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O MOVIMENTO ZEITGEIST
Uma Nova Forma de Pensar
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youtube.com/user/BrazilianLingTeamblog.movimentozeitgeist.com.br
Esta edio encontra-se em reviso e pode conter erros.Por favor, visite o site umanovaformadepensar.com.br
posteriormente para adquirir uma verso atualizada.
EDIO PR-LANAMENTO
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Edio Brasileira
O Movimento Zeitgeist: Uma Nova Forma de Pensar1 edio, Fevereiro, 2015
Creative Commons
Atribuio Uso No Comercial Compartilhamentopela mesma Licena 4.0 Internacional(CC BY-NC-SA 4.0)
O contedo presente neste livro pode ser reproduzido para fins nolucrativos sendo expressamente proibida sua venda em qualquer
circunstncia. Quaisquer outras intenes requerem aprovao diretapelo TZM Global atravs do contato:[email protected]
Esta uma obra sem fins lucrativos.Qualquer custo pago para sua aquisio deve se remeter
apenas ao custo de produo, sem lucros embutidos no valor final.Qualquer tipo de explorao financeira deste
trabalho no ser tolerada.
Agradecimentos:A traduo desta obra fruto da contribuio voluntria de membrosdo Time Lingustico do Movimento Zeitgeist Brasil.
Traduzido ao portugus por:
Agradecemos a ateno e esperamos que apreciem esta obra com amesma ateno e carinho que tivemos no trabalho de traduo!
Cordialmente,Time lingustico do Movimento Zeitgeist Brasil
Bruna Saho Carina Albrecht
Cassiano dos Santos
Claudio Estevam Prspero Fabio Queiroz Fernando Santucci
Graciela Kunrath Lima Gustavo Canto
Jos Roberto Sousa
Juliano Guimaraes Hofliger Michael Marques Rodrigo Solera
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Crditos originais
Te Zeitgeist Movement: Realizing a New train of thought1 edio, Janeiro, 2014
Agradecimentos:
O material reproduzido aqui fruto de muitas formas decontribuio, especificamente os trabalhos do Time de Palestrasdo Movimento Zeitgeist.
parte da lista de agradecimentos (abaixo), gostariamos de agrade-cer tambm diversas pessoas que contribuiram enormemente com
notcias, fontes, dicas, pesquisas e outras informaes relevantes.
Compilado e Editado por
Ben McLeishMatt BerkowitzPeter Joseph
Agradecimentos :
ISBN-13:978-1495303197
ISBN-10:1495303195
Andrs DelgadoBakari Pace
Brandon KristyBrandy Hume
Douglas MalletteEva Omori
Federico Pistono
Gilbert IsmailJames Phillips
Jason LordJen Wilding
Miguel OliveiraSharleen Bazeghi
Tom Williams
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Sumrio
Prefcio 9
Parte I: Introduo
Cap. 1 Viso Geral 15Cap. 2 A Viso Cientca do Mundo 27Cap. 3 Buscando Solues 37
Cap. 4 Lgica vs Psicologia 43Cap. 5 A Questo da Unidade Humana 53Cap. 6 O Argumento Final: A Natureza Humana 61
Parte II: Patologia Social
Cap. 7 Denindo Sade Pblica 69
Cap. 8 Histria da Economia 87Cap. 9 Ecincia de Mercado vs. Ecincia Tcnica 123Cap. 10 Distrbio do Sistema de Valores 147Cap. 11 Classismo Estrutural, o Estado e a Guerra 173
Parte III: Uma Nova Forma de Pensar
Cap. 12 Introduo ao Pensamento Sustentvel 197Cap. 13 Tendncias Ps-Escassez, Capacidade e Ecincia 205Cap. 14 Fatores Econmicos Reais 275Cap. 15 O Governo Industrial 299Cap. 16 Estilo de vida, Liberdade e o Fator Humano 333
Parte IV: O Movimento ZeitgeistCap. 17 Desestabilizao Social e Transio 349Cap. 18 Tornando-se o Movimento Zeitgeist 381
Notas e referncias 391
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Prefcio
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O resultado de qualquer pesquisa sria s pode ser o de azer
surgir duas perguntas onde antes havia apenas uma.
- Torstein Veblen -
Origem do nome:
O Movimento Zeitgeist (MZ) o atual identificador do movimento so-
cial descrito nos ensaios a seguir. O nome no tem nenhuma relao histri-
ca significativa com qualquer especificidade cultural e no deve ser conun-
dido/associado com qualquer outra coisa previamente conhecida com umttulo similar. Na verdade, o ttulo explicitamente baseado no significado
semntico dos termos em si. O termo Zeitgeist definido como o clima
intelectual, moral e cultural geral de uma poca. O termo Movimento
implica simplesmente em um movimento ou mudana. Por isso, o Mov-
imento Zeitgeist (MZ) uma organizao que luta por mudanas no clima
intelectual, moral e cultural dominante da poca.
Estrutura do Documento:
O texto a seguir oi preparado para ser o mais conciso e abrangente pos-
svel. rata-se de uma srie de ensaios ordenados por assunto de maneira
a embasar um contexto mais amplo. Enquanto cada ensaio oi concebido
para ser avaliado em seu prprio mrito, o verdadeiro contexto consiste na
orma como cada questo trabalha para sustentar uma linha de pensamentomais ampla, no que diz respeito organizao mais eficiente da sociedade
humana. Aqueles que lerem estes ensaios de orma linear notaro que existe
uma boa quantidade de sobreposio de certas ideias. Isso proposital, pois
tal repetio e nase considerada til, j que alguns dos conceitos soaro
muito estranhos para aqueles sem qualquer exposio prvia aos mesmos.
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Alm disso, uma vez que s ser possvel manter a compreenso de cada
assunto e suas inter-relaes atravs de uma grande exposio de detalhes,
um grande esoro oi eito para reerenciar pesquisas de terceiros ao longo
de cada ensaio, atravs de notas de rodap e anexos, permitindo ao leitor
um acompanhamento para um estudo mais aproundado, conorme surgiro interesse.
O Organismo do Conhecimento:
Como acontece com qualquer pesquisa que apresentada, estamos li-
dando com compostos de dados gerados em srie. A observao, sua aval-
iao, documentao e integrao com outros conhecimentos, existentes ou
pendentes, a maneira pela qual todas as ideias notveis surgem. impor-tante compreender esta continuidade no que diz respeito maneira como
pensamos sobre o que acreditamos e o porqu dessa crena, pois o mrito da
inormao est sempre separado da pessoa ou instituio que a comunica
ou representa. A inormao s pode ser avaliada corretamente quanto sua
prova ou alta dela por meio de um processo sistemtico de comparao com
outra evidncia sica verificvel.
Da mesma orma, essa continuidade tambm implica que no pode ha-
ver uma Origem emprica das ideias. Do ponto de vista epistemolgico,
o conhecimento gerado, processado e expandido principalmente atravs
da comunicao entre nossa espcie. O indivduo, com suas propenses e
experincias de vida inerentemente dierentes, atua como um filtro person-
alizado de processamento pelo qual uma determinada ideia pode ser trans-ormada. Coletivamente, ns, indivduos, estamos abrangidos naquilo que
poderia ser chamado de uma Mente de Grupo, que o processador social
de ordem maior pelo qual os esoros individuais idealmente se unem. O
mtodo tradicional de transerncia de dados atravs da literatura, da par-
tilha de livros de gerao para gerao, tem sido um caminho notvel desta
interao da Mente de Grupo, por exemplo[1].
Issac Newton talvez tenha declarado melhor essa realidade com sua
rase: Se vi mais longe do que os outros, oi por estar de p sobre os ombros
de gigantes[2]. Essa noo trazida aqui a fim de ocar o leitor na consider-
ao crtica dos dados - e no em uma suposta onte - j que, na verdade,
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empiricamente alando, no existe tal coisa. O reconhecimento de uma on-
te s se az relevante diante dos padres culturais, temporais e tradicionais,
como nos crditos literrios de um livro-texto para reerenciar uma utura
pesquisa. No h declarao mais errada do que esta: Esta a minha ideia.
ais noes so subprodutos de uma cultura material que tem sido reoradaatravs da busca de recompensas materiais, usualmente atravs do dinheiro,
em troca da iluso de propriedade das suas criaes. Muitas vezes, uma
associao com o ego se sobressai quando um indivduo reivindica prestgio
sobre seu crdito por uma ideia ou inveno.
No entanto, isso no significa excluir a gratido e o respeito por aquelas
pessoas ou instituies que demonstraram dedicao e perseverana em
relao expanso do conhecimento em si, nem mesmo significa diminuir
a importncia necessria daqueles que alcanaram um status de especial-
ista, de expert em um campo particular. As contribuies de pesquisa-
dores, pensadores e engenheiros brilhantes, como R. Buckminster Fuller,
Jacque Fresco, Jeremy Riin, Ray Kurzweil, Robert Sapolsky, Torstein
Veblen, Richard Wilkinson, James Gilligan, Carl Sagan, Nicola esla, Ste-phen Hawking e muitos, muitos outros pesquisadores, do passado e do pre-
sente, sero reerenciadas e tero suas ontes indicadas neste texto, servindo
como parte de um mosaico maior que voc est prestes ler. Expressamos
uma enorme gratido em relao a todas as mentes dedicadas que esto tra-
balhando para contribuir com um mundo em apereioamento. No entanto,
mais uma vez, quando se trata do nvel de compreenso, a inormao em
si no tem origem, lealdade, preo, ego e nem vis. Ela simplesmente se
maniesta, auto-corrige e desenvolve, como um organismo em si mesmo,
atravs da nossa Mente de Grupo coletiva, para a qual todos ns somos,
invariavelmente, um veculo componente.
Entendido isso, O Movimento Zeitgeist no reivindica a criao de
qualquer ideia que promove e melhor classificado como uma instituiode ativismo/ensino que trabalha para amplificar um contexto onde as desc-
obertas cientficas existentes/emergentes possam adequar-se como um im-
perativo social.
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Sites e Recursos:
Os 10 sites a seguir esto oficialmente relacionados com operaes globais
do Movimento Zeitgeist:
- Site Principal do Movimento: http://www.thezeitgeistmovement.com
Este o site principal e centro de aes / eventos / atualizaes relacio-nados ao MZ.
- Central de Captulos Globais: http://www.tzmchapters.net/
Este o principal centro mundial de inormaes dos Captulos e materiais.
Ele inclui mapas, um kit de erramentas para os Captulos e muito mais.
- Blog Global: http://blog.thezeitgeistmovement.com/
Este o blog oficial que permite o envio de ensaios no estilo editorial.
- Frum Global: http://www.thezeitgeistmovementorum.org/
Este o nosso rum oficial para os membros discutirem projetos e trocarem
ideias por todo o mundo.
- Projeto Mdia Zeitgeist: http://zeitgeistmediaproject.com/
A pgina do Projeto Mdia hospeda e disponibiliza links para vrias produes
de udio / vdeo / literria dos membros do MZ. Usurios doam seus trabalhos
em postagens, que so requentemente utilizados como um kit de erramentas
para flyers em grfico, apresentaes de vdeo, animaes em logotipos e etc.
- ZeitNews: http://www.zeitnews.org/
ZeitNews um servio de notcias que contm artigos relacionados com
avanos socialmente relevantes em Cincia e ecnologia.
- Zeitgeist-Day (Zday) Global: http://zdayglobal.org/
Este site se torna ativo anualmente para acilitar o nosso Evento Global
Zday, que ocorre em maro de cada ano.
- Festival de Mdia Zeitgeist : http://zeitgeistmediaestival.org/
Este site se torna ativo anualmente para acilitar o nosso Festival de Mdia
Zeitgeist, que ocorre todo ano em Agosto.
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- Global Redesign Institute: http://www.globalredesigninstitute.org/
O Global Redesign Institute um projeto de interace grfica virtual ba-
seado num grupo de estudos e de resoluo de problemas (Tink ank)
que utiliza modelos de mapas/dados para expressar mudanas tcnicas em
vrias regies, de acordo com a linha de pensamento do MZ .
- MZ Rede Social: http://tzmnetwork.com/
MZ social um site interligado que conecta muitas redes sociais on-line
populares, criando um ponto de conexo mais central para a comunicao
atravs de vrios meios.
Redes Sociais Gerais:
ZM/MZ Global no witter: http://twitter.com/tzmglobal
ZM/MZ Global no Facebook: http://www.acebook.com/tzmglobal
ZM/MZ Global no Youtube: http://www.youtube.com/user/ZMOfficial-
Channel
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Viso Geral
Captulo 1
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Nem as grandes estruturas polticas e financeiras de poder do
mundo, nem os profissionais cegados pela especializao, nem a
populao em geral percebem que (...) agora altamente vivel
cuidar de todos na erra em um padro de vida maior que
qualquer outro j conhecido. Isso j no deve ser mais
voc ou eu. O egosmo desnecessrio e, doravante, no mais
se justifica atravs da sobrevivncia. A guerra est obsoleta.[4]
- R. Buckminster Fuller -
Sobre
Fundado em 2008, o Movimento Zeitgeist (MZ) um grupo de deesa
de Sustentabilidade, que opera atravs de uma rede de Captulos Regionais,
Equipes de Projeto, eventos pblicos, comunicaes pela imprensa e oper-
aes de caridade.
O ativismo do MZ explicitamente baseado em mtodos no-violentos
de comunicao com o oco principal em educar o pblico sobre as ver-
dadeiras ontes de muitos problemas pessoais, sociais e ecolgicos comuns
hoje em dia, aliado ao vasto potencial de resoluo de problemas e melhoria
da humanidade que a cincia e a tecnologia tm alcanado - mas que ainda
no aplicado devido a barreiras inerentes ao sistema social atual.
Embora o termo ativismo seja correto pelo significado exato do termo,
o trabalho de sensibilizao do MZ no deve ser interpretado como o tradi-
cional protesto de ativistas, tais como vemos historicamente. Em vez disso,
o MZ se expressa atravs de projetos educacionais e racionais direcionados,
os quais no trabalham para impor, ditar ou convencer cegamente - mas
para pr em ao uma linha de pensamento que , logicamente, auto-con-cretizvel quando as consideraes causais da sustentabilidade [4] e sade
pblica [5] so reerenciadas a partir de uma perspectiva cientfica.
No entanto, a busca do MZ ainda muito semelhante a dos Movimen-
tos dos Direitos Civis do passado, onde notamos a opresso realmente
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desnecessria, inerente nossa ordem social atual, que estrutural e socio-
logicamente restringe o potencial e bem-estar humanos da grande maioria
da populao mundial, sem mencionar que suoca outras melhorias em det-
rimento de seus prprios mtodos j consagrados.
Por exemplo, o modelo social atual, ao mesmo tempo que perpetua
enormes nveis de ineficincia econmica generalizada corrosiva, como ser
visto em ensaios posteriores, tambm intrinsecamente beneficia um gru-
po econmico ou classe de pessoas em detrimento de outro, perpetuando
privaes relativas e desigualdades tecnicamente desnecessrias. Isso pode-
ria ser chamado de anatismo econmico, dadas as suas consequncias,
e no menos insidioso do que a discriminao baseada em gnero, etnia,religio ou credo.
No entanto, este anatismo inerente realmente apenas uma parte de
um quadro maior, que poderia ser chamado de violncia estrutural [6],
iluminando um amplo espectro de sorimento, desumanidade e privao
incorporados que so simplesmente aceitos hoje como normalidade
pela maioria mal inormada. Este contexto de violncia se estende muitoalm e mais proundamente do que muitos consideram. O escopo de como
nosso sistema socioeconmico desnecessariamente deprecia a nossa sade
pblica e inibe nosso progresso hoje s pode ser reconhecido claramente
quando tomamos uma perspectiva tcnica ou cientfica imparcial dos
assuntos sociais, superando as nossas afinidades tradicionais, muitas vezes
limitantes.
A natureza relativa da nossa conscincia cai requentemente como vtima
dos pressupostos de normalidade onde, digamos, a privao e a pobreza
crescentes de mais de 3 bilhes de pessoas [7] so vistas como um estado so-
cial natural inaltervel por aqueles que no esto cientes da quantidade de
comida de ato produzida no mundo, qual sua destinao e o seu desperdcio
ou quais so as possibilidades tcnicas, eficientes e abundantes, de produo
alimentcia dos dias atuais.
Esta violncia invisvel se estende aos Memes culturais [8], onde as
tradies sociais e sua psicologia podem, sem inteno maliciosa direta,
resultar em consequncias prejudiciais a um ser humano. Por exemplo, h
culturas religiosas no mundo que optam por evitar qualquer orma de trat-
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amento mdico convencional. [9] Enquanto muitos podero argumentar os
parmetros morais ou ticos do que significaria para tal cultura a morte de
uma criana em decorrncia de uma doena comum, que poderia ter sido
tratada se as erramentas cientficas modernas ossem autorizadas, ns, por
nossa vez, pelo menos concordaramos que a morte dessa criana, na ver-
dade, oi causada no pela doena em si mesma, mas pela condio social
que no permitiu o correto emprego da soluo.
Como um exemplo mais abrangente, uma grande quantidade de estudos
sociais j oi eita sobre o tema Desigualdade Social e seus eeitos sobre
a sade pblica. Como ser discutido mais em ensaios posteriores, existe
uma vasta gama de problemas de sade sica e mental que parecem ter na-scido dessa condio, incluindo tendncias para violncia sica, doenas
cardacas, depresso, deficincia educacional e muitas, muitas outras mani-
estaes - com consequncias verdadeiramente sociais, que aetam a todos
ns. [10]
O ponto essencial aqui que quando damos um passo para trs e con-
sideramos entendimentos recentes de causalidade, que claramente tm pro-duzido eeitos prejudiciais sobre a condio humana, mas seguem intocveis
desnecessariamente devido a tradies pr-existentes estabelecidas pela cul-
tura, ns atalmente somos levados ao contexto de direitos civis e, portan-
to, sustentabilidade social.
Este novo Movimento de Direitos Civis trata da partilha do conhecimen-
to humano e da nossa capacidade tcnica no s para a resoluo dos prob-
lemas, mas tambm para acilitar um sistema social estruturado cientifica-mente, que, na verdade, otimizaria o nosso potencial e bem-estar. Qualquer
subtrao criaria um desequilbrio e uma instabilidade social, j que negli-
genciar tais questes seria simplesmente uma orma oculta de opresso.
Ento, voltando ao contexto geral, o MZ trabalha no s para a conscien-
tizao de tais problemas e suas verdadeiras razes sistmicas - da uma lgica
de resoluo -, mas tambm para expressar o nosso potencial, alm das soluesdiretas dos problemas, em melhorar muito a condio humana em geral, resol-
vendo problemas que, de ato, ainda no oram sequer cogitados. [11]
O ponto de partida dado pela integrao da prpria natureza do ra-
ciocnio cientfico, onde o estabelecimento de uma linha de pensamento
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emprico tem precedncia sobre todo o resto. Uma linha de pensamento pela
qual a organizao social como um todo pode encontrar um contexto mais
preciso de sustentabilidade, em uma escala nunca antes vista, atravs de um
reconhecimento (e aplicao) do Mtodo Cientfico.
Foco
As amplas aes do MZ poderiam ser resumidas como Diagnosticar,
Educar e Criar.
Diagnosticar
Diagnstico a identificao da natureza e da causa de alguma coisa.
Para diagnosticar corretamente a condio causal dos vastos problemas so-
ciais e ambientais que temos hoje no basta queixar-se deles ou criticar as
aes de pessoas ou instituies particulares. Um verdadeiro Diagnstico
deve buscar a causa raiz de um problema e trabalhar neste nvel para buscar
a sua resoluo.
O problema central hoje que muitas vezes h o que poderia ser chamado
de um quadro de reerncia truncado, onde a alta de viso e o erro diag-nstico de uma determinada consequncia persistem. Por exemplo, a soluo
tradicional atual para a reorma do comportamento humano pela prtica de
muitos dos chamados crimes requentemente o encarceramento punitivo.
No entanto, em princpio, isso no diz nada sobre a motivao mais prounda
do criminoso e porque sua psicologia o levou a tais atos.
Nesse nvel, a resoluo torna-se mais complexa, pois o crime conse-quncia de uma somatria de atores sicos e culturais que se intensificam
ao longo do tempo. [12] Isto no dierente de quando uma pessoa morre de
cncer, uma vez que no realmente o cncer que a mata em sentido literal,
visto que o prprio cncer o produto de outras oras.
Educar
Como um movimento educacional que opera sob a suposio de que oconhecimento a erramenta/arma mais poderosa que temos para criar uma
mudana social duradoura e relevante na comunidade global, no h nada
mais importante do que a qualidade da ormao pessoal de cada um, e a
sua capacidade de comunicar tais ideias de orma eficaz e construtiva para
as outras pessoas.
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O MZ no trata de seguir um texto rgido de ideias estticas. ais asso-
ciaes restritas e limitadas so tpicas de cultos religiosos e polticos, e no
do reconhecimento da emergncia que ressalta a natureza anti-establish-
ment [13] do MZ. O MZ no impe nada neste sentido. Pelo contrrio, o
MZ trabalha para criar uma linha de pensamento aberta sem fim, que deve
ser entendida e percebida por cada indivduo, na esperana de inspirar sua
capacidade independente de entender a sua relevncia em seus prprios ter-
mos, em seu prprio ritmo.
Alm disso, a educao no apenas um imperativo para aqueles no
amiliarizados com a Linha de Pensamento e Conjunto de Aplicaes [14]
relacionada ao MZ, mas tambm para aqueles que j o apoiam. Assim comono existe uma utopia, no h um estado final de compreenso.
Criar
Embora certamente relacionado necessidade de ajustar os valores hu-
manos atravs da educao, para que as pessoas do mundo entendam e ve-
jam a necessidade de tais mudanas sociais, o MZ tambm trabalha para
considerar detalhadamente como um novo sistema social, com base na Efi-cincia Econmica tima [15], iria aparecer e operar, dada a nossa situao
atual de capacidade tcnica.
Exemplos desse trabalho so programas como o Global Institute Redesign
[16], um grupo digital de estudo e resoluo de problemas (um think tank),
que tenta demonstrar como o cerne da inra-estrutura social poderia se desdo-
brar, baseado em nosso estado tecnolgico atual, combinando essa capacidadetcnica com a linha de pensamento cientfico, a fim de calcular a inra-estrutura
tcnica o mais eficiente possvel para qualquer regio do mundo.
Vale a pena ressaltar que o MZ deende uma abordagem de governana
que tem pouca semelhana com a orma de governana atual ou com as ante-
riores, a qual se origina de uma interligao multi-disciplinar de vrios mt-
odos comprovados de otimizao mxima, unificados por uma abordagemcontra-balanceada de Sistemas que projetada para ser to adaptvel
quanto possvel s melhorias emergentes ao longo do tempo. [17]
Como ser discutido mais tarde, a nica reerncia possvel que poderia
ser considerada mais completa num dado momento a que leva em conta
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a maior observao interativa (Sistema) tangivelmente relevante. Essa a na-
tureza da sinergia de causa e eeito que ressalta a base tcnica de uma econo-
mia verdadeiramente sustentvel.
Economia Baseada em Recursos e Lei Natural
Hoje, existem vrios termos, em dierentes crculos, que expressam a base
lgica geral de um Sistema Social mais cientificamente orientado, incluindo
os ttulos Economia Baseada em Recursos ou Economia da Lei Natural.
Enquanto esses ttulos trazem reerenciais histricos e um tanto arbitrri-
os, o ttulo Economia Baseada em Recursos e Lei Natural (EBRLN) ser
utilizado aqui como o definidor do conceito, uma vez que possui uma base
semntica mais concreta. [18]
A Economia Baseada em Recursos e Lei Natural deve ser definida como:
Um sistema scio-econmico adaptvel derivado ativamente das reern-
cias sicas diretas relacionadas s leis cientficas que regem a natureza.
No geral, estabelece-se que atravs do uso de pesquisas socialmente dire-
cionadas e conhecimentos testados em Cincia e ecnologia, somos capazesde desenvolver abordagens sociais que poderiam ser proundamente mais
eficazes no atendimento s necessidades da populao humana. Estamos
agora em condies de aumentar drasticamente a sade pblica, melhor
preservar o habitat, alm de estrategicamente reduzir ou eliminar muitos
problemas sociais comuns hoje, que so, inelizmente, considerados inal-
terveis por muitos devido sua persistncia cultural.
Desde o surgimento do reconhecimento cientfico, este raciocnio
genrico no encerra nenhuma novidade e vrios indivduos e organizaes
notveis do passado e do presente tm eito aluso a tal re-orientao cient-
fica da sociedade de uma orma ou outra. Alguns exemplos notveis so a
ecnocracia Inc., R. Buckminster Fuller, Torstein Veblen, Jacque Fresco,
Carl Sagan, HG Wells, Instituto Singularity e muitos outros.
Linha de Pensamento
Da mesma orma, muitas dessas figuras ou grupos tambm tm tra-
balhado para criar aplicaes tecnolgicas temporalmente avanadas, tra-
balhando para aplicar as possibilidades atuais nessa linha de pensamento,
a fim de permitir ganhos de eficincias e de resoluo de problemas, tais
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como Sistemas de Cidade de Jacque Fresco [19] ou a Casa Dymaxion de R.
Buckminster Fuller. [20]
No entanto, apesar da importncia desta engenharia aplicada ser bvia,
undamental lembrar que todas as aplicaes tecnolgicas especficas so-
mente provocaro uma transio quando a evoluo dos conhecimentos
cientficos e suas aplicaes tecnolgicas emergentes orem levados em con-
siderao. Isso az que, com o tempo, todas as aplicaes atuais de tecnologia
tornem-se obsoletas.
Assim, o que nos resta apenas a linha de pensamento em relao aos
princpios cientficos de causa e eeito. O MZ fiel a esta linha de pensamen-to, e no a figuras, instituies ou avanos tecnolgicos contemporneos.
Ao invs de seguir uma pessoa ou projeto, o MZ segue o conceito cientfico
de compreenso e, portanto, atua de maneira descentralizada, hologrfica e
tendo essa linha de pensamento como base ou influncia para a ao.
Da Superstio Cincia
Um ato interessante a ser mencionado o quanto a evoluo do entendi-mento humano sobre si mesmo e seu habitat, aasta as ideias e perspectivas
mais antigas que deixam de ser aceitas devido introduo constante de
novas descobertas e inormaes.
Uma palavra chave digna de definio superstio, que, em muitas cir-
cunstncias, pode ser definida como uma categoria de crenas que em al-
gum momento oi sustentada por experincias e percepes, mas no podemais ser aceita como verdade devido s novas e conflitantes descobertas.
Por exemplo, mesmo que hoje o pensamento religioso tradicional possa
parecer cada vez mais inadmissvel a um nmero de pessoas maior do que
nunca no Ocidente, ato atribudo ao rpido crescimento da inormao e
acesso mesma, [21] as razes do pensamento religioso podem ser atribu-
das a perodos em que os seres humanos conseguiam justificar a validade epreciso de tais crenas, dada a limitada compreenso que tinham do seu
ambiente nesses tempos primrdios.
Este padro evidente em todas as reas do conhecimento, inclusive no
meio acadmico moderno. Mesmo as concluses classificadas como cientfi-
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cas que, com a introduo de novas inormaes e novos testes, muitas vezes,
no podem mais ser consideradas vlidas, [22] ainda so comumente deendi-
das meramente devido sua incluso em tradies culturais.
ais instituies estabelecidas, como podem ser chamadas, muitas
vezes desejam se preservar por razes de ego, poder, renda ou meramente
pelo conorto psicolgico. Este problema , em muitos aspectos, o ncleo da
nossa paralisia social. [23] Dessa orma, importante reconhecer este padro
de transio e perceber o quo crtica a vulnerabilidade quando se trata de
sistemas de crenas. Sem alar no enmeno das instituies estabelecidas,
que so culturalmente programadas para buscar a auto-preservao em vez de
evoluir e mudar, o que pode ser muito perigoso.
Da Tradio Emergncia
O conronto das nossas tradies culturais com a crescente base de
dados de conhecimento emergente o que define o zeitgeist da orma
que conhecemos. Sendo que, uma anlise da histria mostra uma lenta
dissoluo das tradies culturais supersticiosas e antigos conceitos sobre
a realidade, medida que as novas reerncias cientficas de causa e eeitoso consideradas.
Isto o que o Movimento Zeitgeist representa em seu mais amplo con-
texto filosfico: Um movimento do prprio zeitgeist cultural em novos, ver-
ificveis e otimizados conceitos e suas aplicaes.
Apesar de observarmos amplas mudanas e evoluo em dierentes reasdo conhecimento e da prtica humana, como por exemplo nossa vasta tec-
nologia material, nosso sistema social ainda consideravelmente atrasado.
Persuaso poltica, Economia de Mercado, rabalho Assalariado, Desigual-
dade, Estados-Nao, Legislaes e muitas outras bases de nossa sociedade
continuam sendo amplamente aceitas na cultura atual, por sua simples
persistncia ao longo do tempo como sendo a evidncia de seu valor e per-
manncia emprica.
neste contexto que a atuao do MZ se az mais importante: Mudar o
sistema social. Atualmente j existem muitas possibilidades de resoluo de
problemas tcnicos para o desenvolvimento pessoal e social que continuam
a passar despercebidas ou mal interpretadas. [24] O fim da guerra, da po-
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breza, a criao de uma abundncia material para suprir as necessidades hu-
manas nunca vista na histria , a extino da criminalidade da orma como
a conhecemos, o empoderamento da verdadeira liberdade pessoal atravs
da remoo de trabalho intil, montono, e a resoluo de muitas ameaas
ambientais, incluindo as doenas, so algumas das possibilidades quando
levamos em considerao a nossa realidade tcnica.
No entanto, essas possibilidades alm de no serem reconhecidas, aca-
bam sendo literalmente restringidas pela ordem social vigente, impedindo a
execuo de tais solues. Dessa orma, eficincia e prosperidade ficam em
oposio direta aos prprios mecanismos de nosso sistema social [25].
Portanto, enquanto o sistema social tradicional e seus valores no orem
desafiados e atualizados de acordo com o conhecimento atual, enquanto
a maioria da populao humana no compreender a linha de pensamen-
to tecnicamente necessria para apoiar a sustentabilidade e sade pblica,
como consequncia do rigor da investigao cientfica e sua validao, at
que grande parte da bagagem de alsas premissas, superstio, lealdades di-
vididas e outros obstculos culturais socialmente insustentveis e geradoresde conflitos sejam superados - todas as possibilidades que temos em mos
para melhoria de vida e solues de problemas permanecero adormecidas.
A verdadeira revoluo a revoluo de valores. Muitos valores humanos
bem como a orma de operao da sociedade ainda correspondem a valores
que datam de sculos atrs. Se queremos progredir e resolver os problemas
enrentados de orma eetiva, bem como reverter o que pode ser chamadode um declnio acelerado da nossa civilizao, preciso mudar a orma de
pensar sobre ns mesmos e sobre o mundo em que vivemos.
A tarea central do Movimento Zeitgeist trabalhar para trazer essa
mudana de valores tona, bem como promover a unificao da amlia
humana, uma vez que todos ns compartilhamos o mesmo planeta e todos
ns estamos conectados pelas mesmas leis de ordem natural, conorme jprovado atravs de mtodos cientficos.
Este entendimento comum se estende muito alm do que muitos tm en-
tendido no passado. A simbiose da espcie humana e a relao sinrgica com
o nosso lugar no mundo confirma que no somos entidades isoladas, sob
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qualquer aspecto, e que o novo despertar social deve apresentar um modelo
social de trabalho derivado desta lgica inerente, se esperamos sobreviver
e prosperar em longo prazo. Podemos nos alinhar ou podemos sorer. S
depende de ns.
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A Viso Cientficado Mundo
Captulo 2
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De um modo geral, a evoluo do conhecimento humano pode ser vista
como um movimento a partir de observaes superficiais, processadas pe-los nossos limitados cinco sentidos sicos, intuitivamente filtradas pelo
enquadramento educativo e valores daquele tempo - para um mtodo de
medio objetiva e mtodos de anlise auto-promotores que trabalham
para chegar a (ou calcular) concluses atravs de teste e reteste das provas,
buscando validao por meio do valor de reerncia da causalidade cientfi-
ca - uma causalidade que aparece para compor as caractersticas sicas da
chamada Natureza em si.
As Leis Naturais do nosso mundo existem quer ns escolhamos recon-
hec-las ou no. Estas regras inerentes ao nosso universo estavam presentes an-
tes que os seres humanos desenvolvessem uma compreenso para reconhec-las,
e por mais que possamos debater a respeito da exata preciso da nossa interpre-
tao dessas leis, no atual estgio de nossa evoluo intelectual, h evidncia
suficientemente consolidada para mostrar que estamos, de ato, conectados pororas estticas que tm uma lgica inerente, mensurvel e determinante.
Os vastos desenvolvimentos e a integridade preditiva encontrados na
matemtica, sica, biologia e outras disciplinas cientficas provam que ns,
como espcie, estamos lentamente compreendendo os processos da natureza
Quase todos os grandes erros sistemticos que iludiram os homens
por milhares de anos se basearam na experincia prtica. Horscopos,encantamentos, orculos, magia, eitiaria, curandeirismo e mdicos
empricos antes da medicina moderna, todos oram ortemente estabe-
lecidos aos olhos do pblico atravs dos sculos devido a seus supostos
xitos prticos. O mtodo cientfico oi concebido precisamente com
o fim de elucidar a natureza das coisas sob condies cuidadosamente
controladas e por critrios mais rigorosos do que aqueles presentes nas
situaes criadas por problemas prticos. [26] - Michael Polanyi -
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e o aumento da nossa capacidade inventiva em simular, acentuar ou reprim-
ir tais processos naturais, confirmam o nosso progresso na compreenso da
natureza. O mundo ao nosso redor hoje, abundante em material tecnolgico
e invenes que alteram a vida, um testemunho da integridade do Proces-
so Cientfico e do que este capaz.
Ao contrrio de tradies histricas, onde existe uma certa estagnao
em relao ao que as pessoas acreditam, como ainda comum em dogmas
religiosos, esse reconhecimento da Lei Natural inclui caractersticas que
desafiam proundamente a assumida estabilidade de crenas que muitos
consideram sagradas. Como ser expandido mais tarde neste ensaio no con-
texto de Emergncia, o ato que, simplesmente, no pode existir umaconcluso intelectual nica ou esttica sobre a nossa percepo e conhec-
imento, exceto, paradoxalmente, quanto ao padro subjacente de incerteza
dessas mudanas e adaptaes em si mesmas.
Isso parte do que poderia ser chamado de uma viso cientfica do mun-
do. Uma coisa isolar tcnicas de avaliao cientfica para interesses espec-
icos, como a lgica que usamos para avaliar e testar a integridade estruturalde um projeto de construo de uma casa, e outra, quando a integridade
universal desse tipo de raciocnio est enraizada permitindo que relaes de
causa e eeito e mtodos de validao sejam aplicados a todos os aspectos de
nossas vidas.
Albert Einstein disse uma vez: Quanto mais a evoluo espiritual da hu-
manidade avana, mais certo me parece que o caminho para a religiosidadegenuna no passa pelo medo da vida, pelo medo da morte e por uma cega,
mas sim por uma luta em busca de conhecimento racional. [27]
Enquanto cnicos da Cincia muitas vezes trabalham para reduzir a sua
integridade para outra orma de religiosa, rebaixando sua preciso como
ria ou sem espiritualidade, ou mesmo destacando as consequncias da
tecnologia aplicada ao mal, como a criao da Bomba Atmica (que, na re-alidade, uma indicao da distoro dos valores humanos, ao invs dos da
engenharia), no se pode ignorar o poder incrvel que essa abordagem (cient-
fica) proporcionou raa humana com a compreenso e aproveitamento da
realidade. Nenhuma outra ideologia chega perto de combinar os benecios
preditivos e utilitrios que este mtodo de raciocnio tem proporcionado.
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No entanto, isso no quer dizer que a negao cultural ativa desta relevn-
cia no est ainda diundida no mundo de hoje. Por exemplo, quando se trata
de Crena esta, muitas vezes h uma tendncia de diviso que deseja elevar o
ser humano acima de tais meras mecnicas da realidade sica. A suposio
implcita aqui que, geralmente, os seres humanos so mais especiais por
alguma razo e, talvez, existam oras, como uma interveno de Deus, que
podem substituir as Leis Naturais vontade, tornando-as menos importantes
do que, por exemplo, a obedincia contnua vontade de Deus, etc.
Inelizmente, ainda existe uma grande vaidade humana na cultura que
assume, sem evidncia comprovada, que os seres humanos esto separados
de todos os outros enmenos e que nos considerarmos conectados ou atmesmo um produto de oras naturais e cientficas seria o mesmo que re-
baixar a vida humana.
Ao mesmo tempo, h tambm uma tendncia para o que alguns cham-
am de pensamento Metamgico [28], que poderia ser considerado um tipo
de transtorno de personalidade esquizornica, onde a antasia e a iluso leve
ajudam a reorar alsas suposies de causalidade no mundo, nunca aprove-itando o rigor do Mtodo Cientfico [29]. A Cincia requer testes e repetidas
replicaes de um resultado para que este seja validado, e muitas crenas de
pessoas aparentemente normais atualmente situam-se ora deste requisi-
to. Alm das religies tradicionais, o conceito de Nova Era [30] tambm
comumente associado a este tipo de pensamento supersticioso. Embora
seja extremamente importante que ns, como sociedade, estejamos consci-
entes da incerteza de nossas concluses em geral, e que, portanto, devemosmanter uma mente aberta, criativa, para todas as postulaes, a validao
dessas postulaes s pode vir atravs de uma consistncia mensurvel, no
de pensamento positivo ou ascinao esotrica.
ais ideias e pressupostos invalidados representam um quadro de reern-
cia que muitas vezes assegurado por F [31], no Razo, e dicil discutir o
mrito da F com qualquer um, uma vez que as regras de F, por sua natureza,recusam argumentos. Isto parte do dilema em que a sociedade humana vive
hoje: Ns simplesmente acreditamos que estamos sendo tradicionalmente
ensinados pela nossa cultura ou ns questionamos e testamos essas crenas
rente a realidade sica ao nosso redor para ver se elas so verdadeiras?
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A Cincia est claramente preocupada com o amanh e no possui nada
de sagrado, sempre pronta para corrigir alsas concluses j estabelecidas
quando uma nova inormao surge. Aceitar uma incerteza to inerente-
mente - ainda que seja uma abordagem extremamente vivel e produtiva
para a viso de mundo do dia-a-dia - requer uma sensibilidade muito dier-
ente - uma que incorpora a vulnerabilidade, no a certeza.
Nas palavras do proessor Frank L. H. Wols (Departamento de Fsica e
Astronomia da Universidade de Rochester, NY), cuja Introduo ao Mt-
odo Cientfico reproduzida no Apndice B deste texto para a reerncia:
Costuma-se dizer que na cincia as teorias nunca podem ser provadas, ape-
nas reutadas. H sempre a possibilidade de que uma nova observao ouuma nova experincia entre em conflito com uma teoria de longa data. [32]
Emergncia
O corao do mtodo cientfico o ceticismo e a vulnerabilidade. A
cincia est interessada na maior aproximao da verdade que se pode en-
contrar, e se h algo que a cincia reconhece explicitamente, que prati-
camente tudo o que sabemos ser revisto posteriormente assim que umanova inormao surgir.
Do mesmo modo, o que poderia parecer absurdo, impossvel ou mesmo
supersticioso em um primeiro momento, pode se provar ser um til e vivel
entendimento para o uturo, uma vez validada a sua integridade. Isso implica
em uma Emergncia de Pensamento - uma Emergncia da Verdade, se voc
preerir. Uma anlise rpida da Histria demonstra constante mudana decomportamentos e prticas baseada em conhecimento constantemente atual-
izado, e este humilde reconhecimento essencial para o progresso humano.
Simbiose
Um segundo ponto extremamente caracterstico da Viso Cientfica do
Mundo, que vale a pena ser citado, diz respeito natureza Simbitica das
coisas que conhecemos. Descartado em grande parte por muitos, hoje, comosenso comum, essa compreenso detm proundas revelaes sobre a ma-
neira como pensamos sobre ns mesmos, nossas crenas e nossa conduta.
O termo Simbitico normalmente utilizado no contexto de relaes in-
terdependentes entre espcies biolgicas. [33] No entanto, o nosso contexto
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do vocbulo mais amplo, reerente relao de interdependncia de tudo.
Enquanto antigamente, vises intuitivas dos enmenos naturais poderiam
ter considerado, por exemplo, a maniestao de uma rvore como uma en-
tidade independente, aparentemente auto-suficiente em sua iluso de sep-
arao, a verdade que a vida da rvore totalmente dependente de um
fluxo de oras aparentemente externas para que ocorra sua prpria
maniestao e existncia. [34]
A gua, luz solar, nutrientes e outros atributos interativos externos
necessrios para permitir o desenvolvimento de uma rvore so exem-
plos de uma relao simbitica. Entretanto, o mbito dessa simbiose tor-
nou-se muito mais revelador do que j conhecamos no passado e pareceque quanto mais aprendemos sobre a dinmica do nosso universo, mais
imutvel sua interdependncia.
O conceito que melhor incorpora essa noo o de um Sistema. [35]
O termo rvore realmente uma reerncia a um Sistema conhecido. A
Raiz, ronco, Ramos, Folhas e outros atributos dessa rvore pode-
riam ser chamados de Subsistemas. Contudo, a rvore em si tambm um subsistema, pode-se dizer, talvez, da Floresta, que, por sua vez,
um subsistema de outro mais abrangente, encerrando enmenos maiores,
como os de um Ecossistema. al distino pode parecer trivial para mui-
tos, mas o ato que a grande alha da cultura humana tem sido a de no
respeitar plenamente o mbito do Sistema erra e como cada sub-sistema
desempenha um papel relevante.
O termo Sistemas Categricos [36] poderia ser usado aqui para descrever
todos os sistemas, aparentemente pequenos ou grandes, pois tais distines lin-
gusticas so arbitrrias. Esses sistemas conhecidos e as palavras usadas para
reerenci-los so simplesmente convenincias humanas para a comunicao.
O ato que parece haver um nico sistema possvel, organizado pela Lei da
Natureza, o qual pode ser legitimamente reerenciado uma vez que todos os
sistemas que hoje percebemos e classificamos s podem ser subsistemas. Nopodemos simplesmente encontrar um sistema verdadeiramente echado em
qualquer lugar. Mesmo o Sistema erra, que intuitivamente parece autno-
mo, com a erra flutuando no vazio do espao, totalmente dependente do
Sol, da Lua e provavelmente de muitos e muitos outros atores simbiticos que
ns sequer podemos, at agora, entender ou definir.
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Em outras palavras, quando consideramos as interaes que conectam
esses Sistemas Categricos, encontramos uma conexo que geral e, em
um nvel social, compreendida esta interao entre os sistemas, provavel-
mente chegamos base da perspectiva mais vivel para a verdadeira sustent-
abilidade humana [37]. O ser humano, como a rvore ou a erra, parece ser,
mais uma vez, intuitivamente auto-suficiente. No entanto, por exemplo, sem
oxignio para respirar, no sobreviveremos. Isto significa que o sistema hu-
mano requer interao com um sistema atmosrico e, consequentemente,
com um sistema de produo de oxignio. E uma vez que o processo de
otossntese ornece a maior parte do oxignio atmosrico que respiramos,
de nosso interesse estar ciente sobre o que aeta esse sistema particular,
trabalhando para harmonizar nossas prticas sociais com ele.
Quando testemunhamos, por exemplo, a poluio dos oceanos ou o rpi-
do desmatamento da erra, muitas vezes esquecemos o quo importante tais
enmenos realmente so para a integridade do sistema humano. Na ver-
dade, h tantos exemplos de perturbaes ambientais perpetuadas hoje pela
nossa espcie, devido a uma conscincia ragmentria da cadeia simbitica
de causa e eeito que une todos os sistemas categricos conhecidos, que umaenorme coleo de dados poderiam ser dedicados a esta crise. A alha em
reconhecer essa Simbiose um problema undamental e uma vez que este
Princpio de Sistemas Interativos [38] or totalmente compreendido, muitas
de nossas mais singelas prticas, atualmente, provavelmente parecero igno-
rantes e perigosas no uturo.
Crenas Sustentveis Isto nos leva para o nvel de Pensamento e Compreenso propriamente
ditos. Como observado antes, o sistema de linguagem que usamos isola e
organiza os elementos do nosso mundo para uma compreenso geral. A
prpria linguagem um sistema baseado em distines por categorias que
associamos nossa realidade percebida. No entanto, por mais necessrio tal
modo de identificao e organizao seja para a mente humana, ele tambm
implica uma alsa diviso.
Dado esse undamento, cil especular sobre como temos crescido to
acostumados a pensar e agir de maneira intrinsecamente divisiva e por que
a histria da sociedade humana tem sido uma histria de desequilbrio e
conflito. [39] nesse nvel que tais Sistemas Fsicos que discutimos ganham
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relevncia rente aos Sistemas de Crena/Pensamento. [40]
Enquanto a ideia de sustentabilidade pode ser tipicamente associada
com os processos tcnicos, eco-teorias e engenharia moderna, muitas vez-
es esquecemos que nossos valores e crenas precedem todas essas ideias e
aplicaes. Portanto, a verdadeira sustentabilidade significa que precisamos
de crenas e valores sustentveis e essa conscientizao s pode vir de um
reconhecimento vlido das leis da natureza, s quais estamos ligados.
Podemos medir a integridade de um Sistema de Crena? Sim. Podemos
medi-la pela orma como os seus princpios se alinham com a Causalidade
Cientfica, com base no eedback resultante. Se ssemos comparar os resul-tados dos dierentes sistemas de crenas que buscam um fim comum,[41]
poderamos medir o quo bem essas perspectivas alcanam seu fim e, dessa
orma, qualificar e classificar esses sistemas uns em relao aos outros.
Como ser explorado em detalhes mais adiante, a comparao central
de sistemas de crenas neste ensaio entre a Economia de Mercado Mon-
etrio e a j mencionada Lei Natural/Economia Baseada em Recursos.No centro desses sistemas est essencialmente uma crena conflitante sobre
causalidade e possibilidade, e o leitor aqui desafiado a azer julgamentos
objetivos sobre a orma como cada perspectiva realmente cumpre metas hu-
manas de fim comum.
endo isso em considerao e no contexto deste trabalho, especifica-
mente nos pontos sobre Emergncia & Simbiose, poderia generalizar-se quequalquer Sistema de Crena que (a) no tem incorporada em si a concesso
para que o prprio sistema de crena possa ser inteiramente alterado, ou at
mesmo tornado completamente obsoleto pela assimilao de novas inor-
maes, um sistema de crena insustentvel; e (b) qualquer sistema de crena
que permite isolamento e diviso, apoiando a integridade de um segmento ou
grupo em detrimento de outro, um sistema de crena insustentvel.
Sociologicamente, ter uma Viso Cientfica do Mundo significa estar dispos-
to e capaz de se adaptar, tanto como um indivduo como uma civilizao, quan-
do novas percepes e abordagens surgirem que melhor resolvam os problemas
e promovam prosperidade. Essa viso de mundo provavelmente marca a maior
mudana da histria na compreenso humana. Cada convenincia moderna de
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que desrutamos resultado desse mtodo, quer seja reconhecido ou no como
a lgica inerente, auto-geradora e mecanicista, que estabelecida para ser uni-
versalmente aplicvel a todos os enmenos conhecidos.
Enquanto muitas pessoas no mundo ainda atribuem a causalidade aos
deuses, demnios, espritos e outras vises no mensurveis baseadas na
, uma nova era de razo parece estar no horizonte, onde o conhecimen-
to cientfico emergente sobre ns mesmos e nosso habitat est desafiando o
tradicional e estabelecido enquadramento que herdamos dos nossos ances-
trais menos inormados.
J no a orientao tcnica[42] da cincia rebaixada a meros dispositi-vos e erramentas - a verdadeira mensagem dessa Viso do Mundo a filosofia
pela qual devemos orientar as nossas vidas, valores e instituies sociais.
Como ser discutido em outros ensaios relacionados com este texto, o
Sistema Social, sua Premissa Econmica ao longo de sua estrutura Legal
& Poltica, tornou-se em grande parte uma condio de na orma que
est agora perpetuada. O Sistema Monetrio da economia, por exemplo, ar-gumenta-se ser baseado em pouco mais do que um conjunto de premissas
agora ultrapassadas e cada vez mais ineficientes, no dierente de como os
primeiros seres humanos alsamente assumiram que o mundo era plano,
demnios causavam doenas, ou que as constelaes no cu eram con-
strues fixadas, estticas, bidimensionais, semelhantes a tapearias. H
enormes paralelos que podem ser estabelecidos entre a religiosa tradicio-
nal e as instituies culturais estabelecidas que assumimos serem vlidas enormais atualmente.
Assim como a Igreja na Idade Mdia detinha o poder absoluto na Euro-
pa, promovendo lealdades e rituais que hoje a maioria consideraria absurdos
ou at mesmo insanos, as geraes vindouras provavelmente olharo para
trs, para as prticas estabelecidas em nosso tempo atual, e pensaro exata-
mente da mesma orma.
* Consulte o Apndice B, que explica o Mtodo Cientfico.
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Buscando Solues
Captulo 3
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Um novo tipo de pensamento essencial para que a humanidade possa
sobreviver e se mover em direo nveis mais elevados. [43]
- Albert Einstein -
Uma considerao central inerente perspectiva do MZ sobre a mudanasocial para melhor diz respeito ao conceito de Progresso em. Parece haver
dois ngulos bsicos a serem considerados quando se trata de progresso pes-
soal ou social: Maniestao Potencial e Resoluo de Problemas.
Potencial e Resoluo
Maniestao Potencial simplesmente a melhoria de uma condio que
no oi considerada antes de estar num estado problemtico. Um exemplo se-ria a capacidade de apereioar o desempenho atltico humano em um campo
particular atravs de ortalecimento, dieta e refino de tcnicas especficas e
outros meios que simplesmente no eram conhecidos antes.
Resoluo de Problemas, por outro lado, a superao de uma questo
que tem atualmente consequncias prejudiciais reconhecidas e/ou limitaes
para um determinado assunto. Um exemplo genrico seria a descoberta dacura para uma doena debilitante existente, de modo que essa doena no
cause mais danos.
No entanto, em uma viso ampla, h uma sobreposio clara entre essas
duas noes quando a natureza do desenvolvimento do conhecimento levada
em conta. Por exemplo, um apereioamento de uma determinada condio,
uma prtica que ento torna-se normal e comum em uma cultura, pode tam-bm, potencialmente, ser parte de um problema no mesmo contexto, o qual
requer resoluo caso novas inormaes a respeito de sua ineficincia sejam
encontradas ou novos avanos a tornem obsoleta por comparao.
Por exemplo, o transporte areo, que relativamente novo na sociedade,
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expandiu enormemente a eficincia do transporte a partir de sua aplicao.
No entanto, at que ponto o transporte areo moderno ser visto mais como
um problema, devido sua ineficincia inerente, em comparao com out-
ro mtodo [44]. Portanto, a eficincia relativa neste sentido, j que apenas
quando h uma expanso do conhecimento a abordagem que era considerada
melhor se torna inerior.
Este ponto aparentemente abstrato criado para comunicar o simples ato
de que cada prtica que consideramos normal hoje em dia tem incorporada
em si uma ineficincia inevitvel, a qual, mediante novos desenvolvimentos
em cincia e tecnologia, provavelmente vai produzir um problema em al-
gum momento no uturo quando or comparada a potenciais emergentes maisnovos. Essa a natureza da mudana, e se os padres cientficos da histria
refletem alguma coisa, que o conhecimento e suas aplicaes continuam a
evoluir e melhorar, de um modo geral.
Ento, de volta para as questes aparentemente distintas da Maniestao
Potencial e Resoluo de Problemas, pode-se deduzir da que todas as res-
olues de problemas tambm so atos de maniestao potencial e vice-versa.
Isto tambm significa que as erramentas reais utilizadas pela sociedade
para uma determinada finalidade so sempre transitrias. No importa se o
meio de transporte, as prticas mdicas, produo de energia, o sistema social,
etc [45]. odas essas prticas so maniestaes/resolues em relao neces-
sidade e eficincia humanas, com base no estado transitrio de entendimen-
to que ns temos / tnhamos no momento da sua criao/evoluo.Proposta Raiz e Causa Raiz
Portanto, quando se trata de pensar em qualquer ato de inveno ou de
resoluo de problemas, temos de chegar o mais perto da Proposta Raiz
(Maniesto) ou a Causa Raiz (Problema) possvel, respectivamente, para
azer uma avaliao mais precisa para a ao. Assim como as erramen-
tas e tcnicas de uso potencial so to viveis como a compreenso do seupropsito undamental, aes para a resoluo de problemas so apenas to
boas quanto o entendimento da causa raiz do mesmo. Isso pode parecer
bvio, mas esse conceito no est presente em muitas reas do pensamento
no mundo de hoje, especialmente quando se trata de sociedade. Ao invs de
perseguir esse oco, a maioria das decises sociais so baseadas em torno de
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costumes tradicionais que tm limitaes inerentes.
Um exemplo simples disso o mtodo atual de encarceramento humano
para o que se denomina comportamento criminoso. Para muitos, a soluo
para as ormas oensivas do comportamento humano simplesmente re-
mover os indivduos da sociedade e puni-los. Isto baseado em uma srie
de premissas que datam de milnios atrs. [46]
No entanto, a cincia do entendimento do comportamento humano
mudou muito ao longo do tempo no que se diz respeito causalidade. Hoje
de conhecimento comum nas cincias sociais que a maioria dos atos crim-
inosos provavelmente no ocorreriam se certas condies ambientais bsi-cas, de apoio, ossem definidas para o ser humano [47]. Colocar as pessoas
em prises no est eetivamente resolvendo nada relacionado causa do
problema. Na verdade, apenas um paliativo, se assim podemos dizer, que
reprime temporariamente alguns eeitos do problema maior. [48]
Outro exemplo, embora aparentemente dierente do anterior, mas ig-
ualmente tcnico, a maneira pela qual a maioria pensa sobre soluespara problemas domsticos comuns, como acidentes de trnsito. Qual a
soluo para uma situao em que um motorista comete um erro e casual-
mente muda de pista, apenas para atingir o veculo prximo a ele, causan-
do um acidente? Deveria haver um enorme muro entre eles? Deveria haver
um melhor treinamento? Deveria a pessoa simplesmente ter sua carteira de
motorista revogada, de modo que no possa dirigir de novo? aqui, mais
uma vez, onde a noo de causa raiz muitas vezes perdida nas moldurasestreitas de reerncias comumente entendidas pela cultura como solues.
A causa raiz do acidente pode ser apenas parcialmente a questo da in-
tegridade do condutor, a questo mais importante a alta de integridade
da tecnologia / inra-estrutura que est sendo utilizada. Por qu? - Porque
a alibilidade humana historicamente reconhecida e imutvel [49]. En-
to, assim como os primeiros veculos no tinham Airbags para passage-iros e motoristas, algo que comum hoje e reduz grande quantidade de
leses que existiram no passado [50], a mesma lgica deveria ser aplicada
ao sistema de interao prpria do veculo, tendo em conta as novas pos-
sibilidades tcnicas para o aumento da segurana, para compensar o erro
humano inevitvel.
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Assim como o Airbag oi desenvolvido anos atrs medida que a evoluo
do conhecimento se desenrolava, hoje existe tecnologia que permite que vecu-
los automatizados, sem motoristas, possam detectar no apenas cada elemento
da rua necessrio para operar com preciso, como podem detectar uns aos out-
ros, tornando as colises quase impossveis. [51] Este o estado atual de uma
soluo como quando consideramos a causa raiz e a finalidade raiz, em geral.
No entanto, por mais avanada que a soluo possa parecer, especial-
mente tendo em conta os cerca de 1,2 milhes de pessoas que morrem
desnecessariamente em acidentes de automvel a cada ano, [52] este exer-
ccio de pensamento ainda pode ser incompleto se continuarmos a alargar o
contexto em relao aos objetivos.
Possivelmente h outras ineficincias que se relacionam com a inra-es-
trutura de transporte e, alm disso necessitam serem levadas em conta
e superadas. alvez, por exemplo, o uso de veculos individuais, inde-
pendentemente da sua segurana, tem outros problemas inerentes que s
podem ser logicamente resolvidos pela remoo do prprio automvel.
alvez em uma cidade com uma populao mvel em expanso tal veculode transporte independente se torna desnecessariamente complicado, len-
to e geralmente ineficiente. [53]
A soluo mais vivel nesta circunstncia pode ser a necessidade de
um sistema de transporte uniicado e integrado em massa, que possa
aumentar a velocidade, reduzir o consumo de energia, a utilizao de
recursos, a poluio e muitas outras questes relacionadas com o eeitoque o uso de automveis em tal condio, ento, passa a azer parte do
problema emergente.
Se o objetivo de uma sociedade azer a coisa correta e, portanto, suste-
ntvel, reduzindo as ameaas para os seres humanos e os habitats, e sempre
aumentando a eficincia - uma lgica dinmica auto-geradora se desenvolve
com relao a nossas possibilidades tcnicas e abordagens de design.
A Nossa Realidade Tcnica
Claro que a aplicao deste tipo de soluo de problemas est longe de
ser limitada a esses exemplos sicos. a poltica a resposta para nossos in-
ortnios sociais? Ser que ela direciona para causas razes pelo seu prprio
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design? Seria o dinheiro e o sistema de mercado o mtodo mais otimizado
para o progresso sustentvel, a resoluo de problemas e a maniestao do
potencial econmico? O que o nosso estado moderno da cincia e da tec-
nologia tm para contribuir no campo da compreenso de causa e eeito no
nvel da sociedade?
Como outros ensaios indicaro mais tarde em grande detalhe, ess-
es entendimentos criam uma linha de pensamento natural e clara com
relao a quo melhor o nosso mundo poderia ser se ns simplesmente
segussemos a lgica criada atravs do Mtodo Cientfico de pensamento
para cumprir o nosso objetivo comum de sustentabilidade humana. Os 1
bilho de pessoas que passam ome no planeta no esto azendo isso porcausa de alguma imutvel consequncia natural da nossa realidade sica.
H abundncia de comida para todos. [54] o sistema social, que tem a
sua prpria lgica desatualizada e artificial, que perpetua essa atrocidade
social, juntamente com inmeras outras.
importante salientar que o MZ no est preocupado com a promoo
de remendos como seu objetivo final, que, triste dizer, o que a grandemaioria das instituies de ativistas do planeta esto azendo atualmente.
[55] Queremos promover a maior ordem, maior eficincia do conjunto de
solues disponveis em um determinado momento, alinhados com os pro-
cessos naturais, para melhorar a vida de todos, ao mesmo tempo garantin-
do a integridade do nosso habitat. Queremos que todos compreendam essa
linha de pensamento de orma clara e desenvolvam uma identificao de
valor com a mesma.
No h uma soluo nica - somente o raciocnio emprico da Lei Natu-
ral que alcana as solues e finalidades.
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Lgica vs Psicologia
Captulo 4
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Ns no agimos corretamente porque temos virtude ou excelncia, mas
provavelmente temos estas porque agimos corretamente. [56]
- Aristteles -
Uma consequncia poderosa, mas muitas vezes despercebida, da nossa
vulnerabilidade ambiental em adaptar-se cultura existente, que a nossa
prpria identidade e personalidade est, muitas vezes, ligada s instituies,prticas, tendncias e, portanto, aos valores sob os quais nascemos e exist-
imos. Esta adaptao psicolgica e a inevitvel amiliaridade criam uma
zona de conorto que, ao longo do tempo, pode ser dolorosa de interromper,
independentemente de quo bem undamentados sejam os dados que afir-
mam o contrrio do que acreditamos.
Na verdade, a maior parte das objees ao Movimento Zeitgeist encon-tradas atualmente, em especfico os pontos que dizem respeito s solues
e, portanto, s mudanas, parecem guiadas por estreitas molduras de
reerncia e de um vis emocional, mais do que por uma avaliao intelec-
tual. Reaes comuns deste tipo so muitas vezes proposies nicas, as
quais, ao invs de abordarem criticamente as verdadeiras premissas artic-
uladas em um argumento, servem para rejeit-lo completamente atravs
de associaes aleatrias.
A mais comum classificao desses argumentos so projees [57],
e torna-se claro muitas vezes que esses adversrios esto na verdade mais
preocupados em deender sua identidade psicolgica do que em considerar
objetivamente uma nova perspectiva. [58]
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Bloqueio Mental (Mind Lock)
Em uma obra clssica dos autores Cohen e Nagel, intitulada An Introduc-
tion to Logic and the Scientific Method [Uma introduo Lgica e ao Mt-
odo Cientfico], este ponto abordado de orma pertinente no que diz respeito
ao processo de avaliao lgica e sua independncia da psicologia humana.
O peso da evidncia no por si s um evento temporal, mas uma relao
de implicao entre determinadas classes ou tipos de proposies... Claro, o
pensamento necessrio para apreender tais implicaes... no entanto, ele
no az da Fsica um ramo da Psicologia. A percepo de que a lgica no
pode ser restrita a enmenos psicolgicos nos ajudar a distinguir entre
a nossa cincia e a nossa retrica - concebendo esta ltima como a arte dapersuaso ou de discutir de modo a produzir a sensao de certeza. Nossas
disposies emocionais dificultam a nossa aceitao de certas proposies,
no importa o quo orte seja a evidncia em seu avor. E uma vez que todas
as provas dependem da aceitao de certas proposies como verdadeiras,
nenhuma proposio pode ser comprovada como verdadeira a quem est
suficientemente determinado a no acreditar. [59]
O termo Bloqueio Mental (Mind Lock) oi cunhado por alguns filsoos
[60] no que diz respeito a este enmeno, definindo-o como a condio em
que a perspectiva de algum torna-se auto-reerente, ormando um circuito
echado de raciocnio. Pressupostos aparentemente empricos moldam e
protegem a viso de mundo de um indivduo e qualquer coisa contrria vin-
da de ora pode ser bloqueada, muitas vezes mesmo inconscientemente.
Esta reao pode ser comparada ao reflexo sico comum de proteger-se deum objeto estranho em movimento em direo a si - s que nessa circun-
stncia o reflexo deender suas crenas, e no seu corpo.
Embora rases como pensar ora da caixa possam ser uma retrica co-
mum hoje em dia na comunidade ativista, raramente os undamentos da
nossa maneira de pensar e da integridade de nossas instituies mais esta-
belecidas so desafiados. Eles so, na maioria das vezes, considerados atosbvios e assumidos como inalterveis.
Por exemplo, nas assim chamadas democracias do mundo, um Presi-
dente, ou equivalente, um ponto de oco comum em relao qualidade
do governo de um pas. Uma grande quantidade de ateno gasta em tal
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figura, suas perspectivas e aes. No entanto, raramente algum se per-
gunta: Para comear, por que temos um Presidente? Como se justifica
o seu poder enquanto figura institucional como uma orma otimizada de
governana social? No uma contradio alegar que uma sociedade
democrtica quando o pblico no pode realmente opinar e intererir nas
aes do presidente, uma vez que ele ou ela eleito?
ais questes so raramente consideradas j que as pessoas tendem, mais
uma vez, a se adaptar sua cultura, sem objeo, assumindo que do jeito
que . ais orientaes estticas so quase universalmente resultado da
tradio cultural e, como Cohen e Nagel apontam, muito dicil comu-
nicar uma ideia nova e desafiadora para aqueles que esto suficientementedeterminados a no acreditar nela.
ais pressupostos tradicionais, tidos como empricos, so provavelmente
uma onte enraizada de retardo pessoal e social no mundo de hoje. Esse enme-
no, juntamente com um sistema educacional que reora constantemente tais
noes estabelecidas por meio de suas instituies de academia, sela ainda
mais esta inibio cultural e agrava o obstculo a uma mudana relevante. [61]
Embora o alcance dessa tendncia seja amplo no que diz respeito ao debate,
h aqui duas alcias argumentativas comuns, dignas de nota, pois surgem
constantemente quando da relao com as Aplicaes e Linha de Raciocnio
promovidas pelo MZ. Em termos tcnicos, essas tticas compreendem o que
poderia ser chamado de Guerra de Valores [62], que conduzida, conscien-
temente ou no, por aqueles que tm interesses emocionais/materiais prpriosem manter as coisas do modo como esto, opondo-se mudana.
A falcia Prima Facie
A primeira a associao Prima Facie. Esta significa simplesmente sob
primeira impresso, antes de investigao [63]. E de longe o tipo mais
comum de objeo.
Um clssico estudo de caso a acusao comum de que as observaes
e solues apresentadas pelo MZ so simplesmente um Comunismo
Marxista requentado.
Exploremos isso brevemente como um exemplo. Reerenciando O
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Maniesto Comunista [64], Marx e Engels apresentam vrias observaes
com relao evoluo da sociedade, especificamente a luta de classes,
as relaes estruturais inerentes ao capital, juntamente com uma lgica
geral de como a ordem social transitar atravs de revoluo para um
sistema, em parte, sem estado, sem classes, enquanto, ao mesmo tempo,
observando uma srie de mudanas sociais diretas, como a Centralizao
dos meios de comunicao e transporte nas mos do Estado, a Respons-
abilidade igualitria de todos para o trabalho e outras particularidades.
Marx cria papis no esquema que ele sugere como uma batalha em curso
entre a Burguesia e Proletrios, expressando desprezo pela explorao
inerente, que ele diz ser essencialmente enraizada na ideia de propriedade
privada. No entanto, a meta acumulada em geral a busca de uma socie-dade sem Estado e sem classes.
Superficialmente, reormas propostas por solues promovidas pelo MZ po-
dem parecer espelhar atributos do Marxismo, se se ignorasse completamente
o raciocnio subjacente. A ideia de uma sociedade sem classes, sem proprie-
dade universal e a redefinio completa do que seja o Estado pode, super-
ficialmente, mostrar confluncia entre os simples gestos em si, especialmenteuma vez que a Academia Ocidental comumente promove uma dualidade en-
tre Comunismo e Capitalismo, usando dos pontos caractersticos j men-
cionados como as dierenas undamentais. No entanto, a Linha de Raciocnio
para apoiar essas concluses aparentemente semelhantes bastante dierente.
As reerncias deendidas pelo MZ para a tomada de deciso no so uma
Filosofia Moral [65] que, quando examinadas em sua raiz, so essencialmenteo que oi a maniestao filosfica Marxista.
O MZ no est interessado nas noes poticas, subjetivas e arbitrrias de
uma sociedade justa, de liberdade garantida, paz mundial, ou em azer
um mundo melhor, simplesmente por parecer certo, humano ou bom.
Sem uma Estrutura cnica que tenha um reerente sico direto a tais termos,
tal relativismo moral tem pouco ou nenhum propsito a longo prazo.
Em vez disso, o MZ est interessado em aplicao cientfica, orientada
sustentabilidade social, sica e cultural. [66]
Como ser expresso em maior detalhe em captulos posteriores, o Mtodo
da Cincia no se restringe a sua aplicao no mundo sico [67] e, portan-
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to, o sistema social, a inra-estrutura, a relevncia educacional e at mesmo
o entendimento do comportamento humano, todos existem dentro dos lim-
ites da causalidade cientfica. Por sua vez, h um sistema de retroalimentao
(eedback) natural integrado realidade sica, que se expressa de orma muito
clara em termos do que unciona e do que no unciona ao longo do tempo
[68], guiando nossa adaptao consciente.
O marxismo no baseado nessa viso de mundo calculada, mesmo que
possam haver algumas caractersticas inerentes de base cientfica. Por exem-
plo, a noo marxista de uma sociedade sem classes servia para superar a
desumanidade, originada do capitalismo, que era imposta sobre a classe tra-
balhadora ou proletariado.
A linha de pensamento do MZ, por outro lado, tem por ontes avanos
em estudos humanos. Acredita-se, por exemplo, que a estratificao social,
que inerente ao modelo capitalista de mercado, realmente uma orma de
violncia indireta contra a grande maioria, tida como resultante de uma psi-
cologia evolutiva que ns, seres humanos, naturalmente possumos [69]. Isso
gera uma orma desnecessria de sorimento humano, em muitos nveis, o que desestabilizador e, por consequncia, tecnicamente insustentvel.
Outro exemplo o interesse do MZ na remoo de Propriedade Univer-
sal [70] e a criao de um sistema de acesso compartilhado. Isso muitas
vezes rapidamente condenado ideia marxista da abolio da propriedade
privada. No entanto, de modo geral, a lgica marxista relaciona a existn-
cia da propriedade privada para a perpetuao do burgus e sua exploraocontnua do proletariado. Ele afirma, no Maniesto, A caracterstica distin-
tiva do comunismo no a abolio da propriedade em geral, mas a abolio
da propriedade burguesa.
A lgica deendida pelo MZ, por outro lado, reere-se ao ato de que a
prtica da posse universal e individual de mercadorias ambientalmente ine-
ficiente, um desperdcio e, por fim, insustentvel como prtica universal. Issoapoia um sistema de comportamento restritivo e uma grande quantidade de
privao desnecessria e, por consequncia, o crime torna-se comum em so-
ciedades com uma distribuio desigual de recursos.
De qualquer orma, tais alegaes prima acie so muito comuns e
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muito mais poderia ser comentado. No entanto, no o escopo desta seo
discutir todas as supostas conexes entre marxismo e a linha de pensa-
mento deendida pelo MZ. [71]
A Falcia do Espantalho
A segunda alcia argumentativa tem a ver com a deturpao de uma
posio, deliberada ou projetada, comumente reerida como a alcia do Es-
pantalho [72]. Quando se trata do MZ, isso geralmente tem a ver com inter-
pretaes oradas, as quais no possuem evidncia significativa para serem
consideradas relevantes ao ponto em questo.
Por exemplo, ao discutir a organizao de um novo sistema social, as pes-soas costumam projetar os seus valores e as preocupaes atuais para o novo
modelo, sem considerar ainda a grande mudana de contexto que provavel-
mente anularia essas preocupaes imediatamente.
Uma dessas projees do espantalho seria a de que em uma sociedade onde
as produes de materiais ossem baseadas em aplicao tecnolgica direta, e
no num sistema de troca que exige trabalho humano remunerado, as pessoasno teriam nenhum incentivo monetrio para azer qualquer coisa e, portan-
to, o modelo seria um racasso, j que nada seria levado a diante.
Esse tipo de argumento sem validade testvel com relao s cincias
humanas e realmente uma suposio intuitiva proveniente do clima cultural
atual, onde o sistema econmico coage todos os seres humanos a papis de
trabalho de sobrevivncia (receita/lucro), muitas vezes independentemente deinteresse pessoal ou utilidade social, gerando uma distoro psicolgica com
relao ao que cria motivao.
Nas palavras de Margaret Mead: Se voc olhar atentamente, ver que
quase tudo o que realmente importa para ns, tudo o que encarna o nosso
mais proundo compromisso com a maneira como a vida humana deve ser
vivida e cuidada, depende de alguma orma de voluntariado. [73]
Em uma pesquisa da opinio pblica de 1992, mais de 50% dos adultos
norte-americanos (94 milhes de norte-americanos) se voluntariaram para
causas sociais, a uma mdia de 4,2 horas por semana, num total de 20,5 bil-
hes de horas por ano. [74]
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ambm oi descoberto em estudos que empregos mundanos e repetiti-
vos se prestam mais a recompensas tradicionais, como dinheiro, ao passo
que o dinheiro no parece motivar a inovao e criatividade. [75] Em captu-
los posteriores, a ideia de Mecanizao aplicada ao trabalho mundano para
libertar o ser humano ser discutida, indicando como o sistema de trabalho
por renda desatualizado e restritivo, no s para o potencial industrial e a
eficincia, mas tambm para o potencial humano em geral.
Outro exemplo comum da alcia do espantalho a afirmao de que, se
a transio para um novo sistema social or posta em prtica, a propriedade
dos outros deve ser vigorosamente confiscada por um poder de deciso e
a violncia seria o resultado. Isto, mais uma vez, uma projeo/medo semvalidao, imposta sobre a lgica deendida pelo MZ.
O MZ enxerga a materializao de um novo modelo scio-econmico
acontecendo com o consenso necessrio da populao. O seu prprio en-
tendimento, juntamente com as presses biossociais que ocorrem enquan-
to o sistema atual piora, so a base de influncia. A lgica no suporta a
disposio ditatorial, porque essa abordagem, alm de ser desumana, noiria uncionar. Para que esse sistema uncione, ele precisa ser aceito sem
coero estatal ativa. Portanto, uma questo de investigao, educao e
ampla aceitao pessoal pela comunidade. Na verdade, as prprias particu-
laridades da interao social e estilo de vida realmente exigem uma grande
aceitao dos mecanismos e valores do sistema.
Da mesma orma, e ltimo exemplo aqui do Espantalho, a conusosobre como a transio para um novo sistema poderia acontecer. Na verdade,
muitos tendem a ignorar as propostas do MZ apenas por essa questo, sim-
plesmente porque no entendem como isso pode acontecer. Este argumento,
em princpio, o mesmo raciocnio do exemplo de um homem doente que est
buscando tratamento para a sua doena, mas que no sabe onde pode obter tal
tratamento, quando esse estaria disponvel, ou qual o tratamento. Ser que
sua alta de saber como e quando conseguir o tratamento de ato interrompea sua necessidade de busca pelo mesmo? No - no se ele quiser ser saudvel.
Dado o pssimo estado das coisas neste planeta, a humanidade tambm deve
continuar buscando, e um caminho inevitavelmente aparecer. [76]
Os argumentos Prima acie e do Espantalho so a base da grande maio-
ria das objees encontradas com respeito ao MZ e no Apndice D - Objees
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Comuns - mais exemplos podem ser encontrados para reerncia.
Finalmente, vale a pena reiterar que a batalha entre Lgica e Psicologia
realmente um conflito central na arena da mudana social. No existe nen-
hum contexto mais pessoal e sensvel do que a orma como organizamos a
nossa vida em sociedade, e um importante objetivo do MZ, em muitos as-
pectos, encontrar tcnicas que possam educar o pblico quanto ao mrito
desta linha de pensamento lgica e mecanicista, superando a bagagem de
conortos psicolgicos desatualizados que no possuem nenhum valor pro-
gressista vivel no mundo moderno.
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A Questo daUnidade Humana
Captulo 5
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O meu pas o mundo, e a minha religio azer o bem. [77]
- Tomas Paine -
Uma concluso undamental que ressoa da lgica deendida pelo MZ
que a sociedade humana precisa unificar suas operaes econmicas e tra-
balhar para se alinhar com a dinmica natural do mundo sico, como uma
nica espcie compartilhando um nico habitat, se quisermos resolver osproblemas, aumentar a segurana, aumentar a eficincia e prosperar. As di-
vises econmicas mundiais que vemos hoje no so apenas uma onte clara
de conflito, desestabilizao e explorao, a prpria orma de conduta e in-
terao em si tambm extremamente ineficiente em um sentido econmi-
co puro, limitando gravemente o nosso potencial social. [78]
Enquanto Estado-nao, a estrutura baseada em competio de cil jus-tificativa como uma consequncia natural da nossa evoluo cultural, dada a
escassez inerente de recursos historicamente e a longa histria da guerra em
geral. ambm natural considerar que a sociedade humana pode muito bem
encontrar um propsito em aastar-se desses modos de operao se perceber-
mos que de ato vantajoso para todos ns como um grupo.
Como ser discutido aqui, os malecios e as ineficincias do modelo atu-al - quando comparado com os possveis benecios e solues - so simples-
mente inaceitveis, e as possibilidades de eficincia e abundncia, extrapola-
das dentro do novo sistema scio-econmico deendido pelo MZ, repousam,
em parte, em um esoro coletivo da populao humana em prol do trabalho
em conjunto e compartilhamento de recursos de orma inteligente, e no na
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restrio e luta como se espera do design social atual.
Alm disso, as hoje emergentes presses sociais e riscos ao redor da guer-
ra tecnolgica, poluio, desestabilizao ambiental e outros problemas no
mostram apenas uma gravitao lgica em direo a uma verdadeira organi-
zao global - eles mostram uma necessidade racional - e a mentalidade xeno-
ba e mafiosa natural do Estado-nao atual, muitas vezes sob o rtulo de patri-
otismo, uma onte de desestabilizao grave e de desumanidade generalizada,
sem mencionar, mais uma vez, a perda substancial de eficincia tcnica.
Falsas Divises
Como observado nos captulos anteriores, a base central da nossa sobre-vivncia e qualidade de vida, como indivduos e como espcie, no planeta er-
ra, gira em torno da nossa compreenso da Lei Natural e de como ela se rel-
aciona com o nosso mtodo de economia. Esta premissa uma compreenso
reerencial simples, onde as leis sicas da natureza so consideradas no con-
texto da eficincia econmica, tanto nos nveis humanos e de habitat.
lgico que qualquer espcie dependente do habitat em que vive devealinhar suas condutas com a ordem natural inerente ao mesmo, da melhor
orma que a atual compreenso permita. Qualquer outra inclinao irra-
cional e, por definio, s poder trazer problemas.
Entendendo que o planeta erra um Sistema simbitico/sinrgico
com recursos disponveis sem nenhum vis nacionalista, associado a uma
inerente ordem causal cientfica subjacente, que em muitos aspectos servecomo um guia lgico para a espcie humana se alinhar, permitindo uma
maior eficcia social, descobrimos que nosso contexto mais amplo, como
uma sociedade global, transcende praticamente todas as noes de diviso
tradicional/cultural, o que inclui no prestar nenhuma lealdade a um pas,
empresa ou at mesmo tradio poltica.
Se por economia entendemos o aumento da eficincia no atendimento snecessidades da populao humana, que, ao mesmo tempo, trabalha por uma
maior sustentabilidade e prosperidade, ento nossas operaes econmicas
devem levar isso em conta e se alinhar com o mais amplo e relevante sistema
natural que pudermos entender. A partir desta perspectiva, as entidades do
Estado-nao so claramente alsas. So divises arbitrrias, perpetuadas pela
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tradio cultural, que no so lgicas nem possuem eficincia tcnica.
Valores
A organizao geral da sociedade de hoje baseada em uma competio
humana em muitos nveis: os estados-nao competem entre si por recur-
sos sicos/econmicos; as entidades do mercado corporativo competem por
lucro/participao de mercado, e os trabalhadores comuns competem por
ocupaes que proporcionem salrios e, portanto, sobrevivncia pessoal.
Sob a supercie desta tica social competitiva est um desrespeito psicolgi-
co bsico ao bem-estar alheio e ao habitat. A prpria natureza da competio
pressupe levar vantagem sobre os outros por um ganho pessoal e, logo, a di-viso e explorao (de seres humanos e meio ambiente) so atributos undamen-
tais da ordem social vigente. Praticamente todas as ditas corrupes, definidas
como crime no mundo contemporneo, so baseadas na mesma mentalidade
que orienta o progresso do mundo atravs do valor competitivo.
No toa, de ato, dado este quadro e sua crescente miopia, que vrias
outras divises sociais, superficiais e nocivas, ainda so perpetradas - taiscomo raa, religio, credo, classe ou preconceito xenobo. Essa antiga ba-
gagem de diviso trazida dos estgios de medo da nossa evoluo cultural,
simplesmente, no tem sentido dentro da realidade sica. E agora serve ape-
nas para impedir o progresso, a segurana e a sustentabilidade.
Hoje, como ser descrito em captulos posteriores, os possveis mtodos
produtores de abundncia e eficincia - que poderiam remover a maior par-te das privaes humanas, aumentar muito o padro mdio de vida, aper-
eio
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