No primeiro momento, depois da leitura do texto teórico, elabore um texto sobre as
diferenças entre os conceitos e movimentos de Exclusão / Segregação / Integração / Inclusão e
depois, observe a sua realidade e comente onde se localiza, nesta história, a realidade da
escola na qual você trabalha.
1)Diferenças entre os conceitos:
Exclusão: a sociedade simplesmente ignorava, rejeitava, perseguia, explorava ou eliminava as
pessoas com qualquer tipo de deficiência. O extermínio das pessoas com deficiências eram
atitudes legitimadas pelas sociedades.
Segregação ou Institucionalização: ocorreu entre o século XVIII e o século XIX. O indivíduo
surgia, no contexto social, como alguém com direitos e possibilidades educativas. No entanto
as pessoas com deficiência apareciam isoladas do convívio social, confinadas em instituições
residenciais.
Integração: surge a inserção dessas pessoas em escolas especiais comunitárias ou em classes
especiais inseridas, principalmente, dentro de escolas públicas. Iniciada na década de 1970,
onde integrar esses indivíduos em ambientes educacionais, os mais próximos possíveis
daqueles oferecidos pela cultura à pessoa considerada normal.
Inclusão: forma de inserção radical e sistemática, total e incondicional, de toda e qualquer
criança no sistema escolar comum. Não deixar nenhuma criança fora do sistema escolar e
garantir que todas possam frequentar a sala de aula do ensino regular da escola comum, e,
que essa escola, por sua vez, adapte-se às particularidades de todos os alunos para concretizar
o objetivo da diversidade.
A escola em que trabalho está mais na fase de integração que na verdadeira inclusão. A escola
esta aberta aos alunos com necessidades especiais, no entanto eles pouco interagem com os
demais alunos, são segregados dentro do sistema, já que eles acabam por ficarem isolados,
não existem professores capacitados, nem salas adequadas a suas necessidades.
2)Em seguida, com a leitura dos textos complementares, faça uma reflexão sobre as principais
implicações práticas que os movimentos de Integração e Inclusão suscitaram no ambiente
escolar refletindo:
No âmbito da atuação do professor, o que falta para que cheguemos na realidade da Inclusão
Escolar ?
O que posso fazer na minha prática para alcançar esse objetivo?
Quais são os documentos que me ajudam a estruturar a minha prática?
Que avanços nas políticas públicas consigo perceber ao longo dos textos complementares?
A sociedade é imensamente lenta quando o assunto é o direito do cidadão. O processo de
integração levou anos a ser realmente eficiente, e creio que em muitos lugares ele nem
chegou a ser uma realidade. Isto por que economicamente era difícil integrar todos as pessoas
com necessidades especiais, atender suas necessidades. Existem cidades no Brasil que durante
décadas não tinham nem escolas públicas, como desejar uma escola para cegos, outra para
surdos, outra para cadeirantes, e qualquer outra necessidade? Isto era impossível, por isto
tantos deficientes ficaram sem nenhum atendimento durante décadas. A inclusão veio abrir
portas, pois possibilita que o aluno com necessidades especiais frequentem escolas normais,
cabe a escola se preparar para responder estas necessidades. Infelizmente ainda não é uma
realidade de forma integral, em nosso país. O Brasil, que é gigante, tem imensas dificuldades
para se readaptar a esta nova realidade.
Quanto aos professores, faltam profissionais capacitados e com especializações na área. Falta
uma maior oferta de cursos para este tipo de capacitação; falta uma remuneração adequada a
dedicação necessária para esta atividade, falta apoio político para que o professor seja visto
como parte fundamental desta inclusão.
O que posso fazer na minha prática escolar para melhorar esta realidade: me capacitar,
observar as necessidades e procurar atuar na disseminação destas. Trabalhar com afinco na
luta para que todos sejam respeitados e valorizados.
Podemos observar vários avanços na política pública assim como a Constituição Federal de
1988 que traz como um dos seus objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor,idade e quaisquer outras formas de discriminação”
(art.3º, inciso IV). O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 8.069/90, no artigo
55,reforça os dispositivos legais supracitados ao determinar que “os pais ou responsáveis têm
a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”. A Declaração
Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) que passaram a
influenciar a formulação das políticas públicas da educação inclusiva. A atual Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, no artigo 59, preconiza que os sistemas de
ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos
para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica àqueles que não
atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas
deficiências; e assegura a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do
programa escolar. Em 1999, o Decreto nº 3.298, que regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor
sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a
educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de
ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular.
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