Download - NBR 6146 (Dez 1980) - Invólucros de equipamentos elétricos - Proteção

Transcript
  • Copyright 1980,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28 andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Fax: (021) 220-1762/220-6436Endereo Telegrfico:NORMATCNICA

    ABNT-AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    NBR 6146DEZ 1980Invlucros de equipamentos eltricos -Proteo

    Palavras-chave: Invlucros. Proteo mecnica 14 pginas

    Origem: Projeto EB-1017/1980CB-03- Comit Brasileiro de EletricidadeCE-03:017.06 - Comisso de Estudo de Graus de Proteo Providos deInvlucrosEsta Norma cancela e substitui as NBR 5374, NBR 5408 e NBR 5423/1977Esta Norma foi baseada na IEC 529/1976

    Especificao

    SUMRIO1 Objetivo2 Designao (Sistema de classificao)3 Graus de proteo - Primeiro numeral caracterstico4 Graus de proteo - Segundo numeral caracterstico5 Marcao6 Requisitos gerais para ensaios7 Ensaios para o primeiro numeral caracterstico8 Ensaios para o segundo numeral caractersticoANEXO A - TabelasANEXO B - Figuras

    1 Objetivo1.1 Esta Norma fixa as condies exigveis aos graus deproteo providos por invlucros de equipamentos el-tricos de tenso nominal no superior a 72,5 kV, e espe-cifica os ensaios de tipo para verificao das vriasclasses de invlucros. Os tipos de proteo cobertos poresta Norma so os seguintes:

    a) contra o contato ou a aproximao de pessoas apartes vivas, contra o contato a partes mveis (queno sejam eixos lisos ou congneres) no interiordo invlucro e contra a penetrao de corposslidos estranhos no equipamento;

    b) contra a penetrao prejudicial de gua no interiordo invlucro onde est o equipamento.

    Nota: A proteo de partes mveis externas ao invlucro, taiscomo ventiladores, deve ser prescrita pela norma corres-pondente ao equipamento.

    1.2 Esta Norma se aplica somente aos invlucros queestejam sendo apropriadamente empregados, sob todosos aspectos, na utilizao prevista e que, do ponto devista dos materiais e da fabricao, assegurem que aspropriedades consideradas nesta Norma se mantenhamnas condies normais de servio.

    1.3 Esta Norma no especifica graus de proteo contradanos mecnicos ao equipamento, risco de exploses,ou condies tais como umidade (por exemplo, produ-zida por condensao), vapores corrosivos, fungos, ver-mes ou animais daninhos.

    1.3.1 No so considerados partes do invlucro as cercasou guarda-corpos externos ao invlucro, os quais devemser colocados somente para segurana pessoal, nosendo assim previstos nesta Norma.

    2 Designao (Sistema de classificao)A designao para indicar o grau de proteo consti-tuda, pelas letras caractersticas IP, seguidas de doisnmeros (os numerais caractersticos), que indicamconformidade com as condies estabelecidas nasTabelas 1 e 2 do Anexo A, respectivamente para o pri-meiro e segundo numerais e que cobrem os tipos descritosem 1.1-a) e 1.1-b).

    Quando a montagem do equipamento puder influir nograu de proteo, o fabricante deve dar esta informaoem seus manuais de instruo de montagem.

  • 2 NBR 6146/1980

    2.1 Numeral caracterstico nico

    Quando for necessrio indicar a classe de proteo ape-nas por meio de um numeral caracterstico, o numeralomitido deve ser substitudo pela letra X. Por exemploIPX5 ou IP2X.

    2.2 Letras suplementares

    2.2.1 Se a norma de um determinado tipo de equipamentopermitir, pode ser dada uma informao por meio de umaletra suplementar aps os numerais da classificao. Emtais casos a norma deve indicar claramente o pro-cedimento adicional a considerar durante os ensaiospara tal classificao.

    2.2.2 As letras S, M ou W, s devem ser utilizadas com asseguintes significaes:

    a) S - o ensaio de proteo contra a penetrao preju-dicial de gua deve ser efetuado com o equipa-mento em repouso;

    b) M - o ensaio de proteo contra a penetrao degua deve ser efetuado com o equipamento emfuncionamento;

    c) W (colocado imediatamente aps as letras IP) - oequipamento projetado para utilizao sob con-dies atmosfricas especficas e previsto com me-didas ou procedimentos complementares de pro-teo. Tanto as condies atmosfricas especifica-das como as medidas ou procedimentos comple-mentares de proteo devem ser objeto de acordoentre fabricante e usurio.

    Nota: A ausncia das letras S e M deve significar queser dado o grau de proteo desejado sob todasas condies normais de servio.

    2.3 Exemplos de designaes

    2.3.1 Invlucro protegido contra a penetrao de objetosslidos cuja menor dimenso maior que 1,0 mm e contraprojees dgua. Exemplo:

    2.3.2 lnvlucro protegido contra a penetrao de objetosslidos cuja menor dimenso maior que 12 mm e contraasperso dgua (em chuva) devendo o ensaio de as-perso ser feito com o equipamento em repouso. Exem-plo:

    3 Graus de proteo - Primeiro numeralcaracterstico

    3.1 O primeiro numeral caracterstico indica o grau deproteo dado pelo invlucro em relao s pessoas eao equipamento no seu interior.

    3.2 A Tabela 1 do Anexo A descreve, sumariamente, na3 coluna, os objetos que, para cada grau de proteo re-presentado pelo primeiro numeral caracterstico, no de-vem poder penetrar no interior do invlucro.

    3.3 A expresso no devem poder penetrar significaque partes do corpo humano, ferramentas ou fios segurospor uma pessoa, no podem penetrar no invlucro ou, seisto ocorrer, ser mantida uma distncia suficiente paraas partes vivas ou partes mveis perigosas (eixos lisosem rotao ou similares no so considerados perigosos).3.4 A 3 coluna da Tabela 1 do Anexo A fornece tambmas dimenses mnimas dos corpos slidos estranhos queno podem penetrar.

    3.5 Uma vez satisfeito o grau de proteo declarado deum invlucro, estaro tambm satisfeitos todos os grausinferiores de proteo da Tabela 1 do Anexo A. Em conse-qncia, no ser necessria a realizao dos ensaiosde verificao dos graus inferiores de proteo.

    4 Graus de proteo - Segundo numeralcaracterstico

    4.1 O segundo numeral caracterstico indica o grau deproteo dado pelo invlucro, tendo em vista a penetraoprejudicial de gua. A Tabela 2 do Anexo A descreve, na3 coluna, o tipo de proteo previsto para o invlucro,para cada um dos graus de proteo representado pelosegundo numeral caracterstico.

    4.2 Uma vez satisfeito o grau de proteo declarado deum invlucro, estaro tambm satisfeitos todos os grausinferiores de proteo da Tabela 2 do Anexo A. Em con-seqncia, no ser necessria a realizao dos ensaiosde verificao dos graus inferiores de proteo.

    Letras caractersticas

    Primeiro numeralcaracterstico(ver Tabela 1 do Anexo A)

    Segundo numeralcaracterstico(ver Tabela 2 do Anexo A)

    IP 4 4

    Letras caractersticas

    Primeiro numeralcaracterstico(ver Tabela 1 do Anexo A)

    Segundo numeralcaracterstico(ver Tabela 2 do Anexo A)

    Letra suplementar

    IP 2 3 S

  • NBR 6146/1980 3

    5 Marcao

    5.1 As prescries relativas s marcaes devem constarna norma especfica de cada tipo de equipamento.

    5.2 Se for o caso, tal norma deve tambm especificar omtodo de marcao a ser usado quando uma parte doinvlucro possuir um grau de proteo diferente de outraparte determinada ou quando o uso das letras suple-mentares (ver 2.2) modificar o grau de proteo.

    6 Requisitos gerais para ensaios

    6.1 Os ensaios especificados nesta Norma so ensaiosde tipo.

    6.2 Salvo outro acordo entre as partes, os equipamentossubmetidos aos ensaios devem ser novos e estar limpos,com todas as partes em seus lugares e montadas da ma-neira indicada pelo fabricante.

    6.3 As normas para cada tipo de equipamento devemconter dados, tais como:

    a) o nmero de unidades a serem ensaiadas;

    b) as condies de montagem e instalao, porexemplo, utilizao de teto, telhado ou paredeartificiais;

    c) precondicionamento;

    d) os procedimentos de ensaio para furos de dre-nagem e aberturas de ventilao;

    e) o estado do equipamento a ser ensaiado: ener-gizado ou no, em funcionamento ou em repouso;

    f) interpretaes dos resultados dos ensaios.

    6.4 Na ausncia dos dados indicados em 6.3 devem seradotadas as instrues dos fabricantes. No caso de o pri-meiro numeral caracterstico ser 1 ou 2 e o segundo nu-meral caracterstico ser 1, 2, 3 ou 4, uma inspeo visualpode, em certos casos bvios, ser suficiente para concluirque foi obtido o grau de proteo almejado. Em tais casos,se permitido pelas normas especficas do equipamento,no necessria a realizao de ensaios. Todavia, emcaso de dvida, os ensaios devem ser realizados deacordo com os captulos 7 e 8.

    6.5 Para os fins dos ensaios desta Norma, a expressodistncia adequada tem os seguintes significados:

    a) equipamento de baixa tenso (tenses nominaisiguais ou inferiores a 1000 V em CA ou 1500 V emCC),

    - o dispositivo de ensaio (esfera, ponta de prova,fio, etc.) no toca as partes mveis, no sendoconsiderados como tais, os eixos lisos em ro-tao;

    b) equipamento de alta tenso (tenses nominaissuperiores a 1000 V em CA ou 1500 V em CC),- o equipamento deve ser capaz de suportar o en-saio dieltrico previsto com os dispositivos deensaio colocados na(s) posio(es) mais des-favorvel(eis);

    - este ensaio diettico pode ser substitudo poruma distncia especificada no ar que assegureque este ensaio seja satisfeito nas condiesmais desfavorveis de campo eltrico.

    7 Ensaios para o primeiro numeral caracterstico

    Para o primeiro numeral caracterstico zero, nenhum en-saio exigido.

    7.1 Ensaio para o primeiro numeral 1

    7.1.1 O ensaio efetuado aplicando-se uma esfera rgidade 50 mm de dimetro (tolerncia de + 0,05 mm) contraa(s) abertura(s) no invlucro, com uma fora de50 N 10%.

    7.1.2 A proteo ser satisfatria se a esfera no passarpor nenhuma abertura e se as distncias adequadasestiverem mantidas em relao s partes sob tenso emservio normal ou em relao s partes mveis no interiordo invlucro.

    7.2 Ensaio para o primeiro numeral 2

    7.2.1 Ensaio com dedo-de-prova

    7.2.1.1 O ensaio feito com o dedo-de-prova metlico re-presentado na Figura 1 do Anexo B. As duas articulaesdeste dedo-de-prova podem ser inclinadas de um ngulode 90o em relao ao eixo do dedo, porm em uma e namesma direo somente. Sem exercer muita fora (menosde 10 N) o dedo-de-prova deve ser empurrado contra to-das as aberturas do invlucro e, se penetrar, ser colocadoem todas as posies possveis.

    7.2.1.2 A proteo ser satisfatria se for mantida umadistancia adequada entre o dedo-de-prova e partes vivasou mveis no interior do invlucro. Entretanto, permitidotocar eixos lisos em rotao ou peas similares no pe-rigosas.

    7.2.1.3 Para este ensaio as peas internas mveis podemser, se possvel, colocadas em movimento lento.

    7.2.1.4 Para ensaio em equipamentos de baixa tenso,pode-se ligar uma fonte de baixa tenso (igual ou superiora 40 V) em srie com uma lmpada apropriada, entre odedo de ensaio e as partes vivas no interior do invlucro.As partes condutoras cobertas apenas com verniz ou tin-ta, ou protegidas por oxidao ou processo similar, devemser cobertas com uma folha metlica eletricamente ligadas partes normalmente vivas em servio.

    7.2.1.5 A proteo estar satisfeita se a lmpada no acen-der.

    7.2.1.6 Para equipamentos de alta tenso, a distnciaadequada deve ser verificada por um ensaio dieltrico,ou por medio da distncia no ar de acordo com os prin-cpios estabelecidos em 6.5-b).

  • 4 NBR 6146/1980

    7.2.2 Ensaio com esfera

    7.2.2.1 O ensaio efetuado aplicando-se uma esfera rgidade 12,0 mm de dimetro (tolerncia de + 0,05 mm) contraas aberturas do invlucro com uma fora de 30 N + 10%.

    7.2.2.2 A proteo ser satisfatria se a esfera no passarpor nenhuma abertura e se for mantida uma distnciaadequada em relao s partes sob tenso ou peasmveis no interior do invlucro.

    7.3 Ensaio para o primeiro numeral 3

    7.3.1 O ensaio efetuado aplicando-se um fio ou umahaste, de ao rgido e retilneo de 2,5 mm de dimetro(tolerncia de + 0,05 mm) contra as aberturas do inv-lucro, com uma fora de 3 N 10%. A extremidade do fioou da haste deve ser isenta de asperezas e cortadasegundo uma seo reta.

    7.3.2 A proteo ser satisfatria se o fio ou a haste nopuder penetrar no invlucro.

    7.3.3 A maneira de interpretar esta prescrio no caso deequipamentos dotados de aberturas de ventilao oufuros de drenagem deve ser especificada na norma doequipamento.

    7.4 Ensaio para o primeiro numeral 4

    7.4.1 O ensaio efetuado aplicando-se um fio de aorgido retilneo de 1 mm de dimetro (tolerncia de+ 0,05 mm) contra as aberturas do invlucro, com umafora de 1 N + 10%. A extremidade do fio deve ser isentade asperezas e cortada segundo uma seo reta.

    7.4.2 A proteo estar satisfatria se o fio no puder pe-netrar no invlucro.

    7.4.3 A maneira de interpretar esta prescrio no caso deequipamentos dotados de aberturas de ventilao oufuros de drenagem deve ser especificada na norma doequipamento.

    7.5 Ensaio para o primeiro numeral 5

    7.5.1 Ensaio de poeira

    7.5.1.1 O ensaio feito usando um equipamento que in-corpore os princpios bsicos mostrados na Figura 2 doAnexo B, no qual mantm-se p de talco em suspensoem uma cmara adequadamente fechada. O p de talcoutilizado deve poder passar por uma peneira de malhaquadrada de fios com dimetro nominal de 50 m elargura nominal entre fios de 75 m. A quantidade de pde talco a ser usada deve ser de 2 kg por metro cbico devolume de cmara. O mesmo p no deve ser usado emmais de 20 ensaios.

    7.5.1.2 Os tipos de invlucros so necessariamente deuma das duas categorias a seguir:

    a) categoria 1:- invlucros em que o ciclo normal de operao

    do equipamento causa redues na pressointerna em relao presso atmosfrica am-biente, devidas por exemplo ao efeito de ciclostrmicos;

    b) categoria 2:- invlucros em que no se produzem redues

    da presso em relao presso atmosfricaambiente.

    Nota: A categoria do invlucro de cada equipamento deve ser especificada na prpria norma do equipamento.

    7.5.1.3 No caso de invlucros da categoria 1, o equipa-mento sob ensaio deve ser colocado no interior da c-mara de ensaio e a presso no interior do invlucro deveser mantida abaixo da presso atmosfrica por meio deuma bomba a vcuo. Se o invlucro possuir um nicofuro de drenagem, a conexo de suco deve ser feita aeste furo e no a algum outro especialmente previsto pa-ra este ensaio. Se houver mais de um furo de drenagem,estes devem ser tampados para o ensaio.

    7.5.1.4 O objetivo do ensaio fazer passar no invlucro,se possvel, por meio de uma depresso conveniente,um mnimo de 80 vezes o volume de ar do mesmo,sem exceder uma taxa de extrao de 60 volumes porhora. Em qualquer caso, a depresso no deve exceder200 mm de gua no manmetro da Figura 2 do Ane-xo B.

    7.5.1.5 Se for obtida uma taxa de extrao de 40 a 60 vo-lumes por hora, deve-se parar o ensaio aps 2 h.

    7.5.1.6 Se com uma depresso mxima de 200 mm degua, a taxa de extrao for menor que 40 volumes porhora, o ensaio deve continuar at que o volume de ar as-pirado seja igual a 80 vezes o volume de ar do invlucro,ou at que sejam decorridas 8 h.7.5.1.7 Para invlucros de categoria 2, o equipamentosob teste deve ser colocado, em sua posio normal deoperao, no interior da cmara de ensaio, mas no deveser conectado bomba a vcuo. Todo orifcio para dre-nagem normalmente aberto deve permanecer aberto du-rante o ensaio. O ensaio deve durar 8 h.

    7.5.1.8 Se for impraticvel ensaiar o invlucro completodentro da cmara, deve-se aplicar um dos seguintes pro-cedimentos:

    a) ensaiar partes do equipamento providas de in-vlucro individual;

    b) ensaiar partes respectivas do equipamento quepossuam elementos como portas, aberturas deventilao, juntas, vedaes, etc., com as partesvulnerveis do equipamento, tais como terminais,anis, coletores, etc., instalados por ocasio doensaio;

    c) ensaiar equipamentos menores comportando osmesmos detalhes em escala verdadeira.

    Nota: Nos dois ltimos casos, o volume de ar a aspirar atravsdo objeto sob ensaio deve ser o especificado para omaterial completo em escala verdadeira.

    7.5.1.9 A proteo estar satisfatria se, por inspeo, severificar que o p de talco no se acumulou em quan-tidades tais ou em local tal que, com qualquer outro tipode poeira, a correta operao do equipamento no fiqueprejudicada.

  • NBR 6146/1980 5

    7.5.2 Ensaio com fio

    Se o equipamento for dotado de um furo de drenagem,deve ser ensaiado nas mesmas condies que o primeironumeral caracterstico 4, isto , usando-se um fio de1,0 mm de dimetro (ver 7.4).7.6 Ensaio para o primeiro numeral

    7.6.1 O ensaio deve ser feito nas mesmas condies queas dadas para o grau de proteo 5 (ver 7.5).7.6.2 A proteo estar satisfatria se, no fim do ensaio,no se observar depsito de poeira no interior do inv-lucro.

    8 Ensaios para o segundo numeral caracterstico

    Os ensaios devem ser feitos com gua doce. Para o se-gundo numeral caracterstico zero, nenhum ensaio exi-gido.

    8.1 Ensaio para o segundo numeral 1

    8.1.1 O ensaio efetuado com auxlio de um equipamentocujo princpio mostrado na Figura 3 do Anexo B. A va-zo de gua deve ser razoavelmente uniforme sobre asuperfcie total do aparelho e deve produzir uma chuvade aproximadamente 3 mm a 5 mm de gua por minuto.

    8.1.2 O equipamento sob ensaio deve ser colocado emsua posio normal de funcionamento sob o simuladorde chuva, cuja base deve ser maior do que a do equipa-mento a ensaiar. O suporte do invlucro a ensaiar deveser menor que a base do mesmo, exceto nos casos deequipamentos destinados a instalao em paredes te-tos.

    8.1.3 Equipamentos normalmente instalados em umaparede ou teto devem ser fixados em sua posio normalde utilizao em um quadro de madeira de dimensesiguais s da superfcie do equipamento em contato coma parede ou teto, quando o equipamento est instaladoem posio normal de utilizao.

    8.1.4 A durao do ensaio deve ser de 10 min.

    8.2 Ensaio para o segundo numeral 2

    8.2.1 O simulador de chuvas o mesmo especificadoem 8.1, com a mesma vazo de gua.

    8.2.2 O equipamento deve ser ensaiado durante 2,5 minem cada uma de quatro posies inclinadas. Estas po-sies devem ter um ngulo de 15o de um lado e outro davertical em dois planos ortogonais.

    8.2.3 A durao total do ensaio deve ser de 10 min.

    8.3 Ensaio para o segundo numeral 3

    O ensaio deve ser feito usando-se o equipamento mos-trado na Figura 4 do Anexo B com a condio de que asdimenses e a forma do invlucro a ser ensaiado sejamtais que o raio do tubo oscilante no exceda 1 m. Se estacondio no puder ser satisfeita deve ser usado o dis-positivo porttil de asperso mostrado na Figura 5 doAnexo B.

    8.3.1 Condies de utilizao do equipamento de ensaioda Figura 4 do Anexo B

    8.3.1.1 Presso dgua:

    a) aproximadamente 80 kN/m 2;

    b) a fonte de gua deve ser capaz de fornecer pelo menos 10 L/min.

    8.3.1.2 Mtodo:

    a) o tubo oscilante deve ser dotado de furos deasperso ao longo de um arco de 60o de cadalado do ponto central e deve ser fixado em umaposio vertical; o invlucro sob ensaio deve sermontado em uma mesa giratria de eixo vertical,aproximadamente no ponto central do semicrculo.A mesa deve ser girada a uma velocidade tal quetodas as partes do invlucro sejam molhadasdurante o ensaio;

    b) a durao mnima do ensaio deve ser de 10 min;

    c) quando no for possvel girar o invlucro em umamesa giratria, o invlucro deve ser colocado nocentro do semicrculo e o tubo deve ser osciladode 60o para cada lado da posio vertical, velocidade de aproximadamente 60o/s durante5 min. O invlucro deve ser ento girado em 90ono plano horizontal, devendo o ensaio ser pro-longado por mais 5 min.

    8.3.2 Condies de utilizao do equipamento de ensaioda Figura 5 do Anexo B

    8.3.2.1 O escudo contrapeso deve estar colocado paraeste ensaio.

    8.3.2.2 A presso dgua deve ser ajustada para forneceruma vazo de 10 0 5 L/min (presso de aproximada-mente 80 - 100 kN/m 2) .

    8.3.2.3 A durao do ensaio deve ser de 1 min para cadametro quadrado de superfcie calculada do invlucro(excluda qualquer superfcie em elevao), com umadurao mnima de 5 min.

    Notas: a) Para os fins deste ensaio, a superfcie do invlucrodeve ser calculada com uma preciso de 10%.

    b) Devem ser tomadas precaues de seguranaadequadas no ensaio do equipamento energizado.

    8.4 Ensaio para o segundo numeral 4

    As condies para decidir entre a aparelhagem da Figu-ra 4 ou da Figura 5 do Anexo B devem ser as mesmasque as indicadas em 8.3.

    8.4.1 Condies de utilizao do equipamento de ensaioda Figura 4 do Anexo B

    8.4.1.1 O tubo oscilante deve ter furos sobre a total super-fcie de 180o do semicrculo. A durao do ensaio, a taxade oscilao e a presso de gua so as mesmas de8.3.1.

  • 6 NBR 6146/1980

    8.4.1.2 O suporte para o equipamento sob ensaio deveser perfurado de modo que no sirva de anteparo para agua, devendo o invlucro ser aspergido de todas asdirees, pelo tubo oscilante, at o limite de seu cursoem cada direo.

    8.4.2 Condies de utilizao do equipamento de ensaioda Figura 5 do Anexo B

    8.4.2.1 O escudo contrapeso deve ser removido do bicode asperso, sendo o equipamento aspergido de todasas direes possveis.

    8.4.2.2 A vazo de gua e o tempo de asperso por uni-dade de rea so os mesmos de 8.3.2.

    8.5 Ensaio para o segundo numeral 5

    8.5.1 O ensaio feito por asperso do invlucro de todasas direes possveis, com um jato de gua provenientede um bico de ensaio padronizado, tal como indicado naFigura 6 do Anexo B. Devem ser observadas as seguintescondies:

    a) dimetro interno do bico: 6,3 mm;b) presso dgua no bico: aproximadamente

    30 kN/m2 ;

    c) vazo de gua: 12,5 L/min 5%.Nota: A presso deve ser ajustada para atingir a vazo espe-

    cificada. A 30 kN/m2 a gua deve subir livremente a umaaltura de aproximadamente 2,5 m acima do bico.

    8.5.2 Outras condies:

    a) durao do ensaio por metro quadrado de super-fcie do invlucro: 1 min;

    b) durao mnima do ensaio: 3 min;c) distncia do bico a superfcie do invlucro: aproxi-

    madamente 3 m.

    Nota: A distncia pode ser reduzida, se necessrio, para garantirque o invlucro seja adequadamente molhado quando seaspergir para o alto.

    8.6 Ensaio para o segundo numeral 6

    8.6.1 O ensaio feito por asperso do invlucro, de todasas direes possveis, com um jato de gua provenientede um bico de ensaio padro, tal como indicado na Figu-ra 6 do Anexo B. Devem ser observadas as seguintescondies:

    a) dimetro interno do bico: 12,5 mm;b) vazo de gua: 100 L/min 5%;c) presso de gua no bico: aproximadamente 100 kN/m2 .

    Nota: A presso deve ser ajustada para atingir a vazo espe- cificada. A 100 kN/m2 a gua deve subir livremente a uma altura de aproximadamente 8 m acima do bico.

    8.6.2 Outras condies:

    a) durao do ensaio por metro quadrado de super-fcie do invlucro: 1 min;

    b) durao mnima do ensaio: 3 min;

    c) distncia do bico superfcie do invlucro: aproxi-madamente 3 m.

    8.7 Ensaio para o segundo numeral 7

    O ensaio deve ser feito imergindo-se completamente oinvlucro em gua, de modo que sejam satisfeitas asseguintes condies:

    a) a superfcie de gua deve estar a pelo menos150 mm acima da parte mais alta do invlucro;

    b) a parte mais baixa do invlucro deve estar a pelomenos 1 m abaixo da superfcie da gua;

    c) a temperatura da gua no deve diferir da doequipamento em mais de 5oC. Esta prescriopode, todavia, ser modificada pela norma do equi-pamento, se os ensaios tiverem que ser reali-zados com o equipamento energizado ou emrotao.

    8.8 Ensaio para o segundo numeral 8

    As condies de ensaio so sujeitas a acordo entre fa-bricante e usurio, no podendo, entretanto, ser menosseveras que as prescritas em 8.7.

    8.9 Estado do equipamento aps os ensaios

    8.9.1 Aps os ensaios realizados de acordo com as pres-cries de 8.1 a 8.8, os invlucros devem ser inspecio-nados para a verificao da penetrao de gua.

    8.9.2 norma do equipamento deve ser possvel espe-cificar a quantidade de gua aceitvel no interior do inv-lucro.

    8.9.3 Em geral, seja qual for a quantidade de gua quetiver penetrado no interior do invlucro, esta no deve:

    a) ser suficiente para interferir com o bom funciona-mento do equipamento;

    b) atingir partes vivas ou enrolamentos no proje-tados para funcionar molhados;

    c) acumular-se nas proximidades dos terminais doscabos ou penetrar nos cabos.

    8.9.4 Se o invlucro for dotado de furos de drenagem,deve ser verificado, por inspeo, que a gua que penetreno se acumule em seu interior e que possa sair semefeitos prejudiciais ao equipamento.Se o invlucro no for dotado de furos, deve ser levadaem considerao a possibilidade de acumulao degua.

    /ANEXO A

  • NBR 6146/1980 7

    Primeiro numeral Grau de proteo Condiescaracterstico de ensaio

    (referncia) Descrio sucinta Corpos que no devem penetrar

    0 No protegido Sem proteo especial Nenhum ensaio

    1 Protegido contra Uma grande superfcie do corpo humano, 7.1objetos slidos como a mo (mas nenhuma proteomaiores que 50 mm contra uma penetrao deliberada).

    Objetos slidos cuja menor dimenso maior que 50 mm

    2 Protegido contra Os dedos ou objetos similares, de 7.2objetos slidos comprimento no superior a 80 mm.maiores que 12 mm Objetos slidos cuja menor dimenso

    maior que 12 mm

    3 Protegido contra Ferramentas, fios, etc., de dimetro 7.3objetos slidos ou espessura superior a 2,5 mm.maiores que 2,5 mm Objetos slidos cuja menor dimenso

    maior que 2,5 mm

    4 Protegido contra Fios ou fitas de largura superior a 7.4objetos slidos 1,0 mm. Objetos slidos cujamaiores que 1,0 mm menor dimenso maior que 1,0 mm

    5 Protegido contra No totalmente vedado contra a 7.5poeira penetrao de poeira, porm a poeira

    no deve penetrar em quantidadesuficiente que prejudique a operao doequipamento

    6 Totalmente protegido Nenhuma penetrao de poeira 7.6contra poeira

    Notas: a) A descrio sucinta da coluna 2 desta Tabela no deve ser usada para especificar a forma de proteo. Deve ser usada somente como abreviao.

    b) Para os primeiros numerais caractersticos 3 e 4, a aplicao desta Tabela a equipamentos dotados de furo de drenagem ou aberturas de ventilao deve ser prescrita pela norma do equipamento.

    c) Para o primeiro numeral caracterstico 5, a aplicao desta Tabela a equipamentos dotados de furos de drenagem deve ser prescrita pela norma do equipamento.

    ANEXO A - Tabelas

    Tabela 1 - Graus de proteo indicados pelo primeiro numeral caracterstico

  • 8 NBR 6146/1980

    Tabela 2 - Graus de proteo indicados pelo segundo numeral caracterstico

    Segundo numeral Grau de proteo Condies caracterstico de ensaio

    Descrio sucinta Proteo dada (referncia)

    0 No protegido Nenhuma proteo especial Nenhum ensaio

    1 Protegido contra As gotas dgua (caindo na vertical) 8.1quedas verticais no devem ter efeitos prejudiciaisde gotas dgua

    2 Protegido contra A queda de gotas dgua vertical 8.2queda de gotas no deve ter efeitos prejudiciais quandodgua para uma o invlucro estiver inclinado em 15o parainclinao mxima qualquer lado de sua posiode 15o normal

    3 Protegido contra gua aspergida de um ngulo de 8.3gua aspergida 60o da vertical no deve ter efeitos

    prejudiciais

    4 Protegido contra gua projetada de qualquer direo 8.4projees dgua contra o invlucro no deve ter

    efeitos prejudiciais

    5 Protegido contra gua projetada de qualquer direo 8.5jatos dgua por um bico contra o invlucro no

    deve ter efeitos prejudiciais

    6 Protegido contra gua proveniente de ondas ou 8.6ondas do mar projetada em jatos potentes no

    deve penetrar no invlucro emquantidades prejudiciais

    7 Protegido contra No deve ser possvel a penetrao 8.7imerso de gua, em quantidades prejudiciais,

    no interior do invlucro imerso em gua,sob condies definidas de tempo epresso

    8 Protegido contra O equipamento adequado para 8.8submerso submerso contnua em gua, nas

    condies especificadas pelofabricante

    Nota: Normalmente, isto significa que oequipamento hermeticamente selado,mas para certos tipos de equipamento,pode significar que a gua pode penetrarem quantidade que no provoqueefeitos prejudiciais

    Nota: A descrio sucinta da coluna 2 desta Tabela no deve ser usada para especificar a forma de proteo. Deve ser usada

    /ANEXO B

  • NBR 6146/1980 9

    ANEXO B - Figuras

    Figura 1 - Dedo-de-prova

    Unid.: mm

    Notas: a) As duas articulaes do dedo podem se inclinar em um ngulo de 90o, mas somente em uma e mesma direo.

    b) Tolerncias:- em ngulos: 5';

    - em dimenses inferiores a 25 mm: - em dimenses superiores a 25 mm: 0,2 mm.

    + 0- 0,05;

  • 10 NBR 6146/1980

    Figura 2 - Equipamento para verificao da proteo contra poeira

  • NBR 6146/1980 11

    Unid.: mm

    Nota: O suporte deve ser menor que o equipamento sob ensaio.

    Figura 3 - Equipamento para a verificao da proteo contra gotas d'gua

  • 12 NBR 6146/1980

    Unid.: mm

    Figura 4 - Equipamento para verificao da proteo contra a asperso e projeo d'gua

  • NBR 6146/1980 13

    Furos de 0,5, sendo:

    - um furo no centro- dois crculos interiores com 12 furos (um a cada 30o)- quatro crculos exteriores com 24 furos (um a cada 15o)

    Figura 5 - Equipamento porttil para verificao da proteo contra asperso e projeo d'gua

    Unid.: mm

  • 14 NBR 6146/1980

    D' = 6,3 mm para o ensaio de 8.5

    D' = 12,5 mm para os ensaios de 8.6

    Figura 6 - Bico-padro para os ensaios de projeo d'gua

    Unid.: mm

    licenca: Cpia no autorizada