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My Life in Second Life

A minha vida no Second Life

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Second Life

• O Second Life é uma plataforma virtual, que muitos identificam com um jogo online, onde cada um tem de assumir a forma de um avatar e confraternizar com os outros. Na realidade não é apenas mais um jogo, pois há quem o considere mesmo como uma segunda vida e também há quem o veja como uma continuação da sua vida real.

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Second Life

• Aos que nunca experimentaram viver numa plataforma virtual, pode parecer estranha esta ideia de ter uma segunda vida ou de essa segunda vida ser o prolongamento da primeira, mas logo que se habituem à ideia de poderem viver como avatares entenderão a perspectiva dos que enaltecem o Second Life como o espaço em que podem realmente viver a vida que gostariam de ter.

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Magia

• Os novatos e os pesquisadores que apenas utilizam o SL como uma plataforma de trabalho, mantêm um avatar básico, com as mesmas roupas que já existiam no avatar que escolheram. Mas no Second Life podemos ser pequenos deuses, criar tudo o que está à nossa volta, desde a paisagem às casas, desde os animais ao nosso próprio avatar.

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Magia

• Para ter dinheiro, os avatares têm de trabalhar, o que pode significar apenas dançar, servir num bar, ou ser hostess de um concerto ao vivo, mas o que continua a resultar são as lojas e confecções de roupa, de acessórios, de partes dos avatares, de scripts e gestures. Ser Dj ou cantor, mesmo que seja apenas em playback, é uma profissão mais ao menos comum e promissora no Second Life, assim como ser padre ou fotógrafo.

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Magia• Muitos avatares consideram que o jogo começa

na mudança continua de roupa e de aspecto, como se o avatar que escolheram para os representar fosse um boneco que podem vestir e arranjar diariamente, ou até mesmo modificar de um momento para o outro, transformando-o naquilo que desejam que ele seja. Apesar da inesgotável imaginação de muitos dos criadores do Second Life, a maioria limita-se a imitar a vida real, nas lojas, nas casas, nas roupas, nos cabelos, nas modas.

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Magia• Voar de braços abertos, teleportar-se, andar

horas debaixo de água, fazer piruetas e duplos mortais no céu, fumar charutos do tamanho do próprio avatar, são acções que só se podem praticar no espaço mágico do Second Life. E também só aqui se pode fazer uma aldeia minhota numa semana ou uma ilha alentejana em apenas um mês, juntando a praça principal de Évora e o templo de Diana com a praia tradicional portuguesa, a antiga escola primária com a estação de caminho de ferro, o típico coreto com a loja da aldeia.

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Magia

• No Second Life continuam a encontrar-se locais completamente abandonados, como os de algumas universidades portuguesas e o espaço da Portugal Telecom, que alberga Aveiro, a Barra e a Costa Nova. Mas como aparecem as ilhas e os lugares, também desaparecem num instante, como foi o caso da Avenida da Liberdade no Porto, da Igreja do Senhor da Pedra em Miramar, do castelo de Guimarães, das salinas na Costa de Aveiro.

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Magia• Alentejo, Lisboa, Porto, Portucalis, Portugal

Center, as Utopias, todos os locais têm algo que os identifique com a cultura portuguesa... E Portugal está razoavelmente bem representado no Second Life, nomeadamente em termos de arquitectura e até de tradições, com exposições de fotografias reais e de pinturas de paisagens portuguesas, ocasionalmente com música ao vivo e lugares dedicados ao fado, com locais de venda ou usufruto de artefactos agrícolas e artesanais.

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Percursos

• O mundo virtual não escapa à sociedade de consumo, por isso há lojas por todo o lado e são raras as ilhas em que não se encontra nada para comprar. Como o artesanato no Second Life só existe na primeira peça que se faz, as restantes são apenas cópias, a que num minuto se pode modificar a cor e o formato, mantendo o preço da peça original. Por isso este tipo de comércio é tão atractivo para todos os que aprendem as bases da criação de objectos virtuais.

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Percursos

• Estes objectos podem ser obras de arte, podem ser utilizados apenas com fins estéticos e estar expostos em museus, ou então ser vendidos em galerias para admiradores entendidos ou para avatares que querem decorar os seus espaços privados sem terem de ser eles os próprios decoradores. Quem se dedicar à apreciação de arte virtual, e até mesmo de arte real, pode perder infinitas horas no Second Life, à procura de tudo aquilo que ainda não viu nem sentiu.

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Percursos

• Entre as formas de arte disponíveis no Second Life podemos salientar a arquitectura, a pintura, a escultura, a musica, o ballet, a ópera e o teatro. Os problemas que podem surgir neste tipo de apresentações relacionam-se com a utilização da voz, com o lag provocado por um espaço estar superlotado ou por os próprios avatares crasharem, inclusive devido a problemas de ligação à internet.

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Percursos

• Há ilhas que têm principalmente uma função cultural e académica, que se dedicam ou à transmissão de variadas formas de arte, ou então à investigação, ao ensino à distância ou ao ensino online. Alguns professores leccionam nesta plataforma disciplinas de mestrado, mas o mesmo poderia ser feito com alunos dos cursos superiores ou mesmo do secundário, visto que a partir deste ano os maiores de dezasseis anos já podem frequentar o Second Life.

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Percursos

• O sexo também é um grande negócio no Second Life, tanto pela variedade de utensílios disponíveis, como pela variedade de oferta. Prostitutos, escravos, senhores, masoquistas, sádicos, todos podem experimentar ser quem quiserem, por dinheiro, por prazer ou apenas por curiosidade. Muitas vezes é difícil detectar a motivação que impulsiona a preferência pelo sexo virtual, normalmente justificada com a ausência de consequências reais nos encontros virtuais.

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Ocupações

• Às segundas costumam ser os encontros de poesia, de um grupo virtual que tem a sua sede no facebook, mas que começou por se encontrar no Second Life. No SL os encontros são usualmente em Portugal Center, no Minho, numa casa alugada para o efeito, onde estão expostos uma série de artefactos agrícolas e artesanais. Esses encontros realizam-se de vez em quando no Alentejo ou em Portucalis, ilhas que também incentivam os eventos culturais.

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Ocupações

• As conversas às quartas surgiram na sequência de apresentações, de cariz académico ou mundano, realizadas no edifício das Imagens da Cultura, em Portucalis. Como essas apresentações implicavam usualmente uma conversa posterior, foi decidido prolongar a conversa, escolhendo para cada semana um tema diferente, de modo a que todos se sentissem à vontade para participar.

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Ocupações

• Ultimamente as conversas deram lugar a aulas, sobre os mais diversos assuntos que possam interessar a um habitante do mundo virtual, nomeadamente sobre os princípios básicos da construção e criação no Second Life. Também nas Imagens da Cultura há de vez em quando sessões para iniciantes, para os que estão pela primeira vez a entrar num mundo virtual e que não sabem o que fazer com o avatar.

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Ocupações

• Nos tempos livres dedico-me a explorar novas ilhas ou a visitar exposições, museus, assistir a óperas, a ballet, a teatro. Para além disso, há encontros mundiais a não perder, como Burning Life, ou o aniversário do Second Life. Para quem prefere comunicar apenas em português, há todos os dias aulas sobre uma diversidade de temas, na Ilha da Ajuda, no Brasil.

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Ocupações

• Fora do Second Life, há muitos grupos que se criaram com base nas amizades estabelecidas na plataforma virtual, mas que na vida real assumem uma faceta mais táctil e visual. Não é sempre assim, pois muitos avatares não representam as pessoas que os criaram, por isso podem iludir facilmente quem estiver desprevenido e não se aperceber que o mundo do faz de conta não é o real.

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Concluindo

• O meu objectivo é estudar o corpo e a identidade no mundo virtual, daí que a minha vida no Second Life tenha duas facetas, uma lúdica e outra académica, mas ambas se relacionam, pois as pessoas de quem me aproximo quando apenas me estou a divertir são também as que me ajudam a entender a forma como os avatares vivem nesta plataforma virtual.

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Concluindo

• Assim, o meu trabalho de campo realiza-se quase diariamente, conversando, observando, questionando, vivendo, de modo a poder compreender quem são as pessoas por trás dos avatares e as suas várias identidades no Second Life, mas também perceber se a dissociação entre o corpo real e o virtual é realizada conscientemente ou se os corpos reais se confundem com os dos seus avatares.

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