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  • NOES BSICAS DE JARDINAGEM

    1 INTRODUO

    A horticultura a parte da Agricultura dedicada cincia (ou arte) de cultivar o hortus, expresso latina que significa jardim. A formao da palavra Horticultura reflete sua origem. O horto ou jardim era o espao de terreno fechado junto residncia destinado ao cultivo de frutas, legumes, temperos, ervas medicinais e tambm de flores.

    Assim, antes de chegar a sua funo, o jardim teve primeiro uma utilidade prtica.

    Com o avano do conhecimento e o interesse em aumentar a produtividade dos cultivos, o antigo horto foi dividido em trs reas especficas, surgindo o pomar, a horta e o jardim propriamente dito.

    Assim sendo, nesse jardim cada planta tem um valor esttico a ser destacado. O carter ornamental pode estar nas flores, como nas rosas, na disposio matemtica das folhas, como na echeveria no caule escultural do

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    umbu ou at mesmo no perfume agradvel das inflorescncias do capim-

    limo nos campos de pastagem. A caracterstica mais importante para que uma planta cumpra a sua

    funo ornamental seu aspecto saudvel, atestando estar bem nutrida e hidratada, sem doenas ou pragas. Este boletim vem, ento, suprir a necessidade de informaes bsicas sobre a jardinagem caseira ou profissional, para se obter um jardim saudvel e bem cuidado.

    2 O SOLO

    a parte superficial da crosta terrestre e tem sua origem na decomposio de rochas e minerais. Em relao s plantas, tem como funo primordial fornecer nutrientes e servir de suporte s razes.

    2.1 Textura

    Diz respeito distribuio das partculas que formam um solo (areia, silte e argila). De acordo com os percentuais de cada uma delas, tem-se:

    Solo de textura arenosa: menos de 15% de argila,

    Solo de textura mdia: de 15 a 35% de argila,

    Solo de textura argilosa: mais de 35% de argila.

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    Como determinar a textura do solo:

    - Solo argiloso: liso e pegajoso. O solo argiloso formado de partculas minsculas que absorvem umidade, tornando-o pesado e

    pegajoso. Embora difceis de serem trabalhados, costumam ser bastante frteis.

    - Solo arenoso: seco e solto. O solo arenoso seca rapidamente e no retm bem os nutrientes. Precisa de maior manuteno do que o argiloso,

    mas, inicialmente, mais fcil de ser trabalhado.

    2.2 Nutrientes

    So os elementos de que as plantas necessitam nos seus processos

    vitais. So divididos em macronutrientes e micronutrientes.

    2.2.1 Macronutrientes

    So aqueles requeridos em grandes quantidades: C- carbono, H-hidrognio, O-oxignio; N-nitrognio; P-fsforo; K-potssio; Ca-clcio; Mg-magnsio e S-enxofre.

    2.2.2 Micronutrientes

    So aqueles requeridos em pequenas quantidades: Cl-cloro; Fe-ferro;

    Cu-cobre; Zn-zinco; Mn-mangans; B-boro; Mo-molibdnio e Co-cobalto.

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    2.3 pH do solo

    Est relacionado com o ndice de acidez, variando segundo a escala abaixo:

    0-------------------------------7----------------------------------14

    pH cido pH neutro pH bsico

    Cada espcie vegetal tem uma faixa de pH do solo na qual seu

    desenvolvimento timo. De maneira geral, pode-se dizer que a maioria das plantas prefere solos com pH na faixa de 4,0 a 7,5.

    2.4 Calagem

    uma prtica de manejo da fertilidade do solo que consiste na aplicao de calcrio, com o objetivo de eliminar ou minimizar os efeitos prejudiciais da acidez e fornecer clcio e magnsio para as plantas. Tipos calcrio:

    - Calcticos: possuem clcio, - Magnesianos: possuem magnsio,

    - Dolomticos: possuem clcio e magnsio.

    poca de calagem: A calagem deve ser feita de 60 a 90 dias antes do plantio. Esse perodo necessrio para que a acidez do solo seja corrigida, deixando o solo adequado para o desenvolvimento das plantas.

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    A dosagem a ser aplicada depende do tipo de solo e da anlise

    qumica do mesmo, feitas em laboratrio. Aplicao de calcrio: dependendo da rea, pode-se fazer a aplicao

    do calcrio manual ou mecnica. A distribuio manual feita a lano e deve-se procurar espalhar o mais uniformemente possvel. A distribuio mecnica feita por distribuidora centrfuga trao mecnica.

    Incorporao do calcrio: o calcrio deve ser incorporado a uma

    profundidade de 15 a 20 centmetros. A incorporao deve ser uniforme para permitir boa eficincia do calcrio. A incorporao pode ser feita por

    gradagem ou manualmente utilizando enxadas.

    2.5 Adubao

    Consiste na incorporao de nutrientes ao solo com o objetivo de melhorar sua qualidade. Existem diferentes tipos de fertilizantes fornecedores de nutrientes:

    a) Fertilizantes ou adubos minerais simples: podem ser classificados em :

    Nitrogenados: contm nitrognio(N), que atua no crescimento das plantas. Ex.: sulfato de amnio, uria, salitre do Chile e nitratos em geral.

    Fosfatados: contm fsforo(P), que atua no crescimento das razes, crescimento das plantas, florao e frutificao. Ex.: superfosfato simples e

    superfosfato triplo.

    Potssicos: contm potssio(K), que atua na produo de flores, bem como na resistncia da planta ao aparecimento de doenas. Ex.: cloreto de potssio, sulfato de potssio.

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    b) Fertilizantes ou adubos mistos: so aqueles resultantes da mistura de dois ou mais fertilizantes simples (nitrogenado, fosfatado e potssio). So representados pela letra smbolo de cada elemento, sendo o mais comum o NPK (nitrognio, fsforo e potssio), nas formulaes percentuais: 4-14-8; 20-5-20 e 10-10-10.

    Obs.: Existem no mercado alguns fertilizantes comercializados na forma lquida.

    c) Fertilizantes ou adubos orgnicos: podem ser de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutrientes. Ex.: farinha de ossos, farinha de

    sangue, tortas vegetais (soja, algodo, mamona, girassol ou amendoim), esterco de bovino, esterco de galinha e hmus de minhoca.

    d) Composto orgnico: formado pela decomposio de material vegetal como mato, palhas, folhas, restos de roa, restos de gramado, restos de cozinha, estercos diversos e at mesmo cinza.

    Preparo do composto orgnico 1. Amontoar o material vegetal em pilhas de seo trapezoidal,

    intercalando uma camada de restos vegetais com uma fina camada de material inoculante (esterco), tendo-se o cuidado de molhar cada camada. A pilha deve apresentar cerca de 3,0 m largura na base inferior, 1,5 m de altura e comprimento varivel, de acordo com a disponibilidade de material.

    2. Manter o material sempre mido, molhando-o pelo menos uma vez

    por semana.

    3. A cada 15-20 dias, picar e revolver o material formando uma nova pilha.

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    4. Aos noventa dias aproximadamente, o material estar curtido e

    transformado em matria orgnica. O produto final deve ter a cor escura, ser rico em hmus, moldvel quando apertado entre as mos, cheiro de terra e

    temperatura baixa no interior do monte.

    3 PREPARO DO SOLO

    3.1 Limpeza

    Realizar a capina, tomando-se o cuidado de eliminar radicalmente as espcies invasoras, principalmente a tiririca, tomando-se o cuidado de no cortar apenas, mas tambm eliminar as razes. Retirar restos de construo, entulhos, pedras, etc.

    3.2 Formigas

    Verificar a existncia de formigueiros na rea a ser ajardinada. Se forem encontrados, devem ser extintos. O uso de produtos qumicos deve ser realizado por um profissional especializado.

    3.3 Escarificao

    Consiste em revolver o solo em toda a sua superfcie, a uma profundidade de 20-30 cm, com o cuidado de desfazer bem os torres e

    deixar o solo bem solto.

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    3.4 Nivelamento

    O nvel da superfcie do terreno deve ser acertado e corrigido de acordo com os nveis das construes e caminhos existentes ou projetados. Considerar a necessidade de escoamento das guas de chuva, evitando, assim, a formao de poas ou mesmo o alagamento de algumas reas do terreno.

    3.5 Canteiros/Covas

    No preparo do solo para plantio, pode-se fazer covas, canteiros ou sulcos, dependendo da espcie e da finalidade.

    Para o plantio de rvores e palmeiras, recomenda-se abertura de covas de dimenses 60x60x60 cm, ao passo que para o plantio de arbustos, arbustivas e trepadeiras, as covas devero ter dimenses 40x40x40 cm. Para o plantio de forraes e espcies herbceas, geralmente se faz o preparo de

    canteiros e, nesses, ento, so abertas pequenas covas com auxlio de sacho ou pazinha de jardim.

    Para a formao de cercas-vivas, recomenda-se a abertura de sulcos,

    pois o espaamento de plantio bastante reduzido. terra retirada das covas deve-se misturar o calcrio, esterco e

    adubo (superfosfato simples). Essa mistura deve ser recolocada na cova ou sulco e deixar por 10 a 15 dias. S ento proceder ao plantio.

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    4 ADUBAO

    4.1 Recomendao de adubao para plantio de covas e canteiros

    a) Plantas ornamentais arbreas e arbustivas a.1) Covas nas dimenses de 60x60x60 cm: - Calcrio: de acordo com a anlise do solo. - Matria orgnica: composto ou esterco de curral: 20 litros/cova;

    esterco de galinha: 5 litros/cova - Adubao fosfatada: 1500 g/cova de fosfato natural ou farinha de

    ossos.

    - Adubao mineral: aps o pegamento das mudas, aplicar 200 g/cova da mistura NPK (4-14-8+Zn).

    a.2) Covas nas dimenses de 40x40x40 cm: - Calcrio: de acordo com a anlise do solo. - Matria orgnica: composto ou esterco de curral: 12 litros/cova;

    esterco de galinha: 3 litros/cova - Adubao fosfatada: 900 g/cova de fosfato natural ou farinha de

    ossos.

    - Adubao mineral: aps o pegamento das mudas, aplicar 120 g/cova da mistura NPK (4-14-8+Zn).

    b) Canteiros ornamentais - Calcrio: de acordo com a anlise do solo. - Matria orgnica: composto ou esterco de curral 200 g/m2, esterco

    de galinha 60 g/m2 .

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    - Adubao fosfatada: superfosfato simples: 50 g/m2 - Adubao mineral: mistura NPK (4-14-8+Zn): 50 g/m2 Durante o perodo chuvoso, aplicar 10 g de uria dissolvidas em 20

    litros de gua, por m2 de canteiro.

    4.2 Adubao de reposio (manuteno)

    Recomendaes:

    rvores e arbustos bem desenvolvidos: 300 g/planta de uma mistura NPK (10:10:10, 4;14:8, etc.) na poca das chuvas. Aplicar o adubo em toda a rea de projeo da copa, se possvel, incorporado e irrigando.

    Gramados: 50 g/m2 da mesma mistura anterior (NPK), por duas vezes, durante a primavera/vero.

    Canteiro de flores: 50 g/m2 de uma das formulaes, por duas vezes, durante a primavera/vero. Aplicar a lano, incorporar e irrigar.

    5 PLANTIO

    5.1 rvores, arbustos e palmeiras

    Para o plantio de rvores, arbustos e palmeiras, e mesmo de algumas

    plantas ornamentais de porte maior, proceder da seguinte maneira:

    Na cova j preparada, abrir um buraco do tamanho da muda;

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    Retirar a muda da embalagem (lata, balaio, saco plstico), aparando razes quando necessrio;

    Colocar a muda com o torro na cova;

    Chegar terra em volta do torro, socando-a para que a muda fique firme e para que haja um contato maior entre a terra do torro e a terra da cova;

    O limite entre as razes e o tronco da muda (colo) deve ser observado, nunca enterrando demais, nem deixando as razes aparecerem. No apertar o colo da muda;

    Regar bem as mudas recm-plantadas; Obs.: no plantio, formar uma espcie de bacia ao redor das mudas para facilitar as irrigaes.

    Colocar um tutor (madeira ou bambu) prximo muda e providenciar o amarrio dessa com tiras de borracha na forma de oito deitado;

    Se for possvel, colocar palha ou capim seco na superfcie da cova, ao redor da muda, para manter a umidade;

    Quando se fizer o plantio em pocas secas, molhar o fundo da cova antes de colocar a muda.

    5.2 Plantio em canteiros

    Aps o preparo correto dos canteiros, distribuir as mudas sobre suas superfcies, obedecendo ao espaamento adequado a cada espcie;

    Abrir pequenas covas (proporcionais aos torres);

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    Retirar as embalagens das mudas e plant-las nas covas abertas, completando com terra ao redor e fazendo a necessria presso para que a muda fique firme;

    Tomar o cuidado de deixar o colo da planta no nvel do solo;

    Regar convenientemente o canteiro recm-plantado.

    5.3 Plantio em vasos e jardineiras

    Nas jardineiras, vasos de cimento ou de cermica, colocar uma camada de brita fina no fundo para facilitar a drenagem. O cano ou

    orifcio de drenagem deve estar sempre desobstrudo;

    Deve haver uma proporcionalidade de tamanho entre as espcies ornamentais a serem utilizadas e o vaso ou jardineira.

    O substrato, para enchimento de vasos e jardineiras, tambm deve ser de boa qualidade. Utilizar sempre uma mistura com boa proporo de matria orgnica;

    No caso de jardineiras, as mudas devem ser plantadas obedecendo-se ao espaamento adequado. No caso de vasos, abrir uma cova no meio do substrato e introduzir ali a muda.

    5.4 Gramado

    Um gramado uniforme, bem formado e bonito depende de um plantio correto e de manutenes freqentes. A formao de um gramado

    pode se dar por placas irregulares, tapetes, mudas individuais, plugs ou sementes.

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    A formao de um gramado por meio de placas ou tapetes a mais

    rpida em relao ao uso de mudas e sementes. O preparo do solo de fundamental importncia, devendo constar,

    nas grandes reas, de arao, gradagem, destorroamento, rastelamento e nivelamento. Em reas pequenas, uma escarificao do solo pode ser suficiente.

    O plantio de placas ou tapetes realizado pela justaposio dessas unidades, uma a uma; em seguida, deve-se socar as mesmas e fazer um recapeamento com mistura de terra + areia ou simplesmente areia.

    A irrigao deve ser abundante aps o plantio e nos meses subseqentes, at a completa formao do gramado.

    6 GRUPO DE PLANTAS

    Do ponto de vista paisagstico/ornamental, as plantas podem ser divididas nos seguintes grupos:

    6.1 rvore

    Constitui toda espcie vegetal lenhosa de tamanho adulto, com altura superior a 4-5 metros. Geralmente no possuem bifurcaes que se iniciem na base do caule.

    Principais funes:

    Proteger contra ventos fortes

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    Proteger contra rudos

    Dar privacidade a determinado local

    Fornecer sombra

    Contribuir para aspectos estticos da paisagem. As rvores podem ser divididas em pequeno, mdio e grande porte.

    Exemplos de rvores de pequeno porte

    Nome comum Flamboyant-mirim Ip-mirim Grevilha-an Manac-da-serra Manac-de-cheiro

    Nome cientfico Caesalpinia pulcherrima Grevilea banksii Tecoma stans Tibouchina mutabilis Brunfelsia uniflora

    Exemplos de rvores de mdio porte

    Nome comum Nome cientfico Aroeira-salsa, choro-mexicano Schinus molle Baunia, Unha-de-vaca Bauhinia variegata Chapu-do-sol, sete-copas Terminalia catappa Choro Salix babylonica Escova-de-garrafa Callistemon viminalis

    Exemplos de rvores de grande porte

    Nome comum Nome cientfico Araucria, Pinheiro-do-Paran Araucaria angustifolia Castanha-do-Par Bertholletia excelsa Eucalipto Eucaliptus spp. Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Tipuana Tipuana tipu

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    6.2 Palmeiras

    Constitui espcie cujo tronco um estipe (nico ou mltiplo), encimado por um capitel de folhas.

    Exemplos de palmeiras

    Nome comum Nome cientfico Coco-da-baa Cocos nucifera Geriv Syagrus romanzoffiana Palmeira-imperial Roystonea regia Palmeira-real Roystonea oleracea Cariota Caryota mitis

    Exemplos de palmeiras de sombra

    Nome comum Nome cientfico Areca-bambu Dypsis lutescens Areca-triandra Areca triandra Palmeira-rpis Rhapis humilis Falsa-tamareira Phoenix canariensis

    6.3 Arbustos

    toda espcie vegetal lenhosa ramificada desde a base, com altura mdia de at 4 m de altura. Quanto luminosidade, existem arbustos de pleno sol, meia-sombra e sombra.

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    Exemplos de arbustos

    Nome comum Nome cientfico Acalifa Acalypha wilkesiana Azalia Rhododendron indicum Bico-de-papagaio Euphorbia pulcherrima Buxinho Buxus sempervirens Crton Codiaeum variegatum

    6.4 Trepadeira

    toda espcie vegetal de caule semilenhoso ou mesmo herbceo que necessita de um suporte para se desenvolver. Como seu crescimento pode ser conduzido, as trepadeiras geralmente so utilizadas na formao de

    cercas-vivas, separao de ambientes, revestimento de muros ou paredes, formao de prgolas, arcos e trelias.

    Elas podem ser: - Volveis: quando se enrolam em aspiral no suporte, no possuindo

    outro tipo de fixao; portanto, no conseguem subir em paredes ou muros por si s, necessitando de suportes adequados;

    - Sarmentosas: Quando possuem rgos de fixao, como gavinha, espinhos curvos, razes adventcias, etc. Conseguem subir em quase todo

    tipo de suporte - Cips: No possuem qualquer tipo de rgo de fixao e nem so

    volveis. Possuem caules rgidos, que conseguem subir vrios metros sem apoio, at que se vergam pelo prprio peso sobre algum suporte.

    - Escandentes: So plantas mais arbustivas que em locais abertos, formam arbustos. Quando plantadas junto a um suporte, seus ramos apiam-se nesse e atingem vrios metros de altura.

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    Exemplos de trepadeiras

    Nome comum Nome cientfico Amor-agarradinho Antigonon leptopus Buganvlia, primavera, trs-marias Bougainvillea spp. Brinco-de-princesa Fuchsia hybrida Cip-uva Cissus rhombifolia Unha-de-gato, herinha, falsa-hera Ficus pumila

    6.5 Forraes

    So espcies vegetais utilizadas para promover a cobertura do solo. As forraes so tambm plantas herbceas, usadas para revestir o solo, com

    a diferena de que no suportam o pisoteio, como os gramados.

    Exemplo de forraes

    Nome comum Nome cientfico Amendoim-rasteiro Arachis repens Azulzinha, evlvulos Evolvulus glomeratus Cacto-margarida Lampranthus productus Cinerria Senecio douglasii Grama-preta Ophiopogon japonicus Rabo-de-gato, acalifa-rasteira Acalypha reptans Maria-sem-vergonha, beijo-turco Impatiens walleriana

    6.6 Gramados

    Os gramados, em particular, representam quase sempre de 60 a 80% da rea ajardinada. As espcies de grama, em geral, necessitam de sol pleno ou meia-luz para se desenvolverem bem.

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    Exemplos de gramados

    Nome comum Nome cientfico Grama-batatais Paspalum notatum Grama-coreana Zoysia tenuifolia Grama-esmeralda Zoysia japonica Grama-santo-agostinho Stenotaphrum secundatum Grama-so-carlos Axonopus compressus

    6.7 Florferas

    So espcies vegetais cuja caracterstica dominante a emisso de flores vistosas, colorindo o ambiente criado pela vegetao bsica. Podem

    ser anuais, bianuais ou, em alguns casos, perenes.

    Exemplos de florferas

    Nome comum Nome cientfico Amor-perfeito Viola tricolor Calanchoe Kalancho blossfeldiana Lrio-beladona Amaryllis belladonna Margarida Chrysanthemum leucanthemum Hemerocalis, lrio-de-so-jos Hemerocallis flava

    6.8 Folhagens

    So espcies herbceas, s vezes subarbustivas ou mesmo arbustivas, formando conjuntos especficos em jardins. A caracterstica dominante nesse caso so as folhas, com seus formatos, cores e texturas.

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    Exemplos de Folhagens

    Nome comum Nome cientfico Calatia-prateada Calathea aegyraea Filodendro Philodendron renauxii Incenso, planta-vela Plectranthus coleoides Jibia Scindapsus aureus Maranta-cascavel Calathea insignis

    6.9 Plantas entoucerantes

    So espcies que, por causa do seu crescimento vigoroso, formam touceiras que podero, posteriormente, em uma fase de propagao, ser

    divididas e formar novas touceiras.

    Exemplos de plantas entoucerantes

    Nome comum Nome cientfico Bambu-de-jardim, bambuzinho Bambusa gracilis Estreltzia, flor-ave-do-paraso Strelitzia reginae Helicnia-papagaio Heliconia psittacorum Moria-bicolor Dietes bicolor Papiro-do-egito Cyperus papyrus

    6.10 Plantas aquticas

    Exemplos de plantas aquticas

    Nome comum Nome cientfico Aguap, papuda Eichhornia crassipes Ltus, ltus-da-ndia Nelumbo nucifera Ninfia-azul, lrio-dgua Nymphaea caerulea Vitria-rgia Victoria amazonica Taboa Typha domingensis

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    6.11 Plantas txicas

    Exemplos de plantas txicas

    Nome comum Nome cientfico Parte txica Alamanda Allamanda cathartica Flor e folha Batata-do-inferno Jathrofa podagrica Toda planta Bico-de-papagaio Euphorbia pulcherrima Ltex Buxinho Buxus sempervirens Folha Comigo-ningum-pode Dieffenbachia amoena Folha e caule Coroa-de-cristo Euphorbia milii Ltex Crton Codieaeum variegatum Semente Espirradeira Nerium oleander Toda a planta Trombeteira Brugmansia arborea Semente

    7 PROPAGAO DE PLANTAS

    7.1 Multiplicao por sementes

    O uso de sementes o principal mtodo para propagao das plantas

    anuais e bienais. As sementes so colocadas em substrato prprio, enterradas em uma profundidade correspondente a duas vezes o seu tamanho e ento irrigadas utilizando jato leve atravs de crivo fino. A germinao ocorre melhor em temperaturas entre 20-24 0C.

    Exemplos de algumas plantas multiplicadas por sementes:

    Nome comum Nome cientfico Boca-de-leo Antirrhinum majus Ardsia Ardisia crenata Margaridinha Bellis perennis Sapatinho-de-vnus Calceolaria herbeohybrida

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    Crista-de-galo Celosia cristata Cufia, rica Cuphea gracilis Ciclme Cyclamem persicum

    7.2 Multiplicao por estacas (estaquia)

    A multiplicao por estacas, aquela na qual se utiliza uma poro

    do ramo com uma ou mais folhas ou, diretamente, por meio de uma folha. Esse um dos sistemas de propagao mais utilizados, pois as plantas obtidas por esse mtodo so idnticas planta-me. Conforme a parte da planta utilizada, pode-se diferenciar as estacas em lenhosas, semilenhosas,

    foliares e herbceas.

    Exemplos de algumas espcies multiplicadas por estacas:

    Nome comum Nome cientfico Antrio Anthurium andraeanum Primavera, trs-marias Bougainvillea spectabilis Pingo-de-ouro Duranta repens var. aurea Hera Hedera helix Calanco Kalancho blassfeldiana Azalia Rhododendro x simsii Violeta-africana Saintpaulia ionantha Cinerria Senecio douglasii

    7.3 Multiplicao por alporquia

    Alporquia um processo de multiplicao de plantas que consiste

    em induzir um ramo a emitir razes, quando ainda ligado planta. Para isso, so feitos alporques, onde so colocados substratos acondicionados para

    induo de formao de razes nessa rea. No local da alporquia, deve ser

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    retirada a casca, de maneira que fique um anel em torno do ramo. Para o

    enraizamento, usa-se o esfagno bem mido, que aplicado em torno do anel.

    Exemplos de plantas que so multiplicadas por meio de alporquia:

    Nome comum Nome cientfico Congia Congea tomentosa Dracena-malaia Pleomele reflexa Estrela-do-norte Randia formosa Trepadeira-jade Jasmim-estrela

    Strongylodon macrobotrys Trachelospermum jasminoides

    7.4 Multiplicao por mergulhia

    A mergulhia uma variao da alporquia. Encurva-se o ramo at o substrato onde dever enraizar.

    Exemplos de algumas espcies multiplicadas por mergulhia:

    Nome comum Nome cientfico Amor-agarradinho Antiogonon leptopus Esponja Calliandra brevipes Camlia Camelia japonica Madagascar Quisqualis indica

    7.5 Multiplicao por enxertia

    Trata-se de um mtodo de multiplicao que utiliza dois exemplares diferentes para formao da muda; o primeiro, que chama-se cavalo ou

    porta-enxerto, forma a parte radicular; o segundo, que cavaleiro ou enxerto propriamente dito, originar a parte area.

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    Exemplos de algumas plantas multiplicadas por enxertia:

    Nome comum Nome cientfico Roseira

    Rosa x grandiflora

    Roseira-trepadeira Rosa x wichuraiana Frsia Freesia x hybrida

    7.6 Diviso de touceiras

    A multiplicao pela diviso de touceiras feita fragmentando-se um

    nico indivduo para obter outros exemplares com as mesmas caractersticas, retirando-se as mudas.

    Exemplos de algumas plantas multiplicadas por diviso de touceiras:

    Nome comum Nome cientfico Bambu-de-jardim Bambusa gracilis Moria-bicolor Dietes bicolor Bola-de-neve-mexicana Echeveria elegans Grama-azul Helicnia

    Festuca glauca Heliconia angusta

    7.7 Multiplicao por bulbos

    As plantas providas de bulbos multiplicam-se por meio desse material e de bulbilhos que so formados lateralmente ao bulbo-me. Esses bulbilhos so retirados e plantados novamente, transformando-se em bulbos

    normais, destinados ao plantio definitivo.

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    Exemplos de algumas plantas multiplicadas por meio de bulbos:

    Nome comum Nome cientfico Lrio-beladona, amarilis Amaryllis belladonna Caldio Caladium x hortulanum Gladolo Gladiolus grandiflorus Copo-de-leite Zantedeschia aethiopica

    7.8 Multiplicao por rizomas

    Rizomas so caules subterrneos dotados de reservas, com ns, gemas e escamas. So mais ou menos cilndricos e crescem lateralmente

    formando touceira. As plantas rizomatosas podem ser perenes ou passar por um perodo de repouso. So multiplicadas arrancando-se a touceira e

    separando-a por partes. As de repouso so arrancadas e divididas nessa fase.

    Exemplos de plantas multiplicadas por rizomas:

    Nome comum Nome cientfico Gloriosa Gloriosa rothschildiana ris Iris germanica Ltus Nelumbo nucifera

    7.9 Multiplicao por esporos

    feita em espcies como samambaias, renda-portuguesa e avenca, que apresentam em seus fololos estruturas cor de ferrugem chamadas soros,

    os quais contm esporos. Em condies adequadas, essas estruturas germinam, permitindo a reproduo dessas plantas.

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    7.10 Multiplicao por brotaes laterais (filhotes, rebentos)

    Certas espcies emitem brotaes laterais, o que permite propag-las apenas pela separao dessas brotaes.

    Exemplos de plantas multiplicadas por brotaes laterais:

    Nome comum Nome cientfico Margarida Crysanthemum leucanthemum Antrio Anthurium andraeanum Bromlia Neoregelia carolinae Agave Agave americana

    8 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

    Para que se possa manter um jardim sempre bonito, so necessrios alguns cuidados, tanto na fase de implantao quanto na fase de

    manuteno. Esses cuidados incluem o uso de equipamentos/ferramentas especficos para cada atividade a ser realizada.

    8.1 Equipamentos necessrios:

    - Enxada

    - Enxado - P-de-jardim - Sacho

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    - Foice

    - Forcado - P-direita

    - Escarificadores - Rastelo

    - Regador - Tesoura de poda

    - Canivete - Carrinho de mo

    - Colher de transplante, etc

    8.2 Manuteno de equipamentos

    Aps o uso, lavar os equipamentos e ferramentas apenas com

    gua, secando bem para no enferrujar; Aplicar leo de mquina nos instrumentos que necessitem de

    lubrificao;

    Guardar o material em lugar adequado (seco, protegido de chuvas e sol);

    Ferramentas menores devero ser guardadas em caixa.

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    9 MANUTENO DE JARDINS

    A manuteno consiste em todos os cuidados que devem ser

    dispensados s plantas e ao jardim como um todo, aps a sua execuo.

    9.1 Tutoramento

    De maneira geral, as plantas novas devem receber um apoio pequeno, que pode ser substitudo por outros maiores, medida que vo

    crescendo. Existem vrias maneiras de sustentar as plantas em um jardim, desde

    uma simples vareta de bambu at sofisticadas malhas feitas com trelias de madeiras ou amarraes realizadas com materiais variados. A escolha depende de criatividade e disponibilidade de material.

    9.2 Desbrota

    Consiste na retirada dos brotos ladres que surgem de gemas

    laterais existentes em mudas de rvores e arbustos e mesmo em espcies adultas, quando podadas. Tem a finalidade de conduzir com maior vitalidade haste principal.

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    9.3 Podas

    As podas tm vrias funes. Pode-se us-las para fins estticos, para estimular a produo de ramos, flores, frutos e tambm como medida

    de controle fitossanitrio. As podas podem ser divididas em: de limpeza, de formao e de

    conduo. Independentemente do tipo, estimulam a produo de ramos, flores e frutos.

    Poda de limpeza: consiste na retirada de galhos velhos, quebrados e/ou doentes.

    Poda de formao: tem o objetivo de dar planta, ou a um conjunto de plantas, uma forma bsica.

    Poda de conduo: objetiva orientar a planta em determinado sentido e sobre um suporte.

    Exemplos:

    Roseiras: devem ser podadas mais drasticamente no inverno, deixando-se apenas o tronco com os ramos do ano anterior, cada um com

    uma ou duas gemas. Na primavera/vero, importante cortar as flores/cachos que j tenham murchado, pois desgastam a planta.

    Azalias: a poda compromete a florao do ano seguinte, pois elas s florescem em ramos apicais, nascidos no ano. Se a poda for necessria, deve-se faz-la aps o florescimento, antes dos novos brotos se

    desenvolverem.

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    Trepadeiras: as podas podem ser feitas para conduzir ramos na

    direo desejada, transformar algumas espcies em arbustos (roseiras por exemplo), induzir o florescimento e, mesmo, diminuir o porte/volume.

    9.4 Capinas/ Combate a ervas daninhas

    Tem como objetivo eliminar as espcies invasoras dos canteiros ou mesmo do gramado. Podem ser feitas manualmente ou com o auxlio de ferramentas como sacho ou com o firmino (ino).

    Erva-daninha aquela plantinha que cresce onde normalmente no se deseja t-la. So elas que sempre competem pela luz, gua e todos os nutrientes que existem no solo, alm de serem bastante propcias ao aparecimento de doenas e pragas.

    Mtodos para controle

    1. Em grupos de plantas cultivadas muito prximas, o melhor

    controle das ervas-daninhas arranc-las manualmente. 2. Ervas-daninhas anuais devem ser retiradas com auxlio de uma p,

    eliminando-as. 3. Em grandes reas, as ervas-daninhas podem ser eliminadas mediante uso de cultivadores de trao animal.

    4. Outro mtodo de controle de ervas-daninhas o uso de herbicidas;

    porm esses devem ser sempre utilizados com o auxlio de um profissional especializado.

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    9.5 Escarificao do solo

    Consiste em desagregar e revolver o solo, soltando-o, com o objetivo de facilitar a aerao e drenagem. Pode ser feita com o sacho, ou mesmo

    com pequenas ferramentas de jardim, no caso de reas pequenas.

    9.6 Plantio e replantio

    Consiste na introduo de novas espcies no jardim, na reposio de algumas que, por ventura, morreram, e no replantio daquelas que

    entouceram muito, comprometendo forma e florao.

    9.7 Irrigao

    O melhor critrio para a irrigao a observao. Existe uma

    necessidade de gua diferente para cada tipo/grupo de plantas e em relao a cada estao do ano. A gua deve ser fornecida sempre que o solo comear

    a secar.

    10 COMBATE A PRAGAS E DOENAS

    Deve-se vistoriar o jardim periodicamente, como objetivo detectar a presena de pragas e/ou doenas.

    necessrio esclarecer que, quando se fala em pragas, est se referindo ao inimigo da planta de origem animal (pulges, lagartas,

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    cochonilhas, etc.), e em doenas, quando o inimigo da plantas de outra origem (fungo, vrus e bactria).

    10.1 Pragas

    O controle das pragas pode ser tanto preventivo quanto de ao direta, pela aplicao de defensivos agrcolas.

    Outra possibilidade o uso de defensivos alternativos, de produo caseira, quase nada txicos e que tm se mostrado bastante eficientes no combate das pragas.

    a) Formigas: as espcies consideradas pragas em jardins e hortas so compostas pelas formigas cortadeiras: savas e quenquns. No existe ainda uma forma eficaz de se controlar naturalmente formigas cortadeiras. As iscas txicas (formicidas) so as mais eficientes no mercado, fceis de aplicar, pouco txicas ao homem e de preo acessvel.

    Sua utilizao deve ser feita seguindo-se criteriosamente as instrues contidas no rtulo. Deve-se, ainda, respeitar a indicao de iscas para

    jardinagem amadora e para a agricultura. Esta ltima no pode ser utilizada na rea urbana.

    b) Lesmas e Caracis: normalmente atacam noite, furando e devorando folhas, caules e botes florais, mas tambm podem atingir as razes subterrneas. Dicas: besouros e passarinhos so seus predadores naturais. Uma boa forma de elimin-los usar armadilhas feitas com isca de cerveja para atra-los. Como fazer: tirar a tampa de uma lata de azeite e enterr-la

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    deixando a abertura no nvel do solo. Colocar dentro um pouco de cerveja misturada com sal. As lesmas e os caracis caem na lata atrados pela cerveja e morrem desidratados pelo sal.

    c) caros: parecem pequenas aranhas vermelhas, sendo de tamanho microscpico. O sinal de que a planta est sendo atacada o aparecimento de minsculas teias prateadas na parte de baixo das folhas. Todas elas

    podem matar suas plantas, mas antes deixam as folhas manchadas e enroladas.

    d) Pulges: podem ser pretos, marrons, cinzas e at verdes. Alojam-se nas folhas mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar demais a planta e at transmitir doenas perigosas. Os pulges costumam atacar, principalmente, as plantas de hastes e folhas macias. Precisam ser

    controlados logo que aparecem, pois multiplicam-se com grande rapidez. Dicas: as joaninhas so seus predadores naturais. Um chumao de

    algodo embebido em uma mistura de gua e lcool em partes iguais ajuda a retirar os pulges das folhas. Essa operao pode ser feita semanalmente. Recomenda-se tambm a aplicao de calda de fumo ou macerado de urtiga.

    e) Cochonilhas: so insetos minsculos, geralmente marrons ou amarelos, que alojam-se principalmente na parte inferior das folhas e nas fendas. Alm de sugar a seiva da planta, as cochonilhas liberam uma

    substncia pegajosa que facilita o ataque de fungos, em especial, o fungo fuliginoso.

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    Dicas: as joaninhas tambm so seus predadores naturais, alm de certos tipos de vespas. A calda de fumo e a emulso de leo so mtodos naturais bastante eficientes para combat-las. Deve-se evitar o uso de

    controle qumico, mas, quando necessrio, nos casos extremos, normalmente so usados leo mineral e inseticida organofosforado.

    f) Moscas-brancas: so insetos de colorao branca. No difcil notar a sua presena: ao esbarrar numa planta infestada por moscas-brancas, ocorre uma pequena revoada de minsculos insetos brancos.

    Dica: difcil elimin-las; por isso, muitas vezes, preciso aplicar insetidas especficos. Quando o ataque pequeno, o uso de plantas repelentes - como tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp.), hortel (Mentha sp.), calndula (Calendula officinalis), arruda (Ruta graveolens) - costuma dar bons resultados.

    g) Lagartas: fceis de serem reconhecidas, as lagartas costumam enrolar-se nas folhas jovens e literalmente comem brotos, hastes e folhas novas, formando uma espcie de "teia" para proteger-se.

    Dicas: caso no apresente um ataque macio (quando indicada a aplicao de um lagarticida biolgico, facilmente encontrado no mercado), o controle das lagartas deve ser manual, ou seja, devem ser retiradas e destrudas uma a uma. A calda de angico ajuda a afastar as lagartas e no prejudica a planta. O uso de plantas repelentes, como a arruda, pode ajudar a mant-las afastadas. Aves e pequenas vespas so suas inimigas naturais.

    h) Percevejos: so mais conhecidos como marias-fedidas, pois exalam um odor desagradvel quando se sentem ameaados. Seu ataque

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    costuma provocar a queda de flores, folhas e frutos, prejudicando novas brotaes.

    Dicas: vespas so seus predadores naturais. Devem ser removidos

    manualmente, um a um. Se o controle manual no for eficiente, a calda de fumo pode funcionar como um repelente natural.

    i) Tatuzinhos: muito comuns nos jardins com umidade excessiva, so tambm conhecidos como tatus -bolinha, pois enrolam -se como uma bolinha quando so tocados. Vivem escondidos e alimentam-se de folhas,

    caules e brotos tenros, alm de transmitir doenas s plantas. Dicas: evitar a umidade excessiva em vasos e canteiros; devem ser

    retirados manualmente e eliminados um a um.

    j) Nematides: so parentes das lombrigas e atacam as plantas pelas razes. As plantas afetadas apresentam razes grossas e cheias de

    fendas. Num ataque intenso, provocam a morte do sistema radicular e, conseqentemente, da planta.

    Algumas plantas do sinais em sua parte area, mostrando sintomas do ataque de nematides: as dlias, por exemplo, podem apresentar reas mortas, de colorao marrom, nas folhas mais velhas.

    Dicas: o melhor repelente natural o plantio de tagetes (o popular cravo-de-defunto) na rea infestada. Se o controle ficar difcil, deve-se eliminar a planta infestada do jardim, para evitar a proliferao.

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    10.2 Doenas

    a) Antracnose: provoca o aparecimento de vrias manchas brancas com anis vermelho-escuros com o tempo. As manchas tornam-se

    amarronzadas. Das manchas, formam-se buracos e as folhas caem. O controle qumico feito com pulverizaes base de enxofre. Durante o perodo de crescimento, pulveriza-se semanalmente com Maneb ou zineb.

    b) Cancro: os fungos penetram pelos cortes da poda, n de articulao do enxerto ou ferimentos causados por ferramentas. Aparecem

    manchas marrons grandes que circulam os caules, atingindo as folhas. O controle feito com pulverizaes base de enxofre.

    c) Tombamento: aparecem quando se tem excesso de umidade e temperatura baixa. Causam o apodrecimento da haste junto ao solo. O controle deve ser preventivo com a desinfeco do solo.

    d) Ferrugem: formam manchas pulverulentas nas partes inferiores das folhas que depois murcham e caem, e nos caules. As manchas podem ser alaranjadas, amarelas ou marrom-avermelhadas. O controle feito com pulverizaes de enxofre, Zineb ou Maneb.

    e) Mldio pulverulento: o ataque feito nas partes novas da planta, formando manchas marrons cobertas por um p branco ou cinza. As folhas

    enrolam e secam. O controle deve ser qumico, base de enxofre.

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    f) Mofo cinzento: a planta apresenta nos caules, folhas, brotos e botes florais um mofo cinza amarronzado. O controle qumico feito com pulverizaes de Zineb.

    g) Odio: a planta apresenta manchas claras, esbranquiadas, aspecto pulverulento (talco), mais ou menos arredondadas nos dois lados das folhas, nos brotos e botes. As manchas tornam-se amarelo-avermelhadas e as

    folhas acabam secando. Controle com produtos base de enxofre.

    h) Pinta-preta: a planta apresenta as folhas todas pintadas com manchas arredondas pretas, com contorno amarelado, causando a queda das folhas. Ocorre geralmente em tempo mido e tpica das roseiras. O controle qumico feito atravs de pulverizaes com Dithane e Fermate.

    i) Galha: a planta apresenta um tumor arredondado e spero que aparece no caule junto ao nvel do solo. O ataque feito quando a planta sofre ferimentos. A planta perde o vio e morre. O controle qumico feito

    com aplicaes de estreptomicina em p a cada duas semanas.

    j) Viroses: existem diversos tipos. As plantas atacadas geralmente apresentam estrias amarelas nas folhas, deformaes, envassouramentos, redues do crescimento e da produo.

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    11 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    BRASIL. Servio Nacional de Formao Profissional Rural. Parques e jardins. Braslia:[S.M.], 1979. 456 p. (Coleo Bsica Rural, 14).

    COELHO, S. J.; COSTA, M. de M. V. Iniciao jardinagem Jaboticabal: Funep, 2000. 67 p.

    GREENWOOD, P.; O livro definitivo de dicas & sugestes de jardinagem. So Paulo: Nobel, 1997. 192 p.

    LORENZI, H.; SOUZA, H. M. de Plantas Ornamentais no Brasil: arbustivas, herbceas e trepadeiras. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1995. 720 p.

    RIBEIRO, W. L. Jardim e jardinagem. Braslia: EMATER-DF/EMBRAPA-SPI, 1994. 56 p.

    WINTERS, G. Apostila: curso avanado de paisagismo. Campinas: FBN, 2000. 113 p.

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