrei-
ra, Graça Maria, Isabel Biehrens, Isabel Romão, Joana Pi-
nheiro, Loureço Louro , Mariana Luz, Zaida Carriço
A JOSEFA DE PARABÉNS
Nestes últimos dias a Escola por-
tuguesa tem estado em alta por
causa dos resultados surpreen-
dente dos alunos portugueses no
PISA. Tem causado espanto
além fronteiras levando o grande
periódico espanhol El Pais a publi-
car um interessante articulado sobre La
buena Escuela Portuguesa e os surpre-
endentes resultados dos nossos alunos
entre os países da OCDE: Portugal es
el único país europeo que mejora
continuamente su nivel educativo
desde el año 2000. Justifica o seu
espanto que ni la bancarrota del
país ni el recorte de sueldos de
los profesores ni el aumento de
alumnos por aula. Nada. Nada
altera esta situação. A nossa es-
cola está de parabéns e isso deve
-se, sobretudo, ao trabalho dos
alunos e dos profesores. Os alu-
nos, Vasco Lobo [19,3 valores ] e
Irina Spac[18,6 valores] entraram
para o tão desejado Curso de Me-
dicina, são um exemplo disso
messmo.
Nos exames do Português e Ma-
temática do 3º ciclo a escola su-
plantou em seis pontos, a média
nacional. Estamos no caminho
certo, da estabilidade das políti-
cas e das regras de trabalho as-
sertivas . O que é preciso é con-
solidar aquilo que existe e não
estarmos sempre a mudar. Dei-
xem os profesores trabalhar desta
forma no desempenho das suas
tarefas.
De volta…. à
Josefa
Nunca tive boa
memória por
isso não me es-
panta não me
lembrar bem do meu primeiro dia
de aulas na Escola Secundária Jose-
fa de Óbidos. Mas há três coisas
que quando penso nesse dia me
lembro logo: o recreio, os amigos e
os corredores.
Lembro-me que sete anos passaram
a voar. Entre aulas, as conversas
nos corredores, as brincadeiras no
recreio e os jogos de matraquilhos
na associação o tempo voou. Entrei
no dia que fiz 12 anos e saí com
quase 18.
Não vos vou mentir. Tenho muito
más memórias desses tempos. Uma
adolescência cheia de borbulhas,
um peito que não crescia, namora-
dos que não haviam e amores não
correspondidos, as discussões com
as amigas, as discussões com pesso-
as que não conhecia de lado ne-
nhum para ajudar as amigas…as
aulas de educação física, as aulas de
matemática… Acreditem que foi
muito difícil. Mas depois aparece-
ram as peças de teatro, os torneios
de basquete, os desfiles de moda, os
magustos, os bailes de finalistas, as
cantorias no recreio, da Josefa (a
cadela que por lá morava) e oh meu
Deus...que saudades disso tudo!
Fiz amigos para a vida. E por muito
que possa parecer estranho, alguns
desses amigos foram meus profes-
sores. Lembro-me da professora
Céu Neves, da Luna Ruah, do Má-
rio Falcão, da Maria José Coelho.
Alguns são hoje meus amigos nas
redes sociais e vão acompanhando
o meu percurso. A vida dá tantas
voltas que um dia quando reparei
dava catequese à filha de um pro-
fessor meu, vejam bem.
Foram sete os anos vividos na Jose-
fa. Sete anos de exemplos, de estu-
dos, de cábulas, de perdas, de cho-
ros, de risos, de sorrisos, de foto-
grafias. Tenho imensas fotografias
desses tempos. Dos meus colegas.
No recreio, na associação, nos cor-
redores, na escadaria, na bibliote-
ca…
Sei que agora nada está como era
no meu tempo. Faz parte. Há que
mudar para evoluir. Ainda não fui
ver estas mudanças. Mea culpa.
Mas desejo que quem hoje lá anda
daqui a alguns anos possa olhar pa-
ra as memórias que estão feitas hoje
como eu olho: com imensa saudade
e vontade de voltar.
Dentro daqueles muros o meu per-
curso foi feito de sonhos. Com mui-
tos altos e baixos, sobretudo baixos.
Mas feito com a garra de quem sabe
o que quer. De quem cresceu com
um sonho. De quem cresceu com a
certeza que um dia vai vencer. E os
professores sempre do meu lado.
Continua na pág. 15
Destaque dezembro 2016
NA PRIMEIRA PESSOA
Sabias que na escola há isto?
* Andebol - O andebol é uma atividade onde
te podes divertir desenvolvendo as tuas capa-
cidades físicas e mentais. Aprendes a traba-
lhar em equipa e a saber que todos são impor-
tantes e necessários para alcançar objetivos.
Experimenta e diverte-te!
* Xadrez - O xadrez ajuda-te a desenvolver
as tuas capacidades mentais, ensina-te a ter
paciência, ponderação, calculo e método. Tu-
do vai ser muito útil e aplicável às outras ma-
térias a que te decidires dedicar como por
exemplo a Matemática. Terás como objetivo
superares outros mas principalmente a ti pró-
prio. Experimenta e diverte-te!
* Judo – O Judo desenvolve físico e mente
mas sobretudo ensina-te autocontrolo e res-
peito pelos outros. Saberás ao longo do tempo
avaliar os outros e quererás melhorar sempre
mais. Experimenta e diverte-te!
* Dança Criativa - A dança criativa não só
consegue desenvolver as tuas capacidades fí-
sicas e mentais como te permite exprimir indi-
vidualmente as tuas emoções e sentimentos de
forma harmoniosa e criativa. Experimenta e
diverte-te!
Mariana Luz 5º G nº 20
Continuação da pág. 2
De volta…. À Josefa
Sempre do meu lado a incentivar-me a querer mais, a querer aprender mais, a ser mais e melhor. A ensina-
rem-me uma lição que se tornou lema: desistir não é opção.
Sempre falei pelos cotovelos. Para o bem e para o mal o falar muito é uma característica que me define.
Sempre quis comunicar.
Licenciei-me em ciências da comunicação e da cultura, na variante de jornalismo, e os meus últimos traba-
lhos foram na Sic e na Sic Radical.
Ana Filipa Vougo
dezembro 2016 Estórias da História
14 3 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
PARCERIA COM A COMUNIDADE dezembro 2016
Estórias da História
BOAS FESTAS Mais uma vez a Junta de Freguesia de Campo de Ourique vai levar
efeito as comemorações da quadra natalícia com uma série de evento no mês de dezembro.
Historiadoras inglesas visitaram uma mansão
perto de Oxford e aí encontraram um quadro do
século XVI que retratava uma rua renascentista.
Uma rua bem portuguesa que foi palco
do comércio de mercadorias de todo o mundo. A casa foi construída pelo escritor, artista e filósofo
socialista William Morris, que lá viveu desde meados
do século até à sua morte, em 1896. Foi aberta ao pú-
blico.
Este quadro foi descoberto por dois investigadores, que
concluíram tratar-se de uma imagem da Rua Nova dos
Mercadores, na baixa da Lisboa manuelina. Ficava on-
de agora passa a Rua da Alfândega.
O quadro é um livro aberto sobre Lisboa do século
XVI. Observado com muita atenção por um grupo de
vários historiadores de várias especialidades que desco-
briram o significado de tudo o que lá se via: a arquitec-
tura ainda com influências árabes, o carácter multirraci-
al da população, habitantes e visitantes, os artefactos
negociados nas lojas e os produtos vindos de todo o
mundo que estavam em exposição; porcelanas chine-
sas, papagaios brasileiros, marfins de África e do Sri
Lanka, joalharia,
lacados, têxteis da
Ásia e pedras preci-
osas dos entrepostos
onde os portugueses
negociavam. A par-
tir dos objectos e
figuras, os especia-
listas conseguem
extrapolar um sem
número de factos,
como os modelos de
negócio então prati-
cados, o percurso
dos produtos pelos portos dos sete mares e até hábitos
da vida quotidiana da cidade.
Para eventuais interessados, o resultado de todas estas
pesquisas foi publicado num volume de grande forma-
to, com 300 páginas, editado pelas historiadoras e com
os comentários dos quinze críticos. Chama-se “The
Global City: On the Streets of Renaissance Lisbon”.
Adaptado de Público on-line - RV
PALÁCIO/CONVENTO DE MA-FRA—A primeira pedra tem 300 anos.
Foi a 17 de Novembro de 1717 que
foi lançada a primeira pedra para a
construção do Palácio/Convento de
Mafra.
Neste dia, em 1717, começavam os
trabalhos de construção do Palácio
Nacional de Mafra, iniciativa de Jo-
ão V de Portugal. Caracterizado pe-
lo seu estilo barroco português sete-
centista, foi classificado como Mo-
numento Nacional em 1910 e um
dos finalistas da iniciativa Sete Ma-
ravilhas de Portugal, a 7 de Julho de
2007. A obra é de uma dimensão
extremamente
grande, impressio-
nante, um colosso
como testemunha
a sua área de
aproximadamente
40 000m2, a sua
fachada com 232
metros, os seus 29 pátios e 880 salas
e quartos, as suas 4500 portas e ja-
nelas ou ainda as 217 toneladas que
pesam os 110 sinos do seu famoso
carrilhão.
Na construção chegaram a trabalhar,
simultaneamente, quarenta e cinco
mil operários, guardados por sete
mil soldados, para não fugirem.
Vale a pena uma visita.
Palavra de Rei…. A fundação deste mosteiro de fra-
des arábicos deve-se a um promes-
sa feita por D. João
V casoa raínha fosse
bem sucedida na
concessão de um fi-
lho que tardava. Esta
promessa cumpriu-se
em 1711 ano em que
nasce a princesa Ma-
ria Bárbara, a primogénita do rei.
O projecto inicial estava dimensi-
onado para acolher treze frades,
mas no final da obra albergava
mais de 300.
Foto de Luísa Lopes
Josefa de visita o Palácio de Mafra
Liga dos campeões da EJO
Chegou ao fim a primeira fase do
torneio de futebol mais apaixonan-
te de todas as escolas em Lisboa.
Ao todo foram 24 jogos, cheios de
história e peripécias. Houve golea-
das, houve derrotas na secretaria,
houve jogos disputados do primei-
ro ao último minuto, e uma coisa
vos digo, jogos houve em que, os
jogadores em campo mereciam que
se tivesse comprado bilhete, tal foi
a qualidade apresentada em campo.
No que toca a estatísticas, tivemos
no Sandro Silva o rei dos goleado-
res desta primeira fase com 41ten-
tos, seguido de Marco Pires com
28 e de Ivan Cunha com 20.
Não menos importante, o luvas de
ouro desta primeira fase encontra-
se nas mãos de três jogadores, João
Barroca, Rodrigo Ruela e Pedro
Almanso, que sofreram 2, 2 e 3
golos respetivamente.
Uma nota final para a indisciplina,
ou falta dela, que graças ao fair-
play e respeito dos quase 150 joga-
dores inscritos, não houve até ao
momento necessidade de tomar
medidas disciplinares mais gravo-
sas, o que é de salutar.
O sorteio da fase a eliminar foi no-
dia 5/12 e com certeza a sorte dita-
rá mais um enorme conjunto de
optimas partidas de futebol escolar.
A todos vós bons jogos, e que ven-
ça o melhor.
Álvaro Nóbrega Ascenso
[PASE]
4 13 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secaundária Josefa de Óbidos
novenro 2016 Notícias
NOTÍCIAS DA BIBLIOTECA Pelo segundo ano consecutivo, a professora bibliote-
cária e a turma do ensino integrado de música (actual
8ºF) apresentaram na escola uma peça de teatro.
Partindo dos conteúdos das disciplinas de História e
de Língua Portuguesa, os professores Ana Marques e
José Miranda simularam uma entrevista apresentada
num canal televisivo, o canal Josefa TV, cujo tema
era “A expansão portuguesa contada por reis e nave-
gadores dos séculos XV e XVI”. Foram realizadas
duas sessões na biblioteca, no dia 6 de maio, uma de
manhã, à qual assistiram as turmas 5º E, 6º D, 8º D e
8º F (cerca de 82 alunos) e outra à tarde, destinada
aos Encarregados de Educação.
São Martinho na escola com a Unidade
No dia 11 de Novembro, os alunos das unidades das
salas 6 e 8, desenvolveram actividades de venda de
produtos alimentares confeccionados por eles. Os
jovens da sala 6 fizeram compotas de doce de maçã
e de abobo-
ra e os alu-
nos da sala
8, fizeram
bolachas de
manteiga e
salame. Foi
um sucesso,
vendeu-se
tudo e as pessoas que consumiram os produtos ali-
mentares elogiaram os mesmos.
No dia seguinte, “Dia de São Martinho” os alunos
das salas, 5, 6 e 8 estiveram a festejar o dia de São
Martinho, pois, todos foram convidados a trazer cas-
tanhas para o convívio. Correu tudo muito bem e
todos se divertiram muito !
Isabel Carmo e Lídia Faísca
Efeméride junho 2016
Magusto na escola 72 No dia 11 de novembro a Escola nrº
72, convidou o coro da Academia
Sénior da Estrela para virem atuar
com cânticos tradicionais.
No final da atuação a escola teve o
prazer de usufruir da companhia
deste grupo durante a realização do
Magusto.
No final a escola
ofereceu um li-
vro de Poemas
dedicado ao coro
e um ramo de
rosas.
11 de Março- Animação de leitura do livro
“Queres namorar comigo?” Os 70 alunos do pré-escolar da escola Ressano Gar-
cia vieram mais uma vez até à biblioteca da escola
sede para assistir a mais uma história. “Queres namo-
rar comigo?” de João Ricardo, com ilustração de Ana
Sofia Gonçalves e publicado pela Dinalivro foi o li-
vro apresentado nesta ocasião. A leitura da história
foi antecedida de uma agradável conversa com as cri-
anças, a propósito do tema namoro. Depois levaram
para a sala uma ficha para pintar as persona-gens do livro, um caracol e uma girafa.
D. Sebastião morre em Alcácer Quibir em 1578 (África) sem deixar herdeiro ao trono. É aclamado rei de
Portugal, o tio-avô de D. Sebastião e seu parente mais próximo, que governou só 2 anos. Mais uma vez, o
trono ficou vazio. Surgiram três pretendentes todos netos do falecido rei D. Manuel I: D. António, Prior do
Crato, Catarina, a Duquesa de Bragança, e Filipe II de Espanha.
A maioria do povo apoiava D. António, que rejeitava a ideia de um rei espanhol em Portugal e foi aclamado
rei na vila de Santarém, a 19 de junho de 1580. No entanto Filipe II conseguiu obter o apoio do alto clero, de
grande parte da nobreza, dos intelectuais, comerciantes e burocratas. As tropas espanholas comandadas pelo
Duque de Alba, derrotam as tropas fiéis a D. António Prior do Crato na batalha de Alcântara. D. António foi
obrigado a sair do país. Nas Cortes de Tomar, em abril de 1581, o rei espanhol foi solenemente jurado e acla-
mado rei de Portugal, com o título de Filipe I. Fez várias promessas entre as quais: manter a moeda, a lín-
gua, os costumes portugueses e a atribuição de cargos de governo de Portugal apenas para portugueses.
Dá-se a União Ibérica (duas nações, um só rei) que vai durar 60 anos :
Filipe II de Espanha Filipe I de Portugal
Filipe III de Espanha Filipe II de Portugal
Filipe IV de Espanha Filipe III de Portugal
D. Filipe II e D. Filipe III, não respeitaram as promessas feitas aos portugueses. A situação piorou quando
Espanha entrou em guerra com a França, a Holanda e a Inglaterra. Este, aumentou os impostos, incorporou
os soldados portugueses no exército espanhol e os inimigos de Espanha começaram a atacar as coló-
nias portuguesas.
À revolta popular juntou-se o descontentamento da nobreza em muito prejudicada neste período. No dia 1 de
dezembro de 1640 um conjunto de nobres aproveitou o enfraquecimento da Espanha e a ausência do rei em
Portugal para organizar uma conspiração para matar a vice-rei de Portugal, a duquesa de Mântua. Bem suce-
didos, aclamaram a Restauração da Independência do Reino de Portugal.
D. João, duque de Bragança, é aclamado rei de Portugal com o título de D. João IV. RV
dezembro 2016 Notícias da Josefa
12 5 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Notícias da Josefa novembro 2015
Um Ano após os Atentados de Paris
“Primeiro, recordar e homenagear aqueles que per-
deram as suas vidas no ataque de há um ano e, se-
gundo, celebrar a vida e a música que este histórico
teatro representa, escreveu Sting, o ex-vocalista dos "The
Police"
Fez em 13 de Novembro, um ano que aconteceram os
Atentados em Paris.
No dia 13 de Novembro de 2015, a cidade de Paris e
a localidade de Saint- Denis, foram alvo de vários
ataques terroristas.
O primeiro ataque terrorista ocorreu no Stade de
France, onde decorria o jogo França - Alemanha, que
foi interrompido por volta das 21:15 h, na sequência
de três explosões. Perto do estádio, um taxista portu-
guês, emigrante em Paris, foi a primeira vitima dos
terroristas.
O ataque mais mortal foi no Teatro Bataclan onde os
terroristas fuzilaram 89 pessoas que assistiam a um
espetáculo de uma banda americana chamada "Eagles
of Death Metal".
Houve outros ataques em várias ruas de Paris, nome-
adamente no Boulevard Voltaire e Rue de Charonne,
no centro da Cidade Luz.
Nestes ataques terroristas morreram 137 pessoas
(incluindo 130 vitimas e 7 terroristas) e ficaram feri-
das 352 pessoas.
Estes ataques foram os mais mortais na França desde
a Segunda Guerra Mundial e também foram os mais
mortais na União Europeia desde os Atentados de
2004 em Madrid.
Passado um ano, o Bataclan
reabriu com um concerto de
Sting, tendo o Presidente
Frances, François Hollande,
inaugurado uma placa , junto
ao Stade de France, em ho-
menagem a Manuel Dias, o taxista que morreu junto
ao estádio. Por todos os locais onde houve vitimas,
foram descerradas placas de homenagem.- o estádio
nacional, os bares e restaurantes Le Carillon, Le Petit Cam-
bodge, La Bonne Bière, Cosa Nostra, Comptoir Voltaire, La
Belle Équipe e, finalmente, a sala Bataclan.
Lourenço Louro, 20, 7º D
Em memória aos portugueses vítimas do terrorismo em França no dia 13.11.2015.
PRECILIA CORREIA
MANUEL DIAS
António Guterres e a ONU António Guterres, o português que vai substituir Ban
Ki-Moon como secretário-geral
da ONU, graças a uma votação
com treze votos a favor e ne-
nhum voto negativo dos estados
membros permanentes do Con-
selho de Segurança, nasceu a 30
de abril de 1949 em Lisboa.
Foi chefe do governo português entre 1995 e 2001,
altura em que pediu a sua demissão depois da derrota
do PS nas eleições autárquicas.
Entre 2005 e 2015, desempenhou o cargo de Alto Co-
missário das Nações Unidas para os refugiados, tendo
o seu trabalho recebido rasgados elogios, já que o
ACNUR passou de ser uma organjzação criticada pe-
la excessiva burocracia, para um dos órgãos mais fun-
cionais e bem sucedidos da ONU.
Diplomatas internacionais, referem António Guterres,
como a pessoa ideal para mobilizar o mundo em prol
da paz e da segurança dos direitos humanos e do de-
senvolvimento sustentável, graças à sua capacidade
de mediação, congregação de ideias e consensos.
Maria Pecegueiro 9º A nº 7
As Previsões dos Simpsons
Os Simpsons ( 1989 – Presente ) é
uma série de animação adulta e
sitcom norte-americana.
Esta série, é a mais longa da história
da Tv Mundial, tendo tido o aval
para a concretização da 30ª Tempo-
rada.
Esta família é muito conhecida por
fazer previsões de acontecimentos
futuros.
Começamos a falar de previsão em
1994, quando o Homer previa o vi-
deoclipe de Miley Cyrus de 2013.
No episódio “O Casamento da Lisa”
da 6ª Temporada, Lisa e Marge apa-
recem numa videochamada, coisa
que, só em 2010 foi lançado pela
Apple, através do Face Time.
Em 1997,eles previram que iria ha-
ver o ressurgimento de uma doença:
o Ébola.
Mas os Simpsons também previram
um acontecimento muito triste: O
ataque ás Torres Gémeas em 1997.
Quando a família dos Simpsons vai
a Nova Iorque, o carro deles desapa-
rece mas quando Homer encontra o
carro ele está estacionado no meio
das Torres Gémeas.
Os jogos de agricultores foram pre-
vistos em 1998. Eles previram o
“Farm Ville”, jogo que surgiu em
2009.
Em Março de 2000, Os Simpsons
previram um acontecimento muito
recente: Donald Trump como presi-
dente dos Estados Unidos da Améri-
ca. Nesse episódio, Lisa Simpson
diz que o país estava “desgraçado”
depois do que o antigo presidente,
Donald Trump fez.
Os Simpsons,previram em 2008
quando Homer vota no Presidente
Barack Obama e o voto é mudado,
situação que aconteceu em 2012.
Até no Futebol, Os Simpsons previ-
ram que o melhor jogador do Brasil,
provavelmente é Neymar Jr, se lesi-
onaria no Mundial e que a Alema-
nha ia ganhar ao Brasil na mesma
competição. Este episódio foi trans-
mitido no início de 2014.
O que acha sobre estas
previsões? É apenas
coincidência?
Lourenço Louro Nº20 7ºD
A MEMÓRIA DE UM PO-VO -DIA 5 DE OUTUBRO NA HISTÓRIA DE PORTU-GAL
Há dois factos muito importan-tes na História de Portugal, pa-ra esta data Um ocorreu em 1143 e outro em 1910,ambos têm uma coisa em comum, se-rem momentos de liberdade, ci-dadania, de orgulho nacional.
1. Em 1143, após muitas batalhas
travadas entre
primos (Afonso
VI e D. Afonso
Henriques [na
imagem ao la-
do]), foi lavrado
e assinado o Tra-
tado de Zamora, em Leão. Nesse
tratado diz-se que o reino de Leão e
Castela passam a considerar o con-
dado de Portucale como o reino de
Portugal. Mas não era suficiente
para as aspirações do monarca por-
tuguês. Precisava do reconhecimen-
to da entidade máxima do mundo
católico, o papa.
Assim, anos mais tarde, o papa Ale-
xandre III através da “Bula Mani-
festis Probatum” declara que Portu-
gal passava a ser considerado reino
independente e membro da Igreja
Católica.
2. Em 1891 [31 de janeiro) vai
acontecer no Porto, mas sem suces-
so, a primeira tentativa de derrube
da Monarquia Portuguesa. Mas no
dia 1 de fevereiro de 190 , em Lis-
boa houve um atentado contra o re-
gime. Mataram o rei, D. Carlos e o
filho mais velho D. Luís Filipe
[Regicídio]. Quem foi nomeado Rei
foi D. Manuel II . Na alvorada do
dia 5 de outu-
bro de 1910,
após horas de
confrontos,
bombardea-
mentos e tiro-
teios em Lis-
boa, a Monar-
quia rendeu-se após 767 anos a go-
vernar Portugal. O político republi-
cano, José Relva proclama, da va-
randa do município de Lisboa, a vi-
tória da República [na imagem].
Celebrou-se por otda a Lisboa e de-
pois por todo o país
Alexandre Resende
Destaque dezembro 2016
6 11 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Destaque dezembro 2016
VIVER NO NEOLÍTICO
Viver no Neolítico não é nada fácil, eu sei do que
falo. Chamo-me Lia e tenho 13 anos, o meu pai é
caçador e a minha mãe cozinha. Tenho 5 irmãos
(que são todos rapazes) que são caçadores. Vivemos
numa grande cabana e temos um pequeno curral.
Seguimos a Deusa Posidite.
A vida dos meus ir-
mãos é muito melhor
do que a minha: eles
podem ir caçar e eu
em casa a fabricar-
lhes as armas, nunca
me deixam ir á caça
com eles porque di-
zem que sou muito
frágil. Quando era
mais pequena achava
a caça uma seca, mas, agora acho-o bem giro. A mi-
nha mãe já me disse para parar com estas ideias es-
tranhas e me concentrar na minha tarefa que futura-
mente será a minha profissão: a tecelagem. Vou es-
tar todos os dias a percutir peles e fazer roupa.
Hoje aconteceu uma coisa horrível: o meu irmão
Dante morreu durante uma caçada noturna e fomos
enterra-lo. Fizemos um altar á Deusa Posidite para o
ajudar, a ele e ao Paolo que ficou ferido. Vai tudo
mudar.
Desde que o Dante morreu temos tido mais dificul-
dades: o meu pai teve de trocar todas as nossas va-
cas por pedras para fazer-lhe uma anta e como o
Paolo está ferido o meu pai passou a ir caçar com os
outros e eu trabalho no
campo e crio o gado. Às
vezes tento ser mais rápi-
da e começo a pintar ani-
mais e a nossa família na
gruta que temos lá ao pé.
O Paolo já esta bem por
isso lá volto eu a fazer
propulsores, arcos, fle-
chas e arpões. Ontem a
minha mãe apanhou-me a
pintar, mas, surpreendentemente gostou e pediu-me
para lhe ensinar. Mas, enquanto o fazíamos, come-
çou a falar-me de casar. Eu já estou farta dessa con-
versa, eu gosto de uma pessoa mas os meus pais não
querem que me case com ele. A minha paixão é o
Nicolas mas os meus pais querem o Luca. Ele é um
convencido, feio, burro e muito mau. Enquanto o
Nicolas é amável, simpático e compreende-me. A
minha mãe disse que eu pareço uma antepassada
nossa: a Palia, que também era muito teimosa para
casar. Então começou a discussão: e eu fiquei proi-
bida de sair de casa até casar com o Luca. Mas ar-
ranjei uma escapatória de casa: uma falha na cerca e
vou encontrar-me com o Nicolas. Assim a separação
é menos dura.
Ao acordar a minha mãe deu-me para vestir uma
pele surpreendentemente branca, só percebi o que
era tarde demais: o casamento ia decorrer agora. Por
isso fui a casa, peguei em várias túnicas e fugi. Mas
devia ver por onde ando, mas como não o fiz caí nu-
ma armadilha e arranhei-me toda e bati com a cabe-
ça. Ao acordar só me lembro de ver luz e cara do
Nicolas.
Ele levou-me ao colo para a aldeia e a minha desfez-
se em lágrimas quando me viu, estava muito preocu-
pada. Estiveram a tratar de mim um dia inteiro e ou-
vi o meu pai a falar com o do Nicolas: sobre o nosso
casamento, que seria logo que eu melhora-se.
Acabou por se realizar daí a uma semana. Fiquei
muito feliz e finalmente estava com o amor da mi-
nha vida. Tivemos 7 filhos, sendo que um era rapari-
ga (concordamos em deixa-la caçar e casar com que
quisesse).
E a vida foi continuando, consegui conhecer os
meus netos e vivi muito tempo, e acho que esta his-
tória viverá mis tempo.
Daniela Filipa Tavares Sousa
I Mulheres neolíticas
I Jornadas Pedagógicas do Centro de Formação Calvet de Magalhães Desafios e constrangimentos da Escola Pública: caminhos de resolução
. Este evento foi pensado visando
criar uma oportunidade para refle-
tir sobre desafios e constrangimen-
tos que se colocam, hoje em dia, à
escola pública e para partilhar idei-
as e projetos que possam apon-
tar possíveis caminhos de reso-
lução.
o evento, que decorreu no audi-
tório da Escola Secundária Jo-
sefa de Óbidos, [n] um ambien-
te agradável e tranquilo {…]
que se ficou a dever, em grande
parte, aos cuidados do Dr. Rui
Silvestre, professor do AEPBG.
Os trabalhos iniciaram-se com uma
visita guiada pelo Professor Vítor Te-
odoro, analisando a evolução dos
“lugares onde se aprendia”, desde a
Idade Média, terminando com a escola
do nosso tempo.
Seguiu-se a Professora Violante Ma-
galhães, que nos embrenhou no ensino
do Português, a língua que nos une,
apresentando as razões de escolha dos
livros aconselhados para os vários
ciclos .
As Drªs Sónia Barbosa e Emília Silva
Embaixadoras da Iniciativa Laborató-
rios de Aprendizagem (PT)/Future
Classroom Lab (EUN), apresentaram
uma proposta inovadora para trabalhar
com os alunos.
A manhã terminou da melhor forma,
com a atuação do Tiano Prio, constitu-
ído por três excelentes alunos finalis-
tas da Escola de Música do Conserva-
tório Nacional, que deliciaram a audi-
ência tocando magistralmente duas
peças, uma de Mendelshon e outra de
autor português, Eurico Carrapatoso.
As diversas hipóteses de candidatura
ao programa ERASMUS foi o tema de
abertura na parte da tarde pelo
Dr. Manuel Fernandes, o Professor
José Bravo Nico (9), a partir da análi-
se minuciosa de uma garrafa contendo
um bom vinho alentejano, fez-nos re-
fletir acerca do nosso Sistema Educa-
tivo, evidenciando o que está bem e o
que é preciso melhorar.
Celebrando o Dia Mundial da Voz,
seguiu-se a apresentação da Dr.ª Cris-
tina Vareda e do Dr. David Guerreiro,,
que chamaram a atenção para a Voz,
essa ferramenta fundamental dos pro-
fissionais da educação, deixando-nos
algumas sugestões sobre a melhor for-
ma de a precavermos
Terminámos com a apresentação da
Dr.ª Emília Lourenço que fez
referência a um programa
inovador que coordena, o
“Patas na Escola”, em que se
recorre ao melhor amigo do
Homem como mediador, ati-
vador emocional e fonte de
motivação em sala de aula,
visando potenciar as compe-
tências das nossas crianças.
Os contactos estabelecidos com os
professores presentes revelaram que
estes consideraram a realização destas
I Jornadas Pedagógicas como sendo
muito positiva. O trabalho de secreta-
riado foi assegurado por alunos do
Curso Profissional de Vendas da Es-
cola Secundária Josefa de Óbidos
Margarida Sataiva
Os novos telescópios na BEJO No dia 20 de outubro esteve na biblioteca da escola,
o professor Alexandre Cabral, da Faculdade de Ciên-
cias da Universidade de Lisboa para proferir uma
palestra sobre astrofísica para alunos do10º A e 11º A,
B e C . Acerca dos instrumentos atualmente em cons-
trução para coletar a luz, referiu os projetos dos gran-
des telescópios, como o GMT (Giant Magellan Te-
lescope), o TMT (Thirty Meter Telescope) e o E-ELT
(European Extremely Large Telescope). A constru-
ção deste último, que conta com participação portu-
guesa, foi aprovada pela ESO (European Southern
Observatory) e está a ser construído no Chile (tal co-
mo o GMT), no deserto do Atacama, um dos locais
do planeta onde o céu é mais límpido.
A terminar falou-nos do telescópio constituído por 4
telescópios separados, o VLT (Very Large Telesco-
pe), localizado a uma altitude de 2.635 m no Paranal,
no observatório astronómico do ESO.
10 7 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Destaque dezembro 2016
Destaque dezembro 2016
A Unidade de Ensino Estruturado para Alunos com Per-
turbações do Espectro do Autismo (UEE/PEA) integra,
durante o presente ano letivo, sete meninos com idades
compreendidas entre os 10 e os 18 anos. Neste enquadra-
mento, podemos
encontrar ambien-
tes diversificados
de aprendizagem,
onde são privilegi-
adas experiências
multissensoriais, as
tecnologias da in-
formação e comu-
nicação, treino de
competências sociais, de comunicação e autonomia, ativi-
dades da vida diária, atividades de caráter musical e de
expressão plástica, hortofloricultura e mostra de produtos.
Os alunos que frequentam a UEE/PEA beneficiam ainda
de desporto adaptado, terapia da fala, psicologia, psicomo-
tricidade e terapia ocupacional, num acompanhamento que
se pretende o mais individualizado possível. É todo um
caminho de construção de rotinas e de ambientes estimula-
dores da aprendizagem, tendo como base um programa
TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Rela-
ted Communication Handicapped Children), através do
qual se procura construir um mundo, o mais inclusivo pos-
sível.
Porque cada vitória é importante e a esperança é alimenta-
da por cada nova conquista diária da ciência.
A josefa tem um UNIDADE
No ano lectivo, 2015/2016, do
Curso Profissional foi por
mim vivido com entusiasmo,
empenho e muita força de
vontade, para manter os
meus bons resultados. As atividades que mais apreciei
foram várias. Destaco o visio-
namento de vídeos, em qual-
quer dos módulos, porque são
muito explícitos e informativos e tornam as aulas mais
dinâmicas. Eles ajudaram-me a conhecer os autores e
as obras em estudo e as épocas e movimentos artísti-
cos a eles associados. Descobri muito da cultura portu-
guesa - com as pinturas de Almeida Negreiros, seja
no tríptico na Rocha Conde de Óbidos “Lá vem a nau
Catrineta que tem muito que contar!”, seja nos qua-
dros “Maternidade”, ou nas várias versões das pinturas
de Pessoa. Os “cartoons”/fotografias deram visões cri-
ticas de aspectos da sociedade. As ilustrações de “Os
Lusíadas”, mostram o seu impacto pelo mundo! Os
vídeos “RTP ensina” e afins, o vídeo “Connect/
Desconnect” sobre o uso indevido ou viciante de tele-
móvel. – com ele tomei mais consciência das oportu-
nidades do convívio familiar e entre amigos que se
perdem, se só nos ligarmos ao telemóvel. Também
gostei de todos os vídeos que nos mostraram tão vari-
ados aspetos e facetas de Eça de Queirós, que nos de-
ram perspectivas e pistas de interpretação de “Os Mai-
as”. Nas representações e trabalhos visionados, as Per-
sonagens das obras em estudo, os heterónimos de Fer-
nando Pessoa, a cidade e os “quadros” de Cesário
Verde, “saltaram” do papel e “viajamos” com elas!
Foi bom descobrir a vida de Saramago e as persona-
gens do seu romance. Os textos, os livros do BEJO, os
Boletins Culturais de Fundação Caluoste Gulbenkian
também vieram e “circularam” pela sala . Os painéis
de Azulejos, os Mapas-Mundo, com as rotas de qui-
nhentos mostraram-nos a beleza da arte o da ciência
em vários “tons”. Os objetos dos Museus também!. As
pesquisas na internet de canções e poemas surpreende-
ram-nos pela variedade positiva . As fichas síntese/
trabalhos de gramática, do mesmo modo! As sínteses e
guias das obras em estudo (conteúdo e contexto), a
análise de texto, o trabalho com articulação da infor-
mação recolhida em manuais variados, por a turma
não ter manuais, foi útil. Os filmes/vídeos com a re-
presentação das obras (O Guardador de Rebanhos). As
músicas relacionadas com as obras/fados (“Os Vampi-
ros”). Revisões/Articulações com outras disciplinas.
As propostas de trabalho com vídeos. Registos escritos
e poemas. Abrem-nos “janelas culturais”. A obra que
mais apreciei foi “Felizmente há luar!”, de Luís Sttau
Monteiro, por ser uma obra em que se propôs um tra-
balho variado e onde eu entendi a maior parte da mes-
ma, com as pesquisas e pistas seguidas.
As sugestões que deixo para o próximo ano letivo é
que devem ser realizadas mais aulas práticas porque os
alunos tendem a participar mais nas mesmas. Não afir-
mando que as aulas teóricas não sejam produtivas mas
que tendem a que os alunos tenham um ar de
“preguiça” na realização das mesmas.
Para ti Os meus pais começaram a ficar preo-
cupados comigo quando perceberam
que eu não aprendia a falar. Aos quatro
anos, nem uma palavra sequer eu sabia
dizer. A minha irmã tentava puxar-me
para brincar e eu afastava-me. A mãe e
o pai tocavam-me nas mãos, a embalar
-me – e eu fugia para o canto da sala, a
rodopiar o que me passava pelos de-
dos. Às vezes, atirava com tudo pela
janela…
Por isso, quando eu tinha quatro anos,
decidiram levar-me a uma senhora de
bata branca. Num consultório muito
grande, ela quis observar-me de cima a
baixo, mas eu fugi logo para o canto da
sala. Durante muitos dias foi assim.
Ela a tentar aproximar-se, eu apenas a
tentar fugir. Até que ela conseguiu to-
car-me e eu consegui tocá-la, de man-
sinho. Muitos toques depois chegou
um nome, um diagnóstico: eu era
“autista”.
Então, eu era “autista”? Não! – tentei
reclamar longamente por dentro. Não!
Eu era apenas Pedro. Não era, não po-
dia ser “autista”. O que significava ter
autismo? A senhora da bata branca
tentou explicar tudo aos meus pais,
mesmo à minha frente:
– As Perturbações do Espectro do Au-
tismo resultam de um problema que
existe ao nível do desenvolvimento do
cérebro do vosso menino. Ele terá mui-
ta dificuldade em aprender a falar, es-
crever, calcular ou sequer brincar com
os outros… mas também poderá vir a
ser muito bom numa área da qual goste
muito. Pela vida fora, ele irá precisar
muito da vossa ajuda e de todas as aju-
das possíveis. Não sei se foi por
causa daquela inesquecível frase, mas
a verdade é que os meus pais e a minha
irmã sempre me ajudaram muito.
Quando eu fugia para o canto da sala,
eles rebolavam no chão e vinham ani-
nhar-se a meu lado! Imitavam os meus
gestos, os meus sons, até conseguirem
despertar o meu olhar. Sabes, acho que
foi o sorriso da minha irmã que um dia
me ajudou a olhá-la pela primeira vez,
olhos nos olhos, durante mais de cinco
segundos. Foi uma vitória para todos!
Muitos anos depois da primeira gran-
de vitória, cheguei aqui, a esta Escola,
onde agora te encontrei! Sabes, às ve-
zes, no meu mundo ainda faz muito
frio. Quando estou só, no meu canto, e
pareço dar grandes gargalhadas, nem
sempre estou feliz. Por vezes, estou
mesmo triste, mas estas grandes risotas
foram a solução que eu encontrei para
me esquecer da solidão, do frio e da
enorme impotência que me invade
quando tento muito falar e não consi-
go… ah! e – claro – também dou estas
gargalhadas para tentar não trabalhar!
Em meu redor, existem muitos sons,
muitos cheiros, intermináveis emoções
que se acumulam dentro de mim, pro-
vocando-me confusão, tanta confusão
que, por vezes, sinto tonturas e até pa-
rece que vou desmaiar. Nesses mo-
mentos, desejo apenas estar a um can-
to, ouvindo o silêncio da minha respi-
ração. Mas isso apenas acontece duran-
te alguns instantes ao longo do dia,
pois, embora não pareça, eu preciso da
companhia dos outros, das vozes e das
brincadeiras de todos aqueles em quem
confio para ser feliz. E o que eu mais
quero na vida é ser feliz e fazer os ou-
tros felizes.
Por isso, tu (sim, tu!), da próxima vez
que me olhares, faz apenas o favor de
me ver. Para um pouco, procura o meu
olhar e sorri. Muitos sorrisos depois,
eu co
nhecerei de cor o teu rosto, o teu cabe-
lo, o teu jeito de andar e confiarei em
ti. Será mais uma grande vitória, para
nós. E seremos amigos.
AJUDAS-ME?
A equipa da UEE/PEA – 2.º e 3.º ciclos/
secundário (2015/2016)
O AUTISMO CONTADO A UMA CRIANÇA
Renato e Ana Teixeira
Reflexão em jeito de despedida Tânia do 12º ano do Curso Profissional deixa um recado:
“[Que] devem ser realizadas mais aulas práticas porque os alunos tendem a participar mais nas mesmas.
Não afirmando que as aulas teóricas não sejam produtivas mas que tendem a que os alunos tenham um
ar de “preguiça” na realização das mesmas.”
MEMÓRIA DO BAIRRO Visão parcial do bairro de Campo de
Ourique nos finais do século XX.
No espaço vazio ficava um morro
onde viviam várias famílias .
8 9 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Destaque ULTIMA HORA dezembro 2016
Destaque dezembro 2016
DIA DO DIPLOMA—2015/16
Realizou-se no passado dia 21 de Setembro, na Biblioteca da Escola
Josefa de Óbidos, a celebração do Dia do Diploma. Foram entregues
os certificados a todos os alunos que concluiram, no ano letivo passa-
do, os cursos do ensino secundário e destacado o mérito dos alunos
Irina Spac e Vasco Martins Lobo pela excelência das classificações
obtidas no final do curso e nos exames nacionais.
Foram convidados para esta cerimónia os respetivos familiares.
Os alunos receberam o diploma das mãos do diretor da escola e de
alguns professores e outros convidados.
Galeria de imagens
PARABÉNS
“A Escola Josefa d'Óbidos, em Lisboa, ocupa o 147.º lugar entre as melhores escolas do país no ensino
básico. Mas acaba por se destacar no ranking da progressão dos resultados dos alunos. Surge mesmo
nos primeiros lugares entre as escolas onde os alunos mais progrediram a Português e Matemática en-
tre as provas do 6.º e as provas do 9.º ano. “{ PÚBLICO, 17-12-2019]
Nesta escola de Lisboa, os professores não escondem que trabalham focados nos exames, mas garan-
tem que têm um percurso próprio, independente das mudanças políticas — o que tornou possível que
os alunos tivessem notas mais altas do que era esperado. “ EIS O NOSSO SEGREDO na primeira pes-
soa.
Não podia deixar de felicitar publicamente a professora Madalena Dine pelo magnífico resulta-
do que levou a escola a atingir nos rankings escolares nacionais relativos à média nos exames
nacionais de Português no ano letivo de 2015-2016. É certo que o mérito também é nosso, mas
resultados idênticos a estes nunca seriam possíveis sem a inefável intervenção da professora.
Conseguiu colocar a escola em:
- Primeiro lugar no ranking, se considerarmos as escolas todas da região de Lisboa ou as esco-
las públicas nacionais
- Quinto lugar no ranking, se considerarmos todas as escolas (públicas e privadas) do país. Um
resultado, sem dúvida alguma, memorável!
Beatriz Oliveira tem 14 anos
aluna do 9º ano e do ensino arti-
culado de música
“Estou nesta escola desde o
quinto ano. No meu entender, os
professores conseguem despertar
em nós grande
interesse nas
matérias. Em
Português, estou a gostar mais dos textos que lemos. Na Matemática acho que se trabalha
muito….
Mas uma coisa que noto há muito tempo, é que os professores chegam à sala de aula e ex-
plicam tudo de onde vem e onde se pode aplicar os conteúdos na vida e isso cria em nós
mais interesse e vontade de querer saber mais.”
RV
OS RANKING VALEM O QUE VALEM…. JOSEFA ESTÁ DE PARABÉNS
Vasco Lobo
Ex– aluno
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