ARTUR JORGE MELQUIADES GOMES
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO HOSPITALAR PARA AVALIAR A CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS APÓS INTERNAÇÃO EM
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) NO MUNICÍPIO DE ARIQUEMES/RO
PORTO VELHO/R02018
ARTUR JORGE MELQUIADES GOMES
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO HOSPITALAR PARA AVALIAR A CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS APÓS INTERNAÇÃO EM
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) NO MUNICÍPIO DE ARIQUEMES/RO
Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Terapia Intensiva em Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva IBRATI, como requisito avaliativo para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.
Orientadora: Profª Drª Elieth Afonso de Mesquita
PORTO VELHO/RO 2018
RESUMO
Atualmente o conceito de Qualidade de Vida (QV) está mais expandido e tem recebido atenção em várias áreas do conhecimento, abrangendo uma série de aspectos, como o bem estar pela independência funcional das atividades diárias. Alguns fatores podem diminuir ou levar à perda dessa autonomia funcional, como doenças crônicas, processos patológicos agudos, traumáticos ou cirúrgicos. O processo de hospitalização em uma UTI, geralmente, é acompanhado por declínio funcional e da QV do paciente. Este estudo teve como objetivo propor instrumentos que possam viabilizar uma proposta de intervenção hospitalar que contemple a avaliação da funcionalidade e qualidade de vida do idoso que recebeu tratamento em UTI, para este fim foi realizado uma revisão sistemática com caráter de pesquisa descritiva/qualitativa associado ao método observacional. O estudo observacional foi realizado em sete Unidades de Saúde, sendo trê em Porto Velho e quatro em Ariquemes. Os dados descritos indicaram que a sobrevida dos idosos é afetada por diferentes fatores prognósticos representados por variáveis demográficas, clínicas, relacionadas ao tipo de internação e à rede de serviços de saúde, indicando que há um declínio da QV do paciente após internação e que, esta é potencializada pela idade avançada (≥ 75 anos) e pela dependência na capacidade funcional. Durante o período de observação foi verificado a falta de adesão às ações que amparam a saúde do idoso, devido a ausência de uma equipe multidisciplinar específica para acompanhamento pós UTI e verificação da capacidade funcional domiciliar dos pacientes. Dessa forma, se torna necessária a formação de uma equipe que seja capacitada ao acompanhamento domiciliar, da saúde do idoso, após internação, disponibilizando instrumentos capaz de mensurar sua capacidade funcional e proporcionando todo o suporte para melhoria de sua QV, conforme dispõe a Lei que ampara esses cidadãos que tanto contribuiram com o País.
Palavras- chave: Idoso; Qualidade de Vida; Capacidade funcional
ABSTRACT
Currently the concept of quality of life (QOL) is more expanded and has received attention in several areas of knowledge, covering a number of aspects, such as the welfare for the functional independence of the daily activities. Some factors may reduce or lead to loss of this functional autonomy, as chronic diseases, acute pathological processes, traumatic or surgical. The process of hospitalization in an ICU, it's usually accompanied by functional decline and QOL of the patient. This study aimed to propose instruments that can make a proposal for hospital intervention involving the assessment of the functionality and quality of life of the elderly being treated in the ICU, for this purpose was held a review systematic research with qualitative/descriptive associated with the observational method. The observational study was conducted in seven health units, and three in Porto Velho and Ariquemes four. The described data indicated that the elderly survival is affected by different prognostic factors represented by demographic variables, clinics, inpatient and type related to the network of health services, indicating that there is a decline of QOL of patient after hospitalization and that this is increased by the age (≥ 75 years) and by dependency on functional capacity. During the period of observation was verified the lack of adherence to actions that support the health of the elderly, due to the absence of a multidisciplinary team dedicated to follow up post ICU and verification of the functional capacity of patients home. Thus, it becomes necessary to the formation of a team to be able follow up at home, health of the elderly after hospitalization, providing instruments capable of measuring your functional capacity and providing full support for improving your QV, as has the law bolsters these citizens who have contributed so much to the country.
Key words: elderly; Quality of life; Functional capacity
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, envelhecer é um direito social, com obrigação do Estado de
permitir que seja um processo saudável, em condições de dignidade e garantido
por políticas públicas. O conceito de Qualidade de Vida tem recebido atenção
cada vez maior em várias áreas do conhecimento, sendo relacionado ao estado
emocional e ao bem-estar pessoal e social, abrangendo a capacidade funcional, o
nível sócio-econômico, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o
próprio estado de saúde, o estilo de vida, a satisfação com atividades diárias e o
ambiente em que se vive. Potanto, equivale a uma série de fatores que, em
conjunto, corroboram para uma melhor ou pior Qualidade de Vida no indivíduo,
em especial o idoso (VECCHIA, 2005).
A Política Estadual de Saúde do Idoso, tem por objetivo garantir a Atenção
Integral à Saúde das pessoas com idade ≥ 60 anos, promovendo a manutenção
da capacidade funcional e da autonomia, contribuindo para um envelhecimento
ativo e saudável. Esta construção social inclui, ainda, os idosos frágeis, que
apresentam prejuízo funcional, seja por incapacidade ou perda de autonomia,
doenças degenerativas ou internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A
repercussão quanto a experiência na vida do idoso após a alta hospitalar tem
sido muito discutida nos últimos anos, pois não basta saber quantos sobrevivem
após a vivência numa UTI, é preciso conhecer como estes pacientes têm
sobrevivido. Sendo assim, há um interesse crescente da avaliação sobre a
qualidade e a funcionalidade de vida do paciente que tenha recebido alta da UTI.
Diante do aumento na expectativa de vida e do número de idosos no Brasil
e no mundo, nas buscas para atender às necessidades dessa parte da população
com qualidade vida e dignidade humana, sabendo que a saúde física
naturalmente vai sendo debilitada e cada vez mais precisa-se de assistência a
saúde, a questão que norteia este estudo é: Após internação numa Unidade de
Terapia intensiva, a qualidade de vida do idoso pode ser influenciada pelo
processo vivenciado?
Buscando respostas para a questão norteadora, o método proposto foi a
pesquisa descritiva, na qual foi realizada um levantamento bibliográfico, sendo
que o caráter qualitativo permitiu avaliar as observações realizadas durante a
internação de pacientes e relatos dos mesmos após internação, sem o intúito de
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mensurar. A observação sistemática, que assumiu a forma de levantamento,
surgiu a partir da familiaridade do pesquisador com o tema pesquisado, fato que
permitiu o desenvolvimento de um extenso trabalho de levantamento de dados,
bibliográfico e observações, o que permitiu gerar registros possibilitando a
obtenção de informações sobre resultados, processos e impactos.
Devido as observações referente a saúde negligênciada dos idosos no
Brasil, o presente autor acredita que a elaboração deste estudo possui relevância
significativa, haja vista a necessidade de estudos que levante questionamentos,
críticas, elabore e apontem contribuições para a Qualidade de Vida de idosos,
podendo o profissional da saúde exercer seu papel, também, de cidadão.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo GeralApresentar instrumentos que possam viabilizar uma proposta de interveção
hospitalar que contemple a avaliação da funcionalidade e qualidade de vida do
idoso após internação em UTI
2.2 Objetivos específicos
2.2.1 Relacionar as implicações que interferem na Qualidade de Vida do
idoso, causadas pela internação na unidade de terapia intensiva.
2.2.2 Sugerir medidas de apoio ao idoso que possam contribuir para a
melhoria de sua qualidade de vida pós internação.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo
com idade igual ou maior que 60 anos, porém essa idade mínima pode variar
segundo as condições de cada país e suas políticas públicas de saúde. Cabendo
colocar que o envelhecimento é um processo biológico associado ao declínio das
capacidades físicas, psicológicas e comportamentais, muitas vezes independente
de um marco cronológico.
Um fenômeno que vem se destacando, nas últimas décadas, é o
crescimento da população mais idosa, considerada acima de 80 anos, que traz
como conseqüência alterações na própria composição etária dentro do grupo de
idosos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem apontado que
a população idosa no Brasil supera a média mundial, estando em torno de 14,3%
(BRASIL, 2016).
O investimento na QV tem permitido observar pessoas na faixa de 60 anos
em pleno vigor físico e mental. Fato que tem elevado a estatística da população
idosa no mundo, onde 11% apresentam idade de 80 anos ou mais, sendo uma
faixa etária que mais cresce. De acordo com a Organização das Nações Unidas,
estima-se que em 2050, 19% dos idosos terão 80 ou mais anos (ONU, 1999 apud
PY; PACHECO; SÁ; GOLDMAN, 2006).
Segundo publicado pela Organização Pan-Americana da
Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) nos últimos 45 anos a
população das Américas ganhou 16 anos de vida a mais, elevando a expectativa
de vida para 75 anos, quase cinco anos à mais do que a média mundial. No
entanto, as doenças emergentes e não-transmissíveis, que causam quatro de
cada cinco mortes a cada ano, são os principais desafios em uma das regiões
mais desiguais do mundo (HEALTH IN THE AMERICAS, 2017).
O controle da natalidade e as campanhas de promoção à qualidade de vida
do idoso, está permitindo o aumento da população de idosos no Brasil, estudos
do IBGE (BRASIL, 2017) relataram projeções dos próximos 10 anos, partindo da
tendência de crescimento populacional a partir dos 10 anos anteriores, conforme
pode ser verificado na figura 1.
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Figura 1: Aumento do número de idosos nos últimos 10 anos no Brasil e perspectivas para os próximos 10 anos.
Fonte: Próprio autor
Devido a melhor qualidade de vida (QV) nos países desenvolvidos,
caracterizado pela boa condição de saneamento, nutrição, ambiente de trabalho,
moradia e higiene pessoal, a Organização das Nações Unidas classifica como
idosos, nos países desenvolvidos, aqueles a partir de 65 anos de idade, enquanto
que para os países em desenvolvimento, esta faixa etária é mais abrangente, a
partir dos 60 anos de idade (NAGAPPAN; PARKIN, 2003).
3.1 Política Nacional do idoso
Diante da prospecção, no que se refere ao envelhecimento da população, o
Estado brasileiro precisa se preparar para atender à demanda desse segmento,
principalmente nos setores previdenciário, de saúde, assistência social,
segurança pública, habitação e lazer. As assembléias das Nações Unidas sobre o
envelhecimento (1982 e 2002) foram fundamentais para influenciar as legislações
de vários países, inclusive o Brasil, fato verificado no art. 230 da Constituição
Federal de 1988 (BASIL. CF/1988) que inovou ao exigir a efetiva proteção à
pessoa idosa por parte do Estado, da sociedade e da família.
Em 1994 foi promulgada, no Brasil, a Lei nº. 8842/94, que estabelece a
Política Nacional do Idoso. Esta lei tem por finalidade garantir direitos sociais que
assegurem a promoção da autonomia, integração e participação efetiva do idoso
na sociedade. Embora considerada como uma lei moderna e ágil, a Política
Nacional do Idoso ainda precisa ser colocada em prática em sua totalidade para
que, realmente, possa vir a melhorar a Qualidade de Vida do idoso (SIMSON;
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NERI; CACHIONE, 2006). A partir dessa lei foi criado o Conselho Nacional do
Idoso; a Lei nº 10.741/2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso, além da
Portaria nº 2.528/2006, que aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
e, juntas, estas medidas pontuam ações que têm de ser desenvolvidas,
relacionadas à saúde, alimentação, habitação e outras necessidades sociais do
idoso (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
A independência e autonomia, pelo maior tempo possível, são metas a
serem alcançadas na atenção à saúde da pessoa idosa. Entende-se, portanto,
que a capacidade funcional é o novo paradigma de saúde, proposto por esta
Portaria (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
3.2 Qualidade de Vida (QV)
A finalidade da lei nº. 8842/94 é assegurar os direitos sociais do idoso,
criando condições para promover sua autonomia, integração e participação
efetiva na sociedade (art. 1º ), proporcinando qualidade de vida (QV) ao idoso.
A expressão “Qualidade de Vida” desenvolveu-se, após a Segunda Guerra
Mundial, associada ao desenvolvimento econômico e tecnológico dos países e
sua repercussão nas condições de vida das populações. Portanto, essa
expressão foi introduzida na sociedade contemporânea com uma conotação
político-social e ligadas à busca de indicadores capazes de apreender o bem-
estar social. Com o passar do tempo o conceito foi ampliado, integrando as áreas
da saúde, educação, moradia, transporte, lazer, trabalho, crescimento individual,
segurança e diminuição da morbimortalidade infantil.
Atualmente o conceito de Qualidade de Vida (QV) está bem mais
expandido e tem recebido atenção cada vez maior em várias áreas do
conhecimento, abrangendo uma série de aspectos como a capacidade funcional,
o nível sócio-econômico, o estado emocional, a interação social, a atividade
intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o próprio estado de saúde, os
valores em geral, a satisfação com atividades diárias e o ambiente em que se
vive. Desta forma, verifica-se que este conceito não está associado apenas ao
aspecto saúde, mas a uma série de fatores que, em conjunto, corroboram para
uma melhor ou pior QV no indivíduo, em especial o idoso (VECCHIA, 2005).
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A preocupação com o conceito “Qualidade de Vida” refere-se a um
movimento interno das ciências humanas e biológicas no sentido de valorizar
parâmetros mais amplos que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade
ou o aumento da expectativa de vida, conforme considerações do grupo de
estudo sobre Qualidade de Vida relacionada à saúde, da OMS (Organização
Mundial da Saúde). Para o grupo, conhecido como WHOQOL Group (World
Health Organization Quality of Life Group), Qualidade de Vida é definida como
uma percepção individual da posição do indivíduo na vida, no contexto de sua
cultura e sistema de valores nos quais ele está inserido e em relação aos seus
objetivos, o que pode ser afetado de forma complexa pela saúde física e estado
psicológico, levando a alterar seu nível de independência, relações sociais e
relações com as características do meio ambiente do indivíduo (THE WHOQOL
GROUP, 1994 Apud AMARAL, 2010).
3.3 Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS)
Quando o conceito de QV é empregado referindo-se aos cuidados de
saúde, designa-se “qualidade de vida relacionada à saúde”, o qual abrange o
nível de bem-estar e satisfação na vida de um indivíduo e como, a partir da
perspectiva de paciente, ele é afetado pela doença, acidentes e tratamentos
(TERENAN, ZANEI e WHITAKER, 2012), o que pode levar a uma alteração na
independência funcional de um paciente.
A independência funcional é traduzida como a capacidade que um
indivíduo tem de desempenhar suas atividades de vida diária (AVD). Essa
autonomia para realização de tarefas torna viável uma pessoa viver sozinho em
seu domicilio. Alguns fatores podem diminuir e/ou até mesmo levar à perda dessa
autonomia funcional, como doenças crônicas, processos patológicos agudos,
traumáticos ou cirúrgicos (CURZEl, JUNIOR e RIEDER, 2013 ).
O processo de hospitalização em uma UTI, geralmente, é acompanhado
por declínio funcional e da QV do paciente, o qual é submetido a uma série de
tratamentos e cuidados, envolvendo riscos de sequelas em longo prazo (ELLIOTT
et al, 2013). Sugere-se que fatores como patologias neurológicas, uso de
ventilação mecânica (VM) prolongada, quantidade de medicamentos utilizados,
presença de comorbidades e realização de procedimentos cirúrgicos podem
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contribuir para este comprometimento (WIETHAN, SOARES e SOUZA, 2017).
A qualidade de vida relacionada à saúde – QVRS foi inicialmente
mensurada para avaliar a dimensão e o impacto das doenças crônicas, devido
não ser possível curá-las, era preciso considerar o ponto de vista do paciente
sobre sua própria saúde. Portanto, foi atribuído à duração da vida quando
modificada pela percepção de limitações físicas, psicológicas, funções sociais e
oportunidades influenciadas pela doença, tratamento e outros agravos, tornando-
se o principal indicador para a pesquisa avaliativa sobre o resultado das
intervenções (ORLANDO; MIQUELIN, 2008).
Especificamente para os idosos, escalas de avaliação da capacidade
funcional foram desenvolvidas, a qual ainda contribuem para a avaliação da
qualidade de suas vidas. Dentre as escalas criadas para estas avaliações
destacam-se, o Índice de Katz (Atividades Básicas da Vida Diária – AVD) e a
Escala de Lawton (Atividades Instrumentais da Vida Diária – AIVD) que objetiva
conhecer a capacidade funcional em idosos, tornado-se um importante
instrumento para um levantamento de avaliação do modo de vida do paciente.
O ìndice de Katz, índex de Independência nas Atividades Básicas de Vida
Diária, é a escala mais usada e a mais citada, pois avalia atividades que estão
relacionadas à capacidade de autocuidado, pontuando questões específicas
(alimentar-se, banhar-se, vestir-se, mobilizar-se, deambular, ir ao banheiro,
manter controle sobre suas necessidades fisiológicas), mensurando a capacidade
do idoso em desempenhar suas atividades cotidianas de forma independente
(DUARTE, ANDRADE e LEBRÃO, 2007).
A Escala de Lawton, que avalia as atividades mais complexas,
relacionadas à capacidade de um indivíduo levar uma vida independente dentro
da comunidade, como utilizar meios de transporte, manipular medicamentos,
realizar tarefas domésticas leves e pesadas, preparar refeições e cuidar das
próprias finanças (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).
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4. METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão sistemática a partir de estudos primários com
caráter de pesquisa descritiva e qualitativa, no qual visa descrever as
características das ações envolvidas em Unidades de Saúde e relacioná-las sem
o intuito de manipulá-las, porém de propor intervenções. Envolve o uso de
técnicas de coleta de dados como observação sistemática, a qual assume a
forma de levantamento.
O método da observação direta baseia-se na atuação de observador,
próprio pesquisador, o qual trabalha na área e tem familiaridade com o tema
abordado, obtendo informações sobre resultados, processos e impactos
relacionados a qualidade de vida do paciente duranrte e pós internação na UTI.
Figura 2: Fluxograma da metodologia do estudo
Fonte: Próprio autor
4.1 Local do estudoO estudo foi realizado em Porto Velho/RO e Ariquemes/RO (quadro 1),
cidades localizadas na Região norte do País, possui um clima equatorial quente
úmido com 2 estações ao ano (chuvoso e seco). Porto Velho apresenta uma
população estimada em 519.436 habitantes, sendo que desde 2008, devido a
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construção de duas usinas hidrelétricas, vem ocorrendo um significativo
crescimento demográfico, impactando o atendimento à saúde nas unidades
existentes (IBGE, 2017).
O Municiípio de Ariquemes, localizado a 203Km de Porto Velho, possui
uma população estimada de 105.896 habitantes (IBGE, 2016), baixa qualidade
de vida dos idosos com atividades rurais.
Quadro 1: Unidades hospitalares que atenderam ao estudoCIDADE PORTO VELHO ARIQUEMES
UNIDADES DE SAÚDE
Hospital Tiradentes Centro de Conveniência Idade Viva
Clínica Mais Saúde Entidade Filantrópica Lar Fraterno
Hospital Santa Marcelina Lar do Idosos Bom Samaritano
Unidade Básica de Saúde PACS Rural
Fonte: Próprio autor
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A diminuição das taxas de natalidade e o aumento da expectativa de vida
geram, consequentemente, a elevação do número de idosos no Brasil. De acordo
com estimativas elaboradas e divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE, 2018), o número de idosos deverá aumentar ainda mais nos
próximos 30 anos. Por volta de 2050, haverá, no Brasil, 73 idosos para cada 100
crianças, invertendo a pirâmide etária.
Com o envelhecimento da população, o número de pessoas idosas
admitidas na UTI tem aumentado, pois o processo de envelhecimento normal,
também conhecido como senescência, em combinação com comorbidades
sistêmicas, fatores ambientais e epigenéticos pode reduzir as reservas fisiológicas
e a capacidade de resistir a um estressor agudo. Assim, a população idosa frágil e
com funções físicas e cognitivas prejudicadas fica altamente vulnerável e pode
desenvolver deficiências até mesmo após uma doença menos grave (THEDORE
et al, 2012).
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5.1 As implicações que interferem na Qualidade de Vida do idoso, causadas pela internação na UTI.
Estudos realizados a partir dos dados coletados de 457 idosos internados
em UTI, em Natal/RN, demonstraram que a sobrevida dos idosos é afetada por
diferentes fatores prognósticos representados por variáveis demográficas,
clínicas, referentes ao tipo de internação e à rede de serviços de saúde
(BONFADA et al, 2017).
Sacanella e colaboradores (2011), acompanharam 112 idosos que tinham
autonomia em atividades instrumentais de vida diária (AIVD), sem
comprometimento cognitivo antes da entrada na UTI. Em suas análises foi
demonstrado a redução significativa nas AIVDs, nos 12 meses subsequentes à
internação em UTI, comparando com a situação pré-UTI. Estes dados foram de
encontro aos de Conti e colaboradores (2012), dos quais foram verificados que os
pacientes idosos pioraram seu estado funcional durante a sua permanência na
UTI e, apesar de melhorarem após a alta hospitalar, não conseguiram voltar aos
níveis pré-UTI, mesmo após longos períodos de acompanhamento.
Concordâncias também foram verificadas nos estudos de Dietrick (2016) e
Ferrante e colaboradores (2015), onde não foi demonstrado diferença na
capacidade funcional de indivíduos idosos (60 a 79 anos) quando comparado aos
idosos mais velhos (≥ 80 anos) nos primeiros seis meses após a alta da UTI;
porém todos apresentaram grande perda da capacidade funcional em relação aos
dados anteriores à internação, sendo que, o estado funcional pré-UTI influencia
significativamente a trajetória funcional pós-UTI.
Portanto, durante o levantamento desse estudo, foi verificado que os
principais fatores associados à interferência da QV do idoso estão relacionados à
própria idade avançada, perda da capacidade funcional, glicemia elevada e
necessidade de ventilação mecânica invasiva na admissão da UTI. Os idosos
mais velhos apresentaram maior declínio funcional e menor nível de atividade
física, o que refletiu em maior necessidade de cuidados neste grupo, pois são
mais propensos a desenvolverem deficiência permanente e disfunção de órgãos,
não recuperarem o nível funcional da linha de base e, ainda, enfrentam maior
risco de mortalidade (DIETRICH, 2017).
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Quanto ao aumento da morbidade e/ou mortalidade associados ao pós
internação em UTIs, encontram-se o tempo de permanência na UTI, a gravidade
da doença, as comorbidades prévias, o motivo de internação, o ambiente
hospitalar, necessidade de suporte ventilatório invasivo e a situação financeira.
Estes fatos implicam em processos destrutivos, adicionados as razões que
resultaram no desenvolvimento da doença crítica, que procedem em déficites
fisicos e cognitivos por muitos anos, principalmente nos idosos mais velhos
(PINTADO et al, 2015; BRUMMEL el al, 2015).No entanto, para caracterizar implicações que interferem na QV do idoso
após internação em UTI, foi necessário organizar um método de análise de
conteúdo dos artigos relacionados para construção das categorias acerca do
assunto.
Quadro 2: Percepções de Qualidade de Vida de idosos durante e após internação na UTI (revisão bibliográfica)
QUALIDADE DE VIDA
PERCEPÇÃO DE QV DURANTE INTERNAÇÃO
INFLUÊNCIA NA QV APÓS INTERNAÇÃO NA UTI
POSITIVA
- Acompanhamento pós operatório; Relação interpessoal; acompanamento multiprofissional (AMARAL, 2010)
- Proporcionou um momento para reflexão
- O alívio de uma situação aguda (ORLANDO & MIQUELIN, 2008);
- interagir com o paciente e com a sua família (MACÊDO, 2006).
NEGATIVA
- Memórias de perdas (RUIPÉREZ & LORENTE, 2000)
- Morte atrelada ao consciente (PY & OLIVEIRA, 2006)
Desequilíbrio global irreparável; Pode gerar sofrimento e ansiedade; Perde de sua individualidade (SILVA; GONÇALVES, 2010)
Fonte: Póprio autor
As observações realizadas, neste estudo (quadro 3), vão de encontro aos estudos
pontuados no quadro 2, porém com algumas descrições não comentadas em trabalhos
anteriores, como os delírios após internação, os quais relatam ter vistos parentes que já
morreram, animais subindo pela parede e mexendo nos quadros e relógios. Esses
delírios, geralmente, começam a partir da terceira semana de internação, quando o
paciente começa a relatar perseguição de médicos, maus tratos pela equipe de
enfermagem e reclamação quanto a comida, que pode está envenenada. Este estado do
paciente continuam após a alta. No período pós internação ainda foi observado um
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quadro de depressão e demência, levando o idoso à uma apatia extrema e reduzindo
significativamente suas capacidades funcionais em atividades diárias.
Quadro 3: Percepções de Qualidade de Vida de idosos durante e após internação na UTI (Observação sistemática)
QUALIDADE DE VIDA
PERCEPÇÃO DE QV DURANTE INTERNAÇÃO
INFLUÊNCIA NA QV APÓS INTERNAÇÃO NA UTI
POSITIVA
- Acompanhamento pós operatório;
- Cuidados da equipe de enfermagem e visitação médica periódica
- Mudanças de hábitos para melhorar a QV;
- Esperança de melhoras e acompanhamento familiar;
NEGATIVA
- Medicações combinadas
- Curtos intervalos da medicação, o que não permite o descanso contínuo do paciente;
- Infecção hospitalar em período mais prolongado de internação
- Ausência de monitoramento domiciliar;
- Delírios pós internação;
- Perda da capacidade funcional
- Depressão
- Demência
Fonte: Póprio autor
Pode-se observar que o impacto do estado funcional prévio à internação na
UTI no desfecho funcional pós-alta da UTI é de grande relevância e que o
desenvolvimento do conceito de Qualidade de Vida poderá resultar em mudanças
importantes nas ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação em
saúde, conduzindo modelos de atendimento eminentemente biomédicos, que
negligenciam aspectos sócio-econômicos, psicológicos e culturais, a novos
paradigmas no processo saúde-doença.
5.2 Medidas de apoio ao idoso que possam contribuir para a melhoria de sua qualidade de vida
Segundo o vice-presidente do Conselho Nacional da Pessoa Idosa
(CNDPI), as profissões ligadas aos cuidados com os idosos são as profissões do
futuro, pois o Brasil conquistou a vitória de aumentar a longevidade da sua
população. Portanto, é preciso um amplo programa educacional, para que todos
tenham noções básicas sobre o processo de envelhecimento, valorizando e
respeitando a pessoa idosa, conforme perconiza o artigo 3, § 1º do Estatuto do
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Idoso (BRASIL, 2003), embora não se tem observado o cumprimento dessa lei,
nem na educação, na acessabilidade e nem na saúde.
Ainda amparados pelo artigo 3, do Estatuto do Idoso, no inciso V, onde
propõe que: “o atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do
atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de
manutenção da própria sobrevivência”.
O País se coloca diante de outro desafio, o de aumentar a oferta de
políticas públicas que garantam que a população idosa envelheça de forma ativa,
diante da atual configuração social, muitos idosos passam a ficar sem companhia
em casa e sem receber os cuidados necessários, conversar ou contar com o
apoio da família para desenvolver atividades, dessa forma, foi proposto um
modelo de instituições de acolhimento de idosos, o qual se caracteriza como um
centro de convivência, onde idosos que têm autonomia praticam atividades
recreativas e aprendem novos ofícios, e os chamados centros-dia, que em geral
recebem pessoas que precisam receber algum tipo de atendimento terapêutico.
Tal opção é ideal para idosos que não têm companhia e também para os
membros de famílias que precisam ou desejam trabalhar fora de casa, mas têm
responsabilidades com os mais velhos.
Ainda cabe ao Sistema Único de Saúde (SUS) assegurar atenção
integrada à saúde do idoso, conforme preconiza o artigo 15:
É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos (Lei 10.741/2003 art. 15) .
Sendo assim, baseado no inciso IV, artigo 15, da referida lei, este estudo
propõe – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que
dele necessitar, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições
públicas e/ou filantrópicas e eventualmente conveniadas com o Poder Público,
nos meios urbano e rural.
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, Portaria GM 2528 de 19 de
outubro de 2006, define que a atenção à saúde dessa população terá como porta
de entrada a atenção Básica/ Estratégia de Saúde da Família, bem como a Rede
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de Atenção Psicossocial (CAPS) e a Rede de Urgências e Emergências (UPAS e
Pronto Atendimentos).
Durante os atendimentos nas Unidads de saúde deve-se verificar a
capacidade funcional do idoso, bem como o acompanhamento familiar. Sabendo-
se que a capacidade funcional de um idoso, normalmente ocorre na realização de
atividades mais básicas, sendo a alimentação a última capacidade a ser perdida
(figura 3). Essa capacidade funcional pode ser mensurada pelo índice de Katz
(quadro 4).
Figura 3:Escalonamento de autonomia social e independência de atividades diárias, no âmbito individual.
Fonte: Adaptado de SESAU/SP, 2015
Sendo assim, este estudo sugere a utilização do índice de katz para
avaliação da independência nas atividades diárias, durante o acompanhamento
pós tratamento na UTI, sendo este um instrumento de fácil interpretação e tem
uma característica preditora de necessidades cuidados/assistência, pois quanto
pior o desempenho desse índice, maior a necessidade de cuidados.
Dentre as várias classificações adotadas na literatura para os resultados do
índex de Katz, por questões didáticas e científicas, optou-se, nesta proposta de
intervenção, pelo index modificado por Katz e Akpom (1976), no qual é
apresentada uma escala de 0-6 sendo que as capacitações são diretamente
proporcionais às pontuações.
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Quadro 4: Capacitações funcionais avaliadas em 3 escalas (independente, dependente parcial e dependente total)
ÍNDEX DE INDEPENDÊNCIA NAS ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIAESCALA DE KATZ
INDEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA PARCIAL DEPENDÊNCIA
Banho – banho de leito, banheira ou chuveiro
Não recebe assistência Recebe assistência no banho somente para uma parte do corpo
Recebe assistência no banho em mais de uma parte do corpo
Vestir – pega roupa no armário e veste, incluindo roupas íntimas, roupas externas, fechos e cintos
Pega as roupas e se veste sem assistência
Pega as roupas e se veste sem assistência, com exceções
Recebe assistência para pegar as roupas ou para vestir-se
Ir ao banho – Dirigi-se ao banheiro para urinar ou evacuar: faz sua higiene e se veste após as eliminações
Vai ao banheiro, higieniza-se e se veste após as eliminações sem assistência, pode utilizar objetos de apoio, porém esvaziando por si mesmo
Recebe assistência para ir ao banheiro ou para higienizar-se ou para vestir-se após as eliminações ou para usar urinol ou comadre à noite.
Não vai ao banheiro para urinar ou evacuar
Transferência
Deita-se e levanta-se da cama ou da cadeira sem assistência (mesmo com objetos de apoio)
Deita-se e levanta-se da cama ou da cadeira com auxílio
Não sai da cama
Continência
Tem controle sobre as funções de urinar e evacuar
Tem “acidentes” ocasionais (perdas urinárias ou fecais)
Supervisão para controlar urina e fezes, utiliza cateterismo ou é incontinente
Alimentação
alimenta-se sem assistência Alimenta-se sem assistência, com exceções
Recebe assistência para se alimentar ou é alimentado parcial ou totalmente por sonda
A avaliação é de acordo com o índice de dependência: Nenhuma dependência das funções (0); dependência em uma função (1); dependência em duas funções (2); dependência em três funções (3); dependência em quatro funções (4) dependencia em cinco funções (5); dependência em seis funções (6). Fonte: Próprio autor.
Durante o período de observação direta, nos últimos 5 anos, foi verificado
que há poucos especialistas em tratamento e acompanhamento da saúde idosos,
pois uma equipe multidisciplinar deve contemplar todo o tratamento clínico,
acompanhamento à saúde domiciliar, acompanhamento psico-social,
fisioterapêuta, etc. Mas no que se refere especificamente ao contato imediato,
enfermeiros e geriatras, além da ausência de profissionais ainda há desvio de
atividades dos mesmos. Fato este, que mais uma vez, vem divergir do que rege o
Estatatuto do Idoso, em seu artigo 3, inciso VI, onde dispõe sobre a: “capacitação e
reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na
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prestação de serviços aos idosos”. Sendo assim, os profissionais existentes nesta
área, devem ser capacitados para melhor atendimento ao idoso e não expandir
suas atividades as demais áreas de atuação e negligenciar o atendimento
específico, à não ser em situações emergenciais.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o aumento da longevidade, é essencial que as Secretarias de saúde
busquem atender o que preconiza a lei que ampara os idosos, constituindo
equipes multidisciplinares que busquem a promoção da saúde e a prevenção de
doenças, além de intervenções terapêuticas que possam minimizar os fatores
que interferem na capacidade funcional, proporcionando uma maior autonomia e
qualidade de vida a este cidadãos.
O ìndex de Independência das Atividades Diárias (AVD) é um instrumento
muito utilizado para avaliação da capacidade funcional na literatura
gerantológica, tanto em nível nacional quanto internacional, o qual pode ser
aplicado como forma de intervenção à saúde do idoso e promover um
acompanhamento domiciliar, possibilitando assim convergir a longievidade
populacional, que é tendência, à qualidade de vida do idoso.
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