30/11/15 08:09'Meninx' é histeria de gênero - 30/11/2015 - Luiz Felipe Ponde - Colunistas - Folha de S.Paulo
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luiz felipe pondéFilósofo, escritor e ensaísta,pós-doutorado emepistemologia pelaUniversidade de Tel Aviv,discute temas comocomportamento, religião,ciência. Escreve às segundas.
'Meninx' é histeria de gênero30/11/2015 02h00
Em alguns momentos, devemos fazer silêncio sobre algumas coisas. Existempalavras que, com o tempo e com o uso excessivo, perdem o significado. Querum exemplo? "Energia". Ninguém mais sério usa a palavra "energia". Só seusar como piada, tipo "a energia daqui está pesada" ou "a energia daquelamina está generosa hoje".
Outro exemplo? "Cabala". Apesar de ser uma coisa muito séria, "cabala" éuma palavra que você deve evitar até passar o momento "Cabala da VilaMadalena" –que, temo, não vá passar nunca porque abriram um KabbalahCentre em Tel Aviv!
Outro exemplo? "Ética" ou "valores". Se você ouvir alguém falando que "éético", corra, ele (ou ela) vai bater sua carteira. Ouviu alguém dizendo que"aprendeu a ter valores em casa"? Fuja. A figura vai te passar a perna naprimeira oportunidade, justamente porque ela (ou ele) afirma "ter valores".Evite usar essas duas palavras, principalmente, em jantares inteligentes. Porque em jantares inteligentes?
Explico. Jantares inteligentes são, normalmente, frequentados por pessoascom "consciência social" e essa gente não é nunca de confiança, basta irritá-las para ver como são docinhas de dar gosto.
Ou use essas palavras (refiro-me a "ética" e "valores") na frente do espelhopara não esquecer como pronunciá-las quando a "onda do bem" (que vai,muito provavelmente, acabar com todo o esforço humano desde a pré-história) tiver passado.
Evite também dizer coisas como "tenho consciência social" ou "é importantetermos jovens com consciência crítica" porque se tiver alguém menos bobo
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(ou menos boba) ao seu lado, vai saber que você é um bobo (melhor dizer"bobx", para não excluir ninguém, e não ter que ficar repetindo palavras paraprovar que sou fiel à "questão de gênero").
Mas existem outros exemplos mais recentes de palavras ou expressões quevocê, se for uma pessoa elegante e bem-educada, deve evitar usar. E algumasdessa carregam tons mais dramáticos no seu uso. "Dramático", aqui, deve sercompreendido como sinônimo de "violento".
Quer um exemplo? "Questão de gênero", que acabei de usar acima. Se vocêouvir alguém usando muito esses termos (para dizer que homem e mulher sãoapenas construções sociais), cuidado, "elx" gosta de poder. E o usará comviolência contra você, se assim for necessário para ele ou ela.
"Questão de gênero" se transformou numa das maiores chaves de patrulha eviolência institucional no mundo dos agentes culturais. E é um passegarantido para conseguir verba e espaço institucional. Quem diz muito"questão gênero" é, muito provavelmente, gente de temperamentoautoritário. Faça um teste: olhe o mundo à sua volta. Tente questionar a"questão de gênero" para ver o que te acontece.
E por quê? Porque a palavra "gênero" hoje, seja na universidade, seja namídia, seja nas produções culturais, seja nos currículos escolares (logo, logo"menino" e "menina" serão expressões consideradas "opressivas" e trocadaspor "meninx", o máximo do ridículo) reúne duas características muitopoderosas: grana para pesquisa e realização de projetos e, portanto, comodecorrência, aumento, cada vez mais, de espaço institucional.
Mas antes de terminar, um reparo fundamental! Que esse povo babaca quegosta de bater em mulher e em gay não pense que, ao criticar os abusos depoder do "povo de gênero", eu esteja me colocando ao lado deles. Quem bateem mulher é homem frouxo.
Mas por que tanta histeria coletiva com esse tema de gênero? Simples: pura esimples histeria, no sentido freudiano. Você não sabe o que é isso? Pergunte aum psicanalista.
O "barato" na histeria é a repressão sexual. A teoria de gênero é a mais novaforma de repressão sexual instalada na cultura, um neopuritanismo. Não é àtoa que repete como um mantra que o homem e a mulher não existem. Osintoma histérico é justamente a negação do "destino do sexo".
Mas, infelizmente, não vai adiantar falar disso para os psicanalistas porquemuitos sucumbiram ao sintoma e "perderam o ouvido", afogados na histeriaque se fez laço social e no seu sintoma, a política histérica.
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Prefiro perguntar qualquer coisa ao meu umbigo do que ao um psicanalista, não existe gentemais sínica na sociedade do que essa classe. São exatamente essa classe a pregadora do quea matéria fala.
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caréca (5712) (05h08) há 2 horas 0 0 Denunciar
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