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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA

ALBERT EINSTEIN

Biofísica das Radiações e Radioproteção

Prof.Prof.Prof.Prof. Jerry Williamis lJerry Williamis lJerry Williamis lJerry Williamis l.... AlvesAlvesAlvesAlves

Belém-Pará

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA ALBERT EINSTEIN

Professor Jerry Williamis l. AlvesJerry Williamis l. AlvesJerry Williamis l. AlvesJerry Williamis l. Alves

Disciplina Biofísica das RadiaçõesBiofísica das RadiaçõesBiofísica das RadiaçõesBiofísica das Radiações e Radioproteçãoe Radioproteçãoe Radioproteçãoe Radioproteção

Aluno (a): Turma

Biofísica das Radiações Biofísica das Radiações Biofísica das Radiações Biofísica das Radiações

ESTRUTURA DA MATÉRIA

O ferro é um material, ou melhor, um elemento químico bastante conhecido e fácil de ser encontrado. Se triturarmos uma barra de ferro, obteremos pedaços cada vez menores, até atingirmos um tamanho mínimo, que ainda apresentará as propriedades químicas do ferro.

Essa menor estrutura, que apresenta ainda as propriedades de um elemento químico, é denominada ÁTOMO, que do grego significa indivisível.

Por muito tempo pensou-se que o átomo, seria a menor porção da matéria e teria uma estrutura compacta. Atualmente, sabemos que o átomo é constituído por partículas menores (subatômicas), distribuídas de uma forma que lembra o Sistema Solar. Existe um Núcleo, onde fica concentrada a massa do átomo e minúsculas partículas que giram em seu redor, denominadas elétrons. Os elétrons são partículas de carga negativa e massa muito pequena.

Modelo atômico planetário de Bohr-Rutherford

O núcleo e energia nuclear

O Núcleo do átomo é constituído de partículas de carga positiva (prótons), e de partículas de mesmo tamanho, mas sem carga (nêutrons). Os prótons têm a tendência de se repelirem, por possuir mesma carga (positiva). Como eles estão juntos no núcleo, comprova-se a existência de energia nos núcleos dos átomos com mais de uma partícula: a energia

de ligação dos núcleos ou energia nuclear.

Denomina-se nuclídeo qualquer configuração nuclear, mesmo que transitória. Num átomo neutro o número de prótons é igual ao número de elétrons. O número de prótons identifica o elemento químico, comandando seu comportamento em relação aos outros elementos. O elemento natural mais simples, o hidrogênio, possui apenas um próton; um dos mais complexos, o urânio, tem 92 prótons, sendo o elemento químico natural mais pesado.

Ilustração do núcleo atômico de diferentes elementos

Os isótopos

O número de nêutrons no núcleo pode ser variável, pois eles não têm carga elétrica. Com isso, um mesmo elemento químico pode ter massas diferentes. Átomos de um mesmo elemento químico com massas diferentes são denominados isótopos.

O hidrogênio tem três isótopos: hidrogênio, deutério e trítio. O urânio, por sua vez, possui 92 prótons e existe na natureza na forma de três isótopos: U-234, com 142 nêutrons (em pequenas quantidades), U-235, com 143 nêutrons (0,7%) e U-238, com 146 nêutrons no núcleo (99,3%). Liberação da energia nuclear

Uma vez constatada a existência da energia nuclear, restava descobrir como utilizá-la. A forma imaginada para liberar a energia nuclear baseou-se na possibilidade de partir-se

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ou dividir-se o núcleo de um átomo “pesado”, isto é, com muitos prótons e nêutrons, em dois núcleos menores, através do impacto de um nêutron (fissão nuclear). A energia que mantinha juntos esses núcleos menores, antes constituindo um só núcleo maior, seria liberada, em forma de calor e outras radiações como a Alfa, Beta ou Gama (decaimento radioativo).

Ilustração do processo de fissão nuclear

O SURGIMENTO DA RADIOATIVIDADE

O esquecimento de uma rocha de urânio

sobre um filme fotográfico virgem levou Becquerel (1896) à descoberta de um fenômeno interessante: o filme foi velado (marcado) por “alguma coisa” que saía da rocha, na época denominada raios ou radiações. Outros elementos pesados, com massas próximas à do urânio, como o rádio e o polônio (Marie e Pierre Curier (1898)), também tinham a mesma propriedade.

O fenômeno foi denominado radioatividade e os elementos que apresentavam essa propriedade foram chamados de elementos radioativos.

Comprovou-se que um núcleo muito energético, por ter excesso de partículas ou de carga, tende a estabilizar-se, emitindo algumas partículas.

Decaimento radioativo

Como vimos anteriormente, um núcleo com excesso de energia tende a estabilizar-se emitindo partículas (alfa ou beta). Em cada emissão de uma dessas partículas, há uma variação do número de prótons no núcleo, isto é, o elemento se transforma ou se transmuta em outro, de comportamento químico diferente.

Essa transmutação também é conhecida como desintegração radioativa, designação

não muito adequada, porque dá a idéia de desagregação total do átomo e não apenas da perda de sua integridade. Um termo mais apropriado é decaimento radioativo, que sugere a diminuição gradual de massa e atividade. Partícula alfa ou radiação alfa

Um dos processos de estabilização de um núcleo com excesso de energia é o da emissão de um grupo de partículas, constituídas por dois prótons e dois nêutrons, e da energia a elas associada. As partículas alfa são na realidade núcleos de hélio (He), um gás chamado “nobre”, por não reagir quimicamente com os demais elementos. As partículas αααα possuem carga +2.

Emissão alfa

Partícula beta ou radiação beta

Outra forma de estabilização, quando existe no núcleo um excesso de nêutrons em relação a prótons, é através da emissão de uma partícula negativa, um elétron, com carga -1, resultante da conversão de um nêutron em um próton. É a partícula beta negativa ou, simplesmente, partícula beta. No caso de existir excesso de cargas positivas (prótons), é emitida uma partícula beta positiva, chamada pósitron, resultante da conversão de um próton em um nêutron.

Emissão beta

Portanto, a radiação beta é constituída

de partículas emitidas por um núcleo, quando da transformação de nêutrons em prótons (partículas beta) ou de prótons em nêutrons (pósitrons).

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Radiação gama Geralmente, após a emissão de uma

partícula alfa (α) ou beta (β), o núcleo resultante desse processo, ainda com excesso de energia, procura estabilizar-se, emitindo o excesso em forma de onda eletromagnética, da mesma natureza da luz, sem carga elétrica, denominada radiação gama.

Emissão gama

Radiação

Podemos então definir a radiação como uma maneira de propagação de energia, na forma de ondas eletromagnéticas ou de partículas. A onda eletromagnética é uma forma de energia, constituída por campos elétricos e campos magnéticos, variáveis e oscilando em planos perpendiculares, capaz de se propagar pelo espaço. No vácuo, sua velocidade de propagação é de 3 x 105 km/s.

Consideramos como radiação ionizante qualquer partícula ou radiação eletromagnética que, ao interagir com a matéria, "arranca" elétrons dos átomos ou de moléculas, transformando-os em íons, direta ou indiretamente. Assim, a partícula alfa, partícula beta e a radiação gama, emitidas por fontes radioativas, bem como os raios-X, emitidos pelos respectivos aparelhos, são radiações ionizantes.

Efeito provocado pelas radiações ionizantes

Aplicações das Radiações na medicina Uma das mais brilhantes aplicações da radioatividade são os tratamentos médicos. Nestas práticas, a radiação é direcionada ao

paciente, a fim de destruir as células cancerígenas de um órgão. Exemplos: • A fonte radioativa é posicionada a certa

distância do paciente e a irradiação se dá por feixe colimado (teleterapia).

• A fonte radioativa é posicionada em contato direto com o tumor ou inserida no mesmo (braquiterapia).

Ilustração de uma sessão de teleterapia.

Recentemente, os materiais radioativos

têm sido utilizados também para o tratamento da dor. É o caso do uso de Sm em pacientes portadores de metástases ósseas de câncer, nos quais o uso de analgésicos potentes não surtem efeitos. Atividade de uma amostra

Os núcleos instáveis de uma mesma espécie (mesmo elemento químico) e de massas diferentes, denominados radioisótopos, não realizam todas as mudanças ao mesmo tempo. As emissões de radiação são feitas de modo imprevisto e não se pode adivinhar o momento em que um determinado núcleo irá emitir radiação.

Entretanto, para a grande quantidade de átomos existentes em uma amostra de material radioativo é razoável esperar-se certo número de emissões ou transformações em cada segundo. Essa “taxa” de transformações é denominada atividade da amostra.

A atividade de uma amostra com átomos radioativos (ou fonte radioativa) é medida em: Bq (Becquerel) = uma desintegração/segundo

1 Ci (Curier) = 37 GBq Meia-vida

Cada elemento radioativo, seja natural ou obtido artificialmente, se transmuta (se desintegra ou decai) a uma velocidade que lhe

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é característica. Para se acompanhar a duração (ou a “vida”) de um elemento radioativo foi preciso estabelecer uma forma de comparação. Por exemplo, quanto tempo leva para um elemento radioativo ter sua atividade reduzida à metade da atividade inicial? Esse tempo foi denominado meia-vida do elemento.

Meia-vida, portanto, é o tempo necessário para a atividade de um elemento radioativo ser reduzida à metade da atividade inicial. Isso significa que, para cada meia-vida que passa, a atividade vai sendo reduzida à metade da anterior, até atingir um valor insignificante, que não permite mais distinguir suas radiações das do meio ambiente.

Dependendo do valor inicial, em muitas fontes radioativas utilizadas em laboratórios de análise e pesquisa, após 10 (dez) meias-vidas, atingisse esse nível. Entretanto, não se pode confiar totalmente nessa receita, pois, em várias fontes usadas na indústria e na medicina, mesmo após 10 meias-vidas, a atividade dessas fontes ainda é alta.

Como exemplo, temos o caso do iodo-131, utilizado em Medicina Nuclear para exames de tireóide, que possui a meia-vida de oito dias. Isso significa que, decorridos 8 dias, a atividade ingerida pelo paciente será reduzida à metade. Passados mais 8 dias, cairá à metade desse valor, ou seja, ¼ da atividade inicial e assim sucessivamente. Após 80 dias (10 meias-vidas), atingirá um valor cerca de 1000 vezes menor.

INTERAÇÕES DAS RADIAÇÕES COM A MATÉRIA

As partículas alfa são as radiações mais

ionizantes por terem carga +2, mas, exatamente por esse motivo, além de ter maior massa, sua penetração na matéria é pequena, não conseguindo atravessar uma simples folha de papel e percorrendo poucos centímetros no ar. Dependendo de sua energia, a maior parte das partículas beta (elétrons de origem nuclear) podem percorrer

até poucos metros no ar e têm um poder ionizante bem menor do que as partículas alfa. Embora a radiação gama e os raios-x sejam as radiações mais penetrantes, seu poder de ionização é baixo em relação às partículas alfa e beta.

Os nêutrons se comportam de uma forma mais complexa ao atravessar a matéria, não interagindo por força coulombiana (das cargas elétricas), característica das outras radiações. Os nêutrons de grande energia (nêutrons rápidos) atravessam materiais mais densos sem perder muita energia. Contudo, os átomos pequenos, por exemplo, os átomos de hidrogênio, são capazes de causar grande redução de energia desses nêutrons. Em compensação, quando os nêutrons perdem bastante energia transformam-se em nêutrons térmicos, que podem ser capturados por um núcleo, alterando a estrutura desse núcleo e tornando-o radioativo, capaz de emitir radiação gama de alta energia.

Ilustração da penetrabilidade das radiações Rejeitos radioativos

Os materiais radioativos produzidos em Instalações Nucleares (Reatores Nucleares, Usinas de Beneficiamento de Minério de Urânio e Tório, Unidades do Ciclo do Combustível Nuclear), Laboratórios e Hospitais, nas formas sólida, líquida ou gasosa, que não têm mais utilidade, não podem ser simplesmente “jogados fora” ou “no lixo”, por causa das radiações que emitem.

Esses materiais, que não são reutilizados em virtude dos riscos que apresentam, são “rejeitados”, até pelo lixo e, por isso, chamados de Rejeitos Radioativos.

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Tratamento dos rejeitos radioativos Os rejeitos radioativos precisam ser

tratados, antes de serem liberados para o meio ambiente, se for o caso. Eles podem ser liberados quando o nível de radiação é igual ao do meio ambiente e quando não apresentam toxidez química.

Rejeitos sólidos, líquidos ou gasosos podem ser classificados, quanto à atividade, em rejeitos de baixa, média e alta atividade. Rejeitos sólidos de baixa atividade, como partes de maquinária contaminadas, luvas usadas, sapatilhas e aventais contaminados, são colocados em sacos plásticos e guardados em tambores ou caixas de aço, após classificação e respectiva identificação.

Armazenamento de rejeitos radioativos Dependendo da meia-vida, alguns

rejeitos podem permanecer radioativos por dezenas, centenas ou até milhares de anos.

Rejeitos de meia-vida curta são armazenados em locais apropriados (preparados), até sua atividade atingir um valor semelhante ao do meio ambiente, podendo, então, ser liberados.

A descontaminação em Goiânia

No caso do acidente de Goiânia o elemento radioativo foi distribuído entre várias pessoas, inclusive crianças, o que resultou em irradiação dos envolvidos. Móveis, objetos pessoais, casas (pisos e paredes) e até parte da rua foram contaminados com césio-137.

No caso das pessoas, procedeu-se a um processo de descontaminação, interna e externamente, o que foi feito com sucesso, com exceção das quatro vítimas fatais imediatas. Aquele que poderia ser a quinta vítima, por ter sido altamente contaminado (e que foi descontaminado), morreu de cirrose hepática e não em decorrência do acidente.

Quanto aos objetos (móveis, eletrodomésticos etc.), foram tomadas providências drásticas, em razão da expectativa altamente negativa e dos temores

da população. Móveis e utensílios domésticos foram considerados rejeitos radioativos e como tal foram tratados. Casas foram demolidas e seus pisos, depois de removidos, passaram também a ser rejeitos radioativos.

Parte da pavimentação das ruas foi retirada. Estes rejeitos radioativos sólidos foram temporariamente armazenados em embalagens apropriadas, enquanto se aguardava a construção de um repositório adequado.

A CNEN estabeleceu, em 1993, uma série de procedimentos para a construção de dois depósitos com a finalidade de abrigar, de forma segura e definitiva, os rejeitos radioativos decorrentes do acidente de Goiânia. O primeiro, denominado Contêiner de Grande Porte (CGP), foi construído em 1995, dentro dos padrões internacionais de segurança, para os rejeitos menos ativos.

Local de deposição

O segundo depósito, visando os rejeitos

de mais alta atividade, concluído em 1997, deverá ser mantido sob controle institucional da CNEN por 50 anos, coberto por um programa de monitoração ambiental, de forma a assegurar que não haja impacto radiológico no presente e no futuro. EFEITOS CAUSADOS PELAS RADIAÇÕES

NO ORGANISMO

Como já foi mencionado, as partículas alfa e beta são facilmente bloqueadas e causam danos apenas na pele ou internamente, em razão da ingestão do radionuclídeo que as emite. Por esse motivo, a preocupação maior é devida às radiações eletromagnéticas (radiação gama e raios-x).

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Os efeitos biológicos, quando ocorrem, são precedidos de efeitos físicos e químicos. a) Efeitos Físicos • Absorção de energia • Excitação • Ionização: produção de íons e radicais livres b) Efeitos Químicos • Mobilização e neutralização dos íons e radicais livres • Restauração do equilíbrio químico • Formação de novas substâncias • Quebra de ligações químicas c) Efeitos Biológicos • Armazenamento de informações • Aberração cromossomial • Alteração de metabolismo local • Restauração de danos • Morte celular Efeitos biológicos das radiações ionizantes

O organismo humano é uma estrutura complexa cuja menor unidade com funções próprias é a célula. As células são constituídas de moléculas e estas por sua vez de átomos. As células são compostas por vários tipos de moléculas como: aminoácidos, proteínas, água e eletrólitos como o potássio, cloro, sódio, cálcio, magnésio, fosfatos. Podemos dividir as células do organismo humano em dois grandes grupos, as células somáticas e as células germinativas.

As células somáticas compõem a maior parte do organismo, sendo elas responsáveis pela formação da estrutura corpórea (ossos, músculos).

As células germinativas estão presentes nas gônadas (ovários e testículos) e se dividem produzindo os gametas (óvulos e espermatozóides) necessários na reprodução. Essas células são muito importantes, pois são as responsáveis pela transmissão das características hereditárias do indivíduo. Características dos efeitos biológicos Especificidade

Os efeitos biológicos das radiações ionizantes podem ser provocados por outras

causas que não as radiações, isto é, não são característicos ou específicos das radiações ionizante. Outros agentes físicos, químicos ou biológicos podem causar os mesmos efeitos. Exemplo: O câncer é um tipo de efeito que pode ser causado pelas radiações ionizantes.

Tempo de latência

É o tempo que decorre entre o momento da irradiação e o aparecimento de um dano biológico visível. No caso da dose de radiação ser alta, esse tempo é muito curto. Os danos decorrentes da exposição crônica, doses baixas com tempo de exposição longo, podem apresentar tempos de latência da ordem de dezenas de anos. O tempo de latência é inversamente proporcional à dose. Reversibilidade

Os efeitos biológicos causados pelas radiações ionizantes podem ser reversíveis. A reversibilidade de um efeito dependerá do tipo de célula afetada e da possibilidade de restauração desta célula. Existem, porém, os danos irreversíveis como o câncer e as necroses.

Transmissibilidade

A maior parte das alterações causadas pelas radiações ionizantes que afetam uma célula ou um organismo não é transmitida a outras células ou outros organismos. Devemos, porém, citar os danos causados ao material genético das células dos ovários e dos testículos. Esses danos podem ser transmitidos hereditariamente por meio da reprodução. Dose Limiar

Certos efeitos biológicos necessitam, para se manifestar, que a dose de radiação seja superior a um valor mínimo, chamada de dose limiar. Temos também os efeitos que não necessitam de uma dose mínima para se manifestar. Como exemplo podemos citar a anemia cuja dose limiar é de 1 Sv e todas as formas de câncer que teoricamente não necessitam de uma dose limiar. Radiosensibilidade

Nem todas as células, os tecidos, os órgãos e os organismos respondem igualmente

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à mesma dose de radiação. Por exemplo, a pele e as células produtoras de sangue.

Os efeitos biológicos das radiações podem ser ainda, considerados: Efeitos Estocásticos

A probabilidade de ocorrência do dano é proporcional à dose recebida, mesmo que a dose seja pequena e abaixo dos limites de radioproteção. O dano devido a esses efeitos, no caso o câncer, pode levar até 40 anos para ser detectado. Efeitos Determinísticos

São produzidos por doses elevadas, onde a gravidade do dano aumenta com a dose recebida. O dano não é provável; é previsível.

Estimativa do efeito determinístico

Efeitos Somáticos

Causam dano nas células do corpo e podem ser do tipo imediato ou tardio. Imediatos

Ocorrem em poucas horas até algumas semanas após a exposição. Retardados ou Tardios

Aparecem depois de alguns anos, por exemplo, o câncer. Em relação a efeitos de radiações ionizantes cabem algumas observações interessantes e importantes: • A exposição a uma fonte de radiação não

significa a "quase certeza de se ter um câncer" e sim a probabilidade de um dano que, na maioria dos casos, é corrigido naturalmente pelo organismo.

• Um dano biológico produzido em uma pessoa não passa para outra, ou seja, "é uma doença que não pega".

• A mesma dose que causou um efeito biológico em uma pessoa pode até não causar dano algum em outra.

Radiodermite (queimadura por radiação)

No caso do organismo inteiro receber

uma dose alta de radiação num curto espaço de tempo, os efeitos podem se manifesta em um período de horas ou dias, com o aparecimento de um conjunto de sinais e sintomas que levam a um quadro clínico típico denominado de “Síndrome Aguda da Radiação”. Efeitos hereditários

Qualquer alteração do material genético das células (DNA) é denominada mutação. A radiação é um dos agentes que pode provocar mutações.

Os efeitos hereditários podem ocorrer quando as gônadas de um indivíduo são expostas à radiação. Neste caso, os genes e os cromossomos das células responsáveis pela reprodução (óvulos e espermatozóides) podem ser danificados pela radiação. Assim sendo, essas alterações podem ser transmitidas, de pais para filhos por meio da reprodução.

Entre os efeitos hereditários podemos citar: anidria (ausência da íris do olho), albinismo, daltonismo, síndrome de Down Conseqüências biológicas da interação entre as radiações e os seres vivos

Considerando que as moléculas biológicas são constituídas, principalmente, por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, os elétrons que provavelmente serão arrancados de um átomo, no caso de irradiação de um ser vivo, serão elétrons de átomos destes elementos.

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Para que ocorra ionização em um material biológico a energia da radiação deve ser superior ao valor da energia de ligação dos elétrons ligados aos átomos destes elementos. A transformação de uma molécula específica (água, proteína, açúcar, DNA, RNA, etc.) pela ação das radiações leva a conseqüências que devem ser analisadas em função do papel biológico desempenhado pela molécula atingida. O efeito desta transformação deve ser acompanhado nas células, visto serem estas as unidades morfológicas e fisiológicas dos seres vivos.

Da mesma maneira, a geração de novas entidades químicas no sistema também deve ser analisada considerando seu impacto na célula irradiada. Efeitos da radiação na água

Em caso de exposição às radiações, as moléculas atingidas em maior número serão moléculas de água. Moléculas de água irradiadas sofrem radiólise. Após a ionização da água segue-se um rearranjo eletrônico e a possibilidade de produção de radicais livres (entidades químicas, altamente reativas em decorrência da presença de átomos cuja última camada não apresenta o número de elétrons que conferiria estabilidade à estrutura).

Efeito das radiações ionizantes nas células e nos tecidos

Em um indivíduo adulto, a grande maioria dos tecidos é constituída por células diferenciadas em atividade de divisão celular (células do tecido ósseo, tecido muscular, fígado, rins, pulmões, coração).

Células que não se dividem podem acumular quebras de DNA e mutações celulares sem comprometimento das funções dos órgãos e tecidos que constituem. Células cuja taxa de divisão é alta, tornam-se mais vulneráveis à ação das radiações. Quando uma lesão no DNA resultar quebra da molécula, a célula passa a ter dificuldade em dividir o material genético entre as células filhas, que podem morrer após uma ou duas divisões subseqüentes. Quanto maior o grau de diferenciação celular, menor a taxa de divisão e menores são as possibilidades de morte celular induzida pela radiação. Quanto menor a diferenciação celular maior a probabilidade de

indução de morte por ação das radiações ionizantes.

Desta forma, um tecido pode apresentar maior ou menor resistência às radiações, em função do grau de diferenciação das células que o constituem. Em um indivíduo adulto apenas alguns tecidos são constituídos por células cuja função é repor, através de divisões sucessivas.

Danos na molécula de DNA

Por ser responsável pela codificação da estrutura molecular de todas as enzimas das células, o DNA passa a ser a molécula chave no processo de estabelecimento de danos biológicos. Ao sofrer ação direta das radiações (ionização) ou indireta (através do ataque de radicais livres) a molécula de DNA expõe basicamente dois tipos de danos: mutações gênicas e quebras. • Mutações gênicas: correspondem a

alterações introduzidas na molécula de DNA que resultam na perda ou na transformação de informações codificadas na forma de genes;

• Quebras da molécula: resultam na perda da integridade física do material genético (quebra da molécula);

A mensagem codificada no DNA pode sofrer alterações pela ação das radiações ionizantes. Estas alterações podem ser resultar em diversos efeitos, ou mesmo, não resultar em efeito algum. Mutações gênicas

Em decorrência do processo de diferenciação celular, apenas uma parcela das moléculas de DNA codificam genes ativos em um tipo particular de célula. Assim sendo, no caso de exposição às radiações, a probabilidade de que genes funcionais tenham sua estrutura alterada é relativamente pequena. Segundo este raciocínio, mutações podem ser acumuladas sem que as células manifestem qualquer efeito. Células com mutações em genes funcionais podem apresentar alterações metabólicas de maior ou menor importância, dependendo principalmente do estágio do desenvolvimento no qual o organismo se encontre no momento

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da exposição. Mutações na célula-ovo podem inviabilizar seu desenvolvimento.

Na fase embrionária, podem resultar em má formação de tecidos, órgãos e membros. Em um adulto, mutações podem ser acumuladas em tecidos ou órgãos sem prejuízo significativo para o indivíduo irradiado.

A contribuição de uma única célula para o desempenho de um órgão ou tecido é insignificante perante o total de células que o integram. Caso mutações ocorram na linhagem de células produtoras de gametas, existe a possibilidade de transferência de mutações do indivíduo irradiado para sua descendência. Câncer radioinduzido

A introdução de mutações no genoma de uma célula é considerada indispensável para a indução de um câncer por ação das radiações. No entanto, mutações radioinduzidas não evoluem obrigatoriamente para câncer. O que se observa é que a probabilidade de cancerização a partir de células irradiadas é superior à probabilidade de ocorrência deste processo a partir de células não irradiadas.

Mutação seria o primeiro passo do processo de cancerização. Diversos outros parecem contribuir para o processo, o que faz com que o período entre o momento em que ocorrem mutações no genoma de uma célula e a eventual manifestação do câncer possa ser de vários anos, senão de décadas. Quanto maior a quantidade de energia absorvida por um indivíduo (dose absorvida), maior a probabilidade de que venha a desenvolver a doença.

Reparo das lesões radioinduzidas

Nem todas as alterações introduzidas pela ação das radiações no DNA evoluem para um dano biológico. O processo evolutivo dos seres vivos possibilitou a integração de mecanismos de defesa contra os efeitos das radiações, o que permitiu a estabilização dos sistemas biológicos potencialmente mais viáveis.

Sabemos hoje, que diversos sistemas enzimáticos são responsáveis pela identificação e reparo de danos introduzidos no DNA.

Efeitos das radiações ionizantes nas linhagens germinativas

Linhagens germinativas, masculina e

feminina, correspondem às várias gerações de células envolvidas com a produção dos gametas. As conseqüências da irradiação destas linhagens variam conforme o sexo do indivíduo irradiado, o que reflete a diferença existente entre a produção de óvulos e a produção de espermatozóides.

Efeitos na linhagem feminina

Na mulher, a fase de intensa proliferação das células germinativas femininas (ainda na fase fetal) é a mais vulnerável à ação das radiações. Exposições nesta fase podem comprometer a fecundidade. Com a evolução das células germinativas para ovócitos primários (também na fase fetal), a população de células germinativas desaparece assim como a possibilidade de reposição desta população e das outra que dela se originam. No caso de morte das células desta linhagem, não existe a possibilidade de recomposição das populações lesadas.

Ao nascer, a menina possui cada uma das células (ovócito primários) que deverão evoluir para óvulo, a partir da puberdade. Estes ovócitos, se expostos à radiação, podem sofrer danos no seu material genético que tanto podem ser corrigidos como fixados na forma de mutações ou de quebras cromossômicas. As duas divisões, características da meiose, que ocorrem no momento em que um ovócito se diferencia para óvulo funcionam como um controle da qualidade dos óvulos produzidos.

A mulher irradiada pode, em decorrência de perda parcial de ovócitos, apresentar uma diminuição na taxa de fertilidade, proporcional à dose absorvida. Efeitos na linhagem masculina

No homem, a produção de espermatozóides é um processo extremamente vulnerável à ação das radiações por envolver uma linhagem celular em constante estado de proliferação.

Em todas as etapas do processo células podem morrer. Em contrapartida, o fato de o homem manter durante toda a sua vida células

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primordiais da linhagem germinativa masculina garante-lhe que haja sempre a reposição desta linhagem, no caso de danos causados pela exposição às radiações.

No caso de uma exposição localizada, o homem pode apresentar queda temporária na produção de espermatozóides que perdura enquanto as células primordiais sobreviventes recompõem a linhagem destruída. A esterilização do homem por ação das radiações é possível, porém, implica em exposições a doses extremamente altas. Efeito das radiações no desenvolvimento embrionário e fetal.

O feto apresenta uma intensa proliferação celular e, em determinadas fases do desenvolvimento, um número extremamente reduzido de células precursoras de um determinado tecido ou órgão (uma ou duas). Portanto, o feto é extremamente vulnerável à ação das radiações ionizantes.

Na fase de pré-implantação, que se estende da fecundação até o décimo dia do desenvolvimento, a irradiação tem como principal conseqüência a morte pré-natal. Nesta fase, suas células permanecem indiferenciadas e quando poucas sofrem lesões, estas podem ser repostas pelas células não atingidas.

Neste caso o embrião se desenvolverá normalmente. Porém, caso o número de células lesadas seja grande e com isso haja impossibilidade de reposição, o embrião será eliminado. SÍNDROMES DE IRRADIAÇÃO AGUDA.

As Síndromes de irradiação aguda

correspondem a um conjunto de manifestações clínicas apresentadas por indivíduos submetidos a exposições envolvendo altas taxas de dose, altas doses e exposição de área importante do corpo (corpo inteiro). Síndrome Prodrômica

Ocorre de minutos a um dia após a exposição e se manifesta pelo surgimento de náusea, vômito, anorexia, diarréia e mal estar generalizado. A severidade, a duração e o tempo para o estabelecimento da sintomatologia estão relacionados com a dose

absorvida pelo organismo. Esta sintomatologia é indício de exposição a altas doses e de comprometimento das membranas celulares.

Período de Latência

Em paralelo à Síndrome Prodrômica é observado um período de latência que corresponde ao intervalo de tempo que ocorre entre o momento da exposição e o surgimento dos primeiros sintomas de falência orgânica. Esta falência decorrente da morte radioinduzida de populações celulares, cuja função encontra-se intimamente ligada à reposição continuada de células de vida biológica, relativamente curta, e conseqüentemente, da permanência em constante estado de reprodução.

A duração do período de latência é função da dose absorvida e pode durar de alguns segundos a dias. Células em permanente estado de reprodução são aquelas da medula óssea, responsáveis pela reposição dos elementos figurados do sangue; aquelas das camadas mais internas dos tecidos de recobrimento (pele, vilosidades intestinais, de glândulas); aquelas da linhagem germinativa masculina e aquelas da linhagem germinativa feminina, na fase embrionária. Síndrome do sistema hematopoiético

Todos os elementos figurados do sangue (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas) originam-se das chamadas células-tronco pluripotenciais. Estas células constituem o tecido hematopoiético ou tecido reticular. Este tecido é encontrado no baço, no timo, nódulo linfático e na medula óssea vermelha.

Por seu papel biológico as células-tronco pluripotenciais se mantêm em estado de intensa proliferação dando origem duas diferentes linhagens celulares, conforme se localizem no baço ou na medula óssea. A linhagem linfóide dá origem aos linfócitos e aos plasmócitos enquanto que a linhagem mielóide origina as hemácias (ou glóbulos vermelhos ou eritrócitos), outros leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas.

Os glóbulos vermelhos (hemácias) são responsáveis pelo transporte de oxigênio absorvido do ar, para os tecidos e do gás

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carbono, gerado na respiração celular, para os pulmões.

Os glóbulos brancos são uma categoria de células responsáveis pela defesa do organismo contra bactérias, parasitas, corpos estranhos, etc. São também responsáveis pela modulação das respostas alérgicas, processos inflamatórios e imunológicos entre outras atividades.

As plaquetas são fragmentos celulares que possuem papel importante no processo de coagulação sangüínea. Com exceção dos linfócitos (altamente sensíveis à radiação) os elementos figurados do sangue não manifestam qualquer dano quando irradiados.

Quando, por ação das radiações, um número importante de células-tronco pluripotenciais é destruído, estabelece-se a Síndrome do Sistema Hematopoético. Linfócitos T, plasmócitos, monócitos, neutrófilos. Acidófilos, basófilos, eritrócitos e plaquetas são elementos figurados do sangue e apresentam um alto grau de diferenciação.

Conseqüentemente, pode-se afirmar que, com exceção dos linfócitos, esses elementos não manifestam os efeitos das radiações. Em situação normal, cada um dos diferentes tipos de elementos figurados do sangue apresenta um tempo de atividade após o qual é naturalmente eliminado do sistema. Em um indivíduo irradiado, este padrão de comportamento não é alterado. Na medida em que os elementos cumprem com seu tempo de atividade, são eliminados. Com a destruição das células-tronco pluripotencial, a reposição de elementos é interrompida e a Síndrome se estabelece. O indivíduo desenvolve um quadro de imunodeficiência grave, anemia e propensão a hemorragias e infecções. A recuperação está ligada à sobrevivência e à proliferação de células-tronco pluripotencial que, recompondo o tecido radiolesado reiniciam a hematopoiése. Síndrome gastrointestinal

Todos os tecidos de recobrimento (pele, tecidos de revestimento do sistema gastrointestinal, tecidos de recobrimento de glândulas, etc.) são formados por várias camadas de células das quais a mais interna é responsável pela reposição das células das camadas mais externas. Nestas, as células

possuem um alto grau de diferenciação perdendo a capacidade de se multiplicar e, portanto, não manifestam os danos produzidos pela radiação. Uma vez que atingem a superfície do tecido, estas células são eliminadas por descamação.

Quando células da camada mais interna são mortas pela ação de radiações ionizantes, o efeito se manifesta na forma de ulcerações que surgem dias após a exposição à radiação.

• O tempo decorrido entre a exposição e o

surgimento de lesões independe da energia transferida pela radiação ao tecido (dose);

• Depende do tempo de trânsito das células das camadas mais internas para as camadas mais externas do tecido. Na pele, o tempo de latência corresponde a uma dezena de dias;

• Nas vilosidades intestinais a ulceração tem início por volta do quarto dia após a exposição.

A energia necessária para a produção

de úlceras é extremamente alta, tanto para lesões de pele quanto para lesões intestinais.

Quadros apresentando ulcerações intestinais é praticamente irreversível. Caso o paciente possa ser controlado, a dose capaz de produzir ulceração a partir do quarto dia desencadeará a sídrome do sistema hematopoético a partir do décimo dia.

Lesões de pele têm tempo de latência de aproximadamente 10 dias e ocorrem apenas em situações de exposições localizadas, pois as doses envolvidas, caso fossem absorvidas pelo corpo inteiro, induziriam síndrome gastrointestinal e hematopoética.

GRANDEZAS E UNIDADES

RADIOLÓGICAS • Exposição (X)

Pode ser a raios-X ou gama, é quantidade de radiação absorvida pelo ar ou íons de carga transferida para o ar ou, ainda, pares iônicos produzidos no ar. Unidade: R (Röentgen - lê-se "rêntguen)

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• Dose Absorvida (D) Serve para qualquer radiação ionizante

e qualquer material, é a quantidade de radiação (ou energia) por unidade de massa. Unidades: Gy (Gray) - é a unidade adotada oficialmente e o rad - unidade antiga • Dose Equivalente (H)

Dose absorvida por um órgão do corpo humano, levando em consideração os efeitos biológicos produzidos, pela inclusão do "fator de qualidade" Q (Q = 1, para raios-X, γ e β).

H = D . Q Unidades: • Sv (Sievert) - unidade padrão. J/kg = 1 Sv. • rem (röentgen equivalent man) - unidade

antiga 1 rem = 0,01 Sv ou 1 Sv = 100 rem

Como o Sv e o rem expressam valores grandes em termos de Radioproteção, são usados os seus submúltiplos mSv e mrem, respectivamente. • Dose Efetiva (E)

A relação entre a probabilidade de efeitos estocásticos e dose equivalente depende também do tecido irradiado, sendo necessário definir uma nova grandeza derivada da dose equivalente, para indicar a combinação de doses diferentes para diversos tecidos de tal modo que fique bem relacionada com os efeitos estocásticos devido a todos os órgãos.

E = Wt . H Onde: Wt é o fator de peso do tecido, que independe do tipo e de energia da radiação

incidente no corpo.

Dose-Rate Para medirmos o “dose-rate” de uma

fonte gama precisamos conhecer além de sua atividade específica:

1) Forma geométrica 2) Espectro de emissão da fonte 3) Distância e geometria da medida

Além disso, necessitamos separar as fontes gama segundo o aspecto da auto-absorção em três categorias: Fontes sem auto-absorção (caso ideal), fontes com auto-absorção e com múltipla-dispersão.

O dose-rate de uma fonte pontual se constitui na lei fundamental da dosimetria, isto é, lei do Inverso do quadrado da distância.

P = σσσσA/d2 Onde: σσσσ é o coeficiente gama característico de cada emissor (fator gama). ⇒ R/h. mCi a 1 cm. A é a área atingida e d a distancia á fonte.

RadioproteçãoRadioproteçãoRadioproteçãoRadioproteção

A Proteção Radiológica ou Radioproteção tem como objetivos evitar ou reduzir os efeitos maléficos das radiações sobre o ser humano sejam elas de origem natural ou de fontes produzidas artificialmente.

Esses objetivos podem ser atingidos, aplicando-se os chamados três Princípios Básicos de Radioproteção, prescritos nas Diretrizes Básicas de Radioproteção da CNEN: Princípio da justificação

Qualquer atividade envolvendo radiação

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ou exposição a radiações deve ser justificada em relação a possíveis alternativas e produzir um benefício positivo para a Sociedade. Isso significa que, no caso de se obter o mesmo resultado com o uso de um material radioativo e de um material não radioativo, deve ser empregado este último. Princípio da otimização

Uma vez justificado o uso de material radioativo ou de fontes radioativas, aplica-se o princípio da radioproteção ocupacional:

• O projeto de instalações que processem ou

utilizem materiais radioativos ou fontes radioativas, o planejamento do uso desses materiais ou fontes, bem como a respectiva operação, devem garantir que as exposições às radiações sejam tão baixas quanto razoavelmente exeqüíveis.

O Princípio da Otimização é também conhecido como Princípio ALARA, em inglês As Low As Reasonably Achievable (tão baixas, quanto razoavelmente exequível). Princípio da limitação da dose individual

Limites de dose representam um valor máximo de dose, abaixo do qual os riscos decorrentes da exposição à radiação são considerados aceitáveis. No caso das radiações ionizantes, são estabelecidos limites de dose anuais máximos admissíveis (LAMA), que são valores de dose às quais os indivíduos podem ficar expostos, sem que isto resulte em um dano à sua saúde, durante toda sua vida. Para o estabelecimento dos limites máximos admissíveis para trabalhadores foram considerados os efeitos somáticos tardios, principalmente o câncer.

As doses (quantidades de radiação) individuais de trabalhadores que utilizam materiais radioativos e de indivíduos do público não devem exceder os limites anuais estabelecidos na Norma CNEN-NE-3.01- Diretrizes Básicas de Radioproteção. Onde podemos destacar:

� A dose total recebida por ano por um

trabalhador corresponde à soma da dose externa mais a dose interna.

� Existem limites especiais para várias categorias de pessoas, tais como: Mulheres com capacidade de procriação, Mulheres grávidas, Estudantes e estagiários, Visitantes.

� Para o caso de gestantes, estas não devem trabalhar em áreas controladas, locais cujas doses podem exceder a 0,30 do LAMA.

� Com relação à gravidez, uma vez constatada, a dose no feto não deverá exceder a 1 mSv durante todo o período de gestação.

� Para o caso de estudantes, estagiários e visitantes, os limites de dose serão:

• Menores de 16 anos: não devem receber por ano, doses superiores aos limites primários para público, e em exposições independentes, não devem exceder a 0,10 deste limite;

• Entre 16 e 18 anos: não devem receber por ano, doses superiores a 0,30 do LAMA para trabalhadores;

• Maiores de 18 anos: não devem receber por ano, doses maiores que o limite primário para trabalhadores.

O uso de fontes de radiação pode

resultar em algum grau de exposição das pessoas. Os riscos a que estão expostos os indivíduos irradiados, dependem de diversos fatores relacionados com as propriedades das fontes de radiação e das relações das pessoas com as fontes, ou seja, tempo de permanência junto à fonte e distância entre a fonte de radiação e o indivíduo exposto.

Tipos de fonte

As fontes de radiação ionizante de maior interesse para a radioproteção são os aparelhos de raios-x, os aceleradores de partículas, as substâncias radioativas.

Nos aparelhos de raios-x, um filamento de lâmpada produz um feixe de elétrons que é acelerado num campo elétrico e lançado contra um alvo metálico de número atômico elevado e densidade alta. Ao atingir o alvo, os elétrons são freados, emitindo sua energia na forma de radiação de frenamento (raios-X).

Nos aceleradores de partículas, gases ionizados são injetados em um campo magnético onde são acelerados e lançados

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contra um alvo onde provocam reações nucleares.

Estes dois tipos de aparelhos são fontes de radiação somente enquanto estão conectados à rede elétrica.

As fontes de radiação constituídas de substâncias radioativas, ao contrário, emitem radiação contínua e independentemente da ação do homem, até que todos os átomos da fonte tenham se desintegrado. Estas fontes são chamadas de fontes radioativas. As energias das radiações emitidas são características dos radionuclídeos presentes e a intensidade das radiações emitidas depende da massa do radionuclídeo na amostra e varia continuamente, de acordo com as leis do decaimento radioativo.

As fontes radioativas podem apresentar-se sob duas formas, seladas ou abertas. O risco associado às fontes seladas é o de irradiação somente; as fontes abertas podem irradiar e também provocar contaminações.

Fontes seladas são aquelas em que a substância radioativa está enclausurada dentro de um invólucro robusto que impede o escape do material radioativo sob as condições normais de uso ou até mesmo sob certas condições anormais brandas. As fontes abertas são aquelas em que o material radioativo está sob a forma sólida (pó), líquida, ou mais raramente, gasosa, em recipientes abertos ou que permitem que o conteúdo seja fracionado sob as condições normais de uso.

Para alcançar o objetivo da proteção radiológica, de limitar adequadamente as doses de radiação, é preciso conhecer e controlar as exposições a estes tipos diferentes de fontes. Os modos pelos quais os indivíduos podem se expor às fontes de radiação são abordados a seguir.

Modos de exposição

A exposição é definida, nos regulamentos da CNEN, como a irradiação externa ou interna de pessoas, com radiação ionizante. Portanto, os modos de exposição podem ser classificados em exposição interna ou externa ao corpo do indivíduo irradiado

Exposição externa

Entende-se por exposição externa aquela em que a fonte de radiação, aparelhos

de raios-x ou fontes radioativas, estão fora do corpo da pessoa irradiada. Este modo de exposição ocorre sempre em que são manipuladas as fontes de radiação, sejam seladas ou abertas. A exposição externa é significativa para a radiação eletromagnética (raios-x).

Ilustração que mostra a exposição do técnico/paciente à radiação externa

A dose de radiação devido à exposição

externa depende de fatores como atividade da fonte, energia da radiação, tempo de exposição, distância fonte-indivíduo e a utilização de blindagens. Exposição interna

Entende-se por exposição interna aquela em que a fonte de radiação está dentro do corpo da pessoa irradiada. Isto ocorre quando o material radioativo entra no corpo do indivíduo por inalação, ingestão ou através da pele intacta ou ferida, quando do manuseio de uma fonte aberta de radiação. Neste caso, a fonte de radiação deve ser necessariamente um radioisótopo depositado em um órgão ou tecido do corpo. As doses resultantes dependem dos seguintes fatores: radioisótopo depositado, atividade do radioisótopo, via de contaminação, forma físico-química e faixa etária do indivíduo.

Ilustração que mostra a exposição do paciente ao ingerir

elementos radioativos (Radiofármacos)

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Fatores de proteção radiológica Serão apresentadas medidas práticas de

proteção radiológica que devem ser adotadas para assegurar o cumprimento dos limites de dose. No estabelecimento dessas medidas deve-se considerar o tipo de fonte radioativa, sua atividade, energia e os modos de exposição.

Proteção contra a irradiação externa

A dose equivalente recebida pelo trabalhador na irradiação externa é função da taxa de dose no início da irradiação e de sua variação com o transcorrer do tempo de irradiação. Desta forma existem duas maneiras para se reduzir a dose equivalente do trabalhador, ou seja, fornecer-lhe proteção adequada. A primeira considera a variação do tempo de irradiação e a segunda considera a redução da taxa de dose, conseguida por redução da atividade da fonte, aumento da distância fonte-indivíduo ou com o uso de blindagem. Será examinado a seguir, com mais detalhes, como esta redução da dose pode ser conseguida.

Redução do tempo de irradiação

A dose recebida por irradiação externa é diretamente proporcional ao tempo. Quanto maior o tempo de irradiação maior a dose recebida. Evidentemente, a redução do tempo de irradiação deve ser compatível com a correta realização das operações necessárias para o bom funcionamento da instalação.

Caso seja necessário o trabalho em áreas com níveis da radiação elevados, para que as doses recebidas não excedam aos limites estabelecidos, é necessário planejar detalhadamente a tarefa a ser executada, a fim de minimizar o tempo de exposição e controlar o tempo de permanência no local de trabalho. Isso, às vezes, leva ao método de rodízio entre vários trabalhadores para a complementação de uma determinada tarefa.

Aumento da distância fonte-indivíduo

A dose de radiação recebida por um indivíduo é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre o indivíduo e a fonte, ou seja, à medida que um indivíduo se afasta da fonte de radiação, a dose por ele recebida diminui. Conhecendo-se, portanto, a

taxa de dose a uma determinada distância da fonte, pode-se calcular a taxa de dose resultante em qualquer distância. A equação abaixo é bastante utilizada para estabelecer a distância fonte-indivíduo mínima de modo a atender aos limites de dose derivados de trabalho. Na figura ao lado pode-se visualizar a relação entre taxa de dose e distância.

Na prática, o aumento da distância fonte-indivíduo, durante o manuseio com substâncias radioativas, é conseguido por meio da utilização de pinças e garras.

Pode-se considerar a dose de radiação é inversamente proporcional ao quadrado da distância, isto é, decresce com o quadrado da distância da fonte à pessoa. É chamada lei do inverso do quadrado e pode ser escrita da forma:

D1/D2 = (r2)2/(r1)2 Onde D1 = taxa de dose à distância r1 da fonte D2 = taxa de dose à distância r2 da fonte

Isso significa que, se a dose medida a

1 m for 400 µSv/h, a dose esperada a: ∗ 2 m será 100 µSv/h ∗ 5 m será 16 µSv/h ∗ 10 m será 4 µSv/h

Uso de blindagem

Denomina-se blindagem a todo sistema destinado a atenuar um campo de radiação por interposição de um meio material entre a fonte de radiação e as pessoas ou objetos a proteger, sendo a blindagem o método mais importante de proteção contra a irradiação externa.

Barreira primária ou blindagem primária é uma blindagem suficiente para reduzir, a um nível aceitável, as taxas de equivalente de dose transmitidas a áreas acessíveis. Pode ser feita com espessuras variadas de um mesmo material ou de materiais diferentes.

Além das barreiras primárias, barreiras secundárias são necessárias para prover uma blindagem eficiente contra radiações secundárias, que são aquelas que sofrem desvios ("espalhamento") do feixe primário (feixe útil) ou que passam através das

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blindagens das fontes ou dos equipamentos emissores de radiação (radiações de "fuga").

Blindagem

DOSIMETRIA

As radiações externas (radiações

provenientes de fontes fora do corpo humano) podem ser controladas pelas variáveis: tempo, distância e blindagem. Detectores de radiações

São dispositivos (aparelhos) capazes de indicar a presença de radiação, convertendo a energia da radiação em um sinal elétrico, luz ou reação química. A utilização de um detector depende do tipo da radiação presente: um detector muito eficiente para radiação gama é inadequado para partículas alfa.

Monitores de radiação são detectores construídos e adaptados para um determinado tipo de radiação. Dosímetros são monitores que medem uma grandeza radiológica com resultados relacionados ao corpo humano inteiro ou a um órgão ou tecido. Dosímetro termoluminescente (DTL)

Os dosímetros termoluminescentes são cristais que, quando irradiados, armazenam a energia da radiação incidente. Se este dosímetro for aquecido, a certa temperatura, após ter sido irradiado, a energia armazenada será liberada com emissão de luz, fenômeno conhecido como termoluminescência.

A quantidade de luz emitida durante o aquecimento é proporcional à dose absorvida pelo dosímetro.

Os dosímetros DTL têm o formato de pastilhas e, geralmente, são utilizados num estojo que acomoda vários filtros, com a mesma finalidade daqueles utilizados nos dosímetros fotográficos. Os TLD’s apresentam pouca dependência energética e quase nenhuma dependência direcional, mas a informação armazenada só pode ser avaliada uma única vez. A grande vantagem desses dosímetros é que podem ser reutilizados.

Câmara de ionização de bolso

Os dosímetros de bolso (caneta dosimétrica), do tamanho de uma caneta comum, chamados por isso de canetas dosimétricas, são utilizados como dosímetros complementares, quando é necessário uma medida direta e rápida, permitindo ao usuário verificar a dose a que foi submetido durante um determinado trabalho. A calibração dos instrumentos deve ser efetuada em intervalos regulares ou após conserto. Detector/Contador Geiger-Müller (GM)

É um dos dispositivos mais antigos para detectar e medir radiação, desenvolvido por Geiger e Müller em 1928 e muito usado ainda atualmente por sua simplicidade, baixo custo e facilidade de operação.

GM-MIR, produzido no IEN Os detectores GM podem ser usados para medir grandezas como dose e exposição, através de artifícios de instrumentação e metrologia. Para a taxa de exposição a escala é normalmente calibrada para a energia do 60Co.

MONITORAÇÃO Monitoramento Radiológico - medição de grandezas relativas à Radioproteção, para fins de avaliação e controle das condições

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radiológicas de locais onde existe ou se pressupõe a existência de radiação. Monitoramento de área - avaliação e controle das condições radiológicas das áreas de uma instalação industrial, incluindo medição de grandezas relativas a: a) campos externos de radiação; b) contaminação de superfícies; c) contaminação do ar. Monitoramento individual - monitoramento de pessoas com dispositivos individuais (dosímetros) colocados sobre o corpo. Sinais e avisos de radiação

Os equipamentos, os recipientes, as áreas ou os recintos, que possuam riscos potenciais de radiações ionizantes, devem ser marcados com sinais de advertência de radiação. O sinal consiste de um trifólio que representa a radiação, juntamente com dizeres apropriados. Os dizeres mais comuns são:

PERIGO: - ÁREA RADIOATIVA

PERIGO: - MATERIAL RADIOATIVO

PERIGO: - RISCO DE RADIAÇÃO

Limites radiológicos

Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que nenhum trabalhador deve ser exposto à radiação sem que seja necessário, sem ter conhecimento dos riscos radiológicos decorrentes desse tipo de trabalho e sem que esteja treinado para o desempenho seguro de suas funções.

Outros profissionais que possam vir a ser envolvidos em trabalhos com radiação também estão enquadrados nas determinações do parágrafo anterior. São considerados indivíduos do público qualquer membro da

população não exposto ocupacionalmente à radiação.

EXPOSIÇÃO E CONTAMINAÇÃO Em virtude das dúvidas correntemente

existentes, torna-se necessário esclarecer a diferença entre irradiação e contaminação. Uma contaminação, radioativa ou não, caracteriza-se pela presença indesejável de um material em determinado local, onde não deveria estar. A irradiação é a exposição de um objeto ou de um corpo à radiação, sem que haja contato direto com a fonte de radiação.

Irradiar, portanto, não significa contaminar. Contaminar com material radioativo, no entanto, implica em irradiar o local, onde esse material estiver. Irradiação não contamina, mas contaminação irradia.

Irradiação contaminação

Por outro lado, a descontaminação

radiológica consiste em retirar o contaminante (material indesejável) da região onde se localizou. A partir do momento da remoção do contaminante radioativo, não há mais irradiação no local.

Outro esclarecimento importante: a irradiação por fontes de césio-137, cobalto-60 e similares (emissores alfa, beta e gama), usadas na medicina e na indústria não torna os objetos ou o corpo humano radioativos. Isso só é possível em reatores nucleares e aceleradores de partículas.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Avental de Chumbo Cirúrgico

Aventais de Proteção Radiológica são fabricados com borracha plumbífera flexível com equivalência de 0,25 mm ou 0,50 mm de chumbo, com acabamento em nylon lavável, em diversas cores. Pode ser colocado e removido facilmente. Utilização: Para centros cirúrgicos, hospitais e clínicas radiológicas. Proteção nas Costas (Tipo Casaco)

Utilização: Este avental é utilizado onde o tempo de exposição do profissional é muito prolongado, ou durante a utilização do intensificador de imagem.

Avental de Chumbo – Padrão

Avental de Proteção Radiológica é fabricado com borracha plumbífera flexível com equivalência de 0,25 mm ou 0,50 mm de chumbo, com acabamento em nylon lavável, em diversas cores. Sem proteção nas costas, masculino ou feminino.

Utilização: Proteção para o técnico de raios-X, acompanhantes e auxiliares envolvidos nos exames onde o tempo de exposição não é prolongado.

Conjunto de Saia e Blusa Fabricados com borracha plumbífera

flexível com equivalência de 0,25 mm ou 0,50 mm de chumbo, com acabamento em nylon lavável, em diversas cores. Para angiografia ou hemodinâmica, masculino ou feminino.

Utilização: Esse conjunto foi desenvolvido com o objetivo de dividir o peso e proporcionar ao usuário maior conforto. Utilizado onde o profissional fica exposto por um tempo prolongado ou onde há utilização do intensificador de imagem.

Protetor de Tireóide

Fabricados com borracha plumbífera flexível com equivalência em chumbo, com acabamento em deblun, sob-medida. Utilização: O protetor de tireóide é um acessório de proteção utilizado em todos os tipos de exames, exceto para radiografia odontológica panorâmica. Salientamos que a região da tireóide é uma das partes do nosso corpo mais atingida pela radiação.

Óculos Plumbífero

Óculos com lentes plumbíferas, com armação em acrílico, com proteção frontal e lateral (180°) equivalência em chumbo de 0,50 mmPb. Utilização: Para proteção radiológica do operador de raios-x.

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Avental Odontológico

Avental odontológico para paciente em radiografia periapical. Equivalência em chumbo de 0,25mmPb ou 0,50mmPb, com fecho em velcro na nuca.

Avental Odontológico c/ Protetor

Avental Odontológico com Protetor de Tireóide medindo 77 x 60 cm com 0,25 mm de Pb. Utilização: Para consultórios odontológicos.

Avental Panorâmico

Avental odontológico para pacientes expostos à radiografia panorâmica. Equivalência em chumbo de 0,25 mmPb ou 0,50 mmPb, com fecho em velcro regulável e proteção para a coluna. Utilização: O raios-x panorâmico abrange uma ampla área da face, portanto, este avental é fabricado com uma pequena proteção nas costas.

Protetor de Órgãos Genitais

Protetor para região genital, utilizado por paciente em exames que impossibilitam o uso de outros protetores. Equivalência em

chumbo de 0,50mmPb, com cinto e fecho regulável para ajuste.

Luvas Plumbíferas

Luvas de proteção para cirurgias e acompanhamentos. Fabricada em borracha com equivalência em chumbo de 0,50 mmPb, proporciona total movimento e conforto ao usuário. Utilização: Para procedimentos cirúrgicos, proteção para acompanhantes e técnicos de raios-X. Na área veterinária é utilizada para segurar animais de médio e grande porte.

Biombo Proteção do técnico em operação no painel de controle.