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Assessoria de Comunicação da Câmara de Novo HamburgoManual do Estagiário

Ano 1/Edição 1 Maio de 2015

Intr

oduç

ão

Boa Leitura!

SumárioCapítulo I

O jornalismo é uma atividade que requer, acima de tudo, responsabilidade - Página 2

Capítulo IIO jornalismo é uma atividade que requer, também, criatividade - Página 3

Capítulo IIIO jornalismo é uma atividade que requer respeito - Página 4

ConclusãoQual o seu “nível”? - Página 5

Bibliografia sugerida - Página 10

Manual de redação e estilo - Página 13

Estagiário não é mão de obra barata: é um profissional em formação, que merece atenção especial, mas já tem algo a oferecer. Na Câmara, vemos o estagiário como alguém que está aqui para aprender, mas que também deve

sempre fazer a sua parte e dar a sua colaboração. Sempre!

Por isso, é preciso que o estagiário envie matérias para o nosso site, cuide da imagem do seu assessorado, dê sugestões para melhorar o processo de comunicação como um todo e pense em formas diferentes de apresentar seu material. Assim, além de aprender na prática o que é ser um assessor de comunica-ção, colabora com a Câmara e, consequentemente, com a construção de uma sociedade cada vez mais democrática.

Nesse processo, o estagiário conta com o apoio de toda a equipe de jornalistas do setor de Co-municação, profissionais pós-graduados e com anos de experiência na área. Nós estamos à dis-posição de todos vocês. Aliás, fazemos questão de receber material, tirar dúvidas, orientar... É o nosso papel, e é um direito de vocês. Não desperdicem essa oportunidade.

Elaboramos ainda este pequeno manual para passar adiante a nossa visão de jornalismo, construída coletiva-mente, com base em nossas vivências da profissão. É também um guia de como o trabalho deve ser feito aqui. Não exigimos perfeição, claro, mas exigimos comprometimento. E responsabili-dade, criatividade e respeito. Nada menos do que isso.

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1. Responsabilidade com os fatosJornalismo é algo lindo, fundamentalmente necessário e extremamente

complexo. Não é apenas contar histórias, mas implica refletir sobre quais histórias serão contadas, e como. Uma história nunca tem só dois lados – mas lados infinitos, que serão resumidos numa chamada, num lead, em algumas centenas de caracteres. Ou seja, por melhor que seja nossa matéria, sempre destacaremos apenas um aspecto de um fato, e é crucial ter isso em mente.

O jornalismo molda a forma como as pessoas veem o mundo onde vi-vem e, consequentemente, ajuda a moldar suas vidas. O jornalismo pode comover, pode mudar atitudes, pode salvar vidas – e pode acabar com vidas.

Como assessores de comunicação, trazemos toda essa responsabi-lidade para o nosso trabalho. E ainda temos a responsabilidade com os nossos assessorados! Nossas histórias terão sempre os nossos as-sessorados como foco, sempre de forma positiva. Isso não é uma postura antiética – é, acima de tudo, a postura correta de um assessor.

Então, ser assessor não significa que podemos mentir para bene-ficiar nossos assessorados. Primeiramente, porque, como já salien-tamos, ainda estamos trabalhando com jornalismo – ou seja, com a divulgação de fatos verdadeiros (não podemos dizer que jornalismo trabalha com a verdade absoluta, pois esse é um tema muito comple-xo; sempre, mesmo em redações, trabalhamos com aspectos da verda-de). Em segundo lugar, porque mentiras e distorções sempre irão, no fim das contas, prejudicar nosso assessorado.

Assim, temos um compromisso com a veracidade daquilo que re-portamos. Nunca podemos mentir, mesmo que a mentira pareça “boba”. Temos de dizer a verdade, de forma clara, simples, concisa, seguindo as regras da redação jornalística. Portanto, mesmo cientes de que cada história é apenas uma das inúmeras versões possíveis, não podemos escrever nada que não tenha acontecido de fato. Nunca. Jamais. Não mesmo!

2. Responsabilidade com a língua portuguesaComunicar de forma clara implica empregar a língua portuguesa de

forma correta. Sim, línguas são vivas, estão constantemente passando por modificações, estruturas consideradas erradas tornam-se aceitas e até o padrão, enquanto o significado de certos vocábulos sofre diver-sas mutações. Isso só torna o nosso trabalho ainda mais complexo, e exige de nós ainda mais atenção ao uso que fazemos do nosso amado

idioma (quem não ama a língua portuguesa terá alguns problemas para seguir a carreira jornalística...). Por que é tão importante estar atento ao uso correto da língua? Em primeiro lugar, para informar corretamente. Erros na escrita acarretam, quase sempre, distorções: uma vírgula deslocada pode alterar completamente aquilo que esta-mos escrevendo, por exemplo. E, ainda, para que a mensagem, além de correta, seja clara. O objetivo de uma matéria jornalística é in-formar, e textos confusos não informam direito. Logo, não estamos fazendo um bom jornalismo.

Portanto, sempre preste atenção à escrita correta dos termos, às re-gras gramaticais, e ao sentido das palavras. É comum usarmos vocá-bulos sem prestar atenção ao seu sentido, só porque já o ouvimos ou lemos em contextos parecidos. Sim: é preciso pensar no sentido de cada palavrinha que usamos.

3. Responsabilidade com o estudo constante A faculdade tem dia certo para terminar, mas nós, como jornalistas,

temos a obrigação de nunca parar de estudar. Isso não significa di-zer que todo mundo tem de fazer mestrado, doutorado, etc. Significa que é preciso ler muito, buscar a história dos lugares, das coisas, das ideias, do mundo!

Por exemplo: o repórter pode trabalhar lindamente um texto de uma agência de notícias sobre mais um ataque a bomba em Cabul, capital do Afeganistão. Mas, se ele nada souber sobre esse país além daquele fato, não passará de um papagaio.

Precisamos estudar, estudar e estudar. Ler livros de história, filo-sofia, grandes reportagens, biografias, memórias... Ler, ler, ler! Não sabe nada sobre o Afeganistão? Dá para começar com uma leitura na Wikipedia, só para não ficar totalmente no escuro. Depois, que tal procurar alguns livros sobre aquele país? E sobre outros países? O que sabemos sobre a Ásia, a África, a América Latina, o Brasil? Apenas a leitura – constante, variada e crítica – vai fazer de nós jornalistas de verdade. Sem uma boa e sempre crescente bagagem cultural, seremos apenas papagaios com um diploma pendurado na parede. E o pior: quase sempre, os papagaios humanos são disseminadores de precon-ceitos e de visões distorcidas.

Em resumo: leiam, leiam, leiam, leiam e leiam ainda mais um pouco. E, para descansar a cabeça de tanta leitura, leiam. (Não são consideradas leituras educativas postagens de Facebook nem mensagens no Whatsa-pp! Estamos falando de livros e revistas aqui, principalmente livros.)

O jornalismo é uma atividade que requer, acima de tudo, responsabilidade

Capítulo I

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Capítulo II

O jornalismo é uma atividade que requer, também, criatividade

1. Criatividade para contar histórias diferentes

O mundo é cheio de histórias. Em cada casa, em cada rua, den-tro de cada pessoa com que cru-zamos em nossos caminhos para a faculdade, o trabalho, a casa da namorada... A maioria dessas histórias nunca será contada. Em contrapartida, algumas histórias já foram contadas dezenas (cen-tenas!) de vezes. Como o jorna-lismo busca refletir o mundo em que vivemos, para fazer um bom jornalismo devemos buscar tam-bém aquelas histórias diferentes, aquelas que ainda não foram contadas.

Por isso afirmamos que o jor-nalista precisa ser criativo. Como dá para perceber, não se trata aqui de criatividade para inventar fa-tos, dados etc. Mas de ser criativo em nosso olhar. Quando abrimos os olhos, não vemos as coisas como elas são: vemos como que-remos ver, como aprendemos a ver, como a maioria das outras pessoas as veem... É preciso ser criativo para olhar as coisas de forma diferente e, a partir do que enxergarmos, pensarmos em novas pautas, que irão enriquecer o mundo do leitor e, claro, o nosso mundo interior.2. Criatividade para fazer perguntas diferentes

É preciso ter criatividade mesmo na hora de fazer uma matéria nada criativa. Aliás, fica aqui a questão: será que dá para fazer uma matéria sem nada de criatividade? Por-que, como jornalis-tas, temos de fazer perguntas. Nosso papel é perguntar, questionar, refletir e perguntar de novo, instigar, perguntar mais uma vez, per-guntar até (quase) tudo ser entendido, até (quase) tudo ser desvendado, até os dados fazerem senti-do, até eles deixarem de fazer sentido, até eles fazerem sentido de novo.

O jornalista nunca deve ter vergonha de perguntar, por-que isso implicaria ter vergonha de fazer seu trabalho de forma correta. É preciso entender tudo o que a fonte está nos di-zendo, nem que ela tenha de desenhar. Não é vergonha: é a nossa missão. Se al-guma coisa não fechar, temos de pergun-tar. Se é algo que é importante saber, temos de perguntar. Se não entendemos direito, temos

de perguntar. Se parece estranho, temos de per-guntar. Se tudo parece normal demais, temos de perguntar.

E também temos de ir mais longe e pensar naquelas perguntas que nunca ninguém fez. Ninguém quer ler mil vezes a mesma maté-ria, a mesma entrevista... Então, como en-trevistar aquele ator que já deu centenas de entrevistas antes sem sermos chatos, repeti-tivos? Como entrevistar o governador elei-to sem cair na ladainha de sempre? Como

fazer a pergunta cer-teira, aquela que vai desvendar um cri-me, explicar um fato até então inexplicá-vel, mudar um para-digma? Como fazer aquela pergunta que vai fazer nosso entre-vistado famoso e que já falou com a mídia mil vezes mostrar um lado até então oculto? Como fazer aquela pergunta que vai fazer a nossa matéria útil ao mundo?

Existem várias for-mas de exercitar a cria-tividade. Uma delas é

por meio da leitura. Também por isso é preciso ler, ler, ler, ler, ler, ler, ler, ler mais um pouco, ler mais uma vez, e ler, ler, ler, ler e ler. Ler grandes reportagens, filosofia, história, ficção científica, romances, poesia... E, depois, ler mais e mais e mais e mais. E ler de novo. E seguir lendo. É a nossa sina, nosso destino, nosso único cami-nho: ler como se nossa vida dependesse disso,

porque depende. Também podemos fazer pequenos exercí-

cios de criatividade, como manter um blog, tirar fotografias, estudar coisas diferentes, fazer artesanato, imaginar como seria o mundo se um pequeno detalhe tivesse sido diferente no passado...

3. Criatividade para contar histórias de for-mas diferentes

Nem sempre precisamos nos ater à fórmu-la tradicional. Sim, a matéria com lead em pirâmide invertida é importantíssima e tem seu lugar (aqui na Câmara é a mais usada, devido à natureza do nosso assunto). Mas nem todas as histórias precisam ser conta-das dessa maneira.

Podemos contar histórias de diversas maneiras, em diversas plataformas. Histórias podem ser contadas por meio de textos, ou de fotos, de vídeos, de aúdios, ou até de uma com-binação entre as linguagens. Histórias po-dem ser contadas de forma mais poética, em primeira pessoa, com música... Para ajudar-mos a nossa área a avançar, precisamos ser criativos. As ferramentas estão aí.

É a nossa sina, nosso destino, nosso único caminho: ler

como se nossa vida

dependesse disso, porque depende.

CONTEÚDO MENOS IMPORTANTE

CONTEÚDO SECUNDÁRIO

CONTEÚDO MAIS IMPORTANTE

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O jornalismo é uma atividade querequer respeito

1. Respeito com todas as pessoasLiberdade de pensamento, de expressão e

de imprensa são conceitos importantíssimos e extremamente necessários para que o jorna-lismo seja, de fato, jornalismo. Mas não são ideias absolutas, sem limites. Isso mesmo: há limite. E o limite é a dignidade do ser huma-no. A nossa missão de informar, de contar histórias, de relevar às pessoas aquilo que elas precisam saber não passa por cima da nossa obrigação de respeitar os outros.

O respeito começa com a nossa determina-ção de contar a história da forma mais verda-deira possível. Temos de ouvir (ouvir de ver-dade!) as pessoas envolvidas. Temos de nos ater aos fatos, sem tirar conclusões precipita-das. Temos de ter cuidado com o que falamos sobre alguém, para não destruir reputações e até vidas. Temos de ter tato. Temos de ler e re-ler nossas matérias com cuidado e, se surgir uma dúvida, mesmo que pareça infundada, voltar a perguntar, voltar a pesquisar. Isso não significa censura, mas civilidade. Acu-sar, denegrir, mentir, apurar porcamente os dados, mostrar apenas um ponto de vista, distorcer números, distorcer falas, distorcer o mundo... Tudo isso é inaceitável!

Claro, erros acontecem, mas só podemos errar tentando sinceramen-te, do fundo do coração, com toda a nossa força, acertar. Nunca por pre-guiça, nunca por malda-de, nunca buscando outra coisa que não a informação correta. Mesmo quando trabalhamos em assessoria, o respeito por todos deve ser o nosso guia. Um texto de assessoria é obviamente um texto que destaca as-pectos positivos do asses-sorado, mas nunca podemos promover nosso assessorado deixando de lado a verdade e o respeito ao ser humano.

Em resumo: não estamos acima da lei (nem acima de ninguém) por ser-mos jornalistas. Nosso trabalho é funda-mental para a construção de um mundo melhor, sim, mas não se constroi um mundo melhor sem respeito. Respeito sempre. Com todos. 2. Respeito com o leitor

Este é um tópico interessante, impor-tante e muito pouco abordado. Tempo de vida, embora não queiramos muitas vezes admitir, é um bem limitado. Isso mesmo: temos um tempo determina-do por aqui e, depois, bom... Quem sabe? Cada um com a sua crença, o que acontece depois não vem ao caso! Mas certamente todos nós concorda-mos que a vida é um bem preciosíssimo, que não deve ser desperdiçado. Então

Capítulo III

vamos pensar bem antes de encher um texto com metafóricas linguiças, porque pessoas de carne e osso, com vidas tão limitadas como as nossas, com vidas tão preciosas como as nossas, irão ler. Nós não temos o direito de gastar tola-mente o tempo de vida de outro ser humano.

Sério, parece brincadeira, mas não é. Temos de escrever para informar, não para encher páginas em branco. Temos de escrever algo que valha a pena parar para ler. Temos de es-crever algo útil. Se não for assim, melhor não escrever nada. Aliás, se não for assim, não escre-vam nada, por favor!

Por isso, além de fazer uma apu-ração impecável, precisamos sem-pre utilizar um português impe-cável. E enxuto. Claro, cada texto tem seu estilo, mas, como dizemos por aqui, “escrever é a arte de cor-tar palavras”. 3. Respeito com nós mesmos

“Se algo parece errado, deve ser errado.” No exercício de qualquer profissão, precisamos ter a nossa consciência como a nossa mais importante aliada. Escutem sem-pre seus corações (frase clichê,

mas cabe aqui muito bem). Trabalhar com jornalismo é difícil, exige muito, mas deve ser uma coisa gratificante, não extenuante (e nunca – jamais – humilhante)!

Não atropelem nunca as suas consciências. Também não deixem a saúde de lado. Nem a vida pessoal. Quem tem uma vida plena e saudável certamente será um profissional mais competente, porque estará mais feliz e disposto. Embora muitos digam o contrário, cuidar de nós mesmos é fundamental, mesmo numa profissão como esta!

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O papel do jornalista, muitas vezes, é o de tradutor de uma lin-guagem específica, como o “economês”, para uma versão de maior compreensão pelos leitores ou espectadores. Essa prática tem se configurado como um nivelamento, por baixo, da linguagem, o que torna cada vez mais pobre a língua usada e mais restrito o vocabulário do meio.

Se ficarmos um dia inteiro diante de um televisor, não impor-ta qual o canal sintonizado, ou ouvindo rádio, independente da emissora, quase com certeza posso afirmar que não aprendere-mos nenhuma nova palavra ou expressão. Quando isso acontece podemos perceber que estamos vivenciando um nivelamento da linguagem para um universo limitado de palavras. A simplifica-ção, que ajuda a compreensão, é também um fator que limita a comunicação.

O uso da palavra como ferramenta de produção de sentido re-quer que conheçamos profundamente o significado de cada pa-lavra, bem como seu uso e sua adequação em cada situação espe-cífica. Imaginem um pintor que somente dispõe de um pincel de um centímetro de largura: quando ele quiser pintar um traço me-nor do que um centímetro, certamente terá imensa dificuldade

Conclusão

ou deverá fazer malabarismos para conseguir tal resultado. Mais fácil seria ter um pincel específico. As-sim, na escrita, se você dispõe de um grande vocabulário terá maior facilidade de expressão, maior pre-cisão no seu texto e melhor fluên-cia de ideias. Seu texto, portanto, reflete não somente o conheci-mento do fato, a quantidade e qua-lidade de informações, a qualidade de suas fontes, mas o seu conheci-mento do mundo, a sua compreen-são e o seu vocabulário.

Esqueça por um momento a neu-tralidade, você não é um ser alheio ao mundo que o cerca. Ao fazer a cobertura de um evento você pode:

- ir ao local e descrever o fato da forma mais básica para que seus leitores entendam o que aconteceu;

- se informar antes, buscar fon-tes, fazer perguntas e descrever o fato de uma forma mais elaborada;

- estudar profundamente o even-to, conhecer sua história, consultar especialistas, descobrir peculiari-dades, entrevistar pessoas-chave e fazer de seu texto um apanhado completo do fato em questão;

- se tornar um especialista nesse tipo de eventos, conhecer to-das as pessoas que trabalham com isso, descobrir os caminhos de como e quem entrevistar e conhecer o público-alvo de sua maté-ria, neste caso já faz jornalismo especializado;

- fazer tudo o que foi descrito acima e se colocar com seus co-nhecimentos, crenças e valores na matéria, fazer um texto claro enriquecido com seu vocabulário, com sua visão de mundo, com sua compreensão dos fatos e terá um estilo próprio, seu texto será memorável.

Pronto! Agora vocês sabem o que é memorável – aquilo que é digno de ficar na memória das pessoas, inesquecível.

Assim, o bom jornalista não se satisfaz, não se contenta, não sossega enquanto não conseguir um texto de qualidade. E o texto de qualidade resulta, é o somatório, procede, nasce, provém da soma das qualidades das informações, do conhecimento que o jornalista tem do fato e do mundo, e do conhecimento que ele tem de sua ferramenta de trabalho – a língua.

Comunicação de qualidade não se satisfaz com linguagem bási-ca, superficial, limitada porque a qualidade supõe a compreensão dos fatos em profundidade, além das aparências.

Qual o seu “nível”?

Equipe da Comunicação

Liceo PiovesanCoordenador

Tatiane Lopes de SouzaMelissa de Araújo BarbosaDaniele Souza Maíra Kiefer

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* Escreve-se o nome do vereador e o partido ao lado, entre parênteses. Luiz Fernando Farias (PT), Gerson Peteffi (PSDB);

* Serviço de Água e Esgoto de Novo Hamburgo – Comusa; Departamento Nacional de Infraes-trutura de Transportes – Dnit (ou seja, nome da entidade, depois a sigla) * Os números de um a nove devem ser escritos por extenso (um, dois, três... dez). A partir do 10, usa-se o numeral;

* Horas: 9h10min, 7h45min;

* Séculos: século XX, século XV, século XXI (começa com letra minúscula, números romanos)

* R$ 10 mil, R$ 5 milhões;

* Em frases que começam fora das aspas, o ponto final fica fora das aspas: Na justificativa do projeto, o vereador salienta que “essa é uma demanda antiga da comunida-de”.

* Em frases que ficam inteiramente dentro de aspas, o ponto final fica dentro das aspas: “Este é um momento muito importante para a história de Novo Hamburgo.”

* Nomes de livros, músicas, filmes etc. em itálico.Diário de Anne Frank, A Banda e O Carteiro e o Poeta

Manual de Redação e Estilo

As seguintes palavras e expressões começam sempre com letras MAIÚSCULAS

CâmaraCasa (referindo-se à Câmara)Poder LegislativoLegislativo hamburguense15ª LegislaturaMesa DiretoraPrefeituraPoder Executivo

Poder JudiciárioUnião, Estado, Município Presidência da Câmara, da Assembleia, da RepúblicaVale do Rio dos Sinos/Vale do SinosRegião MetropolitanaProjeto de Lei n° X

Lei Municipal nº XPalácio do Planalto, Palácio 5 de Abril, Comissão de Educação, Co-missão de Justiça e CidadaniaCapital (somente quando se refere a Porto Alegre) Partido dos Trabalhadores, Partido da Social Democracia Brasileira

vereadordeputadosenadorparlamentaresprefeitopresidente da Câmarasecretário de Educação, ministro da Saúde líder do governo, líder de oposição, lí-der de bancada, lideranças partidárias

As seguintes palavras e expressões começam sempre com letras minúsculas

projeto, lei (quando for sem o número)rua, avenida, praça, bairro, arroio, rio (rua Almirante Barroso, bairro Canudos, arroio Luiz Rau)governo municipal, governo estadual, governo federalsessão (ordinária, extraordinária, solene, comunitária)partido

Pad

rões

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Escreva frases curtas e simples.

Na dúvida, procure no dicionário, consulte uma gramática, pergunte!

Leia seu texto em voz alta ou peça para que um colega o faça antes de publicá-lo.

Nunca deixe uma frase ambígua.

Cuidado para não repetir palavras e expressões.

Releia seus textos “antigos” e pense em como melhorá-los. Isso ajuda muito.

Leia muito, de livros e revistas a blogs!

O Manual de Redação da Presidência da República é ótimo, tem várias dicas e pode ser baixado gratuitamente em www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/in

Importante

{Não separamos o sujeito do predicado. Maria gosta de chocolate. CERTOMaria, gosta de chocolate. ERRADOClaro, pode haver um aposto entre vírgulas: Maria, amiga de minha mãe, gosta de chocolate.

Algumas dicas

Vírgulas,O verbo haver, no sentido de existir, nunca é usado no plural.Houve muitas tentativas de resolver esse problema. CERTOHouveram muitas tentativas de resolver esse problema. ERRADOHavia muitos carros na rua. CERTOHaviam muitos carros na rua. ERRADO

Haver - Existir

O verbo fazer também tem regras especiais.Faz três dias que Maria viajou. CERTOFazem três dias que Maria viajou. ERRADO

FazerEla tem muitos amigos. (singular, sem acento)Elas têm muitos amigos. (plural, com acento)Ele vem de carro. (singular, sem acento)Eles vêm de carro. (plural, com acento)

Ter e VirParece implicância, mas...Uma coisa implica outra, não “em” outra.Direitos implicam deveres.Estudar jornalismo implica muita leitura.

Implicar

A crase não ocorre antes de palavras masculinas, antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o arti-go feminino, da palavra “casa” quando tem significado do próprio lar, da palavra “terra” quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia). Portanto, a expressão “à todos” está ERRADA.

Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.

Fui à farmácia./Fui ao supermercado. Assisti à peça que está em cartaz./Assisti ao jogo da seleção brasileira.Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/crase.htm

Crase

`

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Por que – pergunta“Por que ninguém desligou a luz?”

Porque – resposta“Porque todo mundo saiu correndo.”

Por quê? – Pergunta antes do ponto de interrogação“Ninguém desligou a luz. Por quê?”

Porquê – substantivo “Ela quer saber o porquê.”

Não se usa mais o trema, exceto em sobrenomes. Não é mais lingüiça, é linguiça.

Por que haá

tantos porques?´

“Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra--se parado no andar.” A frase, colada ao lado da porta de ele-vadores em cada andar dos edifícios, traz o pronome “mes-mo” empregado de maneira INCORRETA e virou motivo de piada. Não se deve usar a palavra “mesmo” como pronome pessoal. A frase colocada nas placas dos elevadores deveria ser corrigida, e a palavra “mesmo” substituída por “ele”: “ve-rifique se ele encontra-se ...” Esse erro ocorre porque, para evitar a repetição, muita gente utiliza “o mesmo”, “a mesma”, já que os pronomes “ele” e “ela” devem ser usados com cuidado. Na frase: “Conversamos com o juiz e o mesmo afirmou que...”, tem-se a impressão de que não existe erro. No entanto, frases como essa são deselegantes. O melhor é substituir a palavra “mesmo” por um pronome pessoal: “e ele afirmou que...”.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/portugues/mesmo-voce-sabe-utilizar-o-pronome.jhtm

Sobre o famigerado “mesmo”

Enfim, nasceu!“Dar à luz um lindo bebê.” “Deu à luz gêmeos.”Ou seja, a expressão significa que se dá alguém à luz – não a luz a alguém. É bizarro, mas é o certo.

^ ?

Trema caiu

Onde você mora? (lugar fixo)Aonde você vai? (aonde = para onde)

Aonde e onde

Escreva “há dez anos” ou “dez anos atrás”. Tanto o “há” como o “atrás” indicam passado.

Evite a redundância

Prefere-se sempre uma coisa a outra: “Preferia ir a ficar.” “É preferível” segue a mesma norma: “É preferível lutar a morrer sem glória.”

Prefiro o certo ao errado

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A cerca de: a uma distância aproximada de. “O anexo fica a cerca de trinta metros do prédio principal.” “Estamos a cerca de um mês das eleições.”

Há cerca de: faz aproximadamente (tanto tempo). “Há cerca de um ano, tratamos de caso idêntico.”

Há cerca de: existem aproximadamente. “Há cerca de mil títulos no catálogo.”

Ao encontro de: estar de acordo com, favorável. “Meu novo trabalho veio ao encontro do que eu desejava.”

De encontro a: contra, em oposição a, para chocar--se com. “Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa.”

Ao invés de: ao contrário de. “Ao invés de demitir dez funcionários, a empresa contratou mais vinte.”

Em vez de: em lugar de. “Em vez de demitir dez fun-cionários, a empresa demitiu vinte.”

A par : informado, ao corrente, ciente. “O Ministro está a par do assunto.”

Ao par: de acordo com a convenção legal. “Fez a troca de mil dólares ao par.”

Aparte: interrupção, comentário à margem. “O deputa-do concedeu ao colega um aparte em seu pronunciamento.”

À parte: em separado, isoladamente, de lado. “O anexo ao projeto foi encaminhado por expediente à parte.”

Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente ani-mais).

Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, invalidar.

Cavaleiro: que anda a cavalo, cavalariano.

Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre.

Censo: alistamento, recenseamento, contagem.

Senso: entendimento, juízo, tino.

Comprimento: medida, tamanho, extensão, altura.

Cumprimento: ato de cumprir, execução completa; saudação.

Descrição: ato de descrever, representação, definição.

Discrição: discernimento, reserva, prudência, recato.

Não se confunda mais

Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.

Discriminar: diferençar, separar, discernir.

Despensa: local em que se guardam mantimentos, depósito de provisões.

Dispensa: licença ou permissão para deixar de fazer algo a que se estava obrigado; demissão.

Emenda: correção de falta ou defeito, regeneração, re-mendo. “Ao torná-lo mais claro e objetivo, a emenda melho-rou o projeto.”

Ementa: apontamento, súmula de decisão judicial ou do objeto de uma lei. “Procuro uma lei cuja ementa é ‘dispõe sobre a propriedade industrial’.”

Mandado: garantia constitucional para proteger direito individual líquido e certo; ato de mandar; ordem escrita expedida por autoridade judicial ou administrati-va: um mandado de segurança, mandado de prisão.

Mandato: autorização que alguém confere a outrem para praticar atos em seu nome; procuração; delegação: o mandato de um deputado, senador, do Presidente.

Ratificar: validar, confirmar, comprovar.

Retificar: corrigir, emendar, alterar: “A diretoria ratifi-cou a decisão após o texto ter sido retificado em suas passa-gens ambíguas.”

Sessão: duração anual de um congresso; período de tempo de exibição de um espetáculo; reunião; exibição de um filme ou programa. “Sessão da Câmara.” “Sessão de cinema.”

Seção: subdivisão de um capítulo, obra, tratado ou estudo; subdivisão de um setor, departamento; lugar re-servado para um assunto em uma publicação. “Gosto da seção de esportes.”

Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transporte.

Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação.

Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locuções: de trás, por trás).

Traz: 3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo trazer.

Fontes: http://www.brasilescola.com/gramatica/ao-encon-tro-ou-encontro-a.htm, http://www.planalto.gov.br/cci-vil_03/manual/index.htm e http://pt.wiktionary.org/wiki/Wikcion%C3%A1rio:P%C3%A1gina_principal

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Bibliografia sugeridaChico Mendes - Crime e castigo, Zuenir VenturaO livro reúne reportagens sobre o ambientalista Chico Mendes, assassinado aos 44 anos, em 1988. Essencial para entender melhor o Brasil e o nosso processo jurídico.

1968: o ano que não terminou, Zuenir VenturaOutro livro jornalístico. Desta vez, o tema é o ano 1968, tanto no Brasil como no mundo. Também importante para entendermos o mundo. A sagrada família, Zuenir Ventura.

Meio memória, meio ficção. Boa leitura!

O tempo e o vento, Erico Verissimo. Porque é muito bom. E para entender o Rio Grande do Sul. A saga dos alemães,

Erni Engelmann. Para entendermos melhor a cultura local.

Far la Mèrica, Rovílio Costa e Luís Alberto De Boni. Sobre a imigração italiana. Também importante para entender a nossa cultura.

Carnaval no fogo, Ruy Castro.Sobre o Rio de Janeiro, sobre detalhes da nossa história que não aprendemos na escola, e sobre escrever absurdamente bem.

Lendo imagens, Alberto Manguel.O autor narra histórias que se ocultam em pin-turas, esculturas, fotografias e projetos arquitetô-nicos desde a Roma antiga até as experiências da arte do século XX.

Uma história da leitura, Alberto Manguel. O título é autoexplicativo. O texto, ótimo.

Os miseráveis, Vitor Hugo. Para entender o ser humano. Um super livro!

Eu sou Malala, Malala Yousafzai. Para entender o que é o Talibã, uma parte importante do Paquistão e por que uma menina levou um tiro no rosto por ir ao colégio. E, claro, para ninguém sair por aí repetindo que todo muçulmano é terrorista. Vale lembrar que a Malala ganhou o prêmio Nobel da Paz com apenas 17 anos – ou seja, ela é uma personagem importante para entendermos o mundo.

O livreiro de Cabul, Åsne Seierstad.A jornalista norueguesa morou por um tempo com uma família afegã e conta neste livro suas histórias, principalmente as histórias das mulheres. Também é interessante porque levantou questões sobre o próprio jornalismo: o livreiro que hospedou Åsne não gostou da forma como foi retratado e escreveu sua própria versão. Vale a pena ler e refletir sobre o assunto!

O Diário de Anne Frank, Anne Frank.Porque sim! O Diário de Anne Frank foi escrito pela própria adolescente em um dos contextos mais difíceis da história da humanidade, a Segunda Guerra Mundial.

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Bibliografia sugerida

Manifesto do planeta dos macacos, Ma-nuel Vazquez Montalbán.Uma série de resenhas sobre política. Super recomendamos!

O roteirista profissional, Marcos Rey.É sobre fazer roteiros, mas também vale como boa literatura.

O Afeganistão depois do Talibã, Adriana Carranca. A Adriana Carranca é uma jornalista brasileira que foi ao Afeganistão para poder contar ao leitor brasileiro histó-rias sobre esse país. Um super trabalho jornalístico, com relatos lindos, horrí-veis e informativos.

O caçador de pipas, Khaled Hosseini.Outro livro sobre o Afeganistão. É ficção, mas o autor é afegão e sabe sobre o que está falando.

Cidade do sol, Khaled Hosseini.Mais um sobre o Afeganistão. Desta vez, a visão feminina sobre a situação local.

Maomé – uma biografia do profeta, Karen Armstrong.A autora, uma ex-freira inglesa, é uma das grandes sumidades mundiais quando o assunto são religiões. Importantíssima leitura para quem quer saber fatos (e não preconceitos) sobre o islamismo.

Persépolis, Marjane Satrapi. Uma série em quadrinhos sobre uma menina que vive a Revolução Islâmica no Irã. Uma forma maravilhosa de aprender mais sobre esse país.

Maus, Art Spiegelman.Um clássico dos quadrinhos, conta a his-tória do pai do autor, que foi prisioneiro em Aushwitz.

Golda, Elinor Burkett.A biografia de uma das fundadoras de Israel nos mostra o contexto em que esse país foi criado. Golda foi primeira-ministra por muitos anos, e o livro ainda traz relatos sobre a política interna e externa daquela época. Muito interessante.

Cama de gato, Kurt Vonnegut.A criação da bomba atômica é um legado a ser comemorado? Todos os passos dados pela ciência são válidos? Essas são apenas algumas das questões levantadas nesse livro ridiculamente bem escrito, engraçado, trágico e apavorante.

Nada de novo no front, Erich Maria Remarque.Aqui, o autor, um alemão, relata suas experiências na guerra (neste caso, na Primeira Guerra Mundial). Outro clássico.

Laowai - histórias de uma repórter brasileira na China, Sônia Bridi.A jornalista brasileira conta como foi viver e trabalhar na China. Uma bela porta de entrada para esse país, tão importante, sempre presente nos noticiários, e tão desconhecido.

Um brasileiro na China, Gilberto Scofield Jr.O autor também é um jornalista brasileiro, que trabalhou como correspondente na China.

Crônicas marcianas, Ray Bradbury.Sobre morar em Marte, e sobre escrever poesia em forma de prosa.

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Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias, Philip Gourevitch. O título é bizarro e assustador – mas o mais assustador é que esse livro é uma grande reporta-gem. O jornalista norte-americano Philip Gourevitch conta, aqui, relatos sobre o genocídio em Ruanda, um pequeno país africano. Uma das histórias deu origem ao filme Hotel Ruanda.

Matadouro 5, Kurt Vonnegut.Um livro maluco. E maravilhoso! O autor, americano de origem alemã, foi à Europa lutar na Segunda Guerra e capturado. Ele era prisioneiro em Dresden quando a cidade foi atacada pelas forças aliadas. O livro não é uma biografia – é uma versão doida dos fatos, que inclui ETs. Um clássico, uma leitura maravi-lhosa e, ainda, uma experiência diferente mesmo para quem já tem muitos livros na bagagem.

O mundo se despedaça, Chinua Achebe.Esse é um livro de ficção, mas vale tanto pela narrativa (Achebe é um dos mais consagrados escritores da atualidade) como pelo tema (a chegada dos colonos in-gleses numa vila ibo). Achebe é nigeriano, e todos os seus livros tratam da África de um ponto de vista africano.

Assando bolos em Kigali, Gaile Parkin.Não é uma obra-prima literária (não quer dizer que seja ruim, longe disso). Mas o objetivo desse livro é apresentar ao leitor não africano diversos aspectos da vida na África. Vale a pena!

Precisamos de novos nomes, NoViolet Bulawayo. Uma história sobre ser criança no Zimbábue e sobre ser imigrante nos EUA. Ficção, mas a autora é do Zimbábue e imigrou pros EUA (logo, sabe sobre o que está falando). Para ler sobre locais diferentes, situações diferentes, para ver como protagonistas personagens quase nunca apresentados como tal.

A mão esquerda da escuridão, Ursula Le Guin.Ok, esse é sobre um lugar totalmente fictício: um outro planeta. Mas é uma prosa linda, es-sencial para quem quer escrever bem, e ainda trata de temas caros a quem vive na Terra. Os humanos lá são tão humanos como nós, mas com uma característica especial: não têm gênero definido e, na hora do sexo, podem desenvolver órgão femininos ou masculinos. Como seria um mundo sem distinção de sexo? Um mundo onde qualquer um pode ser mãe ou pai (ou os dois?).

Justiça – o que é fazer a coisa certa, Michel Sandel.O livro é baseado num curso sobre ética oferecido em Harvard há mais de 20 anos. Imperdível!

Belas maldições, Neil Gaiman e Terry Pratchett. Gaiman e Pratchett estão entre os mais respeitados autores de fantasia do mundo. E eles se juntaram para escrever essa história sobre o fim do mundo, os cavalei-ros do apocalipse, e um anjo e um demônio que curtem demais a Terra para querer que algo mude.

Eu, robô, Isaac Asimov.Boas reflexões em um bom texto. Ficção científica é cultura!

1984, George Orwell.Porque sim.

O romance de Leonardo da Vinci, Dmitri MerejkowskiPara viajar para outras épocas.

Fahrenheit 451, Ray Bradbury. Imaginem um mundo no qual ler livros é um crime...

Pé na África - uma aventura do sul ao norte do continente, Fábio Zanini.O jornalista brasileiro viajou por vários países africanos e, nesse livro, conta o que viu, viveu e um pouco da história de cada um desses lugares.