Ano Lectivo 2010/2011
Título do trabalho: Novas religiões em Portugal Disciplina: Fontes de informação Sociológica 1º ano de licenciatura em sociologia Professor: Professor Doutor Paulo Peixoto Trabalho realizado por: Cátia Inês Toscano Carreto Aluno nº 2010128855 Imagem da capa composta a partir de: http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_uew9zNYKoAU/TLOfe22ZOjI/AAAAAAAAAUs/AVr2Wsx7q2g/s1600/simbolos-das-religioes%255B2%255D.jpg&imgrefurl=http://ostesourosdareligiao.blogspot.com/2010/10/as-mudancas-estatisticas-das-religioes.html&usg=__0CFlt5jlRiWBktPYNX-blUoVhn4=&h=364&w=358&sz=43&hl=pt-pt&start=0&zoom=1&tbnid=WCknpgSL_oqEjM:&tbnh=151&tbnw=149&prev=/images%3Fq%3Dreligioes%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1366%26bih%3D667%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=131&vpy=109&dur=450&hovh=226&hovw=223&tx=126&ty=138&ei=2pb-TP3MFo3tsga0k52CBg&oei=2pb-TP3MFo3tsga0k52CBg&esq=1&page=1&ndsp=20&ved=1t:429,r:0,s:0
Vós dizeis que o divino fica acima do espaço e do tempo e contudo fechai-lo no escrínio dum templo.
O que é infinito desde a eternidade pretende o intelecto limitado compreender.
Só quando o espírito, liberto do desejo, se esquecer de si próprio e da aparência do finito
entrará na esfera da imensidão, único e verdadeiro sentido da paz de Deus.
(Abú l-Abá Al-Ma’arri apud Glasenapp, 1978)
Índice
1. Introdução--------------------------------------------------------------------------1 2. O processo de pesquisa das fontes-------------------------------------------2 3. Estado das artes
3.1.Religião – Definição-------------------------------------------------3 3.2.Tipos de Religião-----------------------------------------------------5
3.2.1.As Religiões Monoteístas-------------------------------6 3.2.2.As Religiões Politeístas----------------------------------8
3.3.A Religião em Portugal – Evolução-----------------------------10 3.4.Assembleia de Deus-----------------------------------------------16
3.5Em Portugal--------------------------------------------------17 4. Ficha de Leitura------------------------------------------------------------------18 5. Avaliação de uma página web------------------------------------------------21 6. Conclusão--------------------------------------------------------------------------22 7. Referências bibliográficas-----------------------------------------------------23
Anexo I
Página da internet avaliada
Anexo II
Texto de suporte da ficha de leitura
1.Introdução
No âmbito da disciplina de Fontes de Informação Sociológica,
escolhi o tema “Novas Religiões em Portugal”, pois acho que o assunto
abordado remete para várias questões sociais. Como por exemplo, será
que a religião que cada pessoa adopta tem influência nas suas relações
sociais e será que interfere na sua cultura? Será que a religião é uma regra
a ser cumprida? Será que a religião consegue resolver problemas da
sociedade?
“É hoje, uma vez mais, um lugar-comum debater a
importância política, social, cultural e económica da
religião na ordem social global.”
(Blanes, 2008)
A religião tem sido sempre protectora da moral e estabilizadora da
sociedade, pois ela faz parte da cultura de cada pessoa, define e
caracteriza a rede social.
Assim, qualquer prática religiosa eficaz concerteza que terá
repercussões poderosas na vida social de cada um.
Deste modo, inicialmente abordo conceitos fundamentais,
nomeadamente, a religião, a sua evolução, os vários tipos e foco-me numa
nova religião conhecida por “Assembleia de Deus”.
1
2. O processo de pesquisa das fontes
Numa primeira fase foi apresentado à turma várias opções de
escolha para o tema do trabalho. Decidi pesquisar no “google scholar”
cada tema proposto para ter uma ideia da informação que havia. Posto
isto, escolhi como tema as “Novas religiões”. Mas, como é um tema muito
vasto, foquei-me mais na igreja “A Assembleia de Deus”, muito presente
hoje em dia em Portugal.
Escolhido o tema do trabalho, voltei novamente a pesquisar no
google e as palavras-chave que utilizei foram: “nova religião portugal”;
“assembleia de deus” e “novas religiões em portugal”.
Seguidamente, pesquisei no catálogo da biblioteca geral, utilizei a
pesquisa simples (opção assunto) e usei as mesmas palavras-chave.
Quanto à Internet, o motor de pesquisa mais utilizado foi o Google.
Recorri à internet para esclarecer conceitos e para ter uma ideia
geral do tema. Mas, parte do meu trabalho é feito através de informação
retirada de um livro, pois é um instrumento de pesquisa mais fiável.
Em suma, tentei centrar-me apenas no subtítulo do projecto, visto
que o tema principal é muito complexo, mas tive o cuidado de referir
aspectos importantes sobre o assunto abordado.
2
3.Estado das artes
3.1. Religião – Definição
“Quando os Romanos empregavam o termo
“religio” queriam significar com ele o cumprimento
exacto de todos os deveres em relação aos múltiplos e
altos poderes superiores reconhecidos pelo Estado.”
(Glasenapp, 1978)
Segundo a wikipedia (2010), a
palavra portuguesa religião deriva da palavra latina religionem. A
definição de religião, de certa forma, baseia-se na opinião de cada
pessoa. Esta é entendida como algo em que as pessoas acreditam,
ou seja é um conjunto de crenças que a sociedade considera como
divino.
Segundo o escritor cristão Lactâncio, a palavra “religião” teria
o significado de uma ligação sentimental do homem com um único
Deus.
Assim, é na religião que o Homem encontra a explicação para
a seu surgimento e formação, o seu papel na sociedade e relatos
sobre a origem do universo, da terra e no que acontece após a
morte.
3
“Neste duplo significado se exprimem na palavra
“religião” os dois aspectos sob os quais uma religião se
apresenta: é, por um lado, a crença sentimental do
indíviduo simples de que existem poderes sobrenaturais,
e por outro a realização de acções morais e
culturais baseadas nesta crença – e que é sentida como
uma necessidade – e cujos desenvolvimento e ordem são
vigiados e prescritos por certas instituições. A palavra
“religião” mostra bastante claramente, na metamorfose
do seu significado operado dentro da língua latina que o
elemento transcende a que se refere, assim como os ritos
e instituições nos quais toma forma objectiva, e sujeitos
a contínua mutação.”
( Glasenapp, 1978)
Por fim, a religião, para além de ser um fenómeno indivídual,
é também um fenómeno social, e exemplo disso é a igreja católica
em Portugal e a sua intervenção no Estado.
4
3.2. Tipos de Religião
As várias religiões do mundo são bastante diferentes entre si.
Contudo, é possível identificar um característica comum entre elas
que é o facto de possuirem crenças no sobrenatural.
Assim, destacam-se dois tipos de religião:
-Monoteísta: Religiões que acreditam em um único Deus;
- Politeísta: Religiões que acreditam em vários Deuses;
Dentro da religião monoteísta encontramos o Cristianismo, o
Judaísmo, o Islamismo, a Fé Bahá’í, e o Espiritismo. Na religião
politeísta destacam-se o Budismo, o Hinduísmo e o Confucionismo.
5
3.2.1 Religiões Monoteístas
O Cristianismo é a religião mais expandida do mundo e
divide-se ainda em religião católica romana, ortodoxa oriental e
protestante.
Tem como fundador Jesus Cristo, o livro sagrado é a bíblia e o
local de culto são as Igrejas. A fé cristã surgiu há 2000 anos na
Palestina. O objectivo desta religião incide na Santíssima Trindade
(Pai, Filho e Espírito Santo) e nos Dez Mandamentos.
O Judaísmo é a mais antiga religião monoteísta. Tem como
fundador Abraão, o seu livro sagrado é a bíblia e o local de culto é
conhecido por Sinagoga. É uma religião que defende que Deus
influencia a sociedade e que os judeus têm um pacto eterno com
este Deus.
“O termo «judeu» designava o cidadão do reino de
judá, o de «israelita» o do reino de Israel”.
(Glasenapp, 1978)
O Islamismo é a mais recente das religiões monoteístas. Foi
fundado por Maomé no século VII, na Arábia. Tem como livro
sagrado o alcorão e o local de culto são as Mesquitas.
“Islão ( em árabe islãm, isto é, «submissão a Deus» é o
nome dado pelo próprio Maforma à religião por ele
pregada. O português «Islão» (que por vezes aparece
6
substituído pelas formas menos correntes «Islã» e
«Islame») provém do árabe islãm, que, na verdade,
significa «resignação, submissão» (à vontade de Deus).”
(Glasenapp, 1978)
A Fé Bahá’í é uma religião que preserva um único Deus,
como o criador de todas as coisas, criaturas e forças do universo. A
sua existência não teve começo nem fim, logo é eterna.
Tem como fundador o Bahá’u’lláh e o local de culto são os
Santuários.
“O Bahã’ismo é um movimento de reforma que
provém do Islão xiítico da Pérsia; toma o nome do seu
fundador, Mirzã Husein Ali Bahã-Ullãh, e pretende
afirmar-se como uma nova religião universal e sublimada
que compreende em si todas as outras.”
(Glasenapp, 1978)
O Espiritísmo foi fundado por Allan Kardec, o seu livro
sagrado é o livro dos espirítos defende a ideia de que o homem é
um espiríto ligado a um corpo.
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3.2.2. As Religiões Politeístas
“O Budismo tomou o seu nome do título honorífico
do seu fundador, o «Buda», ou seja, o «Despertado», o
«Iluminado». Budismo chama-se também à doutrina que
parte dum iluminado. Como os Budistas crêem que antes
do Buda histórico, chamado geralmente Gauntama ou
Sakyazinha (leão da estirpe dos Sakya), já outros Budas
tinham existido e, segundo a sua concepção a palavra
budismo (em hindi, Buddha-dharma) não se refere
apenas ao fundador desta doutrina, que viveu há dois mil
e quinhentos anos, mas caracteriza simultâneamente o
significado histórico duma religião universal desde
sempre existente e sempre profetizada por novos Budas.”
(Glasenapp, 1978)
O Budísmo foi fundado no século VI a.C por um Buda
conhecido por Siddhartha Gautama, o seu livro sagrado chama-se
cânone pali e o local de culto são os Templos e Altares. O seu
principal ensinamento é evitar o mal. Buda negava que o homem
tivesse uma alma imortal.
O Hinduísmo surgiu por volta de 1500 anos a.C e não existe
nenhum fundador nem uma máxima única desta religião. O seu livro
sagrado é os vedas e o local de culto são os Templos Hinduístas.
8
“O termo «hindu», assim como «indiano», derivam
do sênscrito «Sundhu», nome do grande rio a que os
Gregos chamavam na sua língua «Indos», enquanto os
persas (com a mutação fonética regular do «s» em «h»)
já o referiam como «Hindu» nas inscrição de Diario
Histaspes”
(Glasenapp, 1978)
O Confucionismo foi fundado por King-fu, Tzu ou Kong, tem
como livro sagrado o Lunyu e o seu local de culto são os Túmulos de
Ancestrais. Defende que o homem chegará a uma vida virtuosa se
seguir o caminho da educação e dos antigos.
9
3.3. A Religião em Portugal – Evolução
Desde os primórdios de Portugal que a igreja católica se afirmou
como religião dominante. No entanto, com o evoluir dos tempos, a igreja
tem vindo a sofrer alterações.
“A revolução de 25 de Abril de 1974, através da
instauração da democracia, permitiu a abertura de novas
possibilidades de acção. A religião foi um dos campos
potenciados. As minorias de raiz protestante, à
semelhança do que acontecera em 1910, abraçaram a
mudança de regime com forte expectativa, acreditando
que a liberdade de expressão, de associação e de
manifestação permitiria, pela primeira vez na história
desta comunidade, o exercício dos meios de
evangelização capazes de produzirem uma expressão e
um crescimento numérico, até aí desconhecidos”
(Vilaça:1997: 39)
Até ao 25 de Abril, Portugal era um país fechado a novas idologias e
crenças. O país em 1917, assiste a um fenómeno que iria aumentar a fé
dos portugueses. O mundo encontrava-se na primeira Guerra Mundial, e
o milagre de Fátima encheu o coração dos portugueses de esperança e
relançou a fé cristã em portugal.
10
Com o 25 de abril de 1974, a Constituição da República passou a ter
novos direitos, como o direito à consciência, o direito à liberdade de
religião e o direito ao culto.
A liberdade de consciência consiste na liberdade de escolha, de
convicções e de valores, ou seja a faculdade de escolher os próprios
padrões de valoração ética ou moral da conduta própria ou alheia.
A liberdade de religião é a liberdade de optar ou não por uma
religião, de escolher ou não uma determinada religião, até de fazer
proselitismo, de não ser prejudicado por qualquer posição ou atitude
religiosa ou anti-religiosa.
Finalmente a liberdade de culto compreende o direito individual ou
colectivo de praticar os actos externos de veneração próprios de uma
determinada religião.
Igreja Católica encontra-se hoje num profundo declínio, assistindo
a um abandono acelerado de crentes para outras religiões. Estes factos
são justificáveis pelo facto de Portugal ser um país receptivo à vinda de
imigrantes que, consequentemente, trazem consigo os seus valores e
crenças.
Por outro lado, o facto da Igreja Católica ser conservadora, no que
diz respeito à utilização de métodos contraceptivos, divórcio ou até
mesmo à necessidade implícita da participação activa na vida da Igreja,
tornam-se incompatíveis com a vida preenchida da sociedade
contemporânea que opta pelo culto a religiões “fáceis”.
11
Estas novas Igrejas não são tão exigentes, a nível de culto, e são
receptivas à entrada de novos crentes, não requerendo assim qualquer
tipo de requisito, como a Igreja Católica, que por exemplo para permitir
que um seu crente contraia o matrimónio necessariamente teve de ter
uma vivência na doutrina cristã, nomeadamente, ter recebido a
confirmação do baptismo, pelo crisma.
“Eventos terríveis, como os atentados torrorista de
Nova Iorque(2001) e Madrid(2004) (...) a geopolitica das
migrações contemporâneas, multiplicadas em escala e
direcção, que submeteram o “ocidente” a um processo
de reflexão sobre a sua herança e condição enquanto
“sociedade multicultural”; o resurgimento de
revivalismos e fundamentalismos religiosos
explicitamente associados a reinvidicações políticas; a
introdução de tecnologias de informação e comunicação
como instrumentos de fé.”
(Meyer e Moors apud Blanes, 2008: 19 e 20 )
12
Dados sobre religião retirados dos censos de 2001, INE
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, de 2001, ainda
é a religião Católica a que possui mais seguidores. No entanto, verifica-
se ainda uma forte incidência da Igreja Ortodoxa, Protestante, Muçulmana
e outras não cristãs. Um elevado número de individuos optam por não ter
religião.
Segundo a Wikipedia (2010), a população portuguesa é
maioritariamente católica, devido sobretudo à tradição e às circunstâncias
históricas que Portugal teve e viveu no passado. Além dos
católicos, Portugal tem ainda uma presença relativamente significativa
de evangélicos (ou protestantes) e de testemunhas de Jeová. Os judeus,
os anglicanos, os islâmicos, os hindus, osortodoxos, os bahá'ís, os budistas,
os gnósticos e os espíritas são os restantes grupos religiosos minoritários
existentes neste país europeu.
Nos recenseamentos realizados pelo Instituto Nacional de
Estatística têm surgido questões sobre a religião dos portugueses. Os
resultados destes recenseamentos são do conhecimento público e podem
ser considerados como uma fonte imparcial para uma análise da
demografia religiosa em Portugal.
13
A Tabela I apresenta a distribuição da população portuguesa
segundo a resposta à pergunta sobre religião nos censos de 1900, 1940,
1950, 1960, 1981, 1991 e 2001.
Censos Total Católicos Outras
Religiões Sem Religião
Não Sabe/Não Responde
1900 5.423.132 5.416.204 5.012 1.454 462
1940 7.722.152 7.191.913 63.060 347.284 119.895
1950 8.510.240 8.167.457 -- 342.783 --
1960 8.889.392 8.701.898 39.747 147.774 --
1981 7.836.504 6.352.705 115.398 253.786 1.114.615
1991 8.376840 6.524.908 149.850 225.334 1.476.748
2001 8.699.515 7.353.548 265.248 342.987 786.822
Fonte – INE (2001)
14
A Tabela II apresenta a distribuição da população não-católica por
grupos religiosos nos censos de 1981, 1991 e 2001.
Censos Total
Outras Religiões
Ortodoxa Protestante Outra Cristã Judaica Muçulmana Outra Não
Cristã
1981 115.398 2.564 39.122 59.985 5.493 4.335 3.899
1991 149.850 11.319 36.932 79.491 3.519 9.134 9.455
2001 265.248 17.443 48.301 122.745 1.773 12.014 13.882
Fonte – INE (2001)
15
3.4. Assembleia de Deus
Segundo a Wikipedia, (2010) a Assembleia de Deus é uma
denominação evangélica, sendo a maior do Brasil no ramo pentecostal e
uma das maiores no mundo. É considerada uma igreja evangélica
pentecostal, tendo a bíblia como a sua única regra de fé e prática.
O batismo no Espirito Santo é a doutrina que distingue as
Assembleias de Deus das outras igrejas.
Sendo uma comunidade de fé, serviço e adoração, a Assembléia de
Deus não pode furtar-se às suas obrigações - proclamar o Evangelho de
Cristo e promover espiritual, moral e socialmente o povo de Deus.
Somente assim, estaremos nos firmando, definitivamente, como agência
do Reino de Deus.
A origem das Assembléias de Deus no Brasil está no fogo do
reavivamento que varreu o mundo por volta de 1900, início do século 20,
especialmente na América do Norte. Os participantes desse reavivamento
foram cheios do Espírito Santo da mesma forma que os discípulos e os
seguidores de Jesus durante a Festa Judaica do Pentecostes, no início da
Igreja Primitiva. Assim, eles foram chamados de “pentecostais”.
16
3.5. Em Portugal
Em Portugal a história dessa denominação pentecostal é contada a
partir do ano de 1913.
A fundação das Assembleias de Deus em Portugal surgiu devido aos
missionários portugueses emigrados do Brasil, José Plácido da Costa e José
de Matos Caravela. A primeira igreja Assembleia de Deus em Portugal foi
fundada na cidade de Portimão, em 1924 por José de Matos. A partir
desse ano, foram estabelecidas diversas outras igrejas em várias cidades.
Da acção missionária das Assembleias de Deus em Portugal deu-se a
expansão da igreja aos territórios ultramarinos, como por exemplo
Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste. Os quais
posteriormente tornaram-se nações independentes, mas mantiveram suas
igrejas Assembleias de Deus nacionais em fraterna relação com as co-
irmãs portuguesas. (Wikipedia, 2010)
Em Portugal, o ramo principal é a Convenção das Assembleias de
Deus em Portuga (CADP), com quase 400 igrejas, a maior denominação
protestante no país.
Além da CADP, existem outras denominações organizadas em
Portugal, originárias de imigrantes brasileiros ou cismas da CADP, que
adoptam o mesmo nome, como a Assembleia de Deus
Missionária; Assembleia de Deus Universal; Convenção Nacional das
Assembleias de Deus (60 igrejas com 450 Congregações); Igreja de Nova
Vida - Assembleia de Deus da Amadora; Centro Pentecostal Europeu das
Assembleias de Deus (CPEAD 75 locais de culto); Igreja Evangélica
Assembleia de Deus - Ministério da Missa.
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4. Ficha de Leitura
A publicação que serviu de base a esta ficha de leitura intitula-se
“Os Aleluias: ciganos evangélico e música”, de Ruy Llera Blanes, publicada
em Setembro de 2008 em Viseu pela Imprensa das Ciências Sociais. O livro
encontra-se na Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra, com a cota 39 LLE.
O capítulo a ser analisado consta desta publicação e tem como
título “Congregação:os locais de culto como espaços de sociabilidade”
situado nas páginas 105-135, lido a 29 de Novembro de 2010.
Este capítulo centra-se essencialmente na ideia de congregações.
Inicialmente, o autor dá ênfase à sua pesquisa tanto em Portugal
como em Espanha, e refere que encara os locais como “espaços de
dinâmica social”, locais de “micro-históricas” onde se desenvolviam
múltiplas dinâmicas de relacionamento individuais e colectivas, motivadas
essencialmente pela prática religiosa (culto).
Seguidamente, realça que nos locais de culto se desenvolvem
actividades que reflectem esforços colectivos de actividade marcada pela
promoção de uma crença religiosa específica.
Assim, os espaços de culto eram “espaços de vivência”, onde os
crentes conviviam.
18
Por conseguinte, o autor referencia a questão da localidade,
defendendo que esta é entendida como um conjunto de práticas
relevantes para um determinado conjunto de pessoas, com o fim de
actualizar o conceito de «comunidade».
Deste modo, este conceito permite propor uma abordagem aos
locais de culto enquanto “congregações”, isto é, espaços onde as pessoas
investem pessoalmente na constituição da sua pertença social. Logo, a
ideia de congregação remete tanto para o colectivo localizado em redor
do espaço de culto como para o sentimento de pertença a um fenómeno
global.
O autor fala também do fenómeno Filadélfia, que era um
movimento de características pentecostais.
Seguidamente, faz referência à configuração sócio-económica de
uma igreja. Por um lado, é possível observar padrões de frequentação dos
locais de culto baseados essencialmente em redes familiares. Por outro
lado, a importância das igrejas como congregações pode ser entendida
através do conhecimento dos processos de residencialidade. Dá o
exemplo de várias políticas de realojamento dos ciganos, tanto em
Portugal como em Espanha. Deste modo, verifica-se que os processos de
mobilização de famílias ciganas influenciam os padrões de frequentação
das igrejas.
Assim, a relação orgânica entre zonas administradoras e locais de
culto faz com que cada local seja independe a nível económico,
tecnológico e humano.
Por conseguinte, o autor faz referência à importância de os locais de
culto incorporarem, as relações de parentesco, de grupo e de vizinhança.
19
Neste sentido, a questão da organização familiar cigana seria uma
submissão a uma ideologia de família. Contudo, o que está em causa é o
conceito relacional de família, que é fundamental tanto para a aceitação
do movimento como para a sua implantação e estabilização nos bairros
habitados pelos ciganos.
Por último, o autor aborda a hipótese de que, a localidade assenta
nos espaços físicos de reunião e culto e as sociabilidades transportadas
através das dinâmicas familiares.
Assim, os locais de culto são, produzidas pelo cruzamento de vários
processos, onde os factores ideológicos, financeiros, técnicos, etc, eram
configurados pela massa humana que os compunha.
Na minha opinião, o texto está bem estruturado e bem
argumentado. O autor refere tudo de uma forma clara e sucinta. Os
exemplos que dá também são fundamentais para a consolidação das
ideias.
Em suma, na minha opinião é um bom texto.
20
5. Avaliação de uma página Web
Escolhi como página de Internet a avaliar, a dedicada à religião. Esta
página permite a partilha de opiniões acerca do tema, pois funciona como
um blog, onde podemos postar a nossa opinião, mas também é uma
página com a divulgação de vária informação acerca do tema abordado.
Encontra-se em Português em
http://pt.wikilingue.com/es/Novos_movimentos_religiosos.
O autor da página é Dr. Tula Giannini.Não tem disponivel contactos
nem endereço electrónico.
O URL é relativamente curto e de fácil memorização. A página não
dispõe de motor de pesquisa interna.
Tendo experimentado pessoalmente este instrumento de pesquisa,
afirmo, que é eficaz e conciso. As ligações que estão activas são sem
dúvida bastante pertinentes. Não tem qualquer tipo de publicidade e a
sua estrutura é acessível.
A página destina-se a todo o tipo de população e apresenta uma
composição clara, e informação exacta e objectiva.
O número de ligações internas são 90. Está de um modo geral bem
estruturado. A informação apresenta-se esquematizada e organizada por
subtemas e secções. Tem uma redacção clara, exacta e objectiva.
21
Não possui data de actualização. Todas as referências estão
correctamente estruturadas, sendo perfeitamente normal numa página
do governo.
Globalmente considero um sítio bastante bom, de uma grande
qualidade de informação e interessante.
6. Conclusão
No trabalho que elaborei procurei dar conhecimento dos subtemas
que considerei mais relevantes, desde a definição do conceito “religião”,
passando para a especificação dos vários tipo de religião e falando das
novas religiões em Portugal.
Apesar das dificuldades que tive em termos de livros impressos,
encontrei uma grande quantidade de informação em suporte digital (via
internet) e de fontes fiáveis.
Toda a informação tratada permitiu-me alargar o meu
conhecimento acerca do tema e talvez uma visão diferente do mesmo.
22
7. Referências Bibliográficas
1. Livros
- Blanes, Ruy Llera (2008), Os Aleluias: ciganos evangélicos e música.
Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais.
- Glasenapp, Helmuth von (1978) , Religiões não-cristãs. Lisboa:
Meridiano.
2. Internet
- Wikipedia (2010), “Religião - Wikipédia, a enciclopédia livre”. Página
consultada a 29 de Outubro de 2010. Acedida em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o#Conceito_de_religi.C3.A3o>
- “O mundo das religiões”. Página consultada a 10 de Novembro de 2010.
Acedida em <http://jaraujo.esec-penafiel-
n2.rcts.pt/12A_2007_2008/O%20mundo%20das%20religioes.pdf
>
23
- Google (2010), “religião - retratosocialportugal”. Página consultada a 22
de Novembro de 2010. Acedida em
<http://sites.google.com/site/retratosocialportugal/religi%C3%A3o->
- Wikipedia (2010), “Assembleia de Deus - Wikipédia, a enciclopédia livre”.
Página consultada a 23 de Novembro de 2010. Acedida em
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_de_Deus>
- Google (2010), “Tipos de Religião”. Página consultada a 23 de Novembro
de 2010. Acedida em <http://www.ceismael.com.br/tema/tipos-de-
religiao.htm>
- Google (2010), “Notas de pesquisa para o estudo dos grupos
religiosos minoritários ...”Página consultada a 4 de Dezembro de 2010.
Acedida em <http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/1413.pdf>
- Wikipedia (2010), “
Assembleia de Deus - Wikipédia, a enciclopédia livre”. Página consultada a
4 de Dezembro de 2010. Acedida em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_de_Deus
24
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