Nery Knner i
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOS CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ESTRUTURAS E
CONSTRUO CIVIL
SISTEMA PR-FABRICADO PARA APLICAO EM CONSTRUES PROVISRIAS DE CANTEIROS DE OBRAS
Nery Knner
Dissertao apresentada ao programa de ps-
graduao em Estruturas e Construo Civil da
Universidade Federal de So Carlos, como parte
dos requisitos necessrios para a obteno do
ttulo de Mestre em Estruturas e Construo Civil.
rea de Concentrao: Sistemas Construtivos
Orientador: Prof. Dr. Fernando Menezes de Almeida Filho
Co-orientador: Prof. Dr. Marcelo de Arajo Ferreira
So Carlos 2014
Ficha catalogrfica elaborada pelo DePT da Biblioteca Comunitria da UFSCar
K72sp
Knner, Nery. Sistema pr-fabricado para aplicao em construes provisrias de canteiros de obras / Nery Knner. -- So Carlos : UFSCar, 2014. 147 f. Dissertao (Mestrado) -- Universidade Federal de So Carlos, 2014. 1. Construo civil. 2. Sistemas construtivos. 3. Instalaes provisrias. 4. Concreto pr-moldado. 5. Tecnologia na construo de um pavimento. I. Ttulo. CDD: 690 (20a)
Nery Knner ii
EPGRAFE
Criatividade inventar, experimentar, crescer, correr riscos, quebrar regras, cometer erros e se divertir. (Mary Lou Cook)
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Nery Knner
AGRADECIMENTOS
Agradeo a Deus por permitir completar mais uma etapa importante em
minha carreira profissional, e tambm por colocar em meu caminho pessoas de valor
inestimvel, que me apoiaram durante todo o meu mestrado. Ao professor e amigo,
Fernando M. de Almeida Filho, pela orientao e ao professor Marcelo de A. Ferreira
pela contribuio para que este trabalho fosse feito, ao permitir que se utilizasse o
laboratrio de estruturas NETPRE e uma sala especial onde toda pesquisa e
ensaios foram realizados. Prof Dr Sheyla Mara Baptista, coordenadora do projeto
Cantechis, atravs do financiamento do FINEP por permitir que este trabalho fosse
viabilizado. Meus sinceros agradecimentos pelo aprendizado e pela amizade
cultivada. Meu agradecimento tambm ao PPGECiv.
No posso esquecer de todo incentivo nos momentos mais difceis, pela
fora, companheirismo e apoio a minha deciso, recebido de minha querida esposa
Josiane. Dedico este trabalho a ela e aos meus filhos Lenise e Eder Knner.
Tambm com carinho minha me Alfa e ao meu Pai Alfredo (in memorian).
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Nery Knner
RESUMO
Sistema pr-fabricado para aplicao em construes provisrias de canteiro de obras. 2014. 110 f. Dissertao (Mestrado em Estruturas e Construo Civil). - Universidade Federal de So Carlos, So Carlos 2014.
O emprego de elementos pr-fabricados tem se tornado crescente no Brasil, em
virtude disso, o presente trabalho visa descrever o estudo e os procedimentos de
construo e montagem de um sistema construtivo em obras de um pavimento.
Partindo do que se entende como inovao tecnolgica, a presente dissertao de
mestrado, procura mostrar um projeto em pr-fabricados de concreto que poder ser
aplicado nas instalaes de canteiros de obras. Este projeto possibilita que se
atendam s demandas de mercado para construo de canteiros de obra de acordo
com os quesitos da NR18 2012 e ABNT (NB1367/NBR 12284, 1991), onde todas as
aes da produo da construo civil acontecem e onde as instalaes
normalmente so provisrias e precrias. O sistema pr-fabricado prope solues
como: rapidez na montagem, eliminao de resduos e baixo custo, alm de utilizar
um processo construtivo que pode ser reaproveitado em outro canteiro, iniciando-se
todo processo sem perdas das peas que o compe. Foi possvel concluir que o
sistema proposto pode representar uma importante soluo que vem de encontro s
necessidades do setor da construo civil, uma vez que os canteiros de obra podem
proporcionar ao trabalhador condies satisfatrias na rea de vivncia,
possibilitando instalao modular adequada s necessidades, refletindo em um bom
desempenho por parte dos trabalhadores.
Palavras-Chave: Instalaes provisrias. Concreto pr-moldado. Tecnologia na construo de um pavimento.
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ABSTRACT
KNNER, Nery. Prefabricated temporary buildings for use in the construction site system. 2014. 110 f. Dissertation (Masters in Structures and Construction). - Federal
University of Sao Carlos, Sao Carlos 2014.
The use of prefabricated elements has become increasing in Brazil, This paper
describes the study and the procedures for construction and erection of a building
system works on a pavement. Within the concept of technological innovation seeks
to show a project in precast concrete that can be applied in facilities construction
sites. Enables to meet the market demand for building construction sites in
accordance with the requirements of the NR18 and ABNT (NB1367/NBR 12284,
1991), where all the actions of the production of construction happening and where
the facilities are usually temporary and precarious. The system proposed solutions
such as fast assembly, elimination of waste, and low cost, besides being a
constructive process that can be reused in another bed, starting process without any
loss of parts that compose it. Attaches itself to the system with one of the solutions
that meets the needs of the construction industry in which it is possible to build
construction sites, providing the employee satisfactory experiences in the area of
enabling a modular installation adapting to the needs and administrative for the
proper performance of the employee.
Keywords: Temporary facilities. Precast concrete. Technology in the construction of a
pavement.
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NDICE DE FIGURAS
Figura 1: Contineres utilizados para canteiros de obras na Frana. ....................... 14 Figura 2: Instalaes provisrias em madeira para canteiros de obras .................... 19 Figura 3: Uso de contineres em instalaes provisrias - refeitrio e vestirios ..... 19 Figura 4: Preferncia permanecer fora do continer ................................................. 20 Figura 5: Painel sanduche ........................................................................................ 24 Figura 6: Exemplo de painel sanduche .................................................................... 25 Figura 7: Atraso da onda de calor devido massa trmica do concreto ................... 27 Figura 8: Uso de contineres metlicos para instalaes provisrias ....................... 32 Figura 9: Instalaes provisrias em fibra de vidro ................................................... 34 Figura 10: Uso da alvenaria cermica para instalaes provisrias .......................... 36 Figura 11: Instalao provisria em chapa de madeira ............................................. 38 Figura 12: Fachada do canteiro de obra com material USB ...................................... 40 Figura 13: Parede dupla com placas de concreto e cmara de ar no ventilada ...... 46 Figura 14: a) Propagao do som b) Perodo e comprimento de onda e um ciclo .... 52 Figura 15: Nveis de Presso Sonora (limiar da audio at limiar da dor) ............... 54 Figura 16: Limites acsticos para residncias e escritrios - ABNT NBR 10152 ...... 55 Figura 17: Limites de rudo no interior de ambientes especificados .......................... 56 Figura 18: Espectro do rudo rosa (adaptado de PUJOLLE, 1978, p.32) .................. 57 Figura 19: Reflexo, absoro e transmisso do som .............................................. 58 Figura 20: Curva tpica da perda de transmisso para fechamentos simples ........... 59 Figura 21: Efeito da coincidncia .............................................................................. 61 Figura 22: Momento em que existe a frequncia crtica ............................................ 62 Figura 23: Lei da Massa (CSTB, 1982) ..................................................................... 63 Figura 24: Representao de duas paredes com caixa de ar entre as paredes ....... 65 Figura 25: Esquema de ondas .................................................................................. 66 Figura 26: Reflexo e transmisso em um fechamento duplo .................................. 67 Figura 27: Diferena entre o isolamento de uma parede simples e uma dupla ......... 68 Figura 28: Requisitos de segurana (fogo) para fachadas ........................................ 75 Figura 29: Resistncia ao Fogo ................................................................................. 79 Figura 30: Fases do ciclo de vida de edificaes ...................................................... 82 Figura 31: Acabamento interno de uma sala de aula ................................................ 86 Figura 32: Prottipo de canteiro de obra, construo no campus da UFSCar ......... 87 Figura 33: Forma tanto dos montantes como das placas (madeira e metlica) ........ 88 Figura 34: Concretagem, colocao da tela galvanizada .......................................... 89 Figura 35: Placa de concreto usada no fechamento formando as paredes .............. 89 Figura 36: Armadura dos montantes estruturais ....................................................... 90 Figura 37: Detalhe da forma e armadura que compem o montante ........................ 91 Figura 38: Elemento de fundao na parte superior posicionado o montante ....... 92 Figura 39: Fixao das placas nos montantes, montagem de um painel no solo ..... 92 Figura 40: Painel montado e posicionado ................................................................. 93 Figura 41: Construo de 75m na cidade de Candi, interior do Paran ................. 93 Figura 42: Detalhe da Janela .................................................................................... 94 Figura 43: Paredes acabadas sem uso de chapisco e sem uso de reboco .............. 95 Figura 44: Detalhes das esquadrias, medidas em [mm] ........................................... 97 Figura 45: Fachada de uma escola construda na cidade de Guarapuava ............... 99 Figura 46: Esquema de montagem (sala de aula em fase de acabamento) ............. 99 Figura 47: Vista em planta da parede com duplas placas, em planta. .................... 100
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Figura 48: Parede formada por placas em concreto ............................................... 101 Figura 49: Placa de fechamento em concreto pode ser com espessura varivel .... 102 Figura 50: Parede dupla com placas de concreto e cmara de ar no ventilada .... 103 Figura 51: Parede dupla com placas de concreto e cmara de ar no ventilada .... 111 Figura 52: Parede dupla com placas de concreto e cmara de ar no ventilada .... 111 Figura 53: Ensaio compresso axial dos montantes ............................................... 115 Figura 54: Ensaio de compresso axial do montante, pr-moldado. ....................... 116 Figura 55: Esquema de ensaio de flexo em placa pr-moldada ............................ 118 Figura 56: Esquema de montagem das placas a serem ensaiadas ........................ 119 Figura 57: Ensaio de flexo em placa pr-moldado ................................................ 119 Figura 58: Esquema de mo-francesa .................................................................... 121 Figura 59: Carga suspensa na parede 1,20kN perodo de 24h ............................... 122 Figura 60: Esquema de dispositivos para medida de vazo ................................... 125 Figura 61: Esquema de montagem do corpo-de-prova para ensaio ....................... 126 Figura 62: Garantindo a vazo de 3dm3/min e presso de 50Pa ........................... 127 Figura 63: Resultado do ensaio (manchas de gua na face oposta da placa) ........ 127 Figura 64: Local nas placas dos impactos de corpo duro ....................................... 129 Figura 65: Preenchimento do saco com areia e serragem peso de 40kg ............... 132 Figura 66: Ilustrao - Equipamentos de ensaio ..................................................... 133 Figura 67: Suspenso o saco de 40kg a uma altura h=30cm ................................... 135 Figura 68: Ensaio realizado corpo mole h=30cm, energia de 120J ......................... 136 Figura 69: Ensaio realizado corpo mole .................................................................. 136
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NDICE DE TABELAS
Tabela 1: Caractersticas de alguns materiais quanto ao seu isolamento ................. 28 Tabela 2: Obras de instalaes provisrias .............................................................. 41 Tabela 3: Instalaes provisrias de canteiro de obra (esquadria aberta) ................ 42 Tabela 4: Instalaes provisrias de canteiro de obra com (esquadria fechada) ...... 43 Tabela 5: Resistncia trmica de cmara de ar no ventilada .................................. 44 Tabela 6: Resistncia trmica superficial interna e externa, NBR15220 ................... 45 Tabela 7: Nveis de Presso Sonora desde o limiar da audio at o limiar da dor. . 53 Tabela 8: Impacto do rudo ....................................................................................... 69 Tabela 9: Valores de STC para Componentes Construtivos (valores em dB) ........... 72 Tabela 10: ndice de reduo sonora ponderado, Rw ............................................... 74 Tabela 11: Tempos requeridos de resistncia ao fogo TRRF ................................ 76 Tabela 12: Resistncia ao fogo de painis de concreto macio PCI, (1989) ............ 77
Tabela 13: 59,0
1R tempo de resistncia ao fogo em funo do material isolante. ...... 77
Tabela 14: Levantamento das cargas existentes no montante mais desfavorvel.. 114 Tabela 15: Resultados dos Ensaios de compresso axial ...................................... 117 Tabela 16: Resultados dos Ensaios de flexo nas placas pr-moldadas ................ 120 Tabela 17: Cargas de ensaio e critrios para peas suspensas ............................. 123 Tabela 18: Massa do corpo precursor de impacto, altura e energia de impacto. .... 128 Tabela 19: Representao e resultados dos impactos realizados sobre a placa .... 129 Tabela 20: Impactos de corpo duro para vedaes verticais externas (fachadas) .. 130 Tabela 21: Impactos de corpo duro para vedaes verticais internas ..................... 130 Tabela 22: Massa de corpo mole, altura e energia do impacto ............................... 133 Tabela 23: Impactos de corpo mole (fachadas) sem funo estrutural ................... 134 Tabela 24: Comparao dos itens analisados. ........................................................ 140
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SUMRIO
1 INTRODUO ....................................................................................................... 11
1.1 OBJETIVOS .................................................................................................... 13 1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 14 1.3 METODOLOGIA ............................................................................................. 15 1.4 ESTRUTURA DO TEXTO .............................................................................. 17
2 SISTEMAS PARA INSTALAES DE OBRAS ................................................... 18 2.1 INSTALAES PROVISRIAS ..................................................................... 18
2.1.2 Panorama atual dos sistemas para instalaes provisrias de ................. 18 canteiros de obras. ................................................................................................ 18 2.2 CONSTRUO INDUSTRIALIZADA ............................................................. 20 2.3 REAS DE VIVNCIA .................................................................................... 22 2.4 PAINIS PR-MOLDADOS DE CONCRETO ................................................. 23
2.4.1 Painel tipo sanduche ................................................................................ 24 2.5 EFICINCIA ENERGTICA ............................................................................ 25 2.6 DIMENSIONAMENTO - CONFORTO TRMICO ............................................ 27 2.7 SISTEMAS PROVISRIOS EM CANTEIROS DE OBRA ............................... 29
2.7.1 Aspectos que caracterizam os sistemas considerados ............................. 29 2.7.2 Utilizao de contineres metlicos para canteiro de obra ....................... 31 2.7.3 Utilizao de fibras de vidro para instalao provisria ............................. 33 2.7.4 Utilizao da alvenaria cermica para instalao provisria. .................... 35 2.7.5 Utilizao de chapas de madeira compensada ......................................... 37 2.7.6 Utilizao de Madeira OSB (oriented strand board) .................................. 40
2.8 CONSIDERAES FINAIS ............................................................................ 43 3 DESEMPENHO PARA EDIFICAES DE UM PAVIMENTO ............................... 44
3.1 CLCULO TERICO DA RESISTNCIA TRMICA ..................................... 44 3.2 RESISTNCIAS TRMICAS SUPERFICIAIS ................................................. 45 3.3 RESISTNCIA TRMICA DA PAREDE ........................................................ 46 3.4 CAPACIDADE TRMICA DA PAREDE NAS SEES ................................ 47 3.5 ATRASO TRMICO EM FUNO DA ESPESSURA DA PAREDE ....... 48 3.6 FATOR SOLAR ............................................................................................... 49 3.7 CLCULO TERICO DA ACSTICA ............................................................ 49 3.8 SOM................................................................................................................. 50
3.8.1 Propagao do som .................................................................................. 50 3.8.2 Frequncia ................................................................................................ 51 3.8.3 Nvel de presso sonora .......................................................................... 52 3.8.4 Classificao dos rudos ........................................................................... 54 3.8.5 Isolamento acstico ................................................................................... 58 3.8.6 Isolamento acstico (fechamentos simples) .............................................. 59 3.8.7 Isolamento acstico (fechamentos duplos) ............................................... 64
3.9 RESISTNCIA AO FOGO ............................................................................... 74 3.9.1 Clculo terico de resistncia ao fogo, PCI (1989) ................................... 78 3.9.2 Clculo terico utilizando ABNT NBR 15200 ............................................ 79
4 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................... 81 4.1 SISTEMA PROPOSTO DE INSTALAES PROVISRIAS ......................... 81 4.2 CONSIDERAES INICIAIS .......................................................................... 82 4.3 ANLISE INICIAL DO SISTEMA PROPOSTO ............................................... 84 4.4 ASPECTOS RELEVANTES SOBRE O SISTEMA PROPOSTO .................... 85 4.5 DEFINIES DAS PEAS DE CONCRETO DO SISTEMA .......................... 87
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4.5.1 Placas de concreto .................................................................................... 87 4.5.2 Montantes ................................................................................................. 89 4.5.3 Esquadrias ................................................................................................ 95
4.6 AVALIAO DO SISTEMA PROPOSTO - ABNT NBR 15220 .................. 100 4.7 CLCULO DO DESEMPENHO DO SISTEMA PROPOSTO ....................... 102
4.7.1 Clculo da resistncia trmica ................................................................ 102 4.7.2 Clculo da resistncia trmica da parede do prottipo ........................... 103
4.8 TRANSMITNCIA TRMICA ........................................................................ 104 4.9 CAPACIDADE TRMICA DA PAREDE ........................................................ 104
4.9.1 Atraso trmico em funo da espessura da parede ........................... 105 5 FATOR SOLAR ................................................................................................... 105 6 SIMULAO NUMERICAMENTE DA ACSTICA DO SISTEMA PROPOSTO 108 7 SIMULAO AO FOGO - NBR 15200 (ABNT,1912) .......................................... 110 8 OBTENO DOS RECURSOS PARA VIABILIZAR O PROJETO ..................... 113 9 CAPACIDADE RESISTENTE DOS COMPONENTES DO MODELO ................. 113
9.1 ENSAIOS DE COMPRESSO CENTRADA ................................................. 113 9.2 ENSAIO - A FLEXO DA PLACA DE CONCRETO DA PAREDE .............. 117 9.3 DETERMINAO DA RESISTNCIA DOS SVVIE S SOLICITAES DE PEAS SUSPENSAS - ENSAIOS DE CARGA SUSPENSA ............................ 120
9.3.1 Desempenho trmico ............................................................................. 124 10 ENSAIO - ESTANQUEIDADE SVVE ................................................................. 124
10.1 ENSAIO DE CORPO DURO ...................................................................... 128 10.2 ENSAIO DE CORPO MOLE NOS SISTEMAS DE VEDAES VERTICAIS INTERNAS E EXTERNAS PARA CASAS TRREAS COM OU SEM FUNO ESTRUTURAL .................................................................................................... 131
11 DISCUSSO DOS RESULTADOS .................................................................... 137 12 COMPARAO COM OS SISTEMAS ANALISADOS...................................... 138 13 CONCLUSES .................................................................................................. 141
13.1 PROPOSTAS PARA FUTUROS TRABALHOS ......................................... 143 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................................................... 144
Nery Knner 11
1 INTRODUO
No Brasil nas ltimas dcadas houve um aumento significativo no uso de
estruturas pr-fabricadas em concreto, tanto em virtude do crescimento populacional
quanto da renovao de estruturas depreciadas que necessitavam ser renovadas.
No h demanda que proporcione uma construo limpa, racional e com
menos desperdcio. Dessa forma, cada vez maior o estudo acerca das estruturas
pr-fabricadas em concreto, no sentido de proporcionar ao trabalhador conforto e
bem estar dentro de seu ambiente de trabalho. O aproveitamento dos recursos
disponveis requer utilizao de componentes e processos padronizados. No
contexto estabelecido, a pr-fabricao de peas em concreto, cumpre um papel
essencial na indstria da construo civil em geral, seja ele de carter habitacional,
industrial ou em obras de instalaes provisrias como os canteiros de obras.
Para Sayeg (2011), tanto na fase de estruturas como vedao necessrio
pensar em projeto enxuto e produo em escala para viabilizar o sistema em:
http://engcivil2-el.blogspot.com.br/ (acesso em novembro de 2013).
PICCHI & AGOPYAN (1993), acrescenta que a qualidade do projeto um
dos componentes mais importantes da qualidade e que a preocupao com a
qualidade a partir do projeto grande e justificvel, pois o mesmo indicado em
todas as pesquisas como grande vilo da qualidade na construo. Sintetizando, o
projeto uma ferramenta importante para a implementao da racionalizao
construtiva, reafirmado por FRANCO & AGOPYAN (1993) apud MELHADO (1994)
que diz: etapa do projeto a mais propcia para a introduo da maioria das
medidas que visam racionalizao.
Sobre o significado da industrializao, todas as definies podem ser
compreendidas em apenas uma: A industrializao com utilizao de tecnologias
substitui a mo de obra artesanal por operrios qualificados que operam mquinas
eletromecnicas e a necessidade de integrao entre as etapas de uma obra. A
primeira obra de pr-moldado no Brasil refere-se ao Hipdromo da Gvea no final da
dcada de 50. A racionalizao e a industrializao aparecem de forma sistemtica
no incio da dcada de 60. Entre a dcada de 60 e 90 houve desestmulo em pr-
moldados, porm na segunda metade da dcada de 70 o BNH adotou novas
diretrizes para o setor reorientando sua atuao e o desenvolvimento de processos
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construtivos de componentes pr-moldados se deu devido ao crescimento da cidade
de So Paulo onde o pr-fabricado voltou com maior credibilidade na dcada de 90.
A agricultura se modernizou e hoje responsvel pelo supervit da balana
comercial brasileira. O setor txtil conseguiu preos internacionalmente competitivos
e hoje exporta seus produtos. J na construo civil continua-se utilizando a mo de
obra artesanal, mtodos que em outros pases esto ultrapassados. A construo
civil responde por uma fatia expressiva do PIB brasileiro (16%), sendo o nico setor
da economia nacional que ainda no se industrializou (UNIMEP 2005).
A construo industrializada vem como alternativa para solucionar
problemas latentes, dficit na construo habitacional, industrial e de canteiros de
obras. V-se aqui a possibilidade de se construrem canteiros de obras e esses
ambientes serem desmontados e reaproveitados sem que haja perdas de materiais,
evitando criao de novos entulhos.
Segundo REVEL (1973), pr-fabricao no campo da construo civil
significa fabricar certo elemento antes do seu posicionamento final na obra. A NBR
9062 define estrutura pr-fabricada como elemento pr-moldado executado
industrialmente, mesmo em instalaes temporrias em canteiros de obra, ou em
instalaes permanentes de empresa destinada para este fim que atende aos
requisitos mnimos de mo de obra qualificada; a matria-prima dos elementos pr-
fabricados deve ser ensaiada e testada quando no recebimento pela empresa e
previamente sua utilizao.
De modo mais abrangente pode-se dizer que a pr-fabricao a produo
de elementos de construo civil em indstrias, com posterior transporte e
montagem das peas.
CLARO (2010), define que elemento pr-fabricado aquele produzido em
escala industrial, obedecendo a manuais e especificaes tcnicas, por pessoal
treinado e qualificado, sob condies rigorosas de controle de qualidade, e que
elemento pr-moldado aquele executado fora do local de utilizao definitiva na
estrutura, produzido em condies menos rigorosas de controle de qualidade, mas
sujeito a inspeo do prprio construtor.
O sistema pr-fabricado em concreto teve ascenso juntamente com a
evoluo da indstria da construo civil, tendo relao com a mecanizao dos
meios industriais de modo geral.
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Atualmente o seu desenvolvimento est ligado no s aos processos de
fabricao, mas tambm aos processos de transporte e montagem dos elementos.
Segundo SERRA (2005), a industrializao da construo civil, atravs da
utilizao de peas de concreto pr-fabricados promoveu, no Brasil e no mundo, um
salto de qualidade nos canteiros de obras, pois atravs de componentes
industrializados com alto controle ao longo de sua produo, com materiais de boa
qualidade, fornecedores selecionados e mo de obra treinada e qualificada, as obras
tornaram-se mais organizadas e seguras.
Segundo VASCONCELLOS (2002), no possvel datar o incio da pr-
fabricao de estruturas, tendo em vista que o prprio nascimento do concreto
armado ocorreu com a pr-moldagem de elementos, fora do local de seu uso. Desse
modo, possvel afirmar que os elementos pr-fabricados surgiram com a inveno
do concreto armado.
Na Europa o grande crescimento do sistema pr-fabricado foi consequncia
da necessidade de reconstruo, aps a Segunda Guerra Mundial, sendo o perodo
de 1945 a 1950 caracterizado pela expressiva demanda de construes, tais como
habitao, escolas, hospitais, indstrias, pontes etc. No Brasil, o cenrio histrico
no foi o mesmo, o sistema foi impulsionado pela busca da racionalizao com
consequente diminuio de gastos e aumento de lucros, diante de um mercado em
crescimento e em constante disputa.
1.1 OBJETIVOS
O objetivo principal deste trabalho estudar um sistema pr-fabricado em
concreto para aplicao em instalaes provisrias de canteiros de obras. A
proposta surge no sentido de encontrar um sistema eficiente, de construo rpida,
econmica, com reduo significativa na produo de resduos. O sistema proposto
aps o uso, independentemente do tempo, a instalao provisria poder ser
desmontada e remontada novamente sem perdas de peas em sua utilizao.
Alm disso, pretende-se descrever as caractersticas arquitetnicas,
estruturais e construtivas, o desempenho do sistema proposto que constitudo por
elementos pr-fabricados de concreto para construo de ambientes de instalaes
provisrias, aplicadas a canteiros de obras, segundo as recomendaes da ABNT
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(Associao Brasileira de Normas Tcnicas) e do PBQP-H (Programa Brasileiro da
Qualidade e Produtividade do Habitat).
1.2 JUSTIFICATIVA
A construo em elementos pr-fabricados em concreto no se limita
apenas em fabricar as peas fora do canteiro, mas sim engloba todo um sistema
construtivo com caractersticas prprias que devem ser preconizadas desde o incio
do projeto de instalaes provisrias, respeitando as particularidades estruturais de
cada sistema construtivo (FIB, 2002). Sendo assim, sua utilizao possui grande
potencial de aplicao para empreendimentos em canteiros, at mesmo em obras
habitacionais.
Recentemente, no ano de 2009, o Governo Federal, por meio do Ministrio
das Cidades e da Caixa Econmica Federal, e o Governo do Estado de So Paulo,
por meio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano),
realizaram-se aes com o objetivo de promover uma maior racionalizao e
produtividade da construo habitacional. Assim, foi possvel obter um incentivo
especial para aplicao de solues pr-fabricadas de concreto com desempenho
satisfatrio sem a perda de qualidade, segundo as novas diretrizes nacionais.
Do ponto de vista ambiental, a maior necessidade de desenvolvimento de
tecnologias especficas diz respeito a produtos modulares para abrigar as
construes provisrias, que possam ser reaproveitados em diferentes obras.
Solues como esta j so oferecidas pelo mercado, mas em condies de
desempenho apenas suficientes. Em outros pases, o mercado dispe de sistemas
mais sofisticados e durveis, como ilustrado na Figura 1.
Fonte: http://www.algeco.fr/construction-modulaire/prefabrique-origin.html
Figura 1: Contineres utilizados para canteiros de obras na Frana.
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Na Frana foram criadas uma srie de edifcios modulares para todas as
necessidades de obras temporrias em pr-fabricados. Edifcios modulares so de
origem funcional e perfeitamente adequados ao armazenamento ou a projetos de
instalao provisrias de obras, locais de trabalho, construo de bangals,
banheiros qumicos, que so instalados e desinstalados rapidamente. Eles oferecem
um ambiente de trabalho aprimorado por meio da implementao de qualidade e
acessrios de aluguel: cadeiras, mesa, geladeira, camas. Os fornecedores so
responsveis por tudo, desde a construo pr-fabricada at luxuosos mobilirios.
Todas as instalaes do local cumprem normas rigorosas de segurana e proteo
das pessoas e o trabalho desenvolvido com toda segurana. De acordo com a
dimenso desejada, o mdulo construtivo adaptado ao ambiente de interesse.
No Brasil, a maioria dos canteiros de obras ainda precrio e no projetado
com vistas ao seu melhor funcionamento. Considerado como uma instalao
temporria, no costuma seguir regras de projeto e de segurana, e em alguns
casos a NR-18 (2012), que preconiza condies mnimas de habitabilidade da
edificao, atendida.
Prope-se, pelo exposto no presente trabalho, aliar segurana e sade para
o trabalhador envolvido neste processo, sendo uma obra de fcil execuo e
economicamente vivel. Destaca-se que possvel a construo de instalaes
provisrias de qualidade e que atenda ao que a NR-18 e a ABNT NBR 12284 de
1991 propem.
O projeto prope-se como prottipo destinado a instalao temporria em
canteiro de obra, inicialmente para ser utilizado apenas para este fim, porm
podendo vir a ser utilizado em outros tipos de construo habitacional, como j vem
sendo usado.
1.3 METODOLOGIA
A pesquisa proposta trata-se de um estudo terico e experimental, dividido
em trs etapas:
A primeira etapa consiste do estudo sobre a utilizao de diferentes
sistemas construtivos para aplicao em instalaes provisrias, como:
a) Autoconstruo: preparar o material e montar;
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b) Reaproveitamento: aps a utilizao transportar para outro lugar sem
perdas de materiais e sem gerar resduos;
c) Modulao: modular de acordo com a caracterstica do terreno,
necessidade de adaptao para melhor aproveitamento do espao disponvel;
d) Conforto trmico e acstico: proporcionar ao trabalhador um local de
descanso e vivncia observando os quesitos encontrado na ABNT NBR15575
e NR 18;
e) Rapidez na execuo: montagem que no depende de muitas pessoas e
de conhecimento tcnico, apenas com um manual de montagem, possibilite a
construo em poucos dias;
f) Segurana: proporcione segurana contra impactos, incndio e
depredaes;
g) Adaptabilidade; adequar a instalao em funo do espao disponvel,
utilizando modulaes;
h) Custos: Custo benefcio em relao ao uso de um sistema que permita
desmontar e montar, reaproveitando o mesmo material sem gerar resduos e sem
perda de material. Ao longo da vida til o sistema ainda est em uso, diluindo seu
custo;
i) Durabilidade: Material de concreto durvel ao longo de 50 ou mais anos;
j) Resduos: com a preocupao constante do meio ambiente, um sistema
que no venha gerar resduos;
k) Acstica: Um sistema que no provoque ao trabalhador rudos acima do
que preconiza a legislao;
l) Incndio: Possibilidade de princpios de incndios, trazendo maior
segurana ao ambiente de trabalho dos administradores;
m) Conforto Trmico: Que o calor ou frio existente na parte externa venha
passar para a parte interna sem que exista uma barreira, diminuindo o desconforto
para quem trabalha naquele ambiente;
n) Estrutura: Que seja slida, garanta segurana contra ventos e impactos;
o) Estanqueidade: nas guas projetadas da chuva no venha prejudicar o
interior do ambiente de trabalho com humidade ou infiltraes;
p) Corpo mole: Resistncia mnima ao que preconiza a ABNT NBR
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15575, que um impacto de 40kg sobre a parede com altura de 30cm. Sem
provocar demolio;
q) Corpo duro: Resistncia mnima que preconiza a ABNT NBR15575, que
um impacto de 1,0kg a uma altura de 1,0m, sem provocar demolio. A segunda
etapa consiste da proposta de um sistema construtivo para aplicao em instalaes
provisrias, levando em considerao as propriedades requeridas pelas normas
vigentes e as caractersticas requeridas na primeira etapa de estudo considerando
os quesitos mnimos propostos. A terceira etapa consiste da anlise crtica dos
sistemas atuais mais empregados e comparados com o sistema proposto.
Com alguns dos sistemas de instalaes provisrias j existentes, pode-se
descrever sobre estes que no se pode obter dados completos sobre desempenho
desses sistemas. Eles existem e so usados largamente em canteiro de obras, em
instalaes provisrias. Os dados existentes no contemplam o mnimo de dados
para se ter uma ideia do funcionamento sobre a norma de desempenho ABN NBR
15575. Assim no se tem parmetros para comparar com o sistema que estamos
propondo. Tenta-se de comparar com os seguintes pontos: 1 - rapidez na
montagem; 2 - modulao; 3 custo; 4 - reaproveitamento dos materiais sem
perdas; 5 - atender NR18 ABNT NBR 15575.
1.4 ESTRUTURA DO TEXTO
No Captulo 2; breve reviso bibliogrfica com panorama atual dos sistemas
existentes. Sistemas construtivos existentes, consideraes sobre alguns tipos de
painis de fechamento, princpios de funcionamento e isolamento energtico.
No Captulo 3; alguns sistemas de instalaes provisrias mais utilizadas
em canteiro de obras existentes e suas caractersticas.
No Captulo 4; desempenho das instalaes provisrias consideradas,
comparao com o que preconiza a ABNT NBR15575:2012, comparando as
caractersticas entre os sistemas estudados. Sistema proposto, definies das peas
principais de concreto que compe o sistema e suas instalaes, ensaios tericos,
ensaios realizados e concluses, obteno dos recursos de viabilizao do projeto.
No Captulo 5; so mostradas as comparaes dos resultados obtidos
com os demais sistemas descritos neste trabalho.
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No Captulo 6; so apresentadas as concluses da pesquisa e proposta de
trabalhos futuros.
2 SISTEMAS PARA INSTALAES DE OBRAS
Uma preocupao que vai alm da reduo das perdas e da gesto dos
resduos : O que feito visando reduo de impactos ambientais e melhoria das
condies sociais dos trabalhadores? Polticas pblicas e legislao?
Quanto questo social, programar medidas voltadas aos trabalhadores,
que se refere a questes econmicas, assegurar a eficincia econmica da obra e
combater a ilegalidade no que se refere a canteiros de obras. (CARDOSO
FRANCISCO & FIORAM M.A. VIVIANE, 2009) - 26 dd2009
2.1 INSTALAES PROVISRIAS
Os projetos das instalaes do canteiro dependem do tamanho da obra, do
volume de material a ser armazenado, do nmero de funcionrios, equipes tcnicas,
dos perodos em que, tanto a mo de obra quanto o material devero estar na obra.
2.1.2 Panorama atual dos sistemas para instalaes provisrias de
canteiros de obras.
Normalmente as instalaes de canteiros de obras no so projetadas de
acordo com as normas e legislao vigente e, em alguns casos, so improvisadas
em painis de madeira compensada, conforme Figura 2, que so considerados de
baixo custo, sem reaproveitamento.
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Figura 2: Instalaes provisrias em madeira para canteiros de obras
Fonte: O autor
Nas instalaes de canteiro de obras feitas com alvenaria, os custos j
seriam bem maiores e praticamente sem reaproveitamento.
Existe fornecimento de contineres de qualidade, com ndices de
conformidade s normas. Entretanto, observa-se tambm a opo de contineres
improvisados, adaptados como instalaes provisrias, usados como depsito de
materiais. Estes costumam ser fceis de serem transportadas por caminho,
normalmente so locados pelas empresas prestadoras de servio.
Na aquisio de um continer o custo relativamente baixo, pois so
normalmente peas descartadas pelo transporte martimo. O que onera so os
complementos e modificaes para que atenda a legislao pertinente.
Em caso de locao onde no so obedecidas as normas pertinentes tem o
uso de contineres sem o mnimo de condies para uso como instalaes
provisrias. A Figura 3 ilustra exemplos de contineres metlicos.
Figura 3: Uso de contineres em instalaes provisrias - refeitrio e vestirios
Fonte: O autor
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Cabe observar que, a instalao provisria de canteiro de obra em
contineres que no oferece o mnimo de conforto ao trabalhador. Instalaes em
contineres sero aceitas em reas de vivncia de canteiro de obras e frentes de
trabalho, desde que cada mdulo possua rea de ventilao natural, efetiva, de no
mnimo 15% (quinze por cento) da rea do piso, composta por, no mnimo, duas
aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz ventilao interna, garanta
condies de conforto trmico, alm de garantir os demais requisitos mnimos de
conforto e higiene estabelecidos na NR18.
Fonte: O autor
Observa-se trabalhadores na hora do almoo que preferem no permanecer
no interior do continer. As pessoas utilizando de espaos no interior da obra
almoavam e em seguida deitavam no mesmo local para um descanso - Figura 4.
Assim, o conforto trmico do continer gerava um desconforto para sua utilizao,
evidenciado no local.
2.2 CONSTRUO INDUSTRIALIZADA
Nas duas ltimas dcadas a tecnologia do concreto sofreu um grande
desenvolvimento que, segundo diversos pesquisadores, se deve evoluo das
Figura 4: Preferncia permanecer fora do continer
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tcnicas e equipamentos para estudo dos concretos e ao uso de novos materiais.
Esses novos materiais, entre os quais se destacam os aditivos redutores de gua e
as adies minerais, possibilitaram melhorias significativas nas propriedades
relacionadas resistncia mecnica e durabilidade dos concretos.
Na habitao pr-fabricada, cuja caracterstica produo em srie, como
foi o caso de Casas para os Trpicos de Habitao Pr-Fabricada de Niamey e
Brazzaville, executados em Portugal, foi admitido o panorama de evoluo dos
princpios da vida sem alterar aspectos culturais. A preocupao foi criar um sistema
eficiente prtico e econmico para atender problema de carncia habitacional das
ex-colnias francesas do Nger e do Congo.
A industrializao da construo pode ser percebida por esta definio: S
existe industrializao se houver uma tecnologia mecanizada envolvida no processo
(HUTH, 1976). Alguns outros conceitos esto relacionados com a industrializao,
como a racionalizao, indispensvel na industrializao. Racionalizar a produo
significa estudar seus mtodos a fim de reduzir o tempo de trabalho e se conseguir
melhor produtividade e rentabilidade.
A construo civil possui processos que apresentam alto nvel de
desperdcio de materiais e mo de obra, bem como baixos nveis de qualidade e
produtividade, por essas razes vem sendo considerada uma indstria atrasada.
Uma das formas de se aperfeioar e racionalizar a construo civil seria utilizar
elementos pr-fabricados. (HUTH, 1976).
As construes provisrias incluem no somente as edificaes como as
que delimitam o canteiro, normalmente constitudas por reas de vivncia, escritrio
administrativo, almoxarifado, refeitrio, tapumes, etc. A Norma Regulamentadora
NR-18 (2012), traz um captulo especfico sobre as reas de vivncia, assim como
outro sobre tapumes e galerias, cobrindo adequadamente as questes de higiene e
segurana no trabalho.
No Brasil existem outros sistemas em pr-fabricados, que podem ser
utilizados em canteiros de obras. Independente do sistema utilizado, obrigao
respeitar-se e obedecer legislao. Tem-se a NR-18 que recomenda as
instalaes provisrias de canteiro de obras, reas de vivncia e escritrio da
indstria da construo civil e especfica como esses ambientes devem ser
construdos, objetivando o campo de aplicao.
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A observncia do estabelecido no desobriga os empregadores do
cumprimento das disposies relativas s condies e ambiente de trabalho,
concomitantemente na legislao federal, estadual e/ou municipal, e em outras
estabelecidas em negociaes coletivas de trabalho.
2.3 REAS DE VIVNCIA
Em locais de refeies, cozinha, quando houver preparo de refeies,
lavanderia, rea de lazer, ambulatrio, o cumprimento do disposto obrigatrio. O
mesmo vale para instalaes mveis, inclusive contineres, que sero aceitos em
reas de vivncia de canteiro de obras e frentes de trabalho desde que cada mdulo
de instalaes atenda NR18 (Alterada pela Portaria SIT n. 30, de 13 de dezembro
de 2000).
Para garantir os demais requisitos mnimos de conforto e higiene
estabelecidos, na NR 18, deve-se levar em conta a ABNT NBR 15575, que vem
contemplar a orientao sobre ambiente de vivncia, no que preconiza o mnimo de
conforto do local de vivncia em uma obra.
Nas instalaes mveis, inclusive contineres, que servem como
alojamento, as camas duplas, tipo beliche, a altura livre entre uma cama e outra ,
no mnimo, de 0,90m (noventa centmetros), (Includo na Portaria SIT n 30, de 13
de dezembro de 2000).
Tratando-se de adaptao de contineres, originalmente utilizados no
transporte ou acondicionamento de cargas, dever ser mantido no canteiro de obras,
disposio da fiscalizao do trabalho e do sindicato profissional, laudo tcnico
elaborado por profissional legalmente habilitado, relativo ausncia de riscos
qumicos, biolgicos e fsicos (especificamente para radiaes) com a identificao
da empresa responsvel pela adaptao.
De acordo com o exposto na anlise do canteiro de obras, no estudo de
caso feito por MENESES & RIBEIRO (2006), h o relato de uma obra na segunda
etapa da construo, com relao NR- 18, sendo a obra de responsabilidade da
construtora, em que evidente que se encontram em condies inadequadas em
segurana no trabalho e instalaes do canteiro de obras. Isso porque a empresa
no estabeleceu uma poltica de planejamento, organizao, qualidade e
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segurana no trabalho. Essa anlise vem confirmar a necessidade de um projeto de
canteiro de obras e gerenciamento do ambiente de trabalho que venha melhorar a
organizao e a qualidade de vida, o mnimo a ser feito para que isto ocorra a
elaborao do PCMAT, (Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho).
No entanto, segundo ARAJO (1998), os custos relativos implantao do
PCMAT (Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho) so em torno de
1,49% do custo total da obra. J estudos realizados por FORMOSO (2007), apud
MENEZES & SERRA (2003), mostram que os custos de segurana, quando da
instalao de um canteiro, representam 0,84% do custo total de uma obra. Dessa
forma, percebe-se que o estudo necessrio.
A anlise das reas de vivncia em canteiros de obra constitui um
importante fator a fim de minimizar os riscos sade dos trabalhadores e outros, em
face ao percentual de valores reduzidos que a implantao do sistema de sade e
segurana do trabalho representa em relao ao custo total da obra.
2.4 PAINIS PR-MOLDADOS DE CONCRETO
Desde a antiguidade o homem tem buscado diferentes maneiras de
aperfeioar os tipos de atividades produtivas que realiza, principalmente as que
precisam ser executadas em larga escala. Dessa necessidade, surgiu a
industrializao, que o aperfeioamento de uma determinada atividade a fim de
execut-la de maneira contnua e com maior produtividade, por meio da utilizao de
tcnicas e procedimentos que tragam maior velocidade e menores custos ao
processo empregado.
Na construo civil, a industrializao surgiu com a necessidade de construir
edifcios mais rapidamente e sem grande capital inicial, como no caso dos pases
destrudos na primeira guerra mundial. Os processos utilizados na construo civil, a
fim de sanar essas necessidades so chamados de Processos Construtivos
Industrializados. O surgimento desses processos vem do final da Primeira Guerra
Mundial, devido necessidade de reconstruo dos pases destrudos.
Para FERREIRA (2009) esses processos so, atualmente, amplamente
difundidos e utilizados na construo civil, e o seu principal objetivo obter maior
eficincia e menores custos de produo. O grau de industrializao de um
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processo pode ser medido pelo seu nvel organizacional, e isso avaliado atravs
de um indicador que faz a relao entre consumo de mo de obra por unidade de
rea construda. Ento, surge o conceito de Construo Industrializada que a
construo com emprego de processos industrializados FERREIRA (2009).
2.4.1 PAINEL TIPO SANDUCHE
No Brasil, e de acordo com BERTINI (1995), durante a Segunda Guerra
Mundial, os painis sanduche eram utilizados em estruturas de avies devido sua
leveza e resistncia. recente o maior emprego desse painel, na construo civil,
em edificaes.
Uma construo tipo sanduche, Segundo BERTINI (1995), corresponde a
uma combinao de materiais simples ou compostos, ligados entre si de forma que
suas caractersticas garantam vantagens estruturais ao conjunto. Na Figura 5 pode-
se observar um tipo simples de sanduche, composto por duas camadas resistentes
e um ncleo de material menos denso e menos resistente.
Figura 5: Painel sanduche
Fonte: Bertini (1995)
Dependendo do emprego do painel, o ncleo pode ser responsvel pela
transferncia de esforos e pela manuteno da distncia correta entre as camadas.
Nesse caso, o material do ncleo deve ter rigidez suficiente para que resista ao
cisalhamento, evitando o escorregamento das camadas. Em outros casos, o
painel pode ter a funo de apenas garantir o conforto trmico e acstico, sendo
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a funo estrutural destinada aos conectores ou nervuras FERREIRA (2009).
Na Europa os painis Sandwich em pr-moldados de concreto so muito
utilizados para reduzir os custos de energia de construo na sua fabricao, onde
verifica-se um melhor desempenho, alm de serem ambientalmente corretos. Na
anlise do ciclo de vida e do desempenho, ao longo do tempo, de um edifcio, deve
ser considerado nas estruturas modernas, com reduo na emisso de CO2 e no
uso de aparelhos de ar condicionado Figura 6.
Fonte: Fib 41 (2004).
O painel tipo sanduiche usado em grandes obras de edifcios residenciais
e comerciais. Os painis j vm prontos e acabados da indstria. Os painis, aps
sua fabricao, so acondicionados em depsito at que se tenham todos os painis
da edificao Figura 6.
2.5 EFICINCIA ENERGTICA
Devido sua elevada massa trmica e propriedades isolantes, painis
sanduche pr-moldados so capazes de proporcionar um ambiente mais
Figura 6: Exemplo de painel sanduche
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confortvel, com a reduo da temperatura interna devido s flutuaes de
temperaturas externas em diferentes regies do Brasil.
Essa consistncia de resultados da temperatura interna levam a uma
reduo na energia consumida e mantm um ambiente com temperatura
confortvel. O desempenho do painel de vedao ou estrutural em atrasar a onda de
calor Figura 7, para o interior do ambiente, de fundamental importncia. O
ambiente deixar de consumir energia para manter a temperatura conveniente.
A camada de concreto usada para paredes formadas por painis de vedao
ou painis estruturais so usadas para dividir com ambiente, dimensionadas para
que o painel desempenhe sua funo, atraso da onda trmica (Fib 41, 2004).
O calor que absorvido pelo painel durante o dia libertado para o interior
do edifcio durante a noite, quando as temperaturas externas caem.
O painel sanduche pr-moldado permite a flexibilidade e variao trmica
dos requisitos de desempenho em diferentes zonas climticas ou para diferentes
requisitos de conformidade.
A geometria e propriedades do componente podem ser variadas para atingir
o nvel de desempenho desejado, em qualquer parte ou regio com diferentes
climas (Fib 41, 2004).
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Figura 7: Atraso da onda de calor devido massa trmica do concreto
Fonte: Fib 41, (2004).
A massa trmica medida como o valor em que um material capaz de
armazenar energia e liber-lo para o meio ambiente, conforme necessrio.
O concreto possui uma grande capacidade volumtrica de calor,
comparando-o com qualquer material de construo, e proporciona benefcios
significativos em amenizar a temperatura no interior de edificaes.
O ambiente interno resultante comumente aceito como um espao mais
confortvel, sem a necessidade de ser aquecido ou resfriado artificialmente.
O resultado dessa elevada massa trmica a reduo de forma significativa
a necessidade do consumo de energia ABNT NBR 15520:2012.
2.6 DIMENSIONAMENTO - CONFORTO TRMICO
As equaes utilizadas na Europa ou no Brasil praticamente so as
mesmas.
U=1/(R1+ R2 + R3 + Ro +Ri) (equao 01)
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R1=d1/1,...Ri + Ro (equao 02)
d: espessura;
U: Desempenho trmico;
m2: rea do painel a ser considerado;
K: Graus kelvin;
: Condutividade trmica com os valores de condutividade trmica certificados
R: resistncia trmica.
A tabela 1, a seguir, mostra alguns resultados de U para painis pre-
fabricados sanduche isolados. Resistncia trmica das superfcies exteriores e
interiores igualmente.
Tabela 1: Caractersticas de alguns materiais quanto ao seu isolamento
Fonte: Fip 41, (2004)
Clculo dimensional
U= q/ T, (equao 03)
Onde:
U: Desempenho trmico;
q: Intensidade do fluxo de calor [W/m]
T: diferena de temperatura entre face externa e interna da estrutura C.
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2.7 SISTEMAS PROVISRIOS EM CANTEIROS DE OBRA
Neste trabalho ser dada nfase nos seguintes sistemas construtivos
existentes mais utilizados para construo de instalaes provisrias, que:
1 Contineres metlicos, de custo relativamente baixo, so peas descartadas
de carregamentos de navios, com custos relativamente baixo;
2 Fibra de vidro de alto custo e mo de obra especializada, cujo custo tambm
alto;
3 Alvenaria cermica de vedao, com custos relativamente baixos, no entanto
utiliza mo de obre em 60% do custo de materiais;
4 Instalaes em chapas de madeirit, cujo custo dos materiais dependendo da
qualidade, pode ser considerado alto, e o custo da mo de obra para
montagem, relativamente baixo;
5 Instalaes provisrias de madeiras OSB, encontra-se material caro e mo de
obra caro;
6 O sistema que est-se propondo possui uma sria de vantagens, e algumas
desvantagens tambm so observadas. Exige preciso das formas no
alinhamento e aprumos, podendo ser comparado com os demais sistemas
existentes.
2.7.1 ASPECTOS QUE CARACTERIZAM OS SISTEMAS CONSIDERADOS
As instalaes de canteiro de obras so uma prtica onde a maioria das
existentes no segue os requisitos estabelecidos pela legislao Brasileira, no que
tange principalmente ABNT NBR 15575 e grande parte do que preconiza a NR18.
Aps alguns dados colhidos, pode-se comparar os quesitos principais entre os
sistemas existentes e o sistema que est sendo proposto para instalaes
provisrias de canteiro de obra.
Dessa forma, os seguintes aspectos sero considerados em cada sistema:
a) Auto-Construo: preparar o material e montar;
b) Reaproveitamento: aps a utilizao, a possibilidade de desmonte e
transporte para outro lugar sem perdas de materiais e sem gerar resduos
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significativos;
c) Modulao: modular de acordo com as caractersticas do terreno, e adaptar
para melhor aproveitamento do espao disponvel;
d) Conforto trmico: proporcionar ao trabalhador um local de descanso e
vivncia, observando os quesitos encontrados na ABNT NBR15575 e NR 18;
e) Rapidez na execuo: montagem que no depende de muitas pessoas e de
apenas de um manual de montagem, que possibilite a autoconstruo em
poucos dias;
f) Segurana: proporcionar segurana contra impactos, incndio e/ou
depredaes;
g) Adaptabilidade: adequar a instalao em funo do espao disponvel,
utilizando modulaes;
h) Custos: custo benefcio em relao ao uso de um sistema que permita
desmontar e montar, reaproveitando o mesmo material sem gerar resduos e
sem perda de material. Ao longo da vida til, o sistema ainda est em uso,
diluindo seu custo;
i) Durabilidade: material de concreto durvel ao longo de 50 ou mais anos;
j) Resduos: com a preocupao constante como o meio ambiente,
necessrio um sistema que no venha gerar resduos significativos;
k) Acstica: um sistema que no provoque ao trabalhador rudos acima do que
preconiza a legislao;
l) Incndio: dificultar a possibilidade de princpios de incndios, trazendo maior
segurana ao ambiente de trabalho dos administradores;
m) Conforto Trmico: transmitncia trmica, atraso trmico e fator de calor solar
admissveis para cada tipo de vedao externa. O atraso trmico varia de
regio para regio. Considerando a regio de So Carlos denominada regio
4 pela condio do clima da cidade, a ABNT NBR15220, na tabela 11,
estabelece que as paredes devem ser pesadas e coberturas leves. Com
transmitncia trmica da parede U2,2W/m2.k, um atraso trmico
6,5h e de um fator solar FSo3,5 ;
.n) Estrutura: que atenda s condies de servio e estado limite ltimo, para as
solicitaes existentes;
o) Estanqueidade: que as guas projetadas da chuva no venham a
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prejudicar o interior do ambiente de trabalho, com umidade ou infiltraes;
p) Corpo mole: resistncia mnima preconizada pela ABNT NBR 15575, que
um impacto de 40kg sobre a parede, com altura de 30cm, sem provocar
dano significativo;
q) Corpo duro: resistncia mnima que preconiza a ABNT NBR 15575, que um
impacto de 1,0kg uma altura de 1,0m, sem provocar dano significativo.
Observam-se pontos positivos observados nos itens de a at i e de n at
q tem-se como ponto negativo m, em que a norma preconiza um atraso
Trmico para cidade de So Carlos de 6,5h, no entanto foi obtido
numericamente 2,2h.
2.7.2 UTILIZAO DE CONTINERES METLICOS PARA CANTEIRO DE OBRA
Os contineres so construes metlicas pr-fabricadas, erguidas a partir
de um chassi de perfis metlicos, composto por duas longarinas e trs transversinas,
responsvel por, praticamente, toda resistncia do conjunto. Sobre esse chassi so
montadas as quatro laterais, e posteriormente a cobertura fixada por meio de
parafusos e rebites e/ou solda.
Essas laterais so de chapas de ao de 0,65 mm de espessura. O transporte
feito por caminho guindaste, e deve-se prever local de acesso para retirada dos
contineres no futuro Figura 8.
O alto custo inviabiliza a locao para perodos muito longos, e no caso da
compra do contineres, a maior desvantagem o desconforto, tanto trmico quanto
acstico, podendo ser minimizado atravs de uso de revestimentos especiais,
porm, com aumento significativo de custos. (Birbijm, 2003).
Analisando as caractersticas do sistema citado, tem-se situao observada
que as instalaes provisrias em contineres tm um padro superior e aparncia
mais organizada em relao s instalaes provisrias convencionais em madeira,
ainda assim, alguns problemas so observados, tais como, escritrios com aberturas
insuficientes para ventilao, problemas de conexo com as redes, pisos com gua
empoada (em reas molhadas), alm de solues improvisadas para vencer
desnveis do terreno, (RODRIGO G. Adriana, 2006).
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-
Fonte: http://www.agisacontainers.com.br
Um fabricante de continer de qualidade superior diz utilizar XPS,
poliestireno extrudado, para isolamento termo acstico. Nas prximas etapas da
pesquisa, ser averiguada a resposta em termos de desempenho trmico e acstico
desse material.
Analisando as caractersticas do sistema citado, tem-se que:
a) Auto construo: os contineres metlicos so fabricados em metalrgicas
ou reaproveitados do transporte martimo, portanto, com impossvel auto construo;
b) Reaproveitamento: sim, o continer reaproveitado;
c) Modulao: possui modulao 3mx3m ou 3mx6m;
d) Conforto: no possui conforto termo-acstico, sem que se faa um
tratamento, e para atender a norma os custos so elevados;
e) Rapidez na execuo: muito rpido, simplesmente transportado no
caminho e posto no local adequado;
f) Segurana: seguro, pois construdo em chapa de ao;
g) Adaptabilidade: no adaptvel, pelo fato de se obter apenas em dois tipos
de modulao;
h) Custo: inicialmente o custo baixo, mas para seguir as normas de
desempenho o custo se eleva consideravelmente, devido aos isolamentos tanto
trmico como acstico, para permitir conforto aos trabalhadores;
Figura 8: Uso de contineres metlicos para instalaes provisrias
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i) Durabilidade: durvel, porm exigem manuteno anti-ferrugem;
j) Resduos: no gera resduos;
k) Acstica: no atende a norma ABNT NBR 15575, caso no seja feito
isolamento;
l) Incndio: at o instante, no h informaes disponveis;
m) Conforto Trmico: at o instante no h informaes disponveis;
n) Estrutura: at o instante no h informaes disponveis;
o) Estanqueidade: at o instante no h informaes disponveis;
p) Corpo mole: at o instante no h informaes disponveis;
q) Corpo duro: at o instante no h informaes disponveis;
Conclui-se que em funo de sua modulao, 3mx3m ou 3mx6m, no facilita
uma disposio melhor quando no se tem uma situao em que o terreno no
dispe uma rea que o container possa ser usado.
O transporte depende de caminho que tenha munk para poder carregar e
descarregar no local da obra. Pode-se reaproveitar o mesmo continer em outro
canteiro, sem gerar resduos.
Seu conforto trmico-acstico deve ser feito com isolamento para que se
tenha um desempenho que atenda ABNT NBR 15575, sendo que isto se torna
oneroso. No encontram-se ensaios alm do acstico feito por MIAM (2013).
2.7.3 UTILIZAO DE FIBRAS DE VIDRO PARA INSTALAO PROVISRIA
um sistema modular, composto por duas chapas finas de fibra de vidro,
separadas por uma placa de isopor, e com abas metlicas, resultando com bom
caracterstico de isolamento termo-acstico, que pode ser melhorada com forro de
isopor.
As placas so autoportantes, no necessitando de nenhuma estrutura
complementar para vos de at 7,0m.
No necessita de fundaes, devido a sua leveza. feito um contra-piso
onde so fixadas as placas de fibra de vidro, utilizando buchas de nylon e parafusos
e as placas so fixadas com parafusos nas abas laterais.
O material pode ser recondicionado facilmente.
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A fabricao da fibra de vidro ocorre com componentes qumicos que para
sua manipulao depende de mo de obra especializada, dificilmente encontrada na
construo civil.
A Figura 9 mostra um exemplo de utilizao de painel de fibra de vidro,
adaptado para uso em instalaes provisrias.
Fonte: http://www.aecweb.com.br/prod/e/canteiro-sustentavel_23599_24285
Fixado um beiral no seu contorno formando uma cinta ligando toda a
estrutura. As tesouras so fabricadas de tubos de ferro, e sobre estas so fixadas
telhas brancas de fibra de vidro.
O sistema vantajoso em ambientes agressivos, pois no enferruja nem
mesmo apodrece, seu visual limpo e moderno. Rapidez na montagem e
desmontagem, os reparos so feitos facilmente com massa plstica. A grande
desvantagem do sistema est no custo inicial extremamente elevado (Souza, 2004).
Analisando as caractersticas do sistema citado, tem-se que:
a) Auto Construo: a fabricao por pessoas especializadas, e no permite
a auto construo;
b) Reaproveitamento: o material usado para construo provisria permite o
reaproveitamento, reparos por pessoal especializado;
c) Modulao: permite modulao;
d) Conforto: no atende a norma de desempenho;
Figura 9: Instalaes provisrias em fibra de vidro
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e) Rapidez na execuo: sim;
f) Segurana: no;
g) Adaptabilidade: sim;
h) Custos: alto, tanto para os materiais como para a mo de obra;
i) Durabilidade: durvel;
j) Resduos: produz baixa quantidade de resduos;
k) Acstica: at o instante no h informaes disponveis;
l) Incndio: at o instante no h informaes disponveis;
m) Conforto Trmico: at o instante no h informaes disponveis;
n) Estrutura: at o instante no h informaes disponveis;
o) Estanqueidade: at o instante no h informaes disponveis;
p) Corpo mole: at o instante no h informaes disponveis;
q) Corpo duro: at o instante no h informaes disponveis;
Conclui-se que existem possibilidades de modulao, e adequao em funo
do espao disponvel no canteiro. Sua montagem depende de pessoas
especializadas para manipular os componentes qumicos.
Sua desmontagem e transporte e remontagem tambm dependem de pessoal
especializado; as peas so frgeis, mas podem ser remendadas quando
necessrio, geram pouco resduo. O material e sua manipulao so onerosos. No
encontramos ensaios realizados na bibliografia sobre o assunto.
2.7.4 UTILIZAO DA ALVENARIA CERMICA PARA INSTALAO PROVISRIA.
As construes temporrias em alvenaria seguem os mesmos padres das
construes em alvenaria definitivas. Executadas com alvenaria, argamassa de
assentamento, chapisco, reboco e pintura quando executadas.
O telhado com telhas de fibrocimento tem como grande desvantagem o
custo elevado, e, a execuo das paredes apresenta um grande tempo de execuo
e baixo reaproveitamento dos materiais, quando comparado com os outros sistemas.
As vantagens so a durabilidade, resistncia aos impactos, conforto termo
acstico e segurana patrimonial j conhecido no sistema habitacional, no
entanto a opo pouca encontrada em canteiro de obras Figura 10.
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Torna-se oneroso devido custo da mo de obra e grande gerao de
resduos, fator determinante para seu uso como instalaes provisrias em canteiro
de obras (Souza, 2004).
Fonte: O autor
Analisando as caractersticas do sistema citado, tem-se que:
a) Auto Construo: a execuo por pessoas especializadas, porm permite
a autoconstruo;
b) Reaproveitamento: no permite o reaproveitamento;
c) Modulao: permite modulao;
d) Conforto: no atende a maioria dos itens da norma de desempenho;
e) Rapidez na execuo: no;
f) Segurana: sim;
g) Adaptabilidade: sim;
h) Custos: alto, tanto para os materiais como para a mo de obra;
i) Durabilidade: durvel;
j) Resduos: produz Grande quantidade de resduos;
k) Acstica: at o instante no h informaes disponveis;
l) Incndio: at o instante no h informaes disponveis;
m) Trmico: at o instante no h informaes disponveis;
n) Estrutura: at o instante no h informaes disponveis;
o) Estanqueidade: at o instante no h informaes disponveis;
p) Corpo mole: at o instante no h informaes disponveis;
Figura 10: Uso da alvenaria cermica para instalaes provisrias
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q) Corpo duro: at o instante no h informaes disponveis;
Conclui-se que existem possibilidades de modulao, e de adequao em
funo do espao disponvel no canteiro. Sua montagem depende da prpria mo
de obra existente na indstria da construo civil. Dificilmente esse tipo de
instalao provisria desmontada e reaproveitada, devido a sua alta gerao de
resduos No encontram-se ensaios realizados na bibliografia sobre instalaes de
canteiro de obras.
2.7.5 UTILIZAO DE CHAPAS DE MADEIRA COMPENSADA
As divisrias dos ambientes bem como o fechamento externo so
executadas com chapas de madeira compensada fixadas em pontaletes de madeira,
normalmente posicionados a cada 1,10m. O sistema possui um baixo custo inicial,
seu mtodo executivo muito simples e difundido. Como as chapas possuem
normalmente 2,20m de altura e por 1,10m de largura, seu p-direito bem menor
que alturas convencionais, normalmente com a parte superior aberta, fazendo com
que praticamente no exista vedao, e possua baixo conforto termo-acstico. Seu
reaproveitamento praticamente no existe (MIAM, 2013). A espessura e qualidade
do produto de chapas compensadas denominadas maderit muito varivel, os
custos variam bastante Figura 11. Os benefcios para obras de tempo reduzido so
largamente utilizados dentro da indstria da construo civil, o material frgil e de
alta combusto, proporcionando baixa segurana e altos riscos de incndio (MIAM,
2013).
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Figura 11: Instalao provisria em chapa de madeira
Fonte: O autor
Verificou-se que em nenhum caso atende Norma de Desempenho ABNT
NBR 15575, em visita em mais de 20 locais de obra, em cada localidade e em vrias
cidades como Curitiba/PR, Maring/PR, Guarapuava/PR, So Carlos/SP,
Londrina/PR, Ourinhos/SP, Campinas/SP.
Segundo entrevista com os usurios, sobre desempenho do sistema, a
resposta foi praticamente unnime a respeito do conforto e desconhecimento sobre
o assunto presente na ABNT NBR 15575.
As instalaes so montadas sem visar conforto ao trabalhador, como sendo
obra provisria e de curto espao de tempo, as instalaes, na maioria delas, so de
forma precria e desumana e o trabalhador no tratado de forma digna em seu
ambiente de trabalho.
A parte que de oferecer o mnimo de conforto no levada em
considerao a quem trabalha na construo civil.
Na maioria das instalaes provisrias em canteiro de obra, quando o
empreendimento finalizado, essas instalaes so demolidas e descartadas em
lixo, provocando a enorme agresso ao meio ambiente.
Observa-se que este sistema utilizando madeirit no apresentado, de forma
alguma o uso desse sistema no se pode apresentar um sistema que no atenda s
necessidades do trabalhador, apesar de ser obra de fcil de se construir e no
reaproveitvel, as perdas, economicamente invivel.
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Com gerao de enormes quantidades de resduos.
Analisando as caractersticas do sistema citado, tem-se que:
a) Auto Construo: no permite a autoconstruo;
b) Reaproveitamento: no permite o reaproveitamento;
c) Modulao: permite modulao;
d) Conforto: no atende a maioria dos itens da norma de desempenho;
e) Rapidez na execuo: sim;
f) Segurana: no;
g) Adaptabilidade: sim;
h) Custos: alto tanto de materiais como de mo de obra;
i) Durabilidade: no durvel;
j) Resduos: produz grande quantidade de resduos;
k) Acstica: no atende a ABNT NBR 15575;
l) Incndio: at o instante no h informaes disponveis.
m) Trmico: at o instante no h informaes disponveis.
n) Estrutura: at o instante no h informaes disponveis.
o) Estanqueidade: at o instante no h informaes disponveis.
p) Corpo mole: at o instante no h informaes disponveis.
q) Corpo duro: at o instante no h informaes disponveis.
Conclui-se que em instalaes provisrias de canteiro de obras utilizando
chapas de madeirit existem possibilidades de modulao e adequao em funo do
espao disponvel no canteiro.
Sua montagem depende da prpria mo de obra existente na indstria da
construo civil.
Dificilmente esse tipo de instalao provisria desmontada e
reaproveitada, devido a sua alta gerao de resduos.
No encontram-se ensaios realizados na bibliografia sobre instalaes de
canteiro de obras.
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2.7.6 UTILIZAO DE MADEIRA OSB (ORIENTED STRAND BOARD)
O uso da madeira beneficiada em canteiro de obra, no sendo certificada,
seu uso crime ambiental, se for certificada os custos da matria so elevados, bem
como o da mo de obra para execuo de um canteiro, que tambm elevado.
No final de uso, gera resduos e as peas praticamente sem
reaproveitamento.
A Figura 12 mostra um exemplo de utilizao de placas de madeira OSB
para uso em instalaes provisrias.
Figura 12: Fachada do canteiro de obra com material USB
Fonte: O autor
Analisando as caractersticas do sistema citado, tem-se que:
a) Auto Construo: no permite a autoconstruo;
b) Reaproveitamento: possvel haver parte de reaproveitamento em outro
canteiro;
c) Modulao: permite modulao;
d) Conforto: no foi encontrado ensaios na bibliografia para instalaes
provisrias;
e) Rapidez na execuo: de rpida execuo;
f) Segurana: seguro;
g) Adaptabilidade: sim;
h) Custos: alto custo, tanto dos materiais como de mo de obra;
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i) Durabilidade: limitado a sua vida til;
j) Resduos: produz grande quantidade de resduos;
k) Acstica: atende a ABNT NBR 15575:2013;
l) Incndio: at o instante no h informaes disponveis;
m) Trmico: at o instante no h informaes disponveis;
n) Estrutura: at o instante no h informaes disponveis;
o) Estanqueidade: at o instante no h informaes disponveis;
p) Corpo mole: at o instante no h informaes disponveis;
q) Corpo duro: at o instante no h informaes disponveis;
Conclui-se que em instalaes provisrias de canteiro de obras utilizando
OSB, o material de boa qualidade e resistente, existe possibilidades de
modulao, se adequando em funo do espao disponvel no canteiro. Sua
montagem depende da prpria mo de obra existente na indstria da construo
civil (carpintaria). possvel montar, usar em instalaes provisrias, desmontar
para ser utilizado em outro canteiro e com baixa gerao de resduos. No
encontram-se ensaios realizados na bibliografia sobre instalaes de canteiro de
obras.
Os resultados encontrados no levantamento feito por Fabio Miam (2013),
no estudo sobre rudos em instalaes provisrias de canteiro de obra atravs das
diferenas entre os rudos externos e internos observa-se que a mdia para o estado
de vedao totalmente fechadas e totalmente abertas.
Fonte: MIAM (2013)
Tabela 2: Obras de instalaes provisrias
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Segundo Fabio Miam (2013), atravs dos estudos referentes aos tipos de
obra (Tabela 2), realizados tanto na Pesquisa Nvel de Isolamento Acstico em
Fachadas e Vedaes Medies em Campo com uma Anlise de Desempenho
Acstico de Escritrios em Canteiro de Obra, foram desenvolvidas diversas
ferramentas, com o objetivo de auxiliar a anlise das interferncias que a acstica
possui dentro do processo construtivo.
Com isso, consideraram-se ferramentas principais, que podem ser includas
dentro do escopo da anlise acstica, efetivamente, para medies em campo, mas
tambm para anlises em laboratrio.
Aspectos de medies de rudos, feito em algumas instalaes provisrias
para canteiro de obras como segue na Tabela 03, nos resultados encontrados
atravs das diferenas entre os rudos externos e internos, observa-se que a mdia
para o estado de vedao totalmente fechada de 14dB, enquanto que para a
vedao totalmente aberta de 8,7dB.
Fonte: MIAM (2013)
Este resultado j indica que o sistema de esquadria fechada possui maior
isolamento acstico que na situao de esquadria aberta, sendo:
Tr: tempos de reverberao;
Tro: tempo timo de reverberao;
Rw: ndice de reduo sonora ponderada dB;
(LAeq): obteno dos nveis de rudos Interno e externo.
Tabela 3: Dados acsticos obtidos nas medies internas
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Com estes dados coletados foram calculados os isolamentos de cada
tipologia apresentada nas diferentes obras. Para o clculo ser realizado, foi medido
e considerado o tempo de reverberao de cada unidade interna.
Os valores finais de isolamento e seu respectivo tempo de reverberao esto
indicados na Tabela 3.
Os resultados referentes a esta situao foram obtidos da mesma forma
como foi feita para a esquadria fechada, ou seja, com o tempo de reverberao e o
isolamento acstico esto representados na (tabela 4).
Fonte: MIAN, F.R., (2013)
O levantamento foi feito na regio de So Carlos, So Paulo e Campinas; os
dados foram levantados e tabulados pelo aluno de graduao, MIAM (2013).
2.8 CONSIDERAES FINAIS
No quesito acstica, as obras de nmeros 1; 2; 3; 4, janelas fechadas e
analisadas por Fabio Mian, no atendem NBR15575, nem mesmo num mnimo de
desempenho.
No quesito acstica, as instalaes provisrias 5; 6; 7; 8; 9 e 10 atenderam
norma de desempenho no quesito acstico, apresentado por MIAM (2013).
As obras de instalaes provisrias como os contineres metlicos,
tiveram tratamento acstico.
Tabela 4: Instalaes provisrias - esquadria fechada
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Na instalao provisria usando OSB, obteve-se melhor ndice de
desempenho, sem qualquer tratamento acstico.
3 DESEMPENHO PARA EDIFICAES DE UM PAVIMENTO
Comparativos em relao ao sistemas existentes e aqui relacionados para
aplicao em instalaes provisrias.
Observa-se que a maioria deles no obedece legislao brasileira, no
entanto j aparece em alguns casos a preocupao com o conforto das instalaes
em proporcionar aos seus funcionrios ambientes mais agradveis.
3.1 CLCULO TERICO DA RESISTNCIA TRMICA
A resistncia trmica diz respeito quantidade de energia transmitida pelo
sol, na parede externa.
O tempo que a onda de calor leva para penetrar na parede ou cobertura at
chegar no interior do ambiente, esse atraso varia de regio em funo do Bioclima
na regio.
O atraso trmico tambm pode ser compensado pela quantidade de aberturas
e pela ventilao do ambiente.
A tabela 5 mostra a resistncia trmica Ra em funo da espessura da
cmara de ar, superfcie e espessura da parede.
Fonte: ABNT NBR15220
Tabela 5: Resistncia trmica de cmara de ar no ventilada
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A tabela 5 nos mostra a resistncia trmica da superfcie de alta
emissividade e a espessura da cmara de ar.
Em funo desses parmetros, pode-se definir a resistncia trmica (atraso
trmico).
3.2 RESISTNCIAS TRMICAS SUPERFICIAIS
A resistncia trmica superficial varia de acordo com vrios fatores, tais
como: emissividade, velocidade do ar sobre a superfcie e temperaturas da
superfcie, do ar e superfcies prximas. A tabela 6 apresenta valores mdios
recomendados.
Fonte: ABNT NBR 15220
Os valores de resistncia trmica R obtidos atravs de medies baseados
em ensaios normalizados (Tabela 6), devem ser usados sempre que possvel na
ausncia de dados recomendado o uso da seguinte equao:
R = e / (equao 04)
Sendo:
condutividade trmica do concreto = 1,75 tabela 3 da NBR15220
e: espessura da parede (ABNT NBR 15220)
A resistncia trmica dada pela razo entre a espessura da parede e a
condutividade trmica dessa parede.
Tabela 6: Resistncia trmica superficial interna e externa, NBR15220
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3.3 RESISTNCIA TRMICA DA PAREDE
Valores da resistncia trmica, R, obtidos atravs de medies baseadas em
ensaios normalizados, devem ser usados sempre que possvel Figura 13.
Na ausncia de valores medidos, conforme ISO 6946, recomenda-se que a
resistncia trmica, R, de uma camada homognea de material slido seja
determinada pela equao 4.
Figura 13: Parede dupla com placas de concreto e cmara de ar no ventilada
Fonte: O autor
- Seo A-A= (concreto + ar + concreto), [m]
CONCRETO
CONCRETO
ar
CONCRETO
CONCRETO
a
eR
eR
(equao 05)
- Resistncia trmica da seo B
- Ab=(concreto+concreto+concreto), [m]
CONCRETO
CONCRETO
CONCRETO
concretoPilar
CONCRETO
CONCRETO
B
eeeR
, (equao 06)
Portanto a resistncia trmica da parede ser:
Wkm
R
A
R
A
AAR
b
b
a
a
ba
t /).(;2
) (equao 07)
Resistncia trmica total: A resistncia trmica de superfcie a superfcie de
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um
componente plano constitudo de camadas homogneas, perpendiculares ao
fluxo de calor, determinada pela equao 08.
setsiT RRRR (equao 08)
Rsi=0,13 direo do fluxo de calor horizontal.
Rse=0,04 direo do fluxo de calor horizontal.
A resistncia superficial externa (Rse) e a superfcie interna (Rsi) so obtidas
tambm na Tabela 6. A transmitncia trmica U, de componentes (Tabela 3),
de ambiente, que o inverso da resistncia trmica total, conforme a expresso
(equao 09):
TR
U1
(equao 09)
Dados:
U: Transmitncia trmica
RT: Resistncia trmica total
3.4 CAPACIDADE TRMICA DA PAREDE NAS SEES
A capacidade trmica de um componente plano constitudo de camadas
homogneas perpendiculares ao fluxo de calor determinada pela (equao 10),
conforme:
e: espessura da parede [cm]
c: calor especfico do material (concreto), 1,00 kJ/(kg.K)
: densidade da massa aparente do material, 2400 kg/m3
Para seo A-A
CONCRETO
i
CONCRETOT cearceceicieiC )..()..()..(..3
1
(equao 10)
)./(; 2 KmKJCTa
Para seo B-B
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