CENTRO UNIVERSITRIO ESTCIO DO
MEDIDA E AVALIAO EM EDUCAO FSICA
CENTRO UNIVERSITRIO ESTCIO DO CEAR
CURSO DE EDUCAO FSICA
MEDIDA E AVALIAO EM EDUCAO FSICA
2014
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CEAR
MEDIDA E AVALIAO EM EDUCAO FSICA
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SUMRIO
ANEXO 1.......................................................................................................................................110
ANEXO 2.......................................................................................................................................121
ANEXO 3.......................................................................................................................................124
INTRODUO .......................................................................................................................... 4
PONTOS DE REFERNCIA ANTROPOMTRICOS .......................................................... 17
LOCALIZAO DOS PONTOS ANTROPOMTRICOS .................................................... 20
MEDIDAS ANTROPOMTRICAS ........................................................................................ 32
Definio ............................................................................................................................. 32
Classificao ........................................................................................................................ 32
Recomendaes.................................................................................................................... 33
Medidas lineares .................................................................................................................. 34
Estatura ou Altura ................................................................................................................ 34
Altura total ........................................................................................................................... 37
Envergadura .......................................................................................................................... 38
MEDIDAS TRANSVERSAIS OU DIMETROS ................................................................... 38
Definio ............................................................................................................................. 38
Precaues ........................................................................................................................... 40
Locais padronizados para medies de dimetros: ................................................................ 40
MEDIDAS DE CIRCUNFERNCIAS OU PERMETROS ................................................... 44
Definio ............................................................................................................................. 44
Material ............................................................................................................................... 44
Precaues ......................................................................................................................... 45
NDICES ANTROPOMTRICOS DE SADE............................................................................55
ndice de massa corporal (IMC) ............................................................................................ 51
Relao cintura quadril (RCQ) ............................................................................................. 55
ndice de Conicidade (IC)..................................................................................................... 58
DOBRAS CUTNEAS.....................................................................................................................68
Locais padronizados para medies de dobras cutneas ........................................................ 64
Frmulas para estimativa da densidade corporal/percentual de gordura corporal ................... 69
ANALISE DA POSTURA CORRETA E SUAS IMPLICAES .......................................... 81
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1 INTRODUO
O objetivo desta apostila discutir como um programa de medidas e avaliao
pode assumir um papel de capital importncia no processo de ensino aprendizagem, como e
quando empregar tcnicas e instrumentos para medir e avaliar determinadas caractersticas
ou habilidades com preciso, resultando em um processo calcado em bases cientficas,
dando, desta forma, origem a um trabalho mais credvel.
Com o aumento de informao sobre atividade fsica, cada vez mais pessoas descobrem que
o exerccio um meio saudvel, para ajudar a evitar doenas hipocinticas (coronarianas,
hipertenso arterial, diabetes, osteoporose e etc.) se obter o mximo das capacidades
mentais e se sentir bem, energtico, alegre e etc.
A Avaliao da Aptido Fsica vem sendo amplamente estudada, tanto para
fornecer informaes e/ou classificaes e, como forma de desenvolver uma melhor anlise
dos efeitos de treinamento com particular ateno ao crescimento e desenvolvimento do ser
humano atravs da determinao dos ndices de Aptido Fsica Geral. Delgado (2004), em
sua monografia apresentada na Universidade Federal do Maranho, procurou selecionar
dentre os inmeros protocolos, testes e medidas, aqueles que pelas suas caractersticas
tivessem uma maior adequao s condies de trabalho dos profissionais de educao
fsica, dados que foram compilados e colocados neste trabalho.
Uma boa avaliao fsica depende da analise de muitas variveis: antropomtricas;
composio corporal; anlise postural; avaliaes metablicas e neuromusculares;
avaliaes nutricionais, psicolgica e social. Estas duas ltimas so essenciais para que um
programa de treinamento tenha pleno sucesso, porque nos do acesso aos hbitos e
personalidade da pessoa.
Delgado (2004) afirma ainda, que uma avaliao bem feita aquela em que utiliza
critrios e protocolos bem selecionados, fornecendo dados quantitativos e qualitativos que
indique, atravs de anlises e comparaes, a real situao em que se encontra o avaliado.
Em meio a tanto conhecimento tcnico-cientfico, no se pode mais permitir a utilizao do
protocolo do "achismo", ainda empregado por alguns profissionais em suas avaliaes. S
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possvel fazer um programa de exerccios com qualidade e segurana com uma avaliao
fsica em que se utilize metodologia, protocolos e critrios de avaliao adequados. Alm
disso, as avaliaes devem ser peridicas e sucessivas, permitindo uma comparao para
que possamos acompanhar o progresso do avaliado com preciso, sabendo se houve
evoluo positiva ou negativa. Dessa forma, possvel reciclar o programa de treinamento
e estabelecer novas metas.
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2 MEDIDA E AVALIAO
2.1 CONCEITOS BSICOS
A seguir sero definidos alguns dos conceitos bsicos, relacionados avaliao da aptido
fsica.
Testes: Marins (1998) define teste como: ...instrumento, procedimento ou tcnica usada
para se obter uma informao. J Carnaval (1997) diz que ... uma pergunta ou um
trabalho especfico utilizado para aferir um conhecimento ou habilidade da pessoa que se
mede.... Segundo o dicionrio Aurlio, teste o conjunto de provas que se aplicam a
indivduos para se apreciar o seu desenvolvimento mental, aptido e outras, provas que se
executam para aferir a eficincia ou os outros efeitos de determinadas substncias. Um
teste pode ser considerado como tentativa para determinar o grau de certas qualidades ou
condies que formam a base para a tomada de decises. Na realidade, na vida diria
constantemente testa-se ou coleta-se informaes.
Medidas ... o processo utilizado para coletar as informaes obtidas pelo teste,
atribuindo um valor numrico aos resultados... (MARINS, op cit). uma tcnica que
fornece, atravs de processos precisos e objetivos, dados quantitativos que exprimem, em
bases numricas, as qualidades que se deseja medir. Ela proporciona dados crus. Carnaval
(op cit). Medir significa determinar a quantidade, a extenso ou grau de alguma coisa,
tendo como base um sistema de unidades convencionais. O resultado de uma medida se
refere sempre ao aspecto quantitativo do fenmeno a ser descrito. O que medir? - Por que
medir? - Como medir? Somente a partir destes conhecimentos poderemos delimitar com
clareza a atuao e limitao das diversas formas de medida.
Anlise: So tcnicas que permite visualizar a realidade do trabalho que se desenvolve,
criando condies para que se entenda o grupo e situe-se um indivduo dentro deste grupo.
So exemplos de analises comparaes entre as medidas de um indivduo com as medidas
padres e as medidas relativas dele com ele mesmo e ocasies diferentes.
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Avaliao um processo pelo qual, utilizamos as medidas, se pode subjetivamente e
objetivamente, exprimir critrios. A avaliao julga o quanto foi eficiente o sistema de
trabalho com um indivduo ou com um grupo de indivduos. (CARNAVAL, op.cit)
Determina a importncia ou valor da informao coletada. Deve refletir a filosofia, as
metas e os objetivos do profissional, faz comparaes com algum padro.
De modo geral, podemos dizer que avaliao julgar ou fazer a apreciao de algum ou
alguma coisa, tendo como base uma escala de valores. Assim sendo, avaliar consiste na
coleta de dados quantitativos e qualitativos e na interpretao desses resultados com base
em critrios previamente definidos, fornecendo subsdios capazes de favorecer o
desenvolvimento e a aplicao de conhecimentos. Para FARINATTI & MONTEIRO (op.
cit, p.194) a avaliao abrange um aspecto qualitativo, podendo tomar dimenses de grande
ou pequena complexidade em funo de: - Objetivos propostos; - Condies de trabalho; -
Seleo dos procedimentos. O investigador experiente deve avaliar um dado sob diversos
prismas e tentar detectar qual o caminho mais aconselhado a ser colocado em prtica.
Podemos exemplificar uma avaliao quando dizemos a nota da prova regular em
considerao a mdia das notas dos alunos de uma determinada classe, ou que o percurso
realizado pelo aluno, de acordo com o seu sexo e faixa etria classificado como bom.
2.2 TIPOS DE AVALIAES
Dependendo do objetivo, o avaliador pode lanar mo de trs tipos de avaliao:
Diagnstica, Formativa e Somativa.
Avaliao diagnstica: Nada mais do que uma anlise dos pontos fortes e fracos do
indivduo, ou da turma, em relao a uma determinada caracterstica. Esse tipo de
avaliao, comumente efetuado no incio do programa, ajuda o profissional a calcular as
necessidades dos indivduos e, elaborar o seu planejamento de atividades, tendo como base
essas necessidades ou, ento a dividir a turma em grupos (homogneos ou heterogneos),
visando facilitar o processo de assimilao de tarefas propostas.
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Avaliao Formativa: Este tipo de avaliao informa sobre o progresso dos indivduos, no
decorrer do processo ensino aprendizagem, dando informaes tanto para os indivduos
quanto para os profissionais, indicando aos profissionais se ele est ensinando o contedo
certo, da maneira certa, para as pessoas certas e no tempo certo. A avaliao realizada
quase que diariamente, quando a performance do indivduo obtida, avaliada e em seguida
feita uma retroalimentao, apontando e corrigindo os pontos fracos at atingir os
objetivos propostos.
Avaliao Somativa: Refere-se aos instrumentos que pretendem avaliar o final de um
processo de aquisio de um contedo. a soma de todas as avaliaes realizadas no fim
de cada unidade do planejamento, com o objetivo de obter um quadro geral da evoluo do
indivduo.
2.3 PRINCPIOS DAS MEDIDAS E AVALIAES
Para que um programa de medidas e avaliaes tenha sucesso, deve-se ter em mente certos
princpios que so fundamentais durante o processo de medidas e avaliaes:
A avaliao um processo contnuo e sistemtico, Portanto, ela no pode ser espordica,
mas, ao contrrio, deve ser constante e planejada. Nessa perspectiva, a avaliao faz parte
de um sistema mais amplo que o processo ensino aprendizagem, nele se integrando.
A avaliao funcional, porque se realiza em funo de objetivos, ou seja, para se avaliar,
efetivamente, todas as medidas devem ser conduzidas com os objetivos do programa em
mente.
Devem ser conduzidos e supervisionados por profissionais treinados. No qualquer
pessoa que pode administrar efetivamente um programa de medida e avaliao, as decises
podero afetar importantes aspectos da vida de um indivduo.
A avaliao integral, pois, os resultados devem ser interpretados em termos do indivduo
como um todo: social, mental, fsico e psicolgico; Se um indivduo sai-se mal num teste, o
profissional consciente ir verificar quais as razes que levaram a tal resultado e, na medida
do possvel e se necessrio, prover assistncia especial a pessoa. As razes de resultados
"fracos" em um teste fsico podem ser vrias; entretanto, se a razo for fsica, o bom
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profissional dever descobrir qual o ponto fraco do indivduo e dirigir um programa para
que ele possa superar tal deficincia (Kirkendall et ai, 1980).
A avaliao orientadora, pois no visa eliminar alunos, mas orientar o seu processo de
aprendizagem para que possam atingir os objetivos propostos.
Tudo que existe pode ser medido, em outras palavras, qualquer assunto includo em um
programa de Educao Fsica deve ser medido.
Nenhum teste ou medida perfeito; os profissionais, s vezes, depositam tanta confiana
nos testes e medidas que acabam acreditando que eles so infalveis. Deve-se usar sempre o
melhor teste possvel, mas ter sempre em mente que podem existir erros.
No h teste que substitua o julgamento profissional, este talvez seja o mais importante
princpio da avaliao. Como problema de fato, a avaliao julgamento. Algumas vezes
os profissionais tentam substituir medidas objetivas por julgamentos, entretanto, as
primeiras no podem nunca tomar o lugar dos segundos. Se no houvesse lugar para o
julgamento em medidas e avaliao, ento o profissional poderia ser substitudo por uma
mquina ou por um tcnico. Por outro lado, julgamentos feitos sem dados substanciais so
sempre inaceitveis. As medidas fornecem os dados que levam o profissional a fazer um
melhor julgamento ou tomar uma melhor deciso
Deve sempre existir a reavaliao para se observar o desempenho. Se a habilidade
inicial do indivduo no for medida, ento no se ter conhecimento sobre o seu
desempenho no programa de Educao Fsica. No possvel reconhecer as necessidades
do indivduo sem se saber por onde comear, como, tambm, no se pode determinar o que
os indivduos aprenderam ou melhoraram, se no se souber em que nvel eles estavam antes
de comear o programa. Se a habilidade dos indivduos for medida somente no fim da
unidade, aula ou semestre, o teste s vai informar onde eles esto naquele espao de tempo,
isto , no ir esclarecer nada sobre os efeitos que o programa exerceu nos mesmos. Em
outras palavras, se no forem medidos tanto o comeo como o final do programa, os
mtodos e materiais empregados permanecero desconhecidos, sem que possam ser
avaliados.
Usar os testes que mais vlidos, fidedignos e objetivos e que se aproximam da situao
da atividade. Os testes devem refletir as situaes da atividade. Por exemplo, um jogador
de futebol chuta a gol, tendo por objetivo que a bola entre na meta. O teste deve ser
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construdo de tal maneira que, com um certo nmero de tentativas, o indivduo deva chutar
a bola a uma determinada distncia e atingir um alvo.
2.4 TCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAO
A Educao Fsica uma disciplina que visa o desenvolvimento, ou aperfeioamento, do
indivduo na sua totalidade, isto , nos aspectos biolgicos, psquicos e sociais. Para
determinar se os objetivos esto, ou no, sendo alcanados, diferentes tcnicas e
instrumentos de avaliao devem ser empregados, para se poder medir e avaliar o indivduo
como um todo. Assim, conveniente conceituar o que tcnica e o que instrumento.
Tcnica: o mtodo usado para se obter as informaes.
Instrumento: o recurso usado para se obterem as informaes: Basicamente h trs
tcnicas para se obterem as informaes: observao, inquirio e testagem.
Tcnicas de avaliao
Observao Segundo o dicionrio, observar : olhar atentamente; examinar com mincias;
espreitar; estudar; cumprir, respeitar as prescries ou preceitos de; obedecer a; praticar;
usar; ponderar; notar. A observao uma tcnica que permite ao profissional conseguir
informaes sobre atitudes, hbitos de estudo, ajustamento social, qualidade de liderana e
habilidades fsicas, podendo ser empregada tambm, em menor escala, para se obter
informaes acerca de habilidades cognitivas. Quando do contato com os indivduos,
durante as sesses de atividades fsicas, tem-se uma excelente oportunidade para observar
os comportamentos que no so considerados como sendo normais; estes devem ser
registrados a fim de ser estudados e, se possvel, solucionados. Para se fazer uma anlise
objetiva, devem ser empregados instrumentos adequados para registrar o que foi observado.
Entre os instrumentos de observao, os mais utilizados na Educao Fsica so:
Anedotrio, Lista de checagem, Escala de classificao.
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2.5 PLANEJAMENTO E ADMINISTRAO DA AVALIAO
A construo de um programa de avaliao pressupe que se tenha definido,
a priori, alguns parmetros bsicos. Definir o plano de avaliao, sua filosofia, seus
princpios, sua estrutura e sua finalidade, deve anteceder, sempre, qualquer elaborao
programtica. Para que um programa de avaliao funcione adequadamente e fornea, a
quem o utiliza, informes verdadeiros e consistentes, capazes de produzir dados utilizveis,
sobretudo quando se lida com a rea do movimento humano em toda a sua potencialidade
atualmente explorada, indispensvel que haja uma administrao adequada do processo.
O xito depende de uma srie de diferentes e cuidadosas atitudes, nas quais, havendo falha
em um segmento, o todo fica comprometido, e que podem ser grupados em trs momentos
interdependentes e seqenciais: Fase de preparao, Fase de aplicao dos testes e Fase de
anlise. Sendo a avaliao um processo que pressupe a aplicao de testes, a coleta dos
resultados e o seu tratamento e interpretao analtica, em etapas peridicas, necessria
uma absoluta segurana de atuao durante todo o processo, mantendo-se rgidas diretrizes,
passveis de serem expresso fiel dos indicadores que nortearo a interpretao dos
resultados, para que possam orientar o processo de utilizao, seja num contexto formativo-
educativo, seja num de manuteno ou de recuperao ou de reeducao.
Fase de preparao, geralmente os testes padronizados so organizados em baterias e
comercialmente distribudos. H perguntas que no podem deixar de ser respondidas:
Avaliar o que? Quem avaliar? Com que avaliar? Para que? Quando e onde avaliar? Como?
e submet-los aprovao segundo determinado critrio.
Avaliar o que? Dentre as variveis de condicionamento que podem ser treinadas na escola
e/ou academias, podemos citar: Variveis Mdicas - Histrico mdico - Presso arterial,
freqncia cardaca, temperatura; - Nveis de lipdios sanguneos, glicose e etc Variveis
Cineatropomtricas - Composio corporal Somatotipo - Proporcionalidade - Estado
nutricional - Crescimento e desenvolvimento Variveis Metablicas (cardiopulmonares) -
Sistema energtico aerbico - Sistema energtico anaerbico altico - Sietama energtico
anaerbico ltico Variveis Neuromusculares - Fora - Potncia - Resistncia muscular
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localizada e flexibilidade Variveis Psicomotrizes - Velocidade - Coordenao - Ritmo -
Agilidade - Equilbrio - Descontrao Variveis Tcnicas - Biomecnica do movimento -
Eficincia tcnica Variveis Psquicas Ansiedade - Motivao - Inteligncia -
Personalidade
Avaliar quem? Na rea da cincia da motricidade humana o quem sempre ser um homem
que, pela sua situao atual, pode revelar diversas condies que, para o xito do trabalho,
devem ser consideradas. H questes, nitidamente pessoais, que devem ser respondidas: se
h atividade prvia ao teste que possa alterar a fisiologia normal; uso de medicamentos,
lcool, fumo o outras drogas; hora e tipo da ltima alimentao; horas de sono normal e
imediatamente anteriores ao teste, e outras. fundamental, de incio, saber se: - Esse
homem apresenta ou no algum desvio da normalidade, capaz de interferir no seu agir, seja
em que rea este agir se posicione/ - Estamos diante de uma pessoa de vida ativa habitual? -
De um sedentrio? - De um paciente em recuperao de uma patologia? - De um portador
de algum tipo de limite: sensorial, comportamental, motor, social, intelectual, cultural, ou
de outro tipo? Com o objetivo de direcionar um trabalho mais coerente, Gomes (1995, p.6),
realizou a seguinte analise do perfil do perfil das pessoas que praticam atividade fsica.
Quanto aos motivos que o levaram a procurar a atividade fsica, aparece os seguintes:
Social: muitos alunos inicialmente procuram a atividade, principalmente em academias,
com a expectativa de um saudvel convvio social.
Moda: esta na moda ter corpos malhados e com o mnimo possvel de gordura.
Esttico: a busca incessante pelo corpo perfeito, valendo de tudo desde silicone,
lipoaspirao, dietas malucas e que podem levar a estados patolgicos como anorexia,
cncer e etc.
Lazer: muitas pessoas procuram a atividade fsica como um meio de ocupar o seu tempo
livre de maneira a lhe proporcionar o to almejado prazer.
Clnicos: normalmente indicados pelos profissionais de sade, enquadram-se aqui os
portadores de vcios posturais e necessidades especiais e de reabilitao, cardacos,
hipertensos, diabticos, obesos e etc.
Preparao fsica: visando a melhora da condio fsica, neste grupo podemos definir dois
trabalhos distintos a preparao fsica desportiva e o condicionamento fsico para
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sedentrios. Quanto ao estado inicial de condicionamento fsico, analisando o
comportamento de indivduos que nunca ou h muito tempo no praticam atividade fsica
periodicamente, observamos que alguns deles, s vezes, podem apresentar um bom nvel de
aptido inicial devido a sua carga gentica. Portanto, para melhor compreenso,
apresentaremos alguns aspectos que de alguma maneira, identificam um baixo nvel de
aptido: - Baixa capacidade aerbica (VO2MAX); - Fora reduzida; - Amplitude articular
reduzida (flexibilidade); - Baixo nvel de coordenao.
Avaliar com o que? Muitos so os fatores que iro interferir para realizao de uma boa
avaliao e o primeiro passo fazer uma boa medida. Matsudo (1999) no CD-ROM Testes
em cincias do esporte, lembrar alguns aspectos que ajudaro bastante nesse sentido.
Segundo ele, para analisarmos o nvel de aptido fsica precisamos medir o maior nmero
de suas variveis, dentro de uma filosofia de trabalho que use: - Material no sofisticado -
Tcnicas no complexas - Mtodos que possam ser aplicados a grandes grupos Entre os
principais equipamentos utilizados na avaliao podemos citar: Esfignomanmetro e
Estetoscpio, Balana, Estadimetro, Fita Mtrica, Paqumetro e Compasso de Dobras
Cutneas, Colchonete, Banco de Wells, Cronmetro, Freqencmetro, Ergmetro (Campo,
Banco, Bicicleta Ergomtrica e Esteira Rolante), nos parece suficiente para uma avaliao
funcional em uma academia, sabendo que se pode ainda utilizar outros instrumentos como a
Maquina de Lactato, Bio-impedncia e etc.. Os instrumentos de medida devero merecer
especial ateno quanto:
Aquisio: devemos selecionar aquele equipamento que mais se ajuste s condies reais
de trabalho.
Manipulao: procuraremos conhecer o uso adequado do equipamento antes de iniciarmos
a operao dos testes propriamente ditos, fato que dar melhor qualidade de medida e um
menor tempo de execuo.
Calibrao: todo instrumento de medida dever ter sua calibrao conferida antes do inicio
dos testes. Lembre-se que uma simples balana mal calibrada poder por todo seu trabalho
por terra.
Conservao: os equipamentos sempre significam um investimento financeiro e prolongar
sua vida mdia de uso um hbito que o avaliador deve cultivar. Assim, devemos ter
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ateno com: limpeza adequada; o uso somente por pessoa habilitada ou sob superviso;
manuteno em local seguro, com boas condies de ventilao.
Para que avaliar? (objetivos) Dentre os diversos tipos objetivos da avaliao da aptido
fsica, podemos citar: - Obter informaes quanto ao estado inicial do indivduo ao iniciar
um programa de treinamento e ou condicionamento; - Determinar e acompanha o progresso
do indivduo; - Classificar e selecionar os indivduos; - Impedir que a atividade fsica seja
um fator de agresso; - Motivar no sentido de melhorar sua performance; - Manter padres
de performances e servir como feedback durante o processo de treinamento; - Experincia
indivduo/profissional e diretrizes para pesquisa; WEINECK (1999, p.44) distingue duas
formas de avaliao: uma imediata e outra no-imediata. Segundo ele, a avaliao imediata
examina os efeitos imediatos aps cada sesso de treinamento. A avaliao no-imediata
estuda os efeitos de um conjunto de sesses de treinamento, de um perodo de treinamento
e seus efeitos globais. A correlao entre avaliao imediata (ou seja, de mincias de uma
sesso de treinamento) e a avaliao no-imediata (ou seja, de efeitos globais) de grande
importncia, porque os efeitos de sesses isoladas no so to observveis como o so aps
algum tempo de treinamento. Os procedimentos de treinamento adotados so descritos
objetivamente na documentao de treinamento (Carl em Rothig 1992). A avaliao
imediata e a no-imediata do treinamento permitem esclarecer as seguintes questes: - Se
os objetivos de uma sesso (ou bloco de sesses) de treinamento foram atingidos; - Se os
objetivos correspondem ao potencial para desempenho do grupo ao qual se refere; - Se as
condies locais foram utilizadas adequadamente para o treinamento; - Se os exerccios
foram adequadamente escolhidos; - Se a abrangncia e intensidade dos estmulos foram
avaliadas corretamente; - Se o programa e o perodo planejados para o treinamento foram
respeitados; - Se os mtodos e o programa de uma sesso (ou bloco de sesses) de
treinamento correspondem ao objetivo preestabelecido (adequao ao objetivo geral do
treinamento); - Se a relao entre o estmulo e a recuperao foi adequadamente avaliada.
Quando e onde avaliar? Este aspecto relaciona-se questo espao-temporal como: -
Quais as condies que sero encontradas no local da avaliao? - De que instalaes e
equipamentos se dispem? - Adequam-se realidade do avaliado? - Quando ser efetuada:
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dia, hora? - Quanto tempo encontra-se disponvel para um procedimento de avaliao?
Condies adequadas para avaliao fsica:
Dimenso: mnima 20m e mxima 48 m, com decorao discreta e existncia de um
telefone e de uma pia.
Luz: de boa qualidade.
Som: o mnimo possvel
Temperatura: 21 a 24 C
Condies climticas: a umidade relativa do ar, com valores oscilando entre 40 e 60%. -
Condies do solo: importante que o piso seja firme, antiderrapante, sem desnveis ou
imperfeies.
Segurana: o procedimento de segurana habitual inclui a presena de pelo menos dois
avaliadores, sendo, preferencialmente, um deles mdico e de equipamentos de emergncia
que deveram estar guardados em local discreto, para no assustar o avaliado. Dentre os
equipamentos mdicos podemos citar: luvas, gaze, algodo e materiais convencionais para
curativos, solues glicosadas, solues de eletrlitos, analgsicos, antitrmicos e etc.
Trnsito de pessoal: importante que durante a avaliao evitar o transito de pessoas no
local. Alguns testes, como o cicloergomtrico em bicicleta eletromagntica, exigiro a
presena de rede eltrica. Por outro lado, quando possvel a medida de presso atmosfrica
e umidade relativa do ar uma prtica recomendvel.
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3 CINEANTROPOMETRIA
3.1 CONCEITO - uma rea cientfica emergente que estuda a forma, dimenso,
proporo, composio, maturao e o desenvolvimento do corpo na ontognese humana
em relao ao crescimento, ao desporto, atividade fsica e nutrio.
Origem da palavra - Este neologismo deriva-se da lngua grega. Onde KINES significa
movimento. ANTROPHO genericamente identifica o homem, e metry traduzido por
medida.
3.2 IMPORTNCIA DA CINEANTROPOMETRIA EM EDUCAO FSICA.
A cincia evolui quando os fenmenos estudados podem ser medidos. Ao se realizar um
trabalho fsico, aspectos importantes como a altura, peso, batimentos cardacos s tero
valor se puderem ser medidos, para que possamos analisar, comparar, construir tabelas, etc.
S pode haver cincia quando se pode medir os fenmenos. Em educao fsica, os
exerccios aplicados s produzem efeitos benficos quando bem dosados em qualidade e
em quantidade.
3.3 OBJETIVOS PRINCIPAIS DO TRABALHO CINEANTROPOMTRICO EM
EDUCAO FSICA.
Determinar a condio fsica do indivduo.
Determinar o valor fsico do indivduo.
Detectar assimetrias de forma.
Detectar deficincias fsicas
Determinar o tipo constitucional.
Dosagem dos exerccios e avaliao dos resultados.
3.4 CINCIAS AFINS CINEANTROPOMETRIA
Anatomia, Fisiologia, Psicologia, Bioqumica, Matemtica, Estatstica.
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3.5 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA CINENTROPOMETRIA
Antropmetro de Martin - Medidas no sentido vertical.
Compasso de BarrasRRAS - Dimetros
Compasso de Corredia - Medidas pequenas
Compasso de Pontas Rombas - Dimetros
Fita Mtrica - Permetros
Balana - Peso
Compasso de Lange - Dobras cutneas
4 PONTOS ANTROPOMTRICOS
4.1 PONTOS DE REFERNCIA ANTROPOMTRICOS
Pontos de referncia antropomtricos, so pontos sseos (acidentes sseos)
identificveis, os quais geralmente esto prximos a superfcie corporal e so as marcas
que iro identificar a exata localizao dos pontos de mensurao.
4.2 TCNICA PADRO PARA A LOCALIZAO DOS PONTOS DE
REFERNCIA ANTROPOMTRICOS:
Os pontos so localizados com os dedos indicador e polegar.
Aps localizar, exatamente o ponto, os dedos so retirados, a fim de evitar
distores na pele, sendo localizado novamente e marcado com a ponta fina da
caneta ou lpis dermogrfico.
A marca, ento, checada novamente, para garantir a exata localizao do
ponto.
Todos os pontos devem ser localizados e marcados, antes de se realizar qualquer
medida.
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cuidado com o desconforto gerado
cuidado com a movimentao da pele
seguir a literatura
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4.3 LOCALIZAO DOS PONTOS ANTROPOMTRICOS
ACROMIAL
Definio:
o ponto superior e lateral da borda do processo acromial, na distncia mdia
entre as bordas do feixe anterior e posterior do msculo Deltide, quando visto de lado.
Protocolo:
O avaliador deve se posicionar por trs e do lado direito do avaliado e apalpar ao
longo da espinha da escpula at a ponta do processo acromial. Aplique a ponta de uma
caneta ao bordo lateral do processo acromial para confirmar a localizao do ponto.
RADIAL
Definio:
o ponto proximal e lateral da borda da cabea do rdio.
Protocolo:
O avaliador deve apalpar, no sentido de cima para baixo na direo do dimple
lateral do cotovelo direito. Deve ser possvel sentir o espao entre o capitulum do mero
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e a cabea do rdio. Pode-se fazer uma pequena rotao do antebrao para que haja uma
rotao da cabea do rdio e poder perceber melhor
a localizao exata do ponto.
MESO-UMERAL
Definio:
o ponto eqidistante (mdio) entre os pontos acromial e radial.
Protocolo:
O avaliador deve medir a distncia entre os pontos acromial e radial, estando o
avaliado com o brao relaxado e ao longo do corpo. O avaliador deve realizar uma
pequena marca horizontal ao nvel do ponto mdio entre estes dois pontos, projetando
esta marca nas faces posterior e anterior ao redor do brao.
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ESTILIDE RADIAL
Definio:
o ponto mais distal na margem lateral da regio inferior da cabea do processo
estilide do rdio.
Protocolo:
O avaliador, usando o dedo polegar, ir apalpar o espao triangular identificado
pelos tendes dos msculos do punho. Uma vez localizado este ponto, o avaliador ir
apalpar o espao entre o ponto distal do processo estilide radial e o ponto mais
proximal do primeiro metacarpo, para identificar com exatido o processo estilide
radial.
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MESO-ESTILIDE
Definio:
o ponto mdio, na face anterior do punho, ao nvel do processo estilide radial
e ulnar.
Protocolo:
Com uma fita alinhada ao nvel dos pontos estilide radial e ulnar, desenhada
uma linha horizontal perto do ponto meso-estilide. Uma linha vertical desenhada,
exatamente sobre o ponto meso-estilide, fazendo uma interseo com a linha
horizontal.
DACTILIDE
Definio:
o ponto mais distal do dedo mdio da mo, quando o brao se encontra
estendido ao longo do corpo e as mos estendidas tambm.
Protocolo:
24
No h necessidade de se fazer marcaes. As unhas no devem ser consideradas
como ponto de referncia.
XIFOIDAL (XIPHOIDALE)
Definio:
o ponto mais inferior do processo xifide, no plano medial.
Protocolo:
O avaliador deve apalpar, com o dedo indicador, o esterno em direo a parte
inferior, at sentir uma depresso, perto do msculo diafragma. O avaliador deve proceder
com cuidado, pois uma regio muito sensvel devido cartilagem do processo xifide.
AXILAR MDIO (ILIO-AXILLA LINE)
Definio:
uma linha imaginria vertical, a partir do ponto mdio da axila at o bordo
superior e lateral da crista ilaca.
Protocolo:
O avaliador deve localizar o ponto mais superior e lateral da crista ilaca com a mo
direita, estando o avaliado com o brao levemente afastado, de modo que no altere a
tenso na pele, e o ponto mdio da axila A mo esquerda usada para equilibrar o corpo do
avaliado. A linha imaginria vertical a interseo deste dois pontos.
SUBESCAPULAR
Definio:
o ponto mais distal do ngulo inferior da escpula, no seu bordo medial.
Protocolo:
O avaliador ir apalpar o ngulo inferior da escpula com o dedo polegar
esquerdo. Caso haja dificuldade em localizar o ngulo inferior da escpula, o ava
deve, lentamente, tentar alcanar a regio lombar da coluna vertebral com o brao
direito. O avaliador deve, ento, localizar o ponto e manter contato com a rea enquanto
o avaliado retorna com o brao para a posio correta, ou seja, braos estendid
longo do corpo.
MESO-ESTERNAL
Definio:
o ponto de interseo dos planos mesosagital e horizontal, no esterno, ao nvel do
4 espao da articulao condro
Protocolo:
Com o dedo polegar, o avaliador dever apalpar a parte superior da clavcula e
desliza-lo at o primeiro espao intercostal, que se encontra entre a primeira e segunda
costela. O dedo polegar trocado pelo dedo indicador e o procedimento repetido at o
espao intercostal. O avaliador deve, ento, desenhar uma linha horizontal que ir
interceder com o plano mesosagital, no esterno.
O avaliador ir apalpar o ngulo inferior da escpula com o dedo polegar
esquerdo. Caso haja dificuldade em localizar o ngulo inferior da escpula, o ava
deve, lentamente, tentar alcanar a regio lombar da coluna vertebral com o brao
direito. O avaliador deve, ento, localizar o ponto e manter contato com a rea enquanto
o avaliado retorna com o brao para a posio correta, ou seja, braos estendid
o ponto de interseo dos planos mesosagital e horizontal, no esterno, ao nvel do
4 espao da articulao condro-esternal (intercostal).
Com o dedo polegar, o avaliador dever apalpar a parte superior da clavcula e
lo at o primeiro espao intercostal, que se encontra entre a primeira e segunda
costela. O dedo polegar trocado pelo dedo indicador e o procedimento repetido at o
espao intercostal. O avaliador deve, ento, desenhar uma linha horizontal que ir
interceder com o plano mesosagital, no esterno.
25
O avaliador ir apalpar o ngulo inferior da escpula com o dedo polegar
esquerdo. Caso haja dificuldade em localizar o ngulo inferior da escpula, o avaliado
deve, lentamente, tentar alcanar a regio lombar da coluna vertebral com o brao
direito. O avaliador deve, ento, localizar o ponto e manter contato com a rea enquanto
o avaliado retorna com o brao para a posio correta, ou seja, braos estendidos ao
o ponto de interseo dos planos mesosagital e horizontal, no esterno, ao nvel do
Com o dedo polegar, o avaliador dever apalpar a parte superior da clavcula e
lo at o primeiro espao intercostal, que se encontra entre a primeira e segunda
costela. O dedo polegar trocado pelo dedo indicador e o procedimento repetido at o 4
espao intercostal. O avaliador deve, ento, desenhar uma linha horizontal que ir
26
LEOCRISTAL
Definio:
o ponto mais superior da crista ilaca no plano frontal, seguindo a linha axilar
mdia.
Protocolo:
O avaliador deve localizar o ponto mais superior e lateral da crista ilaca com a mo
direita, estando o avaliado com o brao levemente afastado, de modo que no altere a
tenso na pele. A mo esquerda usada para equilibrar o corpo do avaliado, enquanto se
localiza o ponto mencionado anteriormente. O ponto marcado na interseo do ponto
mais superior e lateral da crista ilaca com a linha axilar mdia
27
LEO-ESPINHAL
Definio:
o ponto mais inferior do ponto ntero-superior da espinha ilaca.
Protocolo:
O avaliador deve apalpar a superfcie superior do osso ilaco e seguir anteriormente
e inferiormente ao longo da crista ilaca at a maior proeminncia do osso ilaco comear a
seguir uma direo posterior. A marcao, ento feita, na margem mais inferior que o
avaliador pode sentir. Caso haja dificuldade na localizao, o avaliado poder elevar o p
direito e executar uma pequena rotao
do fmur
.
TROCANTRIO
Definio: o ponto mais superior do trocanter maior do fmur.
Protocolo: O avaliador deve se posicionar por trs do avaliado e ir apalpar com a palma
da mo direita, em forma de concha, a parte lateral da regio gltea, enquanto que a mo
esquerda tentar manter o quadril equilibrado. Aps a localizao do trocanter maior, o
avaliador deve apalpar a regio com o dedo indicador e mdio a fim de encontrar a borda
mais superior do trocanter maior. Em indivduos que apresentam muita quantidade de
gordura ou de msculos nesta regio, o avaliador poder pedir ao avaliado, que este,
28
movimente a perna direita,realizando aduo e abduo a fim de que possa perceber a
localizao do trocanter maior do fmur.
TIBIAL MEDIAL
Definio:
o ponto mais superior da borda medial da cabea da tbia.
Protocolo:
O avaliado deve estar sentado, com o tornozelo direito apoiado no joelho esquerdo
(perna cruzada), de modo que a regio medial da perna fique livre, permitindo o acesso do
avaliador. A marcao deve ser feita no bordo medial da tuberosidade da tbia. Nesta
posio o avaliador no encontrar dificuldade de localizar o ponto, sendo bem visvel.
29
TIBIAL LATERAL
Definio:
o ponto mais superior do bordo lateral da cabea da tbia.
Protocolo:
O avaliador deve localizar o espao entre o cndilo femural e a cabea da tbia,
pressionando com o dedo polegar. Pode-se pedir ao avaliado que faa uma flexo e
extenso do joelho vrias vezes, a fim de perceber este espao. O ponto identificado no
bordo lateral da cabea da tbia.
MALEOLAR TIBIAL OU MEDIAL
Definio:
o ponto mais distal do malolo medial da tbia.
Protocolo:
O avaliador pode localizar visualmente, fazendo a marcao no ponto mais distal do
malolo medial da tbia. marcado com o avaliado sentado e com o p correspondente
medida apoiado em uma caixa.
30
5 COMPRIMENTO DOS MEMBROS E SEGMENTOS
Membro superior Comprimento total: a distncia entre o acromial e o dactilium
Comprimento do brao a distncia entre o acromial e o radial
Comprimento do ante brao a distncia entre o radial e o stylion
Comprimento da mo a distncia entre o stylion e o dactilium
Comprimento do membro inferior a distncia entre o ponto trocanterion e a planta
dos ps
Comprimento da coxa a distncia entre o ponto trocanterion e o tibial
Comprimento da perna a distncia entre o ponto tibial e o maleolar
6 ANTROPOMETRIA
6.1 Conceito - Segundo Marins & Giannchi (2003, p. 35) a antropometria representa um
importante recurso de assessoramento para uma analise completa de um indivduo, seja ele
atleta ou no, pois oferece informaes ligadas ao crescimento, desenvolvimento e
envelhecimento, sendo por isso crucial na avaliao do estado fsico e no controle de
diversas variveis que esto envolvidas durante uma prescrio de treinamento.
6.2 Histrico -De acordo com Petroski (1995, p.81) a antropometria tem sua origem no na
medicina, nem na biologia, mas nas artes, embudas da sua filosofia pitagrica, da
31
assimetria e da harmonia. A histria da antropometria inicia na antiga civilizao da ndia,
Egito e Grcia, com uso de dimenses de certas partes do corpo como o primeiro padro de
medida, na tentativa de estabelecer o perfil das propores do corpo humano.
Segundo HITCHOCK (1886) apud KRAKOWER (1937), os matemticos e artistas da
ndia e Egito entendiam que se deveria adotar alguma parte do corpo do corpo (os egpcios
antigos, adotavam o dedo mdio, os gregos a altura da cabea), como referncia ou a
dimenso padro para todas as partes. Um tratado chamado Silpi Sastri, da antiga
civilizao da ndia, analisou um corpo dividido-o em 480 partes.
No Egito, entre os sculos XXXV e XXII a.C., a unidade de medida foi o cumprimento do
dedo mdio do sacerdote ou o ento chamado dedo de saturno (KROKOWER, 1937). De
acordo com este critrio a estatura de um homem adulto bem formado deveria ser 19 vezes
esta medida. Os gregos, porm, usavam como critrio, a altura da cabea que dividia a
estatura em oito vezes. O povo grego possivelmente tenha sido o primeiro povo a cultuar a
forma corporal como sinnimo de beleza, esttica e sade; seus deuses eram figuras
compostas por formas que eram consideradas perfeitas.
QUETELET (1786-1874), considerado o pai da antropometria, creditado como tendo
descoberto a cincia e divulgado o termo Antropometria. Ele descobriu que a teoria da
curva de Gauss podia ser aplicada nos modelos estatsticos para a anlise dos fenmenos
biolgicos, principalmente em medidas antropomtricas. Em 1835, Quelet publicou o
trabalho Man and the Development of his Faculties, ou An Essay Upon social Physics,
em quatro volumes, sendo que os dois primeiros so dedicados as qualidades fsicas do
homem (KROKOWER, 1937).
O termo Antropometria parece ter sido usado pela primeira vez no seu sentido
contemporneo, em 1659, na tese de graduao do alemo ELSHATZ. Seu estudo,
Antropometria - da mtua proporo dos membros do corpo humano: questes atuais de
harmonia eram inspiradas nas leituras de Pitgoras e Plato, e da filosofia mdica de sua
poca. O avano da antropometria aconteceu no final do sculo XIX, com a definio dos
pontos anatmicos, os quais foram estudados, discutidos e padronizados, para realizar as
medidas antropomtricas. Em 1906, no I Congresso Internacional de Antropologia, 38
dimenses de cadveres e 19 medidas da cabea e face foram padronizadas. J, por ocasio
32
da realizao do II Congresso Internacional, em 1912, foram padronizadas medidas do
corpo humano vivo (PEREIRA NETO, 1992).
7 MEDIDAS ANTROPOMTRICAS
7.1 Definio Fernandes Filho (2003, p.33) define antropometria como:
a cincia que estuda e avalia o tamanho, o peso e as propores do
corpo humano, atravs de medidas de rpida e fcil realizao, no
necessitando equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro.
Costa (1999) diz que, atravs de medidas antropomtricas possvel fazer o
acompanhamento de crescimento morfolgico, bem como de alteraes de medidas
corporais decorrentes da prtica de exerccios fsicos e dietas, proporcionando dados de
grande valia para os profissionais da rea da sade.
Este acompanhamento pode ser realizado simplesmente pela observao da alterao das
medidas em valores absolutos ou atravs da utilizao das mesmas em modelos
matemticos que tm a finalidade de estimar as quantidades dos diferentes componentes
corporais: massa muscular, massa ssea, massa gorda e massa residual.
A grande vantagem das medidas antropomtricas reside no fato que as mesmas podem ser
utilizadas em estudos com grandes amostras populacionais, que podem proporcionar
estimativas nacionais e dados para anlise de mudanas seculares.
7.2 Classificao Pode-se classificar as principais medidas antropomtricas utilizadas em
Educao Fsica em:
Medidas lineares: que incluem as medidas de carter longitudinais (alturas e
comprimentos) e transversais (dimetros).
Medidas de circunferncia ou permetros:
33
Medidas de dobras cutneas;
Medidas de composio corporal;
ndices antropomtricos;
Medidas somatotipologicas.
7.3 Recomendaes - Marins & GiannichiI (op. cit) apresentam algumas recomendaes
gerais sobre antropomtria:
- Antes da coleta de dados sempre interessante que o avaliador tenha
conhecimento sobre as razes e objetivos da medio;
- Procure realizar a coleta de dados em um local de uso exclusivo do avaliador e
do avaliado;
- O avaliado dever receber, com antecedncia, um formulrio com as
orientaes sobre o tipo de roupa adequada para esta avaliao;
- Deve-se ter total ateno quanto a questo da calibrao peridica dos
instrumentos;
- O registro de dados antropomtricos dever seguir sempre o lado direito do
avaliado, mesmo no caso em que este lado no corresponda ao lado
dominante do avaliado;
- Recomenda-se a marcao dos pontos anatmicos de referncia, com lpis
dermogrfico antes do registro dos dados;
- Observar a postura do avaliado, que dever ser compatvel com o
procedimento de registro do dado;
- interessante que o avaliador mantenha certa distncia do avaliado, evitando,
assim, situaes constrangedoras;
- Um auxiliar colaborando com o registro dos dados aumenta a velocidade da
coleta;
- Em um trabalho longitudinal importante reproduzir o mesmo mtodo e
protocolo em todas as provas, permitindo, assim, uma comparao
adequada entre os resultados. Sempre que for possvel tambm se
recomenda que a coleta de dados seja feita pelo mesmo avaliador.
34
7.4 Medidas lineares - Podem ser subdivididas em longitudinais e transversais. As
medidas longitudinais correspondem s medidas de alturas e comprimentos e as medidas
transversais, tambm conhecidas como dimetros, so medidas de largura ou profundidade
entre dois pontos, usadas para mensurar o crescimento e o desenvolvimento sseo.
Estatura ou Altura - O estudo da altura muito importante porque esta medida se relaciona
com quase todas as medidas somticas, alm de ser importante para estudos biotipolgicos
e raciais. Atletas de grandes alturas so mais indicados para esportes como corrida de meio
fundo, natao, salto em altura e distncia e ciclismo; esportes como corrida de
velocidade e boxe so apropriados para indivduos de altura mdia, enquanto corridas de
fundo, luta livre e arremesso de peso, por exemplo, so indicados para indivduos de
pequena altura.
A altura varia fisiologicamente de acordo com os seguintes fatores: posio do corpo, hora
do dia, fase da vida e evoluo da espcie. A medida da altura na posio em p pode
deferir em at 3 cm da medida na posio deitada.
A ao da gravidade, o peso do corpo e o achatamento dos discos intervertebrais so os
responsveis por este fenmeno. No decorrer das 24 horas do dia, a altura varia em mdia
2,5 cm em mdia.
Em conseqncia, deve-se usar o termo altura ou estatura para definir a medida
longitudinal, obtida na posio em p, quando se mede o indivduo na posio deitada, fala-
se em distncia ou comprimento. Esta posio utilizada para medir crianas at 3 anos.
Aps os trs anos, a criana cresce em mdia 6 cm por ano. Observa-se que os meninos
crescem sempre mais que as meninas, na mesma raa. Na puberdade, porm, as meninas
crescem mais que os meninos e na idade adulta estes recuperam e ultrapassam aquelas, em
altura. Na idade adulta, a mdia de altura de 130 a 199 cm. A mulher tem geralmente 10
cm, em mdia, menos que o homem, de mesma idade.
Durante a vida, a altura passa por uma fase em que h uma elevao dos valores e que vai
do nascimento at os 25 anos aproximadamente. A seguir, os valores se mantm at os 50
anos, quando comeam a diminuir devido a processos que afetam os discos intervertebrais.
35
7.4.1 Altura
Definio - A altura ou estatura a medida da distncia em linha reta entre dois planos, um
tangente planta dos ps e outro tangente ao ponto mais alto da cabea (ponto vrtex),
estando o indivduo em p, na posio fundamental, com o corpo o mais alongado possvel
e a cabea posicionada com o plano de FRANKFURT.
Figura 1- Altura Fonte: CD-ROM Testes em Cincias do Esporte. Victor Matsudo.
Material - O instrumento que se utiliza para medir a altura o estadimetro, este
equipamento consiste de uma prancha de madeira, ferro ou plstico vertical, presa a uma
base horizontal, formando um ngulo de 90 graus, a esta prancha, fixa-se uma trena, cuja
sua leitura de ordem de 1mm, possuindo uma escala de medida vertical, instalada a partir
de uma base lisa e rgida, com um plano horizontal adaptado, para a execuo das medidas,
utiliza-se um cursor ou esquadro, que deve formar um ngulo de 90 graus entre a escala do
estadimetro e o vrtex do avaliado. Comumente, as balanas clnicas j apresentam um
estadimetro, porm, a utilizao de uma pea individualizada vantajosa, pois com esta,
podemos medir indivduos com valores extremos de estatura, com maior preciso.
36
Figura 2 Altura ou estatura. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa
Protocolo - O avaliado deve estar na posio ortosttica (em p), ps unidos, procurando
pr em contato com o instrumento de medida as superfcies posteriores do calcanhar,
cintura plvica, cintura escapular e regio occipital. A medida feita com o indivduo em
apnia inspiratria, de modo a minimizar possveis variaes sobre esta varivel
antropomtrica. A cabea deve estar orientada no plano de Frankfurt, paralela ao solo. A
Medida ser feita com o cursor em ngulo de 90 graus em relao escala. Permite-se ao
avaliado usar calo e camiseta, exigindo-se que esteja descalo. So feitas trs medidas
considerando-se a mdia como valor real da altura.
Cuidados durante as medidas das alturas
Ao efetuar as medidas de altura, determinados cuidados devem ser levados em
considerao, para diminuir a margem de erros. Os principais cuidados so:
1) O avaliador deve preferivelmente se posicionar direita do avaliado.
37
2) Devemos registrar a hora em que foi feita a medida, sendo que em trabalhos
longitudinais devemos procurar efetuar as medidas em um mesmo horrio
ou perodo do dia.
3) Evitar que o indivduo se encolha quando o cursor tocar sua cabea.
4) Observar que entre as medidas o avaliado troque de posio no instrumento
de medida.
7.4.2 Altura total
Definio - distncia do ponto dactylion at a regio plantar, estando o avaliado com o
membro superior direito na vertical elevado a 180, por sobre a cabea e com o cotovelo
estendido.
Figura 3 Altura total. Fonte: CD-ROM Testes em Cincias do Esporte. Victor Matsudo.
Material - Uma tbua, 30 centmetros de largura por 2 metros de comprimento, graduada
em centmetros e milmetros e fixada a partir de 2 metros de altura. Para crianas a tabua
deve ser fixada, a partir de 1 metro de altura, p de giz ou magnsio, 1 cadeira (45 cm) e
material para anotao.
38
Procedimento - O avaliado deve sujar as pontas dos dedos com giz ou p de magnsio,
posicionar-se de p, lateralmente superfcie graduada, e com brao estendido acima da
cabea, o mais alto possvel, tocar na tbua prxima a graduao.
7.4.3 Envergadura
Definio - a distancia entre o dactylion (dedo mdio) direito e o esquerdo.
Material - Fita mtrica graduada em centmetros, fixada em uma parede lisa.
Protocolo - Medir a distancia do dactylion direito ao esquerdo, com o avaliado em p e os
braos em abduo de 90 com o tronco; os cotovelos devem estar estendidos e os
antebraos supinados. Devero ser feitas trs medidas, considerando-se a mdia das
mesmas.
Precaues:
- O avaliado dever estar em p;
- Braos supinados e mos espalmadas com os dedos unidos;
- A Medida ser feita com o avaliado em apnia insiratria.
7.5 Medidas transversais ou dimetros
Definio - So medidas biomtricas, realizadas em projeo entre dois pontos
considerados, que podem ser simtricos ou no, situados em planos geralmente
perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. As medidas podem ser realizadas em ambos
os lados do corpo, mas quando o fator tempo para aplicao for considerado, o lado direito
dever ser o escolhido por conveno internacional.
Entre os principais tipos de antropmetros podemos citar: o Paqumetro sseo, o Compasso
de Pontas Rombas e o Antropmetro de Delizamento.
39
Paqumetro sseo
Figura 4 Paqumetro ou antropmetro. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa. o aparelho usado para medir pequenos permetros sseos como: Biestilide do Punho,
Biepicondiliano do mero e Biepicondiliano do Fmur. importante que as hastes dos
aparelhos sejam longos o suficiente para permitir a medida sem limitao de acesso aos
pontos anatmicos.
Compasso de pontas rombas - um aparelho utilizado para a medida dos dimetros do
tronco.
Figura 5 Compasso de pontas rombas. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
Antropmetro de delizamento - utilizado para a medida dos dimetros do tronco, alm de
tambm poder ser utilizado para medidas de comprimento.
40
Figura 6 Antropmetro de delizamento. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
Precaues - Entre as principais precaues podemos citar que:
- O antropmetro no deve ficar frouxo, nem fazer presso excessiva;
- O resultado dado em cm com preciso de 0.1 cm.
Locais padronizados para medies de dimetros:
As principais medidas transversais usadas na avaliao da composio corporal so:
- Dimetro Biestilide do Punho;
- Dimetro Biepicondiliano do mero;
- Dimetro Biespicondiliano do Fmur;
- Dimetro Biacromial;
- Dimetro Torcico Transverso;
Dimetro biestilide rdio-ulnar do punho
Figura 7 Dimetro biestilide do punho. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
Objetivo: determinar a distncia entre os processos estilides do rdio e da
ulna.
41
Procedimento: o cotovelo do avaliado estendido em supinao com o punho
em flexo dorsal.
Dimetro biepicndiliano umeral (cotovelo)
Figura 8 Dimetro biepicndiliano do mero. Fonte: CD-ROM Testes em Cincias do Esporte. Victor Matsudo. Objetivo: determinar a distncia entre as bordas externas dos epicndilos medial e lateral
do mero.
Procedimento: o avaliado deve estar em p com o cotovelo e ombro em flexo a 90 graus.
As hastes do paqumetro devem estar a 45 graus em relao articulao do cotovelo. O
avaliador deve posicionar-se frente do avaliado, devendo delimitar o dimetro bi
epicondilar com auxilio dos dedos mdios enquanto os indicadores controlam as hastes do
paqumetro.
Precaues:
1) Ao se medir o dimetro o aparelho no deve ficar frouxo nem fazer
presso excessiva.
2) Observar a colocao do aparelho em relao ao dimetro a ser medido.
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Figura 9 Dimetro biepicndiliano do fmur. Fonte: CD-ROM Testes em Cincias do Esporte. Victor Matsudo. Objetivo: determinar a distncia entre as bordas externas dos cndilos medial e lateral do
fmur.
Procedimento: o avaliado deve estar sentado com a perna e a coxa formando um ngulo de
90 graus e os ps livres. As hastes do paqumetro so ajustados altura dos cndilos em um
ngulo de 45 graus em relao a articulao do joelho, os cndilos so delimitados pelos
dedos mdios, enquanto os indicadores controlam as hastes do paqumetro.
Precaues: ao se medir, o aparelho no deve ficar frouxo nem fazer presso excessiva.
Observar a colocao do aparelho em relao ao dimetro a ser medido.
Dimetro biacromial - distncia das bordas spero-lateral dos acrmios direito e
esquerdo, estando a avaliado em p, na posio anatmica, pois com o indivduo sentado h
interferncia na postura requerida para a medida. Preferencialmente o avaliador deve
posicionar-se atrs do avaliado para a execuo da medida.
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Figura 10 Dimetro biacromial . Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
Dimetro torcico transverso - A medida realizada com o avaliado em p, com abduo de membros superiores, a fim de permitir a introduo do aparelho, na altura da sexta costela, sobre a linha axilar medial.
Figura 11 Dimetro torcico transverso. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
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7.6 Medidas de circunferncia ou permetro
Definio - As medidas antropomtricas de circunferncia correspondem aos chamados
permetros que podem ser definidos como permetro mximo de um segmento corporal
quando medido em ngulo reto em relao ao seu maior eixo.
Material
Figura 12 Fita mtrica metlica flexvel. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa. Para medir circunferncias, usa-se uma fita mtrica antropomtrica, que deve ser feita de
um material flexvel (de preferncia metlica), que no se estique com o uso com preciso
de 0,1 cm.
Precaues - Antes de iniciarmos a descrio das medidas antropomtricas importante
citar algumas precaues como:
1) Medir sempre sobre a pele nua.
2) Nunca utilizar uma fita elstica ou de baixa flexibilidade.
3) Cuidado com a compresso exagerada, colocar a fita levemente na maior
circunferncia.
4) No deixar o dedo entre a fita e a pele.
5) So feitas trs medidas calculando-se a mdia.
6) No utilizar fita muito larga
7) Recomenda-se marcar o ponto da medida com caneta, pois auxiliar no
momento da medida de dobra cutnea de panturrilha medial.
8) Para algumas circunferncias (ex.: ombro, peitoral, cintura, abdmen e
quadril) a fita deve ser alinhada com o plano horizontal;
45
9) A preciso das circunferncias devem ser de: (a) 1cm para ombro, peito,
abdmen, cintura e quadril; (b) 0,5cm para coxa e (c) 0,2cm para perna,
tornozelo, pulso, brao e antebrao.
Locais padronizados para medies de circunferncias
Pescoo - A medida realizada com o avaliado sentado ou em p, desde que esteja com a
coluna ereta e a cabea no plano horizontal de Frankfurt. A trena deve ser aplicada na
menor circunferncia do pescoo logo acima da proeminncia larngea (pomo de Ado).
Figura 13 Medidas da circunferncia do pescoo. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
Ombros - A medida realizada com o avaliado em posio ortosttica, posicionado a trena
na maior salincia do deltide abaixo de cada acrmio. A leitura da medida deve ser
realizada aps uma expirao normal.
Figura 14 Medida da circunferncia dos ombros. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
Trax - O permetro torcico pode ser medido em trs pontos de referncia. A nvel
mesoesternal ou longo abaixo da axila, ao nvel da prega axilar, na altura dos mamilos, ou a
nvel do ponto xifoidal do esterno.
46
Figura 15 medida da circunferncia do trax. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto
Fernandes da Costa.
Cintura - Parte mais estreita do tronco, no nvel da cintura natural entre as costelas e a
crista ilaca. Tomada em um plano horizontal ao redor da cintura no nvel da parte mais
estreita do tronco.
Figura 16 Medida da circunferncia da cintura. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof. Roberto Fernandes da Costa.
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Abdome - A medida realizada no plano horizontal na protuberncia anterior mxima do
abdome, usualmente no nvel da cicatriz umbilical, com avaliado em p em posio
ortosttica.
Figura 17 Medida da circunferncia do abdome. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
Quadril - Extenso posterior mxima dos glteos. Tomada ao nvel dos pontos trocantricos
direito e esquerdo. Deve ser realizada paralelamente ao solo, estando o avaliado com os ps
unidos.
Figura 18 Medida da circunferncia do quadril. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
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Brao relaxado - A medida do permetro braquial relaxado pode ser realizada de trs formas
diferentes, na primeira a medida tomada na rea de maior circunferncia, estando o brao
posicionado no plano horizontal e cotovelo em extenso. Na segunda o avaliado fica com o
brao relaxado e ao longo do corpo e a medida realizada no ponto de maior permetro
aparente e a terceira, o avaliado deve ficar com a articulao do cotovelo a 90 graus, no
plano sagital, e com o brao relaxado.
Figura 19 Medida da circunferncia do brao relaxado. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
Brao contrado - Medida tomada na rea de maior circunferncia com o brao
posicionado no plano horizontal e antebrao fletido em supino num ngulo de 90. Neste
caso podemos utilizar o brao oposto para trazer oposies contrao.
Figura 20 Medida da circunferncia do brao contrado. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
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Antebrao - Tomada no plano perpendicular ao eixo longo do antebrao, ponto de maior
circunferncia, devendo o cotovelo estar em extenso.
Figura 21 medida da circunferncia do antebrao. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
Punho - a circunferncia medida transversalmente sobre os processos estilides do rdio
e da ulna.
Figura 22 Medida da circunferncia do punho. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof. Roberto Fernandes da Costa.
Coxa gltea - Tomada no plano horizontal abaixo da dobra gltea, estando o peso corporal
igualmente distribudo nos membros.
Figura 23 Medida da circunferncia da coxa gltea.
50
Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof. Roberto Fernandes da Costa. Coxa medial - Para tomar esta medida circunda-se a fita no plano paralelo ao solo, na
metade da distncia entre a lngua inguinal e a borda superior da patela.
Figura 24 Medida da circunferncia da coxa medial. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof. Roberto Fernandes da Costa.
Perna - Tomada no plano horizontal, na rea de maior circunferncia da panturrilha,
estando o peso corporal igualmente distribudo nos membros inferiores.
Figura 25 Medida da circunferncia da perna. Fonte: CD-ROM Testes em Cincias do Esporte. Victor Matsudo.
Tornozelo - O avaliado dever estar em p, de frente para o avaliador, com os ps
ligeiramente afastados, distribuindo o peso do corpo em ambas as pernas. Circundar a fita
no plano paralelo ao solo ao nvel dos pontos sphyrions tibiale e fibulare.
Figura 26 Medida da circunferncia do tornozelo. Fonte: CD-ROM Avaliao da Composio Corporal. Prof Roberto Fernandes da Costa.
51
8 NDICES ANTROPOMTRICOS DE SADE (MODELOS PREDITORES DE DOENAS CARDIOVASCULARES)
Pesquisas indicam que a maneira pela qual a gordura est distribuda pelo corpo,
mais importante que a gordura corporal total, na determinao do risco individual de
doenas (ASHWELL, McCALL, COLE & DIXON, 1985) apud HEYWARD (op.cit, p.87).
Dentre os principais ndices antropomtricos que podemos dispor citaremos: ndice de
massa corporal (IMC), a relao entre circunferncias da cintura e do quadril (RCQ) e o
ndice de conicidade.
8.1 ndice de massa corporal (IMC)
O IMC (Body Mass Index, BMI), termo proposto por KEYS e associados em 1972
(WEIGHELEY, 1989, apud FERNANDES 2003, p.99), tem sido referido tambm como
ndice Quetelet (LEE et al., 1981), que leva o nome de seu criador, aps 1800, que
considerado o pai da antropomtria. O IMC considerado o mais popular ndice de estatura
e peso, ou mais precisamente, da proporo do peso do corpo para altura ao quadrado; IMC
(kg/m) = PC (kg)/ AL (m). Sua utilizao se baseia no conceito de excesso de peso que
segundo POLLOCK (1993, p.47) simplesmente definido como aquela condio onde o
peso do indivduo excede ao da mdia da populao, determinada segundo o sexo, altura e
o tipo de sua compleio fsica. O termo pesado segundo McARDLE (1992, p.387) se
refere somente ao peso corporal em excesso de algum padro, em geral o peso mdio para
determinada estatura. WEINECK (1991, p.393) diz que se partindo do chamado Peso
Normal, o excesso de peso calculado a partir da altura e equivale altura menos 100
(Equao de BROCA). BROCA considera como valor normal os que se colocam para mais
10 ou menos 10 do peso ideal calculado.
52
Durante muito tempo s tabelas de peso/estatura foram e ainda so utilizadas como forma
de classificao do excesso de massa corporal ou para a avaliao dos efeitos dos
programas de exerccios fsicos sobre o organismo, a sua grande limitao est no fato que
a mesma no fornece informao fidedigna acerca da composio relativa ou da qualidade
do peso corporal do indivduo, pois o IMC no diferencia peso de gordura de peso livre de
gordura. Elas se baseiam, essencialmente, nas estatsticas das variaes mdias do peso
corporal para pessoas de 25 a 59 anos de idade, quando a taxa de mortalidade mais baixa,
sem levar em considerao as causas especficas da morte ou a qualidade da sade antes da
morte. Segundo FERNANDES (op.cit) o IMC possui uma moderada correlao (r=0,70)
com o percentual de gordura predito a partir de pesagem hidroesttica (KEYS et al, 1972).
O erro padro da predio de percentual de gordura do IMC foi aproximadamente de 5-6%
(POLLOCK 1995, p.88).
A equao para estimar o percentual de gordura de adultos com idade inferior a 83 anos, a
partir do IMC a seguinte:
GC = (1.2 x IMC) + (0.23 x Idade) - (10.8 x Sexo) - 5.4
Onde:
IMC = ndice de Massa Corporal em kg/m3
Idade= Idade em anos
Sexo: Mulher =0; Homem =1
Logo conclumos que, embora o IMC possa ser um ndice rudimentar de obesidade e sua
utilizao seja questionvel na avaliao de indivduos, para estudos populacionais, sendo
que o mesmo no pode ser utilizado para estimar a gordura corporal, este ndice constitui
uma alternativa bastante vlida, pois alm de ser o mtodo mais simples e de baixo custo,
requer apenas as medidas de peso e estatura, e segundo (SICHIERI, 1998) apud COSTA
(2001, p.39) se uma populao apresenta valores elevados de IMC podemos afirmar que
isso ocorre em funo do excesso de componente gordura corporal, j que na maioria das
pessoas que apresentam excesso de massa isso no ocorre por excesso de massa magra.
53
Classificao do percentual de gordura.
Classificao Homem Mulher
a Em risco para desenvolvimento de doenas relacionadas a m nutrio. b Em risco para desenvolvimento de doenas relacionadas a obesidade.
Em risco a = 32%
As tabelas abaixo apresentam os valores para classificao do sobrepeso por meio do IMC
54
Tabela 1 Padres de aptido saudveis para IMC em meninos e meninas entre as idades de
5 a 18 anos.
Idade IMC (Meninos) IMC (Meninas)
7 13-20 14-20
8 14-20 14-21
9 14-20 14-20
10 14-20 14-21
11 15-21 14-21
12 15-22 15-22
13 16-23 15-23
14 16-24 17-24
15 17-24 17-24
16 18-24 17-24
17 18-25 17-25
18 18-26 18-26
Fonte: FERNANDES (2003, p.100)
Tabela 2 Classificao do sobrepeso e obesidade pelo IMC, adaptado de WHRO (1997) e
OMS(1995)
Classificao de Obesidade IMC (kg/m)
Baixo Peso 3 (grave) Risco Grave 40
Fonte: FERNANDES (2003, p.100)
Tabela 3 Classificao de obesidade segundo o Physical Test 3.1 for Windows 1998
Classificao
Abaixo da Mdia
Normal
Excesso de Peso
Moderadamente Obeso
Severamente Obeso
Fonte: FERNANDES (2003, p.100)
H evidncias, na literatura especializada, de que valores baixos de IMC esto relacionados
com as doenas pulmonares obstrutivas, cncer pulmonar e tuberculose, e de que valores
altos de IMC esto associados com as doenas cardiovasculares, hipertenso ar
diabetes e outras.
Valores que esto associados a maior incidncia de hipertenso arterial, diabetes,
coronariopatias so maiores que 34,3 kg/m para mulheres e maiores que 28 kg/m para
homens.
Clculos
Determinando o IMC
8.2 Relao Cintura Quadril (RCQ)
A proporo da cintura para o quadril (RCQ) fortemente associada gordura
visceral e parece ser um ndice aceitvel de gordura intra
Classificao de obesidade segundo o Physical Test 3.1 for Windows 1998
Homens Mulheres
Abaixo da Mdia 40,0
: FERNANDES (2003, p.100)
H evidncias, na literatura especializada, de que valores baixos de IMC esto relacionados
com as doenas pulmonares obstrutivas, cncer pulmonar e tuberculose, e de que valores
altos de IMC esto associados com as doenas cardiovasculares, hipertenso ar
Valores que esto associados a maior incidncia de hipertenso arterial, diabetes,
coronariopatias so maiores que 34,3 kg/m para mulheres e maiores que 28 kg/m para
Determinando o IMC
uadril (RCQ)
A proporo da cintura para o quadril (RCQ) fortemente associada gordura
visceral e parece ser um ndice aceitvel de gordura intra-abdominal. Entretanto alguns
55
Classificao de obesidade segundo o Physical Test 3.1 for Windows 1998
Mulheres
40
H evidncias, na literatura especializada, de que valores baixos de IMC esto relacionados
com as doenas pulmonares obstrutivas, cncer pulmonar e tuberculose, e de que valores
altos de IMC esto associados com as doenas cardiovasculares, hipertenso arterial,
Valores que esto associados a maior incidncia de hipertenso arterial, diabetes,
coronariopatias so maiores que 34,3 kg/m para mulheres e maiores que 28 kg/m para
A proporo da cintura para o quadril (RCQ) fortemente associada gordura
abdominal. Entretanto alguns
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pesquisadores mostram que a circunferncia da cintura, sozinha, um melhor preditor de
depsito da gordura visceral que a RCQ.
Esses achados sustentam a hiptese de que a deposio de gordura abdominal poderia
aumentar a circunferncia da cintura a despeito de o tecido se acumular em pontos
profundos ou superficiais. A circunferncia do quadril, porm, influenciada apenas pela
deposio de gordura subcutnea; assim, a preciso da RCQ em avaliar a gordura visceral
diminui com o aumento dos nveis de gordura.
A RCQ pode mudar na mulher, dependendo do estgio de menopausa no qual ela se
encontra, ou seja, mulheres na ps-menopausa apresentam um padro mais masculino de
distribuio de gordura do que as que esto na pr-menopausa.
Com essas discrepncias, nenhuma norma foi estabelecida para a circunferncia da cintura.
Portanto, ns recomendamos que classifique-se os indivduos nas categorias de alto risco
ou baixo risco utilizando a RCQ.
A RCQ simplesmente calculada dividindo a circunferncia da cintura (medida em cm)
pela do quadril (medida em cm), quanto a classificao dos valores podemos utilizar a
tabela abaixo.
Tabela 4 Normas para a proporo entre Circunferncia da Cintura e do Quadril (RCQ) para Homens e Mulheres.
Sexo Risco Estimado
Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto
Homens
20-29 0,94
30-39 0,96
40-49 1,00
50-59 1,02
60-69 1,03
Mulheres 20-29 0,82
58
8.3 ndice de Conicidade (IC)
Medida antropomtrica para estimar o valor clnico quando se tenta medir a
distribuio de gordura e o risco de doenas. O IC baseado na idia de que o corpo
humano muda de formato de um cilindro (IC=1) para o de um cone duplo, com o acmulo
de gordura ao redor da cintura (IC=1,73). calculado pela formula:
IC = Cintura/0,109 x (MC/H)
Onde:
MC: massa corporal (kg) e
H: estatura (m).
As vantagens deste ndice em relao ao RCQ so:
- Possui um faixa terica esperada de valores (1,00 a 1,73);
- Compara a CCT do avaliado com a circunferncia de um cilindro com o
mesmo volume corporal, provendo uma medida relativa de obesidade
relativa;
- Os ndices-C de sujeitos que diferem de MC e H podem ser comparados;
- No requer a mensurao da circunferncia do quadril.
ndice de Conicidade (IC)
Determinando o IC
Onde: (a) CCT: circunferncia da cintura (m); (b) RAIZ: determinar a raiz quadrada
do termo; (c) MC: massa corporal (kg) e (d)
As vantagens deste ndice em relao ao
Possui um faixa terica esperada de valores (1,00 a 1,73);
Compara a CCT do avaliado com a circunferncia de um cilindro com o
mesmo volume corporal, provendo uma medida relativa de obesid
Os ndices-C de sujeitos que diferem de
No requer a mensurao
Contudo este clculo no apresenta normas, tornando sua aplicao limitada.
8.4 ANAMNESE
Anamnese uma palavra de origem grega e significa recordar. Ocorre em forma de entrevista e representa um importante elemento na etapobter maior segurana na avaliao e prescrio de exerccios (MONTEIRO e LOPES, 2009).
: circunferncia da cintura (m); (b) RAIZ: determinar a raiz quadrada
: massa corporal (kg) e (d) H: estatura (m).
As vantagens deste ndice em relao ao RCQ so:
aixa terica esperada de valores (1,00 a 1,73);
do avaliado com a circunferncia de um cilindro com o
mesmo volume corporal, provendo uma medida relativa de obesid
C de sujeitos que diferem de MC e H podem ser comparados;
No requer a mensurao da circunferncia do quadril.
Contudo este clculo no apresenta normas, tornando sua aplicao limitada.
Anamnese uma palavra de origem grega e significa recordar. Ocorre em forma de entrevista e representa um importante elemento na etapa de coleta de dados para se obter maior segurana na avaliao e prescrio de exerccios (MONTEIRO e
59
: circunferncia da cintura (m); (b) RAIZ: determinar a raiz quadrada
do avaliado com a circunferncia de um cilindro com o
mesmo volume corporal, provendo uma medida relativa de obesidade relativa;
podem ser comparados;
Contudo este clculo no apresenta normas, tornando sua aplicao limitada.
Anamnese uma palavra de origem grega e significa recordar. Ocorre em forma de a de coleta de dados para se
obter maior segurana na avaliao e prescrio de exerccios (MONTEIRO e
60
Hbitos de atividade fsica, ingesto de lcool, fumo
Profisso
Histrico de sintomas
Exames fsicos e clnicos anteriores
Histrico familiar de doenas importantes
Problemas Posturais
Tipos de Anamnese - PAR Q Physical Activity Readiness Questionnarie
Por favor, assinale sim ou no as seguintes perguntas:
Alguma vez seu mdico disse que voc possui algum problema de corao e recomendou que voc s praticasse atividade fsica sob prescrio mdica?
sim no
Voc sente dor no peito causada pela prtica de atividade fsica?
sim no
Voc sentiu dor no peito no ltimo ms?
sim no
Voc tende a perder a conscincia ou cair como resultado do treinamento?
sim no
Voc tem algum problema sseo ou muscular que poderia ser agravado com a prtica de atividades fsicas?
sim no
Seu mdico j recomendou o uso de medicamentos para controle de sua presso arterial ou condio cardiovascular?
sim no
Voc tem conscincia, atravs de sua prpria experincia e/ou de aconselhamento
mdico, de alguma outra razo fsica que impea a realizao de atividades fsicas ?
sim no
61
8.5 FATORES DE RISCO
So condies que predispem uma pessoa a maior risco de desenvolver doenas do corao e dos vasos.
Existem diversos fatores de risco para doenas cardiovasculares, os quais podem ser divididos em imutveis e mutveis.
Fatores imutveis
Hereditrios, Idade, Sexo
Fatores mutveis
Fumo: O risco de um ataque cardaco num fumante duas vezes maior do que num
no fumante. O fumante de cigarros tem uma chance duas a quatro vezes maior de
morrer subitamente do que um no fumante. Os fumantes passivos tambm tem o
risco de um ataque cardaco aumentado. Colesterol elevado: Os riscos de doena do
corao aumentam na medida que os nveis de colesterol esto mais elevados no
sangue. Junto a outros fatores de risco como presso arterial elevada e fumo esse
risco ainda maior. Esse fator de risco agravado pela idade, sexo e dieta. Presso
arterial elevada: Para manter a presso elevada, o corao realiza um trabalho maior,
com isso vai hipertrofiando o msculo cardaco, que se dilata e fica mais fraco com
o tempo, aumentando os riscos de um ataque. A elevao da presso tambm
aumenta o risco de um acidente vascular cerebral, de leso nos rins e de insuficincia
cardaca. O risco de um ataque num hipertenso aumenta vrias vezes, junto com o
cigarro, o diabete, a obesidade e o colesterol elevado.
Sedentarismo : A falta de atividade fsica outro fator de risco para doena das
coronrias. Exerccios fsicos regulares, moderados a vigorosos tem um importante
papel em evitar doenas cardiovasculares. Mesmo os exerccios moderados, desde
que feitos com regularidade so benficos, contudo os mais intensos so mais
indicados. A atividade fsica tambm previne a obesidade, a hipertenso, o diabete e
abaixa o colesterol.
62
Obesidade: O excesso de peso tem uma maior probabilidade de provocar um
acidente vascular cerebral ou doena cardaca, mesmo na ausncia de outros fatores
de risco. A obesidade exige um maior esforo do corao alm de estar relacionada
com doena das coronrias, presso arterial, colesterol elevado e diabete. Diminuir
de 5 a 10 quilos no peso j reduz o risco de doena cardiovascular.
Diabete melito: O diabete um srio fator de risco para doena cardiovascular.
Mesmo se o acar no sangue estiver sob controle, o diabete aumenta
significativamente o risco de doena cardiovascular e cerebral. Dois teros das
pessoas com diabete morrem das complicaes cardacas ou cerebrais provocadas.
Na presena do diabete, os outros fatores de risco se tornam mais significativos e
ameaadores.
Anticoncepcionais orais: Os atuais ACOs tm pequenas doses de hormnios e os
riscos de doenas cardiovasculares so praticamente nulos para a maioria das
mulheres. Fumantes, hipertensas ou diabticas no devem usar anticoncepcionais
orais por aumentar em muito o risco de doenas cardiovasculares.
Existem outros fatores que so citados como podendo influenciar negativamente os
fatores j citados. Por exemplo, estar constantemente sob tenso emocional
(estresse) pode fazer com que uma pessoa coma mais, fume mais e tenha a sua
presso elevada. Certos medicamentos podem ter efeitos semelhantes, por exemplo,
a cortisona, os antiinflamatrios e os hormnios sexuais masculinos e seus derivados
Figura 27 evoluo da Obesidade Fonte - Internet
63
9 DOBRAS CUTNEAS Defini-se a medida de DC como: Medida indireta da espessura do tecido
adiposo subcutneo. Sendo considerada uma boa medida da gordura subcutnea.
9.1 Princpios fisiolgicos e suposies
Para a utilizao das DC so necessrias algumas suposies, entre elas possvel
destacar:
A distribuio da gordura corporal subcutnea e da gordura interna semelhante em
todos os indivduos, em um mesmo sexo;
Existe relao entre gordura subcutnea e a gordura total.
Funcionalmente, podemos classificar as dobras cutneas em axiais e apendiculares.
9.2 Dobras Cutneas Axiais
So compostas pelas DC tomadas no tronco. Sendo subdivididas em:
Torcicas -So as DC determinadas na regio torcica.
Abdominais - So as DC determinadas na regio abdominal.
9.3 Dobras Cutneas Apendiculares
Definimos as DC apendiculares, como sendo aquelas DC tomadas nos membros
superiores e inferiores.
Protocolo
Todas as medidas devem ser realizadas no lado direito do corpo.
Cuidadosamente identifique, mensure e marque os locais das DC,
especialmente se voc for um avaliador novato.
Comprima a DC firmemente entre o polegar e o indicador da sua mo
esquerda. A DC destacada 1cm acima do local a ser mensurado.
64
Destaque a DC deixando o polegar e o indicador 8cm separados em uma linha
perpendicular ao eixo longitudinal da DC. O eixo longitudinal paralelo ao
segmento de linha natural da pele. Contudo, para indivduos com DC mais
largas, o polegar e o indicador precisam ser separados por mais de 8 cm para
que se consiga destacar a dobra.
Mantenha a DC elevada enquanto a mensurao feita.
Coloque as garras do compasso perpendicular dobra, aproximadamente 1cm
abaixo do polegar e do indicador e solte libere a presso das garras de forma
devagar.
Faa a mensurao da DC 4 segundos aps a presso ter sido liberada.
Abra as garras do compasso e retire-o do local. Feche as garras de forma
devagar para evitar danos ou perda de calibrao.
9.4 Locais padronizados para medies de dobras cutneas
EDWARDS (1950), citado por GUEDES (1987), refere que a literatura especializada
menciona a existncia de aproximadamente 93 possveis locais anatmicos onde uma dobra
cutnea pode ser destacada.
Os locais padronizados para medies de dobras cutneas, descritos no Anthropometric
Standardization refernce Manual, so as seguintes:
Peitoral, Supra espinhal, Subescapular, Axilar Medial, Suprailaca, Abdominal, Trceps,
Bceps (Biciptal), Coxa e Panturrilha medial.
Dobra cutnea peitoral (PT)
Direo: diagonal, oblqua em relao ao eixo longitudinal.
Referncia Anatmica: axila e mamilo
Medida: na metade da distncia entre a linha axilar anterior e o mamilo, para
homens, e a um tero da linha axilar anterior, para mulheres.
65
Figura 28 Dobra torcica ou peitoral axilar Fonte: site da Sanny
Dobra cutnea subescapular (SB)
Direo: diagonal.
Referncia Anatmica: ngulo inferior da escpula.
Medida: o indivduo deve estar em p (com os ombros descontrados), com os
braos ao longo do corpo. Determinamos a dobra, seguindo a orientao dos
arcos costais, 2 (dois) cm abaixo do ngulo inferior da escpula.
Figura 29 Dobra subescapular. Fonte: CD-ROM Testes em Cincias do Esporte. Victor Matsudo.
66
Dobra cutnea axilar mdia (AM)
Direo: horizontal.
Referncia Anatmica: juno xifo-esternal (ponto onde as cartilagens costal
das costelas 5-6 articulam-se com o esterno, levemente acima da borda
inferior do processo xifide).
Medida: localizada no ponto de interseco entre a linha axilar mdia e
uma linha imaginria transversal na altura do apndice xifide do esterno. A
medida realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o b
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