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praça 1$00 Quinta-feira, 20 de Outubro da ltS5 Ana 1 - n : 33i

frofirietário, i< im i#islfdflr t {ditarv. S, MOTTA P I N T O

REDACÇÃO E AUMINISTRAÇÃO - AV. D - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - M O M T i

NUNO ÁLVARES PEREIRA - 18j o --- --------- ---------

COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOQRAFÍA «QRAFEX» MONTIJO

D I R E C T O R

RUY DE M E N D O N Ç A

A viagem presidencialA I N G L A T E R R A

Sua E x ce len c ia o sr. G e ­neral C ra ve iro Lopes, parte hoje para In g la te rra era v i ­sita o íic ia l à nação am iga e nossa cen ten ária a liada.

A data esco lh ida , é exac­tamente aq ue la em que, se comemora o in íc io d aa lian ça , pois foi no d ia 20 de O u ­tubro de 1353 que en tre 0 corpo com erc ia l dos portos portugueses e o R e i de In ­glaterra, se estabeleceu um tratado que g a ran tia a se ­gurança da p ropriedade dos Soberanos, liberdade de na ­vegação e de tran s ito e re s ­tituição de b e n s tom ados reciprocam ente.

Igua lm ente io i concedido aos pescadores do nosso país que exercessem a sua indústria nas águas ing lesas. Re inava então D . A fo n so IV .

Seu neto, D. Fe rn an d o , renovou aque le pacto pelos acordos de 12 de A b r i l e 12 de N ovem b ro de 1372, 16 de Ju n h o de 1373 e 15 de Junho de 1380.

Em A b r i l de 1386 fez-se a a liança m ilita r o fensiva , e depois, a defensiva, pela rectificação das an tigas c la u ­sulas em 9 de M aio .

Montijo já tem em funcionamentoum posto de higienização de leite

R e in a v a D . Jo ão I em P o rtu g a l e R ica rd o I I na G rã-B re tan h a .

B re v e apontam ento h is ­tó rico este que, docum enta

(C ontinua n a p á g in a 7)

A visita do Subsecretário da Assistência

è capital do Distrito0 Sr. Dr.Josè Guilherme

de Mello e Castro, ilustre Subsecretário de Estado da Assistência Social visitou Setúbal no Domingo 9.

Figura querida e muito popular no nosso distrito, 0 Sr. Dr. Mello e Castro, antigo Governador Civil e deputado da nação, fo i rece­bido na capital do distrito com todas as honras devidas «o seu alto cargo e mais, a vibrante simpatia e amizade que Sua Ex.a gosa entre as populações desta vasta região.

Foi uma jornada de alto significado e de cuja reper­cussão, estamos certos, muito virá a benejiciar 0 distrito.

A ’ distância de mais de urna semana do acanteci. mento, não é oportuno o relato das cerimónias, a que aliás, a imprensa diária deu 0 devido relevo.

Queremos tã o sòmente, assinalar a visita do distinto homem público e saudar com entusiasmo Sua Ex.a.

Os problemas da assis­tência que, com tanto brilho e dinamismo, 0 Sr. Dr. Mello e Castro tem resolvido e impulsionado, tim m nosso

distrito em e s p e c i a l nas sonas fabris, de Setúbal, Barreiro e Montijo uma pre­mente necessidade de serem olhados com carinho e inte­resse que, estamos certos, o Senhor Subsecretário, espi­r i t o compreensivo, amigo dedicado destas terras, conhe­cedor profundo d a s suas necessidades, lhe dedicará, senão t o d a a atenção de governante, pelo menos, 0 má­ximo que se pode exigir de quem tem a pesada respon­sabilidade de d i r i g i r a Assistência em Portugal.

Com eçou a funcionar 0 Posto M un ic ipa l de Análise de Le ite , cujas instalações obedecem a plano aprovado pela D irecção G e ra l de Saúde e é dirigido com 0 m aior interesse pelos srs. D rs. M a ­nuel da C ruz J . or e Jo sé Resina, M édicos-Veterinários municipais.

O posto que funciona em regim en experim ental, desde 0 dia 4 , está situado na Rua J . Joaqu im M arques e possui todos os requisitos modernos, aparelhagem para apreciação do estado higiénico do leite, pelo exame dos seus carác- teres organolépticos e por provas de laboratório , tais como as de frescura, f iltra ­ção, densidade e gordura.

O serviço de análises efec­tua-se diàriam ente das 6 às 10 e das 16 às 19 h. e dentro de dias entrará em regím en obrigatório, não p o d e n d o efectuar-se a venda de leite em M ontijo sem que sejam utilizadas as bilhas de tipo especial, f o r n e c i d a s pelo Posto , e que evitam com segurança, qualquer fraude, e garantem higiene em tão útil como indispensável produto para a nossa alim entação.

Especia lm ente as crianças podem de futuro beber sem rece io 0 leite que se vende em M ontijo , pois as bilhas de dois calibres 5 e 10 litros, são seladas à saída do Posto e assim se mantém até ao regresso, sob pena de in frac­ção ao disposto no Regu la­mento, 0 que im plica pesada multa.

Um outro aspecto in teres­sante do problem a da venda de le ite na Via pública, é a obrigatoriedade das inedidas s e r e m acondicionadas em caixa própria e os indivíduos em pregados nestes m isteres

serem portadores de boletim de sanidade, passado pela autoridade sanitária.

As condições de higiene individual dos le ite iros, m ere­cem atenção especial sendo obrigatório que se apresen­tem convenientem ente ves­tidos, com tecidos de cot clara, calçados e lim pos; as m ulheres com bata e lenço na cabeça e os homens com fato constituido de um a só peça (fato m acaco) e boné de tecido lavável.

M as não só a venda na via púb lica m erecem cuidado

(Continua n a p á g in a 2)

A Costa da Caparicae o padre Baltazar

A hom enagem que a lin d a v i la da C osta da C ap a r ica acaba de p restar ao seu an ­tigo pároco, ve rd ad e iro c a ­m in h e iro de C ris to entre os hab itan tes desta te rra p is ­ca tó ria , ca lou bem fundo no coração daqueles que conhe­cem a obra do saudoso P . r'

B a lta z a r D in iz de C a rva lh o . A Costa da C ap arica , por in ic ia t iv a do nosso colega «Praia do Sol», da D irecção

p e lo P r o f - . . . . . . . . . —

José íflanud Landeiro

 Festa dos IdolosPo de considerar-se sem favor 0 maior acontecim ento

artístico do ano — a grande Fes ta dos Ídolos que 0 jornal Festa va i organizar em V ila F ran ca de X ir a no dia 5 de Novem bro próximo.

A lém de um alm oço de confratern ização na estalagem «Gado B ravo » , com a presença das entidades oficiais, os ídolos de 1955 e dos mais representativos críticos portu ­gueses, adidos de im prensa e culturais das em baixadas estrangeiras e demais convidados e inscritos, haverá um festival no tentadero da Esta lagem «Gado B ravo» onde actuarão os discípulos de m estre Pa tríc io C ec ílio , 0 matador António dos San tos e os novilheiros Jo s é Jú lio e Arm ando Soares.

(C ontinua n a p á g in a 7)

Concurso de Prognósticos de futebolAntónio Manuel Cavaco Gouveia

filho do nosso assinante Sr. Carlos Gouveia

entre milhares de concorrentesfoi o único que acertou em 12 resultados (máximo conseguido)

g an h o u o s 3 0 0 $ 0 0 e m c o m p ra s

do sr. A n tó n io C o rre ia , soube pagar um a d ív id a , há tanto tem po e m aberto, àquele que em v id a m atou a íom e, d ir ig iu p a la v ra s de conforto, espa lhou o bem a jo rros por todos os seus p a ­roqu ianos e sua terra , que, entre o m eio cató lico , passou a ser conhecido pelo nome de « Caparica do Padre B al­tazar*. Q u an d o há cerca de três décadas de anos, o s au ­doso P a d re B a lta z a r deixou a c idade de C aste lo B ran co , onde em cada hab itan te tin h a um am igo e de um modo e s p e c i a l no meio académ ico, que e le reu ­n ia na J u v e n t u d e C a ­tó lica , já então florescente na c idade a lb icastrense , t i ­nha já os seus cabelos p ra ­teados e o seu r o s t o , ass ina lado pelos anos. C o n ­tudo, 0 seu esp írito con­t in u a va novo, e a sua vo n ­tade férrea de tra b a lh a r m a te ria l e esp iritu a lm en te a fa vo r dos pescadores do M onte da C aparica , e ra g i­gantesca. O E m i n e n t e C a rdea l P a tr ia rc a ao n o ­meá-lo para este povoado, conhecia-lhe bem a sua vo ­cação de m iss ionário , de

(Continua na página 7)

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A PROV IN CIA 20- 10-955

Á Vila de Montijo( C o n t i u u a ç â o d o n ú m e r o a n t e r i o r )

v id a

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A a g r icu ltu ra lo ca l de tão ricas trad ições não per­deu o seu lu g a r na com pita com as ou tras ac tiv id ades , pois e vo lu iu de modo a m anter e até a m p lia r os seus trad ic io n a is fo rn ec i­mentos, não só à cap ita l, com o outros pontos do país e até para o estran ge iro — especia lm ente a batata.

O com ércio , in e v itá v e l consequência da in d u s tr ia e da a g r icu ltu ra , p rogride igua lm en te , m élhorando in s ­ta lações e ac tivan d o em ­preendim entos.

N o cam po ass isten c ia l, é d igna dos m aiores lo uvo res a S a n ta C asa da M is e r i­córd ia , com o seu m oderno H o sp ita l sub-regional e Sop a dos Po b res , o A s i lo de S. Jo sé cu jas in sta lações dentro em pouco vão ser am pliadas, o O rfana to D r. C ésar V e n ­tu ra que está s o f r e n d o g rande rem odelação de que necessitava, o C en tro de A ss is tê n c ia S o c ia l In fa n t il a expensas da Ju n ta de P ro ­v ín c ia da E s trem ad u ra , os S e rv iço s M éd ico-Soc ia is das C a ixas de P re v id ê n c ia e a in d a d ive rsos postos p a r­ticu la res.

Po ssu i tam bém o M ontijo , a Soc iedade F ila rm ó n ic a i . ° de D ezem bro e B a n d a D e ­m ocrá tica 2 de Ja n e iro , que m antêm duas bandas m u s i­cais das m elhores de P o r ­tu g a l e a in d a o A ten eu M ontijense , a T e r tú l ia Tau- rom áquica, etc.

D ig n o de rea lce é, in d is ­cu tive lm en te , o C lub e . D es ­p o rtivo de M ontijo , que no ano corren te , a tin g iu a fase f in a l do cam peonato nac iona l da 2.a D iv is ã o .

Com o m esm o esp írito que preside à e laboração destas b reves notas, apraz-nos ass i­n a la r, igua lm ente , que a in ic ia t iv a p a r t i c u l a r , no M on tijo , m ostra-se tam bém m u ito a c t iv a e florescente, não só aum entou a l i consi- d e ràve lm en te o núm ero de un idades fab ris , na genera ­lid ad e todas e las m odelares e va lio sas, com o já se cons- troem préd ios de grande v a lo r e de ap rim orado gosto, especia lm ente em toda a lin d a zona que m arg in a o grande P a rq u e M u n ic ip a l da v ila .

Con:o p rova exuberan te do período eu fó rico que se v iv e p r e s e n t e m e n t e , em todos os ram os da v i la m on­tijense, b asta rá re fe r ir que a li estão in sta lad as agências

1 1 l * | T r a b a l h o sotofilmeI f i a s d ' A r t e - A p a r e l h o s f o t o g r á f i c o s

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dos i m p o r t a n t e s bancos E sp ír ito S a n to e Po rtu g u ês do A t lâ n t ic o o que m u ito fa c ilita certam ente , o desen ­vo lv im en to económ ico da v ila .

O Estado , do mesmo modo tem con trib u íd o para o pro ­gresso desta lab o rio sa terra. A s i n s t a l a ç õ e s da Base A e ro - N ava l Sa ca d u ra C a ­b ra l, em con tínua am pliação , a C o ló n ia A g r íc o la R o v isco Pa is , em Pegões, que conta já hoje contenas de casais, e cu ja ad m in is tração io i confiada à Ju n ta de C o lo ­n ização In te rn a , o Po sto Em isso r U ltra m a r in o de S . G a b rie l, em C anh a , que dispõe de m agn íficas in s ­talações, atestam , por si, i n d u b i t á v e l m e n t e , um a acção que não pode ser o l­v id ad a . N enhum res id en te do C once lho de M o n tijo es­quecerá, com certeza, as deferências que tem rece ­bido do E s tad o N o vo , a con trasta r, ta lvez , com o longo período de abandono a que es tive ram votados, a través de longos tempos.

Intensa acção m unicipal

O M u n ic íp io , por força das suas a tribu ições, é o fu lcro donde irra d ia , n a tu ­ra lm ente, a defesa de todos os in teresses do concelho.

D esde há três anos que ocupa o cargo de P re s id en te desta ed ilidade , com in v u l­gar com petência, aprum o, e excepcionais dotes de tra ­balho, o m ontijense ilu s tre , sr. Jo sé da S i l v a L e ite .

N ado e c riad o na sua terra , o riundo de fam ília s que deram ao M o n tijo o m e lhor do seu esforço e da sua in te lig ên c ia no desen ­vo lv im en to de a lgum as das suas m ais operantes a c t iv i ­dades, 0 actua l p residente da Câm ara , tem realizado, com in d isp en sáve l p rudên ­c ia um a obra que fica rá reg istada nos ana is da m u n i­c ip a lidade , com a m ais g ran ­d iosa de toda a h is tó r ia m un ic ipa l.

P ru d en te con c iliado r, a sua acção no dom ín io socia l e p o lít ico tem jus, a inda, aos m elhores elogios. S a ­bendo re u n ir à sua vo lta hom ens ú te is, sem atender às suas con vicções p o líticas, o sr. Jo sé da S i l v a L e ite c o n s e g u iu tran sfo rm ar 0 conce lho do M on tijo , num a g rande fam ília em que todos, ou a sua grande m aioria, pelo menos, tem em v is ta os m esm os ob jectivos, e co m p artilh a d a s m esm as pretensões e asp irações.

A ’ vo lta do m u n ic íp io reunem -se, pois, as m ais p restantes ded icações, e é v is ív e l 0 in te resse de todos em acom panhar de perto a a c tiv id ad e das agrem iações, seja q ua l fôr a sua índo le, e fisca lizar, com o é óbvio , todas aque las que subsid ia . E s ta m e ritó ria acção é, de

R E P A LArtigos Escolares

resto, gera lm ente bem com ­preendida.

N o que respeita, espec ia l­m ente, aos serv iços m u n i­c ipa is, há que d ec la rar, com in te ira ju stiça , que se operou um a ve rd ad e ira rem odela ­ção nos ú ltim os três anos. T u d o foi objecto de a ten ta rev isão e, assim , todos os departam entos da ed ilidade foram d isc ip linado s e ape­trechados de modo a p u ­derem cu m p rir a sua m issão.

A ss im , p u b l i c a r a m - s e novos regu lam entos, p ostu ­ras, etc. e instalaram -se de novo o M atadouro , os S e r ­v iços de H ig ie n e e L im p eza e a o fic ina de aferições. Fo ram igua lm en te m e lh o ­rados os m o b iliá r io s e in s ta ­lações dos Se rv iço s de E s tad o a c a r g o da Câm ara , D e sa lie n ta r tam bém a acção d ese n vo lv id a u ltim am ente nas freguesias ru ra is . C anha, que já p o s s u í a ab astec i­m ento de água, v iu sa tis fe ita a sua m a io r asp iração — i lu ­m inação e léctrica . S a r ilh o s G ran d e s que já possuía i lu ­m inação e lé ctr ica , in a u g u ­rou recentem ente os seus se rv iços de abastecim ento de água. E s tão em cu rso as obras de m elhoram ento do C em ité rio , o Po sto de A n á ­lis e de Le ite , a P a v im e n tação do B a ir ro do M ouco (c inco ruas) e da A v e n id a D . N u n o A lva re s P e re ira e R u a D r. M an u e l da C ruz Ju n io r . M e ­recem re fe rênc ia as obras de construção do M ercado C en tra l, orçado em m ais de 3.000 contos, e que se en ­con tra m u ito a d ia n ta d o ; a C ad e ia Com arcã que im ­porta em cerca de 3.000 contos e que está em v ia s de a cab am en to ; o P a lá c io de Ju s t iç a ava liad o em m ais de 5.000 contos cu jas obras se encontram , todav ia , em fase p rim ária .

(C ontinua no p rò x . núm ero)

MISSAProf. D. Maria Pratas de Mendonça

Um g ru p o de professoras, m anda rezar no próxim o D om ingo 23, pelas 19 h, na Ig reja M atriz, m issa pelo seu e te rn o descanço, ag rade­cendo a com parência das pessoas am igas que se quizerem associar a este piedoso acto.

Posto Municipal de análise de leite

(Continuação da l .a p á g in a )

especia l pois que o leite exposto ou destinado à venda nas leitarias, restaurantes, cafés ou outros estabe lec i­mentos devidam ente autori­zados, têm de prèviam ente ser submetidos à análise no Posto, c o n d u z i d o àqueles estabelecim entos em bilhas devidam ente seladas e só destas poderá ser retirado.

E s tá por isso de parabéns a população de M ontijo — a saude pública foi acautelada — o nosso m unicípio pôs finalm ente em prática um serviço que se im punha e é hoje uma obrigatoriedade em terras até de menos im por­tância do que a nossa.

«A Provincia> - N.° 33 - 20/10/955

Anúncio( l .a P u b lic a ç ã o )

P e la 2.a S e c ç ã o d e P r o c e s s o s d o T r i b u n a l J u d ic ia l d a C o m a rc a d e M o n t ijo , e n o s a u to s d e A cção S u m á r ia , e m e x e c u ç ã o d e s e n te n ç a , q u e Jo s é d e M a to s J u n io r , c a s a d o , p r o ­p r i e t á r io , r e s id e n te n a R u a J ú l io D in iz , n .° 21, n a v i l a d o B a r r e i r o , m o v e c o n tr a o s e x e ­c u ta d o s R i ta d e J e s u s , E rm e - l i n d a d e J e s u s , a m b a s v iú v a s ; M a r ia Jo sé R o q u e d a S a u d e , s o l t e i r a , d o m é s t i c a ; J o a q u im Jo s é d a S a u d e , s o l t e i r o , s e r r a ­l h e i r o ; e M a n u e l J o a q u im R o ­q u e d a S a u d e , s o l t e i r o , e m p r e ­g a d o d e e s c r i t ó r i o , to d o s r e s id e n te n a r e f e r id a v i l a d o B a r r e i r o , c o r r e m é d i to s de v in te d ia s c i t a n d o o s c r e d o r e s i n c e r to s o u d e s c o n h e c id o s d o s e x e c u ta d o s , p a r a , n o p ra z o de d e z d i a f , f in d o s o s d o s é d ito s , d e d u z i r e m o s s e u s d i r e i t o s n o s r e s p e c t iv o s a u to s , d e h a r m o n ia c o m o d i s p o s t o n o a r t ig o 864.° do C ó d ig o d e P ro c e s s o C iv il.M o n tijo , 1 d e O u tu b r o d e 1955

O C hefe d e S e c ç ã o , Francisco A ntónio F aria

V e r if iq u e i :O J u iz d e D ire i to ,

José M aria P ereira de O liveira

Vinhos Novos eAguardentes

C om pra qu a lq u er quantidade. F. Rosa & Irm ão Lda. — M ontijo.

FIGOSPassados, para engordas, vende

q u a lquer quantidade até 200.000 qu ilos — F. Rosa & Irm ão Lda. —

M O N TIJO

H i f T f l £ 5 l m ®'c'ce,a ^forizada] ▼ I I I U H I A de 48 c. c. que lhe convém

Peça informações a

A b e l J u s t i n i a n o V e n t u r aPraça da República MONTIJO

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20-io-955 A PROV ÍN CIA 3

N O T I C I A S DA S E M A N AçA^endaAniversários

Dia 14 - A E x .m“ Sr.» D. Car- mem Ramos Dias C orreia, esposa do nosso am igo e assinan te sr. josé Alves C orreia.

18 _ O m enino .losé Manuel dos Santos de A lm eida, filho do nosso assinante sr. José Gomes de Almeida.

Dia 19 — A m enina M aria G er­trudes Ferra Lopa, neta do nosso assinante sr. M anuel C astanheira Lopa.

Dia 20 — O nosso estim ado assi­nante sr. M anuel Fernandes Ale­gria.

Para todos vão os m elhores pa­rabéns de «A Província*.

FalecimentosApós doloroso sofrim ento fa­

leceu em L isboa, no passado diao ,a menina L aierte C arvalho Silva, de 18 anos de idade, filha do nosso assinante sr . A n í b a l Assunção Silva e da s r .a D. C onstança M aria de Carvalho.

A m orte inesperada da infeliz jóvem, deixou sua fam ília p ro fun ­damente consternada.

A extin ta era n a tu ra l de E n tra ­das e sobrinha da nossa assinante em F erre ira do A lentejo sr.a D. Aliete B ernardino S ilva e irm ã da nossa assinante em L isboa s r .a D. Maria F ernanda C arvalho Silva.

«A Província» ap resen ta à fa­mília enlutada a expressão do 3eu profundo p esar.

CasamentoNa 3.a C onservatória do Registo

Civil de L iiboa , consorciaram se no passado dia 15, o sr. M&nuel Joaquim S alsinha Saraiva, em pre­gado de escritó rio nesta vila, filho do sr. Joaquim Saraiva e de D. Maria Joana Salsinha, e D. Hor- tense Jú lia D iam antino, gen til filha do nosso prezado assinan te sr. António D iam antino e da s r .aD, Carm ina C orreia D iam antino.

Testem unharam o acto por parte da noiva o nosso cam arada de re ­dacção, sr. José E stêvão da Silva Carvalho e sua esposa D. Rosalina Correia de C arvalho e p o r parte do noivo, o sr . E duardo Eugênio Branco e sua esposa D. Basaliza Rosado B ranco.

«A P rovíncia» deseja felicidades aos noivos.

A g r a d e c i m e n t oAçoreana, Iren e B rito , Carlota

Canteiro e C arlo ta B elm ira ag ra ­decem ao Sr. P res iden te o grande favor atendido — o abastecim ento de água no B airro do P arque, desejando-lhe m uitas felicidades.

P e M onti jo

O sr. M inistro das O bras P ú b li­cas concedeu, peto F u n d o de D esem prego, à Santa Casa da Mise­ricó rd ia de M ontijo, para co n s tru ­ção da lavandaria do seu Hospital, um reforço de 13.000$00.

Os Moradores

do Bairro da Bela Vista AGRADECIDOS

E screve-nos o nosso assinan te sr . José Francisco doares M artins, ped indo para que sejam os in té r ­pretes do profundo agradecim ent^ dos hab itan tes deste ba irro , pela m aneira como a Câm ara resolveu um a das g randes aspirações do* seus hab itan tes — a ab e rtu ra de um a ru a que perm ite livre acesso às suas duas principais vias de com unicação.

Pena é que as novas m o rad ias que se estão agora a co n stru ir , não tenham tam bém fren te para o bairro , o que, m uito valorizaria aquela zona.

P oderá a respectiva repartição técn ica da nossa C âm ara, estudar o assun to e d ar-lh e solução a con­ten to de todos ?

EspectáculosCartaz da Semana

C IN E PO PULAR

5.a-feira, 20; (para 13 anos) em «SuperScope» «Os R ubis do P r ín ­cipe Birm ano» e em com plem ento «P rofessor de Música».

Sábado, 22; (para adultos) «Três C rim es» e a fenom enal rep rise «O Homem da Zona Russa».

D om ingo, 23; (em m atinée) 2 film es de W alter D isney «A ventu­ras do sr. Sapo e T em bo» (em soirée) (para 13 anos) «Senda dos E lefantes».

2 .“-feira, 24; (para 13 anos) o film e «Sangue e Luz».

CINEMA 1.» DE DEZEM BRO

Sábado, 22; (para adultos) «No Banco dos Réus» com « O Homem que as M ulheres Odiavam».

D om ingo, 23 ; \para 13 anos) «A Evasão do C apitão Blood» com «Com as H oras C ontadas» às 18 horas (m atinée para crianças).

2.*-feira, 24; (para 13 anos) «Divisão Heróica» com «O T em plo dos Deuses».

4 .a-feira, 26; (para adultos)« M a­rin h e iro s à Vista» com «M ortal­m ente Perigosa» e « Jo tn a l Uni-

Trespassam-seCafé Montijense e Café São Jorge

ira MONHJOSituado na Praça da

República (centro da

vila), com grande clien­

tela e óptima esplanada.

íelef. 026307

Trata-se nos próprios estabelecimentos

fm 5À8ILHOS GRANDESSituado no melhor lo­

cal desta Freguesia de Montijo. Um Café mo­derno com grande clientela.2 bilhares, 2 «golfes» e outros

jogos.íelef. 026940

Estes trespasses são motivados por retirada dos respectivos pro­prietários para fora do Concelho

de Montijo.

Os transportes fluviaisE stá a Sociedade M arítim a de

T ransportes, m antendo h á anos em péssim as condições a ligação fluvial en tre M ontijo e Lisboa.

E m bora m uito haja a d izer desses serviços lim itam o-nos hoje a apon­tar a ex trao rd inária m orosidade com que os barcos fazem a t r a ­vessia.

No D om ingo por exem plo,o barco da ca rre ira das 13,15 chegou a L isboa às 14,32 e o de i egresso às 18,45 chegou a M ontijo às 20,12 h.

Há 20 anos esta travessia chegou a !’azer-se em 45 m inutos.

Mas isso eram ou tros te m p o s ! .. .E havia concorrência 1. . .

festas e BailesS . R . P . A F O N S O E I R E N S E

R ealizou-se no D om ingo nesta popu lar colectiv idade do B airro do A fonsoeiro, um grandioso baile ab rilhan tado pela «ORQUESTRA RIB A TEJA N A » que teve como com plem ento um acto de varie­dades pelos «P ríncipes da P a ró ­dia», de Lisboa.

A f e s t a decorreu anim ada e agradou em absoluto à v a s t a assistência que enchia o salão.

N a T e r t ú l i aInclu ido ainda nas com em ora­

ções do seu an iversário , realiza-se no próxim o D om ingo 23 um g ran ­dioso baile ab rilhan tado pelo con­ju n to m usical «U nidos do Jazz» com o acordeonista A n t ó n i o C hitas.

floite EleganteC onform e anunciám os no nosso

ú ltim o nú m ero , realiza-se no dia 5 de N ovem bro, um a festa no s a l ã o do Café P o rtugal, o rg an i­zada pelo C asa l Tobias que p ro ­m ete ser m uito anim ada a uma verdadeira noite de elegância e bom gosto.

A ssim , além da p?ssagem de m odelos com l i n d o s vestidos chapéus, e penteados, poderão os assisten tes dançar ao som da esp len d id a O rquestra R ibatejana e ainda ouvirem um óptim o p ro ­g ram a de variedades.

Pela S. F, 1.® de DEZEMBRO

Segundo nos constou , no pró­xim o D om ingo, 23 do co rren te m ês, no Salão de Festas da dita Sociedade, os Músicos d esta p res­tigiosa co lec tiv idade estarão re u ­nidos num alm oço de con fra te rn i­zação e de hom enagem as seu R egente S r. A ntónio Gonçalves, para festejarem , não só a passa­gem do 6.° an iversário ao serviço da 1,° de D ezem bro como pelos êx itos alcançados na tem porada m u s i c a l que term inou . Neste alm oço, apenas tom arão parte os

m úsicos e o »eu Maestro.

Qta Oi. H). 2 dt Qantit»

Homenagm ao Maestro

Homero Ribeiro apolinárioC onform e estava anunciado, re a ­

lizou a Banda D em ocrática 2 de Janeiro , na passada 2.a-feira, no corêto da P raça da R epública um explêndido concerto de M úsica portuguesa.

Após a sua exibição, reun iram -se na sede da B anda todos os m ú ­sicos, a direcção e a lguns convi­dados, para- num a hom enagem sim ples inas sincera ap resen tarem ao M aestro H om ero R ibeiro Apo- linário as suas saudações pela passagem do 4.° an iversário na regência da Banda.

Foi um a festa a todos os títu los sim pática a que presid iu o Sr. Dr. A ntónio G onçalves R ita — P residen te da A ssem bleia Geral e em que usaram da palavra, pondo em destaque os m éritos do hom e­nageado os srs. Joaquim Lucas, P residen te da D irecção da colec­tiv idade ; C om andante A l v a r o V alen te ; R uy de M endonça, D i­rec to r do nosso jo rn a l; D r. Ma­n u e l P au lin o Gomes, e por fimo Sr. Dr. A. G onçalves R ita.

Em palavras de p rofundo ag ra ­decim ento o M aestro Homero R i­beiro A polinário fez n o ta r aos p resen tes que o seu trabalho era f r u t o de g ran d e dedicação e esforço dos com ponen tes da Banda e que, se de facto alguns agradeci­m entos havia a fazer eram a eles e não à sua m odesta pessoa.

«A Província» ap resen ta os seus m elhores cum prim en tos ao Maes­tro H om ero R ibeiro A polinário e agradece a gentileza do convite e a m aneira am ável e am iga como foi receb ida na prestig iosa colec ti­vidade m ontijense .

Concerto pela

Sociedade filarmónica V de Dezembro

Na próx im a sexta-feira, 21 do co rren te pelas 21 horas, realiza-se na E splanada do C inem a 1.° de D ezem bro, um grand io so concerto, para com em orar o 6 .° an iversário da regência do m aestro sr. A n­tónio G onçalves, ao serviço desta p restim osa colectividade.

PR O G R A M A ;I — C leó p a tra -M arch a T riun fa l -

M ancinelli.II — Vesperas C icilianas - A ber­

tu ra - V erdi.III — Madame B u tte rfly -S e lecção

da opera - Puccini.IV — D ance R ituelle du feu - M.

Falia.V — Danças G uerreiras do P r ín ­

cipe Igor - B orodine.V I— 2 .a Rapsódia - V. Hussla.

V II— No Ja rd im - P. D. - C hicória.H a v e r á tam bém alguns do­

cum en tário s cinem atográficos m u ­sicais.

Coisas pe aimliifi.

Esta secção é ho je preenchida com dois ex tra tos de cartas de le ito re s :

. . .S r . D irec to r:

Como é do conhecim ento de V. E x.a, o B airro do Mouco recebeu o beneficiam ento (àparte outros) de levar todos os seus arruam en tos a lca troados; acontece, e isto é o contra , q u e um a cam ioneta que por h áb ito fica todas as noites estacionada na Rua Damião de P inho do referido B airro , ou por te r o depósito de ca rb o ran te ro to , ou por q u a lq u er ou tro motivo, deixa escapar Gazoil, que ao d e rra ­m ar-se sobre o pavim ento da refe­rida a rté ria , faz com que o alcatrão am oleça e se d e s f a ç a ab rindo buraco.

Ou é a pavim entação que não está em condições, ou será mesmo assim e então é u rg en te que quem de d ire ito tom e as devidas p rov i­dências. . .

C . M.

Da o u tra carta salientam os a segu in te passagem :

. . .E sta carta tem o fim de cha­m ar a vossa atenção para o estado pouco satisfatório , em que por vezes se encon tra o peixe que se vende no nosso M ercado.

Não basta já o p reço ex o rb itan te por que se tem de a d q u ir ir este alim ento ind ispensável com o ainda por cim a ao chegarm os a casa verificárm os que não está p róprio para consum o.

Diga V. E x .a no seu tão in te res­sante jo rn a l algum a coisa sobre o assunto , pelo que lhe fica m uito g ra ta ,

«Uma dona de casa m ontijense»Para os assuntos expostos peios

nossos le ito res, cham am os a a ten ­ção de quem de d ire ito .

C o m b a t e à

TuberculoseR ealizou-se on tem na Câm ara

M unicipal, sob a P residência do E x .m° G overnador C ivil do Dis­trito S r. D r. M iguel R odrigues Bastos e com a presença de vários m édicos da I. A, N. T . um a reu­nião p rep ara tó ria dos serviços de ra s tre io da tubercu lose no Con­celho de M ontijo.

Foi pena que a ho ra escolhida para a reun ião ob tasse a com pa­rência de m uitos m édicos e pessoal de enferm agem particu la rm en te in teressados neste prob lem a.

Em v irtu d e do nosso jo rn a l estar a e n tra r na m áquina à hora em que se realizou a reu n ião só no p ró x im o núm ero poderem os dar po rm enores sobre a m esm a.

E x c u r s ã o a F a r oRacing. F. ClubeMais um a excursão, tem os ho je

a anuncia r, por ocasião do encon­tro de fu tebol en tre o Farense e o D esportivo de M ontijo.

E um a organização do R acing F u tebo l C lube, e o preço do fo r ­m idável passeio é de 122$50, em pagam entos sem anais de 5350.

Podem pois ap ro v e ita r a o p o rtu ­n idade para v is ita r as m ais belas te rras do sul do país acom panhando ao m esm o tem po o nosso clube.

A excursão parte de M ontijo às6,30 do dia 3 de Março de 1956 e reg ressa na m adrugada de 4.

T odos os esclarecim entos podem se r pedidos no Café V eim ar ou na B arbearia Ratnada — M ontijo.

Precisa-seE m pregado com prá tica de bal­

cão, até 17 anos.Inform a-se nesta redacção.

Agente exclusivo

em MonHjo:

Santos & Miranda, V‘

Rua da Cruz 23 23 À.

Telsf. G262U

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Um grande nome da música portuguesa

Alexandre Rey ColaçoO Mestre e o Amigo

por José GabrielSempre, e em qualquer tempo,

nunca é demais, recordar aos velhos e revelar aos novos, os grandes portugueses, sejam eles guerreiros intrépidos, escritores famosos, o u artistas distintos. Neste último sector temos que fazer referência a um grande nome da música portuguesa, que tão b e m s o u b e forjar, com o seu amor pela arte que abraçou devotadamente, grandes valores que presentemente têm imposto dentro ou fora do nosso País, a arte musical portuguesa. Foi esse nome, foi essa grande figura de artista nato, um dos grandes, que contribuiu para o prestígio que presentemente a nossa música e os seus exe­cutantes têm no estrangeiro. Quero-me referir a Alexandre Rey Colaço, um pedagogo mu­sica! de grande Valor, que dedi­cava dentro e fora das aulas, a todos os seus discípulos, um amor verdadeiramente paterno, armando-os com palavras de encorajamento tais que chega­vam a suprir todas as que os pais destes lhes podessem dizer. Não era um mestre era um ver­dadeiro amigo, pois ainda que as aulas acabassem encontrava sempre tempo, mesmo em sua casa para lhes demonstrar a arte e a técnica do piano, além do que era também vulgar Ver este grande mestre, extrema­mente preocupado com a for­mação intelectual dos seus alu­nos, chegando ao extremo de indicar-lhes quais os autores que deviam de ler, levando por isso ao seu conhecimento os autores mais célebres e as mais belas páginas da literatura Universal, amizade esta que aliás não o obstava de quando tivesse de dirigir uma reprimenda ao seus mais dilectos alunos — que todos eram — não o deixar de fazer, usando apesar de tudo, e mesmo que a ofensa fosse grande, de uma delicadeza e entoação de voz, que atingia em cheio, a pessoa a quem dirigia e s s e cor­rectivo, aliás sempre feito à maneira de pai para filho.

Sempre este ilustre homem se revelou com o quase todos os grandes artistas — um conver­sador delicioso, pois tudo para ele, quando tratado em amena conversa era digno de grande atenção e minúcia, o que lhe valeu sempre a maior admiração, ainda daqueles, que mesmo de fugida privassem com ele, dado a sua simplicidade não obstante o seu grande valor, o que se nota hoje a quem ouvir as suas belas páginas de música, que deixam transparecer uma graça, uma frescura e poesia que pou­cos ou quase nenhuns com posi­tores portugueses têm sabido imprimir nas suas obras. Quem poderá jamais esquecer a sua «Suite Portuguesa», uma monu­mental obra musical, a música dos seus «Album de Cantigas Populares* e o «Album de Peças Populares», isto sem falar em «Vira», «Bailarico» e «Canto Flamengo» esta última de sabor notoriamente espanhol.

Não foi só esta a acção exer­cida por Alexanre Rey Colaço

durante a sua passagem por a Vida terrena, não. Ao Teatro também dedicoU todo o seu amor, pois sempre lutou com o os que lutaram para a ressurei- ção do teatro, e muito especial­mente do teatro clássico em Portugal.

Apesar desta vida de grande acção em benefício da música e do teatro em Portugal, Alexandre Rey Colaço, ainda encontrou tempo para fundar na capital, se não estou em erro, a pri­meira c o l ó n i a balnear, para crianças pobres, cuja manuten­ção era suprimida com os lu­cros auferidos com a venda de bilhetes dos concertos que para esse fim levava a efeito, os quais sempre encontraram da parte dos que podiam o auxílio precioso que tanto era necessá­rio, nesta cruzada de bem fazer, que infelizmente durou — se­gundo tenho informação — sete anos, de 1905 a 1910. Era pois o grande mestre Rey C olaço um grande amigo dos que ne­cessitavam, e ainda o que era mais, das crianças que ele tanto amava e protegia com a sua bolsa.

Faleceu este notável mestre de música em Portugal em S e­tembro de 1928, tendo nascido em 50 de Abril de 1854, em Tanger, tendo cursado e obtido em 1874, o primeiro prémio de piano, por imposição do seu alto Valor. Para se aperfeiçoar, esteve em Paris e Berlim, cur­sando sempre com grandes clas­sificações, na HOCHSCHULE FUR MUSIK, tendo por seus mestres os grandes Joachim, Ru- dorff e Barth. Casou mais tarde, e depois de concluir os seus estu­dos com alta distinção, com a Sr.aD. Alice Schamidt-Lafourcade, pertencente a uma família das mais distintas de Alemanha em cuja casa não era raro fazer-se ouvir música da melhor. Foi a esposa do mestre uma compa­nheira ideal, pois com o ele era uma apaixonada de música e de tudo o que fosse arte.

Exerceu o grande mestre Rey C olaço, professorado em Lisboa, no Conservatório Nacional de Música, para onde entrou como professor provisório em 12 de Fevereiro de 1897, por Decreto de 25 de Janeiro desse mesmo ano, tendo um ano depois, pas­sado a professor de l .a classe em 25 de Agosto de 1898, vendo mais tarde coroada a sua car­reira no professorado, nesse Conservatório, com a sua nom ea­ção para professor de grau supe­rior de piano em 24 de Março de 1922.

Forjou esta grande figura da música em Portugal grandes Valores, que ainda hoje existem, felizmente, na vida musical do nosso País, que por sua V e z atestam bem a competência do mestre e amigo que foi, este grande Português que tantos louros de glória trouxe para Portugal, com a sua inconfundí­vel arte. Glória pois, ao seu grande nome, e paz à sua vene­randa e inesquecível figura de mestre e de professor ilustre.

cA i t m a n a histólifa

Coordenação defret Agostinho de Peum acor

D ia 13 — 1613 — N asce D. L u ís a de G usm ão .

D ia 14 — 1914 — M o rre C a r ­v a lh o A ra ú jo .

D ia 16 — 169 0__C anon iza ­ção de S. Jo ã o de Deus.

D ia 17 — 1846 — E ’ nom eado com andan te em chefe do E x é r ­c ito , E l- re i D . Fe rn and o I I .

D ia 18 — 1817 — F o i s u p li­c iado ju n to de S. Ju liã o da B a r ra , no Cam po de A lg u e irã o o genera l G o m e s F re ire de A n d rad e .

D ia 19 - - 1889 — M orre D. L u ís I.

D ia 20 — 1570 — M o rre 0 es­c r ito r Jo ã o de Ba rro s .

D ia 20 — 1353 — I n í c i o da a lia n ça inglesa.

D ia 21 — 1353 — A ss in a tu ra era Lo n d res do tra tado Luso- -Inglês.

D ia 22 — 1380 — M o rre 0 R e iD . Fe rn an d o .

D ia 23 — 1458 — C onqu ista de A lc á c e r Sequer.

D ia 24 — 1779 — In ic ia-se a ed ificação da B a s íl ic a da E s ­tre la era (L isb o a ).

D ia 25 — 1147 - D. A fonso H en riq u e s con qu ista L i s b o a aos M ouros.

D ia 26— 1933 — M o rre o p in ­to r Jo s é M a lh oa .

D ia 27 — 1465 — N asce F r a n ­cisco Sá de M iran d a .

D ia 28 — 1863 — N a s c e o g rande m édico português C â ­m ara Pestan a .

D ia 29 — 1816 — N asce D . F e rn a n d o I I .

D ia 5 o — 1340 — B a ta lh a do Sa lad o .

D ia 31 1591 — N asce D.D uarte .

Bib lio teca - Museu fcipalviwan<

A lo ng ínq ua asp iração de se fu n d ar um a b ib lio teca , em ’ V i la F ra n c a de X ir a , tornou-se um a realidade,''em 30 de M arço de 1947, por actos solenes desse dia.

O generoso anseio do D r. Jo ão J o s é M ig u e l F e rre ira da S i lv a A m a ra l, quando em 1800, ofertou à C âm ara M u n ic ip a l, de então, um va lio so fm an u scr ito de seu*próprio punho, que era um v iv o s ign ificado

I Ptó irtinho

António ] —• > veio ci a luz dai a Cultura, como é Vi

A Bibi Franca, tà

|D)o modelar „ se difundir, desenvolvei 50 populosa,e Xira.

L-ipalde V ila miente inau-

f1' ' • ,'í'V,,, í j<- ' • ■=■, * »*» , v"íx. •>■-~-í"~ . , -'c í ' ■' ' . '■ s

de am or e ca r in h o pe la te rra onde nascera, fo i bem o in cen tivo , para que, quase um sécu lo e meio, decorrido , se tornasse um facto p a lp áve l a ex istênc ia da B ib lio te ca M u n ic ip a l de V i la F ra n ca de X ir a .

Esse im portan te in stru m en to de cu ltu ra , c lass ificad o no acto da sua inauguração , pe lo d o u t o esc rito r e In sp ec to r S u p e r io r das B ib lio te ca s e A rq u ivo s , sr. dr,

gurada em|o de 1947, continua alsua valiosa actividade, (no ano findo, registou ii 'cia de 7.655 volumes, qi lente inven-

! | equivalem 2$70.ito de 2.988

leitores, o.;,equisitaram 2.364 obras

tariados e ao valor

Teve ui

ca instituiu, eitura domi-

Gabinete de leituraP l a t e i a N . ° 1 0 9 — O núm ero

desta qu izena da m ais popu la r re v is ta de c inem a que se p u b lica em P o rtu g a l é acom panhado de urna separata exp lend ida, de V irg in ia M ayo.

D o seu sum ário destacam os en tre ou tros os Seguintes a r t i ­gos de m u ito in te resse p ara os c in é f i lo s : O maior desejo de Virgílio Teixeira é f i l m a r e m Hollywood; A ’ procura de E s­trelas ; Impressões do X I I Fes­tival de Veneza; e Dominguim, matador por um dia.

V o z d o S u l — E s te a n t i g o sem anário de S ilv e s , feste jou 110 passado d ia 5 de O u tu b ro m ais um an ive rsá r io .

« A P ro v ín c ia » cum prim enta por esse m o tivo 0 sr. H e n riq u e M a rtin s , b rilh an te d ire c to r do ap rec iado jo rn a l A lg a rv io , assim com o todos os que com o seu esforço e dedicação m antêm há 41 anos este p restig ioso orgão reg iona lista .

L i t o r a l — Semanário — Aveiro— Com o seu núm ero 52, a t in ­g iu um ano de ex istênc ia este nosso co lega que se p u b lic a na form osa e t í p i c a c idade de A v e iro .

D ir ig id o b rilhan tem en te pelo sr. D a v id C ris to — Litoral — ve io com o seu d inam ism o e novos processos, inéd itos em jo rn a is de p ro v ín c ia , m arcar

um lu g a r àparte na im prensa reg iona l.

E ’ com s in cerid ad e e profunda satis fação que *A Provincia» fe lic ita Litora le todos que nele trab a lh am desejando-lhe um fu tu ro próspero e d igno do re a l v a lo r dem onstrado neste i . ° ano de lu ta .

Recebem os pela i . a vez os segu intes jo rna is , com quem gostosam ente vam os p e rm u ta r :

O D e b a t e — M ag n ífico sem a­n á rio de L isb o a , d irig id o pelo sr. professor D r. Ja c in to F e r ­re ira .

O N orte d o Distrito — Q u in ­zenário de F ig u e iró dos V in h o s , d ir ig id o pelo sr. D r . Jo aq u im A lv e s T om ás M orgado.

O J o r n a l d e C a m b r a — P e r ió ­d ico reg io n a lis ta independente de V a le de C am b ra de que é D ire c to r o sr. C a r lo s A lb e rto da Costa,

A V o z d o C a l h a b é — O rgão reg io n a lis ta do m ais p rogress ivo b a irro de C o im bra d ir ig id o pelo sr. H u m b e rto Cruz.

R e g i ã o d e L e i r ia — Sem an ário da form osa c idade do L iz d ir i ­g ido pelo sr. Jo sé B a t is ta dos Santos.

O P o v o A l g a r v i o — A n tig o sem anário de T a v ir a d irig id o p e l o sr. Is id o ro M an u e l P ires.

A referií— e muito! c iliá ria .

Desde 0 153, que se vêm atribui os de assi­duidade dt sido entre}

quais têm etos solenes

comemoratijYersários da Biblioteca,

Como s tendo sidoesta instituí lá oito anos, com cerca Numes, já se valorizo! tónio muni­cipal, em 1 f 'L/° do seuquantitativo ®prova que a actividade [ca, vai num ritm o creso

Além d) 6 de leitura, a Biblioteca [escurado o aspecto eu) f realização de diversas las e váriasexposições^

N a série frências de m aior desG m-se entre outras, as de aAidemira, sob 0 títulj1 s* Livros», em 1952;®, Lucena,intitulada “ Cultural e Turístico*0 rfo de 1954e a de MáP ^enriques,apreciando' 0 Signifi­cado da potii íyezembro do aludid»1 Wtinia, até agora, pe ',0lltor Her- nán i Cidadfi a ao tema « Projecçíi0 Portu­guesa no “

Quanto* tsi têm júsa especiais] as seguin- tes : — x-a.E bll°g ráfica do Ribatej». * i 947 ; de p intura, c° °^ção da G a le r ia A ‘“ arço de 1952; uma; 6 niotjvos taurinos e ^ atejana, em Julho 'nda uma outra, Pel , f tejano, Eduardo P ’ «até lica,

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5

luseu ipal deviíranca de x ir á

Aqui, Mesão Frio

PosiLjnhoAntónio — > veio ci a. luz da a Cultura, como é Vj.

A Biblj Franca, tà;

«AO modelai |se difundir •desenvolver áo populosa,je Xira. ripai de V ila “ ente inau­

gurada emio de 1947, continua alsua valiosa actividade.Io ano findo, registou t::iia de 7.655 volumes, qtmente inven­tariados t k equivalem ao valor dífeyo.

Teve iiEito de 2.988 leitores, «requisitaram 2.364 obrasl

A referila instituiu, — e muito leitura domi­c iliá ria . ;

Desde í'B53, que se vêm atriliiips de assi­duidade dtp quais têm sido entrewtos solenes comemoratífrersários da Biblioteca. I

Como sesta institui lá oito anos, com cerca rolumes, já se valorizoi jónio m uni­cipal, em 1 [o/1 quantitativo

do seu "•prova que

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Além d) de leitura, a Biblioteca escurado o aspecto cut realização de diversas as e váriasexposições^ j

Na sérif pncias de m aior desK m-se entre outras, as de laAldemira, sob 0 título 5 e Livros», em 1952;*, d®Lucena, intitulada*; ICultural e Turístico»í; r£° de 1954 e a de Mát* ^enriques, apreciando1 0 Signif i.

Jn m Uezembro

p i l l V UAG a le r iaI 952.; uni3

eem outra

cado á í i r i ^ f do aludido* «tinia, até agora, peM ,0llt(>r Her- nán i Cidade- fla ao tema« Projecçã0 Ur<i Portu­guesa no w ,

Quanto; es» têm ]úsa especial*] tes : — i*‘ / jDll0gráfica do Ribate]°i e 1947; p intura, cíj °^Ç5o da - — - M Março de

em N o vem b ro de 1953; ou tra , de aguare las, óleos, paste l e têm pera, em A b r i l de 1954; G a rre tt ian a , em D ezem bro do ano f in d o ; e a inda três exposições de p in tu ra , no ano a c tu a l : a i . “ com em orativa do V I I I an ive rsá r io da fundação da b ib lio te c a ; a 2 .a de Ja im e M u r te ira ; e neste m om ento, a do p in to r de a rte A n tó n io A b re u , que ab r iu ao púb lico , em um do corren te , e se ence rra no d ia sete.

Indep end en te destas a c t iv id a ­des, a in d a le vo u a e fe ito : a 1.® Exp os ição de Encadernações A r ­tís ticas ; ou tra , de m e d a lh a s ; e um a exposição docum ental, a lu s iv a aos traba lho s e inauguração da Po n te M a rech a l Carm ona.

E s tá organizando um a rq u ivo fotográfico de todos os acon tec i­m entos de re levo , na v id a o fic ia l do C once lho , o qua l é trab a lh o prim oroso.

A B ib lio te c a M u n ic ip a l de V i la F ra n ca de X ir a , não se tem alheado do sen tim ento n a c io n a l; e nesse sentido, tem tom ado sem pre parte ac tiva , nas «Semanasdo Ultramar», p a trió tica in ic ia t iv a da Soc iedade de G eo g ra fia de L isb o a , às quais tem dado o seu jub ilo so concurso, com a rea lização de vá r ia s confe­rênc ias de reconhec ido va lo r.

E s ta B ib lio te c a M u n ic ip a l e bem assim o M useu anexo, estão confiados ao zelo e ded icação do seu p restig ioso D ire c to r, sr. D r. A n tó n io Jo sé V id a l B ap tis ta , e ass idua co laboração do seu S e c re ­tário , sr. R a u l F ra n c is co de C a r ­va lho .

c4 itçu it:

O M u s e u M u n i c i p a l

A q u i, é M esão F r io , a m ais lo uçã D as terras que o M arão beija e afaga. A q u i, é M esão F r io , a te rra m aga D e gente boa, h o sp ita le ira e s ã !

A q u i, è M esão F r io , te rra de afã,C h e ia de cor e luz que não se apaga.A q u i é M esão F r io , doce e vaga,A te rra do fu turo , a da a m a n h ã !

S ó e la v iv e em nós, e la d o m in a . . ,A nossa P á t r ia a irosa e pequen ina E s tá para a lém de todo o id ea l

E é nosso o rgu lho im enso e m ais profundo Po d e r d izer bem a lto a todo 0 M u n d o : A q u i, é M esão F r io , é P o r t u g a l ! . . .

(Da rev is ta teatral «Aqui, é Mesão F r i o !»)

Breves palavras de abertura

A o in augu rarm os esta pe­quen ina tr ib u n a , que não será roais que um h u m ilde «san­tuá rio » de am or a M esão F r io , querem os m anifestar, antes de m ais nada* ao ilu s tre d ire c to r deste S em an á rio o nosso m u ito s incero reconhecim ento pela oportun idade que nos dá em fa la r aq u i da nossa terra.

A todos os m esãofrienses de boa fé, que nos que iram le r e acatar, im po rta d ir ig ir tam bém a lgum as b reves p a la vras neste com eço de a c tiv id ad e com o correspondente num jo rn a l que nos é especia lm ente querido, p e la feição reg iona lis ta a que se devota.

N ão é «m ovidos de p rém io v il» (sabem -no todos), mas de am or ao to rrão n a ta l que nos propom os, m ais um a vez, assu ­m ir o in g ra to d eve r de rep re ­sentá-lo na Im prensa. M esão F r io — pe la sua h is tó r ia , pela beleza das suas paisagens, por um con ju n to de pequenas c ir ­cu n stân c ias justam en te apre-

re motivos J batejana,taurinos _ . r u t t ,

u . «, ..^ejano, Eduardo*' ’ filatélica,

Qoqrn Cfl&mis

da CaraveRealizou-se nos sumptuosos

salões da «Caravela de Oiro», em Algés, uma sessão solene para entrega de prémios aos poetas classificados nos Jogos Florais organizados por aquele estabelecimento algesense.

Presidiu 0 sr. Conde de Rio Maior, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, secreta­riado pelos srs. Pároco da fre­guesia de Carnaxide Comandante da policia de Oeiras, Dr. Oli­veira Dias, membro do jú r i, Pedro Josè de Moura, Oliveira Martins, da Junta de Freguesia, os representantes da Arcádia da Fonte do Anjo, da capital do nosso distrito, Dr. Luis Cabral Adão, D. Maria Helena Soares * António Henriques, expressa­mente convidados para colaborar na solenidade; e Mário Soveral Gomes, sócio gerente da casa.

O sr. Dr. Oliveira Charrua, que presidiu ao jú r i , director do Colégio de André de Resende, de Evora, e organizador princi­pal do certame poético, jalou primeiramente sobre a Língua, a Poesia, os Jogos Florais, aca­bando por louvar a intenção da Caravela de Oiro, pela atenção que lhe merecem os temas de cultura e de turismo na linda região de Algés.

Seguidamente, Maria Helena Soares, L í r io do M onte na Arcá-

la de Oirodia da Fonte do Anjo, declamou as poesias premiadas, entregando os prémios aos contemplados, ou seus representantes, 0 sr. Conde de Rio Maior.

O Dr. Cabral Adão, em nome da Arcádia a que preside, saudou a mesa e agradeceu ao Dr. Oli­veira Charrua o honroso convite Jeito à sua tertúlia literária, cujas origens historiou, a jir- mando que ela se bate por uma poesia séria, elevada e subtil, contra a poesia - disparate que por ai campeia sem lei nem roque, como poeira que se desjaz ao sopro do senso mais ele­mentar.

Maria Helena declamou algu­mas poesias da sua autoria, recebendo nas calorosas ovações da sala, 0 prémio iniludível do seu valor, culminando os aplau­sos na recitação do seu belo poema «Sonhos»,

No Jinal, a gerência da Cara­vela de Oiro ofereceu um jino copo de água aos convidados de honra, durante o qual se fo rm u ­laram amistosos brindes. O sr. Conde de Rio Maior teve a gen­tileza de convidar a Arcádia da Fonte do Anjo a realizar uma sessão p o é t i c a em qualquer dependência do seu concelho. O honroso convite fo i aceite e apra­zado para Dezembro.

c iadas, é, ve rd ad e iram ente , d a ­quelas terras de que é líc ito um seu filh o orgulha-se, ape­tecendo, por isso, estar sem pre na p rim e ira lin h a , para can ­tá-la e defende-la, a inda que, para tan to , nos falte, m u itas vezes, «engenho e arte».

S o b e j a n d o - n o s , porém , fé onde nos fa lece a força, eis porque tam bém nesta gazeta reso lvem os acen de r m ais um a pequen ina cham a de am or à te rra que nos foi berço. Todos, somos, na rea lidade, poucos para engrandece-la e a in d a que um a d ife ren te fé nos d is tinga e oponha, nós, m esãofrienses, tem os o d eve r a todos os títu lo s sagrado de ser do nosso tempo e de tra b a lh a r com o nosso tem po, p a ra a lém das r i v a l i ­dades do m eio, onde o nosso tem peram ento , por vezas con ­flituo so e a tre ito de m a is ao parce lam ento , tan to nos tem e n f r a q u e c id o aos olhos do « m u n d o » .. .

N a a c tu a l v ig ên c ia , com o em todas as v ig ên c ia s cam arárias , m u itos m esãofrienses se têm arred ad o da v id a p úb lica , v i ­vend o à parte e com o que a lh ea ­dos dos p rob lem as de M esão F r io , consegu indo a lguns exac­tam ente o m ais d i f íc i l : ser es­trange iros na sua p róp ria te r r a ! D ir-se-ia que só se encontram na m issa d o m in ica l e, um a vez por ou tra , na A v e n id a , quando o ca lo r a p e r ta . . .

N o entanto , assim com o H e n r i Q ueffe lec, na capa de um conhe­cido rom ance seu, d iz qne «D eus tem necessidade dos hom ens», tam bém nós d irem os que M esão F r io p rec isa m a is que nu nca de todos os m esãofrienses. Torná- -los conhecidos e am igos, irma- ná-los nos p rin c íp io s da s o li­d ariedade b a irr is ta , identificá- -los no am or que devem te r a M esão F r io , seria , quanto a nós, a m issão m ais nobre e d igna de q uan tas v is lu m b ram o s agora para 0 bem da pequen ina p á ­tr ia com um .

Is to de serm os por A ou por B , na p res id ên c ia da Câm ara, é o m esm o que d izer que somos apenas m esãofrienses. Com o tal, tem os s im p lesm en te que e s ti­mar-nos cada vez m ais, pois só assim a firm arem os o v a lo r do nosso povo e da nossa terra . P e rs is t in d o no co n trá r io , esta ­rem os, ta lvez , condenados a ser venc id os s e p a r a d a m e n t e , quando bem poderíam os t r iu n ­fa r em com um .

U m a te rra não é para m eia dúzia, é p a ra todos os hom ens. D e acordo, mas, n a tu ra lm en te q ue é p reciso que esses ho­m ens a q ue iram a m a r . . .

G o e th e d iz ia serem precisos

todos os hom ens reun id os para fazer a hum an idade. G lo san d o em bora o m ais u n iv e rs a l dos escrito res da l í n g u a alem ã, tam bém nós poderem os d izer que são necessários todos os m esãofrienses para fazer M esão F rio .

E , na rea lidade, um mesão- friense que o lhe fundo a sua terra, prescutando-a e sen tin ­do-a com o terra-m ãe que é n a ­tu ra lm en te que sen tirá crescer em s i o desejo de torná-la m aior, pelo exem plo e pela fé, c riand o n e la e a través dela novos focos de b a irr ism o e de am or ao to rrão nata l.

Sob re tud o , no cam po das realizações p rá ticas, m u ito há a inda que fazer em p ro l de M esão F r io . S e ja ta lvez esta a a ltu ra de a in ic ia t iv a p a r ticu la r tom ar em seus om bros a re a li­zação de a lgu m a co isa em be­nefíc io da te rra e da sua gente. O lhe-se a p recá ria s ituação dos Bom be iro s V o lu n tá r io s , não obstante terem sido agora do ­tados de um exp lend ido pronto- -socoi-ro. Repare*se na vergonha que representa term os um a es­tação dos C . T . T . sem m ais condições que um tr is te posto de aldeia. E atente-se, sob re ­tudo, na fa lta de m anifestações cu ltu ra is e re c rea tivas , em be­nefíc io do povo e de quem m u itas vezes supõe es ta r ao de c im a dessas c o is a s . . .

V a i, porém, longo o arrazoado, sem term os tocado de perto os p rob lem as m ais in stan tes de M esão F r io .

A o te rm in a r destas b reves considerações, tem os no pensa­m ento o m ilag re de ene rg ia in ­dom áve l operado pelos bávaros depois da ú lt im a guerra , re ­co n stru in d o e reerguendo de novo para a v ida, num a recupe­ração de espantosa ded icação pátria , a sua be la c idade de M un ich . T a lv e z não fosse ne ­cessário i r b u sca r exem plo tão longe e de ta l modo expressivo , mas não fica m a l re fe r ir aq u i um p ro vé ib io m u ito p opu la r na B a v ie ra e de que os seus n a tu ra is justam en te se o rg u ­lham : «Q uando o D eus não quer, não v a le a pena, mas quando os b ávaros q u e re m . . .»

Com o se ria belo e ú t i l que todos os m esãofrienses qui- zessem tam bém ! . . .

P. da C.

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J X figueiredo DinizFANQ U EIRO

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Page 6: M O M T i RUY DE MENDONÇA A viagem presidencial Montijo … · praça 1$00 Quinta-feira, 20 de Outubro da ltS5 Ana 1 - n : 33i frofirietário, i

A PROVÍNCIA 20-io-95s

Campeonato. Nacio­nal da 2.° Divisão

Estoril, 3 - Montijo, O

Os donos da casa foram felizes.,O títu lo dos com entários, que

Tomos incum bidos de fazer p ara a p rim eira d e rro ta que o M ontijo sofreu fora de casa, não é um a a ten u an te para o resu ltado , mas sim com o justificação para a form a como os ten tos foram obtidos com a colaboração da defesa m o n ti­jen se , que não soube acautelar o seu redu to convenientem ente.

E ste facto, ao qual se deve ju n ta r as colocações no te rren o de Neto I e .losé M aria inexplicáveis após o p rim eiro ten to , a má actuação da­quele e do seu com panheiro S er- ra lha e ainda a m á actuação de todos os d ian teiros, d itaram um a d e rro ta que, em bora com vitória ju s ta do adversário , foi m ais con ­sen tida que o b tid a ! !

Um dos grandes p ilares da re ­m oçada e jovem equipa m o n ti­jen se , tem sido sem dúvida algum a os m édios de ataque que no do­m ingo tran sacto não em prestaram à equipa aquele labor, aquela «garra» (m al que todos enferm a­ram,) que estam os habituados a p resen c ia r e daí a queb ra de todo o sistem a, ao qual não deve ter sido alheio o facto, acim a apon­tado, do recuo de m édio d ire ito , que tiro u a esse sector toda a sua eficiência, dando plena liberdade a G onzaga e Cassiano, que m ano­b raram a seu belo prazer, perm i­tindo -se até, tom ar atitudes pouco d e s p o r tiv a s .. .

Isto no que diz respeito à «es­p inha» da equipa, na base da qual têm estado os bons resu ltados a l­cançados fora de casa, porque quan to aos restan tes sectores ainda se titu b ia na procura, não só dos elem entos que se fixarão, com o m esm o na sua form a mais conve­n ien te .

A defesa voltou a estar incerta e com plicativa, pois, quanto a nós, C axe irinha não está no seu m elhor, B arragon m uito incerto , alternando

o bom com o mal, mas m ais este que aquele , e G ilberto ainda acusa d ific ien te preparação, valendo-lhe contudo a m uita experiência para «liquidação» dalguns lances.

Kedol, «em es tre ia completa», pode d izer-se que esteve bem pois em bora com um nad inha de q u i­nhão de culpas nos dois últim os tentos, por inexperien te , não se poderá assacar-lhe responsab ili­dades quando um a defesa, que tem pela frente, fica estática e perm ite a aproxim ação , como no Estoril aconteceu, há no en tan to que cre- d ita r-lh c in tervenções valentes e a defesa de um a g ran d e penalidade.

No sec to r a tacan te , con tinua a re s id ir o «quebra cabeças» de F á­bregas, ag ravado ainda com a falta de Raul e E rn e s to ; este sector esteve francam ente mal, pois se assim não fosse, o M ontijo não teria saído do Campo da A m oreira, com aquela derro ta , pois no p r i­m eiro tempo, com m elhor en ten ­dim ento e afoitesa dos seus d ian­teiros poderia te r modificado o re ­sultado com mais h on ra para a nossa equipa.

O bem desta actuação foi tam ­bém a equipa v is itan te tocada pela má sorte a quando da m arcação dum a g ran d e penalidade, que de­fendida por José M aria, teve de ser repetida, mas que José Luís desperd içou , a tirando ao lado!!

E nfim , voltam os a reafirm ar, a nossa linha atacante precisa de ser «revista» e parece-nos não ser di­fícil, desde que haja com preensão e um n ad inha de boa vontade da p arte dos responsáveis.

«Au bon en tendeur» .A ai-bitraçem do sr . M anuel

Lousada, foi quanto à nossa op i­n ião, im pecável, não se tendo im ­pressionando com o a m b ie n te !

Assim prestig ia-se um a causa.José Estêvão

C O L U M B O F I L I A

Aldemiro Eduardo BorgesV e n c e d o r d e B u r g o s - ( E s p a n h a ) - 6 0 3 K m .

D esejando ouv ir A l d e m i r o E duardo Borges, para «A P ro v ín ­cia» p o r m otivo da sua excelente v itó ria na prova de Burgos, para o cam peonato de fundo, procurám o- -lo na sua fábrica de cortiça. Ocupado como e s ta \a , in teiram ente se pôs ao nosso d ispor quando lhe d issem os a nossa missão.

Como bom am ador que se preza de ser, A ldem iro nos diz.

— Q uando da fundação da S. C. de M ontijo, jà era am ador, pois já a lgum tem po que possuia aves.

— Q uantos prim eiros tira s te ?— Dois, a m inha p rim eira v i­

tória, foi na prova de Pom bal em 1951, com que se in iciaram as p ro ­vas <!e colum bofilia no M ontijo. Já tinha saudades de gan h ar um p ri­m eiro .

— Q ueres d izer que além de sócio fundador, tam bém te o rg u ­lhas de seres o am ador que tr iu n ­fou na p rim eira p rova da S. C. de M ontijo.

— E xactam ente.— Com que ave tr iu n fas te?— Foi com um m acho alcunhado

o «Barcos» por ser oferta do sr . José M artins Barros, g rande amigo da S. C. de M ontijo.

— Q ual a alim entação que dás ?— L ote vu lgar.— Q ual o adversário que mais

a d m iras?— T odos, porque fazem grandes

sacrifícios em m an ter as suas coló­n ias, p o rq u e a colum bofilia é um desporto rico em mão de pobres.

— C ostum as d rogar as tuas aves?— N unca droguei, e não acho

p ró p rio de todo aquele que se presa de ser bom am ador.

— Com o encaras a in iciativa do sem anário «A Província», em en tre ­v is tar os campeões ?

— Na m inha opinião, vejo um a m aneira do engrandecim ento do nosso desporto na vila do M ontijo, é se m e dão licença, aproveito a

opo rtun idade para desde já como am ador e d irig en te , d a r as m inhas sinceras felicitações aos seus pro­prie tário e d irec to r.

— D esejas d izer m ais algum a coisa ?

— Sim A g r a d e c e r - t e p e l a form a como tens con tribu ído para a p ropaganda da colum bofilia a tra ­vés das colunas dos jo rn a is «A Província» e « M u n d o Colum - bófilo».

— Nada tens a agradecer.Eduardo dos Santos Baeta

^eieraaiBarreirense 3, - Montijo, 6No cam po de «En g .0 M a ­

n u e l de M elo», um encontro para o Cam peonato R e g io ­n a l de R eservas.

Jo g o sem nada de espe­c ia l a m encionar e com a v itó r ia no rm al da equ ipa da casa.

A c tu a ção r e g u l a r da equ ipa m ontijense com um a arb itragem ace itáve l.

P e lo C. D . M . a lin h a ram : M e n ice ; A lm e id a e V a le n ­tim ; A n jo . M o ra e S a n ta n a ; A lb u q u e rq u e , F e .rn a n d o , M an u e l L u ís , Tom az e R i ­beiro.

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R E P A L

Concurso de Prognósticos Je fu tebolN ã o h á m e m ó r i a d e I ã o grande interesse

por um concurso em jornais regionalistas30Q$00(oncorrenie premiado:

A ntódio M anuel Cavaco G ou­veia. Rua Sacadura C abral, n.° 7-1 .°

M ONTIJO

Cupões anulados:A ugusto M artins e José A ntónio

L ourenço da Silva.Estes conco rren tes en tregaram

os cupões depois das 12 ho ras de D om ingo, quando já estavam e n ­cerrados os serviços de contro le do «C oncurso de P rognósticos de Futebol».

Prémio desfa semana

Para o concorrente que acerte em maior número de resultados (exceptuando todos os resultados).

B A S Q U E T E B O LPara a 2.a jo rn ad a do T o rn e io de

Iniciação, realizou-se no passado dom ingo, dia 16, no Campo do P arque o encon tro M undet - M on­tijo, arb itrado pelo sr. Jú lio T a ­vares.

As equipas a lin h a ra m :M u n d e t : P e s c a d i n h a (2),

E duardo (6), A ldem iro, Duval, D iam antino (6), B atista (2), Ro­d rigues, G rão e D om ingos (5).

M ontijo: E ugên io , G abriel, L o­pes (4), Acácio, Lucas (1), Rosa (9), B arreias, Tom az (17) e C epinha (5).

Ao in tervalo 13-9 a favor do M ontijo.

Jogo de fraco n ível técnico e v itó ria ju s ta da equipa do M ontijo que, não sendo su p erio r nos po r­m enores do jogo à equ ipa adver­sária, teve, contudo, avançados que souberam concre tizar m elhor as oportun idades que se depararam .

A equipa do M undet, razoável e com in tenção na transposição da lefesa para o ataque, esteve fraca no capítu lo de lançam entos, p r in ­cipalm ente o seu «plvot», D iam an­tino, que, talvez em m anhã m enos desafortunada e se aproveitasse bem o jogo que lhe foi fornecido, teria dado à sua equipa a possib i­lidade de d isc u tir o triun fo final.

Pela segunda vez, nesta época, vim os jogar a equ ipa do M ontijo e pela segunda vez a nossa im pres­são não é das m ais lisongeiras.

Nota-se um a falta de tre inos absoluta, mas disso não têm os jogadores q u a isq u er c u l p a s . A equipa está desprov ida de q u a lquer preparação física e técnico-táctica, realçando o facto, q u a n d o se encontra ao ataque e enfren ta um a defesa bem organizada. P rec ip i­tação nos passes, lançam entos m al feitos e ao acaso, ta lta de alguém que dê lu ta na tabela adversária, enfim , um a série de porm enores que não nos com pete aqui analizar.

Os m otivos sã o sobejam ente conhecidos p o r todos! Não vale a pena estar sem pre a b a te r a m esm a tecla.

A rbitragem reg u la r, sem d ificu l­dades de m aio r a reso lver.

Luciano Mocho

Revista desportiva«O içam todos os Sábados

pelas 22 horas e 15, a través do C lu b e R ad io fón ico de Po rtu g a l, o p rogram a T O U ­R O S T O U R E IR O S E T O U R A D A S e às terças-feiras pelas 13 horas a través do C lu b e R ad io fón ico de P o r ­t u g a l , o p rogram a R E ­V I S T A D E S P O R T I V A , 11 m a R e v is ta D esp o rtiva , d iferente d a s ou tras, de Produções F e r n a n d o de Sousa.

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E ainda mais 2 prémios Ao concorrente que acerte em rodos os resultados

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Prémio extraSe fô r sócio do Ateneu

Popular de Montijo terá mais 0 seguinte prémio'- U m a viagem a Espanha em auto- - carro, no próximo mês de Abril de 19 3 6 (passaporte incluido).

R e g r a s

I — Os conco rren tes deverão en ­v iar pelo correio ou en treg a r p es­soalm ente da redação deste jo rn a l (Av. D. Nuno A lvares P ereira , 18) o cupão in serto neste jo rnal.

I I—Este cupão deverá ser p reen ­chido com os prognósticos dos resu ltados dos desafios nele in d i­cados e bem assim o nom e e m o­rada do concorren te , p o r form a legível, sem o que não serão con ­siderados.

III •— O referido cupão deverá ser en tregue até às 12 horas de Dom ingo de cada sem ana.

IV — No p r e e n c h i m e n t o dos cupões, não in teressa exp ressar os resultados pelo nú m ero de golos m arcados ou sofridos por cada clube, m as ún icam ente, a aposição de um a das três le tra s (D., V. 011 IÍ) à fren te do nom e dos clubes consoante se lhes a tr ib u a , respèc* \ ti vãm ente Derrotà, V itó ria ou Em pate.

Por e x e m p lo :

C. D. Montijo - V D. Beja - D

Em caso de se prognosticar a vitória do D esportivo de Montijo,

V — O prém io será a tribu ido ao concorren te que acerta r no maior núm ero de resultados.

VI -— Desde que dois ou mais concorren tes acertem no mesmo e m aior núm ero de resu ltados será o prém io div id ido quan to possível em partes iguais.

VII — Todos os leitores do nosso jo rn a l poderão concorrer.

VIII — Cada conco rren te terá 0 d ireito de u tiliza r o núm ero de cupões que q u ise r, desde que os cupões sejam devidam ente preen­chidos.

IX — Os prém ios sem anais, rela­tivos aos prognósticos serão entre­gues após o apuram en to de cada sem ana.

X — Q u a n d o um jogo fique adiado por qu a lq u e r m otivo im pre­visto não será considerado para efeitos do concurso .

Atenção premiado do cupão n.° 3

O concorren te prem iado na sem ana passada no nosso «Con­curso de P rognósticos de Futebol», p o d e r á levan tar o documento que lhe dará d ire ito ao prémio, nesta Redacção a con ta r de hoje (d ia 20) e até Sábado (dia 22) das 9,30 às 13 e das 14,30 às 19 horas.

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«A Província» vende-se em Mon­tijo nas papela rias «Alvatília» e «Moderna» e nesta redacção, lo­cais onde todos os concorren te a podem adqu irir.

T o d o s a o c o n c u r s o A o g r a n d e c o n c u r s o de P r o g n ó s t i c o s d e F u t e b o l

C a d a le i t o r p o d e c o n ­c o r r e r c o m q u a l q u e r n ú m e r o d e p r o g n ó s t i c o s .

Corte a cabeça deste cupão e guarde-oc u p À o n . ° u .

Concurso Prognósticos de Futebol de «A Província»

C O R T E P O R A Q U I

Z o n a N o r t e Z o n a S u l

Leixões Boavista Portaleg . Portim on.

Chaves E spinho A rroios Eivas

Leões P en iche M ontijo C oruchense

V ianense G uim arães __ Farense Estoril

T irsense Salgueiros O riental O lhanense

Sanjoanense...... Gil V icente Beja Olivais

Viseu U. C oim bra M ontem or Ju v en tu d e ..

Morada■

«A Província» Cupão N." 4

£nvior este cupão até às 12 horas de Domingo-

Não se esqueça de guardar em sua casa as Cabeç^ dos Cupões, e de enviar à redacção deste jornal os cnpõis dos prognósticos até às 12 horas de Domingo. .

Page 7: M O M T i RUY DE MENDONÇA A viagem presidencial Montijo … · praça 1$00 Quinta-feira, 20 de Outubro da ltS5 Ana 1 - n : 33i frofirietário, i
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8 A PROVÍNCIA 20-IO-gj.

«fl PROVIIICIA»é transportada ACTUALIDADES DO MUNDO Página quinzenal

através do Mundo V N úm ero 10

nos aviões da O P E R U —2 0 de Outubro

K . L . M . de 1955

Gasolina - Gasóleo - Óleos

A S E N C U O FIC IAL

V i u v a & F i lh o sd e R o m á n S a n c h e z

Portugal e © Perú

de ensino p a ra traba lhado res da in d u s tr ia p riv ad a afim de que estes conheçam os seus d ire ito s e obrigações legais afitn de não serem induzidos e enganados p o r pessoas in teressadas em p rovocar conflitos en tre o C apital e o T rab a lh o .

O G overno P eruano trab a lh o u afanosam ente para que a Ju n ta

«los pueblos de Espana, Portugal y de América, esporados por cosi toda la redondez del globo; constituyem ua

(Dundo en tl que palpita un solo corazón>.Palavras pronunciadas pelo E.x.mo Sr. Pre­sidente Constitucional da Repúbiica do Perú General de Divisão D. Manuel A. Odria.

/ i / i AIS um a vez se dem onstraI k I que P ortugal não é tão

pequeno, como se diz. Não, P ortugal é estim ado, querido pelos países de quase todo M undo. Sua E xcelência o Sr. P residen te da Piepública do Perú , sabe p e r­f e i t a m e n t e que a E spanha, P o rtu g a l e A m érica form am um só coração. T odos trabalham os para o m esm o, todos enfim o que desejam os é que a nossa P á tria , seja cada vez m aior para assim m ostra rm os ao M undo o nosso valor e am or em prol da Nação que nos viu nascer.

As palav ras de Sua Excelência calaram -m e o coração, po r que são verdadeiras, firm es e d itas por um H omem M uito Ilu stre que d irige um P a ís com aprum o e in teligência .

«A P rovíncia» não podia ficar ind iferen te a estas afirm ações p ro ­

nunciadas no II C ongresso Ib e ro ’ -am ericano de Seguridaci Socia l

No m esm o C ongressso d isc u r­sou o sr . D r. A ntónio da Costa Leão, delegado d e P o rtuga l. D e s s e desem poeirado discurso tran sc re ­vem os a segu in te passagem :

«.A nobre Nação Peruana a delegação de Portugal exp rim e o seu m a is gra to reconheci­m ento p e la generosa hosp ita ­lid a d e com que fo i acolhida.A S u a E xcelência o Senhor P residen te da R epúb lica tenho a h o nra de a p resen ta r a m a ­n ifestação viva d a nossa g ra ­tidão. P e l a fo rm a perfe ita como decorreram os trabalhos, sa ú d o e felicito os seus o rg a ­n iza d o res , n a s p e sso a s dos Excelen tíssim os Senhores Cie. Pérez Godoy, Presidente da C om issão ibero A m ericana de S eg a rid a d Social e D. C arlos M arti B u fill, Secretário d a

O ficina. F i n a l m e n t e fo rm u lo os m e l h o r e s v o t o s p e l a s p ro s ­p er id a d es de todas as nações ibero-am erica- nas».

Vamos ainda mais longe, transcrevendo o p rim eiro período do d iscurso p ro - fl nunciado pelo D r . D. Joaquim Ruiz Jim enez, M i n i s t r o da Educação Nacional de E spanha.

«Ha sonado en este sa lón la voz noble de la herm ana R epública P ortuguesa y en ella el latido de tas gentes de su estirpe de es a estirpe que com partiò con la espanola una m isió n un iversa l».

S u a E xcelência o S r . P residen te da Como se prova, o Perú R ep úb lica do Peru, D. M anuel A. e P o r t u g a l com preem - O dria, com o represen tan te de Porta- dem -se e estim am -se m u- ga l no I I Congresso Ibero-am ericano, tuam ente.

O G overno do EiíJwP lem tido sem pre a preocupação constan te de d a r ao povo e ao trabalhador, Saúde, E ducação e T rabalho . E s­ta s três palavras são a sín tese de um prog ram a que se tem cum prido in te iram en te . O trab a lh ad o r ru ra l,

os operários, os em pregados de todas as classes vêm resolvidos os prob lem as para seu p róp rio b ene­fício. G rupos san itários aplicam os m ais m odernos in s tru m en to s e m edicam entos mais adequados, para conseguir, u rgen tem en te , sa­n ear toda a C osta do P e rú e g rande parte da zona A ndina. Para se co n serv ar este estado sanilário , foram estabelecidos serviços es­peciais em quase todos os pontos povoados.

Paralelam ente ao saneam ento das povoações e vales, foi proeu- i-ado, de m odo in tensivo , dar ed u ­cação e in strução a todos os hab i­tan tes do Pais — tal como se tem feito em P ortugal, na C am panha de Educação de A dultos.

C riaram -se Ja rd in s de Iníància, Escolas P rim árias, onde as crianças recebem in strução e lem en tar por m odernos m étodos e, m ais tarde, reco rrem às Escolas de E speciali­zação. Um m ilhão e trezentas m il crianças recebem instrução em 12.129 locais. Um v e r d a d e i r o reeord.

A C orporação venda, in stitu ição que está na base do m ovim ento de a rq u itec tu ra so­cial in iciado em Lim a e cu ja obra é a ten tam en te seguida no ex te rio r, deu um a nova prova do seu esp i­rito p ro g ressis ta e renovado r ao te rm in a r o C entro C lim ático de E sparcim ento de H uam pani, na m argem d ire ita do Rim ac, fren te a Chaclacayo, que foi inaugurado recen tem en te pelo P res iden te da R epública G eneral M anuel O dria.

T ra ta -se de um a nova com un i­dade de férias para as classes não favorecidas pela fo rtuna . As férias fam iliares em b unga low s onde não se perd e o calor do lugar, será possível, à base de preços razoá­veis.

Um serviço cen tra l de aqueci­m ento , o m ais m oderno instalado no país, irá fazer as delícias das m ães, nos d ias de descanso.

A p a rte cen tra l tem um a capa­cidade de 800 camas podendo no en tan to se r am pliado para 1 .000. S e se rea lizarem tu rn o s de férias, de um a sem ana, 52.000 pessoas

H i s t ó r i a breve

beneficiarão po r um ano com esta sugestiva obra.

A obra consta de bungalow s, pavilhões ho te leiros, para as fam í­lias sem filhos e so lteiros, centros adm in is tra tivos e com pras, cresces infan tis, lagos artific ia is, estabele­cim ento de banhos e de jogos e am plos espaços verdes.

E sta form idável construção p rin ­cip iou em 1950 e em b reve estará conclu ída, graças aos belíssim os a rqu itec to s do P erú , que têm tra ­

balhado com verdadeira in te li­gência nesta o b ra notável e de g ran d e in teresse para os trab a lh a ­do res peruanos.

O p róp rio local é lindíssim o e o clim a, po r sua vez, concorre b astan te p ara cham ar todos aque­les que traba lham d u ran te um a n o . São estas h o ras de im portância ex trao rd in á ria para o P e rú em p lena revolução constru tiva — obra inegável do ilu s tre P re s id en te da R epública.

B a irro sp a ra tr a ­ba lhadores q u e construiu o Go­verno d o Peru, nos a rred o res de L im a, p a r a solu­c io n a r o p ro b le ­m a d a habitação

No plano educativo tem p r i­m ordial in fluência a educação téc­nica, com o ob jectivo de conse­g u ir um bom núm ero de especia­listas nos m ais d iferen tes ram os de trabalho .

Foram ainda estabelecidos ciclos

M ilitar c riasse o Seguro Social è E m pregado, com o objectivo dt d a r a esta classe as prestações i que tem d ire ito d u ra n te a doençi, a velhice e m orte . N ote-se que actualm ente ex istem m ais de 221 m il segurados.

« 0 traba lho é fon te primária d a riqueza e do bem estar», d isse o s r . Presidenjte d a Re■ pública do P erú. E facto. Os povos que traba lham fazem-st g randes e p ró sp ero s em pouco tem po e p ara eles é preciso que haja ordem e tranqu ilidade , con­fiança no G overno e que entre o Capital e o T rab a lh o , haja har­m onia, igualdade e compreensão,

O P erú é um país novo . descoberto no 3éculo XVI.

Possui ho je um a popu ­lação aproxim ada a 10 m ilhões de h ab itan tes e Lim a, sua C apital com ­porta cerca d e 400.000 pessoas.

Em L im a foi fundada a p rim e ira U n iversidade da A m érica, no ano de 1655.

E ncon tra -se situada a R epública do P erú , nas costas do O ceano Pacífico.

MAPA DEL PERU

O solo é geralm ente m ontanhoso, coberto ao longo d o O ceano pela co rd ilhe ira d o s Andes, donde descem a E . o Ma­ranhão , o H uallaga e o U cayali.

Na actualidade o P e rú está em p leno desenvo lv i­m ento m oderno e com todas as condições para v ir a ser, no fu tu ro , um dos países m ais flo res­centes da A m érica, não deixando de co n serv ar as suas an tigu idades = preciosos m onum entos.

T rab a lh a-se ac tua lm en te com a colaboração de capitais e s tran ­geiros na produção de cobre , zinco, petró leo , ferro e aço. Faz p a rte do program a, o desvio de rios e rep re- zas para au m en tar a superfície cu ltivada. Afim de e x p o rta r as suas riquezas, o P e rú está ab rindo estradas ap esa r de o solo ser bas­tante irreg u la r. A estrada que vai desde Callao até à zona am azónica. po r exem plo, c ruza a co rd ilheria dos A ndes a m ais de 4.900 m etros de altu ra .

Como riquezas ag ríco las, m en ­cionarem os, em prim eiro lu g a r o algodão e a çu ca r; como m ineral, o petró leo , cobre, z inco , ouro ,

p rata etc.. Sob o pon to de vista ind u s tria l a pesca.

J)áujin(iConcebida a realizada

por

Luís Bonifácioa ealabôtaçuo d»

I lu s t r e M in is t r o d o P e rú e m P o r tu g a l

e do