7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
1/10
D.E.L.T.A.,ol.
10,N"2,
994
(329-338)
PESQLIISA
NTERPRETATIVISTA
EM LINGSTICA
APLICADA:
A LINGUAGEM
COMO
CONDIO
E SOLUO(I
)
Luiz
Paulo
da MOITA LOPES
(Universidade
Federal
do Rio de
Janeiro
ABSTMCT:
In his
ruer,
the nterpretath,ist
rdiidt
o eech
in
Adied
Linguistics is
dscussed
This is dcne
through
a comprison
between
he positivist
and the
interprelativisl
m&s
of recu-ch on the
basis
of ther
ontological
epistemological
od
metfulogical
principles.
Il is argued
tha, since language
both
corditions
wial
realty
-
ie,
men constrlrct
il throtrgh
mtgnge
ase
-
and
ofers the
means
or
its comprehension,
lg
interpretativi
tradition
pems
to be
more
adequate
o the
W
o daa one
s cor{ronted
vith when
dow
research
in Applied
Littguistics.
Tlre interprctativist
ttion
is
exemplifed
through
he dscwssion
two
tyWSo
refuarch
Wadigms:
the ethnogrqhic
atd
trv introqactive pqrdigms.
0. Introduo
Antes
de tratar
da
questo
da
pesquisa
nterpreatista
m
Lingustica
Aplicada
(LA),
tema
central
deste tralho,
seria
til
esclaecer
o motivo pelo qual
considero
este um
tpico relevante
da
,re,
H
trs
motivos principais
po que
me
parcce
mpotante
disc1rt
lo.
l) Ce
queles
que
rzem
pesquisa
m LA
comideraraspectos
e
natureza
pistemolgica
a fuea.E necessrio
ue
se
discutacomo
se d
a
produo
de
coecimento neste
campo,principalmente
orque
emuma rea de investigaoo novas discusso
ontribui
para
definir a
L
atravsda anse
as ormas
de investigao.
a verdade,
nota-se,
no Brasil,
um interesse
ada vez maior pela
compreenso
o
que
seja
LA
ie, como
se
produz
coecimento
em LA
Os ts encontros
de LA
realizados
no
ano de 1990
(cf
Rarnio
do
GT de LA na V ANpOLL
-
I-FPE, I
SIMPLA na
IIFRJ, e
o
I INPLA
na
PUC-Sp)
trataram da
questo cf
Moita l-opes,
l99l);
2)
Muitas
das
pesquisas ue
se
produzer4
no Brasil,
sob
o
rtulo
de
LA
ignoram
as tradies
de
pesquisa
as quais
se inseren-
parec
7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
2/10
330
D,E.L-T.A-
essencial
que,
como
pesquisadores formadores
de
pesquisadores m
Ld
possamos
efletir sobre as
formas de
produzir
coecimento
em
nosso campo.
A constituiode um
corpo de metacoecimento sobre
uma
rea de investigao
extremanentemportante
para
o seu
desenvolmento;
3) H aindaem Ld e no sono Brasil e no em L ie, as C.
Sociais
como um todo, uma
forte tradio de
pesquisa
de base
positista
que parece
ou ignorar ou
ejeita
outas
formas de
produzir
coecimento.
Como exemplo,
astaexaminarem-ss ctlogos
do IX
e
do X Congresso nternacional e
LA
(Ar
A-90 e
93),
onde
se not4
claramente,
em Ld uma
prepondefancia
e
pesquisa
de
natureza
positivista. Na verdade,os metodos
quantuivos,
nas C. Sociais,
m
um status
privilegiado
e,
geralmentg
o so
questionados.
Ht,
contudo,
ormas novadoras e
nvesgao rnL
que,
fazendo
parte
de uma tradigo
epistemolgica iferentq
podern
ser rweladoras
de
coecimento,
que
no
est
ao a.lcance a tradio
positivistl,
dedo a
sebasearern
rn
princpios
diferotes.
Essa tradio inovadora o que se convencionouchamar de
pesquisa nterpretatista, de
que
trata o cerne deste
tabalho.
Paa
considerar
a
questo,vou fazer uma breve comparao nte as bases
gerais em
que
se assentam tradio
positista
e a
interpretatista
do
ponto
de vista ontolgico,epistemolgico
metodolgico
dHitchcock
&
Hughes, 1989).
para a seguir, conc
ta-me
na
pesqsa
interpretatista" atravs
da exemplificao
e dois tipos de
pesquisa
dentro desta adio:
a etnogficae a
infospctiv8"
que
j
contam
com alguns
ralhos representativos
o Brasil.
Conforme Ochsner
1979:
70-71)
apont4
estas duas
tradi@s
remontim
a um debate
filosofico antigo,
que
tem sua.s
bases
na
antiguidadg
e,
a
so monottica a
hermenuticae
pesa
o
mundo.
O debateassenta m concepesiferent
s obrea existnciado mundo
social ndependentemerte
o homen\
e, do coecimento
que
enos do
mundo.
Nas C. Sociais,como
disse acim4
provavelmente edo
crena de
que
o
fazer cientfico se
dweia
Pauta
pelos mesmos
princpios que
oriedam
as C. Naturais,
h uma
grande
preferncia
pela
posio positist4 considerad4
mtas vezes,a maneira
egtima de
produzir
cincia.
Em
outras
palawas,
o saber
cientfico
o saber
oriundo
da tradio
positist4 que
te4 en
mtos
gmpos
de
pesqsadorego monopliosobre
a chamada
erdadecienfic4 o
que
7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
3/10
MOITALOPES
quer que
isso
seja. Deste
ponto
de
st4 o mundo social existirir-
indpendntemente
o homem.
Toda4
aqueles
que
defendema
posio
nterpretatista omo a
maneira mais
adequada de
produzir
coecimento
nas
C. Sociais
argumentam
ue
a
naturezado
objeto de
investigao as C. Sociaise
to diversado das C.Naturais, queno se ustifica a utilizaodemeios
e
procedimeos
as
C,
Naturais nas
C. Sociais.
A natureza o mundo
social
de tal ordem
que
necessrio
que
se desanbram
meios
adequados
produo
cientfica nas C. Sociais
(sendo
est4 no meu
entender,
ma
das ares
da
LA).
O
que
especfico,
o mundo
social,
o
fato
de os significados
que
o caracteizam eremconstndos
pelo
homenqque
interpeta e re-interpreta o mundo a sua volt4 fazendo,
assir4com
que
no hajauma realidade
nic4 mas
vrias ealidades.
A utilizao
da
linguagem pelo
homenq
portanto.
toma
inadequado
uso dos mesmos
procedimentos
das C. Naturais nas C.
Sociais,
pois
o objeto
de investigao
das C. Sociais
faz
uso da
linguagem
n.-.difer
ntenente
dos fenmenos isicos, os atoressociais
atribuemsignificadosa si mesmos,aos outros e aos contextossociais
em
que
vem
'
(Hughes,
1990: 96). A linguagem
possibilita
a
construodo mundo social e
a condio
para
que
ele exista: o
significado no
o
resultado
da inteno indidual
mas
de
inteligibilidade nter-indiduI.
Em outras palawas,
o significado
e
construdo ocialmerte.."
(Aronowitz
& Groux,
l99l:93). Assim,
a
investigao as
C. Sociais em
que
da mnta da
pluralidade
de vozes
em ao
no
mundo social e considerar
que
isso envolve
quesies
relavas a
poder,
ideologi4 histria
e subjetividade.
Na
posio
interprettist4 no
possvel
ignorar
a so dos
paticipantes
do
mundo
social caso se
pretenda
investig-lo,
que
esta
que
o
determina: mundo
social tomado como existindo
na
dependnciao
homem.Tais
serian\ ento, as concepes ntolgicas obrea natureza
do mundosocial,emquesebaseiam s duas radi@esdepes(uisa.
A concepoda forma de
produzir
coecimento
que
subjaz a
estasduas radies amben diferente,Na
positista
so a experincia
pessoal
tavsda obsewaodireta do fato a ser estudado
possivel,
enquanto
que,
na interpretatist4
o acessoao
fato
deve ser
feito de
forma indireta
atravs da
interpretao
dos vrios significados
que
o
constitu
n.
3 3 1
7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
4/10
D.E.L.T.A.
Tais
concepes determinam procedimentos
metodolgicos
especificos que
sam a
captar aspectosdiferentesdo fato
sociat
considerados omo relevantes
em cada uma
das tradies.
Na so
positist4
as
variveis
do mundo
socialso
passvds
de
padronizao,
podendo,
portanto,
ser tratadas estatisticanente
para gea
generalizaes.
na so interpretatist4
os multiplos signficados
queconstituemas realidades o sopassiveis e nterpretao. o frtor
qualitativo,
e,
o
paicular,
que
nteressaPara
se rlar
de
generalizao
necessrio
ue
esta seja entendida
de
forma
diferente,
que
no
procede
de urna
causa observvel. E uma
generalizao
onstruida
intersubjetivamente,
ue privilegia
a especifdade,o contingentee o
particular.
Acredita-seque
impossvel ontrolar
as
variveis,
para
usar
um
termo
positista,
que
caacteiam o homem o mundo social de
modo que
s
possa
demonstraa causade um fato
observado.
a so
positist4
a realidade
passvel
de
ser
reduzida
a uma caus4
que
se
torna observvel travsda
padronizao
a
realidade
m expeimentos-
Na so interpretalist4
a
padronizao
sta corno esponsvel
or
uma realidade istorcidg ig construda
pelosppriosprocedimertos
e
investigao,
ue
trazem ton4
potanto,
resultadosde investigo
queabsolutamenteo interessam or no cptarem muhiplicidade e
significados
ue
o
homem atribui
ao
mundo
social ao constituilo.
Na
positist4
o
elementoobjetidade
a
qualquerproo
o
que
interessa
iq os frtos sociais resistem a nossavontade
(cf
Hughes, 1990:24).
enquanto
qug
na so
interpretatista"
o nico
preo
a
pagar
a
subjetividade,ou
melhot a intersrbjetidade,
os significados
que
os
homens.ao inreragirem
uns
com os outos, conslroeL destroerne
reconstroem. E
justamente
a
intersubjetidade que
possibilita
chegarmos
mais
prximo
da realidade
que
consituda
pelos
atores
sociais
-
ao contrapormos os significados construdos
pelos
participantes
o
mundo social. O foco , entiio, colocadoen aspectos
processuaisdo mundo social em
vez
do
foco em um
produto
padronizado.
apresentao
eita acim4 subjaz uma clara
prefernciapela
investigao
e
natueza nterpetatist4
que
me
parece
mais adequada
para
ratar dos
atos com
que
o
linguisa
aplicado e
depar4 almde ser
mais enriquecedora
por permitir
revelar coecimentos
de natureza
diferente
dedo ao
sanenfoque
novador.Alm
disso, endo
abalhdo
com a
vetente
positista
ern
pesqsas
anteriores
(como
mtos
pesquisadoresm Ld
mia iniciaoem
pesqsa oi feita
com base
no
paradigma
ositista),
pude
daectar cnmo a interpretao e dadosde
7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
5/10
MOITA
LOPES
natureza
quantitativa
ica copletsmeflte
abitrria
ou especulava
e
dados de
naturezasubjetiva e
qualitativa
forem
ignorados
(cf
Moita
Lopes, 1990b). Contudo,
parece-me
essencial
aqui
que
dois
pontos
fiquemclaros
para
o
pesqsador
ern
LA:
a) as
implicaes
ontolgicas
e epistemolgicas
e suas escolhas
metodolgicas
de
investigao,
sendo
que
estas
muitas vezes dependem
e fatores
pragrnticos
ais
comotempo e financiamento isponveis ara concluir um doutorado,
por
o
7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
6/10
334
D.E,L.T.A.
Tendo
considerado,
cim4
o
porqu
da pesquisanterpretatist4
passo
agoa
a trata
do como.Para
ilustr.:rr
as formas
de hzer
pesquisa
de
base interpretatista,
primeiramente,
apresentaeialguns
taos
caractersticos
a
p
sqsa
etnogfica
(que
consider4
primordialmante,
aspectos
sociais)
e,
a seguir,
da
pesquisa
introspectiva (que
e,
ess
ncialmere,
e nureza psicolgica)
2).
A
pesquisa
tnogfca
origina-se
na
sociologia
e
na
antropologia
e
focaliza
o conto(o
social
da
perspectiva
dos participantes,
sto
, em
vez
de considerar
om
nte
observao
o
pesqsador
externo,
mmo
tradicionalmente
eito
em
pesqsa
de
base
positistq
a
pesquisa
etnogrfica eva
ern
cofta
que
em
qualquer
estudo
conts
7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
7/10
MOITALOPES
A outra vertente
de
pesquisa e base nterpretatista
a
que
quero
me referir
aqui
a
chamada
pesqsa
ntrospectiva"
que
assenta
suall
bases em
psicologia
cognitiv4 e
que
tem despetado
o inteess
de
lingsas
aplicados.No
Brasil" so os trabalhosde Cavalcanti
1989)
e
de
Paschoal
1992),
e no cortexto
nternacional,o
liwo editado
por
Faerch & Kasper
(1987)
e o volume
8(4)
da
evista Text
de 1988,
editadopor Van jk eWodakque podern luttrtr esta endncia.
Esta forma de
pesqsa
tern
sido usada
para
investigar os
pocessosque
zubjazem
compreen$o e
produo ingistica e os
processos
de ensino/aprendizagern
ingstica. Devido ao
fato de estes
processos
no serem
passveis de observao diet4
tem-se
agumentado
ue
uma
maneirade se e acesso eles
atravesdo uso
da tcricade
potocolo
veltal,
originalmente
esenvoMda
a Teoria de
Resoluo
de
Problernas, m
que
se solicitava
que
o sjeito
sob
irwestigao elatasse s
passos
nvolvidos a
resolugo e uma tarefa-
problema (cf
Cavalcan,1987:234}
Em
poucas palavras,
o uso
desta
tecnica
em LA ao deslocaro foco tradicionalda anse
o
produto
-
,
ig compreenso e um todo ou do
poduto
de uma traduo,
por
o
7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
8/10
D.E-L.T.A.
trabalhacom basena
procura
das regularidades ue
sugem
nos
dados
(padres
de
unidades
e significados)
que possibilitam
a
formao
de
um arquivo de dados, elacionados
(s)
questo(es)
ob
anlise,
que
podem
ser ento novamentee-inte4netados partir
do confronto
com
dados
provenientes
e outros instrumentos
u de
novas nvesigaes.
J
quanto
ao
problema
da diwlgo, resta
ao
pesqsado
usa sua
capacidade e fazer ulgamentos obreos dadose escolheraquelesque
melhor lustrem
sua
nterpretao,
stando lao,
portanto,
que
os dados
refletem
sua
ntcrprctrio,
e
que
a sua otalidsde
deve esta disponivel
paa
outos
pesquisadores-int
rpretadores,
omo forma
de oferecer
seu
tralho
crtica
(4).
Para inalizar,
gostaria
dg citando
fughes
(
I 990: 52), indicar
que
e
provvel que
:
'
A
procurapelo
coecimento soluto
e
certo
dew
ser abandonada substituida
or
umaseie nfinita
de
hterpretaes
do
mundo",
que
esto
politica
e historicamente
ituadss.Esta talvez seja
um
modo
de
fazer
circia mais adequadoaos dados com
que
nos
deparamos m
LA
ou de dar conta do fato de
que
a
linguagern
q
ao
mesmo empo, condio
para
a co struodo mundo
social e caminho
paraencontrrsolues aracompreend-lo.
Recebido
m03/M/92lAceito m 2l03/93)
NOTAS
t. Esto r8balho qnou
possvel ra&s
a
umabolsade
pesquisa
o CNPq
(300194-86/2)
a uln auxilioda FUJB
3825-3).
gradeo Silvia Brado
CJFRJ)
clas
ugsts
eitas uma
rineira
so
st 'sbalho-
2. Gostaria eenfatizar
ue
{i
difercntrs
todologias
e
pesquisa
o
Dabreza
int
pr
tativistanusona reac LA
(cf
Cavalcanti Moita Lopes, 99l-
por
exonplo.
para
outros ipos).O
que
s
apEscntaqui e son
t
urna
rlustrao.
3. E precisosalienurqueas pesquisasxerrplificadaseste r'abalho o
eflelEm,
ec
ssiamente,n toto a viso de
pesisa
inierpftativista
aprcsentadacima, obretudo
o
que
e cfeeao atodeo atode
psquisar
.
sido
descritoaq como
nseridohistqia
c
politicamete.
essalve-sc.
tsmbrq
que
houtros
esquisadores
o Brasilabalhado omebrografia
intoepeco:
que
se
ofere uma
eqrna
ocnpficao-
4.
Frcderik
ricksor mdos
grmdes squisadores
faar usode eEografia-
e|n Ecee counico
p
ssosl,
argm
ntou
que
o uo &
estatstica
descritiva
ods
ajrdara esclarecer
qumtidade
dados
s
ntcs
o
copus,
7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
9/10
MOTA
LOPES
'7
efnbs
a uma
qusto
em studo,
que
permite
uma
inerprtao
detemin8da.
REFERNCIAS
BIBLIOGRFICAS
ARONOWTTZ,S. & H.A. GIROIIX (1991) Postndenr Education.
Mirmeapolis:
University of Minnesota
Press.
BORTOM,
S-M.
(1991)
Educao
bidia-leral:
o
que
?
possvel?
Trabalho
apresentado
no Itr
Simposio
de Lingustica
Apcada:
LnguaEstrangeira
e Lngua
v{aterna
a UFRI.
CAVALCANTI,
M.
& L.P, MOITA
LOPES
(1991)
knplnentao
e
pesquisa
na
sala de
aula no contodo
brasileiro,
TraMIIns
de
L
gastica
Aplicada, 17:
133-144.
CAVALCANTI, M.
(1989)
[nterao
Leito 7bxro.
Campinas:Editora
daUNICAMP.
CAVALCANTI,
M.
(1987)
Investigating
FL
reading
performance
though
pause
protocols.
IN: C. Faerch
& G.Kasper
eds.)
1987),
230-250.
COHEN, A. (1987) Using verbal reports in researchon language
leaming.N:
C. Faerch
& G. Kasper
eds.),
987,
2-95.
ERICKSON,
F.
(1986)
Qualitative
rethods
n research
n
teachins. N:
M C. Wittrock (ed.), 1986).
FAERCII,
C. & c- KASPER (eds.) (1987)
Introqnction
in
Second
Lorguage Research.
Clevendon:Multilingual
Matters.
GIORGI,
A
(1985)
Phenomenolog
ad
Psychological
Research.
Pittsburgh:
Duquesne
University
Press.
HITCHC@K
G. & D. HUGI{ES
(1989)
Research
rd tlre
Imguage
Zeacer.
ondon: Routledge.
HUGHES,
J.
(1990)
The Philoxtphy
of Srrcial
Research.
-ordion:
Longman.
KUHN, T.
(1970)
The
Shltctare o
Scienfirtc Re+olations.Chicago:Universityof ChicagoPress.
MOITA
LOPES,
L.P.
(1990a)
Percepo
do processo
de
ensino/aprendizagern
e leitura
em ingls:
um estudo
etnogfico.
Atuis
tu V
ANPOII,297-308.
MOITA LOPES,
L.P,
('1990b)
The
evaluation
of an EFL
reading
syllus model:
integrating
experimental
and ethnographic
data.
Trabalho
apresentado
no IX
Congresm Intemaciornl
de
L.
Apli,
Thessaloniki (ED
324950,
coleo de micro-ficha
da
ERIC
Clearinghouse
n Languages
ndLinguics).
7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)
10/10
DT.L.T.
MOIT
LOPES,
L.P.
(1991)
Applied
Linguistics in Bnzit:
a
perspective,
Newsletter of The British
Asseiatid,
of Applied
Linguistics,
39 27
30.
OCHSNE&
R.
(1979)
A
poetics
of second language
acquisioq
Laguage l2ning,29,
1: 53-80.
PASCHOAL,
M.S.
(1992)
O
processo
e
compreenso
a neifora na
formaodosprofessorcs e nguamaterna. N: M.S. Pasi:bal &
M.A Celani
orgs.)
{1982\
233-246.
PASCHOAL,
M.S.
&
M.A
CEI.A}
(ores) (t9y
z\ I;ngftrtica
Apli:
fu
qlic@
da li8.sric
tgstica
trri&iplirw.
SoParo:
EDUC.
VAN
DIJIE
T.
&.
R
WODK
(ed$.1(1988\
YerM reports
6 a in
a* cotprelwtion
rcEedL Tqt
(Edi?fu
Erycid),
Et 4:
VAN LIE&
L.
(1988)
The
Clrcsun d
tlc l;4uage Leorcr.
Londres:.Longman.
Top Related