Ingeniería Industrial.
Actualidad y Nuevas Tendencias
Año 10, Vol. V, N° 18
ISSN: 1856-8327
Bortolosso et al., Métodos de auditoria de sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho, p. 45-58
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Métodos de auditoria de sistemas de gestão de segurança e
saúde no trabalho: uma revisão sistemática da literatura
Auditing methods of occupational health and safety management systems: a
systematic review of the literature
Heleia Bortolosso; Simone Lorenzi Rossi; Graciela Pelegrini;
Francieli Dalcanton; Marcelo Fabiano Castella
Palavras chave: sistemas de gestão de segurança e saúde, métodos de auditoria, revisão sistemática da
literatura
Key words: health and safety management systems, audit methods, systematic review of the literature
RESUMO
Este artigo apresenta uma síntese de 6
métodos de auditoria de sistemas de gestão de
segurança e saúde no trabalho (SGSST),
apresentando aspectos relevantes em relacão a
cada um deles. Os métodos abordados são: An
interpretive model of occupational safety
performance for Small-and Medium-sized
Enterprises (PME), Soft Systems Methodology
(SSM), ARAMIS, Methodology For The
Implementation And Monitoring Of
Occupational Safety (MIMOSA), Safety
Diagnosis Criteria (SDC) e Método de
Avaliação de Sistemas de Gestão de Segurança
e Saúde no Trabalho (MASST). Um quadro foi
elaborado englobando os seguintes aspectos
de cada método: base conceitual, critérios de
análise, método de avaliação e características
principais. Entre os métodos analisados, o
MASST destaca-se, pois apresenta dois
aspectos inovadores que são a conciliação das
abordagens estrutural, operacional e por
desempenho e a adoção do enfoque da
engenharia de resiliência (ER) sobre a
segurança e saúde do trabalhador. No MASST
foram identificados quatro princípios da ER
(comprometimento da alta direção,
flexibilidade, aprendizagem e consciência).
ABSTRACT
This article presents a synthesis of 6 methods
of audit safety management systems and
health (HSMS), presenting relevant aspects for
each of them. The methods discussed are: An
interpretive model of occupational safety
performance for Small- and Medium-sized
Enterprises (PME), Soft Systems Methodology
(SSM), ARAMIS, Methodology For The
Implementation And Monitoring Of
Occupational Safety (MIMOSA), Safety
Diagnosis Criteria (SDC) and the Método de
Avaliação de Sistemas de Gestão de Segurança
e Saúde no Trabalho (MASST). A framework
was developed comprising the following
aspects of each method: conceptual basis,
analysis criteria, evaluation method and main
characteristics. Among the methods under
study, MASST stands out because it presents
two innovative aspects: a conciliation between
structural, operational and performance
approaches; and the adoption of a focus on
resilience engineering (RE) for occupational
health and safety. Four RE principles were
identified in MASST (commitment of senior
management, flexibility, learning and
awareness).
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INTRODUÇÃO
Um sistema de gestão de segurança e
saúde no trabalho (SGSST) é um conjunto
de políticas, estratégias, práticas,
procedimentos, papéis e funções
interligadas (Fernández-Muñiz; Montes-
Peón; Vàzquez-Ordás, 2007; OHSAS,
2007). Cabe destacar que as organizações
com um sistema de gestão de SST mais
maduro tem demonstrado um melhor
desempenho em segurança e saúde do que
as organizações sem ou com um sistema
de gestão de SST de um nível menos
experiente (Bottani; Monica; Vignali,
2009).
Em se tratando de competitividade, um
sistema de gestão de segurança e saúde no
trabalho pode conduzir uma organização
de forma positiva sobre a imagem, a
reputação, a produtividade e a inovação,
tendo um efeito positivo sobre o clima e o
desempenho de segurança e sobre a
redução dos custos de acidentes (Robson
et al., 2007). Nessa linha, para Battaglia,
Passetti e Frey (2015), a promoção de uma
política de SST é uma forma importante de
informar consciência e metas,
disseminando-a em todas as áreas da
organização, sendo que a utilização dos
modelos de desempenho de SGSST devem
propor intervenções de eficácia
comprovada e possibilitar o
desenvolvimento de programas de
intervenções específicos e bem
estruturados.
Entretanto, a eficácia da gestão de SST
depende de fatores gerenciais, culturais e
fatores normativos, os quais são difíceis de
medir. Por isso, este artigo tem como
objetivo demonstrar seis métodos de
auditorias de sistemas de gestão de
segurança e saúde no trabalho, fornecendo
subsídios para organizações e
pesquisadores que objetivam aplicar,
melhorar ou desenvolver métodos nessa
linha de atuação. Os métodos foram
escolhidos também com o intuito de
fornecer informações para a busca
completa das metodologias, instigando a
melhoria e o desenvolvimento de novos
métodos para disseminação no meio
acadêmico e profissional.
A síntese dos métodos é apresentada
através de um quadro elaborado para
facilitar a visão geral dos aspectos de cada
método de auditoria de SGSST, que foram
resumidos, abordando os aspectos
relevantes, tais quais: base conceitual,
critérios de análise, método de avaliação
(forma de análise) e características
principais.
MÉTODO DE PESQUISA
A pesquisa foi realizada em artigos e
periódicos científicos, dissertações e teses,
com base em uma revisão bibliográfica
que abrange 54 referências entre os anos
de 2000 a 2015, sendo que destas 92,59%
em língua inglesa, totalizando 11 métodos
pesquisados. Destes realizou-se uma
análise da fundamentação teórica,
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abrangência e diversidade dos métodos
encontrados, culminando na seleção de
seis métodos de avaliação de sistemas de
gestão de segurança e saúde no trabalho
(SGSST). Os critérios de seleção foram:
referências de 2000 em diante, métodos
citados por mais de um autor e
apresentação do método de avaliação.
As bases de dados consultadas para a
elaboração do artigo científico foram o
SciELO - Scientific Electronic Library
Online e Science Direct, sendo delimitada
a área de pesquisa como segurança e
saúde no trabalho. As palavras chaves
utilizadas foram sistemas de gestão de
segurança e saúde no trabalho, auditorias
em segurança e saúde no trabalho,
modelos de auditoria de segurança e
saúde no trabalho e métodos de auditoria
de segurança e saúde no trabalho. Todos
os métodos de auditorias encontrados e
escolhidos foram artigos em inglês,
disponíveis no Science Direct.
Os 6 métodos escolhidos após a análise
foram: An interpretive model of
occupational safety performance for
Small-and Medium-sized Enterprises
(PME), Soft Systems Methodology (SSM),
ARAMIS, Methodology For The
Implementation And Monitoring Of
Occupational Safety (MIMOSA), Safety
Diagnosis Criteria (SDC) e Método de
Avaliação de Sistemas de Gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho (MASST).
Para cada um foi realizada uma síntese
com os principais aspectos de cada
método em um quadro abordando: (a)
base conceitual; (b) critérios de análise; (c)
método de avaliação; e (d) características
principais, fornecendo assim subsídios
para a escolha dos referidos para
aplicações e estudos futuros no meio
acadêmico e profissional.
An interpretive model of occupational
safety performance for Small-and
Medium-sized Enterprises (PME -
Modelo interpretativo de desempenho de
segurança no trabalho para as pequenas e
médias empresas)
O modelo de auditoria de SGSST possui
três características principais: a) sistêmica;
b) permite alocação de recursos para
melhorar o desempenho, priorizando
intervenções; e c) específicas para
pequenas e médias empresas (PME)
(Cagno; Micheli; Perotti, 2011).
Para a definição do modelo duas etapas
foram definidas: todos os fatores
relevantes de SST para as PME foram
identificados e modificados com uma
abordagem em grupos focados, que
permite pesquisa quantitativa, articulação
de crenças, valores, desejos, preocupações,
aspirações e necessidades, de forma que
representa mais a comunidade e o
estímulo de ideias. Por último, que pode
ser rica em detalhes e contexto, integrando
perspectivas, descrevendo pontos de vista
e entendimento de como as pessoas
realizam a interpretação de eventos
(Cagno et al., 2014). O grupo foco inclui
MÉTODOS DE AUDITORIA
DE SGSST
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profissionais que conhecem e vivenciam a
realidade das PME tendo uma visão
estreita do problema com conhecimento
em SST.
Segundo Cagno et al. (2014), o modelo
PME considera os seguintes fatores: a
cultura da empresa, o comportamento
pessoal, o ambiente de trabalho, as
características da força de trabalho, a
gestão do trabalho e o nível risco.
As discussões foram divididas em 24
sessões de 3 horas cada, representando um
total de 72 horas de negociação. O objetivo
das discussões é a definição de todos os
fatores que determinam a segurança
desempenho dentro das PME, a definição
de subfatores e a identificação das relações
entre os próprios fatores (Cagno et al.,
2014).
A ferramenta analítica aplicada foi o
modelo estrutural interpretativo (ISM –
Interpretive Structural Model), que é um
processo assistido de computador que
permite que indivíduos ou grupos de
aprendizagem possam desenvolver um
mapa total das relações existentes entre os
diversos elementos de um sistema
complexo. A ideia básica do modelo ISM é
aproveitar o conhecimento e a
experiências dos especialistas e, em
seguida, construir um modelo estrutural
multi-nível (Anantatmula; Kanungo, 2005;
Singh; Kant, 2008).
O mapeamento das interações lógicas
juntamente com o conteúdo avaliado
constitui a OSH (Factor Framework) que é
o esqueleto da estrutura hierárquica que
as PME podem utilizar como orientação.
A partir daqui todos devem ser capazes de
fazer o seu próprio diagnóstico local da
situação de SST e identificar seus próprios
pontos fortes e deficiências em termos de
desempenho, sendo que a ideia principal é
concentrar esforços e recursos sobre
aqueles mais propensos a trazer benefícios
visíveis (Cagno et al., 2014).
O modelo fornece uma hierarquia o que
permite compreender claramente relações
diretas e indiretas de causa e efeito entre
os fatores e descreve cada fator com base
em três diferentes níveis de detalhe. Desta
forma os tomadores de decisão podem
identificar as melhores escolhas entre as
várias intervenções possíveis, priorizando-
as de forma coerente (Cagno et al., 2014).
Soft Systems Methodology (SSM -
Metodologia sistema fácil)
O SSM é realizado com base nos conceitos
de monitorar e controlar um sistema de
gestão através de um conjunto de critérios
para mensuração do desempenho
(Checkland; Scholes, 1999). São três os
critérios: (a) execução; (b) a quantidade de
saída pela quantidade de recursos
utilizados; (c) cumprir o objetivo em longo
prazo. A metodologia proporciona
informações a respeito das diferentes
perspectivas das partes envolvidas sobre o
desempenho de SST e cria motivação
através do processo de aprendizagem
(Sgourou et al., 2012).
O SSM pode ser utilizado para avaliação
sistêmica do desempenho do SGSST e
apoio para elaboração de programas de
melhoria da SST. Foi implementado em
uma grande organização com função
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pública grega, exigindo avaliação global
do desempenho de SST. A implementação
do SSM proporcionou uma visão holística
da situação atual demonstrando os fatores
problemáticos e diversas perspectivas para
os mesmos fatores (Sgourou et al., 2012).
As principais etapas deste modelo são: (a)
informar-se sobre a situação do problema:
análise de dados e análise cultural,
examinando a própria intervenção, o
sistema social e também do sistema
político, fornecendo uma visão holística do
problema; (b) construção de modelos
conceituais: sistemas de atividades
humanas intencionais que são
considerados relevantes para a situação
problemática; (c) na comparação dos
modelos com a realidade sugerem-se
mudanças: os modelos conceituais
elaborados na fase anterior são um meio
para discussão sobre as mudanças para
melhorar ou resolver a situação-problema;
(d) realizar medidas para melhorias: esta
última etapa do SSM é a implementação
de propostas para modificar a cultura
existente (Sgourou et al., 2012).
Os três critérios do SSM são avaliados
através da mensuração quantitativa, tanto
na seleção dos indicadores como na
correspondência com os níveis
qualitativos, porém o SSM representa uma
abordagem qualitativa, de natureza
subjetiva, onde as partes interessadas
definem níveis de realização em termos
qualitativos, onde os resultados subjetivos
de um processo participativo que tentam
acomodar diferentes pontos de vista e
perspectivas de todas as partes
envolvidas.
O SSM propõe análises proativas e
reativas com análise de metas e resultados
de medição de dados de segurança e de
gestão da segurança de sistemas,
juntamente com a análise da cultura.
Apoiar as decisões de melhoria é inerente
ao SSM, sendo que as ações de melhoria
definidas no SSM como "mudanças
sistemicamente desejáveis e culturalmente
viáveis", leva em comparação os modelos
conceituais com a situação do mundo real
(Sgourou et al., 2012).
Os modelos conceituais do SSM são
desenvolvidos com os elementos
CATWOE (Customer, Actors,
Transformation, Worldview, Owner,
Environmental Constraints): os clientes
que são vítimas ou beneficiários de
transformação; os atores que fariam a
transformação; a transformação da
entrada a saída; a visão de mundo, pontos
de vista e pressupostos que fazem a
transformação significativa; proprietário,
para quem o sistema é responsável e as
restrições ambientais, que influenciam,
mas não controlam o sistema (Sgourou et
al., 2012).
ARAMIS
A metodologia ARAMIS tem por base o
estudo de métodos para o julgamento
aprofundado das necessidades de gestão
de segurança para a concepção, operação e
manutenção de perigos de grandes usinas,
propondo ferramentas para avaliar a
cultura de segurança e para vincular a sua
qualidade com o desempenho do sistema
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de gestão, tendo como objetivo buscar a
aproximação do SGSST e a cultura de
segurança, fornecer ferramentas para
avaliar o sistema de gestão de segurança e
ajudar os operadores a identificar as
oportunidades de melhoria de gestão de
segurança (Salvi; Debray, 2006).
A aplicação do método ARAMIS está
dividida nas seguintes etapas: (a)
identificação dos principais riscos de
acidentes (MIMAH); (b) identificação das
barreiras de segurança e avaliação de seu
desempenho; (c) avaliação da gestão da
segurança; (d) identificação dos cenários
de acidentes de referência (MIRAS); (e)
avaliação e mapeamento da gravidade do
risco em cenários de referência; e, (f)
avaliação e mapeamento da
vulnerabilidade do entorno da usina
(Delvosalle; Fiévez; Pipart, 2006).
Segundo Salvi e Debray (2006), o
questionário é composto por 11 fatores
culturais que caracterizam a cultura de
segurança de uma empresa. Cada cenário
de acidente de referência (RAS) é definido
por um evento inicial que leva a um
evento crítico. Para cada fenômeno, um
índice de gravidade é definido. O objetivo
é medir e comparar a gravidade de
qualquer efeito perigoso com uma única
escala que varia de 0 a 100, o que permite
a comparação de riscos de natureza
diferentes. Dependendo do fenômeno,
diferentes níveis de severidade foram
associados a diferentes amplitudes do
fenômeno considerado. A quantificação
dos fatores Hi é normalizada para encaixar
em uma escala de 0 a 1.
A aplicação da metodologia gerou um
questionário que pode ser usado ou
adaptado muito localmente para extrair de
qualquer julgamento de partes
interessadas a sua própria percepção de
vulnerabilidade (Salvi; Debray, 2006).
Methodology For The Implementation
And Monitoring Of Occupational Safety
(MIMOSA - Metodologia para a
implementação e monitoramento de
segurança do trabalho)
Segundo Saracino et al. (2015), a
metodologia foi testada em uma empresa
italiana responsável pela gestão de
veículos rodoviários. O objetivo do
método MIMOSA é construir um sistema
de avaliação de modelos organizacionais e
de gestão de saúde e segurança no local de
trabalho, através do uso de listas de
verificação e indicadores, sendo este
método aplicado em empresas de pequeno
e grande porte (Saracino, 2014).
No método MIMOSA são introduzidas
três categorias de OHSMS que derivam
dos requisitos legais e das normas técnicas
de diferentes setores. Em suma, a
metodologia MIMOSA identifica as
seguintes classes de sistemas de gestão: (a)
OHSMS derivado da legislação italiana
sobre saúde e segurança no local de
trabalho (DL81/2008); (b) OHSMS
elaborado com base em normas nacionais
e internacionais desenvolvido pelo
técnico-científico e agências reguladoras,
como a OHSAS 18001, ou diretrizes para a
sua implementação; e (c) Empresas
OHSMS derivadas da legislação Italiana
sobre a responsabilidade em segurança no
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trabalho (DL 231/2001) (Saracino et al.,
2015).
A metodologia MIMOSA é apresentada na
estrutura de árvore, onde na parte
superior há os elementos-chave que são
descritos através de um número diferente
de temas e em seguida cada tema é
derivado da caracterização de listas de
verificação e/ou indicadores chave de
desempenho (KPIs), que juntos formam as
''folhas'' da árvore (Saracino et al., 2015).
Conforme Saracino (2014), a metodologia
MIMOSA identifica seis elementos chave
de um sistema de gestão através do qual é
possível avaliar a conformidade e a
eficácia do sistema através de questões
específicas, sendo elas: (a) liderança e
coerência com as metas; (b) orientação
para a redução do risco e proteção de
pessoas em conformidade com a lei; (c)
participação, aprendizagem e
desenvolvimento da educação pessoal; (d)
melhoria e inovação contínua; (e) o
cumprimento formal e geral; e (6)
responsabilidade social.
O processo de avaliação inicia-se com a
quantificação de cada lista e de cada KPI,
onde requer apenas uma resposta sim, não
ou não se aplica (NA). Uma vez que são
quantificadas, um único valor numérico
pode ser obtido para cada tema e cada KPI
e finalmente para a empresa como uma
possível representação do desempenho
geral do SGSST. Este valor tem sido
chamado IPESHE - Índice de
Desempenho de Saúde e Segurança
(Saracino et al., 2015). Para responder às
perguntas dos checklists têm sido
utilizadas duas abordagens diferentes:
entrevista direta e a entrevista indireta
(Saracino et al., 2015).
A liderança exercida pela alta
administração influencia os
comportamentos dos membros da
empresa. Ela consiste na interação
profunda entre empregados,
trabalhadores, executivos e gerentes
(Saracino et al., 2015).
Safety Diagnosis Criteria (SDC –
Critérios de diagnóstico de segurança)
O método Safety Diagnosis Criteria (SDC)
foi desenvolvido nos moldes do método
SMORT para ajudar as organizações
industriais na avaliação de segurança e
funções de controle (Sgourou et al., 2010).
Este método proporciona um sistema para
desdobramento de fatores causais
relevantes, iniciando com a identificação
de riscos que contribuem no trabalho,
prosseguindo através de níveis gerenciais.
Todos os níveis hierárquicos devem
realizar uma subjetiva avaliação de 13
elementos agrupados em duas categorias:
fatores gerais de gestão e fatores de gestão
específica de segurança. Cada elemento de
avaliação corresponde a uma quantidade
de sub-elementos, avaliados como
adequados ou não adequados. Os
elementos de avaliação envolvem aspectos
técnicos, fatores humanos e
organizacionais, sendo de ordem
prospectiva, sem resultados de
indicadores (Sgourou et al., 2010). O
trabalho de desenvolvimento é composto
para esclarecer as diferentes categorias de
segurança e desenvolver a lista de
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verificação do diagnóstico de segurança
(Tinmannsvik; Hovden, 2003).
Segundo Tinmannsvik e Hovden (2003), os
critérios na lista de verificação do
diagnóstico de segurança foram
desenvolvidos em duas etapas: a)
identificação de fatores de gestão da
segurança; e b) identificação dos
indicadores de segurança, que
correspondem as perguntas simples na
lista de verificação. O questionário tem um
projeto cascata em três níveis, sendo: (a)
nível I, que é avaliação de indicadores de
segurança; (b) nível II, que é uma
avaliação da gestão de fatores; e (c) nível
III, que é uma única pergunta sobre a
avaliação geral de segurança
(Tinmannsvik; Hovden, 2003).
Os fatores de gestão da segurança com
maior validade de conteúdo são
comunicação, preparação para
emergências, liderança e administração do
trabalho e educação / formação
(Tinmannsvik; Hovden 2003). O método é
simples e pode ser utilizado em uma
grande variedade de indústrias de
produção para auto avaliação, podendo
ser desenvolvido um plano de ações de
melhorias através dos sub-elementos
identificados como adequado ou não
adequado (Sgourou et al., 2010).
MASST - Método de Avaliação de
Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde
no Trabalho
O MASST é um sistema de avaliação
global de SGSST que foi desenvolvido
para aplicação no setor industrial, sendo
aplicado em uma empresa fabricante de
sistemas de exaustão para automóveis
(Costella; Saurin; Guimarães, 2009).
É um método de avaliação de SGSST com
duas características inovadoras: a) a
conciliação das abordagens estrutural,
operacional e por desempenho; b) a
adoção do enfoque da engenharia de
resiliência (ER) sobre a segurança e saúde.
Para o MASST foram identificados quatro
princípios da engenharia de resiliência:
comprometimento da alta direção,
flexibilidade, aprendizagem e consciência.
Através do método foram identificados os
pontos positivos do SGSST, as causas
sistêmicas da falta de segurança e a
identificação de prioridades de ação em
termos de segurança e saúde no trabalho
(Costella, 2008).
Para Hollnagel, Woods e Leveson (2006), a
engenharia de resiliência é uma forma de
gestão da segurança baseada na ajuda
para com as pessoas, rompendo barreiras
junto à complexidade dos sistemas, busca
contribuir para a melhoria e compreensão
da resiliência dos sistemas em nível
individual, na equipe ou organizacional.
Nestes níveis a resiliência possui três
dimensões: (a) a capacidade de evitar que
um acidente ocorra; (b) a capacidade de
evitar que um acidente já ocorrido
dissemine seus impactos; e (c) a
capacidade de recuperação ao estado
normal após um acidente (Westrum, 2006).
Um sistema é dito resiliente quando é
capaz de acertar seu funcionamento antes,
durante ou após alterações e perturbações,
podendo manter as operações necessárias
mesmo após um acidente de grandes
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proporções ou na presença de stress
contínuo (Hollnagel, 2006).
Assim, as evidências do MASST são:
entrevistas, análise de documentos e
observação direta. O método é constituído
por 7 critérios e 27 itens, sendo que cada
item possui um conjunto de requisitos. Os
critérios foram elaborados com base nas
normas OHSAS 18001, ILO-OSH 2001,
Agência Europeia de Segurança e Saúde
no Trabalho e princípios da engenharia de
resiliência, bem como elementos do ciclo
PDCA, possuindo um enfoque sistêmico
(Costella, 2008).
Para cada item são apresentados os
requisitos, os quais requerem a avaliação
de práticas da gestão da organização. As
práticas devem ser avaliadas conforme as
pontuações definidas pelo Prêmio
Nacional da Qualidade (PNQ), avaliando
se as mesmas são refinadas, proativas e ou
inovadoras, se há continuidade, integração
e o grau de disseminação pelas áreas,
processos, produtos e ou pelas partes
interessadas em que as práticas estão
implantadas. Quantos aos
questionamentos, para cada item são
explicados o tipo de abordagem de
avaliação (por desempenho, estrutural ou
operacional) e as fontes de evidências
recomendadas para a avaliação de cada
requisito (Costella, 2008).
O método MASST possui vantagens
conceituais como conciliar as abordagens
estrutural, operacional e de desempenho
adotando de forma explícita o enfoque na
engenharia de resiliência (Costella; Saurin;
Guimarães, 2008). Os resultados do estudo
de Carim Junior et al., (2010) corroboram
que o método MASST auxilia para a
identificação da resiliência no sistema
formal do SGSST da empresa.
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Cuadro 1.- Síntese dos métodos
Método
Base conceitual
Critérios de Análise
Método de Avaliação Características principais
PME Fatores relevantes da SST para pequenas e médias empresas.
Fatores; Subfatores; Áreas.
Abordagem de grupos focados; Qualitativo e quantitativo; Ferramenta analítica ISM.
Sistêmico e específico para médias e pequenas empresas; Orientado para a intervenção e prioridades, fornece uma hierarquia; Estabelece relações diretas e indiretas de causa e efeito entre os fatores; Três níveis de detalhe e identificação de pontos fortes e deficiências, concentrando recursos sobre os que trazem benefícios.
SSM Elementos CATWOE (Customer, Actors, Transformation, Worldview, Owner, Environmental constraints).
3 critérios. Qualitativo e quantitativo; 04 etapas: informar-se sobre a situação problema; construção de modelos conceituais; comparação de modelos com a realidade sugere-se mudanças; realização de medidas para melhorias.
Avalia sistematicamente o desempenho do SGSST e apoia programas de melhorias; Análises proativas e reativas com análise de metas e resultados de medição de dados de segurança e de gestão da segurança de sistemas, juntamente com a análise de cultura; Participativo, imagem holística da situação atual, maior variedade de fatores problemáticos e diversas perspectivas para os mesmos fatores.
ARAMIS
Cultura de segurança.
Questionário composto por 11 fatores culturais.
Dividido em 06 etapas; Qualitativo e quantitativo; Questionário.
Avalia a necessidade de gestão de segurança para concepção, operação e manutenção de perigos de grandes usinas, propondo ferramentas para avaliar a cultura de segurança e vincular a sua qualidade com o desempenho do SGSST; Permite a comparação de riscos de natureza diferentes, fornece ferramentas para avaliar o SGSST e ajuda os operadores a identificar as oportunidades de melhoria de gestão de segurança.
MIMOSA
OHSMS (OHSAS 18001, DL231, DL81) e práticas de legislação e negócios técnicos.
06 elementos-chave.
Qualitativo e quantitativo; Entrevistas diretas e indiretas; Formulários; Observação direta; Listas de verificação e/ou KPIs. Cada indicador é formado por 7 campos.
Três diferentes perspectivas de análise para a avaliação do nível de uma empresa: tornar obrigatório o cumprimento da lei; melhoria contínua e a prevenção da criminalidade; Gera índice de desempenho de segurança (IPESHE); Hierarquia da eficácia, avalia a conformidade e eficácia do sistema; Considera a alta administração como influência direta.
SDC Método SMORT, lógica da árvore de investigação de acidentes MORT.
13 elementos agrupados em 2 categorias e subelementos.
Lista de verificação; Questionário em três níveis: avaliação de indicadores de segurança, avaliação da gestão de fatores e avaliação geral de segurança.
Desenvolvimento de um plano de ações de melhorias através dos subelementos identificados como adequado ou não adequado; Auxilia as organizações na avaliação de segurança e funções de controle; Desdobra fatores causais relevantes, iniciando com a identificação de riscos, prosseguindo em níveis gerenciais.
MASST
Princípios da engenharia de resiliência (ER); OHSAS 18001; ILO-OSH.
7 critérios e 27 itens de avaliação; cada item possui um conjunto de perguntas.
Entrevistas; Análise da documentação; Observação direta; Avaliação conforme as pontuações definidas no PNQ.
Inovador (foto na ER sobre SST); Sistêmico; Abrangente; Avalia o que acontece na prática (trabalho normal x trabalho prescrito); Busca pela melhoria contínua; Concilia as abordagens estrutural, operacional e por desempenho.
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Na escolha e aplicação de um método de
avaliação de SGSST, a organização deve
considerar quais são os aspectos mais
relevantes e quais características se
aproximam mais do tipo de atividade
realizada e dos riscos envolvidos, bem
como seu porte e sua linha de atuação.
Para aplicação de qualquer método de
SGSST é importante que haja
comprometimento de todas as partes
envolvidas para que os resultados sejam
verdadeiros e que através dos mesmos as
intervenções possam ser seguras e
assertivas estrategicamente para
prevenção de acidentes e doenças do
trabalho.
A partir da análise dos métodos de
auditoria apresentados no quadro síntese
evidenciam-se algumas diferenças
significativas entre eles, sendo que os
métodos SEM, MIMOSA e MASST
possuem em comum o fato de que as
análises também são realizadas através
de entrevistas. Os métodos que se
preocupam com a melhoria contínua dos
processos e do próprio sistema de gestão
são o SSM, SDC e o MASST. Uma base
conceitual interessante é do método
MIMOSA que considera a alta
administração como influência direta.
Quanto ao método ARAMIS, este que
possuí uma preocupação especial em
aproximar a cultura de segurança com o
SGSST.
Observa-se que a maior parte dos
métodos de auditoria de SGSST
apresentados neste artigo utiliza análises
qualitativas e quantitativas buscando
associações para avaliação do
desempenho.
O método PME utiliza como base
conceitual fatores relevantes para SST
para pequenas empresas e o SSM se
baseia nos elementos CATWOE. O
ARAMIS foca mais na cultura de
segurança e o MIMOSA em práticas de
legislação e negócios técnicos. O SDC no
método SMORT, lógica da árvore de
investigação de acidentes MORT e o
MASST nos princípios da ER, OHSAS
18001 e ILHO – OSH. Analisando essas
bases conceituas observa-se o quanto
diversificados são os métodos de
auditorias de SGSST apresentados neste
trabalho e como este assunto é vasto e
interessante para futuras análises.
Entre os métodos analisados, o MASST
destaca-se, pois apresenta dois aspectos
inovadores que são a conciliação das
abordagens estrutural (sistema
prescrito), operacional (o que está
acontecendo na prática) e por
desempenho (resultados de indicadores)
e a adoção do enfoque da engenharia de
resiliência (ER) sobre a segurança e
saúde do trabalhador. No MASST foram
identificados quatro princípios da ER
(comprometimento da alta direção,
flexibilidade, aprendizagem e
consciência).
O MASST traz a engenharia de
resiliência como algo capaz de melhorar
o desempenho, pois aborda questões que
por diversas vezes não são observadas
Considerações finais
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como recuperar o controle após um
acidente, mitigar efeitos de situações
adversas, capacidade de se antecipar aos
eventos e tomar a decisão correta. Nos
novos conceitos da ER, deve-se analisar o
que deu certo, ou seja, os sucessos e não
somente as falhas, como na abordagem
tradicional.
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Año 10, Vol. V, N° 18
ISSN: 1856-8327
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Autores
Heleia Bortolosso. Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó, Brasil.
Email: [email protected]
Simone Lorenzi Rossi. Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó, Brasil.
Email: [email protected]
Graciela Aparecida Pelegrini;. Instutito Federal de Santa Catarina - IFSC, Brasil.
Email: [email protected]
Francieli Dalcanton. Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó, Brasil.
Email: [email protected]
Marcelo Fabiano Costella. Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó,
Brasil.
Email: [email protected]
Recibido: 19-06-2016 Aceptado: 23-03-2017