Materiais de Apoio à Formação Outubro de 2004 a Março de 2005
Mulheres em Acção
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Materiais comuns aos dois Cursos: Sessão Descrição Nº cópias
I Sessão Organização do curso 200 Desenho “mulher analfabeta” 4 Texto “Passos da discussão de um problema” 200 Alguns textos bíblicos 200
II Sessão Árvore da vida 200 Como animar uma reunião 200 Cartazes mulheres 4 Níveis de consciência 200 Classificação de causas dos problemas 4
III Sessão Desenho “Escada das necessidades de Maslow”. 4 Texto “Carta a um animador” 200 Ficha de auto-conhecimento 200 Grelha de auto-conhecimento 4
IV Sessão Cartazes e história “A galinha do mato” 200 Desenho “Árvore com pessoas em diversas posições” 200 Grelha “Exemplos de aspectos culturais” 4 Texto “Princípios da educação de adultos” 200
V Sessão Banda Desenhada “A dignidade e a vocação da mulher” 20 Grelha “Quem decide na família, na comunidade, no país” 4 Material produzido pela Comissão para a Paz. N/A “Quadrados da cooperação” 4 Cartaz com “temas geradores” 4
Material de apoio à organi-zação
Ficha de avaliação do curso 200 Folha de presenças 200 Despesas de subsistência 200 Ficha de Inscrição 200 Folheto do projecto 200
Materiais específicos do Curso de Formação de Animadoras para Alfabetiza-ção: I Sessão Texto “Alfabetização” 20 I Sessão Fichas de descoberta 20 Apontamentos sobre problemas práticos da técnica da alfabetização segundo
P.F. 4
VI Ses-são
- Planos de sessão -
Formação de Líderes para a Transformação Social
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Objectivos Temas/ conteúdos Estratégias/ actividades Meios auxilia-res
Criar condições relacionais facilitadoras dos processos de aprendizagem. Explicitar expectativas relati-vamente ao curso.
Apresentação do curso. Apresentação das animado-ras e das participantes. Expectativas em relação ao curso.
Propor às participantes que individualmente partilhem com o grupo: O nome, donde vêm, o que fazem; Uma coisa significativa que tenha acontecido nos últimos meses no seu grupo de Promaica Quais as suas expectativas em relação ao curso. As animadoras tomam nota no papel de cenário das expectativas referi-das.
Papel de cenário e canetas.
60
Definir aspectos pragmáticos do funcionamento do curso.
Organização do curso – horário, definição de tare-fas e normas do grupo.
Acordar com as participantes o horário mais conveniente para o grupo. Propor o preenchimento de um quadro de tarefas pelas participantes para assegurar o bom funcionamento do grupo. Discutir em pequenos grupos as normas a definir para o funcionamento do curso; recolher as sugestões de normas propostas por cada sub-grupo; construir em conjunto as normas que asseguram o bom funcionamento do curso.
Papel de cenário e canetas. Organização do Curso
30
Identificar os problemas mais sentidos nas comunidades das participantes.
Problemas mais sentidos nas comunidades das parti-cipantes.
Fazer em grupos, de acordo com as zonas de proveniência, o levantamen-to dos temas emocionalmente mais relevantes de cada comunidade, ques-tionando as participantes sobre “com o que é que se preocupam as pes-soas?”, “O que é que as faz felizes?”, “O que é que as entristece?”. “Com o que é que se zangam?”, “Do que é que tem medo?”, “Quais as suas esperanças”. Fazer uma listagem dos aspectos relatados. Reflectir em conjunto quais os temas comuns, i.e. os que atravessam todas as realidades descritas.
Papel de cenário e canetas.
60
Identificar etapas da metodolo-gia de conscientização de Pau-lo Freire. Explicitar o problema do anal-fabetismo.
Metodologia de Paulo Frei-re
Apresentar o desenho relativo ao problema do analfabetismo. Discutir em conjunto o problema pela metodologia de Paulo Freire. Exposição, visual e oral, pelas animadoras do esquema da discussão de um problema (os passos serão apresentados um a um, explicitando as razões da sua ordem).
Desenho “Mulher analfabeta” Texto “Passos da discussão de um problema”
120
Auto-conhecimento As mulheres na Bíblia Ler em conjunto um texto da Bíblia Responder, em pequenos grupos, às questões colocadas.
Textos bíblicos / questões
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primeira sessão
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Objectivos Temas/ conteúdos Estratégias/ actividades Meios auxilia-res
Auto-conhecimento Experiência de vida Pedir a cada pessoa para fechar os olhos e imaginar que tipo de árvore representa a sua vida neste momento (Pode ser um carvalho: forte, uma mangueira: fiel (dar exemplos)) e pedir a cada pessoa para desenhar a árvore da sua vida. Partilhar em grupos de 3 a 5 pessoas o desenho.
Árvore da vida. 60
Identificar as competências de um animador.
Animação de grupos Propor a realização de um sócio-drama sobre “como animar um grupo”. Debater em grupo acerca das questões levantadas pelo desafio apresenta-do e explicitar as várias atitudes e formas de os gerir. Ler em voz alta o texto “Como animar bem uma reunião”.
Texto “Como animar uma reu-nião”.
60
Distinguir as etapas do desen-volvimento da consciência crítica. Reconhecer a especificidade da metodologia de alfabetização de Paulo Freire.
Metodologia de conscienti-zação segundo a pedagogia de Paulo Freire. Características da consciên-cia ingénua, crítica refor-mista e crítica libertadora.
Apresentar os desenhos “3 mulheres” como desafio e seguir, com a orientação da animadora, os passos da discussão de um problema. Expor oralmente o conteúdo teórico da passagem de uma consciência ingénua para uma consciência crítica com apoio dos cartazes “Caracterização dos níveis de consciência”. Propor trabalho em grupos (5 a 6 pessoas) para analisar situações e atitu-des que revelam os níveis de consciência com base na experiência pes-soal. Apresentar os resultados do trabalho em grupos ao conjunto. As animadoras, a partir dos exemplos referidos, ajudam à compreensão do conceito de conscientização.
Desenhos “3 mulheres”. Cartazes “Caracterização dos níveis de consciência”.
170
Identificar os procedimentos para efectuar o levantamento temático. Reconhecer o processo de alfa-betização de adultos como pro-cesso de conscientização.
Temas geradores. Propor que em pequenos grupos seja feira uma listagem dos temas mais apropriados para a conscientização / alfabetização de acordo com os pro-blemas levantados na I Sessão. Preenchimento em conjunto do quadro de classificação das causas dos problemas subjacentes aos temas seleccionados. Propor às participantes que se juntem em pequenos grupos, escolham uma situação/problema e preparem uma sessão de conscientização para o resto do grupo (para apresentar em sessões futuras).
Listagem dos temas de análise comuns ao grupo. Cartaz “Classificação das causas dos proble-mas”.
40
segunda sessão
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Objectivos Temas/ conteúdos Estratégias/ actividades Meios auxilia-res
Auto-conhecimento As mulheres na Bíblia Ler em conjunto um texto da Bíblia Responder, em pequenos grupos, às questões colocadas.
Textos bíblicos / questões
60
Descrever e hierarquizar neces-sidades humanas.
Necessidades humanas. Apresentar a escada das necessidades de Maslow. Propor às participantes que apresentem exemplos de necessidades corres-pondentes a cada um dos patamares da escada.
Desenho “Escada das necessidades de Maslow”.
50
Identificar as competências do animador.
Competências do anima-dor.
Ler a “Carta a um animador”de Paulo Freire. Sublinhar palavras-chave do texto e comentar, em grupo, o texto apresen-tado.
Texto “Carta a um animador”
40
Avaliar as competências pes-soais relacionadas com a tarefa e com o processo de animação de grupos.
Competências do animador – auto-conhecimento.
Distribuir pelas participantes a ficha de auto-conhecimento e fornecer as instruções de preenchimento. Dar às participantes a grelha de análise. Analisar os resultados e discutir em conjunto.
Ficha de auto-conhecimento
90
Dinamizar uma sessão de for-mação a partir de um tema gerador Reconhecer a avaliação como um momento chave na aprendi-zagem.
Dinamização de uma de conscientização a partir de um tema gerador.
Apresentar a sessão de conscientização preparada por um dos grupos. Avaliar em conjunto a sessão apresentada.
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terceira sessão
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Objectivos Temas/ conteúdos Estratégias/ actividades Meios auxilia-res
Auto-conhecimento Reconhecimento e aceita-ção pessoal
Apresentar a história e os cartazes “A galinha do mato” Responder, em pequenos grupos, às questõescolocadas
Cartazes “A gali-nha do mato”
60
Identificar necessidades de melhoria no curso e reconhecer a avaliação intermédia como um momento-chave no proces-so de formação.
Avaliação intermédia do percurso feito pelas partici-pantes no processo formati-vo.
Apresentar o desenho “Árvore com pessoas em diversas posições” e pedir às participantes para, a partir do desenho apresentdo, dizerem como se sentem. Concluir sobre necessidades de melhoria.
Desenho “Árvore com pessoas em diversas posi-ções”
40
Descrever o conceito de Cultu-ra na perspectiva de Paulo Frei-re.
A Cultura segundo Paulo Freire.
Pedir a cada participante para mostrar um objecto que tenha feito e dizer uma acção que tenha provocado mudança. Explicar oralmente o conceito de cultura segundo Paulo Freire. Pedir às participantes para apresentarem oralmente que ideia que tinham do conceito de cultura e com que ideia ficaram depois de conhecerem a perspectiva de Paulo Freire. Questionar as participantes sobre a forma de introduzir este conceito de cultura aos grupos de conscientização / alfabetização de forma a mostrar aos analfabetos que eles já são cultos.
60
Distinguir valores culturais significativos nas zonas donde as participantes são oriundas. Reconhecer a importância da descoberta e afirmação da pró-pria cultura.
Procura dos valores cultu-rais das zonas donde as participantes são oriundas. A importância da descober-ta e afirmação da própria cultura.
Dividir o grande grupo por zonas geográficas e propor que cada sub-grupo faça uma listagem dos aspectos culturais das zonas que habitam. Apresentação dos valores culturais dos sub-grupos ao grupo alargado. Questionar o grupo sobre a importância da sua própria cultura e sobre a importância de comunicação dessa cultura aos outros.
Grelha “Exemplos de aspectos cultu-rais”
50
Identificar e discutir os princí-pios da educação de adultos subjacentes à proposta pedagó-gica de Paulo Freire.
Pedagogia da descoberta segundo Paulo Freire.
Leitura do texto “Princípios da educação de adultos” em pequenos gru-pos. Partilhar a reacção dos aspectos considerados mais significativos pelos grupos à leitura efectuada.
Texto “Princípios da educação de adultos”
30
Dinamizar uma sessão de for-mação a partir de um tema gerador. Reconhecer a avaliação como um momento chave na aprendi-zagem.
Dinamização de uma de conscientização a partir de um tema gerador.
Apresentar a sessão de conscientização preparada por um dos grupos. Avaliar em conjunto a sessão apresentada.
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quarta sessão
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Objectivos Temas/ conteúdos Estratégias/ actividades Meios auxilia-res
Auto-conhecimento A mulher na Bíblia Ler, em pequenos grupos, a banda desenhada “A dignidade e a vocação da mulher” e reflectir sobre os aspectos mais marcantes
Banda Desenhada “A dignidade e a vocação da mulher”
60
Problematizar a situação da mulher na sociedade angolana.
A situação da mulher na sociedade angolana.
Pedir a quatro ou cinco participantes que contem as histórias da sua vida considerando a situação antes, durante e depois da guerra. Questionar o grupo sobre o que aproxima as histórias apresentadas e o que as distingue.
80
Problematizar e identificar as causas da existência de níveis de influência diferenciados por sector da sociedade Angolana.
A influência das mulheres em alguns sectores da sociedade angolana.
Preencher a grelha “Quem decide na família, na comunidade, no país”. Questionar as participantes sobre as causas para esta situação.
Grelha “Quem decide na família, na comunidade, no país”
30
Reconhecer e valorizar as capacidades da mulher.
A valorização pessoal e a afirmação das capacidades das mulheres.
Pedir a cada participante para pensar em qualidades que tem e em quali-dades que têm outras pessoas do grupo que ela conhece melhor. Pedir a cada participante para ir ter com três colegas, pelo menos, e dizer-lhes quais são as qualidades que lhe reconhece. Questionar as participantes sobre como se sentiram e o que descobriram ao fazer o exercício. Questionar as participantes sobre como é que as capacidades das mulhe-res apresentadas podem servir para influenciar e transformar a sociedade.
40
Reconhecer o contributo da mulher na reconstrução do teci-do social e na consolidação no processo de paz em Angola.
A contribuição da mulher na reconstrução do tecido social e na consolidação no processo de paz em Ango-la.
Propor às participantes que partilhem casos relacionados com o regresso das pessoas depois da guerra. Questionar a forma como pessoas de facções ideológicas contrárias se relacionam com os “retornados” e procurar soluções para os problemas apresentados.
Material produzi-do pela Comissão para a Paz.
80
Dinamizar uma sessão de for-mação a partir de um tema gerador. Reconhecer a avaliação como um momento chave na aprendi-zagem.
Dinamização de uma de conscientização a partir de um tema gerador.
Apresentar a sessão de conscientização preparada por um dos grupos. Avaliar em conjunto a sessão apresentada.
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quinta sessão
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Objectivos Temas/ conteúdos Estratégias/ actividades Meios auxilia-res
Motivar o grupo para a coope-ração
Cooperação em grupo Propor às participantes que, em pequenos grupos, construam os “quadrados da cooperação”
“Quadrados da cooperação”
60
Exemplificar uma sessão de alfabetização segundo Paulo Freire
Método de alfabetização segundo Paulo Freire
Apresentar um tema gerador e, a partir daí, a palavra, a divisão silábica e a descoberta de novas palavras
Cartaz com “tema geradores”
90
Planear e conceber um progra-ma de alfabetização adaptado à população junto da qual será desenvolvido. Prever estratégias que possibi-litem o desenvolvimento de trabalho conjunto.
Plano do programa de alfa-betização por províncias
Planificar um programa de alfabetização, a ser posto em prática pelas participantes, adaptado a cada província. Estabelecer pontes de contacto e organizar formas de relacionamento e de apoio dentro da mesma zona geográfica
Fichas da desco-berta
120
Discutir a possibilidade de introduzir as línguas locais na alfabetização
Introdução de línguas locais na alfabetização
Partilhar informação acerca da possibilidade de introduzir línguas locais no processo de alfabetização
30
Avaliar o processo de forma-ção
Avaliação final do curso Preencher a ficha de avaliação final Avaliar em conjunto a formação Fazer uma síntese das conclusões da formação
Ficha de avalia-ção final
30
sexta sessão
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
I Sessão
Organização do curso
Desenho “mulher analfabeta”
Texto “Passos da discussão de um problema”
Alguns textos bíblicos
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Organização do curso Localidade do Curso: ____________________________________________________________
Datas do Curso: de ___________________ a __________________
Horário diário: das _________________ às _________________
Normas definidas pelo grupo:
Quadro de tarefas pessoais:
Tarefa 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Sáb.
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Passos da discussão de um pro-blema Adaptado de HOPE, Anne & TIMMEL, Sally, 1996 (1984), “Training for Transformation: a handbook for community workers 1”, Training for Transformation Institute: Kleinmond. (p.78-82)
A discussão move-se degrau a degrau em seis patamares
O animador orienta o grupo através de uma série de “passos” na discussão
Os problemas são como ervas daninhas: se apenas cortarmos as suas folhas elas nascerão novamente, mas se escavarmos e arrancarmos as suas raízes, elas não crescerão outra vez. O objectivo do animador é che-gar, com o grupo, o mais fundo possível até à raiz da causa do problema.
Apresentação do “desafio” O desafio é a representação concreta de uma questão ou de um problema que toca directamente a comuni-dade ou o grupo de pessoas reunidos e tem um forte impacto. Pode ser uma imagem, uma fotografia, um cartaz, um objecto, um texto, uma pequena peça de teatro, uma mímica, um artigo de jornal, um provérbio, uma música, um pequeno filme, etc. que se centra no assunto que se pretende “descodificar”. O desafio é interrogativo, levanta um problema. Não dá uma solução.
Planeamento da acção
Raiz da causa dos problemas
Problemas rela-cionados
Vida real
Primeira análise
Descrição do código
Descrição
Tem como objectivo identificar o problema codificado no desafio.
É a etapa mais fácil de pedir ao grupo para fazer, especialmente quando este se divide em pequenos sub-grupos de três pessoas. Podem-se fazer perguntas do tipo:
• O que está a ver neste poster? • O que pensa que cada uma das pessoas está a fazer? • O que pensa que cada uma das pessoas está a sentir?
Primeira análise
Tem como objectivo conhecer causas do problema codificado no desafio.
Começa-se por perguntar porque é que as pessoas estão a fazer o que estão a fazer. Porquê? Porquê? Por-quê? O grupo é desafiado a passar da observação para o raciocínio, mas nesta etapa ainda podem ser feitas referências ao desafio (imagem, texto, etc.)
A vida real
Tem como objectivo concretizar o problema codificado no desafio.
Quando o grupo já está todo envolvido e a sua atenção já está direccionada para o assunto principal, pode-mos passar à próxima etapa e perguntar: “isto passa-se na vida real ou na vossa situação presente?”
Se o tema proposto for significativo do “real” e bem apresentado de acordo com o código, a resposta usual será “Todos os dias!” ou “ A toda a hora!”. Nesta fase é importante que se possa dar a palavra às pessoas para que possam dar exemplos, descrevendo situações reais da sua vida, para que a discussão se enraíze bem na realidade. As histórias pessoais podem “levar” algum tempo, mas são fundamentais para que se junte a energia necessária para a acção.
Problemas relacionados Tem como objectivo sumariar os problemas ligados ao problema codificado no desafio e seleccionar aquele que vai ser objecto de aprofundamento.
Muitas vezes o desafio só mostra um dos sintomas de um problema mais profundo. Neste caso, o grupo move-se naturalmente para outros problemas relacionados com o “sintoma” inicial representado pelo código. Outras vezes o problema inicialmente representado é tão central que é necessário ajudar o grupo a “agarrá-lo”.
Se são levantados muitos problemas, é importante sumariá-los e listá-los, ajudando o grupo a decidir em qual dos problemas mencionados se irão concentrar durante a discussão – outros problemas importantes que surjam devem ser tratados em encontros posteriores.
Raiz da causa dos problemas
Tem como objectivo aprofundar as causas do problema escolhido.
Nesta etapa começa-se por desafiar o grupo a analisar o problema a um nível muito mais profundo, tal como um médico analisa uma doença para além dos seus sintomas, de forma a diagnosticar as suas causas.
Lidar com discussões “gafanhoto” Se numa discussão se está constantemente a saltar de um problema para outro, o ani-mador deve listar os diferentes problemas que foram abordados e ajudar o grupo a decidir qual dos problemas deseja ver tra-tado em profundidade. Se for necessário, o grupo pode decidir abordar outros proble-mas considerados como prioritários para o grupo em ocasiões posteriores.
Passos da discussão de um problema | 2
Chegar à cura depende de se encontrar as suas causas. Esta questão é a base da conscientização.
O autor de “ Where there is no doctor”, David Werner, chama a este método o “But-Why Method” (Método Mas-Porquê):
Planeamento da acção Tem como objectivo definir acções / projectos realistas, concretizáveis e auto-suficientes para resolver o problema.
O último passo da discussão é passar para a acção. Nem todas as discussões sobre todos os temas podem produzir um plano de acção, mas um grupo pode ficar frustrado se não existe uma conclusão que os leve um passo à frente na transformação das suas vidas.
Todas as acções planeadas necessitam de pessoas específicas para fazer o seguimento das respectivas acções.
O planeamento da acção não está completo enquanto não tivermos as respostas para estas perguntas:
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• A criança tem um pé infectado. • Mas porquê? • Porque ela pisou um espinho. • Mas porquê? • Porque ela não tem sapatos. • Mas porque é que ela não tem sapatos? • Porque o seu pai não tem dinheiro para lhe comprar uns sapatos. • Mas porque é que ele não tem dinheiro para lhe comprar uns sapatos? • Porque ele ganha muito mal como trabalhador agrícola. • Mas porque é que ele recebe tão pouco • Porque os trabalhadores agrícolas não têm nenhum sindicato que os proteja. Etc.
Em geral, as causas dos problemas podem ser de três tipos: causas naturais, causas sociais e causas políti-cas.
Os problemas que advém de causas naturais são os mais fáceis de resolver no planeamento da acção. Os grupos locais podem responder a causas naturais como “falta de água”, “má nutrição” ou “falta de dinhei-ro” com actividades do tipo “construir um dique”, “plantar uma horta comunitária” ou “organizar um pro-jecto de costura para aumentar o rendimento”.
As causas sociais requerem o envolvimento de um grupo mais alargado de pessoas e por consequência de maiores competências de relacionamento humano e de organização comunitária. O grupo pode lidar com problemas como “Demasiados bares/cafés na aldeia e muitos alcoólicos” ou “os maridos oprimem as suas esposas e não as deixam ir às aulas de alfabetização”.
Contudo, muitos dos problemas advém de causas políticas e só quando o grupo “cresce” em consciência, auto-confiança e competências organizacionais, é capaz de lidar com eficácia com este tipo de problemas.
Passos da discussão de um problema | 3
Quem vai fazer o quê? Quando? Onde? Como irá ser feito?
Resumo
Os diferentes passos podem ser sumariados nas seguintes questões típicas:
Note-se que as palavras “isto”, “disto”, “destes” nunca devem ser usadas. De cada vez que se faça o pro-cesso, estas devem ser substituídas por frases que representem os problemas que o grupo identificou.
Existem quatro tipos de “acções” básicas que cada grupo pode tomar e que dependem da discussão pre-cedente, da sua experiência passada e da sua energia:
1. Ligar o tema a outros temas já debatidos num programa educacional abrangente. Por exemplo, as causas do desemprego, a falta de qualidade das escolas para a educação apropriada das crianças para a sua profissão futura, o abuso de álcool e de drogas pelos adolescentes, podem ser problemas que estão ligados. Estas três discussões podem ser colocadas em conjunto em pla-nos de acção focados numa área que os afecte a todos.
2. Aprofundar o estudo ou obter mais informação sobre o tema para “seguir em frente”. Por exemplo, se a falta de transporte público para levar os produtos ao mercado é maior problema, um encontro com o responsável da cidade para comunicar esta necessidade e obter informação sobre planos futuros de transportes públicos (ex: novas rotas dos autocarros), pode dar ao grupo as informações de que necessitam. O grupo pode assim planear uma acção realista.
3. Começar um projecto que seja auto-suficiente. Nenhum governo, por muito “amigável” que seja, pode responder a todas as necessidades locais de um povo. Os grupos locais ou as comuni-dades devem, trabalhando com ou sem o apoio dos governos, tomar a responsabilidade de resol-ver os seus próprios problemas usando, o mais possível, os seus próprios recursos. É óbvio que alguns problemas são mais abrangentes e como tal não podem ser tratados apenas ao nível local. Nestes casos o grupo necessita de trabalhar ou com os governos ou desafiando as autoridades a um nível apropriado. Contudo, a via mais adequada para construção de pequenos “sucessos” é a construção de um projecto realista, concretizável e auto-suficiente. São estes sucessos/ vitórias que constroem a auto-estima, a auto-confiança e a dignidade das pessoas.
4. Fazer “lobby” para a mudança. “Fazer Lobby” é uma expressão que significa fazer pressão – nas pessoas, grupos ou agências apropriados e que têm a autoridade e os fundos para resolver um assunto particular. Esta forma de acção requer preserverança e planeamento. Associar-se a outros grupos que têm valores e objectivos similares é fundamental para o sucesso do projecto.
Passos da discussão de um problema | 4
Descrição O que se está a ver/ouvir/ler no desafio?
Primeira análise Porque é que “isto” acontece?
A vida real “Isto” acontece na vossa vida?
Problemas relacionados A que problemas “isto” leva?
Raiz da causa dos problemas Quais são as causas profundas “destes” problemas?
Planeamento da acção O que podemos fazer acerca “disto”?
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Alguns textos bíblicos Texto bíblico: Ex 1, 8-22
1 - Quais são os personagens que aparecem no texto?
a) que relação existe entre os mesmos?
2 - Olhando o texto, o que temos a dizer:
a) dos homens?
b) das mulheres?
3 - O que esta palavra nos diz hoje?
Texto bíblico: Gn 21,1-19
1 - Quem é Sara? Como age, e porque age dessa maneira?
2 - Quem é Agar? Como age, e porque age assim?
3 - Qual é a posição de Abraão?
4 - O que há de estranho neste texto?
5 - Quem é hoje Sara?
Texto bíblico: Lc 1,46-55
1 - Que nos diz esta Palavra de Deus?
2 - O que é que Maria nos ensina para a nossa vida e o nosso trabalho?
3 - Como vamos colaborar com Deus no "elevar os humildes”, "encher de bens os famintos”?
4 - Que fazer para nos familiarizarmos mais com a Palavra de Deus e assim a podermos viver?
Texto bíblico: Lc 1,45-55
1 - Onde é que Maria encontrava a força para ser sempre de Deus e ao mesmo tempo do povo?
2 - Qual foi o primeiro fruto da oração de Maria com os Apóstolos?
3 - Porque é que é tão importante pedirmos a vinda do Espírito Santo?
4 - Quais são os dons do Espírito que precisamos mais para trabalhar no desenvolvimento do nosso povo e da nossa comunidade?
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
II Sessão
Árvore da vida
Como animar uma reunião
Cartazes mulheres
Níveis de consciência
Classificação de causas dos problemas
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Árvore da vida Adaptado de HOPE, Anne & TIMMEL, Sally, 1996 (1984), “Training for Transformation: a handbook for community workers 1”, Training for Transformation Institute: Kleinmond. (p.38)
Proposta de trabalho
Pedir a cada pessoa para fechar os olhos e imaginar que tipo de árvore representa a sua vida neste momen-to. Pode ser um carvalho: forte, uma mangueira: fiel……(dar exemplos).
Pedir a cada pessoa para desenhar a árvore da sua vida:
• As raízes representam a família donde vimos, influencias que deram forma à nossa vida e nos tornaram na pessoa que somos hoje
• O tronco representa a estrutura da nossa vida hoje: profis-são, emprego, família, organizações, comunidades, movi-mentos a que pertencemos
• As folhas representam as nossas fontes de informação: jornais, rádio, televisão, livros, amigos, pessoas conheci-das, etc.
• Os frutos representam aquilo que conseguimos alcançar: projectos que desenvolvemos, grupos que iniciámos ou ajudámos a desenvolver, materiais que produzimos, etc.
• Os rebentos representam as nossas esperanças para o futu-ro.
• Os espinhos representam as dificuldades na nossa vida
Dar ao grupo mais ou menos 20 minutos para fazer isto
Partilha em grupos de 3-5 pessoas.
Se possível fazer este exercício numa altura em que as pessoas possam continuar a partilhar até quererem
Tempo total: pelo menos 1 hora
Materiais: papel e lápis de cor, canetas.
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Como animar uma reunião Adaptado do texto de apoio do “Projecto de animação sócio-cultural com mulheres em meio rural”
Responsabilidades do Animador
Acolhimento Para que uma reunião corra bem o ambiente criado é fundamental e para que todas as pessoas se sintam à vontade e possam participar é importante que o animador faça um bom acolhimento aos participantes que vão chegando. O animador deve prestar uma atenção especial às pessoas que vêm pela primeira vez à reu-nião, sobretudo se são pessoas tímidas. Se o animador apresentar as pessoas mais inibidas a outras, estas deixarão de se sentir deslocadas. Esta regra aplica-se a qualquer pessoa que venha de fora, sendo impor-tante que seja apresentada a todo o grupo.
Apresentar o tema e o objectivo da reunião O animador tem que certificar-se de que os participantes compreenderam bem o assunto da reunião. É importante que o grupo esteja motivado para a discussão do tema, pelo que o animador deve criar um cli-ma para que todos os participantes se centrem no assunto.
Lançar a discussão Depois de ter definido o tema e o objectivo da reunião e depois de ter motivado os participantes – tendo em conta as suas necessidades e propondo-lhes um plano de trabalho – o animador deve ajudar o grupo a partilhar as informações que cada um tem.
Os primeiros momentos são os que dão o tom à reunião. O animador deverá fazer as primeiras perguntas às pessoas mais comunicativas.
Existe aqui uma primeira dificuldade: distinguir os factos (o que acontece) das opiniões (o que se pensa, o que se sente, …). Uma vez que os participantes deixam-se levar, por vezes, a exprimir opiniões, o anima-dor deve ajudar a questionar as opiniões para procurar factos.
Fazer progredir a reunião O grupo tem sempre tendência para fugir ao assunto – daí a necessidade de centrar constantemente a dis-cussão.
É importante que, à medida que se desenrola a discussão, o animador faça o ponto da situação. Muitas vezes, os participantes apanhados pela discussão, não se dão conta dos progressos que fizeram. O anima-dor, fazendo-os tomar consciência disso, encoraja-os. Resumir e fazer o “ponto da situação” é também um meio de canalizar as discussões.
Os participantes chegam à reunião com as suas preocupações e os seus problemas. É-lhes difícil liberta-rem-se deles. Conscientemente ou não, não vêm no assunto tratado mais do que o aspecto que lhes interes-sa pessoalmente. Por outro lado trabalham por associação de ideias. Uma arrasta a outra e rapidamente se encontram longe do assunto a tratar. Finalmente, cada qual tem a tendência para impor o seu ponto de vis-ta.
Disciplinar o grupo O animador tem que procurar que toda a gente, sem excepção, se possa exprimir. Tomar atenção para que ninguém fique fora da discussão. Verificar que alguns têm tendência para tomar muitas vezes a palavra e outros a ficar calados. Tentar equilibrar as participações.
Animar a discussão O mais importante é fazer com que todos participem. Para isso o animador vai ajudar as pessoas a falar, fazendo perguntas.
Compreender os pontos de vista dos outros As perguntas permitem que todas as opiniões e pontos de vista se exprimam. O animador deve tentar com-preendê-los e fazer com que sejam compreendidos por todos. Quem se exprime tem por vezes dificuldade em fazê-lo – em encontrar a palavra exacta. Além disso nós temos uma percepção selectiva, isto é, só rete-mos do que ouvimos aquilo que pessoalmente nos interessa. Daí provêm muitas vezes os mal-entendidos.
Há vários tipos de comportamento:
• O falador. Deve cortar a palavra e lembrar que os outros membros não puderam ainda exprimir a sua opinião.
• O silencioso. Deve começar por fazer perguntas simples e directas para dar confiança, apelar à sua experiência ou competência, nunca deixar que outra pessoa lhe corte a palavra e, se isso acontecer, voltar a dar-lhe a palavra.
• O crítico negativo. Deve encontrar forma de modificar a atitude, apelando para que da critica sis-temática surjam propostas com algo de positivo que leve a avançar o grupo.
• O agressivo. Deve evitar responder com agressividade também e procurar descontrair o ambiente, brincar, e sempre que possível.
• O brincalhão. Deve evitar que seja exagerado, e permitir que a sua contribuição crie bom ambien-te e ajude a recomeçar o trabalho.
• Pergunta aberta: o animador deixa cada um exprimir-se livremente sem influenciar ninguém. Ex. “Qual a sua opinião sobre este assunto?”
• Pergunta fechada: o animador deixa pouca liberdade de resposta. Ex: “Quer ter reunião ao domin-go ou à quinta?”
• Pergunta dirigida: o animador orienta a resposta. Ex. “Não acha que podíamos ter uma reunião ao domingo?”
• Pergunta ricochete: o animador devolve a pergunta. Ex. Pergunta inicial “Não acha que nos devíamos organizar para conseguir um jardim infantil?” Pergunta ricochete (resposta): “O que lhe parece? Acha que sim?”
Como animar uma reunião | 2
Concluir a reunião
É necessário que haja uma conclusão; de outra forma o grupo tem a sensação de ter perdido tempo.
Para superar esta dificuldade, pode fazer-se o seguinte:
• Escutar em silêncio. Calar-se é deixar o outro exprimir-se. É muito importante saber ouvir o outro, sem o interromper e sem estarmos logo a pensar na resposta.
• Reformular. É o meio de nos asseguramos de que se entendeu bem o pensamento dos outros, quando a nossa tendência natural seria a de fazer um juízo a responder. Reformular é também um meio de colocar o outro perante si mesmo – é dar-lhe ocasião para tomar consciência do que acaba de dizer.
• Resumir. É o meio de verificar se todas as pessoas estão realmente de acordo quanto ao sentido das palavras e quanto às decisões tomadas. É a maneira de fazer o ponto da situação com o grupo, antes de prosseguir.
• Interromper as conversas privadas. Às vezes uma pessoa pede a palavra e o animador não repa-rou. Como pensa que o que tem a dizer é importante, procura dizê-lo ao vizinho do lado. Forma-se assim um sub-grupo. O animador deve calar-se para que as duas pessoas se encontrem a falar sozi-nhas. Então, dá a palavra a uma delas.
Como animar uma reunião | 3
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Imagens de mulheres
Consciência fechada ou ingénua
Consciência crítica reformista
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Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Causas de problemas Problema Causas económicas
(dinheiro, trabalho, recur-sos)
Causas políticas
(opções políticas, quem decide)
Causas culturais
(valores, costumes, tradi-ções)
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
III Sessão
Desenho “Escada das necessidades de Maslow”.
Texto “Carta a um animador”
Ficha de auto-conhecimento
Grelha de auto-conhecimento
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Necessidades fisiológicas
Segurança
Afecto, perten-ça e integração
Estima e reco-nhecimento
Realização pessoal
Escada das necessidades de Maslow
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Carta a um animador Para se ser um bom animador de grupo, é necessário acima de tudo, ter-se fé no povo, acreditar-se nas suas possibilidades de criatividade e capacidade para mudar a situação existente. É preciso também Amar. Tem que se estar convencido que o fundamental no desenvolvimento humano, tal como na educação, é a liberda-de do povo, nunca a sua domesticação. Esta libertação começa quando o povo reflecte sobre a sua própria condição no mundo. À medida que o povo se torna consciente e actuante no mundo, ele insere-se na história como “sujeito”.
Um grupo que tem em vista o desenvolvimento não é uma escola no sentido tradicional, na qual o professor (convencido dos seus conhecimentos que ele vê como absolutos), passa a informação aos alunos, que estão passivos e cuja ignorância o professor toma também como total.
Um grupo que visa o desenvolvimento é um diálogo vivo e criativo, em que cada um conhece algumas coi-sas, mas ignora também outras e, todos em conjunto, procuram chegar a uma maior compreensão da realida-de.
Todo o animador de um grupo deve ser humilde, caminhar com o grupo, em vez de o puxar para a frente, achando que ele não “avançou” o suficiente.
Durante o encontro procure fazer com que todo o grupo participe. Procure aprender o nome dos participan-tes e evite dirigir-se a eles com expressões impessoais, tal como “você aí”, etc.
Quando fizer perguntas dirija-se sempre ao grupo, a não ser que queira motivar um membro menos partici-pativo. Nesse caso, fazer primeiro a pergunta e, só depois, é que nos devemos dirigir à pessoa que se quer motivar.
Durante as discussões há que fazer um bom uso das respostas, reformulando-as como novas questões para o grupo. Nunca se refira demasiado à sua experiência pessoal, a não ser que haja qualquer coisa que tenha um interesse especial para a discussão.
Na discussão do problema exposto, cujo conteúdo certamente conhece, não se envolva nela de maneira a forçar o grupo a seguir o seu pensamento. Há que respeitar a interpretação que o grupo faz da situação apre-sentada. É normal que o grupo posto em face de um problema comece por descrevê-lo em relação à expe-riência da sua vida diária, que, certamente é diferente da do animador. O papel do animador é procurar que o grupo vá o mais longe possível na análise da situação até que o problema seja discutido de uma forma críti-ca.
Em todo o grupo há sempre os que falam demasiado e os que falam pouco. Estimule ambos de uma maneira apropriada para que se consiga um bom equilíbrio.
É importante e indispensável que se esteja convencido que o encontro com o grupo é sempre enriquecedor para quem o anima assim como para o grupo. Para conseguir isto, esforce-se por chegar a uma atitude críti-ca. Quanto mais o animador e o grupo perceberem os problemas da situação, mais se tornarão críticos. Esta consciência crítica que se deve desenvolver evitará o perigo de nos limitarmos aos sintomas dos problemas em vez de atacarmos o mal pela raiz.
Adaptado de Paulo Freire
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Ficha de auto conhecimento para animadoras • Sou capaz de estimular o grupo a começar o trabalho 1 2 3 4 5
• Sou capaz de, no grupo, transmitir factos, informações ou partilhar informa-ções relevantes 1 2 3 4 5
• Sou capaz de dar a minha opinião, no momento oportuno 1 2 3 4 5
• Sou capaz de, no grupo, dar exemplos práticos de forma a tornar clara uma situação 1 2 3 4 5
• Sou capaz de colocar questões ou pôr um assunto por outras palavras para o clarificar 1 2 3 4 5
• Sou capaz de sumarizar e explicitar os pontos principais 1 2 3 4 5
• Sou capaz de encorajar o grupo 1 2 3 4 5
• Sou capaz de criar consensos dentro de um grupo 1 2 3 4 5
• Sou capaz de diagnosticar as dificuldades do grupo 1 2 3 4 5
• Sou capaz de expressar os meus sentimentos e os sentimentos do grupo 1 2 3 4 5
• Sou capaz de, dentro de um grupo, relativizar a tensão e amenizá-la 1 2 3 4 5
• Sou capaz de criar oportunidades para que se possam expressar os sentimen-tos e reacções 1 2 3 4 5
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Grelha de análise da Ficha de auto-conhecimento Depois de preenchida a Ficha de auto-conheciento:
• Some os pontos das perguntas de 1 a 6.
• Some os pontos das perguntas de 7 a 12.
• Compare os resultados.
Se tiver mais pontos nas perguntas 1 a 6, significa que é uma pessoa mais orientada para as estratégias relacionadas com a tarefa.
Se, pelo contrário, tiver mais pontos nas perguntas 7 a 12, significa que é uma pessoa mais orientada para as estratégias relacionadas com o processo.
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
IV Sessão
Cartazes e história “A galinha do mato”
Desenho “Árvore com pessoas em diversas posições”
Grelha “Exemplos de aspectos culturais”
Texto “Princípios da educação de adultos”
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
A Galinha do Mato Hoje é dia de festa. A Galinha do Mato quer ir ao baile. Vai ver-se ao espelho e diz: O meu vestido é cinzento. Ele não é nada bonito. A Galinha do Mato vai visitar o seu tio Galo: - Bom dia, tio! Podes dar-me uma das tuas penas? Está bem, tira uma. A Galinha do Mato escolhe uma encarnada e põe-a sobre o seu vestido, mas acha que ainda não está boni-ta. Pouco contente, vai a casa do tio Pato: - Bom dia, tio! Podes dar-me uma das tuas penas? - Claro, tira duas. - Obrigado, tio! - Diz a Galinha do Mato. Ela pega em duas penas verdes e coloca-as sobre o vestido. Volta a ver-se ao espelho e diz: - Ainda não estou bonita. Vai a casa do primo Papagaio e pergunta: - Bom dia primo! Dás-me uma pena das tuas asas? - Dou, sim. Tira quatro se quiseres. - Obrigado, primo! Agora tem penas encarnadas, verdes e azuis. - Ah! Agora estou bonita! E a Galinha do Mato vai ao baile. Quando chega ao largo da aldeia todos param de dançar e olha, para ela. As outras galinhas do mato estão lá, mas não lhe falam. Com as suas penas encarnadas, verdes e azuis, ninguém a reconhece. A nossa amiga Galinha do Mato fica sozinha. De repente, o céu começa a ficar cheio de nuvens e desata a chover, a Galinha do Mato fica toda molhada. As suas penas encarnadas, verdes e azuis desprendem-se da sua plumagem e caem. Agora a Galinha do Mato fica toda molhada. Ela sente vontade de chorar. Todas a olham e a reconhecem: -Olha é a nossa amiga, a pequena Galinha do Mato! Anda connosco. Quando parou de chover a Galinha do Mato começou a dançar com as suas irmãs. Ela ficou muito conten-te e nunca mais quis pôr penas encarnadas, verdes e azuis.
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Princípios da educação de adul-tos
Transformação do mundo
O ser humano é chamado por vocação a tornar o mundo mais habitável para todos.
Todos somos chamados a “construir a Terra”.
Ser plenamente humano, leva-nos a partilhar activamente:
• Na construção das nossas vidas,
• Na construção das nossas comunidades,
• Na construção do nosso ambiente.
Precisamos de métodos de educação de adultos para encorajar a iniciativa e a criatividade, não a passivi-dade. Por vezes há que quebrar um certo fatalismo que poderá existir nas comunidades. A maneira como as coisas estão no presente não é a única maneira de construir a vida. A situação foi diferente no passado e podemos torná-la diferente no futuro.
Os métodos de educação de adultos devem ajudar a criar nas pessoas a confiança em si mesmas e na sua capacidade em transformar a situação.
Todo o programa de educação ou plano de desenvolvimento deve ser feito com os próprios participantes
Os técnicos de fora têm muitas vezes prioridades diferentes das existentes na comunidade local. Por outro lado, as pessoas apenas agem sobre aquilo que sentem fortemente. Uma equipa terá que auscultar os “temas geradores de energia” da comunidade tomando em consideração as suas necessidades psicológicas e sociológicas.
“A tarefa do educador está em apresentar às pessoas de uma forma desafiadora, os temas que elas próprias levantaram de uma maneira confusa”
O diálogo está na base da educação e do desenvolvimento
Os problemas do desenvolvimento são muito complexos e nenhum técnico tem todas as soluções. Mas também ninguém é totalmente ignorante. Cada pessoa, com base na sua própria experiência, tem uma per-
Apresentar problemas – Não dar respostas
Alguns métodos educativos levam à passividade enquanto que outros encorajam à tomada de iniciativa e à participação activa.
Os métodos de trabalho não são neutros.
Reflexão e acção
A educação e a vida estão intimamente interligadas. Aprendemos mais ao procurar melhorar as coisas do que através de aulas teóricas. A educação mais frutuosa acontece quando alguma insatisfação ou interro-gação nos levam a analisar o trabalho que fazemos. Ver – Julgar – Agir. Há que olhar o que estamos a fazer, fazer a sua análise e crítica para poder discernir o novo caminho a tomar.
Adaptado de HOPE, Anne & TIMMEL, Sally, 1996 (1984), “Training for Transformation: a handbook for community workers 1”, Training for Transformation Institute: Kleinmond
Na educação bancária Na educação que põe problemas
Os alunos são considerados como vasos vazios que se devem encher de conhecimen-tos;
O professor dá a informação;
Os alunos estão passivos
Os participantes são vistos como pessoas cria-tivas, que pensam
O animador põe questões. – por ex. Porquê? Como?
Os participantes estão activos
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Exemplos de expressões cultu-rais
Receitas Instrumentos musicais
Costumes
Brinquedos
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
V Sessão
Banda Desenhada “A dignidade e a vocação da mulher”
Grelha “Quem decide na família, na comunidade, no país”
Material produzido pela Comissão para a Paz.
Produzido em Junho de 1989 pelo núcleo coordenador do traba-lho de desenvolvimento com mulheres.
Adaptado em 2004 pela equipa do projecto Mulheres em Acção, Graal
Ilustrações de Anacleto Sócrates
A DIGNIDADE E VOCAÇÃO DA MULHER - Contributo para a reflexão de alguns temas da
carta apostólica de João Paulo II -
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Imagem e semelhança de Deus
Os dois são seres humanos, em grau igual, (em igual medida) o homem e a mulher, ambos criados à imagem de Deus.
A mulher é um outro "eu" na comum humanidade. Desde o início aparecem como "unidade dos dois" (nº 6)
Esta "unidade dos dois", que é sinal de comunhão interpessoal, indica que na criação do ser humano também foi inscrita uma
certa semelhança com a comunhão divina (Trindade) (nº 7).
Abençoando-os, Deus disse-lhe: "crescei e multiplicai-vos, enche e dominai a terra (Gen. 1,28)
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O pecado
Criando o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, Deus quer para eles a plenitude do bem, ou seja a felicidade
sobrenatural, que deriva da participação na sua própria vida. Cometendo o pecado, eles rejeitam este dom...(nº 9) e a
relação original entre o homem e a mulher (a igualdade e unidade dos dois) passa a relação de domínio.
A mulher não pode tornar-se "objecto" de "domínio" e "posse" do homem (nº 1O)
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Situações do pecado
O pecado atinge todas as estruturas da sociedade (nº 10)
Convencimento no saber,
Abuso do poder,
Desigualdade social, económica...
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A missão da mulher
Foi confiada à mulher a missão de recriar a harmonia original e a luta contra o mal.
Esta é também a luta pelo homem, pelo seu verdadeiro bem, pela sua salvação.
A força moral da mulher, a sua força espiritual une-se à consciência de que Deus lhe confia de uma maneira especial o homem,
o ser humano.
A mulher é forte pela consciência dessa missão (nº 30).
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Jesus e as mulheres
Diversas mulheres aparecem no itinerário da missão de Jesus de Nazaré, e o encontro com cada uma delas é uma confirmação
da "novidade de vida" evangélica. (nº 12).
A MULHER SURPREENDIDA EM ADULTÉRIO
Jesus entra na situação concreta e histórica da mulher, situação sobre a qual pesa a herança do pecado. Esta herança exprime-se,
entre outras coisas, no costume que discrimina a mulher em favor do homem, e também está enraizado dentro dela. Deste ponto
de vista, o episódio da mulher "surpreendida em adultério" (cf. Jo 8,3-11) parece ser particularmente eloquente. No fim Jesus
diz-lhe: não tornes a pecar"; mas, primeiro Ele desperta a consciência do pecado nos homens que a acusam para apedrejarem,
manifestando assim a Sua profunda capacidade de ver as consciências e as obras humanas segundo a verdade, Jesus parece dizer
aos acusadores: esta mulher, com todo o seu pecado, não será porventura também, e antes de tudo, uma confirmação das vossas
transgressões, da vossa injustiça "masculina", dos vossos abusos?
Esta é uma verdade válida para todo o género humano. O facto narrado no Evangelho de João pode apresentar-se em inúmeras
situações análogas em todas as épocas da história. Uma mulher é deixada só, é exposta perante a opinião pública com "o seu
pecado", enquanto por detrás do "seu" pecado se esconde um homem como pecador, culpado pelo "pecado do outro", antes, co-
responsável do mesmo. E, no entanto, o seu pecado escapa à atenção, passa sob silêncio: aparece como não responsável pelo
"pecado do outros"! As vezes ele passa até a ser acusador, como no caso descrito, esquecido do próprio pecado. (nº 14)
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Interlocutoras da mensagem evangélica
O modo de agir de Cristo, o Evangelho das Suas obras e palavras é um protesto coerente contra tudo o que ofende a dignidade
da mulher. Por isso, as mulheres que se encontram perto de Cristo reconhecem-se a si mesmas na verdade que Ele "ensina" e
"faz", mesmo quando essa verdade versa sobre a sua "pecaminosidade". Sentem-se "libertadas" por essa verdade, restituídas a si
mesmas: sentem-se amadas de "amor eterno", por um amor que encontra directa expressão no próprio Cristo. No raio da acção
de Cristo, a sua posição social transforma-se. Sentem que Jesus lhes fala de questões sobre as quais, naquele tempo, não se dis-
cutia com uma mulher. (nº 15)
A SAMARITANA
O exemplo, em certo sentido, mais significativo a este respeito é o da Samaritana, junto ao poço de Siquém. Jesus - que sabe
que é pecadora e disto lhe fala - conversa com ela sobre os mais profundos mistérios de Deus. Fala-lhe do dom infinito do Amor
de Deus, que é como uma "fonte de água que jorra para a vida eterna" (Jo 4,14). Fala-lhe de Deus que é Espírito e da verdadeira
adoração que o Pai tem direito de receber em espírito e verdade (cf. Jo. 4,24). Revela-lhe, enfim, ser Ele o Messias prometido a
Israel (cf. Jo 4,26).
Este é um acontecimento sem precedentes: esta mulher, e além do mais "mulher pecadora", torna-se "discípla" de Cristo; mais
ainda, uma vez instruída, anuncia Cristo aos habitantes da Samaria de modo que também eles O acolhem com fé (cf Jo 4,39-42).
(nº 15)
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Maria
Também merecem uma recordação particular as irmãs de Lázaro: "Jesus amava Marta, Maria, sua irmã e Lázaro" (cf Jo 15,5).
Maria "escutava, a palavra" de Jesus. Quando vai visitá-los, Ele mesmo define o comportamento de Maria com "a melhor par-
te." em relação à preocupação de Marta com os afazeres domésticos (cf Lc 10,38-42). (nº 15)
Cristo constituiu-se, perante os seus contemporâneos, promotor da verdadeira dignidade da mulher e da vocação correspon-
dente a tal dignidade. Às vezes isso provoca a admiração e surpresa, muitas vezes raiando o escândalo: "ficaram admirados
por Ele estar a conversar com uma mulher" (Jo 4,27), porque este comportamento se distinguia dos seus contemporâneos. (nº
12)
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Marta
Também Marta, depois da morte de Lázaro, torna-se interlocutora de Cristo e o colóquio refere-se às mais profundas verdades
da revelação e da fé. "Senhor, se estivesses aqui, o meu irmão não teria morrido".
"O teu irmão ressuscitará" -"Sei que há-de ressuscitar no último dia". Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele
que crê em Mim, ainda que venha a morrer, viverá; e todo aquele que vive e crê em Mim não morrerá jamais. Crês nisto?"
"Sim, Senhor, creio que és o Cristo, o Filho de Deus, que deve vir ao mundo" (Jo 11,21-27).
Depois desta profissão de fé, Jesus ressuscita Lázaro. Também o colóquio com Marta é um dos mais importantes do Evangelho.
Cristo fala com as mulheres sobre as coisas de Deus, e elas compreendem-nas: uma autêntica ressonância da mente e do cora-
ção, uma resposta de fé. E por esta resposta marcadamente "feminina" Jesus exprime apreço e admiração. (nº 16).
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Elas acompanhavam Jesus
As vezes as mulheres, que Jesus encontrava e que d'Ele recebiam tantas graças, acompanhavam-n’O enquanto com os após-
tolos peregrinava pelas cidades e aldeias, anunciando o Evangelho do Reino de Deus; e elas "assistiam-nos com os seus
bens". O Evangelho cita entre elas Joana, esposa do administrador de Herodes, Susana e "muitas outras" (Lc 8,1-3) (nº13).
Em todo o ensinamento de Jesus, como também no Seu comportamento, não se encontra nada que denote a discriminação,
que no Seu tempo, se fazia da mulher. Ao contrário, as Suas palavras e as Suas obras exprimem sempre o respeito e a honra
devidos à mulher. A mulher recurvada é chamada "filha de Abrãao" (Lc 13,16), enquanto em toda a Bíblia o título "filho de
Abrãao" é atribuído só aos homens. Percorrendo a via dolorosa rumo ao Gólgota, Jesus dirá às mulheres: "Pilhas de Jerusa-
lém, não choreis por Mim" (Lc 23,28). Este modo de falar às mulheres e sobre elas, assim como o modo de tratá-las, consti-
tuiu uma clara "novidade" em, relação aos costumes dominantes do tempo. (nº13).
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Presentes na paixão e na morte de Jesus No momento da prova definitiva e determinante para toda a missão messiânica de Jesus de Nazaré, aos pés da Cruz se encon-
tram, em primeiro lugar, as mulheres. Dos ap6stolos, somente João permaneceu fiel. As mulheres, ao invés, são muitas. Esta-
vam presentes não só a Mãe de Cristo e a "irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena" (Jo 19,25), mas
"muitas mulheres que observavam de longe: isto é, aquelas que tinham seguido a Jesus desde a Galileia, prestando-Lhe assistên-
cia" (Mt 27,55). Como se vê, naquela que foi a mais dura prova da fé e da fidelidade, as mulheres demonstram-se mais fortes
que os apóstolos: nesses momentos de perigo, aquelas que "amam muito" conseguem vencer o medo. (nº15)
PRIMEIRAS TESTEMUNHAS DA RESSURREIÇÃO
Desde o início da missão de Cristo a mulher demonstra para com Ele e Seu mistério uma sensibilidade especial que corresponde
a uma característica da sua feminilidade. É preciso dizer, além do mais, que uma confirmação particular disto se verifica em
relação ao mistério pascal, não só no momento da Cruz, mas também na manhã da Ressurreição. As mulheres são as primeiras
junto à sepultura. São as primeiras a ouvir: "não está aqui porque ressuscitou, como tinha dito" (Mt 28,6).
O Evangelho do João (cf. também Mc 16,9) coloca em destaque a função particular de Maria Madalena. É a primeira a encon-
trar Cristo ressuscitado. E foi logo anunciar aos, discípulos "vi o Senhor" e também o que ele lhe dissera" (Jo,16-18).
Por isso ela é também chamada "a apostola dos apóstolos" Maria Madalena foi a testemunha ocular de Cristo ressuscitado antes
dos apóstolos e, por essa razão, foi também a primeira a dar-lhe testemunho diante dos apóstolos (nº 16)
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Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Mapa de acesso e controlo Recursos Acesso Controlo
Mulher Homem Mulher Homem
Materiais e Naturais
• água
• terra
• dinheiro
•
Mercados
Bancos (crédito)
Hospitais
Escolas
Justiça/Tribunais
Sócio-culturais
• Jornais/Revistas
• Igreja
•
Acesso significa ter oportunidade de usar recursos sem ter autoridade para decidir sobre o uso deles e/ou sobre os resultados da utilização desses recursos.
Controlo significa ter plena autoridade para decidir sobre o uso dos recursos e os resultados gerados por esses recursos.
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
VI Sessão
“Quadrados da cooperação”
Cartaz com “tema geradores”
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Nome Assinatura
Folha de presenças
Localidade: _______________________________________________________________________
Datas: ____________________________________________________________________________
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Nome Assinatura
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Despesas de subsistência
Dados pessoais
Nome: _______________________________________________________________________________
Morada: ______________________________________________________________________________
Actividade
Curso “Formação de Líderes para a Transformação Social”
Localidade do Curso
_____________________________________________________________________________________
Datas do Curso
_____________________________________________________________________________________
Despesas de deslocações para o Curso:
Meio de transporte: _______________________ Despesas de deslocações: ________________________
Despesas de alojamento e alimentação
Nº dias: ______________ Valor diário: ____________________ Valor total : ____________________
Data e Local: _______________________________________________
Assinatura: _______________________________________________
Iniciativa: Graal e PROMAICA | Apoio: Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
Ficha de Inscrição
Nome
Morada
Contacto
Data de nascimento
Habilitações
Profissão
“Nas regiões em desenvolvimento, a pobreza tem-se tornado um traço estrutural persistente no pro-cesso de desenvolvimento, aprisionando as pessoas pobres dentro dos países pobres, e impedindo-as de libertar-se do ciclo vicioso da sua miséria.
Todos estes problemas afectam mais as mulheres do que os homens, reforçando o problema da desi-gualdade entre os sexos. Apesar da protecção legal ou institucional, a desigualdade persiste em propa-gar-se. A pobreza no mundo tem, na verdade, uma face cada vez mais feminina”
Cuidar o Futuro, um programa radical para viver melhor. Comissão independente.
Graal Rua Luciano Cordeiro, 24, 6º A 1150-215 Lisboa Tel. 213 456 831 Fax 213 142 514 [email protected] www.graal.org.pt
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