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I -
No
17
ANO III - No 17
R$ 10
Supersaladas
Chocolate
Manual zen
Aproveite a Páscoa e mergulhe na
brigadeiromania
Dicas para ficar em harmonia
o ano todo
SupersaladasReceitas com assinatura de chef
para inovar o cardápio do dia a dia
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Padaria LancheteriaConfeitaria Oriental
Moema tem uma grande novidade.Natural da Terra Gourmand, um conceito inovador de qualidade e exclusividade em padaria, confeitaria, rotisserie, lancheteria e orientais.
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MoemaAl. dos Imarés, 478
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Padaria LancheteriaConfeitaria Oriental
Moema tem uma grande novidade.Natural da Terra Gourmand, um conceito inovador de qualidade e exclusividade em padaria, confeitaria, rotisserie, lancheteria e orientais.
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MoemaAl. dos Imarés, 478
anuncio revista NT1.indd 1 3/17/10 3:46 PMUntitled-1 3 18.03.10 15:01:58
Três semanas de trabalho duro. Foram 21 dias contados no calendário em que nossa jornada era de, sem exagero, quase 20 horas. Obra é assim: correria, mudança de planos, aquele pensamen-to “Será que vai dar certo?”. Deu tudo certo, muito certo. No dia previsto, 18 de fevereiro, abrimos as portas da nova loja de Moema. Antes do horário estabelecido, já tínhamos clien-tes à porta. O que o Natural da Terra pode dizer disso? Muito, muito obrigado a todos. Para quem trabalhou junto nessa empreitada, para quem esperou e por algumas vezes teve sua rota de compras um pouco desviada.Todo o esforço valeu a pena. O resultado é uma loja bem mais bonita, moderna e sobretudo antenada com as preocupações ecoló-gicas tão importantes hoje. De carrinhos 100% feitos de PET a caixas movidos a energia solar e calçada que reaproveita a água das chuvas. Nova também é a proposta desta edição: pela primeira vez estampa-mos um prato na capa de nossa revista. Um momento de apresentar o Gourmand, nossa rôtisserie, um conceito pilotado pela chef Luciana Bonamico, que trará aos clientes pratos prontos, feitos diariamente por nossa equipe e com aquele sabor de comidinha fresca, caseira. Por falar em receitinhas, esta revista vem recheada. Pera, hortelã e, para aproveitar que a época pede chocolate, que tal entrar na moda dos brigadeiros gourmets nesta Páscoa. Depois de tanta comilança, é hora de se exercitar. Já que nem todo mundo ama academia, des-cobrimos maneiras alternativas de manter a forma. Que tal dançar ou jogar pingue-pongue? Para quem deseja relaxar, não deixe de ler a reportagem com o lama Rinchen Khyenrab, abade do mosteiro Sakya Tsarpa, no interior paulista, que garante: “É possível ficar zen, mesmo num ambiente estressante”. É hora de colocar o pé na estrada: des-vendamos a exótica Namíbia e embarcamos num cruzeiro com o Rei Roberto Carlos, que conversou com nossa equipe e falou da nova fase, da carreira e de amor.
Boa leitura!
Fabiana [email protected]
é uma publi ca ção do Natural da TerraDiretor Administrativo — Florisvaldo Ruiz
Gerente de Marketing — Fabiana MarinAnalista de Marketing — Adriana Naomi TakeutiAssistente de Marketing — Claudio Ivan Bezerra
Natural da Terra — Alto da Boa VistaAvenida Santo Amaro, 6618
Natural da Terra — BrooklinAvenida Santo Amaro, 3493
Natural da Terra — MoemaAl. dos Nhambiquaras, 1856
Espaço Gourmand — MoemaAl. dos Imarés, 478
Natural da Terra — HigienópolisRua Rosa e Silva, 163/177
Natural da Terra — ItaimRua João Cachoeira, 1351
Tel. (11) 5188-8108
www.naturaldaterra.com.br
Diretora Responsável — Mariella LazarettiDiretor Executivo — Georges Schnyder
Rua Andrade Fernandes, 283 — CEP 05421-010 — São Paulo, SP Tel./Fax (11) 3023-5509 — e-mail: [email protected]
Projeto Editorial — 4 Capas Editora
R E D A Ç Ã O Diretor de Redação — Ricardo Castilho
Projeto Gráfico — Fábio SantosEditor de Arte — Eduardo Galdieri
Editora — Letícia RochaRevisão — Gil Bertolino e Ruth Figueiredo
Colaboraram nesta edi ção: Texto — Camila Souza, Carol Esquilante,
Horst Kissmann, Luisa Cella, Maria de Gusmão e Mariella Lazaretti
Fotos – Ricardo D'Angelo e Slide Fotografia
Produção — Cristina Esquilante
P U B L I C I D A D Emar ke ting@natu ral da ter ra.com.br
Jornalista Responsável — Ricardo Castilho
P R O D U Ç Ã O G R Á F I C A Doron Central e Compras Gráficas
I M P R E S S Ã OP L U R A L E D I T O R A G R Á F I C A
Av. Marco Penteado Ulhôa Rodrigues, 700 — CEP 06500-000Tamboré, Santana de Parnaíba, SP / Tel. (11) 4152-9446
As pes soas não lis ta das no expe dien te não estão auto ri za das a falar em nome da revis ta ou a reti rarqual quer tipo de mate rial sem pré via auto ri za ção emi ti da pela
reda ção ou pelo depar ta men to de mar ke ting do Natural da Terra.
Tempo de novidades
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sumário
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10 | VIDA SAUDÁVELPílulas de bem-estar
12 | PRODUTOS DE TODOS OS DIAS12 | Saladas | 18 Hortelã | 24 Pera
30 | COZINHA FÁCILDesfrute a moda dos brigadeiros gourmets
36 | TENDÊNCIAA beleza e o sabor dos minilegumes
42 | ESTILOComo montar uma mesa à americana, por Fábio Arruda
44 | CLIENTE GOURMETBacalhau à Vicentina
48 | TENTAÇÕESObjetos para equipar a cozinha com muita cor
52 | BEBIDAMixologia: a vanguarda da coquetelaria
CAPAProdução Cris Esquilante
Foto: Ricardo D’AngeloAgradecimento: Restaurante Marakuthai
www.marakuthai.com.br
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N A T U R A L D A T E R R A | A N O I I I — N º 1 7
66
96
68
7094
90
60 | ViagemUma aventura exótica pela Namíbia
66 | PerfilA nova fase do Rei Roberto Carlos
70 | esPorteAlternativas para quem não é adepto da academia
74 | saúdeConselhos para ficar zen o ano todo
78 | BelezaComprinhas para o outono 82 | desfrute são PauloUm giro pela badalada Rua Manuel Guedes, no Itaim
86 | dicas do freguêsO cliente dá seu recado
90 | mundo natural da terraTudo sobre a nova loja Moema
94 | um Pequeno toque de chefAs compras de Raphael Despirite
98 | cartasA palavra do leitor
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vida saudável
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Que suco natural faz bem, nem precisa dizer. Mas, para desfrutar todas as propriedades nutritivas, a dica é ficar de olho há quanto tempo foi preparado.
Meia hora, esse é o tempo máximo para guardar todos os benefícios
à saúde. Agora, é só escolher o seu. Mamão tonifica o
organismo, goiaba é bom para a digestão, maçã protege o fígado e açaí é um dos melhores antioxidantes naturais. Na linha dos tradicionais, laranja reforça as defesas
naturais, limão é bom para gripes e resfriados e acerola,
para a fadiga do corpo.
De olho no relógio
MaMãe sauDável Gravidez com corpo flexível e forte. E pós-parto, uma recuperação tranquila do organismo. É o que garante a prática de Pilates, técnica que integra o corpo e a mente na realização de movimentos que exigem força, controle, equilíbrio e alongamento muscular. Por tudo isso, a prática tem mostrado uma opção adequada para gestantes que buscam novas terapias para melhorar a qualidade de vida durante a gestação. Como qualquer programa de exercícios para grávidas, precisa ser individualizado ao máximo, respeitando limites, resistência, flexibilidade, nível de aptidão, idade, saúde em geral e estágio da gestação, além de ser imprescindível a autorização do médico que acompanha a gestante.
Mandioca, aipim ou macaxeira. Seja qual for o nome que leva pelo país, a raiz só ganha pontos quando o assunto são as propriedades nutricionais. Rica em vitaminas do complexo B, principalmente niacina, que estimula o apetite, promove o crescimento e conserva a saúde da pele. Seus sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro, participam da formação de ossos, dentes e sangue.
Boa escolha
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Muito além do prazer, a hora do chá pode trazer muitos benefícios à saúde. Hidrata o corpo e acelera o metabolismo no processo de desintoxicação. Na dúvida do que levar para a xícara, saiba que o chá de amora visa ao bem-estar e é rico em cálcio, potássio, magnésio, ferro e zinco. O vermelho é amigo da digestão e, por isso, excelente para tomar durante e após as refeições. Hibiscus ajuda a eliminar açúcares e gorduras do organismo.
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Alimentos com caloria “negativa”. Já ouviu falar neles? Então, preste atenção: são aqueles que exigem que o corpo trabalhe mais para processá-los. Ou seja, queimam mais calorias do que fornecem. Use e abuse: cenoura, brócolis, alface, abobrinha, cebola, berinjela, mamão papaia e maçã.
JÁ PARA O PRATO
DIETA FEMININAAtenção, mulheres. Mais um item para carregar na bolsa todo dia. Calma, não vai pesar, não, e só vai fazer um bem danado! Duas ou três castanhas-
do-pará, por dia, são mais que suficientes
para suprir as necessidades
femininas. Equilibra o selênio, controla a pressão, reduz os sintomas da tensão
pré-menstrual, melhora a memória
e dá uma mãozinha ao desenvolvimento
dos músculos.
XÍCARA NA MÃO
XÔ, QUILINHOS EXTRASVive na briga com a balança? Invista na farinha de feijão-branco. Ela é rica em faseolamina, substância que reduz a absorção de açúcares no sangue e ajuda a eliminar os quilinhos extras. A propaganda é boa: ingerir 1 colher de chá rasa, diluída em água, antes de se alimentar pode reduzir em até 20% o carboidrato das refeições.
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produtos de todos os dias
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produtos de todos os dias
RISO IN CORONA COM RAGU DE LEGUMES, MUSSARELA DE BÚFALA E ERVAS
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P o r H o r s t K i s s m a n n | F o t o s r i C a r D o D 'a n G E L o
lmoço pronto, a saladinha está na mesa. Alface, tomate e cebola... Nada contra o trivial, mas que tal ir além? Basta um toque de criatividade e pronto, a salada do dia a dia pode ganhar sabor, saúde, beleza e, com certeza, um sim
de muita gente que ainda torce o nariz para folhas e verduras. Se hoje tem couve, experimente picar cubinhos de manga. Essa é a dica, daquelas simples e que funciona, da chef Mônica Rangel, do Gosto com Gosto, um dos melhores restaurantes mineiros do país, em Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro. “É olhar a despen-sa e a geladeira e ver o que pode combinar”, diz Mônica. A chef Flávia Mariotto, do paulistano Mercearia do Conde, também é adepta do casamento entre frutas e folhas verdes. E vai além: adora brincar com texturas. Para tanto, gosta de saladas com vários tipos de folha, embutidos e queijos e abusa de castanhas, nozes, pistaches e croûtons. Para incrementar, sugere um bom molho. “Bater talos de agrião com suco de laranja, azeite e sal fica divino. Com gengibre, fica melhor ainda”, diz Flávia. E sala-da pode fazer, muito bem, o papel de prato principal de uma refeição. É o que defende a chef Renata Vanzetto, do restau-rante Marakuthai, em São Paulo. “Com tantas frutas, verduras e legumes no Brasil, uma salada bem pensada pode ter todos os nutrientes de que o corpo precisa”, afirma a chef. Para tanto, ela sugere juntar às folhas verdes e legumes proteínas, ervas aromáticas, algum tipo de castanha e carboidratos. Renata enu-mera (e ensina, a seguir) bons exemplos: macarrão com arroz e hortaliças, lentilha com frango, radicchio com curry, frutos do mar com mexerica e até flores comestíveis. Combinações feitas, o grand finale está no visual. “Invista na apresentação, com pra-tos diferentes, louças coloridas e cumbuquinhas”, diz Flávia.
SupersaladasCom pitadas de Criatividade e toques de Chef, inove no verde do dia a dia
RISO IN CORONA COM RAGU DE LEGUMES, MUSSARELA DE BÚFALA E ERVAS
Salada de macarrão de arroz com hortaliçaS1 pORçãO
40 g • de repolho roxo picado
25 g • de agrião
15 g • de castanha de caju
quebradinha
15 g • de gergelim branco
10 g • de macarrão de arroz
1 colher (sopa) • de azeite
1 colher (café) • de pimenta-
-dedo-de-moça picadinha
1 colher (café) • de gengibre
picado
Suco de meio limão
Sal a gosto
Modo de preparo1. Cozinhe-o conforme as
instruções da embalagem. 2.
Escorra e jogue água fria para
resfriar. 3. Misture os outros
ingredientes, despeje o suco
do limão e salgue a gosto.
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produtos de todos os dias
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Trouxinhas de radicchio com frango ao curry1 porção
150 ml • de leite de coco
100 g • de peito de frango
50 g • de amendoim triturado
4 folhas • de radicchio bem
fechadas
1 colher (sopa) • de curry amarelo
Broto de coentro a gosto
Modo de preparo1 Cozinhe o frango e desfie.
2 Coloque em uma frigideira para
aquecer junto do leite de coco,
do curry e do amendoim. 3 Sirva
a mistura dentro das folhas de
radicchio e decore com o coentro.
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Salada de lentilha libaneSa com frango1 porção
80 g • de peito de frango cozido
e desfiado
50 g • de amêndoas laminadas
torradas
50 g • de lentilha libanesa cozida
10• folhas de hortelã
1 colher (café) • de pimenta-
dedo-de-moça picada
Azeite, limão, alface roxa e sal
a gosto
Modo de preparo1. Faça uma cama em um prato
com a alface. 2. Misture todos
os outros ingredientes e sirva
por cima.
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16 natural da terra 17
Salada de frutoS do mar com mexerica e floreS1 porção
1 colher (sopa) • de ciboulette picada
3 colheres (sopa) • de azeite
1 colher (café) • de pimenta-dedo-de-
-moça
1 colher (café) • de gengibre picado
4 • lulas
2 • flores de amor-perfeito
2 • flores de capuchinhas
2 • camarões
2 • mariscos
2 • vieiras
1 • mexerica
1 • laranja
1 • limão (suco)
Sal a gosto
Modo de preparo1. Escalde os frutos do mar
em água quente e salgada.
2. Retire e jogue em água fria para
esfriar. 3. Escorra e coloque em um
recipiente com os outros ingredientes
e misture. 4. Enfeite com as flores
comestíveis.
Receitas da chef Renata Vanzetto,do restaurante MarakuthaiAlameda Itu, 1618, Cerqueira César, tel. (11) 3062-7556, São Paulo, SP;www.marakuthai.com.br
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produtos de todos os diasprodutos de todos os dias
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uem nunca se rendeu a um chazinho de hortelã? Para relaxar no fim do dia, para acompanhar o bolo de tarde na casa da avó,
para melhorar da gripe, do estômago. Dona de um aroma intenso e sabor refrescan-
te, essa ervinha é mesmo a todo-poderosa. Tem propriedades anestésicas, faz bem para o aparelho digestivo, é rica em vitaminas C e A, cálcio e ferro. Com tantos atributos terapêuticos, já alcançou o status de planta medicinal. Mas não é só para a saúde que a pequena notável é multiuso. Na gas-tronomia, ela se desdobra e se mostra peça-chave em muitas cozinhas pelo mundo. Não pode faltar em pratos ícones da cozinha árabe, do tabule ao quibe cru. Especialmente em países como Turquia e Grécia, a hortelã é o tempero principal do kebab – um espeto de carne ou vegetais grelhados, típico do Oriente, e que de uns tempos para cá caiu nas gra-ças do brasileiro. De Cuba para os quatro cantos do planeta, a hortelã é também a estrela do mojito, o clássico dos clássicos da coquetelaria mundial. Por falar na famosa bebida, ela foi a inspiração da chef chocolatière Erika Okasaki, ao desenvolver a receita da trufa mojito, uma das especialidades da vitrine de sua Ésses Chocolates. Ainda no mundo dos drin-ques, a erva tem tudo para ser explorada. É o que diz Derivan de Souza, um dos principais bartenders do país. Ele é autor do Palm Bay, elegante bebida que leva, além de hortelã, água de coco, vodca e xarope de maçã.
A chef Caro Gall criou para o restaurante Vino! um bacalhau assado com risoto de damasco ao leite
HortelãAs mil fAces dA ervA que vAi do chAzinho às combinAções nAdA óbviAs
RISO IN CORONA COM RAGU DE LEGUMES, MUSSARELA DE BÚFALA E ERVAS
de coco e gelatina de hortelã. A chef Débora Darem, da Matriz Hamburgueria, deu a tradicio-nais sanduíches um tom árabe. O clássico hambúrguer bovino ganhou hortelã e castanha, além de alguns elementos da Arábia: uma pasta de queijos com hor-telã e coalhada seca, e outra de especiarias e castanha. Do chá às combinações nada óbvias, mais versátil, impossível!
Dicas As folhinhas começaram a murchar?
mergulhe-as em água gelada, elas ficarão mais viçosas.
folhas cristalizadas de hortelã dão um charme todo especial para decorar sobremesas ou servir com café.
na pizza, ouse trocar o orégano por folhas de hortelã. É certeza de elogios.
Para enfrentar o calor, hortelã! faça forminhas de gelo, pique algumas folhinhas e leve ao congelador. use e abuse de água, sucos, drinques.
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Palm bay 1 drin que
60 ml • de água de coco
30 ml • de vodca
10 folhas • de hortelã
1 colher (sopa) • de xarope de maçã
Modo de preparo1. Ma ce re a hor te lã com o xa ro pe, o ge lo, a vod ca
e com ple te com água de co co; mis tu re bem.
2. Co lo que em um co po de long drink.
3. De co re com ma çã e fo lhas de hor te lã.
Re cei ta do bar ten der De ri van de Sou za,
para o Esch Ca fé.
Al. Lo re na, 1899, Jar dim Pau lis ta,
tel. (11) 3062-2285, São Pau lo, SP.
www.esch.com.br
tRufA MoJito50 unidades
50 unidades • de uva thompson
50 folhas • de hortelã
Açúcar demerara a gosto
GANACHE DE RuM
120 g • de chocolate extra-amargo (70% cacau)
50 g • de creme de leite fresco
50 ml • de rum
15 g • de manteiga sem sal, em temperatura ambiente
10 ml • de mel
Modo de preparo1. ferva o creme de leite com o mel. 2. Pique o chocolate em pedaços médios e
uniformes e coloque-os na panela ou em uma tigela; quanto menores os pedaços,
mais fácil e rapidamente o chocolate derreterá; coloque o recipiente numa panela
com água quente; logo que começar a tremular, desligue o fogo. Dica de chef:
jamais derreta o chocolate diretamente sobre o fogo, ele poderá queimar. tão
logo o chocolate começar a derreter, mexa de vez em quando para homogeneizar
o derretimento. 3. Derrame o creme (mel e creme de leite) sobre o chocolate
derretido e misture até obter uma consistência homogênea e brilhante. 4. Adicione
a manteiga aos poucos e emulsione. 5. Acrescente o rum e misture bem. 6. Leve à
geladeira até adquirir o ponto de enrolar.
Montagem
1. La ve mui to bem as uvas; dei xe se car. 2. Com uma co lher de so bre me sa de ga na-
che, en vol va a uva com es se cre me; re pi ta a ope ra ção em to das as uvas. 3. Cris ta li ze
o cho co la te ex tra-amar go e ba nhe os bom bons com as mãos enlu vadas. 4. Quan do
co me ça rem a se car, sal pi que um pou co de açú car de me ra ra em ca da bom bom. 5.
De co re-os com uma fo lhi nha de hor te lã. 6. Le ve-os pa ra a ge la dei ra e os man te nha
lá até a ho ra de ser vir.
Re cei ta da chef Renata Arassiro, da Ésses Chocolates
Rua Pascal, 1195, Campo Belo, tel. (11) 5092-4977, São Pau lo, SP.
www.renataarassiro.com.br
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Bacalhau assado com risoto de damasco ao leite de coco e gelatina de hortelã 2 porções
Bacalhau
300 g • de bacalhau seco em postas
20 g • de alho
5 g • de cebola fatiada
200 ml • de azeite
Tomilho, folhas de louro, alecrim, cebolinha,
sal e pimenta-do-reino em grãos a gosto
risoto
150 g • de arroz arbóreo
50 g • de cebola picada
50 g • de manteiga fresca sem sal
50 g • de queijo parmesão ralado na hora
50 g • de damasco em cubos
500 ml • de caldo de legumes*
50 ml • de vinho branco seco
50 ml • de azeite extravirgem
50 ml • de leite de coco
Hortelã, sal e pimenta-do-reino
em grãos
gelatina
10 g • de damascos em cubos
2 g • de gelatina em folha
50 ml • de licor de laranja Grand Marnier
50 ml • de água
Folhas de hortelã a gosto
* CALDO DE LEGUMES
50 g • de cebola em cubos
50 g • de alho-poró fatiado
50 g • de cenoura em cubos
50 g • de salsão em cubos
1,5 litro • de água
Talos de salsinha, tomilho, louro
e alecrim a gosto
Modo de preparoBacalhau
1. Verifique o sal do peixe e disponha o bacalhau em uma
assadeira com tomilho, louro, alecrim, cebolinha, alho,
cebola e regue azeite. 2. Cubra com papel-alumínio
e leve ao forno a 120 ºC por cerca de 1 hora.
risoto
1. Em uma panela, sue a cebola na manteiga e no azeite,
acrescente o arroz, mexa um pouco, acrescente o vinho
branco com os damascos e mexa sem parar. 2. Quando
seco, acrescente a primeira parte do caldo e repita por
mais duas vezes o mesmo processo (no máximo 15
minutos de fogão). 3. Tire do fogo, finalize com o leite
de coco, parmesão ralado e manteiga. 4. Acerte os temperos e, quando
bem cremoso, sirva como cama para o bacalhau.
gelatina
1. Em uma tigela ou bowl, disponha as folhas da gelatina com um pouco de água
até amolecer e leve rapidamente ao fogo brando. 2. Acrescente os damascos,
as folhas de hortelã e o licor de laranja. 3. Despeje em uma assadeira lisa e leve
à geladeira por 1 hora; corte em cubos.
caldo de legumes
1. Em uma panela, coloque a água em temperatura ambiente e acrescente a
cebola, o alho-poró, a cenoura e o salsão. 2. Após iniciar a fervura, abaixe
o fogo e escume as impurezas. 3. Acrescente as ervas e deixe por
30 minutos. 4. Desligue o fogo e, após 10 minutos, coe e reserve aquecido.
FinaliZaÇão
1. Em uma panela, acrescente o restante do leite de coco com um pouco do azeite
do cozimento do bacalhau, sal, pimenta e a hortelã fatiada. 2. Sirva ao redor do
risoto, decorado com os cubos de gelatina.
Re cei ta do chef Caro Gall, para o restaurante Vino!
Rua Professor Tamandaré de Toledo, 51, Itaim Bibi,
tel. (11) 3078-6442, São Paulo, SP. www.lojavino.com.br
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produtos de todos os dias
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ArAbiAn1 porção
1 • pão ciabata redondo (em formato de hambúrguer)
1 • hambúrguer (120 g) de fraldinha com castanhas
e hortelã picada
80 g • de queijo prato fatiado
2 • rodelas de tomate
10 folhas • sem o cabo de rúcula
1 folha • de alface lisa
Sal e azeite de oliva (ou óleo de soja) a gosto
HAMbÚrGUEr
100 g • de fraldinha moída
30 g • de castanhas picadas
10 g • de hortelã fresca picada
PASTA DE QUEiJOS
100 g • de catupiry
15 g • de gorgonzola
20 g • de hortelã picada
PASTA DE COALHADA SECA
200 g • de coalhada seca
20 g • de hortelã fresca picada
10 g • de castanha picada
10 g • de salsinha picada
Modo de preparoHAMbÚrGUEr
1. Misture a carne de fraldinha moída com a castanha e
a hortelã picada. 2. Molde em formato de hambúrguer e
leve para fritar em uma frigideira com um pouco de azeite
ou óleo. 3. Coloque sal dos dois lados e, quando estiver
pronto, coloque as fatias de queijo sobre o hambúrguer
e cubra com uma tampa ou abafador. 4. Borrife um pouco
de água para que o queijo derreta por igual.
PASTA DE QUEiJOS
Misture o catupiry, o gorgonzola, a hortelã e reserve na
geladeira.
COALHADA SECA
Misture a coalhada seca, as castanhas, a hortelã e a
salsinha picada.
MOnTAGEM
1. Corte o pão no meio e aqueça. 2. Coloque as rodelas de
tomate, o hambúrguer com as fatias de queijo derretidas,
a rúcula, a alface e feche o pão. 3. Sirva acompanhado
com as pastas de queijos e coalhada seca, que devem ser
previamente reservadas na geladeira.
Receita da chef Débora Damin, da Matriz Hamburgueria Bar
Rua Dr. Mário Ferraz, 404, Itaim Bibi,
tel. (11) 3167-0678, São Paulo, SP.
www.matrizhamburgueria.com.br
ANÚNCIO SADIA
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mais variados tipos de melão
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Produtos de todos os dias
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Preste atenção nela
Para fazer picles, caipirinha e até cordeiro, dá-lhe pera! não, não é invencionice nem a tentativa de fazer um menu moderninho. É dica de quem entende (e muito) de cozinha. “A fruta, muitas vezes, é esquecida ali na fru-teira, é um curinga na cozinha”, diz o chef David Hertz, professor de gastronomia tailandesa da Universidade Anhembi Morumbi e coordenador da ONG Gastromotiva, em São Paulo. Ele, que traz no currículo passagens com forte influência da cozinha asiática e oriental, é fã das combinações agridoces e acha que a pera é ingrediente dos mais versáteis. Mas, mesmo assim, ainda é pouco explorada. ”Ela garante elegância e um sabor levemente adocicado em quase todo tipo de receita, de entradinhas a prato principal e, claro, sobremesas”, afirma David. Ele enumera mais de suas preparações prediletas: arroz inte-gral com pera e especiarias ou lâminas de pera grelha-das com sorvete de creme. E não para por aí: vai bem em compotas, chutneys, saladas e pratos com peixe. Como o ingrediente é uma constante em sua cozinha, ele sabe como ninguém os truques para trabalhar com ela. “O único problema é que ela oxida. Para evitar isso, depois de cortada, passe-a em água com suco de limão”, diz David. A fruta não tem espaço só em receitas, digamos, mais atrevidas. Ela é matéria-prima de grandes clássicos da cozinha francesa. É o caso do magret de pato com molho de pera e da Belle Hèlène, sobremesa em que a fruta cozida em especiarias é servida com calda de cho-colate e sorvete de creme. Pratos que são uma constante na cozinha de Charlô Whately, proprietário de um elegan-te bistrô e de um badalado bufê, que levam seu nome, em São Paulo. “Gosto muito de usá-la em risotos. Como no de gorgonzola, ela quebra o sabor picante e forte do queijo”, afirma o restaurateur.
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A PErA SE MOStrA frUtA PrA lá DE vErSátil E DESfilA, COM DEStAqUE, DA trADiCiONAl COziNHA frANCESA à GAStrONOMiA CONtEMPOrâNEA
P o r H o r s t K i s s m a n n | F o t o s s l i d e F o t o g r a F i aPera recheada com chocolate e Pistache10 Porções
Peras
1 litro • de água
1 kg • de açúcar
1 xícara (chá) • de vinho do Porto
10 • peras grandes descascadas e
sem o miolo
3 • cravos
2 • pedaços de canela em pau
recheio
300 g • de chocolate picado
300 g • de creme de leite
160 g • de pistache picados
Modo de preparoPeras
1. Em uma panela coloque a
água, o açúcar, a canela, o cravo
e o vinho. Cozinhe a mistura até
ficar em ponto de calda. 2. Junte
as peras e cozinhe até ficarem
macias, porém firmes.
3. Depois de cozidas, retire-as da
calda e reserve.
recheio
1. Ferva o creme de leite e incorpore
o chocolate aos poucos, mexendo
bem, até derreter. 2. Adicione os
pistaches e retire do fogo.
montagem
Recheie as peras com a mistura e
sirva com calda de chocolate ou
sorvete de creme.
Receitas do chef Charlô Whately,do Bistrô CharlôRua Barão de Capanema, 440, Cerqueira César, tel. (11) 3087-4444, São Paulo, SP.www.charlo.com.br
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Risoto com peRas e goRgonzola4 porções
1.250 ml • de caldo de frango
350 g • de arroz arbóreo
100 g • de peras firmes cortadas em cubos
100 g • de gorgonzola
½ xícara (chá) • de creme de leite fresco
½ xícara (chá) • de vinho branco seco
4 colheres (sopa) • de azeite
3 colheres (sopa) • de manteiga
2 colheres (sopa) • de parmesão ralado na hora
2 colheres (sopa) • de cebola picada
Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
Modo de preparo1. Em uma frigideira, doure a metade da cebola
em 1 colher (sopa) de manteiga até que fique
transparente e, então, salteie rapidamente os
cubos de pera; salgue, apimente e reserve. 2.
Em uma panela, frite a cebola restante no azeite
com outra colher de manteiga. 3. Junte o arroz e
refogue por alguns minutos. 4. Adicione o vinho
branco e deixe evaporar. 5. Junte aos poucos o
caldo de galinha quase em ponto de fervura,
mexendo continuamente de 15 a 20 minutos.
6. Apague o fogo, acrescente o gorgonzola em
cubos, o creme de leite e as peras. 7. Mexa bem,
acrescente a manteiga e o parmesão;
sirva imediatamente.
Pera: raio XVariedades mais conhecidas no Brasil: Willians, D’Água, Pé Curto e Red.
Propriedades: rica em sais minerais, importante fonte de vitaminas do tipo A, C e do complexo B. Possui ainda niacina, substância que ajuda a regular o aparelho digestivo e o sistema nervoso. É essencial para o crescimento e evita a queda dos cabelos e os problemas de pele.
Na balança: cada 100 gramas possui 56 calorias.
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Produtos de todos os dias
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Picles de Pera 6 porções
250 ml • de vinagre branco
500 g • de açúcar
3 xícaras (chá) • de água
1 colher (chá) • de cravos inteiros
1 colher (chá) • de pimenta-preta em grãos
6 • peras grandes e firmes
1 • Canela em pau
Modo de preparo1. Descasque as peras, retire o miolo e corte cada uma em
oito pedaços. 2. Cubra com a água e junte o açúcar. 3. Deixe
ferver em fogo baixo por 5 minutos, coe e meça a calda.
4. Acrescente o vinagre e as especiarias em 600 ml de calda.
5. Despeje sobre as peras e ferva em fogo baixo durante
25 minutos ou até que os pedaços estejam translúcidos.
6. Coloque em uma tigela e deixe descansar de um dia
para o outro na geladeira. 7. No dia seguinte coe o líquido
e ferva até que fique ligeiramente reduzido. 8. Coloque
as peras e as especiarias em vidros de conserva mornos e
esterilizados. 9. Adicione a calda quente até que fiquem
submersas. 10. Sele os vidros ainda quentes e guarde por
pelo menos um mês antes de servir; de preferência na
companhia de aves, carne de porco ou presunto.
TarTeleTTes de Pera e queijo chèvre4 porções
300 g • de chèvre fresco
1 colher (sopa) • de mel
3 • peras Willians
1 rolo • de massa folhada
Tomilho fresco, sal e pimenta moída na hora a gosto
Modo de preparo1. Descasque as peras, retire o centro mais duro e as
sementes. 2. Corte-as em lâminas finas. 3. Corte o queijo
em rodelas com 5 centímetros de espessura. 4. Preaqueça
o forno a 210 °C. 5. Desenrole a massa folhada no mármore
ligeiramente enfarinhado e corte 4 círculos usando um
molde redondo com cerca de 6 centímetros de diâmetro.
6. Cubra uma assadeira com papel-alumínio, coloque os
discos de massa folhada e, com um garfo, faça furos na
massa. 7. Recubra com as lâminas de pera, as rodelas de
chèvre, salgue e apimente. 8. Pincele o mel e salpique
o tomilho. 9. Asse por 30 minutos ou até que a massa
esteja dourada e o queijo derretido. 10. Sirva na companhia
de alguma folha como agrião.
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cozinha fácil
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cozinha fácil
Brigadeiro de conhaque
Brigadeiro vintage
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P o r L e t i c i a r o c h a | F o t o s r i c a r d o d ' a n g e L o
Brasileiríssimoe imbatívelO dOcinhO mais amadO dO Brasil invade O universO gOurmet e ganha até casas especializadas
Receitas da chef Juliana Motter
Tel. (11) 3085-3687, São Paulo, SP.
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BRIGADEIRO TRADICIONAL30 porções
1 lata • de leite condensado
1 colher (sopa) • de manteiga
1 colher (sopa) • de chocolate em pó
Chocolate ao leite em raspas para
confeitar
Forminhas de papel
Modo de preparo1. Em uma panela, coloque o leite
condensado, o chocolate em pó e a
manteiga; leve ao fogo baixo, mexendo
sempre. 2. Quando o doce desgrudar
do fundo da panela, apague o fogo e
transfira-o para um recipiente untado.
3. Depois de frio, molde os docinhos,
confeite-os com as ras pas de cho co la te
e co lo que-os em for mi nhas de papel.
receita não tem segredos. Chocolate, mantei-ga e leite condensado vão para a panela e, em
poucos minutos, eis o brigadeiro, o docinho mais amado do Brasil. irresistível sempre: seja para comer de colher na frente da tv, seja nas festinhas de aniversário, ocasião em que, claro, é sempre o primeiro a ser atacado. mas, agora,
nem é preciso dia de preguiça, aniversário ou desculpa para devorar a guloseima. O brigadeiro virou moda, caiu nas graças do mundo gourmet, virou hit nos cardápios dos chefs e até ganhou casas especializadas. duas, só na capital paulista. com nomes bem sugestivos: Brigaderia e maria Brigadeiro. novidade digna de enlouquecer os brigadeiro lovers. Os motivos são óbvios. mil e um tipos do doce: enroladinho, de colher, no copinho. nos sabores, as opções vão do clássico às versões mais gourmets, como pis-tache, chocolate meio amargo, macadâmia. na maria Brigadeiro há linhas temáticas como “etílicos”, que trazem sabores como vinho do porto e conhaque, e os “brasileiros”, com brigadeiros de café e doce de leite com coco. lá, tem até as versões bem exóti-cas, como gergelim, funghi e wasabi. as criações não surgiram à toa. a doceira recebeu uma encomenda desafiadora: fazer esses docinhos, uma exclusividade brasileira, com um sotaque italiano e outro oriental. daí, surgiram esses brigadeiros tão diferentes. “confesso que até eu achei que não ficaria bom. e ficou muito bom”, diz a chef Juliana motter, dona da curiosa ideia da maria Brigadeiro, que só vende as gostosuras sob encomenda, entre-gues em charmosas marmitas retrô. ela, formada em jornalismo e gastronomia, fez o primeiro brigadeiro aos 6 anos e não parou mais. era sempre escalada para levá-los em toda e qualquer festa. “Fazia em casa, depois que chegava do trabalho. até que um dia, que chamo de ‘rave do brigadeiro’, virei a noite, 12 horas tentando dar conta de doces que iam para amigos dos amigos dos amigos. aí, virou negócio”, diz a doceira, que, a seguir, ensina a fazer cinco de seus brigadeiros.
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cozinha fácil
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Brigadeiro Vintage30 unidades
1 lata • de leite condensado
1 colher (sopa) • de chocolate em pó
1 colher (sopa) • de manteiga
100 g • de uvas-passas
1 cálice • de rum
Raspas de chocolate ao leite para
confeitar
Modo de preparo1. Misture o rum às passas e
reserve. 2. Leve o leite condensado,
o chocolate em pó e a manteiga
ao fogo baixo, mexendo sempre
até desgrudar do fundo da panela.
3. Apague o fogo, transfira a
massa para um bowl untado
com manteiga. 4. Quando
esfriar, molde os brigadeiros e
faça um buraco no meio de cada
um. 5. Recheie com as passas
(previamente escorridas), molde
as bolinhas e confeite com raspas
de chocolate ao leite.
Brigadeiro de gergelim30 unidades
1 receita • de brigadeiro tradicional
Semente de gergelim branco ou
preto para confeitar
Modo de preparo1. Prepare a receita de brigadeiro
tradicional. 2. Confeite com a
semente de gergelim e coloque em
forminhas de papel.
Brigadeiro de gergelim
doce eleiçãoO ano era 1945 e o Brasil vivia um momento de eleições, logo após a deposição de Getúlio Vargas. Na disputa, o brigadeiro Eduardo Gomes e o general Eurico Gaspar Dutra, que levou a melhor, na política, pelo menos. Para o brigadeiro, restou a fama que deu origem ao docinho mais querido do Brasil. Conta-se que a receita surgiu para homenagear o candidato, ideia de algumas eleitoras, as mais afoitas e que levavam ao pé da letra o bordão de Eduardo, que dizia: “Vote no Brigadeiro, ele é bonito e é solteiro”. Logo pegou a fama de ser “o docinho preferido do brigadeiro”. Artifícios eleitorais ou não, a certeza é que essa campanha, ao menos, foi benfeita. Até hoje, 64 anos depois, o brigadeiro continua imbatível.
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Brigadeiro de conhaque30 unidades
1 receita • de brigadeiro
tradicional
1 xícara (café) • de conhaque
Modo de preparo1. Quan do a mas sa do bri ga dei ro
tra di cio nal des gru dar do fun do
da pa ne la, jun te o co nha que,
dei xe eva po rar, apa gue o fo go
e trans fi ra pa ra um re ci pi en te
un ta do. 2. De pois de frio, mol de
os do ci nhos, con fei te com as
ras pas de cho co la te e co lo que
em for mi nhas de pa pel.
Brigadeiro de chocolate Branco30 unidades
1 lata • de leite condensado
150 g • de chocolate branco
picado
1 colher (sopa) • de manteiga
Raspas de chocolate branco para
confeitar
Modo de preparo1. Derreta o chocolate em
banho-maria e reserve. 2. Leve
o leite condensado e a manteiga
ao fogo baixo e, quando
esquentar, misture o chocolate
branco. 3. Continue mexendo
até dar o ponto, ou seja,
desgrudar do fundo da panela.
4. Retire a massa do fogo,
transfira para um bowl untado
com manteiga, deixe esfriar.
5. Enrole os brigadeiros, confeite
com raspas de chocolate branco
e coloque em forminhas.
Brigadeiro tradicional (ao leite)
Brigadeiro de chocolate Branco
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tendênciatendência
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RISO IN CORONA COM RAGU DE LEGUMES, MUSSARELA DE BÚFALA E ERVAS
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P o r H o r s t K i s s m a n n | F o t o s s é r g i o c o i m b r a ( a b r e e s t i l l ) a n t ó n i o r o d r i g u e s ( P r a t o s )
ê mais uma olha da na ima gem que abre es ta re por tagem (du vi do que ela te nha pas sa do des per ce bi da!) e di ga se não pa re cem ve ge tais pin ta dos à mão. As co res e os
for ma tos, de tão per fei tos, até apa ren tam ser ar ti fi ci ais – mas não são. To dos são mi ni le gu mes co lhi dos um dia an tes da ses são fo to grá fi ca, dis po ní veis pa ra a ven da em su per mer ca dos e hor ti frútis do pa ís. Pe la fo to, já dá pa ra en ten der a ra zão do su ces so que as mi ni a tu ras con quis ta ram en tre os chefs de co zi nha. Não há co men sal que não su cum ba à be le za de um pra to fei to ou sim ples men te de cora do com es sas be le zi nhas, que têm a me ta de do ta ma nho (ou até me nos) dos ve ge tais con ven cio nais. “E o me lhor é que, além de lin dos, eles cos tu mam ser mais sa bo ro sos”, diz o chef Em ma nu el Bas so leil, co man dan te do es tre la do res tau ran te Skye, de São Pau lo.
Com mais de 35 anos de ex pe ri ên cia na pro du ção de ve ge tais, Cyro Abu mus si, da Fa zen da Itu aú, em Ca pi va ri, no in te ri or de São Pau lo, acre di tou no mer ca do dos mi ni le gu mes e, há pou co mais de uma dé cada, re sol veu in ves tir ne les. Ho je, me ta de dos 45.000 me tros qua dra dos de sua pro pri e da de é des ti na da ao cul ti vo de ver sões em mi ni a tu ra. Ali tem de tu do. São 40 va ri e da des en tre mi nir ra ba ne tes, mi ni be ter ra bas, mi ni a bo bri nhas (em for ma to re don do, bo ju do e de ca ba ça, nas co res ver dees cu ro, ver decla ro, ver deeama re lo e ama re lo).
Cada vez mais presentes nos cardápios de chef e adorados por gorumets e até, pela garotada. "Res ga tam a qua li da de na ali men ta ção, dei xan do um pou co de la do a pro cu ra exa ge ra da pe los en la ta dos e pe los lan ches fastfo od.", comenta o produtor.
PequenosnotáveisCom aparênCia sofistiCada e muitas vezes mais saborosos, os minilegumes ganham status nas Cozinhas estreladas
RISO IN CORONA COM RAGU DE LEGUMES, MUSSARELA DE BÚFALA E ERVAS
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tendência
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Métodos natu ra isHá du as for mas de pro du zir mi ni le gu mes e, pa ra alí vio dos mais pre o cu pa dos com ali men ta ção sa udá vel, ne nhu ma de las exi ge pro ces so de al te ra ção quí mi ca. A ver são mí ni do me lão, da mo ran ga ou do pi men tão tem ori gem no uso de se men tes es pe ciais, hí bri das e ge ne ti ca men te mo di fi ca das. No ca so das le gu mi no sas que têm mas sa, co mo a be rin je la e a abo bri nha, é só uma ques tão de co lhêlas pre coce men te. “Es ses não mu dam de apa rên cia, so mente de ta ma nho”, diz Anet te Heu ser, da fa zen da Er vas Fi nas, que fi ca no in te ri or de São Pau lo. Ela es tá nes se mer ca do há 14 anos. De sua pro pri e da de sa em mi nier vas e flo res co mes tí veis, além de abobri nhaver de, alhoporó, be rin je la, ce nou ra, er vado ce, mi lho e ra ba ne te.
Pa ra Em ma nu el Bas so leil, o ta ma nho re duzi do e as co res vi vas ga ran tem mai or ver sa tili da de na ho ra de mon tar os pra tos. “Gos to de pre pa rar o ca ma rão na mi ni mo ran ga, pois po de mos ser vir o le gu me in tei ro, pre ser vando seu vi su al.” Ou tro chef tam bém fi el aos pe que nos no tá veis é Chris top he Bes se, do res tau ran te All Se a sons, de São Pau lo. “As ce nou ras baby gla ce a das com mel e fa ro fa de la ran ja, além de gos to sas, são mui to atra tivas”, diz Bes se. “Não tem quem con si ga fi car so men te com uma no pra to.” Pa ra pro var o que fa lam, os dois chefs fran ces es pre pa raram, com ex clu si vi da de pa ra Natural da Terra, óti mas re cei tas com os ve ge tais do mo men to. Con fi ra a se guir.
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Minirrabanete, minibeterraba e minicenoura – O tempo de cultivo é praticamente o mesmo dos convencionais, mas eles racham se crescerem demais.Minipimentão – Com 8 centímetros e no formato tradicional, sua casca é fina, facilitando a digestão. Há opções em várias cores: verde, verde-claro, amarelo, vermelho, lilás, creme e preto.Minitomate – É mais doce e menos ácido que o tomate convencional.Miniabobrinha – Com formato redondo, é rica em fibras e vitaminas.
Minimoranga – Mantém as mesmas propriedades nutricionais que a de tamanho convencional, com a vantagem de até a casca ser comestível.Miniberinjela – Ganha a preferência pelas opções de cor: rosa comprida, rosa redonda, preta redonda, rajada bordô e branca.Miniberinjela branca – É uma novidade japonesa para se comer inteira e crua.Minipáprica – Pimentão em forma de disco com no máximo 7 centímetros de diâmetro.
Os mínis e seus segredos
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ALHO CA RA ME LI ZA DO
1. Em uma pa ne la, co zi nhe o açú car ao pon to de ca ra me lo. 2. Acres cen te o vi na gre
e a água e dei xe dis sol ver. 3. Em se gui da, adi ci o ne os den tes de alho com cas ca e
co zi nhe por 10 a 15 mi nu tos em fo go bai xo; des li gue o fo go e dei xe es fri ar den tro da
cal da.
BABY FUN CHO
1. Tem pe re o fun cho com li mão, sal e pi men ta. 2. Pas se-o na fa ri nha de tri go e co lo-
que-o em uma as sa dei ra. 3. Cu bra-o com cal do de pei xe e le ve ao for no no va por
du ran te 30 a 35 mi nu tos; re ti re e re ser ve.
Di ca do Chef: se for em for no do més ti co, a as sa dei ra de ve ser co ber ta com pa pel-
alu mí nio pa ra ob ter o mes mo efei to do va por.
MON TA GEM
1. Em uma pa ne la, aque ça o bou il lon à pro ven çal com o ba ca lhau e dei xe fer ver em
fo go bran do de 3 a 5 mi nu tos; acres cen te os mi ni le gu mes e as azei to nas. 2. Em um
pra to fun do, co lo que os fun chos, os to ma tes, as azei to nas e, por ci ma, o lom bo de
ba ca lhau; re gue com o bou il lon à pro ven çal. 3. De co re com o ale crim e o alho ca ra-
me li za do.
Di ca do chef: no bou il lon, na fi na li za ção do co zi men to, ex pe ri men te co lo car um
pou co de to mi lho e ale crim fres co; uti li ze um ovo co zi do pa ra de co rar.
Re cei ta do chef Em ma nu el Bas so leil , do res tau ran te Skye Av. Bri ga dei ro Lu ís An to nio, 4700, Jar dim Paulista, tel. (11) 3055-4710, São Pau lo, SP. www.skye.com.br
LOMBO DE BACALHAU “RôTI” COM BABY FUNCHO 4 por ções
BA CA LHAU
4 • lombos de bacalhau dessalgados
BOU IL LON À PRO VEN ÇAL
400 ml • de caldo de peixe
100 ml • de azeite extravirgem
100 ml • de vinho branco seco
1 dente • de alho picado
½ • cebola picada Folhas de manjericão
22 • tomates-cereja
16 • azeitonas pequenas sem caroço
Limão; sal e pimenta-do-reino a gosto
ALHO CA RA ME LI ZA DO
50 ml • de vinagre
50 ml • de água
100 g • de açúcar
1 cabeça • de alho
BABY FUN CHO
3 litros • de caldo de peixe
150 g • de farinha de trigo
16 • baby funchos
3 • limões
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Modo de preparoBA CA LHAU
1. Em fri gi dei ra an tiade ren te com azei te, gre lhe os lom bos
de ba ca lhau (dei xan do-os bem dou ra dos e qua se co zi dos);
re ser ve-os.
BOU IL LON à PRO VEN ÇAL
1. Em uma pa ne la, re fo gue a ce bo la e o alho; acres cen te o
vi nho bran co e dei xe fer ver por 2 mi nu tos, adi ci o ne o cal do de
pei xe e dei xe re du zir a um quar to do volume. 2. Em se gui da,
adi ci o ne as fo lhas de man je ri cão, o li mão e dei xe fer ver de 3 a
4 mi nu tos. 3. Tem pe re com sal e pi men ta-do-rei no; re ser ve.
Vale quanto pesaNão existe diferença na composição química e nutritiva dos alimentos por serem mínis. “Claro que uma berinjela em tamanho normal conterá vitaminas A, B1, B2, B5, C e antioxidantes em maior proporção, se comparada à versão miniatura”, diz a nutricionista Rosana Freire, professora da Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo. Os pequenos também têm fibras mais delicadas que os vegetais de tamanho convencional. “Porém, se forem híbridos, a composição e a textura devem ser bem semelhantes”, afirma.
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tendência
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tendência
Minifunchos glaceados e gratinados4 por ções
1 litro • de água
200 ml • de demi-glace de pato
60 g • de queijo tipo parmesão
ralado
60 g • de queijo tipo raclette
ralado
8 minifunchos
1 colher (sopa) • de farinha de trigo
Sal e pimenta a gosto
Modo de preparo1. Fer va a água e adi ci o ne sal; quan-
do vol tar à fer vu ra, mis tu re a fa ri-
nha de tri go. 2. Co zi nhe os fun chos
e dei xe res fri ar na pró pria água. 3.
Cor te-os ao meio, no sen ti do do
com pri men to. 4. Der ra me por ci ma
o cal do de pa to quen te, sal pi que os
quei jos e le ve a gra ti nar.
Híbridos x transgênicosEntenda a diferença entre os dois métodos de produção de legumes• Transgênicos – São desenvolvidos por meio do cruzamento entre o DNA do vegetal e o DNA de um micro-organismo, geralmente uma bactéria. Foram criados com o propósito inicial de ser resistentes a herbicidas.• Híbridos – São desenvolvidos pelo cruzamento, por sucessivas vezes, entre o DNA de duas variedades do mesmo vegetal. O objetivo pode ser a alteração da cor e do tamanho. Também é possível aumentar a durabilidade ou torná-los mais nutritivos.
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BaBy cenoura glaceada com mel4 por ções
BaBy cenoura
400 ml • de caldo de legumes
50 g • de manteiga sem sal
32 • minicenouras
1/2 • cebola picada
1 colher (sopa) • de mel
caS caS de la ran Ja
100 g • de açúcar
150 ml • de água
50 g • de manteiga clarificada
Casca de 1 • laranja
3 fatias • de pão de forma sem casca
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Modo de preparoBaBy cenoura
1. Re fo gue a ce bo la em fo go bran do
com a man tei ga sem sal. 2. Mis tu re o
mel com o cal do de le gu mes quen te e
co zi nhe ne le as ce nou ras e a ce bo la;
es cor ra e re ser ve.
caS caS de la ran Ja
1. Re ti re a par te bran ca das cas cas de
la ran ja e cor te-as em for ma to ju li a na.
2. Co zi nhe 7 ve zes, sem pre re co me-
çan do com água fria. 3. Fa ça uma
cal da com o açú car e 150 ml de água.
4. Dei xe por 3 di as as cas cas da la ran ja
nessa cal da em um vi dro fe cha do.
5. Es cor ra as cas cas e de pois se que-as
no for no du ran te 2 ho ras em 90 ºC.
6. Uma vez se cas, pi que-as até vi rar
pó e re ser ve. 7. Pas se as fa ti as de pão
na pe nei ra e dou re com a man tei ga
cla ri fi ca da. 8. Jun te o pó de la ran ja e
tem pe re com o sal e a pi men ta.
Re cei tas do chef Chris top he Bes se,do res tau ran te All Se a sons, Al. San tos, 85, Cerqueira César, tel. (11) 2627-1336, São Pau lo, SP. www.res tau ran te allse a sons.com.br
ceratti
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esportes
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esta marcada, quase tudo pronto. Nessa hora, os ajustes finais e certa indecisão no quesito
decoração. O que é essencial e que estilo adotar? Na dúvida, apos-
te na mesa à americana, uma sugestão do consultor de etiqueta e
comportamento Fábio Arruda. Mãos à obra. Ele acredita que o caminho
para o sucesso de uma recepção começa na seleção de objetos diverti-
dos e alegres. “Use a criatividade e aproveite o que você tem em casa”,
diz o consultor. Caso o anfitrião não tenha todas as peças essenciais, a
melhor solução é o aluguel em locais especializados .
O próximo passo é calcular o número total de convidados. A partir
daí, você vai decidir a quantidade de comida, bebidas, talheres e copos.
Lembre-se: é sempre melhor sobrar do que faltar. Não é nada elegante
ter de lavar os pratos no meio da festa. Portanto, se você vai receber dez
pessoas, garanta pelo menos 15 pratos e talheres. Para dar um toque
mais sofisticado, use guardanapos de pano: os de papel são mais ade-
quados para o dia a dia. Comprar um tecido e mandar fazer a quantidade
necessária é uma alternativa para gastar menos.
Na hora de servir a mesa, tudo precisa estar disponível e ao
alcance de todas as pessoas que estiverem no local. Divida a mesa:
de um lado, talheres, pratos e guardanapos; do outro, bebidas,
copos e taças, dependendo do que você pretende servir. É sempre
Mais alegriaem sua festafábio arruda ensina como faZer de sua recePÇÃo um sucesso: caPriche nos acessórios divertidos
estilo
Toalha com histórias em quadrinhos,
sobrepondo uma preta a uma branca.
As cores em total harmonia
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esportes
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estilo
Guardanapos junto ao balde de gelo evitam que os convidados enxuguem as mãos na toalha de mesa
bom ter, além de água gela-
da, outras opções de bebida.
“Sirva espumantes nacionais.
Existem boas marcas a preços
acessíveis”, diz Fábio.
Sobre a mesa, não precisa
ser tudo da mesma cor. É possí-
vel misturar duas toalhas com
estampas floridas diferentes,
desde que a padronagem e as
cores combinem. Fábio optou
por uma toalha com histórias
em quadrinhos, sobrepondo
uma preta a uma branca, e as
cores em total harmonia. “Hoje
em dia não existem normas,
mas é preciso ter noções para
harmonizar formas, tamanhos
e cores.”
Na hora de servir, tudo
precisa estar disponível
e ao alcance de todos
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Descansos de mesa embaixo dos talheres ajudam a manter a toalha em ordem
Guardanapos arrumados
em formato de buquê e
colocados sobre um
suporte
Ouse
Tudo deve contribuir para uma decoração harmô-
nica: brinque com a disposição de copos, talheres,
pratos, guardanapos e plantas.
Muitos buquês
Os guardanapos foram arrumados em forma-
to de buquê. É muito simples: basta pegar com
a ponta dos dedos o centro do guardanapo aberto e
puxar, reunindo vários com a outra mão, e depois colo-
car sobre um suporte, que pode ser um revisteiro.
Flores naturais
Espalhe flores pela casa, mas lembre-se de escolher
espécies sem aroma, porque os odores podem atra-
palhar a degustação dos pratos.
Tudo limpinho
Não se esqueça de sempre colocar descansos embaixo
dos talheres. Caso contrário, o resultado será uma toa-
lha de mesa suja antes mesmo de a festa acabar.
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cliente gourmet
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P o r C a r o l i n a E s q u i l a n t E f o t o s r i C a r d o d ' a n g E l oP r o d u ç ã o C r i s t i n a E s q u i l a n t E
famíliaSegredo de
Monica Tagnin, clienTe do naTural da Terra Higienópolis, ensina uMa receiTa de bacalHau, de inspiração iTaliana, perfeiTa para a Mesa de páscoa
Bacalhau à Vicentina 8 porções
1 ½ kg • de bacalhau (dessalgado,
sem espinhas e com a pele)
1 litro • de leite
4 dentes • de alho picados
4 filés • de anchova
1 cebola • grande picada
1 copo • de vinho branco seco
1 maço • de salsinha picada
1 copo • de óleo
Farinha de trigo para empanar,
queijo ralado e canela em pó a gosto
Modo de preparo1. Dessalgue o bacalhau por
24 horas, na geladeira. 2. Corte-o
em postas pequenas e passe-as na
farinha de trigo. 3. Coloque as postas
em um refratário e salpique sobre
elas um pouco de canela em pó e
queijo ralado; reserve. 4. Leve ao fogo
o óleo, a cebola, o alho, a salsinha e
as anchovas. 5. Deixe dourar e junte
o copo de vinho branco. 6. Espere
evaporar o álcool e acrescente o leite,
que, após a fervura, irá talhar, o que
é normal. 7. Regue esse molho no
bacalhau e coloque-o para assar em
forno alto por aproximadamente
40 minutos.
onica Tagnin é arquiteta e cozinheira de mão-cheia, daquelas que não vivem sem o caderninho de receitas. dele saem pratos que já ganharam fama na família e entre os amigos. como o bacalhau à Vicentina, uma de suas especialidades e cujo preparo ela guarda a sete chaves. ou
melhor, guardava, porque, especialmente para a revista Natural da Terra, ela abre o jogo, conta por que a receita faz tanto suces-so e, claro, nos ensina a prepará-la, passo a passo. a fama vem de tempos e de longe. a iguaria era preparada por uma tia de seu marido, uma típica mamma italiana do Vêneto, no norte da itália, na década de 60. “Quando ela percebeu que seu bacalhau virou febre entre os familiares, logo o colocou no cardápio do restaurante de que era proprietária na época”, diz Monica. o estabelecimento em questão é o gato Que ri, que não está mais nas mãos da família, mas existe até hoje, no bairro de santa cecília, um ícone da cozinha paulistana. seja no restau-rante, seja na casa dessa família, o carro-chefe ainda é o baca-lhau à Vicentina. a receita foi confidenciada à irmã do marido, que jurou jamais revelá-la a alguém. a tia deve ter se “revirado no túmulo”, mas a primeira coisa que a sobrinha fez após sua morte foi presentear a família com a receita. “Minha cunhada ensinou minha sogra”, diz Monica, cliente natural da Terra, da loja Higienópolis. e, até hoje, servi-la é símbolo da família unida ao redor da mesa.
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cliente gourmet
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Gostou da ideia? Que tal ver sua receita estampada nas próximas edições da revista Natural da Terra? Basta escrever para [email protected]. Conte um pouco de você e de sua receita campeã.
A escolha dos ingredientes
A arquiteta vai em busca dos ingredientes para preparar o bacalhau à Vicentina, no Natural da Terra Higienópolis. Feita a compra, nossa anfitriã separa os ingredientes em potinhos, já na quantidade que a receita pede.
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46 NATURAL DA TERRA 47
Modo de preparo
2 Leve o óleo ao fogo.1 Passe as postas de
bacalhau dessalgado na farinha de trigo e reserve.
6 Adicione o copo de vinho branco e
espere o álcool evaporar.
10 Jogue o queijo ralado por cima
da canela.
3 Acrescente a cebola, o alho e as anchovas.
7 Junte o leite à mistura.
11 Regue o molho no bacalhau.
4 Coloque a salsinha.
8 Ele vai talhar, mas não tem problema.
12 Leve ao forno alto por aproximadamente 40
minutos. Bom apetite!
5 Mexa bem todos os ingredientes e
deixe dourar.
9 Salpique um pouco de canela em pó no
bacalhau.
Agr
adec
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tos:
Pra
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Casa
Can
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dicas para equipar sua cozinha
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Nada de cozinha monocromática. Diga sim às cores e equipe a casa com objetos estilosos, superpráticos e cheios de design
POR CRISTINA ESQUILANTE | FOTOS RICARDO D’ANGELO
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1. Secador de saladas de plástico com manivela, R$ 35, na Utilplast • 2. Facas Chef, da Liveon, de aço inox pintado e antiaderente. R$ 35, na Kirk’s.
• 3. Luva de silicone da Quadrifóglio. Resiste de 40 a 240 graus. R$ 40, na Oren • 4. Conjunto de bowls empilháveis. Três peças, de melamina, saem
por R$ 89,90, na Cleusa Presentes • 5. Cooler Anabel para oito latas. R$ 149,90, na Suxxar • 6. Jogos americanos de PVC Gloss. R$ 13,80 cada um,
na Utilplast • 7. Linha Retrô, da Coza. Jarra 2 litros (R$ 17,70) e copos (R$ 4,40 cada um), na Utilplast • 8. Garrafa térmica Quadrifóglio, com ampola
de vidro. R$ 126,70, na Raul’s • 9. Tábua Flowers com alça. De vidro, com 30 cm. Por R$ 26,90, na Suxxar • 10. Escorredor Full, da Zak Designs!
R$ 58,60, na Bacco’s • 11. Prato Spiral, da IVV, de vidro. R$ 141,90, na Cleusa Presentes • 12. Espremedor Citrus Juicer, da Cuisipro. R$69, na Pepper •
13. Tesouras multiuso, da Zwilling. Suas lâminas são microdentadas, possui descapsulador. R$ 279, na Zwilling J.A. Henckels • 14. Colheres Switchit da
Chefin. De silicone, R$ 49,90 cada uma, na ArtMix • 15. Pranchas de vidro, da Joseph/Joseph. Resistentes a odores e manchas. R$ 95 cada uma, na Doural • 16. Set de xícaras Tazzine Color. De porcelana e acrílico. Preço sugerido R$ 57, na Full Fit.
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* Importante: os preços foram pesquisados na última semana de fevereiro e podem sofrer alteração.
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dicas para equipar sua cozinha
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• 17. Avental de vinil Kitsch Kitchen. R$ 99, na Casa Canela • 18. Colheres para sorvete Balance, da Zyliss, de aço escovado. R$ 68 cada uma, na Pepper
• 19. Espátula chanfrada (R$ 49,90), espátula pão duro (R$ 56,90) e pincel (R$ 51,90), todos da suíça Zyliss. De silicone, na Suxxar • 20. Minigeladeira
Mobicool, 15 litros, conector de 12 volts embutido. R$ 569, na Fastmall • 21. Misturador de temperos Flavour Shakers, lançado pelo inglês Jamie Oliver.
R$ 210, cada um, na Kirk’s • 22. Caneca térmica da <OU>. R$ 15,15, na Utilplast • 23. Sousplat retangular French Bull. De melamina, da designer
americana Jackie Shapiro. R$ 118, na Casa Canela • 24. Taças de acrílico. R$ 16,90, na Cecilia Dale • 25. Minibandejas, da Complemento. De
madeira (17 cm x 24 cm). R$ 28 cada uma, na ArtMix • 26. Queijeira Iglu, da italiana Alessi. De resina termoplástica, da designer Miriam Mirri. Por
R$ 386, na Benedixt • 27. Potes para mantimentos. Tamanho G, 3 litros (R$ 88), e M, 2 litros (R$ 69). De metal, na ArtMix.
* Importante: os preços foram pesquisados na última semana de fevereiro e podem sofrer alteração.
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Onde encontrar: ArtMix – Tel. (11) 3064-8991, www.artmix.com.brBacco’s – Tel. (11) 3661-7788, www.baccos.com.brBenedixt – Tel. (11) 3081-5606, www.benedixt.com.brCasa Canela – Tel. (11) 3815-5400, www.casacanela.com.brCecilia Dale – Tel. (11) 3823-2900, www.ceciliadale.com.brCleusa Presentes – Tel. (11) 3031-5090, www.cleusapresentes.com.brDoural – Tel. (11) 3326-6228, www.doural.com.brFastmall – Tel. (11) 3711-3270, www.fastmall.com.brFull Fit – Tel. (11) 3577-0585Kirk’s – Tel. (11) 3842-9237, www.kirks.com.brOren – Tel. (11) 3062-8669, www.oren.com.brPepper –Tel. (11) 3073-0333, www.pepper.com.brRaul’s – Tel. (11) 3814-8532, www.rauls.com.brSuxxar – Tel. (11) 3842-3200, www.suxxar.com.brUtilplast – Tel. (11) 3088-0862, www.utilplast.com.br Zwilling J.A. Henckels – Tel. (11) 3087-3737, www.zwilling.com.br
* Importante: os preços foram pesquisados na última semana de fevereiro e podem sofrer alteração.
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bebidas
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A mixologiA moleculAr revolucionA A cArtA de bebidAs dos bAres pAulistAnos
ão é de ho je que ci en tis tas da co zi nha co mo Ni cho las Kur ti e Hervé This usam su as fór mu las e equa ções no mun do dos alimen tos. cha ma da de mi xo lo gia mo le cu lar, a
ver ten te mui to apli ca da à co que te la ria sur giu por vol ta da dé ca da de 1990 na on da da glo ba li za ção, que pro mo veu no mun do to do mu dan ças no es tilo de con su mo, pro vo can do a bus ca pe lo no vo, pe lo di fe ren te. to dos que rem ver, sen tir e vi ven ci ar no vas ex pe ri ên ci as em pra tos, ta ças, co lhe res ou, por que não?, no ar. es fe ri fi ca ção de lí qui dos que ex plo de na bo ca, pas ti lhas mas ti gá veis de sa quê, es pu mas, ge la ti nas, en fim, ex pe ri ên ci as sen so ri ais.
“so mos bom bar de a dos to dos os dias com no vos pro du tos, e es sa é uma boa ma nei ra de agre gar va lor e ex tra ir o me lhor que ca da um tem a ofe recer”, diz Hen ri que me dei ros, bar man do res tau ran te Ki nos hi ta, em são pau lo, que usa mais de três garra fas de vod ca por dia em su as cri a ções. en tre elas está o drin que só li do de li chia com ge la ti na de vod ca, wa sa bi e flo cos de ou ro. se o gos to é bom? sim, e mui to! Ao mor der a fru ta, seu su co do ce to ma con ta da bo ca até que a ra izfor te mos tra a que veio e o pa la dar é sur pre en di do pe lo pe que no blo co de des ti la do. di fe ren te de tu do.
P o r H o r s t K i s s m a n n f o t o s r i c a r d o d ' a n g e l o
Drinquessensoriais
Mojito
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Heberson Hoerbe
natural da terra 5352
Pérolas de Bellini
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bebidas
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SplaSh negro
Mojito4 porçôes
150 ml • de rum
100 ml • de suco de limão
5 ml • de óleo de limão ou hortelã
50 g • de açúcar
3 g • de lecitina de soja*
8 folhas • de hortelã
Modo de preparoeSpUMa De rUM
Bata o rum com o suco de limão,
o açúcar e a lecitina de soja até
formar uma espuma.
Mojito
1. Em um copo short, passe
os óleos es sen cia is na bor da sem
dei xar ex ces so. 2. Com a aju da de
uma co lher, sir va a es pu ma por
ci ma. 3. Decore com as folhas
de hortelã.
pérolaS De Bellini10 porções
500 ml • de água
300 ml • de suco de pêssego
150 ml • de champanhe
5 g • de cloreto de cálcio*
3 g • de alginato de sódio
Modo de preparo1. Processe o suco de pêssego
com o alginato e deixe descansar.
2. Em um recipiente com a água,
adicione o cloreto de cálcio e
misture até dissolver bem. 3. Com
a ajuda de uma se rin ga, des pe je
go ta a go ta o su co de pês se go na
va si lha com o cál cio e re ti re-as
com cui da do.
Mon ta geM
Adicione 50 pérolas em uma taça
flûte e, em seguida, complete com
o champanhe.
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54 natural da terra 55
Martíni Kinoshita
Para quem pergunta sobre a interferência das finas lâminas de ouro, estas enfeitam e lhe dão o status mais que merecido. Para Heberson Hoerbe, o Herbie, da consultoria Drink Design, de São Paulo, mixologia é uma das técnicas que fazem o trabalho dos barmen e bartenders ser cada vez mais encantador. O craque já serviu suas invenções em fes-tas exclusivíssimas, como no casamento da bilionária Athina Onassis e nos aniversários da top model Gisele Bündchen e da encrenqueira Paris Hilton.
Como toda grande novidade, aqui não tem meio-termo. Ou se ama, ou se odeia. Aos mais céticos, como Rick Anson, chefe de bar da filial paulistana do restaurante La Mar, a tendência é para os aspirantes a barman que querem ser notícia à custa da fama de Adrià. “Acredito nos drinques tradicionais, o resto é invencionice”, afirma.
Pereira, do recém-inaugurado Sub Astor, também na capital paulis-ta, tem uma opinião moderada sobre a novidade. Para ele, é mais uma opção, mas nunca substituirá a força de um coquetel clássico. “Das 42 sugestões da carta, somente dois drinques – caviar de vodca e caviar de gim – seguem essa tendência”, diz Pereira.
Marco de la Roche, do drink.lab, consultoria com sede em São Paulo, também não acredita que chegaremos ao ponto de comer caipirinha e beber feijoada. “É uma tendência que possibilita novas (e incríveis) experiências”, afirma. Vale, então, uma visita ao bar mais próximo (e antenado) para provar essas alquimias e tirar as próprias conclusões. Antes disso, confira a seguir algumas dessas receitas que, além de surpreendentes, certamente darão o que falar.
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bebidas
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Pastilhas de vodca
Pastilhas de vodca10 Porções
400 ml • de vodca
30 ml • de licor de amêndoas
30 ml • de licor de damasco
30 ml • de licor de laranja
30 ml • de licor de café
1,2 g • de Kanten* em pó
Modo de preparo1. Para preparar cada sabor em
separado, aqueça por vez 100
mililitros da vodca com
30 mililitros do licor escolhido;
adicione 0,3 grama de Kanten.
2. Misture até dissolver bem e leve
ao congelador em uma placa de
vidro com borda. 3. Sirva em um
prato pequeno.
sPlash negro2 drinques
50 ml • de vodca
2 g • de gluconato de cálcio*
2 colheres (sopa) • de açúcar
10 • blueberries
10 • cassis
6 • amoras
1 • pedra de gelo seco
Modo de preparogel
1. Em um recipiente, adicione as
amoras, as blueberries, os cassis e
o açúcar. 2. Aqueça em fogo baixo,
mexendo até reduzir a mistura.
3. Quando estiver resfriada,
processe e adicione o gluconato
até obter um gel. 4. Reserve em
um minibowl.
Splash
1. Em um copo longo coloque os
50 ml de vod ca e, por ci ma, 90 ml do
gel. 2. Adi ci o ne o gelo seco e sirva.
Receitas do bartender Heberson Hoerbe,
o Herbie, da Drink Design.
Al. Gabriel Monteiro da Silva, 2792,
Jardim América, tel. (11) 3032-4450,
São Paulo, SP; www.drinkdesign.com.br
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bebidas
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Caipirinha soft
Martíni Kinoshita1 porção
GELatina DE saQUÊ
250 ml • de saquê
20 ml • de água
6 folhas • de gelatina incolor
DrinQUE
50 ml • de vodca de uva
40 ml • de suco de cranberry
10 ml • de suco de limão-siciliano
10 ml • de Cointreau
1/2 colher (chá) • de açúcar
4 cubos • de gelatina de saquê
4 • amoras
Modo de preparoGELatina DE saQUÊ
1 Dissolva as folhas de gelatina em água
morna. 2 Acrescente o saquê, coloque em
uma forma pequena, deixe esfriar e leve
para gelar. 3 Corte em cubos.
MontaGEM
1 Macere as amoras e, em seguida,
acrescente os ingredientes restantes
(exceto a gelatina); bata todos juntos.
2 Sirva em taça de dry Martini. 3 Corte
a gelatina em cubos e coloque-os nas
extremidades da taça.
CAipirinhA Soft15 doses
250 ml • de cachaça
50 ml • de tônica ou refrigerante de limão
2 colheres (chá) • de açúcar
2 • claras de ovos
2 • limões (suco)
1 • limão (raspas)
Modo de preparo1. Misture o suco de limão e a cachaça
e acrescente os demais ingredientes.
2. Mexa até diluir a clara, acrescente gelo
e mexa novamente. 3. Coloque em um
sifão, acrescente o gás, agite bem e deixe
repousar por 15 minutos no congelador.
4. Enfeite um copo tipo short com uma
raspa de limão e sirva.
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58 natural da terra 59
Receitas do barman Henrique Medeiros, do restaurante Kinoshita Rua Jacques Félix, 405, Vila Nova Conceição, tel. (11) 3849-6940, São Paulo, SP;www.kinoshita.com.br
DRiNque SóliDo De liCHia CoM VoDCa1 porção
GelaTiNa De VoDCa
250 ml • de vodca
20 ml • de água
6 • folhas de gelatina incolor
DRiNque
3 • lichias em conserva
3 cubos • de gelatina de vodca
1 g • de flocos de ouro
1 g • de pasta de wasabi
Modo de preparoGelaTiNa De VoDCa
1. Dissolva as folhas de gelatina
em água morna. 2. acrescente
a vodca, coloque em uma forma
pequena, deixe esfriar e leve para
gelar. 3. Corte em cubos.
MoNTaGeM
1. Se pa re 3 li chi as, es cor ra e, em
ca da uma, co lo que 1 bo li nha com
a quan ti da de mí ni ma possível
da pasta de wasabi. 2. Recheie as
frutas com os cubos de gelatina
e decore com os flocos de ouro.
* Kanten é conhecido também como
agar-agar, um pó obtido das folhas
desidratadas de algas marinhas que serve
para criar um tipo de gelatina que não
derrete em temperaturas mais altas.
O cloreto de cálcio e o alginato de sódio,
usados na técnica de esferificação,
podem ser encontrados em farmácias de
manipulação. O gluconato de cálcio é um
espessante encontrado nessas farmácias.
A lecitina de sódio é um emulsificante e
pode ser comprada em lojas
de produtos naturais. drinque sólido de lichia com vodca
Hen ri que Me dei ros
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60 61
A NAmíbiA oferece estruturA impecável de turismo e pAisAgeNs deslumbrANtes de um muNdo ANcestrAl e iNtocAdo
viagem
selvagemConforto
Namíbia é um país com 2 milhões de pessoas e 1 milhão de focas. sim, focas. Na áfrica. e isso é só o começo das surpre-sas desta viagem. espere até eu chegar ao mahangu. Quer encarar um? Quem falou em
mahangu foi nosso guia, siyepo dias, um fanfar-rão que, ao ser questionado sobre o que viria a ser o dito-cujo, me encarou por trás dos óculos qua-drados e respondeu com a síntese que as lógicas ululantes exigem: — mahangu é mahangu. ora!
embora tenha sido apresentada ao mahangu apenas no penúltimo dia de viagem executada em tempo recorde por terra, ar e rio, lutei como pude para obter de siyepo dias algo menos lacô-nico. mahangu tem olhos? É verde? respira? tem raízes? e ele, nascido em uma tribo na região de rundu, fronteira com Angola, e capaz de arranjos semânticos da língua portuguesa que dispunham sempre de verbos, às vezes de adjetivos, mas jamais de preposições, respondia: — mahangu tem muito. lá. Nós pega. Assim. põe lá.
e com essa enormidade de informações me des-pedi de siyepo em terra (para reencontrá-lo no fim da jornada) e embarquei no avião bimotor que cui-daria de nos propiciar uma viagem inesquecível de 2.000 quilômetros pelos recantos mais surpreen-dentes daquele país e de nosso planeta. de modo que não custará muito a você, leitor, enfrentar algumas linhas para descobrir o que significa efe-
Por Mariella lazaretti
na natureza
tivamente “encarar um mahangu”. Antes, vamos por partes.
Até chegar a Windhoek, a capital da Namíbia, eu mal sabia para onde iria de verdade. minha bagagem tinha de tudo, inclusive um pavor ancestral de carrapato-estrela e malária. Assim, na linha do vexame de lula, que na mesma Windhoek afirmou que “ali nem parecia áfrica”, eu, com o cuidado de não dizer isso num microfone, me sur-preendi com ruas limpíssimas, pou-quíssimos insetos, banheiros impe-cáveis e a informação segura de que toda a água da Namíbia é tra-tada. o.k., estamos falando de um país composto de 70% de deserto — o maior, mais impressionante e mais seco do planeta — e 2 milhões de habitantes, mas, sem dúvida, trata-se de uma joia da áfrica.
o maior trunfo da Namíbia cabe ao fato de a natureza ali não ter mudado muito desde a entrada na idade do fogo, quando bambis saltitavam, negras nuas acendiam gravetos e besouros se enterravam na areia em busca de clima ameno.
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Subida da duna 45, em Sossusvlei
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Boa parte de quase tudo está intacta. Ou quase. A capital tem 600.000 habitantes, que pratica-mente se conhecem pelos apelidos de infância. E olha que nome difícil não falta — a colonização foi alemã, o idioma oficial é o inglês, o popular é o africânder e cada tribo mantém sua língua oriun-da da Idade da Pedra.
Até 1990 a África do Sul dominava o país, tendo estendido para lá o pavoroso regime do apartheid. Hoje, o governo é negro e democrá-tico. As paisagens da Namíbia são fascinantes e fazem você crer, no decorrer de um dia de voos e caminhadas, que alguém colocou algum tipo de ácido em seu café da manhã. Afora isso, as inú-meras tribos — os bushmen, os hereros com cha-péu de peixe-martelo, os himbas, cujas mulheres andam nuas e se pintam de tinta vermelha, com muitos adornos — ainda vivem em ocas. Embora sejam obrigados a enviar as crianças para a esco-la (quando há, no meio do nada), a vida da maio-ria segue sob as próprias regras de seu povo. Elas convivem com os animais, que convivem com os humanos, que lutam igualmente para sobreviver na savana e no deserto.
As distâncias na Namíbia são enormes e algumas só podem ser alcançadas de avião. Um fly safári possibilita conhecer tribos afastadas de tudo e pai-sagens impossíveis de se ver em sua plenitude se não do alto. O ideal, no entanto, é fazer algo misto — parte em terra, parte pelo ar. Ver um rinoceronte atravessar a pista a sua frente ou sentir a lufada de
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Acima, muita emoção e areia nas descidas abissais das dunas de Terrace Bay
uma disparada de zebras é algo que cala no fundo de nosso código genético de Lucy.
Por isso, do aeroporto de Windhoek seguimos de carro por três horas para o sul, até a região de Kalahari. É uma área de elefantes e onde vive a maior parte dos 35.000 indivíduos da tribo san ou bushman — aquele povo retratado no filme Os Deuses Devem Estar Loucos, que ainda vivem de caça e pesca. Nosso objetivo era chegar a Sossusvlei — o cartão-postal da Namíbia —, e em seguida tomar o avião para partir para as vastas paisagens.
Na estrada, antílopes, impalas e girafas nos encaravam com curiosidade. Embora o costu-me local por gerações tenha sido comer animais que saltavam na frigideira sem que os nativos se esforçassem demais (em números gerais, há mais animais que gente), a Namíbia tem um com-prometimento de preservação ambiental previsto em sua constituição. Os animais não têm medo dos homens. Hoje os bichos que eram parte da cadeia alimentar são designados genericamen-te de meat game (carne de caça) e criados para abate. Toda vez que vinha um prato de meat game, tentávamos descobrir o que estávamos comendo, porque nem eles sabem ao certo.
Na segunda noite, chegamos à região de Khomas, um tapetão árido de cascalho marrom, com vales sombreados ao fundo. Dormimos no Kulala Lodge, muito charmoso e confortável, com quartos de lona, mas banheiros de cimento e água encanada. E ali, às portas do deserto da
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rinoceronte atravessa a pista; mãe zebra e filhote na savana
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namíbia, começou o show de surpresas, luzes e sombras. com 50.000 quilômetros quadrados, a faixa de deserto estende-se por 1.600 quilômetros ao longo do oceano atlântico, até o sul de angola. a porta da entrada do deserto é um assentamen-to chamado sossusvlei (pronuncia-se sóssusf), onde estão as mais altas dunas do mundo (com até 325 metros de altura). as areias oxidadas têm um tom alaranjado. para vê-las como convém, levantamos muito cedo. a luz matinal incidindo nas sinuosas dunas produz cores e movimentos. com o silêncio permanente do lugar, a sensação é de se estar conhecendo um mundo recém-feito. adiante da Duna 45 — as dunas têm números, sendo a de número 7 a mais alta do planeta —, há o Deadvalley, um lago petrificado há centenas de anos e do qual árvores mortas levantam como mãos retorcidas. muito impressionante.
Depois desse programa, seguimos para um campo aberto, em que andre e Jan, os pilotos, nos receberam. andre schoeman, cujos ascen-dentes alemães aportaram por lá em cerca de 1700, mantém com três irmãos o negócio de safári aéreo aberto pelo pai na década de 70 — o skeleton coast safaris. são quatro aviões, quatro acampamentos, apoios de jipes para passeios nas dunas e montanhas — e uma simpatia, disposição e empenho pessoal irreparáveis. Jan friede, dono do profile safaris, que faz roteiros sob medida em toda a África, se apresentou também como fotó-grafo. seu inglês perfeito (segundo ele, aprendido
rinoceronte atravessa a pista; mãe zebra e filhote na savana
nas escolas de zimbábue, seja lá o que isso sig-nifique) mantinha-o firme em qualquer combate – fossem meus gritos no banco de trás do avião depois de um semilooping ou porque eu devia ter fotografado o casco do navio afundado em vez de olhar as milhares de focas em cape cross.
na verdade, eram coisas demais para admi-nistrar no primeiro voo sobre o skeleton coast park, a costa selvagem na faixa de mar que guar-da tubarões, focas, navios afundados, deserto, dunas, portos e outros animais. eu me esforçava para manter meu labirinto focado e não chorar de emoção com aquela paisagem toda.
ao longo dos três dias de voo, o país ganhou sua dimensão real — ou irreal! o céu amplifica-do levantando-se por todos os lados, o sol soli-dificando cores no deserto de areias alaranjadas, vales sombreados por nuvens estáticas, antílo-pes correndo sob nós num planeta bege e fofo; as negras e escarpadas formações Ugab, montanhas impressionantes de 700 milhões de anos; as mar-gens voluptuosas dos rios huab e Kunene e braços de mar salpicados de flamingos.
os voos incluíam várias paradas para piqueni-ques e lanchinhos no meio do nada. Do avião, às vezes avistávamos algum movimento humano lá embaixo, um porto e um punhado de casinhas ger-mânicas coloridas — era a cidade de swakopmund, onde 6% da população loira de olhos azuis passa o verão. De modo geral, porém, éramos nós e a brisa. no teto do jipão descemos crateras pro-fundas e sonoras de dunas de areia em terrace bay e conhecemos uma das formas vegetais mais antigas do globo, a welwitschia. visitamos uma tribo himba, onde as mulheres são lindas e pas-sam no corpo tinta vermelha feita à base de uma semente e gordura animal. fomos até a fronteira de angola descendo uma ribanceira de 40 graus e vimos jacarés nos baixios do rio Kunene cruzando de lancha a correnteza voluntariosa.
e tivemos, ainda, a vivência nos acampamentos, o que merece uma descrição à parte. ficamos no Kuidas camp, no purros camp e no camp Kunene river. foi um contato absoluto com a natureza e com nossa própria ancestralidade (entenda como quiser). na namíbia há lodges cinco estrelas, há lodges com serviço de hotel e quartos de lona, e há os “camps”, como os dos irmãos schoeman, onde ficamos. para mim, que não acampo desde o carnaval de 1983, foi inicialmente um choque — designação que utilizo para qualquer lugar sem banheiro azulejado. no entanto, as coisas ali eram tão bem pensadas que não geravam sofrimento,
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No alto,foto aérea do Deserto
da Namíbia. Acima, a planta
welwitschia; e as mulheres da
tribo herero
mas prazer, estimulando nosso lado bushman. Eram cabanas de lona rodeadas por uma cerca de bambu, que garantia a privacidade. O chuveiro era um boxe externo, também de gravetos compri-dos. Do alto pendia um saco de lona cheio de água colocada de antemão, com uma rosca furada na ponta servindo de ducha. Você podia se secar ao ar live, com vento por todo lado diante da vista extraordinária.
O interior da cabana era arrumado com régua e compasso. Duas camas ladeavam uma mesinha que mantinha uma lanterna de bateria, um repe-lente, um espelho, caixinha de lenços, uma gar-rafa de água, um rolo de papel. O vaso sanitário clássico, com encanamento, ficava fora (para minha alegria) em cabanas de bambu — mas sem porta (Barrabás!) —, apenas com uma parede em “L” que escondia o cubículo do vaso. Uma cordinha com uma bandeirinha pendurada na porta indicava a situação: se estivesse estendida, tinha gente; se estivesse solta, livre.
As refeições eram feitas em um rancho. De dia, o almoço era lanche com salada, frios defumados de meat game, pastramis e queijos. À noite, após um banho redentor, sentávamos em volta do fogo ou diante de um rio, sob a brisa morna e um mar
de estrelas, enquanto as cozinheiras serviam uma versão diferente de ensopado regado a bons vinhos sul-africanos.
Quando nos despedimos de Andre, de sua filha Cindel, que nos acompanhou, e de Yan, seguimos para dois lodges luxuosos à beira do Etosha Park, um dos maiores santuários de animais do planeta. E foi lá que vimos bichos em seu hábitat, compramos artesanato, reencontramos nosso querido Siyepo Dias e, enfim, fomos apresentados ao mahangu, a comida de subsistência da Namíbia. Trata-se de um cereal com o qual se faz farinha e, com ela, uma espécie de angu. Seu acompanhamento pode ser um guisado de galinha ou de espinafre, mas o mais comum é... lagartas fritas (!) chamadas mopane. Foi com uma porção generosa delas, apanhadas nas folhagens baldias, que a chef Erika nos pre-parou um mahangu. Ela nos incentivou a comê-lo fazendo bolinhos do angu, com uma lagarta gordu-cha de cobertura. Foi quando achei que o contato com minha ancestralidade tinha ido longe demais. Preferi deixar essa experiência para uma segunda visita à Namíbia. Disse adeus a Erika e a Dias e fui fotografar elefantes a caminho do aeroporto, com a certeza de que havia sido apresentada ao planeta na semana de sua gloriosa inauguração.
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ANGOLA
O QUÊ, ONDE, COMO, QUANTO...
O que você precisa saber• A moeda na Namíbia é o dólar namibiano. O dó-lar sul-africano ou rand também vale para toda a África. 1 dólar americano = 10 dólares namibianos• Não é necessário tirar visto, mas é preciso to-mar a vacina contra a malária e levar o Certifi cado Internacional, que pode ser obtido no Ambulatório dos Viajantes, no Hospital das Clínicas, em São Paulo, e nos aeroportos internacionais. • Em todos os hotéis e camps há repelentes, mas na dúvida leve um Extreme Exposis 10 Horas. À venda nas lojas Alergoshop — www.alergoshop.com.br. Afasta também o carrapato-estrela.• Na primavera e no verão (de setembro a março), as temperaturas chegam a 40 graus e chove (pouco). Para quem quer ver cores nas paisagens é o momento adequado (também há animais, mas espalhados). No inverno, entre abril e julho, quando a seca concentra os pontos de água, é mais fácil ver animais. No entanto, o sol não afasta o frio e à noite as temperaturas caem bastante. Em agosto venta muito.
COMO CHEGARA South African Airways (SAA) tem voos diários para Johannesburgo/Windhoek. A partir de US$ 999 + taxas por pessoa, ida e volta para baixa temporada (28 fev. a 17 jun. e 2 ago. a 2 dez.). Na alta temporada (18 jun. a 1o ago. e 3 dez. a 27 fev.), a partir de US$ 1.050 + taxas por pessoa. www.fl ysaa.com. Tel. (55-11) 3065-5115
ONDE FICAREm Johannesburgo, o Hotel Michelangelo é uma boa: fi ca dentro de um shopping center, com saída para a
praça Mandela, com vários bares e restaurantes animados à noite. US$ 170 pessoa/dia sem café da manhã. Na Namíbia, as grandes redes tipo Wilderness Safaris (www.wilderness-safaris.com) ou o Leading Lodges of Africa (www.leadinglodges.com) oferecem estada mais excursões, em lodges e camps em vários pontos do país.Epacha Game Lodge & Spa • Quartos enormes e luxuosíssimos, próximo ao Etosha Park, comida média. www.epacha.com Tel. + 264 (0) 697047. US$ 193 pessoa/dia.Refeições incluídas.Ongava Lodge • Também próximo ao Etosha Park, elegante, sofi sti-cado e confortável, comida boa. O restaurante fi ca em palafi tas sobre a savana, onde à noite os animais vêm beber água. www.wilderness-safaris.com. US$ 253 pessoa/dia, refeições incluídas. Le Mirage • Próximo a Sossusvley, exótico, boa comida, oferece balonismo e triciclos para o deserto. [email protected] Tel. + 264 (0) 63683020.Kulala Desert Lodge • Também na
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praça Mandela, com vários bares e restaurantes animados à noite. US$ 170 pessoa/dia sem café da
Karas
Omusati
Omaheke
Hardap
Windhoek
Duineveld
MarientalSandwich Harbor
Walvis Bay
Swakopmund
Tribo Himba
Outjo
Otjiwarongo
MoltahöheSossusvlei
Windhoek
Duineveld
Mariental
MoltahöheSossusvlei
ANGOLAOmusati
Windhoek
Sandwich Harbor
Walvis Bay
Swakopmund
Tribo HimbaTribo Himba
Outjo
Otjiwarongo
OmusatiTribo HimbaTribo Himba
área de Sossusvley, com Land Ro-ver e guia à disposição, é rústico e ao mesmo tempo muito confortá-vel. Boa comida. www.kulalalodge.com. US$ 395 pessoa/dia com refeições, passeios e drinques.
SAFÁRI AÉREOSkeleton Coast Safaris • Dos irmãos Schoeman, oferece quatro pacotes diferentes incluindo toda a alimen-tação, passeios de Land Rover e es-tada em seus camps. Uma aventura que não tem preço, mas que custa em torno de US$ 5 mil por pessoa, variando conforme o número de integrantes e dos pacotes. www.skeletoncoastsafaris.com Tel. + 264-61-224248. Profile Safaris • Jan é o guia que conduz o turista no espírito Indiana Jones. Preços em média de US$ 5 mil por pessoa. Trajetos por toda a África, de avião ou de carro, sob medida. www.proflesafaris.com. Tel. + 264-61-222357
PurrosCampsite
Terrace Bay
As focas emCape Cross
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perfil r o b e r t o c a r l o s
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roberto Carlos anda impossível. O rei vive uma nova fase, que inclui a malhação em papel de destaque. E a prática, pelo
jeito, o tem feito muito feliz. “Luto contra os anos, saio na pancada mesmo
com eles. Faço musculação. Malho dia sim, dia não. Só não tenho uma vida
muito mais regrada pela agenda. Não dá para dormir no mesmo horário
todos os dias”, afirma o cantor, que foi a estrela, pela sexta vez, de um
cruzeiro temático, sucesso total de público. Grande parte dele, claro, era
de mulheres, encantadas pelo cantor, que desfilava vestido de marinheiro
e distribuía rosas.
Nos bastidores do navio, a conversa comum era “O rei está namorando?”.
Tudo isso por causa da música "A Mulher Que Eu Amo", trilha sonora do
casal Marcos (José Mayer) e Helena (Taís Araújo) na novela Viver a Vida, da
TV Globo. Ele desmentiu que esteja com alguém, mas revela que a compo-
sição é para um amor seu, sim. A musa em questão é a eterna Maria Rita, a
mulher, que faleceu em 1999. A bordo, Roberto recebeu os jornalistas para
um bate-papo e falou dos 50 anos de carreira, de amor e confessou que já
fez cirurgia plástica, que faz chapinha e que adora sorvete! Confira.
É o sexto ano de um cruzeiro Roberto Carlos? Que significado tem para
você esse passeio pela costa brasileira com os fãs?
O prazer é cada vez maior. As emoções são cada vez maiores, bicho.
Tudo é maravilhoso nesta viagem. Às vezes, choro quando ela termina.
Vivo momentos de total alegria a bordo e, na saída, tenho de enfrentar
a realidade.
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O CANTOR MudOu O ViSuAL, AdERiu À CHApiNHA E AGORA ATé SE dEdiCA À MuSCuLAçãO
Um novoRoberto Carlosp O R C A M i L A S O u z A
em nova fase, o rei estrela a sexta edição de cruzeiro com os fãs
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perfil
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Disco de inéditas, só para 2011. Neste ano,o cantor promete agenda cheia de shows
perfil r o b e r t o c a r l o s
Você fica hospedado no Costa Concordia, mas nin-
guém vê você andando pelo navio. O que você faz
quando está a bordo?
Gosto de brincar no cassino. Desta vez, assisti tam-
bém ao show do tom cavalcante, que estava na pro-
gramação e é maravilhoso. e também aproveito para
fazer um pouco de musculação.
É verdade que seus familiares e os parentes de Maria
Rita sempre acompanham você no cruzeiro?
eles sempre vêm, em todos os cruzeiros. eles me
acompanham nesta viagem. É muito gostoso.
Você tem uma relação de contemplação com o mar.
Quando foi que você viu o mar pela primeira vez?
Foi na cidade de Marataízes, no espírito santo. eu
tinha uns 5 anos e, naquela época, levei três horas
para chegar à praia, porque a gente ia de trem. acho
que me apaixonei ali. Foi uma emoção muito gran-
de. o mar faz a gente imaginar muitas coisas, é uma
grande fonte de inspiração. Mas, apesar de todo esse
fascínio, nunca faço música quando estou em alto-mar.
Normalmente componho em casa ou nos hotéis em
que fico hospedado.
Para o ano que vem, já está confirmada uma nova
edição de seu cruzeiro?
sim. No ano que vem teremos um novo navio,
maior, o costa serena. Já temos 180 cabines
vendidas. brinco que é o navio do Dodi (empre-
sário de roberto), por causa do sobrenome dele,
que é sirena.
Depois do navio, qual é o próximo projeto? Quando
sai seu disco de inéditas?
Neste ano não vai ser possível fazer o disco com
músicas inéditas. tenho uma viagem ao exterior
agendada, muitos shows... Não quero fazer esse
disco em cinco meses. Mas o repertório de inéditas
está quase pronto. Devo lançar o cD em 2011.
Você é um compositor que fala muito sobre as
emoções. Como está o coração do rei? Foi noti-
ciado que você estaria namorando uma estudante
de medicina...
esse boato é do ano passado. Não estou namorando
essa moça. Posso dizer que estou contente, tocando
a vida numa boa... (risos)
Seus fãs pedem uma rainha para o Rei...
Vamos deixar que as coisas sigam e aconteçam
naturalmente...
É verdade que “A Mulher Que Eu Amo”, tema dos
personagens de Taís Araújo e José Mayer, foi com-
posta por você especialmente para Viver a Vida?
“a Mulher Que eu amo” é uma composição minha.
comecei a fazê-la em 1998 e terminei em 2002. Mas
eu a fiz para Maria rita.
E você está satisfeito com o rumo dos personagens?
Afinal, com os dois brigando feito cão e gato, fica
difícil a música tocar na novela...
Não é que eu não esteja satisfeito. a novela imita a vida
e traições acontecem. eu brinco falando assim: “como
é que vão tocar a minha música com o casal brigando
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daquele jeito?”. A música ficou sem tocar um tempão.
Depois, Helena e Marcos se beijaram, e a música tocou
uns três ou quatro dias novamente. Mas entendo
que quem programa a entrada das músicas na nove-
la sabe que não dá para tocar uma música que fala de
amor com um casal brigando.
Você já disse que é noveleiro. Que personagens o
marcaram?
A Dira Paes fez brilhantemente a Norminha, de
Caminho das Índias. Camila Pitanga também arrasou
como a Bebel de Paraíso Tropical. Prefiro as moci-
nhas às vilãs. Elas me irritam um pouco, embora eu
saiba que são necessárias à trama.
Você já disse nas entrelinhas que não está namo-
rando. De onde vem sua inspiração para compor?
Minha inspiração vem da vida. Nada passa desperce-
bido por mim. Sou um compositor do tipo "contador
de histórias".
A escola de samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro, ace-
nou com a possibilidade de fazer um enredo sobre
você, para o ano que vem. Como você recebe essa
notícia?
Para mim, seria uma das maiores homenagens. A
Unidos do Cabuçu também já fez isso. Achei mara-
vilhoso. Mas fico envergonhado em desfilar na
Sapucaí...
Quais são as três melhores coisas de sua vida?
Vou começar pela segunda... A segunda melhor é sexo.
Ninguém pode negar isso. A primeira é sexo com amor.
E a terceira é... sorvete! Eu adoro sorvete (risos!).
O que você acha do título de Rei?
Não me considero assim, mas recebo esse título com
muita humildade. As pessoas dizem isso com muito
carinho, mas não me considero um rei, não.
E como você avalia os 50 anos de carreira?
Quando comecei, na minha infância, na rádio
Cachoeiro do Itapemirim, foi emocionante. Mas
não esperava ter essas alegrias nestes 50 anos de
carreira. Tenho rido muito e também chorado muito
de emoção.
Você é vaidoso?
Eu me cuido. Gosto de fazer tudo o que me dê boa
aparência. Luto contra os anos, saio na pancada
mesmo com eles (risos!). Faço musculação, mas
não tenho uma vida muito regrada porque não
durmo no mesmo horário todos os dias. Malho dia
sim, dia não. Mas todo o tempo que posso dedico
à minha aparência.
Você cortou o cabelo... Quem cuida de seu visual?
É a minha cabeleireira, Adriana Carlos. Na Jovem
Guarda, não tinha chapinha e esse era o sonho de
todas as pessoas que não tinham o cabelo do Ronnie
Von. Faço chapinha, sim!
Você já recorreu a cirurgias plásticas?
Uma vez saiu nos jornais que eu estiquei tudo. Até
a cara! (risos). Mas não foi nada disso. Corrigi uma
cicatriz que tinha no pescoço e dei uma puxadinha
porque estava rolando um babadinho aqui (mostra
o pescoço). Isso foi há dois anos.
Você leu o livro Minha Fama de Mau, de Erasmo
Carlos? O que achou?
Achei muito legal. Ele não conta nenhuma mentira
a meu respeito. E tudo o que ele conta é com muito
humor. Erasmo é o irmão que escolhi. É meu cama-
rada mesmo.
Quais são as músicas de que você mais gosta e que
não podem faltar em seus shows?
Gosto muito de “Emoções”, “Detalhes” e “Jesus
Cristo”. Também gosto muito de “A Mulher Que Eu
Amo” e “Como É Grande o Meu Amor por Você”.
“Não me considero assim (Rei), mas recebo esse título com muita humildade”
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Hugo Hoyama começou a jogar por brincadeira e hoje é recordista em medalhas de tênis de mesa
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P o r m a r i a d e g u s m ã of o t o s r i c a r d o d ' a N g e L o
scondida entre suas promessas de ano-novo está lá: “entrar em forma”. Só que o Carnaval passou, a Páscoa está aí e nada de
começar a academia. Talvez aqui esteja o entrave: será mesmo que a
academia é o lugar certo para você manter a forma? Não é novidade
para ninguém que o ambiente de malhação nem sempre é aprazível
nem acolhedor. É normal que muita gente não se sinta à vontade ali, entre
esteiras e bíceps malhados, principalmente se seu corpo não tiver assim um
desenho de deus grego. O que pouca gente se dá conta é que boa forma não
se conquista só na academia. “Unir atividade física e prazer é a maneira mais
eficaz de não desistir da malhação e conseguir resultados”, diz o personal
trainer Vanderlei de Luca, de São Paulo.
De quebra, quando se malha com gosto, a chance de descobrir no hobby
uma segunda (ou até primeira) profissão aumenta. Foi assim com Hugo
Hoyama, atleta de tênis de mesa, recordista brasileiro em Jogos Pan-
Americanos, com nada menos que nove medalhas de ouro. “Comecei por
brincadeira, jogando pingue-pongue nos intervalos da aula de japonês,
ainda criança”, diz. “A família apoiou porque notou meu entusiasmo e
sabia dos benefícios do esporte.”
O menino tomou gosto e não parou mais. Teve épocas em que treinava oito
horas por dia. E ainda completava o treino com corrida e musculação. Hoje,
com 40 anos de idade e 33 de esporte, passa entre quatro e cinco horas na
mesa. A primeira dica de Hugo para quem quer aderir ao esporte é entender
a diferença entre pingue-pongue e tênis de mesa. “A raquete é diferente, as
regras são outras e até o ritmo não é o mesmo”, diz. Pingue-pongue é lazer.
Tênis de mesa é esporte. Comece por um e, se se animar mesmo, parta para
o outro — o que significa participar de competições e fazer treinos mais pesa-
Sue com prazerse academia Não faz sua cabeça, tudo bem. escoLha uma atividade que distraia e, de quebra, garaNta sua boa forma
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dos. E se anime: em uma hora de pingue-pongue ou
de tênis de mesa você pode perder até 190 calorias.
E que tal manter a forma dançando? A consultora
Joana Munné faz isso. Dona de uma consultoria gas-
tronômica em São Paulo, Joana trabalha no mínimo
oito horas por dia no escritório. Sua rotina inclui mui-
tas reuniões e horas ao computador. Para compen-
sar, dança — e muito. Faz duas horas de aula de balé
moderno uma vez por semana e ensina dança todas
as segundas-feiras. Como faz parte de um grupo,
quando tem apresentação agendada, abre mão da
folga aos sábados para ensaiar.
Joana fez o caminho contrário ao da maioria: no
caso dela não foi o hobby que virou profissão, e sim
a profissão que se transformou em hobby. Antes de
ser consultora, ela era bailarina na Espanha, onde
O pique para uma agenda de executiva Joana Munné consegue dançando
Informações
Sobre tênis de mesa: www.fptm.com.br
Sobre balé contemporâneo: STEPS (11) 3088-0291
esportes
Escolha a suaGostou da ideia de suar a camisa com prazer? Então fique atento para a relação das atividades que mais promovem gastos calóricos. Os esportes de quadra e de campo são os campeões. Mas você pode entrar em forma jogando peteca. Sério, em uma hora sem deixar a peteca cair você pode queimar 125 calorias. Nada mau!
nasceu. Fez formação em balé clássico em Londres e
Madri e até os 24 anos integrava a Companhia de Balé
Clássico de Barcelona. Há dez anos, quando mudou
para o Brasil, viu que seu tempo como bailarina se
esgotara. “É uma carreira curta mesmo”, afirma.
“Mas nunca me imaginei sedentária.”
O equilíbrio mental que sua profissão exige ela con-
segue dançando. Mãe de dois filhos, de 11 anos e de 8,
Joana sabe que sem dançar ela não teria pique para
a rotina de trabalho. “É um complemento na minha
vida, mas é tão essencial que não posso nem me ima-
ginar sem a dança.” De quebra, Joana queima cerca
de 200 calorias por hora de ensaio. O equivalente a
uma hora pulando corda ou meia hora de corrida na
esteira — com o benefício de suar com prazer, o que
faz toda a diferença.
Em uma hora de... Você gasta...
Futebol 330 calorias
Polo aquático 320 calorias
Squash 315 calorias
Handebol 300 calorias
Basquete 280 calorias
Capoeira 270 calorias
Pular corda 220 calorias
Fonte: Cyber Diet (www.cyberdiet.terra.com.br)
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De férias, é fácil. Fora da rotina, até o mais estressado dos paulistanos consegue relaxar. Tirar os pés do sapato, mergulhar no mar, fazer longas caminhadas sem compromisso com o relógio – tudo isso faz a vida parecer mais leve. Difícil é manter-se zen com a vida correndo. Trânsito, despertador, trabalho demais, tempo de menos – como estar tranquilo nesse cenário?
O lama Rinchen Khyenrab, abade do mosteiro Sakya Tsarpa, em Cabreúva, interior paulista, garante que é possível. “O estresse se esta-belece pela relação do indivíduo com o meio”, diz. “É absolutamente pos-sível manter-se zen num ambiente estressante – é só uma questão de comportamento.”
O lama explica que estar zen nada mais é do que estar totalmente cons-ciente de seu espaço, tirando melhor proveito do tempo, mesmo que inse-rido num ambiente caótico. Ninguém nasce zen, mas aprende a ser.
A primeira lição nesse sentido parece óbvia, mas passa despercebi-do para a maioria das pessoas: é preciso exercitar o “estar presente”. Ou seja, tomar consciência do momento, do entorno e de si próprio inserido nesse ambiente. Na prática, significa não se deixar levar. Sabe quando você chega em casa e só então se dá conta de que nem lembra que caminho fez até ali? Ou quando você liga para alguém, mas antes mesmo de completar a ligação percebe que nem lembra o motivo da chamada? Esses comportamentos automáticos são o início da angús-tia. “Não à toa, o ‘estar presente’ é o princípio básico da meditação”, diz o abade. “Não deixe que as coisas aconteçam por acaso.”
Comece a exercitar a consciência do presente logo pela manhã, ao acordar. Estique o corpo, beba um copo d’água, tome um banho tran-quilamente – e faça tudo consciente, observando o corpo, entendendo suas ações. “É um exercício mental que serve de base para uma vida em equilíbrio”, diz o religioso, que a seguir enumera outras atitudes zens que podem (e devem) entrar no seu dia a dia.
Por Maria de GusMão | foto ricardo d’anGelo
MANTER-SE EM EquilíbRiO MESMO quE SEu ENTORNO SEjA uMA gRANDE CONfuSãO É AlgO quE SE ApRENDE
Zen em meio ao caos
“Não deixe que as coisas aconteçam por acaso”, diz o lama Rinchen
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Cultive pensamentos positivosPode parecer papo de iogue, mas pensar coisas boas cria um escudo que protege o indivíduo do estresse da cidade. Não custa nada repetir mentalmente cada manhã que “esse será um bom dia”. E, de tanto repetir isso, você vai acreditar. Nunca esqueça que energia positiva é algo que se emana e se capta.
Escolha suas companhiasSe no ambiente de trabalho tem aquelas figurinhas que você preferia não ter relação, tente ao menos limitar essa convivência ao âmbito profissional. A hora do almoço, por exemplo, é muito importante como um momento de descanso da mente. Evite encher a agenda de compromissos de trabalho nessa hora e escolha os colegas com quem vale a pena almoçar. Se nenhuma companhia do escritório for motivadora, vá sozinho. “Aliás, almoçar sozinho ao menos uma vez por semana é muito importante para manter o foco e o equilíbrio”, diz o lama Rinchen.
Dedique tempo para fazer nadaChegar em casa e ir direto para a cama e, no outro dia, acordar e sair correndo para o trabalho cria um círculo perverso que se autoalimenta e não tem fim. A famosa bola de neve. Por isso, invista em um ambiente acolhedor em casa, escute música, assista a um filme ou, simplesmente, não faça nada. “Não fazer nada é algo tão difícil que são poucas as pessoas que conseguem”, diz o abade.
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Distraia-seIsso precisa ser uma regra: ao menos duas vezes por semana, faça uma atividade que afaste seu pensamento das preocupações. Pode ser um curso de corte e costura, uma aula de ginástica ou um simples passeio com seu filho. O importante é escolher o programa pelo seu prazer. Aquele curso de inglês importante para a carreira só conta se ele realmente render momentos de distração.
Fique sóReservar um tempo na agenda para estar só não é egoísmo. Esses momentos de solidão voluntária são essenciais, principalmente se você é daqueles profissionais que passam o dia de uma reunião para outra. Nesses minutinhos de tranquilidade, pense na vida, mentalize os problemas e soluções, fale para você mesmo o que deseja que os outros escutem. Essa é uma maneira de pesar sua coerência.
Seja flexívelPara quem vive numa grande cidade como São Paulo, poucas coisas são mais perversas do que a rigidez. Aceite mudar de caminho, de ideia e de objetivo não com o peso de um desvio, mas com a gratidão pelas novas portas que se abrem. Mudar de curso não é ruim. Ao contrário, a flexibilidade apresenta novos padrões e facilita muito a vida em sociedade.
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Compras de outono
Cores místicasA temperatura em queda pede tons mais fortes,
foscos ou brilhosos, para as unhas. A Coleção
Outono-Inverno, da Risqué, desenvolvida em parceria
com o estilista Reinaldo Lourenço, explora o tema
do misticismo com cores como o vermelho-terroso
acetinado (Pedra Granada), o roxo (Topázio Púrpura),
o azul (Lápis Lázuli) e o vinho-rosado (Turmalina).
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Proteção do solNão é porque as
temperaturas estão mais
amenas que a gente pode
relaxar com a proteção
da pele. Da linha AllBlock,
da Veer, o protetor solar
em gel FPS 30 tem uma
fórmula que beneficia
as pessoas com pele
oleosa ou com tendência
a acne. Isso porque o
creme é ultrasseco. Além
disso, possui ativos que
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Rosto sem manchasPele jovem precisa ser
luminosa e sem manchas. O
Sérum Renovador Iluminador
Immortelle, da L’Occitane,
promete fazer justamente
isso por seu rosto. A aplicação
contínua desse creme (apenas
algumas gotas por dia) ajuda a
evitar a formação de manchas e
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o desperdício.
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Amazônia na peleÉ essencial limpar profundamente
e reestruturar as células do rosto,
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aos poucos, manchas e marcas de
acne.
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Cílios alongadosUma escova especial feita
de silicone e a fórmula
enriquecida com vitamina E
e óleo de jojoba garantem o
efeito alongador da máscara
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Alongamento e Curvatura,
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Sem celulite nem pernas cansadasO problema é antigo: qual mulher não sonha
com o dia em que vai olhar-se no espelho e
não ver celulite? Mas o ideal, a gente sabe, é
prevenir. A Schraiber, empresa mais conhecida
por seus suplementos nutricionais e produtos
homeopáticos, lança o Creme Preventivo de
Celulite. Ele previne o surgimento dos furinhos
com uma fórmula composta de extratos de
Camelia sinensis, que combate a retenção
de líquidos — o principal causador da celulite.
Também possui Ginkgo biloba, conhecido por
sua ação antioxidante, e Centelha asiática, que
ativa a circulação.
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Sabe aquela sensação de cansaço no fim
do dia, quando a gente diz que as pernas
pesam toneladas? Pois um lançamento da
Schraiber promete reduzir esses sintomas.
Trata-se do Creme para Pernas Cansadas,
elaborado com castanha-da-índia. Além de
aliviar o desconforto, previne o surgimento dos
indesejáveis vasinhos. A castanha-da-índia
é conhecida por ativar a circulação do sangue
e prevenir as varizes. E, de brinde, a fórmula
tem ação refrescante.
Preço sugerido: R$ 16www.schraiber.com.br
Cabelos naturaisMuitas empresas europeias de cosméticos aderiram à queratina vegetal,
dando um voto à sustentabilidade e um basta ao uso de ingredientes de
origem animal em suas fórmulas. Agora é a vez da Skafe, que apresenta
seu kit Keramax Queratina Vegetal para os cabelos. O kit tem Shampoo
Reconstrutor (60 ml), Máscara de Reconstrução Profunda (60 g),
Pré-escova Efeito Liso de Longa Duração (15 ml) e Pré-chapinha Selador
de Cutícula (15 ml). Tudo elaborado com a queratina extraída de um con-
centrado natural rico em aminoácidos reconstrutores, muito próximo ao
efeito e aos benefícios da queratina humana.
Preço sugerido: R$ 16 (kit para 2 aplicações)SAC 0800-7098163
Cabeleira forteSem essa de entrar na nova estação com os cabe-
los desgastados pelo verão. A Máscara Hidro
Repositora Cabelos Frágeis e com Química, da
Valmari, tem em sua fórmula extrato de
morango (que hidrata, além de agir
como condicionador e suavizan-
te), óleo de amêndoas (que é
emoliente), além de um blend
de aminoácidos que garantem
fios mais fortes e brilhosos.
Mesmo os que estão tingidos.
Preço sugerido: R$ 32,40SAC (11) 5531-4977(Grande São Paulo) ou 0800-138484 (demais cidades)
WT
PUBL
ICID
ADE
Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946Vila Leopoldina – Pav: MLPBox: 201 à 204 – CEAGESPSão Paulo - SP – 05314-000Tel: (11) 4656-2799 / 3643-9077vendas@jacareiagricultura.com.brwww.jacareiagricultura.com.br
A Jacareí Agricultura e Comércio é uma empresa conceituada no meio agrícola por sua alta eficiência no cultivo de hortaliças.
Em 35 anos, a família Lopes construiu uma estrutura respeitável, com 6
propriedades localizada em São Paulo (Aracilia, Igaratá, Jacareí, Jarinú, Santa
Isabel) e Andradas em Minas Gerais, responsáveis hoje pela produção diária de
mais de 120.000 unidades de alface.
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Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946Vila Leopoldina – Pav: MLPBox: 201 à 204 – CEAGESPSão Paulo - SP – 05314-000Tel: (11) 4656-2799 / 3643-9077vendas@jacareiagricultura.com.brwww.jacareiagricultura.com.br
A Jacareí Agricultura e Comércio é uma empresa conceituada no meio agrícola por sua alta eficiência no cultivo de hortaliças.
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Isabel) e Andradas em Minas Gerais, responsáveis hoje pela produção diária de
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desfrute São Paulo
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Limmon: a casa destaca cardápio franco-italiano, com sotaque armênio
600 metros gourmetsA ci da de de São Pau lo tem uma es tra nha ma nia de
ca mi nhar por den tro de si mes ma. O cen tro co mercial já pas se ou pe la re gi ão da Sé, pe la Ave ni da Pau lis ta (e ain da se man tém por lá, em bo ra em me nor im portân cia) e se aco mo da tran qui la men te pe las agi ta das ru as do Itaim Bi bi. É on de tem ne gó ci os. Há tam bém res tau ran tes. As sim co mo acon te ceu com a Rua Amauri, a Ma nu el Gue des, lo ca li za da pró xi mo às ave ni das 9 de Ju lho e Fa ria Li ma, atra iu os ho lo fo tes do mer ca do gas tro nô mi co. São 14 ca sas vol ta das à boa me sa, em pou co me nos de 600 me tros de ex ten são, que fa tu ram jun tas mais de 2,5 mi lhões de re ais por mês. Cal cu lase que por ali tran si tem di a ria men te milhares de pes so as. A se guir, um ro tei ro pe los quar tei rões mais gour mets da ce na pau lis ta.
uM PASSeIO PeLA GAStROnôMICA RuA MAnueL GuedeS
1 Limonn (No 545)O restaurante liderado pelo chef Christian Burjakian preza
pela essência da cozinha francoitaliana com pitadas da
Armênia, a ascendência do chef. entre franceses estão o
coq au vin; e entre os armênios, mantã (sopa com carne
bovina, hortelã seca, tomate enriquecido com grãode
bico e limão). todas as massas são fabricadas pela casa.
www.limonn.com.brTel. (11) 2533-7510
2 Osaka (No 499)A rede Osaka de culinária japonesa tem cinco restaurantes
pelo Brasil, quatro no estado de São Paulo e um na Bahia.
Inaugurada no começo de 2008, a sede do Itaim tem
maior movimento no almoço. um dos diferenciais da casa
é oferecer serviço de delivery por uma taxa que
não passa de 4 reais.
www.osakarestaurante.com.brTel. (11) 3071-3149
3 Bankao (No 444)O antigo nam thai reabre as portas com proposta e
nome diferentes. Batizado Bankao (casa do arroz, em
tailandês) e comandado pelo chef david Zizman (pro
prietário da filial do Rio de Janeiro), o restaurante deixa
de lado as raízes estritamente tailandesas e acrescenta
ao cardápio toques de outras cozinhas asiáticas: Japão,
Malásia, Cingapura e Vietnã. O novo restaurante terá
presença diária de dJ.
www.bankao.com.brTel. (11) 3168-0662
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Zahil: as principais regiões produtoras de vinho estão ali, no coração do Itaim
l’amitié: clássicos
franceses reinam
no caçula da Manuel Guedes
4 Família Mineira (No 436)Há um ano, quatro mineiros de uma mesma família
abriram o Família Mineira. Depois de trabalhar no
Consulado Mineiro, também na capital paulista, Andréa
Carneiro de Oliveira encara pela primeira vez o comando
de uma cozinha. No cardápio receitas tradicionais como
leitão à pururuca, mexidão, costelinha à mineira e vaca
atolada. E sua carta de cachaça tem 57 rótulos.
www.familiamineira.com.brTel. (11) 3071-3672
5 Kopenhagen (No 349)Foi no Itaim Bibi que David Kopenhagen abriu a primeira
fábrica de chocolates da marca, transferida para o
Tamboré, em Barueri, São Paulo. A loja da Manuel Guedes,
além da venda do tradicional chocolate, serve café e chá.
www.kopenhagen.com.brTel. (11) 3071-1794
6 Zahil (No 294)A importadora de vinhos trabalha com mais de 300
rótulos, um total de 50 produtores espalhados por
11 países. Há 23 anos no mercado, a Zahil vende com
exclusividade marcas como Drappier, Família Rutini
e Bodegas Salentein e oferece aos clientes uma área
externa para degustação.
www.zahil.com.brTelefax (11) 3071-2900
7 L’Amitié (No 233)O caçula da Manuel Guedes está aberto
desde agosto de 2009 sob o comando
do chef francês Yann Corderon e vale
ressaltar que ele está em sua melhor
fase. Com uma cozinha tipicamente
francesa, Corderon serve clássicos como
steak tartare e entrecôte. Mas tem
também interpretações de doces tradi-
cionais como o sarkô-bruni, releitura do
Romeu e Julieta. Tem dois ambientes,
um ao ar livre e um interno, e
capacidade para atender 55 pessoas.
www.lamitie.com.brTel. (11) 3078-5919
8 Vaca Véia (No 199)Happy hour e futebol. Aberto desde
2005, o bar exibe em dois televisores
os campeonatos de futebol do Brasil
e do exterior. Tem cervejas nacionais
e importadas (argentinas, uruguaias,
alemãs e belgas) e serve porções,
feijoada, massas, sanduíches e almoço
executivo (a partir de 24 reais).
www.vacaveia.com.brTel. (11) 3073-1292
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desfrute São Paulo
9 Il Fornaio d’Italia (No 160)No mais antigo dos restaurantes da rua, o chef Mar-
cello Pesce escolhe um tipo de massa, prepara quatro
tipos de molho e três ou quatro carnes. Ele atende
pessoalmente cada cliente e rabisca na toalha de papel
as opções do dia. Aberto no almoço e jantar (entre as 19
e as 21h30).
www.ilfornaioditalia.com.brTel. (11) 3079-2473
12 Due Cuochi Cucina (No 93)Um dos melhores restaurantes do país, com cardápio
elaborado a quatro mãos por Paulo Barros e Ivo Lopes,
que são inspirados na cozinha contemporânea do norte
da Itália. Não à toa, o restaurante está sempre lotado
(recomenda-se fazer reservas). Todos os dias no
almoço, exceto aos domingos, a casa oferece três
opções de prato executivo por 43,50 reais.
www.duecuochi.com.brTel. (11) 3078-8092
13 Vipiteno Gelato & Caffè (No 85)Com sorvetes artesanais e produtos naturais pro-
duzidos com tecnologia e metodologia italiana, o chef
francês Laurent Suaudeau lidera o Vipiteno. Cada bola
de sorvete custa 7 reais. Há taças gourmets com sab-
ores ainda estranhos ao paladar brasileiro, como pepino
com vodca ou pera argentina com calda de gengibre.
Nenhum dos produtos leva na composição gordura
saturada ou hidrogenada.
www.vipiteno.com.brTel. (11) 3476-1881
Giverny Bistrô: França e Brasil se encontram num cardápio
de preços honestos
Padaria Saint Germain: ponto certeiro para devorar sanduíches gourmets
10 Panificadora Saint Germain (No 110)Inaugurada em 1991, os destaques da casa são os
sanduíches. Entre eles, o cheese califa (um superlanche
com um quibe frito no meio) e outros recheados com
picanha, roast beef e peito de peru com queijo branco.
Abre diariamente das 6 às 22 horas.
www.saintgermain.com.brTel. (11) 3167-5400
11 Giverny Bistrô (No 110)Começou como extensão da Panificadora Saint Ger-
main, onde era servido o bufê de café da manhã, e hoje
é restaurante. Embora tenha forte influência da gastro-
nomia francesa, o cardápio tem massa e alguns pratos
abrasileirados. A cada semana um produto é escolhido
e todas as suas variações são vendidas ao preço único
de 24 reais. O café da manhã continua a ser servido aos
sábados, domingos e feriados, por 31 reais o quilo.
www.givernybistro.com.brTel. (11) 3167-5400
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Quem Camila Menezes e o filho, IgorO que faz RadialistaMinha compra tem... Frutas secas e legumes. “Não posso deixar de comprar frutas secas, pois meu filho ama. Com as mudanças do Natural da Terra, o atendimento ficou muito mais ágil.”
Quem Maria CristinaO que faz EmpresáriaMinha compra tem... Alcaparras, peixes e frutas. “Venho ao Natural a cada 15 dias, para fazer compras grandes. A peixaria é incrível. Levo frutos do mar e salmão fresco, que faço no forno com molho de laranja e alcaparras. E, agora, com o espaço Gourmand, levo também muitos itens de padaria, que faziam falta no Natural.”
Quem Claudine SouzaO que faz Psicóloga Minha compra tem... Frutos do mar e legumes.“Compro vôngole, para fazer espaguete, que adoro... Sou cliente assídua e fiquei impressionada com a preocupação ecológica que o Natural mostrou com essa reforma.”
Quem Alcindo Guedes O que faz Economista aposentadoMinha compra tem... Frutas, verduras e peixes.“Meu carrinho não fica completo sem a pescada-branca, que encontro sempre fresca aqui no Natural da Terra e faço ao forno, embrulhada em papel-alumínio.”
DEPOIS DA REFORMA, UM GIRO PELAS NOVAS INSTALAÇÕES DA LOJA MOEMA
dicas do freguês
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Quem Flora RigonatiO que faz AposentadaMinha compra tem... Frutas e peixes.“Com os ajustes da reforma, o espaço ficou muito melhor e mais fácil de achar e pegar os produtos.”
Quem Marcela MagalhãesO que faz Estudante Minha compra tem... Não vai ao Natural para fazer compras, mas sim pela comida japonesa. Com apenas 9 anos, ela adora sushi e é cliente fiel. “Venho sempre com meus pais e com minha avó. Adoro o temaki de salmão.”
Quem Maria de LurdesO que faz AdvogadaMinha compra tem... Queijo Gruyère, manga e melancia. “A loja ficou linda e mais confortável.”
P O R C A R O L E S Q U I L A N T EF O T O S R I C A R D O D 'A N G E L O
Quem Marcela CavalinO que faz Autônoma Minha compra tem... Legumes, quiches, queijos, cogumelos. “Faço os cogumelos na manteiga. ficam uma delícia!”
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Quem Beatriz CarettoniO que faz Administradora Minha compra tem... Peito de frango, batata, cenoura e legumes. “É para a sopa da minha bebê, Beatriz.”
Quem Andréia GonzagaO que faz ArquitetaMinha compra tem... A parte de hortifrúti, frutas secas e peixes. “Em casa, temos o costume de comer peixe, pelo menos, uma vez por semana. E os daqui são imperdíveis. Depois da reforma, facilitou muito na hora da compra. Produtos organizados, maior visibilidade.”
Quem Lilian PilaO que faz DecoradoraMinha compra tem... Frios, alcatra, maminha, contrafilé e flores.A decoradora se sente muito mais confortável com o novo visual do Natural. “A primeira vez que vim depois da reforma fiquei um pouco perdida, mas agora estou amando, tem mais espaço para circular, e os setores são mais fáceis de identificar.”
Quem Andre Ahn O que faz Produtor gastronômicoMinha compra tem... Caju, cogumelo, tambaqui e atum em posta.“Geralmente não encontro tambaqui e atum em posta frescos em qualquer lugar. Aqui sempre tem. Gosto para fazer tartar.”
DEPOIS DA REFORMA, UM GIRO PELAS NOVAS INSTALAÇÕES DA LOJA DE MOEMA
dicas do freguês
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Entregue-se aos prazeres do morango
Entrerer gue-se aos pra
Av. Dr. Vidigal, 1946 – MFE - C Mod: 2 / 3 / 82 / 84 / 84A / 84B
CEAGESP – Vila Leopoldina - São Paulo – SP tel: (11) 3643-9595
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Mundo Natural da Terra
Ano novoPara começar bem 2010, Natural da terra reiNaugura loja de moema cheia de iNovações e aNuNcia PlaNo de exPaNsão
Água boa: choveu, não tem problema. Com a nova calçada inteligente, devolvem-se 80% dessa água ao lençol freático
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Carrinhos ecológicos: de plástico 100% reciclado. Usados em pouquíssimos estabelecimentos Brasil afora
Vaivém: sacolas retornáveis à venda. Na próxima compra, que tal deixar de lado a sacola de plástico?
Água boa: choveu, não tem problema. Com a nova calçada inteligente, devolvem-se 80% dessa água ao lençol freático
O Natural da Terra traz muitas novidades para compartilhar. Para começar bem 2010, o ano em que a rede coloca em ação um megaplano de expansão, o destaque é a nova loja de Moema.
Inteiramente remodelada, depois de uma inten-sa reforma de três semanas, abre as portas com uma estrutura de ponta, arquitetura moderna e alinhada a um grande projeto de sustentabilida-de. Só para listar algumas inovações nesse que-sito, traz não só aproveitamento da luz natural e da água das chuvas, mas também carrinhos feitos com material 100% reciclado e caixa verde movido a energia solar.
Novo também é o Natural da Terra Gourmand, um conceito totalmente desenhado para ofere-cer ao cliente um cardápio recheado de pratos prontos. Quem pilota o desafio é a chef Luciana Bonamico, e as delícias estão dispostas numa bela ilha na loja. De um lado, prateleiras com quiches, tortas, massas frescas e molhos. De outro, a rôtis-serie oferece um cardápio imperdível: antepastos, risotos, panquecas e pratos prontos, com aquele gostinho de comida caseira, fresca. O cardápio vai de picadinho a carne-seca desfiada e atum grelhado com molho tarê de laranja. Saindo da loja, basta atravessar a rua para entender a outra vertente do Gourmand: um local inovador, que agrega butique de pães, confeitaria, lancheteria, balcão oriental e uma gama de produtos próprios, prontos para degustar ali ou levar para casa, com o selo Natural da Terra.
A escolha da unidade, para receber tais inova-ções, tem explicação. “Moema foi o bairro que nos acolheu muito bem, em 2004, quando abrimos a primeira loja Natural da Terra. Nada melhor do que retribuir o carinho”, declara Luiz Vasconcellos, um dos diretores da rede, que acalma os clientes mais afoitos. Ele diz que, sim, as demais unidades vão passar gradualmente a receber as inovações da rede, todas feitas pelo crivo do arquiteto José Carlos. Quem espera novas lojas pode comemorar. A rede confirma os dois novos investimentos: Vila Madalena, na Zona Oeste, e Alto de Santana, na Zona Norte da capital. As novidades estarão aqui em breve. Por enquanto, passeie pelos amplos corredores de Moema, que destaca ainda para o novo setor de Adega prateleiras de madeira certi-ficada, aumento da oferta de produtos orgânicos e muito, muito mais. Confira.
Ar fresco: a partir de agora, balcões refrigerados para legumes, verduras e bacalhau
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Mundo Natural da Terra
Sem aperto: corredores mais amplos, de fácil circulação. E, com a ajuda da iluminação, melhor visualização dos produtos nas gôndolas
Força verde: dois caixas, devidamente sinalizados, vão funcionar movidos a energia solar
Tim-tim: a loja ganha o setor Adega. Espumante, champagne, tintos e brancos, Vinho Verde e do Porto. Mais de mil rótulos, vindos de todo o mundo
Selo de garantia: agora, prateleiras feitas com madeira certificada
Viva o sol: os vidros, além do belo visual, é um artifício que privilegia o aproveitamento da luz natural. Economia de energia e uma ajudinha aos recursos naturais
Mais ofertas: de molhos a azeites, aumenta nossa variedade de produtos orgânicos
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Para matar a fominha: vá ao Gourmand, do outro lado da rua – um espaço com bouti-que de pães, confeitaria, lancheteria, balcão oriental e uma gama de produtos próprios, prontos para degustar ali ou levar para casa, e com o selo Natural da Terra
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Raphael Despirite é chef do Marcel, tradicional res-
taurante da capital paulista, localizado no bairro
dos Jardins. A casa é uma instituição francesa na cida-
de e foi fundada por seu avô, em 1955. Ele soube muito
bem mesclar a herança familiar com pinceladas da
cozinha moderna que absorve em viagens pelo mundo.
Aos 25 anos, ele acaba de voltar de uma temporada
na Espanha, onde foi o único brasileiro a integrar um
grupo de jovens talentos numa maratona gastronômica
pelo país que vive em ebulição nessa atividade. Cliente
Natural da Terra, Raphael passou pela loja do Alto da Boa
Vista e, com olhar de chef, dá dicas para inovar até o mais
cotidiano dos ingredientes.
QuiaboHá os que amam o quiabo e os que o odeiam.
E vale a investida. Fica incrível, se preparado
na churrasqueira. Depois de grelhado,
experimente temperá-lo com azeite e flor
de sal. Leva muitos pontos também no valor
nutricional: é rico em vitaminas do complexo
B e sais minerais.
Um pequeno toque de chef
Marcel Restaurante
Rua da Consolação, 3555, Cerqueira César, tel. (11) 3064-3089,
São Paulo, SP. www.marcelrestaurante.com.br
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alhoÉ base para quase tudo. E dá vida a boa parte das receitas.
Mas existem alguns truques para extrair todo esse potencial:
antes de picá-lo ou macerá-lo, retire o broto e não deixe refogar
demais, pois você corre o risco de deixar a receita amarga.
aspargoÓtimo para molhos, peixes e saladas. Cozinhe-o em
água e sal, ou doure-o na churrasqueira ou no grill.
Delicioso, versátil e saudável.
MandioquinhaCozinhe-a em água mineral e sal e
processe-a no liquidificador ou no mixer,
com um fio de azeite. É aquele tipo
de sopa-creme ótima para a alimentação
das crianças e irresistível para os adultos.
tomate-cerejaÓtimo (e fácil) para fazer confitado. É só levar ao forno
em baixa temperatura, aberto e sem sementes, com
um pouco de sal, pimenta, azeite e um toque de açúcar.
Depois de assado, deixe secar um pouquinho. Vai bem
como acompanhamento em pratos quentes ou frios
e como aperitivo.
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CupuaçuÉ muito fácil de preparar uma compota com
essa fruta típica da Amazônia, de aroma
marcante e sabor adocicado. Basta cozinhar
a polpa com um pouco de melaço de cana
e pronto. O resultado é sensacional.
Pimenta-dedo-de-moçaConhecida também por pimenta calabresa,
ela dá um toque todo especial em molhos
com base de azeite e limão. E saiba que
seu poder vai muito além da cozinha.
Coloque alguns grãos na tradicional
caipirinha de limão!
ManjericãoÉ, sem dúvida, o melhor amigo do tomate. Ao
preparar molhos frescos ou para agregar sabor a
um molho pronto, invista nele. Os mais ousados
podem usá-lo também em receitas doces,
o resultado surpreende. Na dúvida, comece
com umas folhinhas no sorvete de creme.
MangaExperimente descascar uma manga Palmer e
deixá-la no congelador. No dia seguinte rale
em um ralador comum e você terá
um “quase” sorbet de manga.
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Para receber a revista Natural da Terra, basta cadastrar-se nas lojas ou enviar e-mail para [email protected]
Confira as edições anteriores em nosso sitewww.naturaldaterra.com.br
Nova loja MoemaInfelizmente, não pude estar na inaugu-ração, estava viajando. Entretanto, já fui várias vezes e gostei do novo ambien-te. A ideia da padaria combinada com lanchonete-restaurante foi excelente. Um ambiente agradável, pessoas muito bonitas frequentando e a qualidade dos produtos, muito 10. Roberto Nishihara
Sou “fanático” por padaria. Hoje fui conhecer o recém-inaugurado conceito Gourmand. Vocês estão de parabéns! Ao circular pela padaria, vi ótimos produtos, deparei com a revista Natural da Terra e a levei para casa. Fiz compras e fiquei sur-preso com a qualidade do chuchu. Agora vou comprar sempre para fazer como dona Filomena, minha falecida mãe. Depois, mando a receita. Ruy Alvaro Imparato
Fui com minha mãe conhecer a nova loja da Nhambiquaras, pós-reforma. Parabéns, está muito bonita e funcional. Visitamos também a lanchonete-padaria do outro lado da rua. A área para lanches ficou muito confortável e agradável. O estacionamento coberto está muito bom, os novos carrinhos são leves e práticos de conduzir. Somos clientes há muitos anos, pois gostamos muito dos produtos. As frutas e as verduras duram mais tempo que as compradas em outros lugares e, por isso, sempre recomenda-mos o Natural da Terra para nossos ami-gos. Muitos deles já se tornaram frequen-tadores assíduos.Andréa Macorin Pinheiro
Revista em casaUma amiga veio comentar sobre o Natural da Terra comigo. Bons produtos e uma revista com excelentes reportagens. Fui conferir, aprovei. Agora, queria receber em casa a publicação. Aguardo, ansiosa. Janete Cavalcante
Gostaríamos de receber a revista, muito interessante, além de trazer ótimos arti-gos. Parabéns. Nydia Pilar Benito
A revista é fantástica, adoraríamos rece-bê-la em casa. As reportagens, as dicas de culinária e de compras são excelentes! Minha mulher está viciada! Uma das lojas fica próxima a meu escritório, e, sempre que posso, passo lá para comprar produ-tos frescos e especiarias. Não posso me esquecer de pegar uma revista, senão ela fica brava!Newton Horimoto
Novos leitoresPela primeira vez resolvi abrir a revista Natural da Terra. Descobri quanto tempo e quantas informações perdi desde a pri-meira vez que a publicação cruzou meu caminho. Com essas dicas, ninguém me segura!Carlos Luz
Percebi o zelo que a revista tem pelas dicas e curiosidades sobre os alimentos, sempre adequada à sazonalidade e ao período da publicação. As entrevistas e até os roteiros de viagens são muito bem pensados no contexto das edições. Leandro Toledo
Li a revista na casa de meu namorado. Adorei as receitas e as dicas de saúde. Publicação de ótima qualidade, muito melhor do que algumas que vemos em bancas de jornal. Sou frequentadora das lojas e gostaria de receber a revis-ta em casa. Aline Pereira Felga
Berry nacionalFrequentamos o Natural da Terra há um tempo. É irresistível passar na frente e não parar para comprar alguma fruta fresquinha. Adorei a reportagem sobre as “berries” e adorei descobrir que “blue-berry” tem tradução, sim! “Mirtilo”! Parabéns para a revista, belas imagens e reportagens interessantes e deliciosas.Júlia Franulivic
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